TFG Belas Artes | Parque das Pipas: requalificação urbana e ambiental

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PARQUE DAS PIPAS requalificação urbana e ambiental



CENTROUNIVERSITÁRIOBELSRTESDESÃOPULO CULF DERQUITETUREURBNISMO

TrabalhoFinaldeGraduação Orientador:IvanirReisNevesbreu

PARQUE DAS PIPAS eqr ualificaçãourbanaeambiental

mandaraujoCsta SãoPaulo 2021/1

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Pipa Vêacriançaesuacriação: papéiscoloridos eumalinhanamão comvaretasecola numlosangoseforma: apipa,opapagaioupandoga. r eCor acriançacomovento sópraverobrinquedosubir efazerestripuliasnocéu voarsemsaberonde. ir Todavezqueapipaalçavo acriançavoatambém. Querdesvendarosmistériosd’além, Viajarnaimaginação. Sobeapipa,opapagaioupandoga r ebrincandoacriançavoa elivr elevepelaimensidão. PaulaBelmino



AGRADECIMENTOS ÁDeuseaNossaSenhoraparecida,pomer possibilitaremea r lizar este sonho e estarem sempre presentes em minha vida nos moentosdeangústias.

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osmeuscolegasdefaculdadeJoão,Laísa,Thaispordividiemr os trabalhoseaspreocupaçõeseaThawanyporserminhaeternadu pladeprojetos. o meu orientador Ivan,ir por acreditar e aceitar fazer parte desse trabalfin ho aldegraduaçãoepotodor co o nhecimentran o smitdo nesseperíodolém. desergrum andeprofissional,éser um huma noadmirável.

ÁminhamãePatrícia,meumaiorexemplodefoça r esuperação, minhamelam hor igaecompanheira.Mesmnosmoentosmais difícies que teve que enfrentar, nuca deixou de cuidar de mi comcarinhoededicação. meuo paiEdimundo,quefezmuitossacrifíciosparamepropor cionarosmeles hor estudos,meugrandeincentivadordesonhos ehomemmaisbondosoqueconheçoMeu. ameor guor polho r vocêepelamãeéincondicional.

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Átodaminhafamília,especialmenteaosmeustiosRicardo,Elia ne,eElisângelapeloapoioconcedidonessatrajetóriaeaminha avJosefa, ó quecoseu m exemplmeo mostqueor nucaétarde paradedicar-seaoaprendizado.

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Átodososprofessoes r efuncionáriosdoCenoUntr iversitárioBelas rtes de São Paulo, que contribuíram para minha formação profis sionalduranteessescincoanos.

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Átodaaequipedevoluntárioseosdietr es or doInstituoMangalô, especialmenteáTalita,Fero nandoeDav o id,quepomeir doo pro jetEco o Larpudeveraarquiteturaeurban o ismco o olhar um mais sensíveláespei r todaeal r idade.

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osmeusamigosdeinfâncialine,na,Caroline,Marcos,Pedro eThayani,pelincen o etivo pelacompreensãonosmoentosem quepreciseimeausentar. o CenotrUniversitário Belas rtes de São Paulo, pela bolsa de estudosintegralconcedida. 5


índice Introdução

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1 - Cidade dispersa 1.1-periferiadoexemtr olesteeseucontexto 1.2-Sonhoscoloridosnocéudaperiferiadacidadedispersa

14 18 20

2 - Conceituação 2.1-Segregaçãosocioespacial 2.-Reestrutaçãourbana 2.3-Integraçãosocioespacial

24 28 30

3 - Território

3.1-Memória 3.2-Recortedeintervenção 3.3-Legislaçõesvigentes 3.4-Diagnóstico 3.5et-Dir rizesprojetuais

36 38 50 52 54

4 - Estudos de Caso 4.1-ParqueVila-Lobos 4.2-UrbanizaçãoComplexoCantinhodoCéu 4.3-1ºcolocadonoCcursoNacionaldeIdeiasparaoPar

60 62 64

quedoCocó


5 - O Projeto 5.1-Diagramasprojetuais 5.2-OParquedasPipas 5.3-Setes or 5.4-SoluçãoHabitacionalePassarelas 5.5-Estratégiasambientais 5.6-Mobiliáriosepisos 5.7-Estratégiasdeilumnação

70 72 78 86 100 102 106 108

6 - Conclusões finais

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Referências

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INTRODUÇÃO Enquanan no t de o 201escrevest o ecaderdono meutrabalho finaldegraduação,nosencontramosemmeià o pandemiamun dial do novav Cr írus (COVID-19), em que o distanciamento socialéessencialparacombaterasuarápidapropagação.

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principais a implantação de conexões para transpor bareir ras es paciais, a conservação ambiental e a consolidação da ativdade depipas,práticajáexistentenesteparque.

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Partindo de uma inquetação pessoal em elr ação ao modelo de cidade dispersa a qual se encontram muitas das metópor les no mundo,assico m municí o pide o SãoPaulo,capi no 1tulo bus ca-se apresentar o contexto social atual do local abodado r e as sim justificar a importância de intervenção nesse territóo, como também a elr evância da ativdade/esporte de pipas presente no distrito.

Noentanto,paramuitoshabitantesdeáreasperiféricasdacida

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Mediante está constatação, no capítulo 2 é explanado os ês tr

defáci o acesso l eproximdadeaesseslocaiséapenasacr um és cimo na lista de dificuldades que enfrentam em seu cotidiano. final, próximo às suas esi r dências o que encontram, se é que encontram, são parques e espaçoses livr degradados e abando nadospelaadminstraçãopública.

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principais conceitos aos quais se baseiam este trabalho: a segre gação socioespacial, a eest r rutação urbana e a integração so cioespacial.

Este trabalho final de graduação efer r e-se à proposta de eqr ua lificação do Parque Municipal teror Sapopemba, localizado no distrito São Rafael, exemtr o da zona leste e consequentemen te será também seu entorn imediato, por meio da elaboração deumprojetodeeest r rutaçãourbana.Têm-secomobjetivos

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cidade de São Paulo, por alguns períodos, determinou que os parques municipais e osutr locais que pudessem promver aglomerações fossem fechados. Devido à necessidade de per manecer em casa, poder voltar a frequentar os espaços es livr qualificadostornu-sedegrandeimportânciaparaamaipar or te dapopulaçãoembuscadelazer,cultura,esportesesaúde.

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lémdisso,faz-senecessárioconheceroterritóo,sobeoponto devistadopassado,dopresenteeoqueéeser r vadoparaoseu fuo,tur apresentadocapí no 3, tulo paraelaborardium agnósticoe dietr rizesapropriadoscomopremissadeintervenção.

Emseguidapodemosacompanharnocapítulo4,osestudosde

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projetos que possuem problemáticas e soluções semelhantes às que aquiseenfrentam. E por fim, no capitulo 5 apresenta-se a proposta de eqr ualificação do agora denominado Parque das Pipas, que abrange os âmbitos espa ciais,ambientaisesociais.

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Oprojettemo coprmo incípia o eqr ualificaçãodeumaárea,contudo,as pipas, ativdade de grande importância para aegi r ão, nos conduziram aodecoerr daapresentaçãodestetrabalho. Masantesdetudo,vocêsabecomoempinarpipa?

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COMO EMPINAR PIPA?


PASSO 1:

VENTOS ADEQUADOS



1

CIDADE DISPERSA


1. Cidade dispersa or diária de milhares de pessoas no país quase sempre con tina verge para um ponto comu: as horas perdidas no trajeto até seu destinofinal,sejaporutilzartransportepúblicoouparticular I se deve ao fato da maior parte das ativdades essenciais esta sso emr concentradasemumaúnicaegi r ão,sendoestedoum smuitos problemasgeradospelaformadispersacoquem ascidadessede senharamnoBrasil,emquepriorza-seomdo: (..) territoalista extensivo, ou seja, a cidade se es

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palha em grandes territóos com qualidade ou não no seu tecido urbano, apresentando grandes vazios e uma série de serviços espraiados pelo seu territó

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rio,combaixaconectivdade.(JUNIOR,201,n.p)

Dessamaneira,asáreascentraiseperiféricastornaram-secadavez maisdistintasemaislongínquasumadaoutra.Enquanost cenostr das cidades são caracterizados por uma boa infraestruta, as pe riferias sofrem com a escassez de equipamentos e serviços de boa qualidade. dispersãourbanaéprum ocessoquetemincihistno óricodeur banizaçãodamaipar or tedasmetópor lesmundoo Na . cidadede São Paulo, esse modo de expandir o territóo ficou mais evidente sécu no XX, lo quandodiversosfates or influenciaramaparcelamais pobre da população a buscarem egi r ões mais afastadas do cenotr paraesi r diemr . 14

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C deira(20,p.215)apontaquenoperíodoenetr asdécadasde al e20 30aelite,quesempreteveinfluênciasobreimportantesdeci sões junto ao poder público, identificou os muitos problemas que afligiam a cidade que crescia e se transformava de maneira muito rápida,paraassimsugerirsoluções. Segundo a elite da época, esses problemas estavam elr acionados às duas classes sociais conviendo em um esmo espaço, o caos dasindústriasefábricasmuitopróximosàshabitaçõeseosistema de transporte de bondes que se encontrava sobrecaregado r . To dosessesfates or emumperímetoco r ncêntrico.(CLDEIR,20, p.214) partir dessas constatações, planos e legislações foram criados paradificultarapermanênciadacamadamaispobrenaegi r ãocen tral e incentivá-la a procurar moradias e empregos em áreas mais afastadas.(CLDEIR,20,p.216). Dessa maneira, o cenotr seria “limpo”, enquanto a dispersão ur bana desoden r ada com uma crescente população ocoria, crian do núcleos informais e impulsionando a segregação socioespacial (CLDEIR,20,p.218).E,copassar om dotempoevidenciou-se cada vez mais o conceito de cenotr x periferia, onde o primeior permanece eceben r do a maioria dos investimentos e o segundo conta apenas com descaso e descompromisso dos gestes or para oplanejamentoeeso r luçãodasproblemáticasquenesteterritóo seencontram.

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Evolução da mancha urbana da Região Metropolitana de São Paulo

Fonte:INFURBePrefeituraMunicipaldeSãoPaulo

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VistadooMrdoCruzeio,r segundopicomais alto da cidade de São Paulo, localizado no dis

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São trio Rafaelondeépossívelobservaráfren

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teumfragmentodebaiorquesugir uinformal

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mentedevidoadispersãourbana,enquantoao fundo está a egi r ão central da cidade com sua tipologiadeedifíciosaltos. Fot:ViniciusCarvalho


1.1 A periferia do extremo leste e seu contexto O distrito de São Rafael, pertencente a subprefeitura de São Mateus, temsuaorigemligadaàsegregaçãosocioespacialqueocoeur nacida de de São Paulo. Essa fragmentação, fez com que até os dias de hoje a egi r ão sofresse com as consequências desse processo que gerou m territóo com carência de serviços, infraestruta, espaçoses livr e habi taçõesdequalidade.

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OrganizaçãoMundialdaSaúde(OMS)eco r mendapolíticaspú blicasvoltadasàutilzaçãodosdiversosespaçosdacidadecomo pres omtr de qualidade de vida. Emegi r ões com altos índices de vulnerabilidade social é essencial que ocora a execução de açõesembenefícidoo bemestarcoletivo,assico m jámo aconte ceemáreasmaisconsolidadasdacidade.

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IPVS–Propoção r dapopulaçãonosgrupos5e6(maiorvulnerabilidade),2010

O distrito de São Rafael, o qual o baior Cnjut Promrar Rio Claro fazparte,temsuaorigemligadaàsegregaçãosocioespacialqueocor eur nacidadedeSãoPauEssa lo. fragmentação,fezcoquem atéosdias de hoje a egi r ão sofresse com as consequências desse processo que gerou um territóo com escassez de serviços, infraestruta, espaços es livr ehabitaçõesdequalidade.

Parque do Povo -LocalizadonaSubprefeitura dePinheiosr (zonaoeste) queocupaa1ºposiçãono rankingdoÍndicedeDesen volimentoHumano(IDH)de 2010,elr ativoacidadedeSão Paulo.

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Fot:GermanoLuders/VejaSP

Parque Aterro Sapopemba -LocalizadonaSubprefeitura deSãoMateus(zonaleste) queocupaa25ºposiçãono rankingdoIDHde2010,elr a tivoacidadedeSãoPaulo.

Fonte:FundaçãoSistemaEstadualdenálisedeDados,2010.

Ográficoelaboradoem2010pelaFundaçãoSistemaEstadualdenálise deDados(SEDE)demonstraal o índito cedevulnerabilidadesocialque dio stSão rito Rafaelpossuper i anteosdemaisquecompõeasubprefeitu radeSãoMateusetambémemelr açãoaoMunicípide o SãoPauEsse lo. índicequelevaemconsideraçãoalgunsfates or específicosdemonstraa vulnerabilidadedapopulaçãoanalisadaàpobreza,expondodessaforma agên ur ciaemelaborarsoluçõesqueevr ertamessaeal r idade.

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Fot:FernandoSalvio


Quanto à questão de habitações de qualidade, o distrito São Rafaeltambémlideraoíndicedeparticipaçãodedomicíliosem favelasemcomparaçãoàsubprefeituradeSãoMateuscoum o todo,Municí o pide o SãoPauelo aegi r ãoLeste2,dado um pre ocupantequeenfatizadesafio o quedio stporito ssuemi garantir habitabilidadeadequadaparaapopulação.

mpoi rtância do tema aqui discutido também é baseada no princípio de Função Social da Cidade descrita no Plano etDir or Estratégico do Município de São Paulo Lei n° 16.050, de 31 de julhode2014queexpõe:

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rt. 5º Os princípios que egem r a Política de De

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senvolimentoUrbanoeoPlanetoDir orEstratégico

Participação de domicílios em favelas. Participaçãodosdomicíliossobreotaldedomicíliosdoterritóo

são: I-FunçãoSocialdaCidade; § 1º Função Social da Cidade compreende o aten

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dimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidadedevida,àjustiçasocial,aoacessouniver

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sal aos dieir tos sociais e ao desenvolimento socio

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econômico e ambiental, incluindo o dieir to à terra urbana,àmoradiadigna,aosaneamenam to biental, à infraestruta urbana, ao transporte, aos serviços públicos,aotrabalho,aosossegoeaolazer(PL . NO DIRETOR ESTRTÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO

Fonte:SecretariaMunicipaldeHabitação(SEHB),2010

Odieir a to moradiadequalidade,contudo,éeco r nhecidocomo uma forma de propoci r onar dignidade à pessoa humana, desde 1948,comaDeclaraçãoUniversaldoseiDir tosHumanose,esta belecidonaConstituçãoFederalde1988,poadv r enda to Emen daConstitucionalnº26/0,emseuartigo6º,caput.

PULO,2014,p.41)

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1.2 Sonhos coloridos no céu da periferia da cidade dispersa Criado para ser um instrumento milar utilzado em seu país de origem,aChina,atualmenteaspipastornaram-seumadasativ dadesmaispopularesemtodoomundoenetr crianças,jovense muitosadultos.

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lém de sua incial função miltar, ao decoerr do tempo e dos lugares onde passou, as pipas também adquiram significados elr igiosos e símbolos de prosperidade (VOCE, 20, n.p.). Ela tambémteveseupapeldeelr evâncianahistóriadahumanidade quandofil o ósofoecientistaamericanBeno jamFran in utilzo kn umapipaparainvestigareinventaropara-raios. Supõe-se que no Brasil as pipas tenham chegado pelos portu guesesnaépocadacolonizaçãoTam . béméatribuídaaelaosutr nomes como: pandoga, r papagaio, quadrado, piposa, cafifa, ar raiadenos.utr Nasperiferias,comunidadesefavelas,principalmentenosmeses das férias escolares, a prática de empinar pipas é tão popular quanto à de jogar bola. É fácil notar a quantidade enorme de crianças e jovens nas ruas, lajes, quadras e aonde mais acharem espaços para posicionarem suas pipas, levantarem vo e passa emr horas praticando a ativdade com os caretr éis de linhas nas mãos e olhar concentrado, sonhador e imaginativo n céu colo ridoquesecria.

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Contudo, empinar pipas não é somente uma brincadeira, mas também um esporte chamado Eolismo eco r nhecido em países como lemanha, Japão e Estados Unidos. Em nosso país, Silvio Voce,mai o sfamosoepremiadobrasileidesse or esporte,empe nha-separadifundimai r sinformaçõesaespei r da to práticaeolíti ca,daconscientizaçãodosperigosdautilzaçãodocer(lol íquido que torna as linhas verdadeiras lâminas afiadas) e da criação de maispipódromsnascidades,garantindoassia m segurançados pipeiosr edasdemaispessoas.

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Para isso, Voce conta com a contribuição de projetos e Organi zaçõesnãogovernamentais(ONGs)coa mo ssociaçãoBrasileira de Pipas (BP), localizada no distrito São Rafael, que promve campeonatos,evr oadaseoficinasnaegi r ãoeutilzaespaço o do ParqueMunicipalteroSapo r pembaparaseuseventosfrequen t es.

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XIFestivaldePipas rtísticaseal r izado Par no queMunicipal teroSapo r pemba Fot:EwertonVarga


Fot:EwertonVarga



2 CONCEITUAÇÃO


2.1 SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL Definiçãodapalavra

segregar

segundoOxfodr Languages:

desligar,desu,nir desmembrar.

segregação socioespacial é baseada na separação ou apro ximação de grupos sociais em uma dem or espacial estabeleci da, podendo ela ser voluntária ou invltária (VILÇ, 1998, p.147).lgunsaues tor seguidoes r deumalinhadepensamento mais positivsta, como é o caso da Escola de Chicago, em seus estudos urbanos conluiam que a segregação socioespacial era algoexistenteemtodasascidadeseesseprocessoeraesu r ltan te de uma escolha individual de cada pessoa. (VIEIR, MEL ZO,203,p.161) Um dos mais importantes nomes dessa escola é o autor Robert Ezra Park (1916), que tendo comoefer r encial teórico a ecologia humana, coloca a segregação socioespacial nas cidades como algo “natural”, fazendo uma analogia enetr o mundo vegetal e animal e o mundo dos homens. Ele utilza as ideias de domi nação e competição, presentes na natezur a, para explicar essa comparação.(PRK,1916apudSNT’NN,20,n.p) Park(1916),emseutextopublicadonolivrThe,City considera que a segregação ocoria pela divisão da população nas cida des.Oprocessoseincia,emprimeilugar or ,cobase m nalíngua enaculturae,logodepois,combasenaraça(VSCONCELOS, 204apudNEGRI,2010,p.133).

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Eleafirmaque: (..) Gostos e conveniências pessoais, interesses vo

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cacionais e econômicos tendem infalivelmente a

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segregare,porconseguinte,aclassificaraspopula

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ções das grandes cidades (..). Os processos de se

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gregação estabelecem distâncias morais que se to

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cam,masnãoseinterpenetram”.(PRK,1916,apud NEGRI,2010,p.133)

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ssico m Par mo (19 k 16),osutr aues tor eestudiosospertencen tes a esse lado mais positivsta alegam que em determinados moentosauniformidadesocialpossuiaimportantefunçãode fortalecer a identidade e de proteção, principalmente dos gru pos minortários. (RZENTE, 2011, n.p.). No entanto, essa ideia de auto segregação elr acionada a uma parcela da sociedade queParek osdemaisaues tor trazeméequivocadaeenganado ra, pois, na eal r idade com essa visão busca-se esconder outras causas que propiciam essa separação, como é o caso das dife enr ças sociais e econômicas evidentes enetr as várias camadas dapopulaçãoquehabitamacidade.

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Os pensadoes r de origem marxista possuem a opinião contraria a dos estudiosos da Escola de Chicago. Para eles a segregação socioespacial é a epr r esentação da divisão social do trabalho n territóo, e dessa forma é possível observar a influência do tado na estrutação do espaço urbano aliado a hegemonia da classe dominante, detentora do capital, interferindo no gerenciamento deumadispersãosupervisionadadaclassetrabalhadora.(SCHE FER,203,p.237-248,apudBSTOSFILHOetal,2017,p.300) Estadonaestrutaçãodoespaçourbanoaliadoahegemoniada classe dominante, detentora do capital, interferindo no gerencia mento de uma dispersão supervisionada da classe trabalhadora. (SCHEFR,203,p.237-248,apudBSTOSFILHOetal,2017, p.300)

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Jean Lojkine (1981), um dos importantes aues tor com influências marxistas,apontaque:

Lojkine(1997),aodarênfaseaopapeldoEstadocoespo mor nsá vel pela gan or ização e pela produção da cidade, favecen or do o capital,acrescentaaoconceide to segregaçãosocioespacialaim portânciadaspolíticaspúblicas,destacandoaspolíticashabitacio nais,quepoest r aremligadasaocapitalservemparaimpulsionaro processodesegregaçãosocioespacialespaço no urban(VI o. EIR, MELZO,203,p.167)

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Contudo,quandosefalaaespei r da to periferiaurbana,essaques tãonãodeveestarexclusivamenteelr acionadaadistanciaenetr as habitações e os cenostr urbanos equipados, como Ljkine (1997) coloca,mastambémsedevelevaremconsideraçãofat o de o que asdiferentesclassessociaisdistribuídasnomeiourbanopossuem acesso desigual aos espaços, infraestruta e serviços dedicados aocoletivo.

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Vilaça (1998), em sua obra “Espaço Intra-Urbano no Brasil” diz que:

(..)podemos(..)formularahipótesedeumasegre

-

Omaisconhecidopadrãodesegregaçãodametór

gaçãoespacialesocialenetr espaço o urban“cen o

-

polebrasileiraéodocenotrxperiferia.Oprimeio,r

-

tral” monpolizado pelas ativdades de dieção r dos

dotado da maioria dos serviços urbanos, públicos e

grandes grupos capitalistas e do Estado e as zonas

privados, é ocupado pelas classes de mais alta enr

-

periféricas onde estão disseminadas as ativdades

da. segunda, subequipada e longínqua, é ocupa

-

de execução assim como dos meios deepr r odução

da predominantemente pelos excluídos. O espaço

empobrecidos,mutilados,dafoça r detrabal(Lho. O JKINE, 1997, p.171-172, apud VIEIR, MELZO,

-

atuacomecan o ismde o exclusão(VI . LÇ,1998, p.143)

203,p.166)

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2.1 SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL colocaçãodeVilaça(1998)éumaefer r ênciaparaessepresente estudo,aodeixarclaroquantoprocessodesegregaçãosocio espacial impossibilita a criação de uma cidade mais igualitária e justa. apropriaçãodaproduçãoegan or izaçãopelaclassedomi nante, associada ao mercado imobiliário, produz um acesso desi gualemuitasvezesest r dorito espaçourbano,prejudicandoassim osqueestãoinseridosemco um ntexinvolutárde io segregação socioespacial.Enquantosqueesi r demembaiosr declassecom enr da mais alta, contam com inúeros investimentos públicos em diversossetes, or osqueocupamegi r õesperiféricasdebaixaenr da ecebem r esses investimentos de forma precária, e por vezes nem aomenosecebem or .

Distribuição das Favelas

Distribução das favelas - Município de São Paulo, 2017 Município de São Paulo 2017

-

PERUS

JACANA TREMEMBE

FREGUESIA BRASILANDIA PIRITUBA JARAGUA

SANTANA TUCURUVI SAO MIGUEL CASA VERDE CACHOEIRINHA

ITAIM PAULISTA

VILA MARIA VILA GUILHERME PENHA

LAPA SE

ERMELINO MATARAZZO

MOOCA

GUAIANASES ARICANDUVA FORMOSA CARRAO

PINHEIROS BUTANTA

ITAQUERA CIDADE

VILA PRUDENTE

TIRADENTES

SAPOPEMBA

VILA MARIANA

SAO MATEUS IPIRANGA

CAMPO LIMPO SANTO AMARO

No mapa Distribuição das favelas podemos observar o processo de segregação socioespacial com ais clareza no espaço, onde a maipar or tedosfragmentosdelocaiscarentesestãoseparadosdas áreascentraisconsolidadas.

CIDADE ADEMAR

M’BOI MIRIM

CAPELA DO SOCORRO

Favelas Distrito Prefeituras Regionais

PARELHEIROS

0

5

10

Quilômetros

15

>

Fonte: Secretaria Municipal de Habitação Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento - SMUL Coordenadoria de Produção e Análise de Informação – Geoinfo .

26



2.2 REESTRUTURAÇÃO URBANA Definiçãodapalavra

eest r rutar

segundoOxfodr Languages:

efo r rmularemnovasbasesestrutais;eor gan r izar.

Quandosãodiagnosticadosproblemasnotecidourbanoqueneces sitam deeso r lução, uma das intervenções que podem sereal r izadas éaeest r rutaçãourbana,quetemcomobjetivoainserçãodeno voselementosestrutantestantonaescaladaedificaçãoquantodo espaçourbano.

-

autoraSposito(2013)aespei r todoprocessodeeest r rut raçãourbanaargumentaque: Estamosassistindoasuperaçãodalógica“cen

-

-

otr periferia”, que, durante todo o século XX, oriencr o tu escimendoto tecidourbaneo adi

ParaoautorSojaotereest mor rutação:

-

visãoeconômicaesocialdoespaçodacidade. (..) Evoca, pois uma combinação sequencial de des

-

onam mr ento e eco r nstruções, de desconstrução e

Essasuperaçãoésempreelr ativa,tanpoto quer a cidade do passado permanece e, sobre ela, as novas ações se estabelecem, como poquer

tentativasdeeco r nstitução,provenientesdealgumas

as novas ações se combinam com outras que

tendências ou perturbações nos sistemas de ação e depensamentoaceitos.(SOJ,1993,p.193)

eafir r mam a estruta espacial pretérita. O er

-

sultado é uma edefin r ição do processo de es

-

truação da cidade, justificando a adoção do

Soja (1993) coloca o termo de eest r rutação de uma maneira mais abrangente, e para ele esse processo acontece como ua mudança emelr ação a uma definidagan or ização. Essaeest r rutação se daria quandonãohouvessenenhumaoutramaneirademanteradetermi nada gan or ização atuante, devido a problemas, necessitando assim efo r rmula-la.

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termo eest r rutação, poquer há eor rientação dasescolhaslocacionais,poquer hádiversifica ção delas e, sobretudo, poquer o processo em

-

curso é muito mais complexo do que aquele quevigoat our étero ceiquar or teldosécuXX. lo (SPOSITO,2013,p.78)

-


Pomeir da o argumentaçãodaautoraSposi(2to 013),épossí velnotarqueexistemprocessosespaciaisoriginadosdopas sado que permanecem até os dias atuais, como o caso da segregação socioespacial involutária, onde algumas ações boas e ruins são eal r izadas nesse contexto, como também as ações de eqr ualificações e evr italizações que são deno minadas novas, mas que em muitas vezes acabam gerando oesu r ltado contrario do que o conceito se trata, e com isso acabam não se diferenciando em nada das estrutas espa ciais do passado. Quanto ao processo deeest r rutação ur bana,édefinidocouma o alteraçãodaestrutadacidade, enno tande to umaformamai uito scomplexadaqueleque ocoeur sécu no XX, lo poisastransformaçõesenovasarticu lações propostas para determinada área, tem a capacidade de afetar não somente a sua delimtação, mas todo o seu enetorn dependendodesuadimensão,sio stemaegi r onal.

-

estáelr acionadacomudançasdeestrutasha

-

bitacionais, educacionais, culturais, comerciais, turísticas,ecológicas,ambientais,econômicas,de meiosdetransportes,desegurançapública,den

-

etr outras.eest r rutaçãourbanapodeservista

-

codoum o sinstrumentosmaispromissoes r para ofuodas tur cidades.(DOSSNTOS,2012,n.p.)

-

-

definiçãodeeest r rutaçãourbanadoaudotor sSantos(2012) éaquemaisseadequaaoqueestetrabalhopretendeeal r izar, poissecompreendequan o esse to processodeeest r rutarum espaçopossudii versosdesafios,paraquenãoocoraapiorada eal r idadedifícilqueseestabelecenaáreadeintervenção.Mas, quesecoetr amenteanalisadoeelaboradocofoom conaqua lidadedevidadapopulaçãoedeseuentorn,podepropoci r o narinúmerosbenefícios.

-

OautordosSantos(2012)dizque: eest r rutaçãourbanaseconstprnum it ocesso de eqr ualificação dos espaços urbanos degrada

-

dos,àsvezescomplexeo difícil,masquepodese concretizar quando os diversos ates or envolidos compreendemosseusbenefíciosdecurto,médio elongoprazo.Emuitscasosaeest r rutação

29


2.3 INTEGRAÇÃO SOCIOESPACIAL Definiçãodapalavra

integrar

segundoOxfodr Languages:

incluir(-se)[umelemento]numconjuto,formandoumtodo.

partir das propostas de intervenções urbanas em perímetosr com problemas principalmente elr acionados à questões de segregação socioespacialbar ou eir rasespaciais,doum sesu r ltadosqueseespe ra chegar é a integração socioespacial, onde usuários e espaços se conectemsemimpedimentosoudificuldades.

ciais,simbólicas,visuais,etc.)enetr diversosgrupos eterritóos.(RUIZ-TGLE,2013,n.p.apudCRREI

-

RS,2018,n.p.)

Oautorzevedo(203)emseutextoexplicaque:

Ruiz - Tagle (2013) coloca a integração socioespacial de maneira a combateraexclusãocomoexplicaaautoraCareir ras(2018):

Sendo assim, a ideia de integração urbana ege r o processodeurbanização,poisacidadepassaaser vista com suas funções interligadas, uma vez que é percebida como uma toalidade, um verdadeior

Para a operacionalização da ideia de integração

gan or ismoquejustificaosentidodeexistênciados

considera-se como ponto de partida a exposição

diversos gão ór s interligados que o sustentam. Ou

deRuiz-Tagle(2013).Esteauentor tendeintegração

seja, em uma intervenção urbanística, o projeto de

socioespacial como a inclusão de um indivíduo na

eor den r amentonãodeveterrazãodeexistênciase

sociedade, limtando as desigualdades e situações

nãoconcoerr paraumafunçãointegrativadacida

deexclusãoTr. ata-sedeumanoçãocompósita,que integramacrodimensõesdeanáliseespaciaiseso

-

de.(ZEVEDO,203,p.53)

ciais, cuja natezur a efetiva emr ete para o efeito do espaço naselr ações sociais e, de forma mais espe

-

cífica, para o efeito mediador daquele. Neste âm

-

bito a integração socioespacial emr ete para a eli

-

minaçãodebareir rase/oupromçãodeconexões, assim como para o eco r nhecimento da existência decanaisdecomunicaçãoedeligações(físicas,so

30

Monteio(2r 06)colocaaintegraçãosocioespacialcomoalgo prdiimor alparacombaterourbanismopredatório:

-


Em contraponto à prática da urbanização predató

-

ria,queéengendradapelcapi o talimobiliáreio ob

-

jetivadaaolucro,eco r menda-seurban m ismque, o antes de tudo, observe o ambiente natural onde seráimplementadoeintegre-sedamelman hor eira possívelaospotenciasambientaisoferecidos.lém disso, é necessário integração socioespacial com o entorn ubano existente, ou seja, a solução, no sentidomaiscompletodapalavra,deveconterne

-

intervençãourbanísticapropostaaintegraçãosejafat o cr or ucial a ser pensado. Já o autor Mneior (206) explica a importân ciadeanalisarcoetr amenteoespaçoeentenderasdinâmicas quealse i aplicam,paraquepossaseeal r izarprum ojetqueo se integreadequadamenteadeterminadaeal r idadeeemseuen torn,combatendodessaformaurban o ismpro edatório,aliado do mercado imobiliário, por meio da integração socioespacial, quebuscaevr erterasituaçãodeexclusãoquegrandeparteda sociedadeestáinserida.

-

-

cessariamenteaideiadepreservação(eintegração) ambiental e integração social. (MONTEIRO, 206, p.101-102)

Osês tr aues tor escolhidosparaexplanaroconceitodeintegra ção socioespacial, trazem definições que se encaixam no que este trabalho pretende propo. Rur iz-Tagle (2013) coloca a inte gração como u elemento mui portante para transpor as bareir rasdasdesigualdadesegaranquetir todostenhamacesso igualitário ao espaço por meio de conexões, combatendo as sim a segregação socioespacial. Enquanto que zevedo (203) aponta que a integração socioespacial tem uma ligação impor tante com a urbanização, pois a cidade é comparada a um or ganismoprincipale,portantonecessitadosdemaisgan or ismos paraquepossafirmar-se,sendofundamentalqueemqualquer

-

-

31


COMO EMPINAR PIPA?


PASSO 2:

ESCOLHA O LOCAL



3 TERRITÓRIO


3.1 Memória Final do século XIX

Ocupação da cidade concentrada e a segregação socioespacial ocorria pelos diferentes tipos de moradia.(CALDEIRA, 2000)

1924

1920 Plano de Prestes Maia.

Avenidas

Para entender como aegi r ão analisada formou-se, se faz neces sárapr io esentarantesalgunsdosmarcosquemaisinfluenciaram na intensificação do processo de segregação socioespacial da cidadedeSãoPaulo. Segundo Caldeira (20, p.214), até o final do século XIX, essa segregaçãonacidadeocoriapelosdiferentestiposdemoradias, aeliteemseuscasarõeseostrabalhadoes r amontadosnoscor tiços. lgumas legislações e planos tiveram grande interferência da classe mais rica para solucionar a situação caótica que enxerga vamnacidade.sprimeiraslegislaçõessobreconstruçãoezone amento, em 1910, traziam uma série deest r rições para as áreas centraiseurbanas,ondeosricosviam,enquanqueto asdemais áreas destinadas aos mais pobres ficaram sem egu r lamentação. (CLDEIR,20,p.216) 36

. Popularização dos ônibus na cidade

-

-

-

1940

1942

Inicio do processo de dispersão urbana mais intensificado, pela camada mais pobre. .(CALDEIRA, 2000)

Lei do Inquilinato

Em1920,FranciscoPrestesMaia,nagestãodeJoséPies r doRio, elaboour o Plano de venidas, que determinava a abertura de avenidassaindodocenemotr dieção r àsexemtr idades.Esseplano foiessencialparaefo r rmulaçãoeoinciodaexpansãodacidade, juntamente com a substitução do serviço de bondes pelo trans portedeônibusem1924,possibilitandomaies or deslocamentos. (CLDEIR,20,p.216) passar oCm dotempo,devidoaoalcu to sto,tornu-secadavez mais invável para a camada pobre da população permanecer na zona central. Por volta de 1940, o processo de dispersão urbana acontecedeformamaisintensificada.Em1942instauou-se r aLei do Inquilato que congelava preço dos aluguéis. No entanto, as consequênciasdessaleinãoforambenéficas,pelco o ntrário,outr xe escassez de moradias e elevou ainda mais os vales or dos alu guéis,impulsionandoassimostrabalhadoes r aprocuraremaspe riferiascomoalternativaparaesi r diemr .(BONDUKI,1994,p.723).

-

-


o paçãododistritoSãoRafaelpertencenteasubprefeiturade cu São Mateus, teve sua intensificação em 1960 devido ao parque industrialdoGrandePau BC lista,coqual om fazdivisa.fuEm n çãodaboaofertadeempregos,muitasfamíliasdetrabalhadoes r vindas de todas as partes do Brasil optaram por construi suas moradias na egi r ão pela proximdade com o lcal de trabalho e pelpro eçobaidoxo sterenr os,mesma o áreaestandoafastadado cenoda tr cidadedeSãoPaulo. No entanto, essa ocupação ocoeur de forma desoden r ada sem nenhuma assistência do Estado, gerando assim um territóo de vulnerabilidadesocial,comcasasemáreasderiscooudepreser vação ambiental e sem infraestruta mínia naegi r ão, onde so mente depois de consolidado o tecido urbano egu ir lar, o poder públicopassouainter. vir

-

Em204inauguou-se r oCenotrEducacionalUnificado(CEU)São Rafael,importanteequipamenpar to aapopulaçãolocal,principal mente para o público infanto-juvenil e em 2012 instala-se em um dosbaiosr dodista rito ssociaçãoBrasileiradePipas(.B.P)que promve oficinas e conscientização de alguns perigos da prática daativdade,nasescolasenaprópriasededagan or ização.

-

Parapromvercampeonatoseevr oadasa.BPpassoa u utilzara área do Parque Municipal teror Sapopemba (antigo ateror sani tário)inauguradoem2013,apósper um íododedescontaminação dosolo.

-

-

O ateror sanitário Sapopemba localizava-se denotr do perímetor do distrito e enoutr em ativdade no ano de 1979. Contudo, por estar muito próximo das esi r dências os moradoes r protestaram eir vindicandoasuadesativação,queocoeur em1986.

Desativação do aterro sanitário Sapopemba

1960 Intensificação da ocupação do distrito São Rafael com a industrialização do ABC

1986

Inauguração do Centro Educacional Unificado (CEU) de São Rafael

2004

Inauguração do Parque Municipal Aterro Sapopemba

2012

2013

Associacao Brasileira de Pipas (A.B.P)

37


3.2 Recorte de intervenção Oeco r rte escolhido para intervenção, trata-se do Parque Municipal terorSapopemba com ua área de 304.477m², localizado no ex emtr odazonalestedacidadedeSãoPaulo.

-

O distrito São Rafael, ao qual o parque está inserido, encontra-se na 86º posição no ranking do Indíce de Desenvolimento Humano, emumalistaefer r enteaos96distritosdacidadedeSãoPau(PRE lo FEITUR MUNICIPL DE SÃO PULO, 207) e possui aproximada mente 161.033 habitantes (FUNDÇÃO SEDE, 201), a maioria concentrada na faixa etária enetr 10 a 49 anos de idade com um equilíbrefer ior enteaossexos.

-

DistritosdacidadedeSãoPaulo

SubprefeituradeSãoMateus

Fonte:PMSP

Fonte:PMSP

38

Fonte:GogleEarth


Parque Municipal Aterro Sapopemba


Hipsometria

A

-

-

A

opot grafia da área de intervenção contacoumavariaçãoemde torn 50 metosr de desnível e declivdade igual ou acima de 45% em determi nadospontos. lémdacaracterísticaoriginaldaer gião, isso também se deve ao fato de em seu passado o lcal ter sido um aterorsanitário, contribuindo as sim para a atual configuração do es paço gerando dois níveis no parque enoentorn.

Corte urbano AA

0

50m

Fonte:QGIS;ediçãopelaautora


Declividade

Fonte:QGIS;ediçãopelaautora

41


Uso do solo e equipamentos

O predomínio do uso do solo no entorn é esi r dencial com baixo ga barito, sendo algumas áreas ocupa dasegu ir larmentecar ou acterizadas cofav mo elas.egi r ãotambémcon ta com edifícios de programas habi tacionais, assim como as esi r dências originadasdoProgramadeEradica çãodeSubHabitação(PROMORR). O eco r rte de intervenção possui equipamentos e elr acionados a saú de, assistêncial social e educação como escolas, creches e o CEU São Rafael.

-

-

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora

42


Mobilidade e hierarquia viária

Nos limtes do parque se encontram duas importantes vias: venida Sapopemba em nível municipal e o TrechoSuldoRodoanelemníveles tadual.

-

egi r ãotambémcontacolinha m de ônibus cicu r lando no entorn, assim como seus espect r ivos pontos de embarqueedesembarque.

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora

43


Antigo aterro sanitário O eco r rte de intervenção abrigou em seupassadooantigoaterorsanitárioSa popemba durante o ano de 1979 e foi desativadonoanode1986. t mente a área é acompanhada pelo ual gão ór daCompanhiambientaldoEsta dodeSãoPaulo(CETESB)eencontra-se desde 2018 classificada como “em Pro cesso de Monitramento para Reabilita ção”, sendo o proxím passo o encerra mentodessemonitramento.

-

-

Ousodolocalnãopodeseresi r denciale háest r riçõescomoplantioeconsumos dealimentos.

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora

44


Áreas verdes e hidrografia O Parque Municipal teror Sapopem ba está inserido em uma ede r de áreas verdesnaegi r ão,juntamentecoosmutr parques municipais e emr anescentes do biomamataatlântica. De acodor com o Plano Municipal da Mata tlântica (PMM) o parque tam bém está incluso no edo Cr r Ecológico daMatatlâncticaLeste.

-

-

Fonte:GEOSMP;ediçãopelaautora

45


Levantamento fotográfico do entorno

1

Vista da venida Sapopemba, Par que Municipal teror Sapopemba, e

5

TrechoSuldoRodoanel.

4

2

1 3

6

7

Fonte:GogleEarth

8

2

venidaSapopemba

3

Tipologia de esi r dências de baixo

12

9

10

11 Fonte:GogleEarth

gabarito Fonte:GogleEarth;ediçãopelaautora

46 Fonte:GogleEarth

-


4

TaludesdoConjuthabitacionalPROMORR

Fonte:GogleEarth

7

5

6

VistaConjuthabitacionalPROMORR

Fonte:GogleEarth

Fonte:GogleEarth

8

Tipologiadasruasdoentorn

Clubedacomunidade

Fonte:GogleEarth

Fonte:GogleEarth

10

CEUSãoRafael

EdifíciosdeHabitaçãodeInteresseSocial

Fonte:GogleEarth

ir laraoladodoparque 11 Ocupaçãoegu

Fonte:GogleEarth

9

Ruadoentorneaoladoterenr odoantigoaterosan r itário

Fonte:GogleEarth

12

Fonte:GogleEarth

Clubedacomunidade


Levantamento fotográfico do parque Todasasfotosdeautoriaprópriaemvisitaeal r izada nadata20/1.

1

Percursodoparque

1

Campo de futebol e topografia

9

8

10

7 6 5

1

2 4

com declivdade do parque ao

3

fundo

2 Fonte:GogleEarth;ediçãopelaautora

48

Campodefutebol


3

Percursoparqueeentradaaolado

6

Campodefutebol

8

Percursoparqueeentradaaofundo

4

Playground

5

Percursodoparqueeplayground

7

Mobiliáriodoparque

7

Equipamentosdeginástica

Percursoparque

10

9

Quadraspoliesportivas


3.3 Legislações vigentes Por tratar-se de uma egi r ão com algumas est r rições ambientais asprincipaislegislaçõesaseremconsideradasnapropostasãoa Lei da Mata tlântica, Área de Proteção mbiental (P) e Área de Preservação Permanente (PP). Quanto a legislação urbana, algumas dietr rizes do Plano etDir or Estratégico do Município de São Paulo e do Plano Regional da Subprefeitura de São Mateus dieci r onamestetrabalho,assimcomoaLeideZoneamentocom seusprincipaisparâmetos.r Lei Da Mata Atlântica N° 11.428 De 22 De Dezembro De 2006 No rt. 30. expressa o impedimento à etr irada de vegetação primária ou secundária em estágio avançado deegen r eração do BiomaMatatlânticaemegi r õesurbanascoobj m etde ivo lote arQu . anao to 38. rt. estabelecequeosprojetosqueproponham a conservação, pesquisa científica ou áreas a serem est r auradas sejam beneficiados com ecu r rsos do Fundo de Restauração do BiomaMatatlântica,casoestejamemmunicípiosquepossuem um Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata tlântica. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – Lei N° 9.985, de 18 de julho de 2000 Em seu rt. 15. define como Área de Proteção mbiental (P) umperímetornmalmenteextenso,quetemocupaçãohumana e possui um valor a ser preservado e protegido como garantia de qualidade de vida, podendo essas terras serem públicas ou privadas. 50

Código Florestal Brasileiro lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012 No4º rt. consideraqueÁreadePreservaçãoPermanente(PP), abrangeasfaixasdasmargensdequalquercursod’águanatural, excetosefêmeros,colar m guramíniadetrinametos, r paraos cursosd’águademenosdedezmetosr delargura. Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, Lei n° 16.050, de 31 de julho de 2014 No5, rt. falaaespei r da to FunçãoSocialdaCidade,emqueum dos princípios é garantir que todos os cidadãos tenham suas di versasnecessidadeselr acionadasàqualidadedevida,atendidas. Ort.344,tratadosPlanosRegionaisdasSubprefeituras,sendo um importante instrumento urbanístico que detalha muitas das dietr rizesdoPlanetoDir orEstratégico,levandoemconsideração asparticularidadesdecadaegi r ão.


Perímetro de Ação (PA) Caguaçú

Lei de Zoneamento Nº 16.402 de 22 de março de 2016

0

Fonte:PMSP

500m

Fonte:GEOSMP ZEPAM - Zona Especial de Proteção Ambiental ZEIS- 1 Zona Especial de Interesse Social

lgumasdasprincipaisdietr rizesdoPsão:

ZEIS-2 Zona Especial de Interesse Social ZCa - Zona Centralidade Ambiental

Elabo - raçãodeprum ojeturban o integr o adocofom cona drenagempluvial,nasconexõesurbanasenaqualificação urbano-paisagística;

ZMa - Zona Mista Ambiental

Parâmetros de ocupação ZEPAM

- Prover unidades habitacionais, comércio e serviços para oscasosdeemr oção,priorzandotéro eor dosnovsedifí ciosparausosinstitucionais,decomércioeserviços;

-

ZEIS 1

ZEIS 2

ZCa

ZMa

CA básico=1 máx=1

CA básico=1 máx=1

básico=0,1 máx=0,1

CA mín=0,5 básico=1 máx=2,5

CA mín=0,5 básico=1 máx=4

TO=0,10

TO=0,70

TO=0,70

TO=0,70

Recuos mín Frente= 5m Fundos=3m

Recuos mín Frente= 5m Fundos=3m

Recuos mín Frente= 5m Fundos=3m

Recuos mín Frente= 5m Fundos=3m

Recuos mín Frente= 5m Fundos=3m

Gabarito de altura = Livre

Gabarito de altura =Livre

Gabarito de altura =20 m

Gabarito de altura =15 m

CA

Gabarito de altura =10 m

Fonte:nexointegrantedaLeinº16.402,de2demarçode2016

TO=0,70

;ediçãopelaautora

51


3.4 Diagnóstico Problemas

Potencialidades

Finalizado o levantamento de dados do territóo analisado al guns problemas foram diagnosticados como a grande ocupação egu ir lar presente nas bodas r do parque implantado na área do antigo ateror sanitário, em uma Zona Especial de Proteção m bientaledenodotr perímetode r edo Cor rEcológico.

-

Ouotrproblema constatado, trata-se das bareir ras que ali se ins talaram, como o odor anel separando os baiosr apresentando apenas doisech tr os de conexão ou pelo perímetoratual do par quequeimpedequeconexõessejameal r izadas.

-

O horário de funcionamento do parque atualmente é das 6:00 horas até ás 18:00 horas devido a falta de ilumnação o que im possibilitaseuusonoperíododanoite.

52

-

-

-

Mesmo com ecl r amações e com problemas de manutenção, o parque é bastante utilzado pela população do entorn imedia to para a prática de esportes como coridas e a utilzação das quadras e dos campos de futebol, além do playground para as crianças. egi r ãoestáestrategicamentecercadaporduasviasdegrande importância,naescalamunicipaleestadual,avenidaSapopem ba,comasprincipaislinhasdetransportepúblicoeoTrechoSul doRodoanelespect r ivamente. O parque também tem um grande uso para as ativdades e es porte elr acionado a pipas, devido ao trabalho que a ssociação Brasileira de Pipas promve não só no local, mas nas escolas e demaiscenostr educacionaisdoentorn.

-

-

-


Mapa diagnóstico

TrechodeconexãovenidaSapopemba APENAS 2 PONTOS DE CONEXÃO NA REGIÃO

TRECHO SUL DO RODOANEL FUNCIONANDO COMO BARREIRA NO ESPAÇO

CORREDOR ECOLÓGICO

Ocupaçãoegu ir lar Fonte:GogleSteet r View,2019

ÁREA DO ANTIGO ATERRO IMPRÓPRIA PARA O USO HABITACIONAL ATUAL PERÍMETRO DO PARQUE QUE CONTRIBUI PARA UMA BARREIRA NO ESPAÇO OCUPAÇÃO IRREGULAR

TrechodeconexãoRuaBeiraRio Fonte:GogleERTH,20

Fonte:GogleSteet r View,2019 Fonte:PMSP;ediçãopelaautora

53


3.5 Diretrizes projetuais s quator principais dietr rizes da proposta de projeto foram di vididas em 1. mbiental : est r auração, preservação ambiental e infraestruta verde; 2. Urbana : conexões; 3. Habitação dequalidadee 4.Social: potencializarativdadedepipas.

: moradia

etDir rizmbiental

Diretriz Urbana

Restauraçãoepreservaçãoambiental Promver por meio de estratégias ambientais aest r au raçãodobiomamataatlânticanativadaegi r ãoecoom projetpro opoedu r caçãoambientalparaosusuáriosdo parque, com o objetivo de conscientização da impor tânciadapreservaçãoambiental.

Conexões Para solucionar o problema das barreiras presentes no território analisado, propõe-se a criação de conexões como passarelas nas vias de maior velocidade como o Rodoanel e a remodelação dos percursos no parque com a inserção de rampas, escadarias e do edifício conector em pontos de maior declividade do terreno, integrando assim os espaços e as pessoas.

Infraestrutaverde pós a egen r eração da vegetação nativa do bioma mataatlântica,par o quetornara-secen um iradi ot ador deinfraestrutaverdeparaosbaiosr doentorn,com apropostadeaumentoarborizaçãoviária,implantação debiovaletasparacaptaçãodeáguaeecu r peraçãode mata ciliar e da vegetação dos canteiosr e taludes. s sico m a mo ligaçãocoa m ede r deáreasverdesexisten tesepropostaspeloPlanoRegional.

54

-

-

-

-


Diretriz Habitacional

Diretriz Social

Moradia de qualidade Devido a ocupação irregular presente na área, que é imprópria para habitação, faz-se necessário a realocação das famílias que ali residem em barracos precários para edifícios habitacionais de qualidade em terrenos próximos que estejam em Zonas Especiais de Interesse Social.

Potencializar atividade de pipas A consolidação da importante atividade de pipas exercida na região acontece por meio da criação de um espaço adequado dentro do parque para a prática do esporte eolismo e para exposições, chamado pipódromo, além das oficinas educacionais relacionados ao tema. As pipas também estão presentes nos principais elementos do parque, pela referência as suas formas geométricas, as cores e dos materiais que compõe sua estrutura, criando dessa maneira uma identidade e comunicação visual própria do parque.

55


COMO EMPINAR PIPA?


PASSO 3:

ESCOLHA SEU MODELO DE PIPA



4 ESTUDOS DE CASO


4.1 Parque Villa - Lobos es: utor DecioTozieRodolfoGeiserPaisagismoeMeiombiente. Área:754.0m². no:1990. Local:SãoPaulo,Brasil O Parque Vila Lobos é considerado um dos mais importantes da cidade de São Paulo. Em seu passado, sua área era utilzada como depósito de lixo da CEGSP (Companhia de epo Entr stos e rma zéns Gerais de São Paulo) e possuia moradias egu ir lares. Houve a necessidade de um projeto deevr italização da área, em que um dos principaisdesafioseratornaraqueleterenr degr o adadoemsofér lo til outravez.

Fonte:FelipeLangeges Bor

Tabeladeanálise Problemática

Diretrizes

Metodologia

Área utilizada para depósito de lixo

Tornar a área segura e própria para o uso de recreação e lazer dos usuários

Moradias precárias no local

Realocação das moradias presentes na área

Troca de solo Retirada de entulho Monitoramento constante do solo Identificação e cadastro das famílias

Falta de arborização

Plantio de mudas de árvores com diversidade de espécies

Cumprimento de todos os termos ambientais Acompanhamento com diversos especialistas da área ambiental

Fonte:utoral

O parque contém pontos importantes elr acionados a sustenta bilidadeepreservação,comoCenode tr Educaçãombiental. Tambémcontacoespaço m específicoparaaativdadedepipas, sendo um dos poucos na cidade. O nome do parque foi uma homenagem ao centenário de aniversário do compositor Heitor Vila-Lobos e alguns elementos e espaços emr etem a temática damúsica. Fonte:DivulgaçãoDecioTozi

60

-


LEGENDA

Implantação Parque Villa Lobos

ESPORTES CULTURA E LAZER SERVIÇOS

CERE-Cenode tr Referênciaem Educaçãombiental

EspaçoPipasExóticasmbiental

Fonte:GogleEarth;ParqueVila-Lobos;ediçãopelaautora


4.2 Urbanização Complexo Cantinho do Céu lgumasestratégiasutilzadasnaUrbanizaçãodoComplexoCantinho do Céu, como a eest r rutação do tecido urbano juntamente com a valorização do espaço público, a ecu r peração ambiental e a concilia çãoadequadaenetr moradiasemeiam o bientefazendocoquem essa egi r ãopudesseterumaapropriadaintegraçãosocioespacialácidade, sãoefer r ênciasimportantesparaoprojetoaquiproposto.

-

Fonte:FábioKnl

utor: Boldarquitetnr osssociados Área: 1500 m² no: 208-2012 Local:SãoPaulo,Brasil O projeto de urbanização desenvolido no baior Cantinho do Céu, em meio aos loteamentos egu ir lares que o com põe, foieal r izado após estudos e definição de dietr rizes tra zendocomopropostasoluçãoparaqueaáreanãopassasse pouma r desocupaçãocompleta.Colcou-secoprmo emissa aimportânciadoespaçopúblicoecoletpar ivo aapopulação local para criar os principais parâmetosr para a qualificação dobaio.r 62

Fonte:DanielDucci

Tabeladeanálise

-

Problemática

Diretrizes

Falta de ligação de vias locais com as vias principais.

Proposta da criação de novas vias, ligações e retornos na área.

Falta de equipamentos e espaços de lazer de qualidade.

Requalificação de espaços destinados ao lazer.

Moradias precárias em locais de risco e em área de preservação permanente.

Remoção ou reassentamento de parte dessas construções, aumentando a distância entre a represa e as moradias.

Metodologia

Identificação para remoção das moradias necessárias Implantação de infraestrutura básica para que o restante das moradias pudesse permanecer no local. Estudo do viário para complementa-lo e melhorar o acesso a determinadas regiões do projeto. Implantação de diversos equipamentos e espaços de lazer e esportes ao longo da área de intervenção. Fonte:utoral


DIGRM01

DIGRM02

DIGRM03

eção Cor de todas as situações de risco identificadas

dequação e com

-

plementação da in

-

fraestrutaurbana

Propoci r onar as con dições

-

necessárias

Fornecimento

para a egu r larização fundiária do parcela mentodosolo.

ade

quado de equipa -

-

mentos comunitários e áreas de lazer e es

-

portes.

Fonte:Boldarquitetnr uraeUrbanismo;ediçãopelaautora

IMPLNTÇÃO

O projeto tornu-se uma bareir ra Integração urbanística en

-

impedindo que as habitações se

etr asnovasintervençõese

aproximem de forma indevida da

otecidoexistente

epr r esa Bilngs. Mas, ao mesmo tempo epr r esenta uma solução paraco um adeq nvíio uadoenetr a populaçãoeanatezur a

Fonte:Boldarquitetnr uraeUrbanismo;ediçãopelaautora

63


4.3 1º colocado no Concurso Nacional de Ideias para o Parque do Cocó lémdasês tr principaisestratégias,existemoutras,comoacomuni cação visual proposta, que tem o bjetivo de marcar a presença do parquenacidade,criandodestaformaumaidentidadeprópria.

es: utor BaseUrbana,COT760 Área: 1571,29hectares

-

no: 2017-Emandamento Local:Ceará,Brasil OParquedoCocócontacomuaáreaextensasendoconside rado o quarto maior parque urbano do Brasil. Possui áreas de preservação e ecu r peração ambiental principalmente do bioma mangue, assim como a função de lazer, cultura e esporte para a população.

-

OprojetovencedordoConcursoNacionaldeideiasparaeqr ua lifica-loadotaês tr estratégiasprincipais:

-

Fonte:BaseUrbana+COT760

EscalaUrbana enetr parqueecidade.

64

-compropostadeintegração

Fonte:BaseUrbana+COT760

Escala Ecológica - com criação de zona de amortecimento para não prejudicar os pro cessosambientaiseasustentabilidade.

Fonte:BaseUrbana+COT760

-

Escala do Construído nômica, de modo a gerarenr da e o parque financiarsuaprópriapreservação.

Fonte:BaseUrbana+COT760

- com proposta eco

-


Fonte:BaseUrbana+COT760

65


COMO EMPINAR PIPA?


PASSO 4:

ALÇAR VOO



5 O PROJETO


O PROJETO evL ando-se em consideração a importância de se ter espaços es livr públicos de qualidade com acesso democrático para todos, o projeto de eqr ualificação urbana do Parque Munici pal teror Sapopemba aqui apresentado, tem como bjetivo combaterasdesigualdadesterritoaisqueasáreasperiféricas edispersaspossuememelr açãoasáreascentraisjáconsolida dasdacidade. Para isso, propõem-se estratégias ambientais para ecu r pera çãoepreservaçãodavegetaçãodobiomamataatlântica,tam bém se leva em consideração a drenagem urbana e o auxílio notratamentodeáguaspoluídasdocóego r Caguaçú. s famílias que viem de forma precária e egu ir larmente na áreadeatuaçãodoprojetoserãotransferidasparazonasdes tinadasahabitaçõessociais(ZEIS),próximasaolocaldeinter venção. propostatambémcontacomsoluçõesparatransporasbar eir rasespaciaisexistentes,coedi om fícico o nect,or quealém de ter a função de ligar os dois níveis do parque, possui um programadeusoquecontémaadminstração,cen um edu otr cacionaledepesquisadobiomamataatlântica,salasmultiso eoficinasdepipas.

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Quanto às pipas, que possui elr evância para este projeto, con tará com ua área ampla e adequada para promverevr oadas e campeonatos de forma segura, com o propósito de tornar-se efer r ênciadelocalparaapráticadessaativdadeeesporte,con tribuindodessamaneiraparaaefetivaintegraçãosocioespacial desejada neste projeto. Por fim, a maior parte dos elementos emateriaisempregadosnaproposta,tambémfazemefer r ência a estruta das pipas, formando assim ua identidade singular paraoespaço,agoradenominado ParquedasPipas.

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5.1 Diagramas projetuais Situação Atual Oparquecofomo dii agnsticado anteriormente, contém alguns problemas que impedem uma adequada integração urbana, devido ao seu atual perímeto,r a ocupação egu ir lar em área inadequada e falta de conexão enetr asegi r ões.

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

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Realocação da ocupação irregular eal r ocação da ocupação egu ir lar, ocoer a par tir da delimtação de um nov perímetor para o parque, com a justificativa de abranger a área de edo Cor r Ecológico, de Zepam e do antigo ateror sanitárioqueéimprópriaparaousohabitacional.

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proximadamente 2.400 famílias irão ser transferi dasparaterenr osemZEISnoentorn.Hátambém a proposta de volumetria de edifícios de HIS no terenr o ao norte da área de intervenção contendo 558moradias.

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Fonte:GogleEarth;ediçãopelaautora.W

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5.1 Diagramas projetuais Fluxos pretendidos Para determinar os principais fluxos pretendidos na área de intervenção, pontos de interesse foram estabele cidos a partir da identificação de es colaseinstituçõesqueseencontram na egi r ão, como também os pontos de ônibus que possuem uma maior diversidadedelinhas.

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Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

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Percursos e acessos partir dos fluxos pretendidos, para a proposta de per cursos do parque manteve-se alguns dos atuais e também buscou-se desenhar novs levando em consideração a to pografiaeadeclivdadequeseencontramterno enr assi o m como as conexões que se pretende eal r izar por meio do espaço.

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Três dos quatoracessos atuais serão mantidos e um foier alocadoparaficarmaisprda oxím viaemaisquatnovsr foram propostos em locais estratégicos como acesso da venida Sapopemba, os acessos junto aos edifícios habi tacionais e outr acesso proxím a conexão do Rodoanel maisaosul.

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Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

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5.1 Diagramas projetuais Solução de drenagem Considerou-se também no projeto a questão da drenagem de águas pluviais no parque com a inserção de valas de infiltração acompanhando os caminhos d’água existentes na topografia e dier cionadasaáreadaWetlandqueauxilará também com a despoluição do cóego r caguaçú.

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Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

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Setorização macro Paraadistribuiçãodemaneiramacrodossetes, or levou -seemconsideraçãoalocarproxímsaosacessosamaio riadasáreasdedicadasaesporte,lazereculturacousom mais elr acionado ao cotidiano e a massa arbóea r mais densanospontosdemaiordeclivdadedoterenr o.

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NOVO PERÍMETRO PARQUE ÁREA DE ESPORTES ÁREA DE LAZER E CULTURA ESPAÇO ÁGUA (WETLAND) ESTACIONAMENTO MASSA ARBÓREA MAIS DENSA EDIFÍCIO CONECTOR (MULTIFUNCIONAL)

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

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5.2 O Parque das Pipas Programa do parque

1.LZERECULTUR

2.ESPORTES

3.SERVIÇO/POIO

1.1Espaçoeventos 1.2nfiteator 1.3Mesas/bancos 1.4Mirante 1.5Playground 1.6Espaçopet 1.7Viveior 1.8Borboletário 1.9Deck 1.10Wetland

2.1Campodefutebol 2.Quadravôlei 2.3Quadrabasquete 2.4Quadratênis 2.5Quadrapoliesportiva 2.6Pipodrom 2.7Equipamentosdeginástica 2.8rborismo 2.9Mountainbike 2.10 Ciclovia 2.11 Pista de corrida 2.12 Pista de skate

3.1cesso 3.2Sanitário/vestiário 3.3Enfermária 3.4Quiosque 3.5Estacionamento 3.6Edifíciomultiso/adminstração 3.7Passarela 3.8Bicicletário

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Implantação geral

Legenda Novoperímetodor ParquedasPipas cessos Trilha Valasdeinfiltração Parquesprevistosnoentorn edo Cor es r ecológicosemata emr anescentenoentorn

0

30m

90m

180m


Principais percursos

Os principais percursos do parque possuem declivdade média abai de xo 5%,garantindoassiacessi m bilidade,apenasopercurso3pos sui uma declivdade média acima desseval. or Com isso, implantou-se rampas e escadas em determinado ech tr o do percurso 3 para garantir aces sibilidade.

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8 7 6

4 5 3 2 1

0

30m

90m

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

80

180m


Cortes dos principais percursos

81


Corte esquemático transversal do percurso principal

Valadeinfiltração


Hierarquia dos acessos

Local/conector Municipal Estadual

0

30m

90m

180m

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

83


Setores

EspaçoÁgua Lazer,culturaeesporte1 Conexão Pipódrom Lazer,culturaeesporte2 Bosque RegeneraçãoMatatlântica

0

30m

90m

180m

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

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5.3 Setores

LOCALIZAÇÃO

Espaço Água No setor Espaço Água , encontra-se o cóego r Caguaçú e um dos principais acessos do parque pela venida Sapopemba. lém da eco r nstitução da mata ciliar nas margens do cóego r , optou-se tambémpelacriaçãodeumaWetland,paracontribuco ir trat om a mentodaáguapoluída.

-

Comisso,criou-seumespaçodedicadoacontemplação,comu deckdemadeira,eaeducaçãoeconscientizaçãoáespei r desse to elementoãoimportantequantoéaágua.

SegundoSousa(20): “Wetlands” constituído é um sistema artificialmente projetado para utilzar plantas aquáticas (macrófitas) em substratos (como areia, solo ou cascalho), onde ocoer a proliferação de biofilmes que agregam po pulações variadas de micrgan or ismos que, através de processos biológicos, químicos e físicos, tratam águasesi r duárias.(SOUS,20,n.p.)

Fonte:gênciadeProteçãombientaldosEstadosUnidos

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-


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Lazer, cultura e esporte 1 Equipamentos elr acionados a esporte e lazer foram colocados proxíms aos acessos onde possuem um maior número de esi r dências , para assim trazer co modidadeefacilidadeparaosusuáriosdoentorn. O setor Lazer, cultura e esporte 1 comuespaçoparaeventos.

LOCALIZAÇÃO

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-

, também conta



Corte BB - setores Espaço Água e Lazer, cultura e esporte 1



Conexão

LOCALIZAÇÃO

O setor Conexão é espo r nsável pela ligação dos dois níveis que se encontram presentes no terenr o doparquecomrampaseescadarias.Outrasolução, foi implantação de um edifício conect,or que além da função de facilitar o percurso dos usuários pelo espaço,tambémincorporadiversosusos.

estrutaemmadeiraMLC eixos10mx10me5mx10m pilares:0.40mx0.2 vigas:0.50mx0.2

CorteC-EdifícioCnector 0

10m

passarelaatirantada

eltr içademadeiraMLCaltura3.2m

pédieir toduplo5m


OEdifícioCnector

Usos: -dminstraçãodoparque -Cenode tr ReferênciaemEducaçãombiental -Oficinasdepipas -Salasmultisodisponíveisparaacomunidade

praçalúdicacom lonastencionadas vegetaçãodenodotr edifício

elevadorpanorâmico tetoverde

brisesemmadeira

áreatoalconstruída:6.0m²

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Pipódromo O setor Pipódrom foi estratégicamente posicionado no cenotrparagarantirasegurançadospraticantesdaativda de/esportedepipasedetodosenno torn,devidoaproxi midade que o parque tem com asesi r dências e com o Tre choSuldoRodoanel. áreadopipódréom umagrandecampinaquepossuemi tornde20.m²

LOCALIZAÇÃO

94

-



Regeneração Mata Atlântica Devidoasuaaltadeclivdade,aáreadosetor Mata tlântica foi dedicada a eceber r o processo integral de est r auração da vegetação nativa da Mata tlântica, tor nando-se assim u espaço não somente de contemplação danatezur a,mastambémdecarátereducativo.

LOCALIZAÇÃO

Regeneração -

CorteE-Mirante

0

15m


Lazer, cultura e esporte 2 lém, dos equipamentos elr acionados a esportes, como as quadras, campo de futebol, pista de skate, ciclovia, o setor Lazer,culturaeesporte2 tambémpossuespaço i sparalazer e cultura como anfiteato,r para apresentações de dança emusicais,peçasdeteateor demaisusoses livr quepodem sereal r izadospelacomunidade.

CorteF-nfiteator

0

2,5m

10m

LOCALIZAÇÃO


Bosque O setor Bosque está localizado proxím a área esi r dencialeportantoforma-seumatênuebareir raenetr oparqueeasmoradiaspormeiodavegetação,mas com a integração garantida pelos dois acessos nas exemtr idadesdoset. or Osettamor bémpossuespaço i sparabancosemmeio amassaarbóea, r propoci r onandomoentostranqui losdelazeredescanso.

LOCALIZAÇÃO

98

-

-



5.4 Solução Habitacional e passarelas Umadassoluçõesparaaeal r ocaçãodasfamíliasqueviem indevidamente no terenr o do projeto proposto, é a criação deco um habi njuto tacionaldeedifícioscoco m mérciosem seus téreor s ao lado do Parque das Pipas e uma passarela paragarana tir segurança,principalmentedecriançaseido sosnoacessoasdependênciasdoparque.

LOCALIZAÇÃO

-

ADENSAMENTO POPULACIONAL PROPOSTO

DENSIDADE LIQUÍDA DE 695

Corte-Passarelaehabitação

habitação comércio

0

16m BIOVLETS


LOCALIZAÇÃO ser o diagnosticadoapenasduasligaçõesenetr osbaiosr da egi r ão devido ao Trecho Sul do Rodoanel, constatou-se a im portânciadeimplementarmaisumelementodeligação.

-

passarela proposta está localizada enetr as duas ligações existentes e proxíma a um ponto de interesse na egi r ão, con tribuindoassimparaquemaisligaçõesnoespaçoaconteçam.

-

CorteD-PassarelaRodoanel

0

12m


5.5 Estratégias ambientais ObiomadaMatatlânticaédoum smaisricosemdiversida de do planeta sendo considerado patrimôno nacional pela ConstituçãoFederalde1988.

Processo de sucessão ecológica para reconstituição -

Cecropia hololeuca- Embaúbas Miconia cinnamomifolia =:g Trema micrantha =,f,•r Schinus terebentifolius- g,í,uf,

Contudo,seu o desmatamenoco t er desdean o de o 150e0 atualmentemuitasdesuasespéciesseencontramextinasou comriscodeextinção. Em torn de 72% da população brasileira (IBGE, 2014) vie na Mata tlântica, por isso é essencial propor planos, legis lações e projetos para proteção e ecu r peração desse bioma tãoimportante. Levandoemconsideraçãoqueaáreadeintervençãoestáin seridaemco um edo r eco r lógicodoPMM,propõe-secomo principalestratégiaambientalaest r auraçãodavegetaçãona tivadaMatatlânticapomeir doo processodesucessãoeco lógica,promvendoassicar um átereducacionalaoparque.

-

-

102

Dictyoloma vandellianum - Tingui-preto Peltophorum dubium=f.<qo Trichilia silvatica - Café do mato Senna macranthera =&Pg<g

Centrolobium tomentosum- Araribá Dalbergia nigra - Jacarandá-da-Bahia Bowdichia virgilioides - Sucupira-preta Esenbeckia leiocarpa - Guarantã

escolha das principais espécies arbóeas r foi dividida em 3 grupos: Áreas específicas de est r auração e demais áreas do parque ,Mataciliarerborizaçãoviária. isso Com ,espera-sequePar o quedasPipastorne-segrum an deceniradi ot adode r infraestruaverdenaegi r ão,eqr ualifi candoeecu r perandoavegetaçãonativanoespaçourbano.

_espéciesarbóeas r

Cariniana estrellensis =:q,<=fg Caesalpinia echinata =Wq=<,o Lecythis pisonis=^í,q g


Plantadevegetaçãoarbóea r

Plantadevegetaçãogramínea

0

30m

90m

0

180m

NC: Zoysiajaponica NP:Gramaesmeralda

30m

90m

180m

NC: Paspalumnotatum NP:Gramabatatais

103


Epécies nativas da Mata Atlântica Áreas específicas de restauração e demais áreas do parque

Mata ciliar

Arborização viária

NC: Bauhinaforfi NP:Pata-de-vaca-branca FLORESCE:OUT-JN TUR: L 5m

NC: puleialeiocarpa NP:Garapa FLORESCE:SET-OUT TUR: L 25m

NC: Schinusterebentifolius NP:oeir rapimenteira FLORESCE:SET-JN TUR: L 10m

NC: Sennamacranthera NP:Fedegoso FLORESCE:JN-MI TUR: L 8m

NC: Caesalpiniaechinata NP:Pau-brasil FLORESCE:SET-DEZ TUR: L 10m

NC: Copaiferalangsdorffii NP:Copaíba FLORESCE:DEZ-MR TUR: L 35m

NC: Carinanaestelr lensis NP:Jequitbá-branco FLORESCE:SET-NOV TUR: L 35m

NC: Caryocarbrasiliense NP:Jitaí-preto FLORESCE:GO-NOV TUR: L 6m

NC: Hymenaeacourbaril NP:Jatobá FLORESCE:SET-NOV TUR: L 20m

NC: Dialiumguianense NP:Beijudecoco FLORESCE:NOV-MI TUR: L 30m

NC: Miconiacinamomifolia NP:Jacatirão FLORESCE:NOV-JN TUR: L 25m

NC: Spondiasmobin NP:Cajazeira FLORESCE:JUN-JUL TUR: L 30m

NC: Lecythispisonis NP:Sapucaia FLORESCE:SET-OUT TUR: L 30m

NC: Symphoniaglobulifera NP:Olandi FLORESCE:MI-JUL TUR: L 15m

NC: Peltophorumdubium NP:Canafistula FLORESCE:SET-MR TUR: L 40m

NC: Terminaliakuhlmanni NP:raçá-d’água FLORESCE:JUL-GO TUR: L 30m

NC: Tremamicrantha NP:Crindiúva FLORESCE:SET-JN TUR: L 12m

NC: Cecropiaholeuca NP:Embaúba FLORESCE:GO-NOV TUR: L 10m

NC: Cedrelafissilis NP:Cedro FLORESCE:GO-SET TUR: L 35m

NC: Dalbergianigra NP:Jacarandá-da-Bahia FLORESCE:NOV-DEZ TUR: L 12m

NC: Euterpeedulis NP:PalmitoJussara FLORESCE:JN-BR TUR: L 15m



5.6 Mobiliários e pisos Osprincipaismobiliários,assico m muitosdoselementos integrantes do parque, do edifício conector e das passare las,foramdesenvolidosparatrazerumaidentidadeprópria aolocal.

-

Inspiradonositensquecompõeumapipa,foramescolhidos materiaiscomadei o raebambu,paraestrutas,lonaten sionadaparaemr eteraopapeldesedaeasformasgeomé tricasqueécaracterísticadaspipas.

-

lémdisso,levou-setambémemconsideraçãoaimportân ciadaeci r clagempelfat o doo localemseupassadotersido at um ersan or itáreio coisso m emalgunsbancoseestrutas que compõe os sanitários e os quiosques, foram utilzadas chapasecológicas.

-

Bicicletário

Banco com encosto 106

Banco sem encosto


Quiosque

Pisos Tipo:Placaspermeáveis Marca:Braston Uso:Áreasdeestar

Tipo:Pneueci r clado Marca:Pisoleve Uso:Espaçodeginástica

Tipo:Pneueci r clado Marca:Pisoleve Uso:Playground

Tipo:Placaspermeáveis Marca:Braston Uso:Percursos

Tipo:Pneueci r clado Marca:Pisoleve Uso:Playground

Tipo:Pneueci r clado Marca:Pisoleve Uso:Playground

107


5.7 Estratégias de iluminação Paraassegurarquepar o quecumpraumadesuasprincipais funções de integrar, é necessário que o seu horário de fun cionamento se modifique, para adequar-se aeal r idade dos usuáriosdoenquetorn cicu r lamnaegi r ãomuitasvezesaté tardedanoitepoco r ntadasescolas,edohorárqueio etr or namdeseustrabalhos. lém de inserir ilumnação em todo o parque, propõe-se quedeterminadospercursospossamficarabertosatéoh ráriode0h.

-

Tipo:PostedeilumnaçãodeLED10m Marca:INDUSPR Uso:Espaçosabertos,quadrasecampode futebol

Tipo:PostedeilumnaçãodeLED5m Marca:INDUSPR Uso:Percursos,áreasdeestar

Tipo:PostedeilumnaçãodeLED5m Marca:INDUSPR Uso:Percursos

108


Percursosabertosaté0h cessos

0

30m

90m

180m

Fonte:PMSP;ediçãopelaautora.

109


6 CONCLUSÕES FINAIS


Sermoradoradeumbaiorperifériconoexemtr olestedacida dedeSãoPaulo,parami,semprefosii de nôimo dificuldades quando se trata do acesso a serviços, equipamentos e espaços públicosdequalidade. o lngo desses anos de formação para obtenção do tíulo de arquiteta e urbanista, pude entender os motivs que contribuí ramepermanecemcontribuindoparaaformaçãodeumacida dedesigual,ondeamaipar or celadeinvestimentosédestinada a locais que já possuem uma boa infraestruta, enquanto as egi r õesprecáriasconviemcoa m escassezdeecu r rsoseplanos demelhorias. de É exemtr aimportânciaeflet r de ir formacríticaaespei r doto s processos que geraram o espaço urbano atual para, assim, po dermos planejar de forma coetr a o fuotur das cidades, e não apenas epr r oduzir um odelo pront que nada contribui para garandiotir eir queto todostemosaumacidadejusta,dequali dadeesustentável. lém disso, por meio deste trabalho pude eflet r ir sobre o pa peldoarquiteteo urbanistaperanteasociedade,nãocoumo intervencionista autoriário, mas sim como u analista e conci liador das soluções mais adequadas para os problemas encon tradosdeacodor coa m eal r idadedolugaretambémdaimpor tânciadoolharsensívelecriativoquesempredevemosterpara aspessoaseosespaços,captandoassimsuascomplexidadese singularidades.

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C est oncl uo etrabalco ho mpreendendoabelíssimaeimportante espo r nsabilidade que nossa profissão tem de contribuir para a construção de um mundo melhor e elivr de injustiças sociais, algo de certa forma utópico e grandioso, mas que não nos im pededecomeçar,mesmqueo sejacoas m ideiaseprojetosmais simples e pequenos, em elr ação a enorme problemática que possamosnosdeparar.

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“Porvezes,sentimosqueaquiloqefazemosnãoésenãouma gotadeáguanoceano.Mas,oceanoseriamenorselhefal tasseumagota.”(MDRETEREZDECLUTÁ)

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111


Fonte:JornalVicentino


Empinarpipaédisputaroscéus,ésemanterespaço no isso E. temavercomadinâmicadaperiferia,ondeselutaprasobre viernodiaadia.Écoerr ia. pipaassim,éumametáforadaquebrada.traço um É deiden tidade,écoaq mo uelasantenasgigantesquesótemfuno ndão dacidade.Sãocoosm tênisnosfiosdeeletricidade,asodas r desamba,fluo doxo funk,mutirão o paraencherlaje,soo dom Racionaisquesaidosfalantesdoopalãocustomizadopi. paé coch om urasqna uiho laje,afeiradesábado,criançanarua jogandobola.pipaéculturadeperiferiadecaboàrabiola.

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