Lendas
as an Guarapuav para crianรงas
Expediente:
Trabalho realizado para a disciplina de Jornalismo Especializado – Unicentro (2° ano de jornalismo) Professora Éverly Pagoraro
Produção:
Amanda Bastos Maciel Amanda Gollo Amanda Pieta André Justus Diana Pretto Luisa Urbano
Agradecimentos:
Escola Municipal Dom Bosco – 4° Ano A - 2014 Professora Sandra Regina Pereira
Alunos:
Alessandra Chimiloski de Souza - Amanda Kamily Durau Maibuk Braian de Lima - Carlos Eduardo Zeni - Cauã Coaraçã da Silva - Eduarda Ida da Silva Gabriel Vinícius Galvão - Gabrielly Cardoso da Silva Giovane de Oliveira - Gustavo Coelho Vaz - Jesse Elias Levinski João Vitor Cichocki Antunes - Kamilla Raphaela Von Stan Kauan Licoviski Fagundes - Kemily Diedis Keren de Almeida Oliveira - Luan Cordeiro Lucas Dangui de Oliveira- Maicon Gabriel Lima da Silva Nataly Cardoso - Rafael Gustavo Pereira Raul Miguel Vieira de Santana Stefany Carolina Capelario Lunkes Vitor Gabriel Fernandes de França Wellinton Gabriel da Cruz Fiuza
Introdução Incentivar a criatividade e o imaginário das crianças. Esta foi uma das propostas iniciais da construção desse material. O conteúdo dele se organiza em forma de livro-reportagem sobre as lendas guarapuavanas, destinada ao público infantil. O produto simplifica essas narrativas que, por gerações, foram contadas aos filhos dos moradores da cidade. A partir disso, espera-se que a obra sirva de incentivo, principalmente aos pequeninos, para conhecerem a mescla entre história, cultura popular e imaginário presente nessas lendas. Nas páginas seguintes, o leitor encontrará textos que contam seis lendas de Guarapuava produzidas a partir da versão dos organizadores dessa obra. Além disso, a colaboração das próprias crianças para o enriquecimento desse material foi essencial. Em parceria com a Escola Municipal Dom Bosco, crianças de nove a doze anos de idade participaram da produção do livro com comentários que descrevem as lendas a partir da interpretação delas e também com desenhos ilustrando o que pensam sobre as histórias. Dessa forma, o trabalho ganhou um toque de infância para que ficasse mais encantador. Boa leitura!
O mistério do Degolado Durante a Revolução Federalista, Guarapuava era caminho para as tropas de soldados chegarem a seus destinos de conquistas. Algumas delas se enfrentavam nessas terras, como os Maragatos, revolucionários gaúchos, e os Pica-Paus, militares de Floriano Peixoto. E ainda existiam os soldados de Juca Tigre, que sonhava em separar o Sul do resto do Brasil. Certo dia, dois soldados de Juca Tigre chegaram ao sítio de um homem poderoso da cidade para pedir comida. As donzelas, que ficavam sempre dentro de casa, começaram a gritar e foram ouvidas pelo chefe da família. Quando o senhor se aproximou da casa, viu um dos soldados de Juca Tigre urinando em uma árvore. Logo, imaginou que esse era o bandido que teria assustado as moças, chamou seus homens e capturou o soldado, obrigando-o a cavar o buraco que seria a sua própria cova. O soldado então foi decapitado pela degola: quando a cabeça é cortada do resto do ( vítima perdia a vida com um rápido golpe de faca, quando a garganta era corpo. (A rompida de orelha a orelha). No lugar onde o soldado foi enterrado, logo depois foi construída a Capela do Degolado, como forma de com pensar a injustiça cometida contra o moço. Conta a lenda que a Capela do Degolado já foi palco de vários milagres e que todos os santos levados até lá por fiéis têm suas cabeças quebradas misteriosamente.
O so ldado dego alto, u s ava c lado era bravo be e bem hapéu , bem m bem bem bonit o. Que nojo!
rem Mas antes deles se ram degolados eles fo chicoteados.
apela tem c a e u q o a Eu imagin rque ele er o p s a m r a várias o. E tinha o um soldad e em cima le e d to le e esqu e anjos. d te n o m tem um
Go era stamo cab s eça um so da le ld nd d vai pre e pap ado. M a por qu so el ar aco fogo a pro qu Se não cha so e ele rda a l aco polícia rtel O march dado rda a q A b deu sin uartel r direi to and eira al Aco pegou nac rda iona l.♫♫ ♫
O Baile das Feias Há muito tempo, durante a Revolução Federalista, quando Guarapuava era caminho para que os soldados chegassem até São Paulo, os maragatos conseguiram ajuda de pessoas importantes da cidade naquela época, como Pedro Lustosa de Siqueira, Frederico Ernesto Virmond, Padre Pedro Machado e Francisco Peixoto de Lacerda Wernek. Este último comandante da revolução em Guarapuava. Como despedida pela sua passagem na região, foi realizado um grandioso baile para a tropa de Lacerda Werneck na casa do Coronel Pedro Lustosa, em frente à Catedral Nossa Senhora de Belém, na época, igreja matriz de Guarapuava. Os pais das famílias, preocupados com o evento, não autorizaram que suas filhas mais novas e mais belas fossem ao baile, com medo de que fossem raptadas pelos maragatos. Por isso, deixaram apenas as “feias”, “velhas” e casadas irem ao baile, na esperança de que ninguém dos rebeldes se interessasse pelas mulheres.
A mãe n ão ficou chatead de as fi lhas ter em que a festa, p ir à ois as fi lhas est encalha av das e p recisava am m de um nam orado.
Quando filhas so o pai contou p ara as bre o ba ile, elas tristes, mas qu f ando ch icaram egaram lá, elas gostara m.
eram s a h l fi eram das o ã s n o elas estid Os v , já que las. e tos tão b boni
sa am para ca r a lt o v s a As filh l da festa, a n fi o d s ante am atos estav p a s s u e s pois seus pés. o d n a c u h mac
Índio Guairacá Após o rei da Espanha se apossar das terras que abrangiam desde Santa Catarina até o Rio Iguaçu, o que, consequentemente, envolveu terras guarapuavanas, os espanhóis espalharam a notícia de que iriam escravizar todos os índios da região. Ao saber dos maus ventos e com o intuito de proteger suas terras, o Cacique Guairacá buscou por instruções do Pajé da sua tribo. Ele disse que poderia envolver o guerreiro num ritual sagrado e o corpo de Guairacá seria “fechado” durante a batalha. Assim, ele não morreria de verdade se algo de ruim lhe acontecesse. Porém, isto teria um preço: o espírito do cacique viraria fantasma, mesmo depois da morte do seu corpo. Guairacá aceitou as condições impostas pelo Pajé e participou do ritual. Os guaranis se rebelaram ferrenhamente à escravidão imposta pelos invasores. Por cinco vezes, o poderoso exército do governo paraguaio foi derrotado pelos índios. Descarta-se então a rendição dos índios pelas de armas e surge a ideia de convertê-los através de missionários jesuítas. Ao saber disso, Guairacá reuniu seu exército e atacou o acampamento jesuíta. E foi nessa batalha que a magia se cumpriu. O exército europeu ganhou reforços e resolveu contra-atacar. Durante a batalha, o cacique Guairacá foi atingido. Sem forças para reagir,acabou morrendo, mas reza a lenda que seu espírito saiu do corpo na frente de todos e continuou a comandar a guerra. Em homenagem a esta grande figura, foi construída uma estátua, medindo dois metros de altura. Algumas pessoas dizem que, nas noites de Lua cheia, a imagem cria vida e vaga pelas ruas da cidade.
El do G es queria m fa uair árvor acá era b zer isso p em b es onita orque a te peixe , cachoei . Tinh r s, leã as, jo a pla rra o a , n c i nt n en avalo h , tam as, capiv ação, e a velh O pa andu s p ecia jé á, lob ara, e ern o... r as nunc a be m a e ca quas ram . O c nov lça o o b e lar tran em f rpo d , por g q i Tin a co spar ninh ele e ue e a ha m ent le r s um um e, e .Ele a gor não ch a ca us era do e ap a éu mise va u bem m c de ta c ma bra ima pa olo nc lha rid o, Eu ac . a. ho q
ue o puava cacique a nda a ele go bem feliz , acho í por sta de que fazer isso.
Guara
Lagoa das Lágrimas Quando a guerra estava prestes a começar, o guerreiro Guairacá, que era um jovem muito corajoso, estava pronto para partir e proteger a todos. Antes disso, foi até sua noiva para se despedir. A moça era uma das mais bonitas da aldeia. Chamavam-na Ara Essay, que significa “lágrima que cai”. Guairacá disse a ela: – Estou partindo para que vejam a coragem da nossa tribo. Tenho que defender vocês. A índia estava com vontade de chorar, mas ao invés disso prometeu ao companheiro: – Vou te esperar. – Sim, me espere, porque eu voltarei e então nós iremos casar e teremos lindos filhos – terminou o índio. A tribo perdeu a guerra e o seu maior guerreiro Guairacá, que fez tudo pela batalha, acabou morrendo. A noiva dele ainda não sabia da notícia e continuava a esperar o seu amado, pois ele prometeu que voltaria. Durante anos, a bela índia ficou sentada entre as duas colinas chorando e com medo de que o índio não voltasse. E assim ela permaneceu por muito tempo, derramando muitas lágrimas no solo onde antes era feliz com seu noivo. As lágrimas dos olhos da índia formaram uma fonte que se transformou em uma lagoa. Assim, nasceu a Lagoa das Lágrimas, que até hoje guarda a história de amor eterno em cada gota que faz parte dela. Acredita-se também que quem colocar a mão esquerda sobre a lagoa em noite de Lua cheia e fizer um pedido terá seu desejo realizado. A esperança da índia é transformada magicamente na esperança de quem deseja alguma coisa.
cha eram uma fle z fi s o ir e rr e u Os g utro exército, o o r te a b m o c . gigante para as poderosas in u q á m s a m que tinha u
Depo is caso de o gue rrei u co senta da, c m a ped ro morrer , a ín ra horan d do po que ela estav ia r todo a aque le tem po. Eu acho que tem alguém que chora lá de cima, nas nuvens, pra encher tanto a lagoa.
Se e ped u foss ep ir q vida ue me edir a lg u par a e s brinq uma c les o brin uedos isa, e u car em tivess ia com em igo.
A gruta milagosa do São João Maria São João Maria era um monge cristão de origem italiana, que levava uma vida peregrina e vivia de doações das pessoas que acreditavam em sua santidade. Ele pregava o bem, atendia doentes e acreditava-se que era capaz de fazer milagres. Além disso, era identificado como um homem que caminhava de pés descalços, possuía uma barba longa e era bastante severo. O monge tinha por costume abençoar ou amaldiçoar o local por onde passava, conforme fosse recebido pelas pessoas. Era comum que São João Maria abençoasse olhos d’água e fontes dos locais por onde caminhava. Às águas desses locais, então, é atribuído um caráter milagroso, de cura. A fonte localizada às margens do rio Jordão, em Guarapuava, é um exemplo disso. Em uma de suas passagens por Guarapuava, o monge teria abençoado uma fonte de água que nascia ao pé de uma imbuia, no Vale do Rio Jordão. Quando o monge passava pela cidade, costumava acomodar-se exatamente neste local. Com o tempo, a árvore foi cortada, mas o olho d’água permaneceu e uma gruta foi construída no local em homenagem ao peregrino São João Maria. A Gruta do Monge é atração turística de Guarapuava e região. Em seu interior há uma porção de objetos ofertados por pessoas que crêem no poder do monge São João Maria. Exemplo destes objetos são muletas, bengalas, terços, imagens sacras, fotografias, flores. Há fiéis que se dirigem até a gruta para buscar alento e desabafar suas dores, tendo o monge como um confidente. Muitas pessoas vão até o local para coletar a água “benta”, que é utilizada como remédio para curar doenças ou feridas.
Ele e
ra t達 o dois alto que metr os e ele tinha meio .
Os olhos dele eram azul com amarelo.
ra dava p m e n ininho, arba cobria. f z i r a N ue a b q r o p r ve
Ab ele arba e ra and ava t達o g pisa rand e ndo em que cim a.
Cadê a Serpente? Uma das lendas mais conhecidas da cidade de Guarapuava e que certamente já virou parte do lado histórico e cultural da cidade, é a de que embaixo do solo guarapuavano, existe uma enorme serpente, onde sua cabeça começa na Catedral, seguindo abaixo do cemitério (que fica entre a Catedral e a Lagoa) e termina com sua cauda na Lagoa das Lágrimas. A história conta que o animal está adormecido por muito tempo, apenas aguardando a estação ferroviária da cidade ficar pronta, para assim que o apito da primeira maria fumaça soar, ela despertar enfurecida destruindo tudo o que tiver pela frente.