Revista do SINDLOC-SP Ed.186 Janeiro/2017

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REVISTA

Sindloc sp Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Um ano de ajustes e novos horizontes

Empresários projetam novas oportunidades para 2017

Em entrevista exclusiva, José Pastore defende uma ampla reforma para dinamizar as relações trabalhistas Ribeirão Preto revela a força do interior como polo de novas oportunidades para empresas do setor

Ano XIX – Edição 186 - 2017


editorial

UM ANO PARA PENSAR FORA DA CAIXA

RENOVAÇÃO DE FROTAS CONSULTORIA PROFISSIONAL CORPORATE SALES Eladio Paniagua Junior Presidente do Sindloc-SP

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Todos juntos fazem um trânsito melhor. Fotos meramente ilustrativas. Reservamo-nos o direito de corrigir possíveis erros de digitação.

C

om frequência, sou considerado um otimista incorrigível pelos colegas do setor. Mas são justamente as condutas do setor que, a cada dia, me deixam mais orgulhoso dessa minha característica. Já sabemos que 2017 será marcado por novos desdobramentos da Operação Lava-Jato, com possibilidade de muitos respingos, e por negociações intensas e difíceis para tirar as reformas estruturais do papel. Nossa economia ainda patinará bastante até alcançar, de fato, um patamar satisfatório. E é o conhecimento claro dessa realidade que nos faz e fará sair do lugar. As impressões colhidas para a reportagem de capa desta edição apontam um único caminho. Não é a recuperação econômica do país que dará novo fôlego ou sobrevida a nossos negócios. Serão as nossas atitudes. Mais do que nunca, os empresários e empreendedores da indústria de aluguel de veículos demonstram extrema atenção à redução dos custos operacionais. No entanto, esse corte nas despesas vem sendo promovido de maneira inteligente, com foco no aperfeiçoamento da gestão interna e da produtividade. É interessante observar empreendedores apostando em tecnologia, em treinamentos e na concepção de ferramentas para dinamizar o atendimento aos clientes. Não se trata de palavras de efeito, mas, sim, de investimentos concretos já postos em prática. Para cumprir essa estratégia, o grupo de locadoras afiliadas ao Sindloc-SP, majoritariamente formado por pequenas e médias empresas, tem a seu favor a maior flexibilidade na gestão e a proximidade no relacionamento com os clientes, cultivada diariamente pelos próprios donos do negócio. As revisões nas margens de lucro permitiram lançar um olhar mais realista sobre a atividade, garantindo a manutenção de postos de trabalho e a diminuição de gastos supérfluos. Com o fluxo mais ajustado e controlado, conseguimos ampliar as prospecções em busca de novas oportunidades de negócio. A terceirização de frota, por exemplo, representa um dos nichos mais promissores deste ano. Tanto que registramos um aumento nas consultas de empresas, dispostas a abrir mão do impacto financeiro de suas frotas próprias para priorizar a execução das suas atividades-fim. O Sindloc-SP encara com entusiasmo esse panorama e reforça o compromisso de apoiar nossos associados com novas ideias e reflexões. A terceira convenção do sindicato está chegando, acompanhada de especialistas de variados setores para abrir horizontes. Para nós, isso é ser otimista!

Presidente: Eladio Paniagua Junior

Revisão: Júlio Yamamoto

Vice-presidente: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Lang

Direção de Arte: Ana Vasconcelos – Eco Soluções em

Diretoria: Jeronimo Muzetti, José Mario de Souza, Luiz

Conteúdo – www.ecoeditorial.com.br

A Revista Sindloc SP é uma publicação mensal

Cabral e Paulo Miguel Jr

Diagramação: Graziele Tomé

do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos

Conselho Fiscal: Flavio Gerdulo, Luis Godas, Marcelo

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga -

Automotores do Estado de São Paulo, distribuída

Fernandes e Paulo Bonilha Jr

MTPS 17.095 - piratininga@scritta.com.br

gratuitamente a empresas do setor, indústria

Delegados Regionais: Jarbas dos Santos (Vale do Paraíba

Impressão: Gráfica Revelação

automobilística, indústria do turismo, executivos

e Litorais), Jeronimo Muzetti (Barretos) e Marcelo Fernandes

Circulação: 12 mil exemplares impressos e digitais

financeiros e jornalistas.

(Ribeirão Preto)

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23

Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.br

Telefone: (11) 3123-3131

Coordenação geral: Luiz Cabral

E-mail: secretaria@sindlocsp.com.br

Coordenação editorial: Leandro Luize

É permitida a reprodução total ou parcial das

Redação: Arthur Cagliari, Dalton Almeida e Rodrigo Acerbi

reportagens, desde que citada a fonte.

Foto de capa: Istock

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sumário

A S10 conseguiu fazer o impossível:

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FICAR AINDA MELHOR.

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PERSPECTIVAS Nada de lamentações! Empresários do setor projetam para 2017 revisões nos processos, busca por novos nichos e oportunidades de negócios

08 PINGUE-PONGUE

José Pastore, da Fecomercio, analisa os rumos da economia e ressalta a importância da reforma trabalhista para a manutenção de empregos

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planejamento

Ativos intangíveis: muitas vezes invisíveis aos olhos do empreendedor, mas fundamentais para a organização do fluxo de caixa

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raio-x paulista

A NOVA CHEVROLET S10 VEIO PARA SURPREENDER. CONFIRA A EVOLUÇÃO DA PICAPE MAIS VENDIDA DO BRASIL.

gestão

A análise de crédito pelas redes sociais começa a ganhar espaço no país e contribui para desburocratizar o acesso a financiamentos

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Conheça as possibilidades que Ribeirão Preto pode proporcionar ao segmento, realçando a força do interior paulista

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INDÚSTRIA Montadoras de luxo e novatas mantêm confiança no Brasil e tornam-se potenciais parceiras estratégicas das locadoras

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artigo

Luiz Marins analisa a importância da valorização estética para impulsionar resultados e motivar clientes e colaboradores

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Imagens relativas ao veículo Chevrolet Nova S10 Cabine Dupla Diesel 4x4 LTZ (148MKH) 2016/2017. Consulte na concessionária Chevrolet de sua preferência as condições especiais. O faturamento deve ser realizado diretamente no CNPJ ou CPF do produtor rural, mediante apresentação da documentação completa e regular exigida pela legislação vigente. Por se tratar de venda direta, o proprietário deverá respeitar as regras de permanência mínima com o veículo, não podendo transferi-lo a terceiro antes do prazo informado no momento de seu faturamento. Faturamento sujeito a disponibilidade em estoque. Imagens relativas às versões de veículos disponíveis na data de produção deste material (agosto/2016). MyLink2: sujeito a disponibilidade do app de espelhamento de smartphone. Os serviços OnStar dependem da disponibilidade da rede celular compatível com a rede OnStar e da disponibilidade do sinal de GPS. Os serviços de emergência funcionam como uma maneira de auxiliar na conexão entre o cliente e os Serviços Públicos de Emergência e dependem das regras, cobertura e disponibilidade destes. Visite www.chevrolet.com.br/onstar para verificar a área de cobertura dos serviços OnStar e do atendimento de Emergência, bem como demais limitações dos Serviços OnStar. Os veículos Chevrolet estão em conformidade com o Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. www.chevrolet.com.br - CAC: 0800 702 4200


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Seguro de Vida Empresa Novamente o elegante San Raphael Country Hotel, em Itu, será palco da Convenção do Sindloc-SP. A terceira edição do evento vai acontecer entre os dias 16 e 19 de março e promete mobilizar empresários e executivos do setor em torno de uma variada programação de seminários. Dentre os palestrantes estão Valter Patriani, presidente da CVC e Flávio Tavares, um dos fundadores do Instituto PARAR, um dos principais centros de estudos

e capacitação na área de frotas leves na América Latina. A agenda de temas abrange também novas alternativas de captação de recursos, com Alberto Camões, sócio do Banco de investimento Stratus: o potencial do mercado de seminovos, os cuidados na administração de sinistros e possibilidades de receitas extras em nichos como caminhões, tratores e colheitadeiras, as novas regras de acesso ao desconto de 50% no IPVA, e muito mais. Dessa forma,

o Sindloc-SP, além de incentivar a busca por novos caminhos para o setor, promove uma série de atividades de estímulo ao networking com representantes da indústria e de segmentos relacionados ao nosso universo, incluindo ofertas especiais concedidas pelas principais montadoras do país. Faça já sua reserva e garanta participação neste evento especial. As vagas são limitadas. Solicite sua reserva pelo e-mail convencao@sindlocsp.com.br.

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O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou a Resolução nº 655, que estrutura o Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renave). A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 11 de janeiro, entra em vigor em julho e torna as lojas de veículos automotores, incluindo as de seminovos, responsáveis por um bem logo após a compra. Ao ser efetuada a venda do veículo, o proprietário preenche o Certificado de Registro Nacional (CRV), para após ser emitida nota fiscal de entrada do veículo. O veículo passa automaticamente para o nome do atual proprietário, ou CNPJ da loja, e fica definido como um veículo em estoque.

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PINGUE-PONGUE

UM ANO PARA REFORMAR E RETOMAR A ECONOMIA Considerado uma das mais sérias e capacitadas referências quando o assunto é economia e temas relativos ao universo trabalhista, José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP, traça as principais perspectivas para a economia brasileira em 2017 e ressalta a importância de reformas em setores como a previdência e legislação trabalhista. Na visão do especialista, o momento é de profundas reformas de caráter impopular, mas indispensáveis para o futuro da nação. 8

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E quais serão os maiores desafios para este ano QUE POSSIBILITEM uma retomada econômica do país? Para 2017, sem dúvida, entre os maiores desafios econômicos se encontra o controle da dívida pública que tem se expandido de forma contínua e irresponsável nos últimos anos, sendo fonte de diversos efeitos tóxicos sobre a economia. Não é uma tarefa fácil nem indolor e exigirá cuidadosa administração e priorização na gestão de recursos. Juntamente a isso, são também prioritários o controle da inflação, a redução dos juros e o investimento – com a obtenção de resultados efetivos, o que não ocorreu nos últimos anos – num dos maiores gargalos de nossa economia: a infraestrutura, sabidamente um importante fator na geração de empregos no país.

administrações. E a reforma trabalhista é inevitável, visto que a legislação atual está em total descompasso com a realidade do trabalho de nosso tempo. E, não raramente, funciona como um obstáculo e adversário não só do trabalhador, como também da geração de empregos e do desenvolvimento econômico. Elas terão algum efeito digno de nota? Tais metas não serão facilmente conquistadas, especialmente em vista do momento conturbado da economia e da política, mas ao concentrar seus esforços na resolução de questões prementes - em vez de focar em aspectos do jogo político sucessório - as chances de sucesso na empreitada ampliam-se substancialmente.

"Não é uma tarefa fácil nem indolor e exigirá cuidadosa administração e priorização na gestão de recursos"

Quais são as perspectivas para o setor de serviços brasileiro em 2017, que inclui a locação de veículos? Há situações especiais que indicam uma reação mais rápida do setor de locação. Por exemplo, o Brasil terá uma superssafra em 2017 que vai injetar cerca de R$ 250 bilhões no interior do país, uma grande quantia de recursos que não pode ser ignorada e terá um impacto altamente benéfico. Ela vai contribuir para reativar o comércio, os serviços e, em menor escala, a indústria, fomentando o consumo.

E há alguma outra perspectiva de entrada de recursos na economia? Outra injeção importante será a liberação das contas inativas do FGTS – cerca de R$ 40 bilhões, que irrigarão a economia do país, favorecerão todos os setores e também ajudarão a reduzir o endividamento da família brasileira, um elemento que pressiona a confiança tanto desses agentes, como das empresas com relação ao futuro imediato do mercado. Mas uma retomada aos padrões de 2010/2012 levará, pelo menos, três anos para serem alcançados novamente.

Quem: José Pastore Idade: 81 anos Detalhe: Professor titular da Faculdade de Economia e Administração e da Fundação Instituto de Administração (FIA), ambas da Universidade de São Paulo, é doutor honoris causa em ciência e Ph. D. em sociologia pela University of Wisconsin (EUA). Publicou 35 livros nas áreas de relações de trabalho e recursos humanos, mais de 200 artigos técnicos em revistas nacionais e internacionais, além de ser articulista e fonte jornalística de referência, com mais de 500 artigos publicados.

O Senhor ainda acredita que o governo Temer tenha consiga ganhar força e vontade política para levar a cabo as modernizações trabalhistas? O presidente Temer está decidido a apoiar as reformas, pois definiu para si a missão de consertar a economia, deixando de lado a popularidade e a candidatura em 2018. Mas há também questões relativas às reformas. Quais são as mais críticas? As mais importantes e imediatas são a reforma da previdência, que é indispensável e foi postergada seguidamente por muito tempo e muitas

A QUE O SENHOR atribui a verdadeira perseguição que diversos magistrados brasileiros empreendem à livre negociação e à anulação de acordos coletivos? Trata-se de um misto de falta de informações e de corporativismo. Infelizmente, a categoria – tendo como referência o direcionamento geral tomado por uma significativa parte dos magistrados – acaba por perder a perspectiva do todo e considerar que perderá poder com o avanço de um melhor entendimento direto entre as partes em negociações trabalhistas. Isso cria uma ampla insegurança jurídica e põe em risco a sobrevivência de empresas e empregos. l revista sindloc

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perspectivas

Um ano para ajustes e novos horizontes E

m economia, prever o comportamento do mercado é mais arte do que necessariamente ciência, especialmente em momentos de incertezas como os vividos pelo Brasil. Esse contexto traz impactos diretos para o mercado automotivo, mas as locadoras de veículos, em particular, não esperam a crise passar e direcionam seus esforços para revisões operacionais e busca de novas possibilidades de negócios. A

Revista Sindloc-SP contatou diversos nomes significativos do setor e traz a seguir um balanço e as perspectivas apresentadas por seus principais executivos. Entre alguns dos principais desafios enfrentados em 2016 esteve a restrição de crédito e juros básicos artificialmente baixos incentivados pelo Estado. “No entanto, para quem não estava alavancado financeiramente, mas administrado adequadamente, o ano abriu oportuni-

dades de crescimento com a redução de custos de operação”, destaca Cláudio Schincariol Neto, da Maggi Locadora. Para 2017, ele acredita que esse movimento de mercado deve continuar com a queda dos juros e o menor custo do dinheiro. “Espero que o aluguel de frotas volte a crescer um pouco, tendo em vista que estamos apenas com 10% do mercado ocupado por frotistas”, complementa.

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Empresários do setor arregaçam as mangas e ampliam o olhar para novos nichos e oportunidades

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revista sindloc

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perspectivas

Claudio Schincariol Maggi Locadora

“Espero que o aluguel de frotas volte a crescer, tendo em vista que estamos apenas com 10% do mercado ocupado por frotistas”

Já para aqueles que atendiam ao poder público, as dificuldades que se espalharam pelo mercado prometem desafios neste ano. Em meio à reorganização política de 2016, contratos e licitações não chegaram a ser revistos, apesar da convulsão em outras arenas econômicas, como explica Daniel Huss, sócio-diretor da HS Locadora. “Apesar das reclamações do mercado, o ano passado foi melhor que 2015, este sim negativo. Pudemos atender diversas licitações, fazendo dele repleto de bons negócios e com bastante demanda. Trabalhamos essencialmente para o Estado, com 90% de nossas operações”, explica.

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“Com essa crise, porém, todas as administrações públicas estão renegociando contratações, fazendo revisões e reduzindo frotas. Há um inevitável ‘pé no freio’ com foco na redução de custos. Por isso, buscaremos mais contratos em nível federal fora do estado de São Paulo, além de expandir atuação no setor privado”, avalia Huss. Terceirização A despeito das vacas magras, os empresários reconhecem que o setor é atípico e costuma crescer em cenários de crise. Este otimismo está associado a um mercado ainda dominado por empresas com fro-

tas próprias e que, agora, tendem a reconhecê-las como um peso para suas atividades-fim. Aproveitando esta oportunidade, diversas locadoras aproximaram-se ou receberam solicitações de empresas interessadas em se aliviar de tais fardos. “Tivemos um crescimento de 14% no volume da frota e'm relação a 2015. Atualmente contamos com mais de 20 mil carros no Brasil. Diante disso, definimos como meta um crescimento de dois dígitos percentuais em nosso volume de veículos com relação ao ano passado”, explica Nuno Silva, diretor da Arval Brasil.

O mesmo se deu com a Maestro Frotas. “Se olharmos os números de grandes players, é possível constatar que houve crescimento. No acumulado dos primeiros nove meses de 2016 em relação a 2015, nossa receita aumentou 6%”, explica o presidente Fabio Lewkowicz. “O cenário político estava gerando muita insegurança para investimentos de médio e longo prazo e, agora, deve melhorar. A queda mais forte na taxa Selic também agrega resultado para as locadoras, que, na maioria das vezes, captam recursos atrelados ao CDI. Sobre novos projetos, algumas empresas que preferiram prorrogar seus contratos de locação de frota no

Daniel Huss HS Locadora

Ricardo Bernasconi Let´s

“Mostramos que a terceirização oferece oportunidades de melhoria no controle e gestão da frota”

ano passado precisarão realizar em 2017 para evitar desgaste excessivo, o que gera alto custo de manutenção”, pontua Lewkowicz. O ganho de confiança com a estabilização política e a queda da inflação

“Pudemos atender diversas licitações, com um ano repleto de bons negócios e com bastante demanda”

também animam a Let´s. “Atuamos exclusivamente na terceirização de frotas e o ano de 2016 foi desafiador, mas cumprimos nossas metas. Conseguimos mostrar que, além do benefício financeiro, a terceirização oferece

Nuno Silva Arval Brasil

“Definimos como meta um crescimento de dois dígitos em nosso volume de veículos com relação ao ano passado” revista sindloc

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RAIO-X PAULISTA

oportunidades de melhoria no controle e gestão da frota e na satisfação dos usuários”, descreve o presidente Ricardo Bernasconi. Margens e tecnologia Os recursos escassos levaram os empresários a ampliar o foco sobre Luis Fernando Porto Locamerica

Fabio Lewkowicz Maestro Frotas

“No acumulado dos primeiros nove meses de 2016, nossa receita aumentou 6%”

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“Registramos uma considerável evolução nas margens, priorizando melhorias de eficiência e gestão”

o aperfeiçoamento operacional e a otimização de custos. “Mesmo com todos os problemas macroeconômicos, registramos uma considerável evolução nas margens, priorizando especialmente melhorias de eficiência e gestão. Neste ano finalizaremos um amplo projeto de recuperação de margens, com um plano de expansão calcado na rentabilidade e no lançamento de novos produtos, integrados a uma plataforma tecnológica que traga modernidade e agilidade ao dia a dia do usuário”, detalha Luis Porto, vice-presidente da Locamerica. A Maggi Locadora também ressalta a importância de unir investimentos e atendimento de excelência. “Foi um

ano em que olhamos para dentro e enxergamos oportunidades de redução de custos. Agora, investiremos em tecnologia para nos tornarmos mais competitivos e rápidos no atendimento”, esclarece o presidente Cláudio Schincariol. “Um diferencial que deve ser mais bem explorado pelas pequenas e médias empresas é a maior proximidade com o cliente, na comparação com as grandes locadoras. É preciso entender este valor”, acrescenta. As perspectivas são de um país que ainda engatinha no meio de uma tempestade que não deu sinais de trégua. Porém, o Brasil tem deixado o setor de locação cada vez mais resistente, profissional e eficiente. l

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perspectivas

Ribeirão Preto ganha evidência como polo para as locadoras Conheça as oportunidades de negócios que a macrorregião pode proporcionar

A

s cidades do interior paulista têm participação história no desempenho da economia do país e, além disso, importante representatividade no segmento de locação – concentrando 48% dos pontos de venda entre as empresas afiliadas ao Sindloc-SP. Entre essas regiões, uma vem ganhando destaque especial por apresentar o maior crescimento na participação do ICMS de São Paulo: a mesorregião de Ribeirão Preto, onde estão baseadas 183 locadoras de veículos, o equivalente a 5,6% do total de empresas no estado. É a segunda mesorregião do estado em volume de locadoras, atrás apenas da de Campinas – um número expressivo, o que garante plena capacidade para atender à potencial demanda local. De acordo com dados da Secretaria da

Fazenda do Estado de São Paulo, entre 1982 e 2015, a cidade de Ribeirão Preto teve o maior crescimento na contribuição do imposto estadual, com aumento de 98% de sua representatividade. “Trata-se de um importante indicador que referenda a região como polo de oportunidades para as locadoras”, reforça Marcelo Fernandes, delegado regional do Sindloc-SP. Segundo Antônio Vicente Golfeto, técnico do Instituto de Economia da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, esse número indica uma migração de investimentos para o município. “Isso pode ser mais facilmente detectado pelos investimentos em pesquisa e desenvolvimento”, destaca. Um dos aportes realizados nesse setor ocorreu em 2014, por meio de uma iniciativa conjunta envolvendo os governos municipal e estadual, a Universidade de São Paulo e o empreendimento Supera Parque – ambiente para impulsionar desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas de saúde, biotecnologia, tecnologia da informação e bioenergia.

“Com a consolidação de Ribeirão Preto como ponto atrativo para a fixação de indústrias, a demanda por atividades como a terceirização de frotas torna-se premente”, acredita Fernandes. Frotas e veículos “Percebemos que o dinheiro vem para o interior quando observamos a frota dos veículos”, pontua Golfeto. E os dados comprovam essa tese. Informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que, em 2003, o número de carros e caminhonetes que circulavam pela cidade era de 189.495. Em 2016, chegou a 406.363, um aumento de 114%. “A cultura do aluguel de veículos e o mercado de seminovos tendem a ganhar espaço, não apenas em razão desses indicadores como também por causa do recuo na comercialização de veículos nacionais decorrentes do cenário econômico”, observa o presidente do Sindloc-SP. No ano que promete ser o da procura por novas oportunidades, está aí um caminho valioso para seguir. l revista sindloc

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SETOR

RETOMADA Depois de quase três anos de dúvidas e sombras no setor, 2017 parece estar pronto para deixar o sol das vendas sair de trás das nuvens. De acordo com a Federação Nacional de Distribuição de Veículos (Fenabrave), o esperado para este ano é um crescimento de 2,4% nas vendas de automóveis comerciais e leves. Um número pequeno se comparado ao 5% projetado no fim de 2016 pelo próprio presidente da entidade, Alarico Assumpção Junior.

o Brasil segue no radar das montadoras Fabricantes mantêm investimentos no país e podem ser canais estratégicos para as locadoras

tadora. A representatividade das cinco maiores passou de 90% para 83%. “São demonstrações claras de que as locadoras estão preparadas para absorver a demanda dessas fabricantes e ajudá-las como canais sólidos de distribuição”, avalia Eladio Paniagua Junior, presidente do Sindloc-SP. O segmento de veículos premium e de luxo, mais imune às turbulências econômicas, pode representar uma aposta diferenciada para as locadoras. As indústrias do setor preservaram seus investimentos. A Jaguar Land Rover inaugurou uma fábrica de R$ 750 milhões em Itatiaia (RJ) no ano passado, em meio à queda das vendas de carros no país. A alemã Audi também não se mostrou abalada com a recessão. No começo de 2016, a empresa deu início

à produção do modelo Q3, na planta de São José dos Pinhais (PR). Outra marca que não se curvou diante do cenário econômico foi a BMW. No ano passado, passou a produzir o X4 em sua fábrica de Araquari (SC). O primeiro modelo do SUV foi produzido no fim de agosto de 2016. As chinesas Chery e JAC Motors deram alguns passos para trás, mas seguem com planos de crescer em 2017. A primeira teve de recorrer ao lay-off na fábrica de Jacareí (SP), inaugurada em 2014, mas iniciará a produção de dois novos modelos – o Arrizo 5 e o Tiggo 2. A segunda, por sua vez, teve de alterar planos de investimentos na planta de Camaçari na Bahia. Porém, o início das operações está projetado ainda para o primeiro semestre. l

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Brasil viveu de 2012 a 2014 um cenário dos sonhos no que se refere às vendas de automóveis. Nesse período, figurou em quarto lugar no ranking mundial de vendas de carros leves, de acordo com pesquisa da consultoria Jato Dynamics, com números superiores aos de mercados como o alemão. O cenário mudou radicalmente, o país passou a ser apenas o nono mercado global e pegou de surpresa algumas montadoras de luxo e novatas no país. Mas apesar de alguns passos para trás, as fabricantes mantiveram a confiança e os investimentos, o que as torna potenciais parceiras do mercado de locação. Segundo a edição especial da Revista Sindloc-SP sobre os números da indústria de aluguel de veículos em São Paulo, publicada no primeiro semestre de 2016 e referente aos indicadores do ano anterior, observou-se um crescimento das marcas com menor participação de mercado na distribuição de frota por mon-

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Crédito seguro pelas redes sociais já é uma realidade Novo modelo pode ser uma alternativa para desburocratizar obtenção de financiamentos

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cada dia um novo serviço atrelado às informações das redes sociais surge e parece ser a revolução do momento. O fenômeno atual são as fintechs – empresas que, por meio de dados das redes sociais, oferecem serviços financeiros. Além de apostarem em um sistema menos burocrático, essas empresas oferecem empréstimos com juros acessíveis e podem representar uma alternativa ao sistema bancário tradicional. Eduardo Tambellini, sócio consultor da GOon, especialista em gestão de risco, crédito e cobrança, vê com bons olhos esse novo serviço. “Há um caminho positivo com a diversificação de linhas de crédito. Hoje temos fintechs voltadas especificamente para pessoas jurídicas e microempresários, o que pode ser um atalho interessante para locadoras que encontram resistência na obtenção de financiamentos pelas vias tradicionais”, ressalta. Fora do Brasil, tais créditos são baseados na relação peer-to-peer (conexão entre pessoas por meio de computadores). A legislação brasileira, contudo, exige que uma instituição financeira esteja por trás de qualquer concessão de crédito para garantir o lastro. Desse modo, há sempre al-

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planejamento guma entidade reconhecida pelo Banco Central dando garantia àquela atividade financeira. Tambellini diz que uma das empresas que vem fazendo esse tipo de serviço para as fintechs é a Sorocred. Embora pareça um serviço vulnerável por ser baseado em informações de redes sociais, as fintechs procuram reunir o máximo de dados obtidos, seja no Facebook, LinkedIn ou outra plataforma, para montar um perfil do cliente. A locadora que contar com um portal bem atualizado, que reúna detalhes sobre a frota, a equipe e outros serviços agregados, ganha pontos na avaliação. Se tiver uma rede social ativa, capaz de gerar interação e engajamento, as possibilidades ampliam-se consideravelmente. A intermediadora Bom Pra Crédito, após efetuar o cadastro dos consumidores, distribui essas informações a 22 agentes financeiros, o que amplia as chances de aprovação. Segundo informou o presidente da empresa, Ricardo Kalichsztein, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o índice de financiamentos validados chega a 30%, contra 15% da média de mercado. O emprego da tecnologia já é intenso desde o cadastramento. O candidato a tomador envia uma selfie, que pode ser usada em programas de reconhecimento facial. O sistema pode processar os dados sobre o dispositivo utilizado pelo cliente na consulta – celular, tablet ou desktop –, além da geolocalização. Até eventuais lugares frequentados pelo empresário podem ser rastreados. Sua credibilidade como pessoa física pode colaborar para uma boa percepção sobre a locadora. Alertas Mas é preciso estar atento a possíveis fraudes. Tambellini lembra os muitos casos de empréstimos pessoais em que é solicitada a cobrança de depósito inicial. “Esse é o primeiro ponto a ser levado em consideração na questão da segurança, pois não existe um serviço de crédito no qual se deva depositar, primeiramente, algum dinheiro”, explica. O consultor reforça ainda a importância de olhar atentamente as páginas das empresas que oferecem os créditos. “É fundamental identificar eventuais presenças desses financiadores em portais de avaliação como o Reclame Aqui ou mesmo o Procon, explorar os produtos fornecidos e observar se o Banco Central autoriza aquela atividade”, conclui. O crédito pelas redes sociais é uma realidade, mas precaução e pesquisa são palavras de ordem. l

Aprenda a avaliar ativos intangíveis Esse conhecimento pode ser determinante para uma operação mais eficiente e menos dispendiosa Istock

GESTÃO

U Mauro Johashi

ma das principais armas do empreendedor na manutenção de seus projetos são o conhecimento e o domínio prévio sobre o próprio trabalho e a avaliação do seu real valor na hora de pedidos de liberação de crédito, compra e venda de seu negócio ou até mesmo na busca de novos investidores e sócios. É importante materializar, por meio de laudos técnicos e demonstrações contábeis, a existência de todas as forças de uma empresa. Ativos intangíveis são todos os aspectos do negócio que possuem valor de compra e venda, mas que não existem de forma física, tais como marcas, patentes,

licenças, recursos humanos, tecnologia, know-how, entre outros. “Para mensurar essas forças é necessário levar em conta não só o valor de interesse do mercado, ou seja, aquilo que as pessoas estão dispostas a pagar por um veículo alugado ou pelo gerenciamento da frota, mas também os custos necessários para manutenção do diferencial dessa empresa”, esclarece o consultor Mauro Johashi. Outro aspecto que deve ser considerado na valoração de uma empresa é a renda gerada por um bem intangível, como direitos autorais ou capital intelectual, que por si não possuem valor monetário identificável, mas que podem ser adquiridos ou repassados em um processo de fusão ou aquisição. O especialista faz um alerta aos empresários: a marca representa um dos ativos das empresas mais observados pelo mercado consumidor. Essa crescente importância pode ser um fator decisivo para o sucesso ou para decretar o fracasso de um negócio. O brand equity (valor da marca) é o resultado do grau de lembrança junto ao público, somado ao grau de fidelidade dos clientes da empresa. Para Johashi, a relevância é tamanha que chega a casos, e não são poucos, em que o valor de uma determinada marca chega a ser maior que o dos próprios ativos da empresa. “Com o passar do tempo, a marca passa a ser o referencial da qualidade de um produto ou serviço”, finaliza. l revista sindloc

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• Saldo no último dia útil do ano de qualquer conta de depósito, inclusive de poupança • Saldo no último dia útil do ano de cada aplicação financeira • Rendimentos brutos, acumulados anualmente, mês a mês, por aplicações financeiras no decorrer do ano • Aquisições de moeda estrangeira • Transferências de moeda e de outros valores para o exterior A entrega é obrigatória a bancos, seguradoras, corretoras de valores, distribuidores de títulos e valores mobiliários, administradores de consórcios, as entidades de previdência complementar e as sociedades seguradoras autorizadas a estruturar e co-

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Leo Burnett Tailor Made Nova garantia Fiat de 3 anos. Para usufruir dessa garantia, é obrigatória a realização das Revisões Programadas. O prazo de garantia oferecido já inclui os 90 dias da garantia legal. Para mais informações, consulte o manual de uso e manutenção.

O que deve ser repassado ao SPED? Serão repassados ao SPED os limites mensais das movimentações ou saldos de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para pessoas jurídicas:

Mas, afinal, qual é o impacto da e-Financeira para as locadoras de veículos? A partir de fevereiro de 2017, as informações das movimentações bancárias, referentes ao ano de 2016, estarão completamente na base de dados da Receita Federal; nesta mesma época ocorre o fechamento da contabilidade e a entrega das primeiras declarações anuais, portanto é uma boa oportunidade de analisar a existência de riscos de passar por uma fiscalização devido aos cruzamentos de informações do SPED. Com o maior cruzamento de dados, a Receita Federal abre uma gigantesca janela para verificar casos de sonegação fiscal, que antes ficavam totalmente encobertos. Porém, agora, a e-Financeira permite executar um cruzamento imediato com a movimentação bancária da empresa com os dados contábeis declarados por meio da ECF. Dessa forma, constata-se que esse é o momento ideal para reavaliar os procedimentos e controles contábeis e fiscais adotados pelas locadoras, buscando adequar-se com as normas do Fisco. Para isso, sempre é importante contar com uma sólida consultoria tributária, acompanhando de perto o movimento da locadora e planejando cuidadosamente a melhor forma de estar em dia com seus tributos. l

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Paulo Henrique, sócio da Audit Consult

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mercializar planos de seguros de pessoas, tais quais Bacen, CVM e Susep, por meio de um conjunto de arquivos digitais de cadastros e o módulo de operações financeiras.

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e-Financeira é mais uma obrigação acessória na qual são apresentados os saldos de contas correntes, movimentações de resgates, rendimentos, poupanças, entre outras informações financeiras previstas na Instrução Normativa 1.571/2015. Ou seja, as mesmas informações prestadas anteriormente por meio da DIMOF, mas esta integra o SPED, o que proporciona otimização e eficiência na captação e cruzamento de dados para a fiscalização.

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Saiba o que é a e-Financeira

Imagens meramente ilustrativas, com alguns itens opcionais.

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artigo

Como a valorização estética pode ser útil ao seu negócio

O Luiz Marins é consultor empresarial e apresentador do programa Show Business, na Rede Bandeirantes

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s valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e puseram os adereços próprios da arte plumária. Modernamente vimos também os “caras-pintadas” com pinturas no rosto simbolizando sua condição guerreira. Transpondo esses estudos para o mundo empresarial, temos uma realidade semelhante. Uma empresa malcuidada, escura e com pessoas mal vestidas terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas “respondem” ao meio-ambiente. Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, bem iluminada, com mobiliário adequado, ar-condicionado e plantas produz colaboradores preocupados com qualidade. O metrô de São Paulo, onde nada pode ficar quebrado por muito tempo, é um exemplo emblemático dos efeitos da valorização estética. Ele é considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo, contando com a proteção do mesmo povo que destrói os orelhões, quebra os bancos das praças e emporcalha as ruas de São Paulo. A valorização estética aumenta a autoestima das pessoas. Trabalhar em uma locadora com ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor qualidade de vida. E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética. A partir da valorização estética de Curitiba, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer outra cidade. Atraiu um novo polo au-

tomobilístico, fez da capital paranaense um dos mais belos e admirados municípios da América Latina, por sua qualidade de vida e seus equipamentos urbanos de excelência. E tudo começou pela valorização estética. Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida na empresa. E a valorização estética ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a ética, as boas maneiras, a polidez, atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes, da música. Na Disney, a atenção aos detalhes na valorização estética é um dos pontos fundamentais da fórmula do sucesso. Valorização estética não é dinheiro jogado fora. É investimento! Ela traz – e somente ela poderá trazer de volta – a autoestima necessária para funcionários e clientes e até trazer efeitos incrivelmente benéficos para a nossa marca. E belo não significa necessariamente caro. Belo não significa supérfluo. Empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Como está a pintura? As cores são alegres e induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e bem cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Como as pessoas se trajam? Existe um “dress-code”? Faça você mesmo o seu check-list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para o ser humano, para as cidades e para as empresas. Pense nisso. Sucesso! l



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