Caderno tfg

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Habitação para estudantes


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“Less is more�

Ludwing Mies van der Rohe

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Arquitetura e Urbanismo

Orientadora: Marcela Cury Amanda Ferraz

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codigo: 8982

Ribeir達o Preto, 2015


Indice Introdução A dinamica do espaço Habitacao Estudantil

Habitacao Minima - Frankfurt Leituras Projetuais CONTEINERES, OLGGA ARCHITECTS Moradia estudantil em Paris Moradia Estudantil na Suiça Moradia estudantil em Sao Carlos Conjunto residencial USP - Ribeirão Preto Areas de intervencao possiveis Possíveis locais O local

Diretrizes Projetuais O Projeto Anexo 5


Introdução A vida cotidiana das pessoas esta cada vez mais corrida, tanto é que os jovens saem da casa de seus pais muito cedo para estudar em faculdades na maioria das vezes muito distantes de suas cidades. Tal grupo de pessoas, estudantes, demanda, em seu novo espaço de morar, o atendimento à necessidades básicas (alimentar-se, fisiológicas, de dormir, descansar) como também às de a socialização e de lazer. Utilizar como referência a habitação mínima como ponto de partida para a inovação e solução destetipo de moradia é um grande diferencial na vida dos estudantes, uma vez que cria-se uma qualidade de moradia bem mais aconchegante, pois o modo de adaptação dos apartamentos facilitaria muito no dia a dia, bem como a rotina seria diferente, ou seja, o meio externo interagiria com a habitação, que conseqüentemente integraria a cidade em um todo. Quando se fala em mudar o estilo de vida das pessoas, a habitação estudantil que oferece serviços que atendam as demandas desta população, já acima citados, proporciona a integração dos próprios estudantes residentes no local com as pessoas que apenas lá frequentam, devido a diversidade de opções oferecidas . Além do mais, a presença das universidades, devido à demanda gerada pelos estudantes, desempenham um papel significante no desenvolvimento econômico e social local, refletindo qualitativamente e quantitativamente na dinâmica urbana e em especial no mercado habitacional, uma vez que a habitação para estudantes passou por diversas alterações tornando proporções relevantes para o mercado imobiliário e a economia local. As características especificas para estudantes no que tange a habitações têm-se intensificado muito nos últimos anos, buscando mais serviços de qualidade para assim os receber, sendo importante considerar também a crescente população de universitários, o que aumenta as questões relacionadas as suas circunstâncias habitacionais, as características da moradia, a localização, a qualidade e o custo e a satisfação de seus usuários. O conceito de qualidade de vida não pode estar relacionado apenas a resolução de problemas básicos de sobrevivência, mas devem contemplar também a garantia de condições de conforto, satisfações psicológicas e físicas dos indivíduos, pois o numero de estudantes tem aumentando bastante nos últimos tempos. É um mercado de crescimento muito grande com uma demanda crescente, mercado este que ainda tem muito a ser explorado e criado. 6


Em função deste aumento de demanda, surgem projetos de habitações estudantis cada vez mais compactos e que possuem todos os tipos de serviços para atende-los facilitando assim sua rotina. Em razão disso, o objetivo deste trabalho é propor uma habitação estudantil funcional que atenda as necessidades dos estudantes, atendendo-se demandas destes usuários através da criação de espaços equipamentos coletivos (áreas de convívio, restaurante, academia, farmácia, mercado, etc), facilitando assim o acesso deste usuário a estestes espaços, o que por si só já diferencia da habitação estudantil comum, o que se vê bastante hoje em dia. A decisão da escolha por esse tema foi por experiência própria e também de amigos e alunos não residentes na cidade, que possuem dificuldades em se locomover ate a faculdade para se encontrar com amigos em reuniões de estudo, bem como pela dificuldade de acessos à áreas comercias, como lojas para matérias de trabalho, gráficas, bibliotecas, entre outras facilidades. Acredita-se que uma das áreas mais importantes desta habitação para estudantes é a parte coletiva, local onde os alunos consigam ter um convívio e melhor socialização. Por fim, a justificativa pelo tema habitação estudantil se deu devido a grande demanda e a falta que se tem delas, prevendo assim a implantação de espaços que supram as necessidades extra-classe dos moradores. Além disso, considerando-se que os estudantes universitários estão em fase de formação e abertos em novos conceitos, entendeu-se ser importante criar uma habitação estudantil vislumbrando-se maior qualidade de vida para o futuro. Sendo assim, propõe-se também captação de energia solar, iluminação e ventilação natural, teto verde entre outras e desta forma criar-se uma habitação estudantil sustentável, ou seja, integrando o homem, sua habitação e o meio ambiente, gerando mais qualidade de vida.

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A dinamica do espaço

Habitação Estudantil

Para entendermos o conceito de habitação estudantil, devemos primeiramente explicar o que significa a palavra “habitar”- lugar no qual se habita, abrigo ou invólucro que protege o homem. Lugar ou circunscrição em que vive, cresce e se desenvolve naturalmente qualquer ‘”SER” organizado, abrigo de proteção sobre condições especiais que favoreçam o desenvolvimento do homem do ponto de vista material como espiritual, morar, viver, residir, por fim espaço construído destinado a moradia. A Habitação pode ser: uni familiar, quando se destina a uma única família, sendo comumente chamada como casa, ou, multifamiliar, quando se destina a mais de um domicilio, como, por exemplo, o edifício de apartamentos. No que tange a habitação coletiva, a mesma é destinada ao uso residencial de um grupo de pessoas ligadas por interesses diversos, que quando é composta por estudantes configura-se em uma habitação estudantil. Quando se fala em habitação estudantil, não se pode esquecer de tecer considerações sobre as moradias situadas dentro das Universidades, ou seja, no “campus”. As primeiras referências sobre “campus” foram encontradas a partir do fim da idade média, os quais eram espaços coletivos distribuídos pelos edifícios onde tinham aulas, museus, academias, entre outros. Esses espaços ao ar livre pertenciam a faculdade, mas era livre para a circulação dos habitantes da cidade, não sendo necessariamente alunos, razão pela qual, os habitantes possuíam uma relação com os alunos. Com o passar dos anos, já no século XX houve um abandono dessa relação com o meio exterior para o interior, pois esses espaços começaram a ser delimitados apenas para os estudantes, acabando assim com a interação da sociedade e universidade.

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IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO SOCIEDADE X ESTUDANTES: A convivência dos estudantes com a sociedade tem o propósito de promover justamente a sua integração, possibilitando o intercâmbio entre diversas culturas e desenvolver o aprendizado da vivência em comunidade. Além disso, o objetivo principal dessa integração, é a de oferecer propiciar condições adequadas de conforto, convívio social e desenvolvimento das atividades acadêmicas, sendo que a mais importante das premissas do projeto é uma habitação estudantil que dê grande ênfase a espaços de uso comum entre seus moradores, espaços que incentivem o convívio e socialização.Por isso, prezar mais pelo espaço coletivo do que pelo espaço individual é um dos fundamentos desse projeto, pois a interação social entre os estudantes moradores é essencial também para que estes cresçam e acumulem experiências pessoais formadoras. Ademais, outra estratégia importante é a destinação de espaços comerciais no térreo, visando os próprios usuários da habitação e também o público externo, uma vez que a sugestão é que nesses espaços sejam instalados restaurantes, lavanderias, sala de estudos, comércios, áreas de convívio, entre outros serviços que, consequentemente, trarão mais movimento à região.

Fig. 2

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A dinamica do espaço

Habitacao Minima - Frank-

A idéia central de casa, do espaço domestico é mundo interior, esse mundo interior da-se a partir da arquitetura e da cultura de cada lugar. O trabalho do arquiteto a construir esse lar, com a necessidade de cada pessoa, associando conceitos de conforto e também de funcionalidade. Pensar em habitação mínima como ponto de partida para inovação e solução obtendo assim a qualidade de um lar. qualidade habitacional da-se no modo da moradia personalizada, atendendo o morador. A idéia de arquitetura funcionalista começou devido a revolução industrial, a péssimas condições de trabalho, exploração de operários, mão-de-obra infantil, a partir dai começaram a reivindicar melhorias na qualidade de vida. Essa função é dada ao arquiteto, as residências deveriam ser limpas, úteis e deveriam também serem econômicas. Os arquitetos defendiam a adequação da arquitetura nesses novos métodos pos industria. era visado alcançar novos desenvolvimentos artísticos a partir do que a industria oferecia, o vinculo com a produção industrial trouxe grande influencia para a arquitetura moderna, dai então os arquitetos começaram a estudar melhores formas de atender seu publico dentro deste contexto, com mais praticidade, alem da moradia começou a estudar também os moveis, com uma forma de padronização e com objetivo de reduzir o seu numero, proporcionando conforto, baixo custo e facilidade de manutenção.A habitação construída com medidas mínimas deveria atender a necessidade, a necessidade do ser humano era considerada padronizada, igualmente com a moradia em serie e o mobiliário. no segundo CIAM, realizado em Frankfurt, Ernest May, arquiteto responsável pela urbanização da cidade de Frankfurt, assumiu o comando para habitações populares. arquitetos como Le Corbusier levantaram a questão de que o problema da habitação mínima, não era só o preço e funcionalidade, tratava-se de uma nova vida para os utilitários, sendo assim alem da casa ser racionalizada, os moradores também precisavam ser racionais. 10


Fig. 3 “Para essa racionalização três condições são essenciais: Viver “de outra maneira”, ou seja, que cada habitante tenha o seu próprio quarto “não importa quão pequeno”, dirá Gropius; que a cozinha seja concebida de maneira a simplificar ao máximo o trabalho doméstico e que a mobília, enfim, não imite o mobiliário burguês, mas seja, ao contrário, concebida em função de uma manutenção simples, de condições de vida higiênicas e de um preço baixo. Assim é toda a concepção de habitação que deve ser posta em causa.”-KOPP, cit. 4, p. 53

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Nas casa burguesas a lavanderia e a cozinha eram afastadas da área de convívio casa, a planta é alterada, essas áreas que antes era Fig. 4

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o, depois com a modernização, quando a mulher passa a assumir as tarefas de am excluídas passam a ser a parte central da casa.

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A cozinha de Frankfurt,foi inspirada em cozinhas de navio, que o espaço é pequeno e la se produz enorme quantidade de comida, onde a racionalização dos movimentos nas atividades domesticas torna a cozinha com um alto desempenho e eficiência.

Fig. 5

Acredito que a funcionalização e a padronização de habitações e moveis é muito valida, pois na verdade é usado o necessário e tem-se também o conforto que se precisa.

Fig. 6 14


Fig. 7

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Leituras Projetuais

CONTEINERES, OLGGA ARCHITECTS Fig. 8

Fig. 9

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Moradia estudantil feita a partir de contêineres reciclados, que trabalha a questão da volumetria e espaço. Uma boa maneira de reutilizar esses matérias, ajudando assim a questão ambiental. no Brasil não é viável a construção de moradias deste tipo, principalmente pelo clima. A arquiteta sugere duas tipologias.


Tipologia 1. Nesta tipologia ela sugere a separação do quarto com o resto do ambiente. Nesse caso é utilizada divisórias, separando quarto, sala de estudos, banheiro.

Tipologia 2. Nesta tipologia, a arquiteta permite uma planta totalmente livre, permitindo mudanças ao usuário, a única separação que possui nesta, é a do banheiro.

Tipologia 1

Fig. 11 Fig. 10

Tipologia 2

Fig. 12 17


Leituras Projetuais

PROJETO DE MORADIA ESTUDANTIL EM PARIS

O projeto está localizado, na borda do Parc La Vilette do 19º bairro de Paris. Cada apartamento possui uma varanda com vista para a rua. Dos apartamentos conseguimos ver a torre Eiffel , os apartamentos são privados, com quarto banheiro e cozinha, e o térreo do prédio é formado por áreas comuns, para uso coletivo ou para suprir a necessidade dos moradores. O edificio aproveita muito de luz natural, pois possui em uma significativa parte seu fechamento em vidro, proporcionando entao conforto e também economia na energia. Fig. 13

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Fig. 14

A imagem abaixo mostra a parte traseira do edifício, pra onde os quartos são voltados e também possui um amplo corredor de circulação, possibilitando a passagem dos moradores por todo o prédio.

Na fachada do prédio podemos perceber que o arquiteto brinca com os volumes, fazendo com que haja movimento, possibilitando que as partes em diagonal sejam as sacadas.

Fig. 16

Fig. 15 A imagem mostra a caixa de circulação, onde no desenho é representada pela cor amarela, que é toda feita de vidro, possibilitando as pessoas que usam a escada uma bela vista da cidade. 19


Fig. 17

Armários para os moradores, podem ser trancados, garantindo a segurança para seus pertences.

A imagem acima mostra a caixa de circulação, as escadas e a marcação de cada andar em seu patamar.

A imagem abaixo mostra o interior do apartamento, com mesa para estudos e prateleiras para livros.

A imagem abaixo mostra um espaço de convívio, possivelmente uma área para leitura ou para possíveis reuniões. Fig. 19

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Fig. 18

Fig. 20


Fig. 21

Fig. 22

Na imagem superior podemos perceber que temos um corredor que permite a passagem de um apartamento para o outro, interligando também as caixas de circulação que ficam do lado direito e esquerdo do edifício. A estrutura mais uma vez, como na parte frontal, não é reta, possui retângulos de metal que se interligam, assim possibilitando movimento para o edifício. A grade permite total visão do exterior, mas não deixando de garantir a segurança dos seus moradores.

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Fig. 23 A planta mostra os apartamentos, denotados pela cor amarela; e a parte de circulação das pessoas, configura-se na cor roxa. Em seguida, visualiza-se que as sacadas são irregulares, ocasionando assim uma volumetria ao edifício.

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Fig. 24 Assim como na página anterior, a cor amarela demonstra os apartamentos; e a cor roxa, a circulação de pessoas, a parte destacada com a cor azul, mostra a parte térrea do edifício, que é a area comum, onde possui alguns serviços. 23


Fig.25 O edifício possui grelhas de metal que ajuda sua sustentação, essa imagem é da parte do fundo do edifício, por onde os moradores acessam os apartamentos. Alem da utilidade, as grelhas deixam o edificio mais moderno e notavel.

Fig. 26 A imagem acima mostra um corte do edifício. Os locais destacados na cor amarela representam os apartamentos, os de cor roxa demonstram a área de circulação e por fim a cor azul mostra a parte de área comum do edificio. 24


Fig. 27

A imagem acima, assim como a anterior, mostra um corte do edifício. Os locais destacados na cor amarela representam os apartamentos, os de cor roxa demonstram a área de circulação e por fim a cor azul mostra a parte de área comum do edificio.

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Leituras Projetuais Moradia Estudantil em Luzern Arquitetos: Durisch + Nolli Architetti Localização: Steinhofstrasse 15, 6005 Luzern, Suíça Área: 24.300 m² Fig. 28

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Fig. 29 O projeto encontra-se entre uma área comercial e residencial, as casas são uniformes e o terreno é grande. O projeto possui 280 dormitórios, o edifício se adapta ao terreno irregular, este, complementa com o parque por ter o teto verde, como se fosse uma continuação do parque. Os quartos são dispostos aleatoriamente sobre o programa do edifício criando assim áreas de convívio comum e de serviço. 27


Planta baixa

Fig. 30

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Fig. 31

O projeto encontra-se entre uma área comercial e residencial, as casas são uniformes e o terreno é grande. O projeto possui 280 dormitórios, o edifício se adapta ao terreno irregular, este, complementa com o parque por ter o teto verde, como se fosse uma continuação do parque. Os quartos são dispostos aleatoriamente sobre o programa do edifício criando assim áreas de convívio comum e de serviço.

Fig. 32

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Fig. 33

Na parte das escadas e elevadores o edifício contem uma clarabóia proporcionando ao ambiente uma excelente iluminação natural. O uso de coberturas transparentes multiplicam as entradas de luz natural e ampliam ao máximo a percepcao do espaco da moradia. Solucao excelente para aproveitar o espaco de uma forma criativa e funcional.

A escada, conforme demonstra figura acima,é o elo para chegar tanto aos apartamentos, quanto aos ambientes externos, é uma escada simples, porém bonita e adaptável ao edifício.

Conforme demonstrado na figura ao lado, trata-se de uma estrutura aparente, com formato de grelha e janelas de correr, deixando assim o edifício moderno e simétrico.

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Fig. 34

Fig. 35


Fig. 37

Fig. 36

A imagem da direita mostra uma ampla cozinha coletiva, onde os moradores preparam suas refeições, nota-se que possui um grande fechamento de vidro, que alem de proporcionar uma visão beneficiada permite a entrada de luz solar, não precisando utilizar de energia elétrica durante o dia. Logo a imagem da esquerda nos mostra uma sala de estudos, onde também permite a entrada de luz solar.

Fig. 38

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Fig. 39

O edifício não possui sacadas, mas possui uma grande abertura que possibilita a ligação do interior com o exterior. Edifício com forma regular, possui uma grelha, onde em alguns pontos são mais altos e em outros mais baixos, assim acompanhando o terreno, não tendo que modificar sua topografia,e também respeitando o gabarito de seu bairro.

Fig. 40

Fig. 41

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Leituras Projetuais

Moradia Estudantil da Unicamp - Campinas Residência estudantil da Unicamp Joan Villà, construções para a sociedade Campinas, 1992 [Joan Villà]

Fig. 42

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Fig. 43

Fig. 45

Fig. 44

Fig. 46

34 Fig. 47


A residência estudantil da Unicamp, foi construída sobre um terreno pouco inclinado e com varias possibilidades ambientais. Ademais, conjuntamente, se levou a termo um processo de participação com os estudantes que, em meados dos anos oitenta, haviam ocupado a universidade para reforçar suas reivindicações. O arquiteto Villà conseguiu unir os desejos que tinham os estudantes para as suas residências com a sua vontade de criar uma comunidade ao ar livre. Um sistema modular e escalonado permite criar residências compartilhadas para dois ou quatro estudantes, com três cômodos e um pátio de acesso com jardim. Devido a isso, esta combinação permite resolver a grande parcela triangular do recinto, com trânsito perimetral de veículos e toda a sorte de espaços livres em diversas escalas no interior: grandes parques, pequenos recintos arborizados para reunir-se a comer ou estudar, ruas para pedestres e pátios comunitários, terraços em cada unidade, além de muitos metros quadrados dedicados a usos comunitários da residência. Às qualidades dos novos sistemas construtivos modulares somem-se as qualidades ambientais do espaço aberto e as qualidades compositivas que se percebe na composição modular e escalonada, com pátios e parques que vão se abrindo em perspectiva e em diagonal. 35 Fig. 48


A moradia Estudantil da Unicamp foi projetada pelo arquiteto Joan Villá na década de 90. Ela se localiza a 3 km da faculdade, possui uma área de 55.000 m², sendo 22.000m² de área construída. Possui 226 casas, com capacidade para 4 estudantes, 27 estúdios, 7 salas de estudo, 4 centros de convivência, 1 biblioteca, 1 parque infantil e 1 campo de futebol. O terreno tem a forma de um triangulo.

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Conforme a legenda,a cor azul demonstra os locais onde passa os túneis; a cor verde representa os centros de convivência; a cor roxa demonstra a localização das salas de estudos; já o quadrado amarelo mostra onde fica a administração da moradia; o circulo vermelho representa as pontes que ligam os prédios;a cor laranja demonstra onde fica situado o parque infantil ,e, por fim, o circulo amarelo denota a localização da biblioteca. Conforme a figura abaixo, os rascunhos, demonstram como primeiro plano a planta, já no segundo, o primeiro andar dos blocos e no terceiro e ultimo, os blocos do segundo andar que se encaixam com o primeiro, ocasionando esse movimento.

Fig. 54

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Leituras Projetuais

Conjunto residencial USP - Ribeirão Preto

O conjunto residencial dos estudantes da USP de Ribeirão Preto é formado por 5 blocos, em tijolo de barro aparente. Cada bloco possui 2 pavimentos e 16 quartos, totalizando cerca de 585m2 de área util. Internamente funcionam como apartamentos: divididos em alas, cada uma possui dois banheiros com lavanderias, uma cozinha e quatro quartos. O quinto bloco tem a peculiaridade de ter sido adaptado para receber moradores portadores de deficiência física (com rampa, adaptação de sanitário e mobiliário confeccionado pela mercenária de prefeitura do campus), como resultado de uma reinvidicacao feita pela Comissão de Moradia. O novo bloco somou 32 novas vagas as 220 já existentes no conjunto, que segue o mesmo modelo de projeto que foi utilizado originalmente no Conjunto Residencial dos Estudantes do campus de São Carlos.

Fig. 56 Fig. 55

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Fig. 57

Fig. 58


Areas de intervenção possiveis

Possíveis locais

Fig. 59

Os locais destacados na legenda demonstram bairros da cidade para possível implantação do projeto, sendo que após estudos do melhor local, o bairro escolhido foi o da Ribeirânia (destacado em amarelo na figura ao lado) devido à proximidade de duas faculdades, quais sejam: UNAERP e ESTÁCIO UNISEB. A partir de feita a escolha , passou-se a procura por lotes para a implantação do projeto.

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O local Local do projeto: Terreno próximo a Estácio Uniseb, onde era o antigo estacionamento, o motivo do lugar escolhido foi por ser ao lado da faculdade que estudo e por acreditar que há necessidade de moradia para seus estudantes, acredito que esse tipo de habitação incentiva os alunos a se reunirem para estudar, realizar trabalhos e reuniões em grupo, ou seja, formando uma verdadeira interação, podendo assim facilitar as suas vidas, devido a dificuldade de locomoção, afinal nem todo mundo tem seu próprio veiculo e, como é sabido, o transporte publico possui suas limitações.

Fig. 60

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Hierarquia viária O local do projeto verifica-se que é cercado pela Avenida Maurilio Biagi, a qual tem grande fluxo de veículos, devido ao comercio ali existente, sendo que a rua que passa em frente ao projeto tem bastante movimentação também, não igual a via expressa de 2 categoria, mas de volume considerável, pois nela se localiza a escola e faculdade ESTACIO UNISEB.

Fig. 61

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Entorno Conforme demonstra na figura ao lado, a área em que se localizara o terreno como pode se notar no mapa, é uma área bastante urbanizada, possui áreas verdes entre a Estacio Uniseb e Unaerp, bem como possui um rio que segue a Avenida Maurílio Biagi, ressalta-se ainda que o terreno também fica próximo da linha de alta tensão.

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Fig. 62


Uso do Solo O mapa abaixo de uso do solo, demonstra que o bairro é formado em sua maioria por residências, conforme legenda ilustrativa abaixo. Na Avenida Maurílio Biagi se concentra o comercio e uma grande area de prestacao de serviço, onde se encontra varios hotéis, e próximo a área do projeto também se localiza o Novo Shopping. Alem disso, nas proximidades do local escolhido tem as faculdades UNAERP e ESTACIO UNISEB E COC (uso institucional). No que tange a área verde do mapa a mesma fica localizada na Avenida Maurílio Biagi e entre a Estacio Uniseb e Unaerp.

Fig. 63

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Terreno O terreno possui uma area de 37405.3350 m², se localiza na rua Abrahao Issa Halach e no fundo e do lado direito a avenida Maurilio biagi, proximo ao terreno encontra-se as faculdades Estácio Uniseb e a UNAERP. A avenida Maurilio Biagi é bastante movimentada, o fluxo de veículos é intenso, e o movimento de pessoas é constante, devido a tudo isso conclui-se que é um local muito bem situado.

Fig. 64

Fig. 65

Fig. 68

Fig. 67

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Fig. 66


Diretrizes Projetuais No projeto proposto as diretrizes são as seguintes: O Lote possui12 curvas de nível, onde serão construídos 5 prédios , possuindo 5 andares cada um, o que no total somarão 16 apartamentos aproximadamente em cada andar, com a possibilidade de 2 tipologias de apartamento, ou seja, um com um quarto, banheiro, sala-cozinha, e, outro, com 2 quartos sendo um deles suíte, banheiro, sala e cozinha. Em razão disso, o edifício acompanhará as curvas de nível, tendo o máximo possível de seu aproveitamento, uma vez que terá a capacidade para 64 apartamentos em cada prédio, totalizando assim, a quantidade de 320 apartamentos, com densidade aproximada de 500 habitantes por hectare. Ademais, com relação a estrutura, a maioria dos apartamentos construídos são de tamanho pequeno, pois o próprio condomínio atenderá Fig. 69 a necessidade dos moradores; já a parte térrea dos prédios além da utilidade de atender aos estudantes, poderá também ser útil até mesmo para os alunos que não moram na habitação estudantil. Cada prédio terá na sua parte térrea, uma área de utilidade, que serão divididas em: USO PUBLICO, que poderão ser aproveitadas por todas as pessoas, sendo morador ou não, a qual abrange o comercio, restaurante, acervo de livros, praças e ateliês ao ar livre; e a de USO PRIVADO, que é aquela de uso, apenas, para moradores, abrangida pela academia e lavanderia. 45


Diretrizes Projetuais Cada prédio terá na sua parte térrea, uma área de utilidade, que serão divididas em: USO PUBLICO, que poderão ser aproveitadas por todas as pessoas, sendo morador ou não, a qual abrange o comercio, restaurante, acervo de livros, praças e ateliês ao ar livre; e a de USO PRIVADO, que é aquela de uso, apenas, para moradores, abrangida pela academia e lavanderia. Comércio - Serviços Privado

Lavanderia, salas de estudos, áreas internas de convívio.

Público

Acervo, comércio, restaurante, áreas externas de convívio.

Fig. 71

Fig. 70

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Fig. 72


Diretrizes Projetuais

Fig. 73

Fig. 75

O esboço do lado direito, mostra a organização dos prédios no terreno, onde os azuis são os prédios e o vermelho uma laje que será uma área aberta da parte do restaurante, possuindo apenas uma cobertura. a maquete demonstra a possibilidade de brincar com os blocos, aumentando ou diminuindo varandas. os passeios serão largos e os edifícios não serão cercados, terá muito verde e será bem arborizado como uma praça, na parte externa terá áreas de convívio como uma grande praça.

Fig. 74

Fig. 76

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Diretrizes Projetuais Local

Área m²

Apartamentos maiores

69 m²

Apartamentos menores

31 m²

Área de cada complexo

312 m²

Fig. 77

Esc 1:350

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Fig. 78

A planta apresenta duas tipologias de apartamento: os do canto são os maiores. Possui uma área de convívio em cada andar, que não é fechada por paredes, sendo que por essa sala, é o único jeito possivel que se tem acesso para a área externa.


Diretrizes Projetuais

Esc 1:300

Fig. 79

O esboço acima mostra uma das partes que sera no térreo, a parte em vermelho serão as lojas, o azul claro mostra onde serão os banheiros, e o azul escuro mostra a circulação vertical.

O esboço acima mostra uma das partes que sera no térreo, a parte em vermelho sera o restaurante, o azul claro mostra onde serão os banheiros,, o azul escuro mostra a circulação vertical e o amarelo a cozinha.

Esc 1:300

Fig. 80

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Habitaรงao Estudantil O Projeto

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O tema escolhido foi Habitação Estudantil, devido a grande demanda e também por não ter moradias que supram as necessidades dos alunos durante o período de faculdade. Por mais que seja uma moradia passageira, acredito que seja importante o aluno se sentir confortável e seguro, transformando assim, a Habitação Estudantil em um verdadeiro lar. Os blocos de assistência aos alunos também atenderão a comunidade vizinha da Faculdade e por conseqüência disso valorizará o bairro. A proposta do projeto procurou atender não apenas a necessidade acadêmica dos alunos mas também satisfazer suas necessidades extra classe e de lazer. 51


Com base nas leituras projetuais citadas, o ponto de partida do trabalho vem principalmente da moradia em Paris, onde os apartamentos são em formas de blocos e se deslocam; e da moradia estudantil na Suíça, onde o terreno em desnível é inteiramente aproveitado. O projeto possui apartamentos individuais e áreas de convivo internas para os estudantes. A habitação estudantil atenderá da melhor maneira possível as principais necessidades dos estudantes, sem precisar que eles se desloquem de seus lares. Haverá uma integração entre o meio externo e o meio interno, com o propósito de promover a união, possibilitando o intercâmbio entre diversas culturas e desenvolver o aprendizado da vivência em comunidade. Uma estratégia importante é a destinação de espaços comerciais no térreo, visando os próprios usuários da habitação e também o público externo que, consequentemente, trarão movimento à região.

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Serão 4 torres. No térreo da torre 1 ficara o restaurante, no da torre 2 ficara o comercio, já no da torre 3 academia e lavanderia, e por fim, no da torre 4 ficara o acervo de livros e a sala de estudos. Alem dos espaços de convívio internos, terá também os externos, sendo eles pequenas praças, tendo uma principal que ficara no centro e ao lado da praça uma quadra para lazer. A torre 1 é ligada com a 2 por passarelas elevadas, assim como a 3 é ligada com a 4, possibilitando assim a integração dos blocos, áreas de parada e descanso. Os edifícios pela parte térrea são totalmente integrados, possibilitando a travessia deles, sem a criação de barreiras para a locomoção. As torres possuem 5 andares, sendo o térreo de uso comum e os apartamentos no primeiro, segundo, terceiro e quarto andar, cada andar possuirá 9 apartamentos de 36 m2, as torres serão interligadas no pavimento térreo pelas praças. A estrutura da habitação é feita em aço, com vigas de 60 centímetros de altura e 20 de largura, os blocos que saem da estrutura estarão em balanço, sendo no maximo balanços de 6 metros de comprimento. O material usado é concreto e vidro para o fechamento. Os edifícios terão teto verde e iluminação natural por conta dos fechamentos serem em vidro. 53


A imagem ao lado mostra a frente dos edificios onde ficam os apartamentos, a parte em amarelo sao os apartamentos e apenas os moradores tem acesso, ja a parte vermelha mostra a parte que sera publico, que todos os moradores usarao, e os vizinhos de bairro tambem.

A imagem ao lado mostra a circulaรงao do edificio, em rosa a circulaรงao horizontal e em roxo a circulaรงao vertical.

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Torre 1

Torre 2

Torre 3

Torre 4

A imagem ao lado mostra, os acessos da habitacao, os ligamentos de um edificio ao outro e tambem do acesso das pessoas que habitam a regiao, mostra a ligaรงao dos edifios tanto pelas passarelas aereas quanto pelo terreo. 55


A imagem da esquerda mostra paradas de descanso que acontecera por toda as praรงas e passarelas do edificio, com arvores nos canteiros para maior sombreamento. A imagem abaixo mostra a uma vista da torre 4 mostrando o desnivel do terreno.

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A imagem a direita mostra os terreos das torres e mostra tambem os apartamentos. E a de cima mostra uma vista do complexo. 57


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Fig. 8 http://www.architecturenewsplus.com/project-images/6505 Fig. 9 http://www.architecturenewsplus.com/project-images/6505 Fig. 11 http://www.architecturenewsplus.com/project-images/6505 Fig. 12 http://www.architecturenewsplus.com/project-images/6505 Fig. 13 http://www.architecturenewsplus.com/project-images/6505 Fig. 14 a 30 http://www.ofis-a.si/str_9%20-%20HOUSING/7_PARIS_STUDENT_APARTMENTS/ ofis_PARIS_STUDENT_APARTMENTS.html Fig. 31 a 45 http://www.archdaily.com.br/br/625394/moradia-estudantil-em-luzern-durisch-mais-nolli-architetti Fig. 46 a 56 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.154/4895 Fig. 57 a 58 Livro USP - moradias Fig. 59 https://www.google.com.br/maps/place/Ribeir%C3%A3o+Preto,+SP/@-21.2140653,-47.8181325,11z/data=!3m1!4b1!4m2!3m1!1s0x94b9b9336211ee13:0x20414a800b9ca8f6 Fig. 60 https://www.google.com.br/maps/place/Ribeir%C3%A3o+Preto,+SP/@-21.2140653,-47.8181325,11z/data=!3m1!4b1!4m2!3m1!1s0x94b9b9336211ee13:0x20414a800b9ca8f6 Fig. 61 http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/principal.php Fig. 62http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/principal.php Fig. 63 TCC Filipe mega, 2011, Unisebcoc , Habitação para estudantes Fig. 71 a 75 https://www.google.com.br/maps/place/Ribeir%C3%A3o+Preto,+SP/@-21.2140653,-47.8181325,11z/data=!3m1!4b1!4m2!3m1!1s0x94b9b9336211ee13:0x20414a800b9ca8f6 Fig. 70 a 80 Minha autoria

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