conteúdo de moda em mídias alternativas

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CONTEÚDO DE MODA EM MÍDIAS ALTERNATIVAS


OBJETIVO Entender a comunicação de moda através das práticas comunicacionais de mídias alternativas.


JUSTIFICATIVA Tendo em vista a nossa insatisfação sentida em relação à maneira como a moda é representada pela grande mídia, de forma vazia, legitimando padrões hegemônicos, como um grupo, nós provocamos a entender a moda que é o oposto disso. Tal anseio é afagado na mídia alternativa, um meio que revisa as práticas comunicacionais a todo instante a fim de manter sua existência ávida na luta pela horizontalização da estética e da produção imagética-cultural.


“A MODA QUEM FAZ SÃO VOCÊS” (ESTILERAS, 2018)

O conteúdo propagado pelo alternativo nos instiga como estudantes de moda, uma vez que acreditamos que este lado da discussão é capaz de gerar questionamentos extremamente relevantes que outrora não ganhavam espaço de maneira ética na mídia tradicional. Neste contexto, o meio luta para existir da mesma forma que quem o produz.


MÍDIA

médium (meio) comunicação “[...] extensões de nós mesmos” (MACLUHAN, 1964, p. 60)


MEIO x MENSAGEM FORMA x CONTEÚDO

“[...] o meio que configura e controla a proporção e a forma das ações e associações humanas” (MACLUHAN, 1964, p. 23)


- Socialidade (MAFESSOLI, 1988) > conjunto de expressões do mundo imaginário que constitui a sociedade de fato, o “societal em ato”. > responsável por aglutinar indivíduos

“A socialidade é, assim, a multiplicidade de experiências coletivas baseadas não na homogeneização, institucionalização e racionalização da vida, mas no ambiente imaginário, passional erótico e violento do cotidiano dos ‘homens sem qualidade’.”(MUSIL apud **, 0000). A mídia (formal) é a extensão do nosso território simbólico, o imaginal.


CONTEÚDO DE MODA


Revistas de moda (2019) > conteúdo de moda < Dividia espaço com literatura, notícias e variedades. Como coloca “O Espelho Diamantino” (1827) em sua primeira edição, o periódico “de política, litteratura, bellas artes, theatro e modas” (ASSUNÇÃO; ITALIANO. 2018. p.235)

“Toda essa cultura de moda e vestir conquistou espaço nos periódicos da época, que se tornavam fonte principal de informação para a sociedade.” (ASSUNÇÃO; ITALIANO. 2018. p. 234)

Capa de Vogue Brasil, edição especial Abril/2019. Fonte: Lilian Pacce

Capa de A Estação, n. 1, 1879, p. 1. Fonte: Hemeroteca Digital

Periódicos de época (1879) < colunas de moda


Página de A Estação, n. 1, p. 6, p. 16. Fonte: Hemeroteca Digital

Distribuição No século XIX, há uma expansão deste mercado editorial nos países europeus com a publicação dos periódicos e com isso, “as publicações de moda tornam-se mais segmentadas, deixando de ser um produto apenas de elite para abarcar um conjunto maior de estratos sociais pertencentes à classe média urbana. A expansão dos títulos e dos leitores é impulsionada por uma mudança nos processos de distribuição das revistas, uma vez que desde 1869, nos EUA, as revistas começaram a ser vendidas em lojas comerciais e livrarias, libertando-se da dependência do correio.” (CASADEI, 2012)


conteúdo de moda também online

Partindo de que na contemporaneidade os espaços on-off são inseparáveis (HINERASKY, 2014) Instagram criado em 2010 é até hoje demasiadamente, a principal plataforma de compartilhamento de IMAGEM O consentimento e democratização das mídias digitais torna-se público o que se expressa. Há necessidade do ver(se) (MANOVICH, 2016)

Imagem: 100buxixo


MÍDIAS ALTERNATIVAS


“[...] existe em relação à outra mídia – no caso, à chamada tradicional, mainstream, “grande mídia”, ou aquela dos veículos de referência, estabelecidos a partir da profissionalização do jornalismo na segunda metade do século XIX e desenvolvidos sob o paradigma da modernidade [...]” (FOLLETO, 2018)

O “ex-istir” instrínseco das mídias alternativas “Ser”, no sentido de “sair de si” Formante (MAFFESOLI, 0000) > a vida necessita de forma para que o “ex-istir” possa acontecer.


“É a partir desta noção de uma mídia contra-hegemônica que se consolida o conceito de mídia alternativa, sobretudo a partir dos anos 1970, com as mídias de trabalhadores urbanos e rurais, movimentos sociais, publicações anarquistas, culturais e de grupos marginalizados, rádios comunitárias e jornais de resistência a ditaduras aos governos das ditaduras militares na América Latina (ATTON, 2002; DOWNING,2002; KUCINSKI, 2003)” (FOLLETO, 2018)


O cerne da questão Espetacularização progressiva da sociedade > Redução do ser humano como mero espectador, passível. “A sociedade do espetáculo” Guy Debord Mercadorização da informação> Produção condicionada ao consumo, o que corrobora para superprodução de informação, esvaziando de sentido a informação e a vida. “Indústria Cultural” Theodor Adorno


contexto: ESPECTRO PÓS-MODERNO A socialidade pós-moderna (MAFESSOLI, 0000) >sujeito fincado no ser, papel social em vez de sua função, característico da objetividade moderna. A estética do presente “[...] o divino está alocado no mundo terreno e se representa pelas práticas sócio-culturais”. (GIOSEFFI. p. 02. 1997) SER NO PRESENTE alimentado por uma imaginário dionisíaco: sensual e hedonista.


“O presente na cotidianidade pós-moderna não se configuraria por imagens monolíticas, formas únicas, monocausalidades. Esse tempo presente se caracteriza por uma materialidade exaltada, que sacraliza e reveste de afeto os objetos e imagens” (GIOSEFFI. p. 03, 1997).

SACRALIZAR SOCIALIZAR


“[...] um mundo imaginal em rebelião aponta para a propagação de uma “epidemia” de imagens que perpassam os diferentes campos da vida social” (GIOSEFFI. p.01. 1997)


Há um declínio das grandes estruturas institucionais e ativistas - dos partidos políticos, como mediação necessária, ao proletariado, como sujeito histórico. Em contrapartida, passaríamos por um período de desenvolvimento daquilo que se pode chamar, de maneira bastante genérica, as comunidades de base.

“A contra-informação é [...] um novo ato cultural.” (Flusser, 1982: 160)


ON - OFF


Reprodução da internet. Junho/2019. Fonte: Instagram

Imagem: site Yut Mag.


Reprodução da internet. Junho/2019. Fonte: Instagram


Reprodução da internet. Junho/2019. Fonte: Instagram


Imagens: site ModeďŹ ca.

MODEFICA


ZINE

(fanatic magazine)

2 OUR STATISTICS This is the subtitle that makes it comprehensible

Imagem: Study Breaks.


O QUE É? PUBLICAÇÃO ALTERNATIVA E AMADORA PEQUENA TIRAGEM IMPRESSÃO ARTESANAL

Imagem: Jaffat El Aqlam Breaks.

EDITADO E PRODUZIDO POR INDIVÍDUOS DE UM NICHO ESPECÍFICO


“O fanzine, por vezes, confunde-se com as próprias revistas alternativas pela forma de produção, veiculação e apresentação. Mas diferencia-se destas pelo seu conteúdo publicado.” (MAGALHÃES, 1993, p. 14-15, grifo nosso)


POR QUÊ?

NÃO DEIXA RASTROS

É FEITO PARA OS SEUS PARES

“PRIORIZA A INFORMAÇÃO, A CRÍTICA E A REFLEXÃO” ((MAGALHÃES, 1993, p. 8)


“(...) tanto os fanzines apresentam elementos das revistas (produção artística) como as revistas trazem elementos dos fanzines (matérias jornalísticas). O conteúdo, a forma de produção e o espaço maior ou menor ocupado por esses elementos é que vão determinar o caráter da publicação.” (MAGALHÃES, 1993, p. 16, grifo nosso)


PRIMEIRO ZINE (DE QUE SE TEM NOTÍCIA)

1930

1930

Venus has a beautiful name and is the second planet from the Sun. It’s terribly hot—even hotter than Mercury—and its atmosphere is extremely poisonous. It’s the second-brightest natural object in the night sky after the Moon

(MAGALHÃES, 1993)

PRIMEIRO ZINE (QUE SE TEM NOTÍCIA)


FANZINES BRASILEIROS DE MODA A picture always reinforces the concept Images reveal large amounts of data, so remember: use an image instead of long texts. Your audience will appreciate that

Imagens: sites da FFW e Chรก de Autoestima.


CONSIDERAÇÕES FINAIS A mídia, por si só, abarca imensa importância devido à mensagem que é transmitida por ela, levando em conta também que a mensagem é o meio e vice-versa (MCLHUAN). Ao analisarmos a mídia alternativa, tal relevância da mídia é crescente, pois o valor da mensagem aumenta nesta “anti-mídia”, levando em consideração que ela serve de voz a quem dificilmente teria uma dentro da sociedade hegêmonica-midiática em que vivemos. Dentro desse contexto, inserimos a investigação do conteúdo de moda, o qual possui notoriedade dentro da mídia mainstream. Com isso, pudemos ampliar a discussão existente acerca da criação de conteúdo e sua veiculação dentro da mídia alternativa quando se trata do mundo da moda.


REFERÊNCIAS 100BUXIXO. Site oficial, 2019. Disponível em: <https://www.instagram.com/100buxixo/?hl=pt-br>. Acesso em 12 jun. 2019. ASSUNÇÃO, Beatriz Albarez de; ITALIANO, Isabel Cristina. Moda e vestuário nos periódicos femininos brasileiros do século XIX Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 71, p. 232-251, dez. 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rieb/n71/2316-901X-rieb-71-00232.pdf>. Acesso em 12 jun. 2019. CASADEI, Eliza Bachega. JORNALISMO DE MODA EM REVISTA: Momentos históricos do registro editorial da moda no Brasil no período anterior aos 60. 2012. Disponível em: <http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao53/materia03/>. Acesso em: 10 jun. 2019. CHÁ DE AUTOESTIMA. Fanzine: O que é e como surgiu essa imprensa alternativa. Disponível em: <https://chadeautoestima.com/fanzine-o-que-e-e-como-surgiu-essa-imprensa-alternativa/>. Acesso em 11 jun. 2019. EMILE, Pauquet Hippolyte Louis. Eude Inv. des Ursins, 1420. 1420. Disponível <http://ccdl.libraries.claremont.edu/cdm/singleitem/collection/fpc/id/0>. Acesso em: 12 jun. 2019.

em:


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REFERÊNCIAS HINERASKY, Daniela Aline. O Instagram Como Plataforma De Negócio de Moda: dos “itbloggers” às “it-marcas”. 2014. Disponível em: <http://www3.espm.br/download/Anais_Comunicon_2014/gts/gt_seis/GT06_HINERASKY.pdf>. Acesso em: 09 jun. 2019. JAFFAT EL AQLAM. Workshop #3: Urban zine workshop. Disponível em: <http://www.jaffatelaqlam.com/blog/2018/2/21/workshop-3-urban-zine-workshop>. Acesso em: 12 jun. 2019. LEMOS, André. Ciber-socialidade: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/viewFile/14575/11038> Acesso em 12 jun. 2019. MACLUHAN, Marshal. Os meios de comunicação como extensão do homem. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901969000300009>. Acesso em: 12 jun. 2019. MAGALHÃES, Henrique. O que é fanzine. São Paulo: Brasiliense, 1993.


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REFERÊNCIAS

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ALUNOS Dourivan Conceição Lima - 10723520 Kylie (Israel) Oliveira Pereira - 10723583 Thaís Ferreira da Silva - 10407746 Thales Góes - 10704139 Thamires de Freitas Sant’Ana - 10282449


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