Biometria
A tecnologia do reconhecimento a favor da segurança e da proteção Em um mundo cada vez menos seguro e mais complexo, a interação de vários tipos de tecnologias voltadas à segurança se fazem necessárias para diminuir o risco à vida e ao patrimônio.
O
Ailton Amaral s vários órgãos de inteligência e de proteção, tanto oriundos do setor privado quanto do setor público buscam cada vez mais integrar estes recursos para coibir os crimes e delitos de toda a natureza tornando a inovação e a inteligência armas contra a violência urbana. Hoje, o mercado de segurança em geral, contempla inúmeras soluções entre armamento, patrulha, alarmes, rastreio, videomonitoramento e biometria. A tecnologia biométrica, que visa identificar e validar
informações de pessoas pelas suas características físicas tem sido amplamente utilizada nos projetos de segurança como meio de controle de acesso. Recentemente, seu uso ganhou notoriedade durante as eleições para escolha de prefeitos e vereadores com a divulgação do uso de urnas biométricas a fim de evitar fraudes e agilizar a identificação dos eleitores. Inicialmente, quando pensamos em biometria, pensamos na forma de reconhecimento de pessoas mais utilizada e conhecida pelo público: o controle de acesso baseado em
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impressões digitais. Entretanto, a biometria não se restringe às impressões digitais. Atualmente, contamos com a biometria que chamamos de estática, que abrange as características únicas do corpo como, por exemplo, a já conhecida impressão digital, a retina e a íris, a geometria da mão, das veias, da face, entre outras, e o reconhecimento biométrico dinâmico (ou biometria dinâmica) em que é possível utilizar comportamentos para caracterizar um individuo, assim a escrita, o caminhar, os gestos e movimento do corpo, a voz, a forma
Biometria de clicar, etc. são formas únicas de agir que permite reconhecer a pessoa através de uma análise comportamental. Quando pensamos em prevenção da violência urbana, principalmente nas médias e grandes cidades, é possível contar com produtos de resultados cada vez mais apurados. Algumas destas soluções dizem respeito, por exemplo, ao reconhecimento facial em locais públicos, com câmeras e softwares cada vez mais eficientes, permitindo ao poder público atuar na prevenção e diminuir riscos inerentes a repressão. É possível hoje, reconhecer um indivíduo que seja suspeito ou que faça parte de um banco de dados de infratores ou de criminosos em uma multidão. Uma solução que tem se usado com constância no sistema bancário é a biometria da impressão digital, diminuindo os riscos das fraudes, do uso dos cartões por não usuários, consequentemente diminuindo os prejuízos atuando na prevenção da perda. São exemplos como este que também tem sidos levados ao usuário doméstico, como as fechaduras biométricas, os sistemas de controle de acesso em conjunto com câmeras, facilitando a prevenção de invasão, automatizando algumas funções, permitindo a interação do usuário com o ambiente. Aplicações infinitas podem ser dadas a um sistema biométrico. Pode ser usado no comércio, indústria, instituições públicas, em investigações, controle de ponto, e muito mais. Para cada situação existe uma solução, para cada nível de segurança é possível encaixar um produto. Hoje é possível, nos sistemas que usam impressão digital, por exemplo, dimensionar o nível de segurança nos baseando na quantidade de pontos na impressão digital a serem usados para identificar o usuário. Assim, uma sala de servidores onde a segurança para coibir o acesso precisa ser muito alta, é possível configurar equipamentos para que usem um grande número de pontos da digital, o que antes era restrito aos 10 ou 15 pontos, hoje podem chegar a mais de 200 pontos configurados para que o reconhecimento seja muito mais preciso. Uma sala cofre, um cofre de banco, podemos usar a mesma
tecnologia e ainda acrescentar que para acessar o local o usuário tenha um cartão e uma senha, além da digital. Os algoritmos de reconhecimento também estão cada vez mais eficazes, em qualquer solução biométrica. Alguns já contam com atualização inteligente, permitindo que a rejeição das digitais com cortes, que são lixadas ou que perdem sua nitidez quando visualizada no sensor biométrico seja menor ou inexistente a fim de permitir o acesso ao usuário cadastrado. Além deste constante aprendizado com o uso, os algoritmos permitem uma velocidade extraordinária no reconhecimento da digital, facilitando acesso em locais de grande passagem. É possível encontrarmos equipamentos que fazem o reconhecimento da impressão em menos de meio segundo. Estes equipamentos ainda usam mais pontos para aferição da digital. Com isso, a segurança é maior e a rapidez não é comprometida pela velocidade de verificação do equipamento. Os sensores podem variar de tecnologia para serem usados em ocasiões comuns ou especificas. A maioria dos hoje utilizados é ótica, com menores preços e boa resolução de imagem. Outro usado em alguns equipamentos eletrônicos, como notebooks, é o capacitivo, com menor tamanho e consumo muito baixo de energia, pode ser sensível ao eletromagnetismo presente em outros equipamentos do meio. Também é possível usar os equipamentos baseados em ultrassom, que faz uma leitura 3D da impressão digital e funciona através de emissão e recepção das ondas sonoras, funciona como um sonar, sua resolução é menor que os sensores óticos e tem um preço maior que os dois anteriores. Nos quesitos economia, segurança e praticidade podemos destacar características dos equipamentos biométricos, que tornam a relação custo beneficio bem atraente. As questões relacionadas a senhas, que podem ser passadas a outro usuário, esquecidas ou usadas por pessoas maliciosas que se apoderam delas; a perda de cartões constitui grande prejuízo dependendo do tamanho do empreendimento, bem como sua inutilização pelo
mau uso, manuseio inadequado ou forma de armazenar pelo usuário; além da cessão do cartão a outrem, uso do cartão por outro visando permitir acesso a áreas proibidas a determinados indivíduos e riscos inerentes ao uso por criminosos. Fora isso, as possibilidades de fraudes já vistas e conhecidas pelos gestores de segurança e de RH. No presente, a maior preocupação dos gestores que é o acesso, pode ser sanada com produtos que existem no mercado, com tecnologia de ponta, inovações constantes e cada vez menores custos. Para o futuro, as inovações e investimentos em P&D nos trarão maiores possibilidades no uso em locais públicos, com reconhecimento de face, íris, veias, geometria da mão, entre outros, tornando estes locais mais seguros. O reconhecimento de face, por exemplo, passa a ser uma grande ferramenta no combate ao terrorismo e crimes no geral, permitindo uma ação automatizada por parte dos equipamentos e sistemas, dando segundos ou minutos de vantagens às autoridades para tomarem decisões e implementarem ações de combate ao crime. As previsões de crescimento neste segmento são bem otimistas, com demanda garantida, especialistas falam de valores para 2013 de aproximados 13 bilhões de dólares. Principalmente composto por biometria da impressão digital, mas já prevendo uma mudança nos próximos anos para uma tecnologia mais avançada ou que permita mais soluções, como a facial e, em questões de segurança mais exigente, biometria da íris. São possibilidades, podendo incorporar outras tecnologias nos mesmos produtos, aumentando ainda mais o controle dos ambientes. Portanto, na prevenção de acesso não autorizado em nossas residências, empresas, instituições ou qualquer outro ambiente, os equipamentos biométricos estão realmente em voga, permitindo projetos com boas soluções e tecnologias diferentes, interagindo umas com as outras, tornando o local mais seguro e protegido. Ailton Amaral é consultor de segurança da Alpha-Digi ailton@alphadigi.com.br
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