O Invisível Urbano - Requalificação Urbana e Ambiental Córrego Palmito

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NOGUEIRA, Amanda Mendonça Gomes. O (In)visível Urbano - Requalificação Urbana e Ambiental do Córrego Palmito / Amanda Mendonça Gomes Nogueira - 2018 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Artes e Arquitetura Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina TC2 Orientação: Prof. Antônio Fernando Banom Simon

Contato: e-mail: amanda.nogueira.g4@gmail.com cel: 62 9431-9009


AMANDA MENDONÇA GOMES NOGUEIRA

O (IN)VISÍVEL URBANO

Este estudo registra o processo de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, para a disciplina TC2

ORIENTADOR: ANTÔNIO FERNANDO BANON SIMON


AGRADECIMENTOS: Primeiramente à Deus por me capacitar e me manter forte durante essa caminhada, tudo que fiz foi dom dado por ele. Á minha mãe Onofra Fátima, por ter sido paciente e amorosa nos momentos mais difíceis. Ao meu noivo, Donaldo, por ter contribuído com as correções dos textos, por entender a minha ausência de forma amorosa e cristã. Ao meu amigo de curso, Havanio, que acompanhou e comemorou comigo cada etapa superada com conselhos e opniões sobre o projeto. Ao meu orientador Fernando Simon, pela confiança e encorajamento em abraçar este projeto comigo com tanto carinho e amizade. À Yara Hasegawa por ter sido essencial no desenvolvimento desse projeto, como inspiração e amiga. Não seria capaz de assumir esse tema se não fosse o aprendizado que tive ao seu lado. Aos profissionais que me orientaram de diversas formas, Luiz Fernando Teixeira, Fernando Cortez, Heloisa Zarate, Maria Diva Araujo, Dalton Souza e Mariana Siqueira. Dedico, portanto, a todas essas pessoas e especialmente ao meu pai que certamente estaria orgulhoso dessa conquista.



1 3 5 VISÕES / 03

VISÕES P.07

IDÉIAS P.15

LUGAR P.27

PROPOSTA P.45

REFERÊNCIAS P.113

2 4


A

o olhar para esta área, o que se vê é uma linha fina e tortuosa que se inicia no alto de um morro e que se perde por entre os barracões. Parece estar sufocada, cansada de se esconder. Não é bem claro se há continuidade, só se sabe que mais fina ainda são seus traços que se entrelaçam com o pai de todos os goianos, o velho Meia Ponte. Essa água que não se vê, não parece ser muito distinta das demais que tem por aí, como um tal de Puba e Caveirinha. Porém, acredito que faz memória de muita moça namoradeira que batia suas roupas nas pedras que alí existia. Volta, doce água! Faz dos Palmerais do Cerrado um lindo lugar para o Sol nascer. O seguinte trabalho busca por meio da arquitetura paisagística formas de resgatar o córrego Palmito dessa triste condição de barreira urbana, a fim de transforma-lo em um símbolo identitário para a população goiana.


VISÕES / 05


INVISÍVEL 1. Que, por sua natureza, não tem visibilidade. 2. Que não corresponde a uma realidade sensível.

URBANO 1. Que tem caráter de cidade.


Fig 01| Criança brincando no córrego palmito Fonte: autora

“A Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) informou que cerca de 200 bairros podem registrar falta de água no fim de semana em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Goianira. A Saneago pediu que a população economize água. A companhia informou ainda que o Rio Meia Ponte “continua com significativa diminuição e instabilidade de vazão na captação de água bruta”, o que prejudica o fornecimento de água tratada.” (G1 GO - 28/10/2017)


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VISÕES


O INV A

s cidades sempre estabeleceram forte dependência com os seus rios. As águas próximas às dinâmicas da cidade presenciaram a instalação de avenidas, canalizações e recebimentos de dejetos. Já as águas periféricas foram esquecidas e marginalizadas, tornando-se grandes barreiras da expansão urbana. Segundo Gorski (2010) “os rios foram roubados e passaram de macro paisagismo a áreas de conflito e de deterioração ambiental”. Para Marussia (2015) essa dependência sempre fez parte de um relacionamento de tensão entre as cidades e suas águas. Não só construímos as cidades em cima dos rios, como também os transformamos em elementos invisíveis do nosso cotidiano. Gorski (2010) relata que os rios urbanos passaram por grandes transformações a partir da intensa urbanização ocorrida após a década de 1950, sua condição de abastecimento e lazer se deteriorou em decorrência da precariedade do saneamento básico, da poluição ambiental, das alterações da condição hidrológica e morfológica, bem como da ocupação irregular de suas margens. Além disso, acrescenta que esses corpos hídricos sempre fizeram parte da história das cidades como símbolo de manifestação cultural, sinônimo de riqueza e poder. VISÕES / 09


Fig 02|O ser humano e a รกgua Autor: Carlos Kiffer

ISร VEL


U R BB “Chamemos rugosidade ao que fica do passado como forma, espaço construído, paisagem, o que resta do processo de supressão, acumulação, superposição, com que as coisas se substituem e acumulam em todos os lugares. As rugosidades se apresentam como formas isoladas ou como arranjos.” (SANTOS, 1999: p113) “As rugosidades relacionadas ao território humanizado, igualmente carregadas da dupla noção de transformação física e de registro temporal, denunciam a idade de um lugar e noticiam as expressões de vida que nele atuam.” (FRANCO, 2005:p14)

N

a história da urbanização as águas urbanas protagonizam expressões de angústia e estresse, pois diante da crise hídrica há falta, ao passo que na abundância há enchentes. Essas expressões são reflexo da deficiência na gestão de saneamento urbano por parte do Estado e do distanciamento do relacionamneto da população com o meio natural. (Gorski ,2010)

VISÕES / 11


Para Tucci (2006) esta deficiência está atrelada a adoção de projetos de intervenção pontuais como o estreitamento dos cursos hídricos em favor de implantações de pontes, impermeabilização do solo e projetos de drenagem inadequados, que dificultam o escoamento das águas ocasionando enchentes devastadoras pelas cidades brasileiras. Essas decisões urbanísticas não só permitiram por muitos anos parcelamentos ao longo dos rios como também se fizeram ausente às invasões nos aglomerados urbanos.

A A N O Atualmente não são apenas as grandes e mais antigas cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, que sofrem com a crise hídrica, cidades como Brasília e Goiânia também vivem essa realidade. Barbosa (2017) explica que a maior parte do território do Cerrado, bioma da região central, já se encontra descaracterizada, situação que agrava a crise, onde rios secam e incentivos econômicos de avanços agropastoris continuam crescendo. Segundo o pesquisador, a consequência da retirada da vegetação do Cerrado e a inserção de plantas exóticas, com raízes superficiais e periódicas não permite mais a absorção das águas, pois em época de chuva, durante seis meses no ano, o solo fica desnudo e as áreas de recarga dos aquíferos deixam de funcionar.


Fig 03| Imersão humana Autor: Style Germs

N

o Brasil a consciência sobre a interferência do homem para com o meio ambiente esteve em discussão nas várias esferas da administração pública, municipal, estadual e federal, resultando na criação da Lei 6938 com o plano de efetivação da Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente em 1981. O aprofundamento dessa consciência, frente ao atual agravamento da crise hídrica, revelou a necessidade de mudança reflexiva da nossa relação com a gestão da água, pois ir em busca de mais fontes hídricas seria recorrer a medidas paliativas. Devemos então pensar em reconciliação, tratando melhor o que temos, de maneira a recuperar o sistema e as águas contaminadas. (MAGRINI, 2001; GORSKI, 2010) O fato de precisarmos nos reconciliar com a água, elemento tão importante e indissociável do imaginário de outras gerações, nos mostra a distância afetiva e a dimensão da angustia urbana que enfrentamos. A crise nos faz refletir sobre o essencial. A água, além de possuir enorme valor econômico, ambiental e social, sendo fundamental à sobrevivência do homem e dos ecossistemas no nosso planeta, associa-se à ideia de bem-estar. Nesse sentido, ela é um estímulo psicológico que buscamos em meio a essa angústia.

VISÕES / 13


Ellis Woodman no documentário Water & Architecture discute junto com outros arquitetos, urbanistas e empreendedores de que maneira intervenções urbanas podem ter um relacionamento significativo com a água. Segundo o documentário, as pessoas querem viver próximas as águas e isso atrai investimentos, consequentemente, gentrificação pois aquela população residente não é capaz de permanecer e usufruir das transformações que ocorreram. Mais do que apenas uma bela vista, para fins comerciais, a reconciliação está em fazer das águas não só elemento visível, mas eixo estruturante da paisagem, onde novas áreas urbanas e sociais promovam encontros e permanência, oferecendo o máximo que podemos ter de uma relação entre a cidade contemporânea e seus rios. (THE

ARCHITECTUAL REVIEW, 2014)

Fig 04| Lava-te Autor: Alejandro Zenha


IDÉIAS

As referências projetuais escolhidas são IDÉIAS que fazem parte de intevenções urbanas atuais que atuaram de maneira positiva na reconciliação das cidades com suas águas. Serão analisados: contexto histórico, objetivos, propostas e programa.

Fig 05| Os meninos e a chuva Fonte: Pinterest - não identificado

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Fig 07|Banho no Lago dos Buritis Autor: HĂŠlio de Oliveira

Fig 06| Um banho refrescante Fonte: Pinterest - - nĂŁo identificado


PUAMA Brasil

Goiás

Região Metropolitana de Goiânia

1930

- Goiânia, cidade planejada para sediar a capital do Estado de Goiás. Período cujo o país buscava a interiorização. Dentre as capitais do país, o plano e projeto elaborado por Atílio Corrêa Lima, apresentam as melhores condições físicas e urbanas para uma boa qualidade de vida.

1950 - Período em que novos parcelamen-

tos foram implantados de maneira desordenada descaracterizando o projeto original. As ocupações não obedeciam as faixas de proteção dos córregos, sendo feitas sem restrições de uso. Além disso, surgiam as primeiras invasões em fundos de vale.

1990 - O Plano Diretor Integrado de Goiâ-

nia - PDIG, Lei 015/92 apresentou um estudo detalhado da realidade local. Diagnosticou por meio da carta de Risco do Município de Goiânia de 1991, que problemas como a diminuição de cobertura vegetal original, contaminação e poluição dos corpos hídricos urbanos, entre outros, ocorriam devido ao adensamento que vinha acontecendo ao longo dos anos.

IDEIAS / 17

PUMA - Goiânia

1990 - Como solução dos problemas am-

bientais foi proposto: Áreas de Proteção Ambiental - APA e as unidades de Conservação - UC, regulamentadas pela Lei Complementar 031/94

2003 - Criação do Programa Urbano Am-

biental Macambira Anicuns (PUAMA) que faz parte de um conjunto de ações a serem realizadas ao longo das margens do Córrego Macambira e do Ribeirão Anicuns, com a execução de dois Parques Ambinetais e do Parque Linear de 24 km de extensão.

2007- Novo Plano diretor cria APA do alto

Anicuns pela importância ambiental da bacia hidrológica do ribeirão Anicuns para a cidade. O Ribeirão Anicuns, principal eixo fluvial da bacia do Anicuns, que corre no sentido oeste-leste, é um importante tributário do rio Meia Ponte, tendo sua nascente no extremo oeste do município, sendo o córrego Macambira um de seus principais tributários pela margem direita de sentido sul-norte.

2008 - Aprovação do contrato de finan-

ciamento do projeto pelo Banco Interamericano de Desencolvimento (BID). (GOIÂNIA, 2003)


A

Atores: Prefeitura Municipal de Goiânia; Banco Internacional de Desenvolvimento, Consórcio Reencontro com as Águas (Basitec Projetos e Construções, Spazio Urbanismo Engenharia, Grupoquatro Arquitetura e Rosa Kliass em parceria com Barbieri+Gorski) Ano: 2003 - 2012 (Inicío de obras) Localização: Goiânia, Goiás, Brasil Usuário: População beneficiária de 350 mil habitantes Área construída: 24 km - 25,5 hectaresW Tipo de projeto: Paisagismo Operação projetual: Revitalização Status: Implantação

Fig 08| esquerda

Perspectica Parque Linear Macambira Anicuns Fonte: Site Fernando Teixeira arquitetos associados

Fig 09| direira

Parque Ambiental Macabira Fonte: Site Fernando Teixeira arquitetos associados

PROGRAMA URBANO AMBIENTAL MACAMBIRA ANICUNS


REENCONTRO COM AS ÁGUAS OBJETIVO GERAL

Amenizar os problemas ambientais, urbanísticos e sociais que afetam a cidade de Goiânia e estimular a participação dos cidadãos no processo de desenvolvimento sustentável da cidade.

OBJETIVO ESPECÍFICO

• CARÁTER AMBIENTAL: Regularizar e implementar sistemas de drenagem, organizar a ocupação do solo e proteger áreas ambientais mais vulneráveis ao longo dos córregos Macambira e Anicuns. • CARÁTER DE INFRAESTRUTURA: Consolidar a infraestrutura urbana; regularizar posses; implantar habitações adequadas, áreas de recreação e espaços de educação sanitária e ambiental à população. • CARÁTER DE SUSTENTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL: Aumentar a capacidade operacional e de gestão das instituições municipais envolvidas no Programa e a participação da comunidade no processo decisório. (PUMA,2011)

• •

Limite mínimo de 30 metros previsto na legislação federal e Plano Diretor; Estudo da mancha de inundação para um tempo de recorrência de 50 anos; Individualização do parque linear com via de contorno (estudo da topografia , encabeçamento das Obras de Arte e desenho geométrico do sistema viário);

Parque das águas Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

Fig 11| direita

Parque Pedreira Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

Fig 12| direita

Parque Macambira Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

CRITÉRIOS DE DELIMITAÇÃO •

Fig 10| direita

• • •

Implantação de portais estratégicos de acesso; Incorporação de áreas verdes privativas preservadas; Incorporação de áreas privativas sem edificação localizadas em pontos estratégicos à implantação de equipamentos de lazer, culturais, etc; Fatores econômicos. (PUMA,2011)

Fig 13| direita

Delimitação - Puma Fonte: Autora

Fig 14| abaixo

Perspectiva - Pq. Linear Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

PROPOS PARQUE LINEAR

• Ao longo do Córrego Macambira e do Ribeirão Anicuns, com 26,5 Km de extensão e 60 m de largura. • O desenvolvimento do projeto foi compartimentado em 11 setores de acordo com a configuração dos cursos d’água e a inserção deles na trama urbana. • Implantado ao longo do parque 09 Parques de Vizinhança e 70 Núcleos de Estar com seus equipamentos específicos. • Programa: Renaturalização, Ciclovia, Pista de Cooper, Caminhos internos e pontes para pedestre, 46 espaços de uso social com funções ambientais e de recreação.

IDEIAS / 19

Antes


PARQUE DA PEDREIRA

• Situa-se no Morro Mendanha. • Proposta de educação ambiental cujo tema se refere a formação geológica do bioma cerrado. • Programa: Torre, Circuito de Aventuras, Espaço de Eventos, Núcleo de Brinquedos, Área de convívio/ Educação Ambiental, Caminho das águas, Área de reflorestamento.

PARQUE MACAMBIRA

STA

• Situa-se no Bairro Faiçalville, localização das nascentes do córrego Macambira. • Educação Ambiental voltada a flora existente. • As atividades de lazer e culturais foram implantadas nas partes antropizadas, para promover a renaturalização da mata nativa remanescente. • Programa: Praça das Mangueiras, Caminhos sobre palafitas, Geolab - Centro de Educação Ambiental, Jardins Geométricos, Cooper, Ciclovia, Área de lazer de vizinhança, Administração, Núcleo de Vizinhança, Estação de Ginástica.

PARQUE DA PEDREIRA

Depois

PARQUE LINEAR

PARQUE MACAMBIRA


MADR Espanha

Madri

Madri Rio

2003 - Na gestão do prefeito Alberto Ruiz-Gallardón, entre 2003 e 2007 foi soterrado 6 Km da rodovia M-30 no trecho onde se encontrava o rio. Uma grande obra que atendia todas as camadas de infra-estrutura.

2005

1800 - No surgimento da cidade o Rio Ma-

zanares serviu de abatecimento, mobilidade e proteção pela sua localização ao pé de um platô. No século 19 a pouca profundidade do rio proporcionava banhos públicos à população.

1960

- A contaminação industrial e o surgimento de rodoaneis na capital prejudicou os banhos, tornando-os impossíveis. Em 1970 é construído a rodovia M-30, de alta velocidade, que em um dos seus trechos acompanha o percurso do rio.

2003 - A construção do anel viário passou

por complicações atrasando o seu término. Com isso, a cidade se expandiu ultrapassando os limites da via periférica. A cidade se viu fragmentada pela rodovia e o rio espremido pelas pistas desaparecendo sua relação com os cidadãos.

IDEIAS / 21

- Com a construção dos túneis e o desaparecimento dos carros na paisagem, viu-se necessária a revitalização de um grande espaço público aberto. Em 2005 foi lançada uma grande competição internacional no qual participaram os melhores escritórios do mundo.

2007 - No ano de 2007 ganharam o con-

curso os escritórios em parceria Mrío Arquitectures e West 8, principalmente porque consideraram o projeto como sendo uma grande intervenção geográfica, que estabeleceria conexões de diversas naturezas, em diversas escalas. (GLISSANT,2011; SIQUEIRA, 2016)


I

Arquitetos: West 8, Burgos & Garrido, Porras La Casta, Rubio Alvarez Sala Ano: 2007-2011 Localização: Madrid, Espanha Usuário: População com 6 milhões de habitantes Área construída: 6 km Tipo de projeto: Paisagismo Operação projetual: Revitalização Status: Construído Materialidade: Pedra e Concreto

Fig 15| direira

Implantação projeto Madrid Rio Fonte: Site WEST8

Fig 16|

Vista pós requalificação projeto Madrid Rio Fonte: site WEST8

RIO


MAIS GEOGRAFIA MENOS ARQUITETURA PROPOSTA GERAL • Madri Rio consiste na reorganização do desenho urbano ao longo de 6 km de extensão nas margens do rio Mazanares. • Correção da paisagem natural • Integração dos elementos patrimoniais com os espaços públicos

TERRITORIAL

Fig 17|esqueda

superior Serra do Norte Madri Fonte: Google Ima-

O projeto buscou conectar as paisagens naturais que existem ao longo da bacia hidrográfica do rio Mazanares com o contexto urbano. A estratégia baseou-se na convicção de que com a inserção de elementos naturais, teria-se uma máxima expressão artificial das paisagens do norte e sul.

Fig 18| esqueda

meio Mapa analítico da bacia hidrográfica do rio mazanares Fonte: Livro Madrid Rio

Fig 19|esqueda

METROPOLITANA Na escala metropolitana, buscou-se conectar os espaços públicos e verdes, que se isolavam ao longo do rio. Segundo Siqueira (2016) da área liberada pelo soterramento da rodovia com 150 ha, passou a dar lugar a um total de zonas verdes em continuidade de 3 mil ha.

inferior Sul de Madrid Fonte: Google Imagens

Fig 20| direita

ESCALA Fig 21| esqueda

URBANA

Ponte de Toledo, Madri Fonte: Site WEST8

Antes o rio atuava como obstáculo para cidade, agora restabeleceria novas conexões melhorando a dinâmica da cidade. Com a renovação de travessias pedestrais e restauração das barragens históricas.

Fig 22| direira

Mobiliário Madrid Rio Fonte: Site WEST8

Fig 23| esqueda

LOCAL Na escala local foi proposto como materialização do projeto elementos naturais a partir do planto de vegetações nativas ao longo do rio e do uso de granito como matéria prima para o mobiliário urbano.

IDEIAS / 23

inferior Áreas verdes Fonte: Livro Madrid Rio

Vista passagem Madrid Rio Fonte: Site WEST8

Fig 24| direira

Implantação projeto Madrid Rio Fonte: Site WEST8


PROPOSTA - PRIMEIRA UNIDADE SALÓS DE PINOS

• • • •

Horta de la partida

Lago da casa de campo

al

ug

ort

.P Av

Ponte de Segovia

Coluna vertebral do projeto. Parque linear estreito e longo. Média de 30 m de largura e quase 6 km de comprimento Composto por 9 mil pinheiros, oriundos da zona mediterrânea, remetendo a paisagem do norte de Madri.

Ponte do Rei Campo del Moro

Jardim da Virgem do Porto

PROPOSTA - SEGUNDA UNIDADE CENA MONUMENTAL

• Conexão com o centro histórico e outros pontos monumentais. • Desenho pavimentado na Explanada do Rei. • Proposta da Horta com árvores frutíferas, como interpretação moderna de um jardim real. • Transformação da Avenida Portugal em um boulevar para pedestres, com árvores floridas de diferentes estações e estacionamento subterrâneo. • Restauração da Ponte do Rei e Ponte de Segovia.

PROPOSTA - TERCEIRA UNIDADE LEITO DO RIO

• Maior superfície de atuação - Parque Arganzuela na área de 33 hectáres onde o rio inundava e que fora marcada pela autopista. • Os caminhos remetem os sulcos de água por onde o rio passou com diferentes usos. • Os caminhos mais planos são os mais rápidos (caminho rápido), os mais sinuosos são os mais lentos (caminhos Lentos) e os caminhos com pedras (rio seco). • Várias paisagens se configuram, com variações de espécies, alturas, densidades e texturas. • São retratadas três paisagens botânicas: bosque mediterrâneo, bosque atlântico e mata de rio. • Mataderos foi renovado e convertido em complexo cultural.


Fig 25|

Administração - Pq. de Vizinhança Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

Fig 26|

Pergolados - Pq. de Vizinhança Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

Fig 27|

Pátio inteirno - Pq. Macambira Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

Fig 28|

Pista de skate - Pq. de Vizinhança Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

NOT Fig 29|

Núcelo Sócio Ambiental - Pq. Macambira Fonte: Fernando Teixeira Arquitetos Associados

O Programa Ambiental Macambira Anicuns (PUMA) contribuiu como referencial teórico pois se insere em Goiânia, mesma cidade do projeto em estudo. Além disso por ser um Parque linear, mesmo que tenha maior extensão, serve como base para desenvolver os levantamentos e propostas.

Os conceitos propostos foram extraídos de projetos implantados em várias outras cidades brasileiras e que deram resultados positivos. Os escritórios que estiveram a frente do PUMA, trabalharam em parceria de maneira a tornar esse projeto um dos mais ambiciosos do Brasil, com conceitos discutidos dentro da nossa atualidade. Como exemplo, pode-se citar o restabelecimento da vegetação original e da restauração dos serviços prestados pela APP, com a intenção de recuperar o bioma no seu total. Os estudos sobre o tipo de solo, tipo de habitat em cada trecho proporcionou diferentes propostas do tratamento paisagístico, pois em cada situação houve a preocupação em recuperar determinada flora para que a fauna retornasse àquela área. Outro desafio foi na consolidação do perímetro urbano devido as desapropriações, em que famílias foram realocadas para habitações próximas ao parque e incorporadas no processo de educação ambiental e recuperação dos mananciais. Servido assim, como exemplo para as áreas de preservação em que no projeto em estudo estão ocupadas por habitações em situações precárias. O projeto serviu de base para a proposta quanto a forma de se trabalhar em trechos devido às particularidades de cada um, assim como no que se refere as questões lesgislativas.


Fig 30|

Ponte Cascata Fonte: Site Archdaily

Fig 31|

Ponte Fonte: Site Pinterest

Fig 32|

Fontes Fonte: Site WEST8

Fig 33|

Parque Infantil Fonte: Site Pinterest

Fig 34|

Parque Jardim de Toledo Fonte: Site Pinterest

TAS O projeto Madri Rio é um dos parques que melhor se relacionou com sua paisagem natural, desde o uso de materiais locais como o granito usado no mobiliário, a madeira nos parques infantis e a utilização de vegetações nativas. A maneira como foi proposta a conexão com os dois lados do parque através de passarelas pedonais e equipamentos, auxiliará no presente trabalho pois há grande dificuldade de integração entre os bairros que margeiam o córrego Palmito. A proposta de buscar na paisagem da bacia do rio Mazanares uma maneira de intervir na paisagem urbana do parque ajuda na conceituação do presente trabalho, pois o Cerrado possui diferentes fitofisionomias com ricas possibilidades de interpretação. O projeto busca ainda reconstruir sua história através de elementos, como os jardins, a horta do palácio, as praias urbanas e os edifícios antigos, a fim de comunicar a cidade a importância de saber suas origens. Além disso, as diretrizes do projeto Madri Rio ajudam no desenvolvimento do trabalho pois abordam diferentes tratamentos da paisagem em várias escalas. E por fim, esse projeto exemplifica como um grande desafio em tratar uma área de grande trauma urbano pôde ter sucesso. O Rio Manzanares para Madri possui maior importância ecômica e cultural do que o Córrego Palmito para Goiânia. No entanto, para os bairros mais antigos da Região Leste é de grande relevância uma transformação urbana que faça com que essa região deixe de ser marginalizada e colocada à sombra de outras partes da cidade de Goiânia.


Fig35|Imagem aérea do córrego Palmito Fonte: Google Earth

3 LUGAR


A partir das discussões sobre as águas urbanas e das referências projetuais analisadas, serão apresentados os levantamentos e diagnósticos da área onde o córrego Palmito se insere como objeto de intervenção. Dentro do cenário goiano, é um córrego com características similares a outros, no entando de forma particular foi se tornando invisível dentro do seu contexto. Com a marginalização e periferização, o córrego Palmito foi esquecido da memória coletiva e até mesmo detestado em momentos de enchentes.


INSERÇÃO O

córrego Palmito se encontra na Região Leste, a qual faz parte das 12 regiões geográficas da cidade de Goiânia. Essas regiões agregam um amplo conjunto de informações sócio-econômicas e físico territoriais sobre espaços mais homogêneos e que possuem uma dinâmica territorial em comum. Além disso, está a 3 km de distância do centro de Goiânia.

Brasil

Goiás

Segundo informações da SEPLAM, a região leste dentro do Macro-zoneamento e Regionalização de Goiânia (2003), é caracterizada como zona de Expansão Urbana.

RMG Santo Antônio de Goiás

Goianira

Nerópolis

Goianápolis

Trindade

10 11

12 3 Km

7

6

5

Cenador Canedo

3 4

Fig 36| esquerda

Goiânia - Córrego Palmito Abadia de Goiás

Mapa de Localização Fonte: Autora

Aparecida de Goiânia

1. Região Central 2. Região Campinas 3. Região Leste 4. Região Sudoeste 5. Região Sul 6. Região Macambira Cascavél

Fig 37| esquerda

Mapa das Regiões Geográficas de Goiânia Fonte: Autora

7. Região Sudoeste 8. Região Oeste 9. Região Mendanha 10. Regiã Noroeste 11. Região Vale do Meia Ponte 12. Região Norte

Fig 38| direita

Nascer do sol em Goiânia Fonte: Google Imagens

1950

CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA

Vila Bandeirante (1950) Vila Morais (1950) Jardim Novo Mundo (1959) Pavimentação da BR153 (1954)

Aprovação de novos loteamentos + construção BR153

BOOM ECONÔNIMO E DEMOGRÁFICO

1º Plano Diretor (1935-1937) Armando de Godoy -concluído e urbanizado-

Exclusão do córrego Palmito como perímetro.

1930

LUGAR / 29

Segundo Monteiro (1938): “o perímetro da nova Capital deverá ser: Rio Meia Ponte, em todo trecho compreendido entre o ribeirão Anicuns e córrego Palmito

Plano Urbanistico (1933-1935) Attílio Correa Lima -não concluído-

REVOLUÇÃO DE 30 A ERA VARGAS

Perímetro Município de Goiânia Área de Intervenção

1960

1

8

2² Plano Diretor (1967-1969) Jorge Wilheim -concluído e oficializado-

2

Plano Diretor (1959-1962) Luís Saia -não oficializado-

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ZONA LESTE ONDE O SOL NASCE NA CIDADE A

região foi ocupada a partir da década de 1950 com a aprovação de parcelamento dos bairros Vila Morais e Vila Bandeirantes. Já com a implantação da BR 153 os bairros Jardim Novo Mundo e Vila Romana foram aprovados margeando o córrego Palmito como loteamentos de chácaras. No entanto, essas áreas foram sendo ocupadas de maneira irregular e desordenada. O crescimento desordenado, a marginalização e a violência foram se tornando identidade para essa região. Como em tantas outras regiões periféricas de Goiânia, os bairros vão ficando desprovidos de investimentos públicos e acesso a infraestrutura urbana de qualidade, situação que influencia ainda mais na marginalização dessas áreas.

2018

Plano Diretor de 2007 em vigor Córrego Palmito O invisível urbano

JARDIM NOVO MUNDO 2º BAIRRO MAIS POPULOSO DE GOIÂNIA

Alphaville Flamboyant (2000)

SURGIMENTO DE LOTEAMENTOS FECHADOS DE ALTO PADRÃO

Transformação das áreas perfécias voltadas para a valorização da Terra

1980

1980

Regiões períféricas e marginalizadas em comparação aos bairros centrais da cidade

ZONA LESTE DE GOIÂNIA ALTO ÍNDICE DE MIGRAÇÃO

Vila Romana (1970)

1970

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE OCUPADAS POR LOTEAMENTO Surge a Av. Anhanguera como Eixo Regional de Serviços e Transporte de Massa

Já na década de 80, os loteamentos de condomínios fechados ocuparam os grandes vazios urbanos dessas áreas periféricas gerando uma segregação ainda maior da população de baixa renda dos bairros mais antigos. Atualmente o bairro Jardim Novo Mundo é o segundo mais populoso de Goiânia.


M

E

M

Ó

1 1 1

980 – Bairros da Zona Leste identificados pelas invasões e buracos.

982 – Folha de Goiás – 28/02/1982 “Jardim Novo Mundo, onde o estado de calamidade das ruas, devido as erosões, já atingiu o seu ponto máximo [...] é o bairro que se encontra mais abandonado pelo município” “Ruas danificadas no período chuvoso, população não consegue andar e não tem acesso pelo seus veículos em suas casas.”

1

R

960 – Seplan - Depoimento de Prefeito da cidade “Grande parte dos que chegam a esta Capital se compõe da camada mais sofrida da sociendade. Estes menos favorecidos [...] vão se aglomerando em determinados lugares, onde barracos e casebres vão se erguendo paulatinamente. O indivíduo apossa-se de um pedaço de chão [...] e considera-se dono.”

993 – O Popular – 05/12/1993 “Moradores apontam falhas no transporte coletivo.” “Região está instalando o pólo petroquímico, área de alto risco, sujeita a incêndios e explosões.”

1

995 – Diário do Amanhã – 24/07/1995 - Sobre a marginalização: “Este fenômeno acontece porque não existe programa eficiente que tenha a intenção de tirar o menor da rua [...] De todas as gangues, a mais famosa que já existiu foi a Demônio do Novo Mundo [...] são um problema de toda região leste da cidade. - Federação de Inquilinos e Posseiros de Goiás: “Das 136 área de invasão em Goiânia, 28 são no Jardim Novo Mundo.”

L

LUGAR / 31

E

1

I

988 – Diário do Amanhã 24/03/1988 - Trabalho social significativo no bairro: “Abrigando cerca de 50 crianças a creche do NAC - núcleo de Apoio a comunidade de Vila Morais.” “Escola de samba Flora do Vale despetou muito interesse da comunidade dos bairro Yate, Vila Morais e Dom Bosco.”

S

1

994 - Jornal 1994 – A história do Nosso Bairro “O bairro Jardim Novo Mundo antes de ser loteado era a fazenda Palmito, setor Palmito. Os primeiros habitantes em forma de brincadeira chamavam o bairro de Setor Gueroba. Quando pessoas de outros bairros queriam ofender os moradores faziam essa mesma brincadeira.”

2

004 – Diário do Amanhã 02/02/2004 “Zona leste com 40 mil habitantes.”

A 2

007 - Diario do Amanhã 27/01/2007 – Depoimento de Marco Monteiro: “Nasci aqui, responde enquanto puxava a linha [...] A rua é sossegada, posso brincar à vontade.” - Depoimento de Lucas Marques de Andrade: “Acordo, vejo o sol nascendo, o vento bom, a rua livre, e me dá uma vontade de sair para brincar, soltar pipa.”

2

017 - Levantamento in locu - Entrevista com Antônia Patrícia, moradora do bairro Vila Morais: “Moro a 35 anos, cheguei aqui não tinha asfalto e nem anergia, lavava minhas roupas no córrego palmito, tinha mais água naquela época com muitas pedras. - Entrevista com o artista Omar Solto, em seu ateliê do bairro Jardim Novo Mundo: “Há muitos anos atrás meus filhos banhavam no córrego palmito e eu tirava barro da cabeceira para fazer minhas esculturas.”

T

E


Br. 1

53

RECORTE

Fig 39| esquerda superior Invasão Bairro Jardim Novo Mundo

Gleba

Av

Fig 40| esquerda

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inferior Carnaval de rua nos bairro da região zona leste Fonte: Google Imagens

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Fig 41| direita

Mapa de localização e delimatação da área de diagóstico Fonte: Seplan e autora

Vl. Morais

St. Morais

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Av. A

Vl. Bandeirantes

Jardim Novo Mundo

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projeto acontecerá ao longo do córrego urbano Palmito, de 4,4 km de extensão que se encontra na zona leste da cidade de Goiânia. Suas quatro nascentes estão a sudoeste do bairro Jardim Novo Mundo sendo afluente da margem esquerda do rio Meia Ponte. Este curso d’água passa ao longo dos bairros Jardim Novo Mundo, Vila Romana, Vila Morais, Vila Bandeirantes e uma gleba. É interrompido por duas vias importantes Av. Anhanguera e Av. Hamburgo, estando também, paralelo a BR153.

0

500 m

Córrego Palmito A.P.P.

Para melhor compreenção da situação atual do córrego Palmito, foi delimitado a partir da bacia hidrográfica do córrego e subdistritos, um perímetro para o levantamento e diagnótico da área. Área de estudo Área do entorno


D

e acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), Lei 12.587/12, as cidades devem tratar da circulação de pessoas e bens e não só de veículos, priorizando o pedestre e o transporte coletivo. Sabe-se que priorizar o transporte coletivo melhora a circulação urbana. No caso de Goiânia, de modo geral, além da baixa qualidade os veículos, há poucas rotas de transporte público, com exceção das áreas do centro e zona sul. A área de estudo, é bem atendida pelas linhas de transporte público, pela presença do eixo Anhanguera e do Terminal Jardim Novo Mundo que permite acesso a toda a cidade.

Fig 42|abaixo esquerda Mapa de sistema viário Fonte: Seplan e autora

Fig 43|abaixo direita

Viaduto entre BR153 e Av. Anhanguera Fonte: Google Earth

Fig 44|abaixo direita Passarela BR153 Fonte: Google Earth

Fig 45|abaixo direita Av. Anhnaguera Fonte: Google Earth

MOBILIDADE IMPLANTADO

Av. H

Via expressa regional Via estrutural Via coletora Via local Linha ônibus

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A SER IMPLANTADO Plano Diretor 2007 Ciclovia Corredor viário a implantar Interseção em desnível

Av. Roosevelt

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Parada ônibus

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500 500m

No entanto, uma boa caminhabilidade não ocorre devido a precariedade das calçadas, ausência de sinalização e passarelas mal utilizadas. Outro grande déficit ocorre entre o cruzamento da BR153 com a Via Anhanguera, pois com a implantação do viaduto a praça Trevo Piratininga se encontra inacessível à população pela fluxo intenso de veículos. Nesse contexto, percebe-se que as vias Campos Elísios e New York, são de fluxo moderado, pois são centralidades lineares, ou seja, uso predominante comercial, enquanto as vias Anhanguera e Hamburgo são as estruturantes do bairro, de escoamento de veículos leves e pesados. LUGAR / 33


Fig 46|abaixo direita

Mapa de equipamentos Fonte: Seplan e autora

Fig 47|abaixo direita

Colégio Estadual Jardim Novo Mundo Fonte: Google Earth

Fig 48|abaixo direita Creche e Ferro Velho Fonte: Google Earth

Fig 49|abaixo direita Posto Policial Fonte: Google Earth

Br.

15

3

Equipamentos Serviços Atividades de lazer Eixo metropolitano de desenvolvimento econômico Eixo urbano de desenvolvimento econômico Equipamento educativo

era

hangu

Av. An

Creches Centro de saúde Centro de capacitação do surdo Parque infantil Quadra de futebol Natação Atividade para idosos Polícia municipal Infraestrutura Indústria

ATIVIDADES 0

500 m

A

distribuição equilibrada dos equipamentos comunitários é fundamental para a sustentabilidade da cidade. A localização de cada um obedece critérios de abrangência em termos de raio de influência. A partir disso, dentro da área de estudo os equipamentos de educação fundamental (raio 1500m), nível médio (raio 3000m) e de centro de saúde (raio 3000m) estão dentro dos critérios estabelecidos.

No entando, só existe um centro de educação infantil - CMEI (raio 300m), localizado em uma área pública municial, dividindo espaço com um ferro velho. Não há também, áreas de lazer que atendam aos bairros, existindo apenas algumas praças de encontro que não possuem equipamentos adequedos. É comum ver as crianças costumam brincando nas ruas o que demonstra a falta de espaços públicos de lazer.


P E R F I L

P

ara entender com maior clareza o perfil do morador da área foi necessário compor um gráfico de faixa etária de acordo com cada subdistritos,com base nas informações encontradas no Anuário Estatístico de Goiânia de 2013. Segue a análise:

Subdistrito Leste Universitário: Composto pelos bairros Setor Leste Universitário, Alto da Boa Vista e Vila Bandeirantes • porcentagem baixa na faixa etária infantil. • porcentagem alta na faixa etária adulto, devido a característica de bairro unversitário com pessoas entre 20 a 26 anos. Subdistrito Bairro Feliz: Composto pelos bairros Bairro Feliz, Vila Morais, St. Pq. Industrial, Campos Elísios. • porcentagem maior que os outros subdistritos de idosos.

Subdistrito Jardim Novo Mundo: Composto pelos bairros Jd. Novo Mundo, Vila Romana, Chac. Botafogo, Vila Martins e Vila Maria Luiza. • porcentagem maior que os outros subdistritos de crianças e jovens.

D O

Assim, de maneira geral o perfil de morador mais encontrado é o de faixa etária de 20 a 26 anos, ou seja, um publico ativo.

62%

16%

10%

12% Crianças (0-9 anos)

Jovens (10-19 anos)

Adultos (20-59 anos)

Idosos (60-99anos)

MORADOR Fig 50|esquerda

Mapa de adensamento Fonte: Seplan

Fig 51|esquerda

Mapa de regularização fundiária Fonte: Seplan

Br.

Br.

15

15

3

3

Fig 52|direita acima

guera

guera

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Av. A

Av. A

Mapa de cheios e vazios Fonte: Seplan

Fig 53|direita acima Mapa de usos Fonte: Seplan

Fig 54|direita

Habitação de médio padrão

Fig 55|direita

Habitação de baixo padrão Fonte: Seplan

Fig 56|direita 0

500 m áreas de adensamento

LUGAR / 35

0

500 m

Regularização fundiária em processo

Galpões comerciais Fonte: Seplan

Fig 57|direita Indústria ITAMBÉ Fonte: Seplan


0

500 m

Córrego Palmito A.P.P. Residencial Comercial Ensino Indrustrial Lotes vagos

O

Plano Diretor de Goiânia de 2007, propõe o adensamento ao longo dos eixos de desenvolvimento exclusivos e nas áreas caracterizadas como vazios urbanos (aceleração). Na área analisada, o mapa de adensamento, aponta a Av. Anhanguera como eixo de desenvolvimento.

Sobre os usos, é predominante o residencial, com habitações de padrão médio (Fig 54), ao passo que os de padrão baixo (Fig 55) estão em áreas de APPs. Já o comercial (Fig 56) ocorre em maior número ao longo das vias estruturantes que ligam os bairros. As industrias (Fig 57) se localizam próximas ao Rio Meia Ponte, pela facildade de escoamento que os caminhões tem por meio da Avenida Hamburgo. Além disso, o gabarito das edificações não passam de 3 pavimentos, tendo a área um perfil horizontal.

U S O S

Além disso, muitas famílias estão com pedidos de regularização fundiária em processo na prefeitura, sendo: • Bairro Jd. Novo Mundo: 32 famílias • Bairro Vila Bandeirantes: 313 famílias • Bairro Vila Romana: 157 famílias Das 502 famílias, 325 residem em habitações precárias, em áreas de preservação permanente ou em áreas de risco como encostas de morro e erosões.

A economia local acontece ao longo das Avenidas Anhanguera, Campos Elísios, New York, Anápolis e BR153. Destacando-se pelo comécio varejista e atacadista de diferentes ramos.


B (nível 755,00)

A (nível 825,00)

PAISAGEM As paisagens ao longo do trecho do córrego Palmito se diferem na medida em que vão se aproximando das áreas urbanizadas:

• TRECHO A - Ponto mais alto do percurso do curso hídrico, local destinado a loteamento de chácaras, atualmente com a maioria são lotes vazios. É possível ver a horizontalidade dos bairros da região leste, como também o nascer do sol. Área com maior porcentagem em vegetação arbórea preservada e quase nenhuma rasteira. • TRECHO B - Quadras destinadas a loteamentos que foram desocupadas para a preservação do corpo hídrico. A área possibilida a visibilidade da ocupação dos bairros no entorno pela declividade de fundo de vale caracteristica do local. É notável a porcentagem de devastação que a ocupação gerou, apresentando pouca vegetação arbórea e quase nenhuma rasteira. • TRECHO C - Vista do eixo Anhanguera com alto índice de impermeabilidade e aridez, uma barreira que separa a continuidade da paisagem do córrego Palmito. • TRECHO D - Vista da gleba que se localiza aonde ocorre o encontro do córrego Palmito com o Rio Meia Ponte. Percebe-se que há uma recuperação da paisagem natural do córrego com maior índice de vegetação preservada. Fig 58|direita

Fig 60|direita

Fig 59|direita

Fig 61|direita

Trecho 1 Fonte: Autora

LUGAR / 37

Trecho 2 Fonte: Autora

Trecho 3 Fonte: Autora Trecho 4 Fonte: Autora


C (nĂ­vel 730,00) D (nĂ­vel 680,00)

A

B

C

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CÓRREGO

O

nome dado ao córrego é atribuído à característica vegetação encontrada no passado, a palmeira de palmito. Atualmente, estudos ambientais realizados pela Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) em 2007, apontam que a contaminação e poluição do curso d’água é visível e decorrente da redução ou retirada total da cobertura vegetal nas margens que estão intensamente degradada, fator esse ligado ao recebimento de dejetos domésticos e industriais. O manancial em questão possui uma extensão de 4,4Km, sendo afluente da margem direita do Rio Meia Ponte. A área de drenagem da bacia é 3,71Km². É um dos poucos córregos em Goiânia com bacia hidrográfica alongada e independente.

A

A população que reside próximo das margens do córrego Palmito reclama da inutilidade de suas águas para consumo, devido ao seu odor fétido e coloração escura. Além disso, é muito comum crianças contraírem doenças infecciosas e apresentarem irritação na pele, quando passam a ter contato com a água do córrego. (SPERLING, 2005)

secou

Fig 63|

Bueiro, ruaAdriano Fonte: AMMA

Fig 64|

Bueiro, ruaFabíola Fonte: AMMA

Fig 65|

Tubulações e emissário de esgoto, Av. Anhanguera Fonte: AMMA

Fig 66| Fig 67|

• FOTO A - Nascente que secou

Encontro do córrego com o rio meia ponte Fonte: AMMA

• FOTO B - Rua Adriano: lançamento de esgoto no corpo hídrico e ausência de dissipadores de energia - poluição, erosão e assoreamento • FOTO C - Rua Fabíola: ausência de receptor dissipador de energia - assoreamento • FOTO D - Av. Anhanguera: canalização sem receptor de dissipador de energia - assoremanto

• FOTO F - Encontro do córrego com o Rio Meia Ponte: poluição por lançamento de esgoto de uma indústria de cerâmica

LUGAR / 39

Nascente que Fonte: AMMA

Bueiro e Escadaria, rua 18 Fonte: AMMA

DIAGNÓSTICO

• FOTO E - Rua 18: escadaria de forma correta com dissipadores de energia, porém com lançamento de esgoto - poluição

B

Fig 62|

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Fig 68| direira

Rede Hidrográfica da Região Leste e uma parte da Região Central Fonte: Seplan e autora


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Região Leste de Goiânia Corpos Hídricos Delimitação da Bacia do Córrego Palmito Canalização do córrego para passagem

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LEGISLAÇÃO

A

área onde se localiza o Córrego Palmito é denominada como unidade geomorfológica Planalto Embutido de Goiânia e Áreas de Fundo de Vale. Segundo o SEPLAM, por meio da carta de risco de 2008, esta área tem por característica geral a de “terrenos de fundos de vale com encostas abruptas, em geral com alto grau de degradação e ocupações diversas, com geração de processo erosivo por solapamento.” (SPERLING, 2005) A área que margeia o córrego Palmito é por lei uma área de preservação permanente (A.P.P), segundo se extrai da legislação pertinente: • CÓDIGO FLORESTAL Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012 - Art. 65, § 2º Para fins da regularização ambiental prevista no caput, ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água será mantida faixa não edificável com largura mínima de 15 (quinze) metros de cada lado. • PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA 2007 Lei compl. n.171, de 29 de maio de 2007 - Art. 106, I, “a” “as faixas bilaterais contíguas aos cursos d’água temporários e permanentes, com largura mínima de 50m (ciquenta metros), partir das margens ou cota de inundação para todos os córregos...”

LUGAR / 41

Portanto, segue em vigor o uso da lei municipal que destina 50 metros de largura ou mais como A.P.P. Nesse sentido, percebe-se através do corte B (Fig 71), que boa parte dessa área de preservação está ocupada por edificações residencias e comerciais. Além disso, a declividade se mostra muito acentuada, caracteristica de uma bacia alongada que inunda rapidamente em períodos de chuva. No corte longitudinal, apresenta o perfil do córrego ao longo da sua extensão que se inicia com cota de 795 e se encontra com o rio Meia Ponte na cota de 680.


A Fig 69| direita

Mapa topográfico Fonte: Seplan e autora

Fig 70| esquerda

Detalhe em corte da Rua Adriano

Fig 71|esquerda infeiror Corte B - Tipo

Fig 72|esquerda

infeiror Corte A - Inclinação do caimento do córrego Palmito

A

B

B

830 - 800 800 - 750 750 - 720 720 - 680

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500 m


• Lotes de 12x30m - arborização intralote • Arborização pontual nas vias

• Calçadas sem tratamento contínuo e sem arborização planejada LUGAR / 43

• Desmatamento e ocupação das A.P.P.s


O VERDE

B

oa parte dos loteamentos são de edificações horizontais com arborização intralote significativa. No entando, na maioria dos casos não há tratamento paisagístico nas praças, calçadas e alamedas. A massa vegetal se difere ao longo do córrego Palmito em dois trechos, das nascentes até Av. Anhanguera e deste último até o rio Meia Ponte.

No primeiro trecho, são loteamento de chácaras nas áreas das nascentes, por esse motivo a conservação de área permeável foi maior, porém houve grande descaracterização dessa vegetação pela agropecuária posterior a urbanização. Já na extensão do córrego nos Bairros Vila Romana e Bandeirantes, os loteamentos de medidas padrões (12x30) fizeram com que a ocupação urbana desmatasse um volume grande de vegetação nas áreas de A.P.P.s. No segundo trecho, o traçado urbanístico do bairro Vila Morais destinou às áreas de A.P.P.s loteamento de chácaras, possibilitando uma maior consevação da massa vegetativa. No entanto, indústrias são liberadas nas áreas próximas ao rio Meio Ponte, em áreas de preservação permanente. As Avenidas Campos Elísios e New York possuem boa cobertura vegetal em seus canteiros centrais, formando alamedas com espécies arbóreas de Flamboyant e Sibipiruna.

Fig 73|

Mapa de áreas verdes Fonte: Google Earth

Fig 74|

Lotes Fonte: Google Earth

Fig 75|

Calçadas Fonte: Google Earth

Fig 76|

Ocupação em APPs Fonte: Google Earth

Fig 77|

Praça Fonte: Google Earth

• Praças com desenho de paisagismo simples • Carência de mobiliário e equipamento


4 PROPOSTA


A partir do levantamento e das análises referentes ao córrego Palmito e o seu entorno, pôde-se chegar a uma síntese dos problemas e potencialidades, constatando-se a necessidade de propor ações de requalificação urbana e ambiental para o corpo hídrico. As ações serão desenvolvidas em frentes de estudo que tem por objetivo reaproximar o indivíduo com as águas invisíveis, recuperando a qualidade ambiental do córrego e a memória da paisagem natural. Fig 78| Córrego Palmito Fonte: autora


ANÁLISE GERAL: P Á G U A S U R B A N A S

MOBILIDADE

USOS E MORADIA

INFRAESTRUTURA

ATIVIDADES

VEGETAÇÃO

PROPOSTA / 47

R

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B

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ASSOREAMENTO/ EROSÃO/ ALAGAMENTO/ POLUIÇÃO • ausência de estruturas de dissipadores de energia e escoamento concentrado de águas de chuva • lançamento de esgoto residencial • aterramento do solo • grandes áreas impermeáveis de rápido escoamento como BR 153 e Anhanguera geram grande problemas de drenagem urbana • impermeabilidade do solo ÁREAS NÃO CAMINHÁVEIS • ausência de ciclovias e de planejamento paisagístico nas calçadas, canteiros e articuladores modais como passarelas • quadras de grande extensão(400m) • precariedade das paradas de ônibus • ruptura através da via expressa regional (BR153) que segrega a região leste da central • impermeabilidade do solo

P O T E N C I A L I D A D E S

• • • •

• • • •

PRECARIEDADE HABITACIONAL • habitações que ocupam áreas não edificantes são edificações de padrão construtivo precário, desprovidos de infraestrutura básica e que sofrem nos períodos de chuva devido aos alagamentos e escoamentos de águas advindas das vias principais

INFRAESTRUTURA NÃO CONSOLIDADA • os bairros Vila Romana e Bandeirantes são desprovidos de tratamento de esgoto, depositam os resíduos em fossas séptica ou os lançam no corpo hídrico • devido as edificações às margens do córrego serem de loteamentos de chácaras e assentamentos irregulares, o lixo é descartado inadequadamente ao redor das casas

POUCA DIVERSIDADE DE USOS • carência de equipamentos de educação primária, saúde, lazer e uso público • praças subutilizadas devido a escassez de equipamentos de lazer • as edificações de comércios nas vias principais são de baixa qualidade, como galpões sem tratamento arquitetônico

D E S M A T A M E N T O • perda de identidade com a paisagem natural • ocupação urbana • descaracterização do solo pelo uso para pastagem • novos loteamentos

• •

permeabilidade intralote acesso ao córrego com áreas livres nascentes com possibilidade de recuperação topografia do terreno permite intervenções que possibilitarão linhas de visualização da paisagem

estrutura viária larga nos eixos comerciais e canteiros sombreados malha de transporte público se apresenta bem estruturada nas vias principais dos bairros proximidade com os terminais Novo Mundo e Praça da Bíblia BR153 e Av. Anhanguera são vias estruturadoras de grande potencial de conexão norte/sul e leste/oeste. bairros de caráter horizontal com potencial para plano de massa de verticalização controlada bairros com potencial para adensamento próximos a comércios, serviços e equipamentos Disponibilidade de áreas verdes para implantação de Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS)

os bairros Jardim Novo Mundo e Vila Morais são dotados de infraestrutura urbana como água, energia e esgoto, além disso há uma padronização de lixeiras que se encontram em frente as redidências onde são depositados os lixos residenciais grande percentual do bairros são pavimentados região é bem atendida por equipamentos de educação e posto policial os eixos comerciais vêm ao longo dos anos se estruturando, fomentando a economia local e aumentando a diversidade de usos em diferentes horários a praça Washington é o único local que a população tem utilizado para uso de lazer áreas verdes recuperáveis - nascente e próximo ao rio Meia ponte trechos ao longo do córrego com quantidade significativa de vegetação remanescente


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D I R E T R I Z E S Á R E A S

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HABITAÇÃO DIGNA

I N F R A E S T R U T U R A

DIVERSIFICAÇÃO DE USOS

RECUPERAR O VERDE

• •

promover melhor escoamento das água pluviais

requalificar e preservar o curso d’água

promover interação entre a população e meio hídrico

assegurar melhores pontos de travessia de todos os pontos modais ônibus, pedestre, ciclistas integrando os bairros

desenvolver e qualificar percursos caminháveis que priorize o pedestre

assegurar moradia digna para toda a população

promover adensamento em área de desenvolvimento comercial

implantar ou complementar a infraestrutura urbana de forma a permitir um melhor aproveitamento

implantar melhorias urbanas a fim de que haja adensamento viabilizando investimentos públicos na criação de novos equipamentos urbanos

integrar a população no desenvolvimento da economia local

recuperar, restaurar, requalificar e preservar a vegetação e a paisagem urbana natural

• •

• •

• •

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implementar técnicas de drenagem remover população em área de risco e A.P.Ps eliminar emissão de esgosto no corpo hídrico recuperar, reflorestar e delimitar áreas de A.P.Ps de acordo com a Lei 12.651 do Código Florestal projetar trajetos de pedestre pelo curso hídrico que possibilitem contato e interação

requalificar e projetar passarelas de travessia entre as duas regiões desenvolver plano de mobilidade que integre os bairros aos equipamentos urbanos promover acessos pelas quadras de grande extensão

remover edificações de áreas não edificantes e transferir população para áreas próximas aplicando instrumentos do Plano Diretor do Plano Nacional de Habitação (PlanHab) promover Plano de Desenvolvimento de Bairro que possibilite adensamentos em áreas comerciais a fim de evitar a gentrificação urbana.

restaurar e implantar pavimentações de melhor qualidade e mais permeáveis alterar em alguns pontos a rede de transporte de energia aérea para uma estrutura subterrânea

implantar novos eixos de desenvolvimento econômico, além dos estipulados pelo Plano Diretor de 2007 criar novas centralidades econômicas que possam receber equipamentos públicos como CMEIS, Vapt Vupts e cartórios Restaurar edificações que incentivem o desenvolvimento local remover edificações em A.P.Ps reflorestar por meio de semeadura direta áreas de interesse ambiental com vegetação nativa a fim de possibilitar uma maior biodiversidade recriar por meio de elementos artificiais a memória da paisagem natural existente do cerrado


COMO

TORNAR

VISÍVEL?


O QUE É ESSENCIAL

MAS QUE ESTÁ

D I S T A N T E AOS OLHOS DO CONTATO


COMO? O

córrego Palmito deve se tornar vísivel, no sentido material da expressão, como um corpo hídrico que é visto por todos. No sentido imaterial, como elemento natural da paisagem que possui um significado afetivo, identitário e de pertencimento daquela região. Dessa forma, será necessário que o Projeto de Requalificação Urbana e Ambiental do córrego seja abordado em três frentes: arquitetura paisagística, ambiental e urbana, aplicando elementos e paisagem do Cerrado que auxiliem na tentativa de tornar o córrego Palmito visível. A frente de arquitetura paisagística se caracteriza pelo desenvolvimento do Projeto do Parque Linear Palmito, que consiste em um programa de áreas livres com diferentes usos.

PROPOSTA / 51

Já a frente ambiental diz respeito às questões ambientais do corpo hídrico e das áreas verdes. Tem por objetivo implantar técnicas compensatórias de drenagem e propor um novo zoneamento ambiental para a área. Por sua vez, a frente urbana tratará das infraestruturas sociais propondo um novo zoneamento de equipamentos sociais, realocando as famílias desapropriadas para uma área de zona especial de interesse social (ZEIS) sugerida. Além disso, será proposto como infraestrutura técnica rede eletrica subterrânea e iluminação para pedestre. E por fim o tratamento do sistema viário.


VISÍVEL

ÁGUAS

IDENTIDADE

3 FRENTES

PAISAGEM

ELEMENTOS E PAISAGENS DO CERRADO

ARQUITETURA PAISAGÍSTICA

Fig 79| Flutuador no Rio Tietê Fonte: Karla Cunha

AMBIENTAL

URBANA


METODOLOGIA

Compreensão do lugar no qual se insere o córrego Palmito

Proposta Geral de cada frente

M

etodologicamente a proposta será apresentada em um primeiro momento como Proposta Geral, que contemplará de forma almpa todo o Parque Linear Palmito. Em um segundo momento, será escolhido um trecho do parque para que seja detalhada cada frente do Anteprojeto. O termo “instaurar urbanidade” em áreas degradas como assentamentos irregulares é utilizado pelo escritório VICLIECCA&ASSOCIADOS no sentido de reconhecer essas áreas como parte da lógica de produção da cidade. Além disso, é necessário considerar que esse território degradado se tornou parte integrante, permanente e definitiva das conexões frágeis da cidade. Intervir nessas áreas trata-se de um laboratório que busca construir possibilidades de uma urbanização planejada que legitimiza a sua apropriação na paisagem urbana.

PROPOSTA / 53

Delimitação e divisão da área em trechos

A proposta de instaurar urbanidade consiste nas seguintes etapas:

Fig 80|direita

1. Estabelecimento das faixas bilateais contínuas do córrego de 50 metros destinadas as áreas de preservação permanente (A.P.P.) e de 100 metros as áreas circundantes das nascentes , de acordo com o Plano Diretor de Parâmetros Ambientais de Goiânia de 2007. 2. Remoção de habitações precárias que se encontram em áreas de A.P.P. em risco, como enconstas e fundos de vale. Essa escolha foi tomada a partir do Código Florestal,

Fig 81|direita superior

Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012, Art. 65. “Na Reurb-e dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação Permanente não identificadas como áreas de risco, a regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização

Mapas de Metodologia Fonte: autora

Mapa de desapropriação Fonte: autora

Fig 82|direita inferior

Mapa de delimitação do Parque Linear Palmito Fonte: autora


PARQUE LINEAR PALMITO

Escolha de um trecho para a realização do Anteprojeto

fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana.” Logo,

as que não se enquadram dentro da Lei serão realocadas para Habitações de Interesse Social próxima ao Parque. 3. Desapropriação de áreas ociosas para utilidade pública. 4. Desapropriação de glebas consideradas como vazios urbanos próximas ao Rio Meia Ponte. 5. Delimitação do perímetro do Parque Linear Palmito: ÁREA : 1.300.000,00 m² PERÍMETRO: 13.300,00 m

Desapropriação para ultilidade pública Desapropriação com relocação Desapropriação de vazios urbanos Delimitação da área de intervenção


BR-153

FRENTE

ARQUITETURA PAISAGÍSTICA Av

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Fig 83 direita Planta do Parque Linear Palmito Fonte: autora Fig 84|direita

Programa Parque Linear Palmito - planta explodida Fonte: autora

.

E.E

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O programa do Parque Linear Palmito contempla pista de caminhada e caminhos mais curtos que levam aos estares. Esses estares distribuídos ao longo do parque foram locados próximos a outros equipamentos públicos. Os estares

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de lazer como parques infantis estão próximos de escolas, creches e áreas com poucos espaços livres. Já as estações de ginásticas estão dispostas a cada 1 km como apoio à pista de caminhada e bicicleta. No local escolhido para a área esportiva antes existiam quadras de chão de terra, por isso aproveitou-se os platôs existentes distribuindo um campo de futebol society e 5 quadras poliesportivas. Já os núcleos de conforto público são equipamentos de apoio ao usuário com sanitários, bebedouros, guaritas

.

PROPOSTA / 55

.

E.E

para o policiamento e administração.

E.M

0

500 m


PROGRAMA: •

Caminhos externos

Caminhos internos

Mobiliários - Elementos identitários

Pista de bicicleta: 8.500m

Estação de ginástica com equipamentos PNE e de diferentes faixa etária

Parque Infantil de diferentes temas: Acessíveis, radicais e circuito

Arvorismo

Fontes interativas

Área esportiva

Núcleo de conforto público: sanitários, administração e bebedouros


FRENTE

AMBIENTAL 1- ZONEAMENTO AMBIENTAL:

BR-153

era

hangu

Av. An

Zona de Restauração Ecológica De acordo com Pellizzaro (2016) a restauração ecológica em ambientes savânicos e campestres degrados com dominância de espécies exóticas é feita por meio da redução ou eliminação dessas espécies reintroduzindo nativas. Além disso permite a recuperação da integridade ecológica dos ecossistemas. No caso de biomas graminosos, como o Cerrado, o reflorestamento se torna uma prática inviável por gerar uma perda de densidade de plantas, fauna endêmica, diminuição da recarga de aquíferos e o vunerabilidade as queimadas. Logo, a semeadura direta, inserção das sementes diretamente no solo, vem se tornando uma prática eficiente e mais econômica quando se trata de reintroduzir espécies nativas, tanto arbóreas, como arbustivas e herbáceas.

Fig 85|esquerda

Zoneamento ambiental Fonte: Autora

Fig 86|direita

Mata Ciliar Fonte: Luciane Kawa (Google Imagens)

Fig 87|direita

Mata de Galeria Fonte: Alexandre Salino

Fig 88|direita

Mata Seca Fonte: Associação Mineira de defesa do Ambiente

Fig 89|direita

Cerradão Fonte: Altair Sales Barbosa

Fig 90|direita Cerrado Denso Fonte: ICMBio

Fig 91|direita

Parque do Cerrado Fonte: Google Imagens

Fig 92|direita

Palmeral Fonte: colecionandofrutas.org

Fig 93|direita

Veredas Fonte: Jacques Jangoux

Fig 94|direita

Cerrado Rupestre Fonte: Rodrigo Polisel

0

500 m

Zona de proteção - Áreas de A.P.Ps PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA 2007 Lei compl. n.171, de 29 de maio de 2007, Art. 106, I, “a”: “as faixas bilaterais contíguas aos cursos d’água temporários e permanentes, com largura mínima de 50m (ciquenta metros), partir das margens ou cota de inundação para todos os córregos...” - Áreas próximas ao Rio Meia Ponte, devido a quantidade de Industrias ao redor. PROPOSTA / 57

Zona de Uso Integral - Jardins de Cerrado Será proposto como projeto de plantio, espécies nativas do cerrado tanto arboreas quanto forrações, baseando-se nas fitofisionomias do Cerrado. A vegetação do bioma Cerrado, segundo Ribeiro (1998), “apresenta fisionomias que englobam formações florestais, savânicas e campestres”, onde, respectivamente, há predominância arbórea, paisagem com extrato graminoso contendo árvores e arbustos espalhados, predominância de espécies herbáceas e algumas arbustivas sem árvores. Exerce importante função ecológica por possuir um complexo radicular espesso e esponjoso onde armazena a água da chuva, depositando-a nos aquíferos mais profundos. Acredita-se que a implantação de Jardins de Cerrado trará os seguintes benefícios: • melhoria da biodiverdidade urbana • valorização de um bioma com baixa representatividade cultural e alto índice de degradação • baixos custos de manuntenção • maior retorno na restauração ambiental das áreas verdes

Fig 95|direita

Campo Rupestre Fonte: Alexandre Salino

Fig 96|direita

Campo Sujo Fonte: Alessandra Fidelis

Fig 97|direita

Campo Limpo Fonte: caliandradocerrado.com.br

Fig 98|direita abaixo

Campo Rupestre Fonte: Tauana Ramthum


FORMAÇÕES FLORESTAIS Mata Ciliar

Mata de Galeria

Cerradão

Mata Seca

FORMAÇÕES SAVÂNICA Cerrado Denso

Parque do Cerrado

Palmeiral

Veredas

Cerrado Rupestre

FORMAÇÕES CAMPESTRES Campo Rupestre

Campo Sujo

Campo Limpo

FITOFISIONOMIAS DO CERRADO


FRENTE

AMBIENTAL

2-DRENAGEM URBANA E ZONAS ÚMIDAS: Segundo as orientações básicas para drenagem urbana, Pinto e Pinheiro (2006) explicam que em situações de bacias urbanizadas, em que existe ocupações consolidadas em margens ou calha do rio, sejam aplicadas soluções que auxiliem na redução dos picos de vazão em períodos de chuva, por meio de infiltração pela superfície do solo. Propõe-se: Técnicas compensatórias no entorno • Não pavimentação da Rua compartilhada com o uso de bloco de concreto intertravado • Valas de infiltração com desvio de águas pluvias através de tubulações subterrâneas • Dissipadores de energia

0

500 m

Áreas de infiltração Lagos

D

Direção do escoamento pluvial

e acordo com o mapa Köppen a região de Goiânia localiza-se em uma linha imaginária divisória entre a zona tropical e subtropical, com um clima composto de duas estações bem definidas, clima seco de maio a setembro e chuvoso de outubro a abril. As temperaturas máximas anuais varias de 29Cº a 32Cº. O clima quente faz com que se tenha calor a tarde o ano inteiro e nos períodos chuvosos, chuvas torrenciais. (SIEG, 2018) Nos períodos de chuvas, assim como na maioria dos corpos hídricos em Goiânia, a vazão do córrego Palmito aumenta rapidamente pela característica alongada da bacia, a calha não suporta, extravazando a água e ocasionando enchentes e enxurradas. PROPOSTA / 59

Técnicas compensatórias internas ao Parque • Uso de pisos permeáveis como nas pistas de caminhada e estação de ginástica (bloco de concreto intertravado) e parque infantil (piso emborrachado drenante); • Valas de infiltração com grama nas áreas de cabeceira do córrego; • Caixas de filtragem e dissipadores que axiliam no tratamento e redestribuição da água pluvial; • Quadras como espaços de aproveitamento para o amortecimento de cheias. Na seca e mesmo nos períodos de chuva, o clima quente em Goiânia é penoso. Criar zonas úmidas, terras úmidas, em áreas públicas auxiliam na limpeza da água da chuva, gerenciam inundações e reduzem o calor urbano, além disso atraem mais vida selvagem. Propôe-se as seguintes: • Lagos com gramínias nativas e vegetações de espécies aquáticas; • Fonte seca.

Fig 99|esquerda

Mapa de Zoneamento Ambiental Fonte: autora

Fig 100|Direita acima Sistema de dissipador de energia Fonte: autora

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Fig 101 Direita Corte perspectivado Infiltração por tubulação Fonte: autora

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Fig 102 Direita Corte perspectivado Infiltração com gramas Fonte: autora


Dissipadores de energia: • As águas pluviais são coletadas através de tubulações receptoras as margens da BR 153 • A tubulação termina em uma caixa com dentes de concreto que diminuem a velociade da água com o impacto. Além disso, uma malha de ferro faz com que seja barrado o lixo oriundo da enchurrada • A escadaria recebe essa água com menor velocidade, reduzindo-a mais até chegar próxima do leito do córrego

Calçadas do entorno ao parque: • Canteiros com valas de infiltração com desvio de águas pluvias através de tubulações subterrâneas

Áreas internas do parque: • Piso de bloco de concreto intertravado nas pistas de caminhada • Valas de infiltração com grama nas áreas de cabeceira do córrego


FRENTE

URBANA

1-INFRAESTRUTURA SOCIAL: • PARÂMETROS URBANÍSTICOS Em o ensaio The new urban frontiers: gentrification and the revanchist city, do geógrafo britânico Neil Smith, o processo de gentrificação é discutido como um fenômeno social que ocorre nas reestruturações de espaços urbanos gerando enobrecimento de vários bairros antes populares. Nesse sentido são abordados os problemas sociais causados por esse processo como o impulsionamento por promotores imobiliários de forma intensa a atrair investimentos e supervalorização dos imóveis. No Brasil esta realidade acontece com as transformações de revitalizacão em áreas centrais e portuárias gerando grande tranformação social excludente, despejos forçados e privatização dos espaços. (LAURIANO, 2013) Já para o sociólogo Michael Barton o processo de gentrificação possui duas visões antagônicas, ora é um fenômeno destruidor de bairros, ora é um movimento capaz de melhorar cidades degradadas. Um dos pontos destacados como melhorias significativas são que os índices de criminalidade diminuem drasticamente com a gentrificação em virtude da maior concentração de pessoas no uso do espaço público. (FREEMAN, 2016) Além disso, gentrificar, ou seja tornar nobre está relacionado com qualquer tipo de modificação dos espaços, assim, por exemplo, asfaltar uma rua é melhor o espaço, tornando-o mais valorizado. No entanto, a raiz dos problemas causados pela valorização do espaço é reflexo de uma situação social enfrentada hoje não só no Brasil, mas no mundo inteiro. O Estado deve dar assistência àqueles que mais irão sofrer com as consequências da supervalorização. “O direito à cidade não se resume ao direito de visitar, de ser espectador da produção da cidade, este direito deve reconhecer nos habitantes a capacidade de construir efetivamente a cidade, o direito de serem agentes ativos.” (LAURIA-

PROPOSTA / 61

Nesse sentido, há uma preocupação com a população residente a ser incorporada nas dinâmicas do parque de modo a minimizar os impactos causados pela valorização decorrente. As propostas serão ações a serem aplicadas pelo Estado sobre as trasformações da borda do Parque Linear Palmito. A maioria delas são exemplos já aplicados por políticas governamentais como em Paris e em Bogotá. (CERQUEIRA, 2014). São elas: • Criação de uma área de interesse social próxima ao parque, para a realocação das famílias desapropriadas. Além disso, para diminuir o processo de gentrificação deve-se não só garantir o direito a moraria, mas será necessário que o Estado estabeleça linhas e pontos de ônibus próximos a área, acesso a equipamentos de educação infantil como CMEIS e posto de saúde na área de ZEIS e parâmetros legais que auxiliem na venda dos imóveis de forma que o Estado seja o intermediador entre negociações. É importante que essas pessoas sejam incorporadas nas dinâmicas oferecidas pelo parque, como nos locais para comércio local, empregos destinados a manutenção do parque e futuras sugestões que visem melhorar a vida em comunidade por meio de uma Associação de bairro. • A utilização de instrumentos jurídicos, como o direito a preempção, visando a reabilitar as residências degradas e eliminar lotes vazios que esperam ser valorizados. • Políticas que incitem o desenvolvimento de atividades culturais no Parque e no entorno. • Controle maior sobre as incrições de atividades comerciais e serviços no entorno que se destiguem da dinâmica residencial característica da área. E implantação de políticas públicas que visem a preservação de comércio local popular. • Controle de densidade habitacional, com a relação de habitação por hectare.


BR-153

• ZONEAMENTO DE EQUIPAMENTOS SOCIAIS 300 300

m

m

era

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Av. An

300

m

• VIVEIRO: Produção de mudas de plantas destinadas ao plantio dos jardins do Parque e áreas públicas próximas. Local para pesquisa e experimentação para aprimorar a produção de plantas

300

m

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|

500 m

Fig 103 esquerda Mapa de equipamentos sociais Fonte: autora

• CMEI: Implantação de mais 3 unidades. Sendo uma delas dentro da área de interesse social.

• CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Tem por objeivo disponibilizar informações de caráter ambiental, como elemento para o desenvolvimento de atividades de educação ambiental; estimular processos de reflexão crítica sobre os problemas ambientais atuais e a revisão de valores dos indivíduos com os quais se relacionam; promover ações de caráter formativas, de capacitação e de treinamento em educação ambiental; desenvolver atividades interpretativas, de sensibilização e de contato com a natureza e de interpretação histórico-cultural;

• GALPÕES PARA USO COMUNITÁRIO: Implantação de galpões para o uso de comécio local, como por exemplo feiras abertas que fazem parte da cultura Goiana. • EDIFÍCIO CULTURAL: Centro de apoio a atividades culturais com exposições de artistas regionais, salas para cursos e um mirante no terraço.


FRENTE

URBANA

1-INFRAESTRUTURA SOCIAL:

• ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS) BR-153

era

hangu

Av. An

Quadras híbridas

0

D

500 m

e acordo com Aravena (2012), geralmente as políticas públicas e o mercado propõem apenas duas alternativas para atender a demanda das habitações de interesse social que contam, com recursos mínimos e a falta de financiamento. A primeira é a redução do metro quadrado da habitação, que pode ocasionar riscos estruturais com as ampliações posteriores, e a segunda é a compra de terreno afastado pelo baixo preço, privando os moradores dos benefícios e oportunidades que a cidade concentra. Para Aravena, seria interessante que essa habitação fosse metade edificada e a outra metade planejada (proposta com layout). Nessa estrutura, eventual reforma de ampliação é vista como uma solução e não como um problema. Por essa razão o planejamento possibilita futuras ampliações de acordo com o interesse do morador. PROPOSTA / 63

Essas habitações devem ter baixa altura para que não haja taxas de condominios das áreas comuns, pois essas famílias geralmente não conseguem arcar com esses custos extras. A casa deve ser vista como um investimento e não como algo que traga custos.

|

Fig 104 esquerda Mapa de zona de interesse social Fonte: autora

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Fig 105 direita Planta de Implantação dos módulos Fonte: autora

Em resposta de anos de pesquisa e trabalho, o arquiteto chileno desenvolveu a Residência Incremental, que propõe habitações com densidade alta, boa localização e possibilidade de ampliação, pois são entregues apenas os ambientes hidrosanitário, como banheiro e cozinha. Essa proposta visa romper com o falso contextualismo de que é necessário higienizar ou poetizar a habitação do pobre, deve-se atuar a partir do seu modo de vida encando-o como parte da cidade. (ARAVENA, 2012) Baseando-se na análise de Aravena, habitações de interesse social que serão destinadas às familias realocadas, serão construídas a partir das diretrizes de uma habitação incremental. Buscou-se como padrão de projeto um dos modelos de habitação Monterrey sugerido por Aravena em seu livro “Elemental”. Além disso, propõe-se quadras híbridas com funções de moradias, serviço e comércio, melhorando o dia a dia dessas pessoas. Habitações atuais Alto adensamento Espraiada

e

e na

verticalizada

periferia

Modulação Incremental

Densidade alta

Boa localização

Possibilidade de ampliação e valorização do imóvel


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3

BR

15

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Rua 1

• Total de famílias: 325 • Módulo com 5 Unidades: Térreo 02 Unidades – Entrega 38m² (Ampliação - 58m²) Duplex 03 Unidades – Entrega 40m² (Ampliação - 80m²) • Total de módulos: 65 módulos

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|

Fig 106 esquerda Planta Térreo do módulo Fonte: Projeto Monterrey

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Fig 107 direita acima Planta Primeiro Pavimento do Módulo Fonte: Projeto Monterrey

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Fig 108 direita abaixo Planta Segundo Pavimento do Módulo Fonte: Projeto Monterrey

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Fig 109 abaixo Fachada Fonte: Projeto Monterrey

CALÇADA

2 CASAS TÉRREA PAVIMENTO TÉRREO

FACHADA DO MÓDULO


3 CASAS DE 2 PAVIMENTOS PRIMEIRO PAVIMENTO SEGUNDO PAVIMENTO

PROPOSTA / 65


FRENTE

URBANA

2-INFRAESTRUTURA TÉCNICA:

• FIAÇÃO SUBTERRÂNEA E ILUMINAÇÃO PARA PEDETSRE BR-153

Iluminação eficiente e voltada para o pedestre a fim de incentivar a ocupação de espaços públicos durante a noite, criando boas condições para circulação mais segura quando não houver luz natural.

era

hangu

Av. An

A fiação subterrânea, consiste no aterramento da rede elétrica e de cabos de telefonia e TV, evitando problemas de descarga na rede elétrica, diminuindo eventos de apagões e reduzindo os riscos de queda de raio. Além disso, elimina o impacto visual poluído causado pelas fiações aparentes, ou seja, melhorando a paisagem urbana.

0

500 m

Iluminação proposta

CORTE TIPO - INSTALAÇÃO E ILUMINAÇÃO PROPOSTA / 67

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Fig 110 esquerda Planta de iluminação proposta Fonte: autora

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Fig 111 esquerda Corte tipo - Instalação de fiação subterrãnea e iluminação para pedestre Fonte: autora

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Fig 112 direita Plantas de sistema viário proposto Fonte: autora


3-SISTEMAS INFRAESTRUTURAIS:

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• TRATAMENTO VIÁRIO DAS BORDAS E LIGAÇÕES

Rua 18

Ponte Palmito (Av. Anhanguera)

Ponte 01 (Rua Fabíola)

Ponte 02 (Rua 13)

Rua Adriano

A partir das análises de outros parques implantados em Goiânia, pode-se perceber a necessidade de uma via delimitadora entre o Parque e a urbanização lindeira para que haja melhor qualidade na circulação. Portanto, foi implantado uma via de caixa de 15 metros lindeira ao parque. Confrome o caso, foram adequadas algumas vias e outras implantadas novas. Vias de bordas: • BR-153 - Permanece o tamanho da caixa da via, no entanto propõe-se a implantação de uma via de desaceleração com um trevo para o acesso as quadras de habitação de interesse social. • Rua Compartilhada - Implantação de via de caixa de 15 metros, para o uso compartilhado entre pedestres, ciclistas e veículos que terão acesso as suas residências. O piso sugerido é de concreto intertravado, a 5 centrímetro abaixo do nível da calçada, possibilitando melhor transição entre os espaços. Além disso, tornará também essa área um local mais atrativo e propício pra uso em diferentes horários, podendo receber feiras, food trucks, eventos locais e dentre outros. • Rua Palmito, Cerrado e Avenida Roosevelt - Implantação de uma caixa de via de 15 metros para veículos. Vias de Ligação: • Rua Adriano: Pemanece com o mesmo traçado. • Rua Fabíola: Rua substituída por uma ponte pedonal (Ponte 01). • Rua 13: Rua sustituída por uma ponte de veículos leves (Ponte 02). • Avenida Anhanguera: Via substituída por uma ponte de veículos pesados (Ponte Palmito), que comportará futuramente o VLT. • Rua 18: Pemanece com o mesmo traçado. As pontes foram sugeridas como proposta para que haja continuidade dos caminhos internos do parque e do percurso do curso hídrico.


• TRATAMENTO VIÁRIO DAS BORDAS

CORTE A - TRECHO 01 (abaixo) Leitura da esquerda para direita

CORTE A - TRECHO 02 (direita) Leitura da esquerda para direita

• Via BR 153 permanece • Aumento de área verde limítrofe a BR 153, destinada a inserção de arborização de porte médio e grande com a função de barreira acústica, além auxiliar na infiltração de águas pluvias. • Via de desaceleração • Módulo de Habitação de Interesse Social • Espaço coletivo entre quadras para uso público

• Espaço coletivo entre quarta para uso público • Módulo de Habitação de Interesse Social • Rua Compartilhada para pedestre, ciclistas e veículos com acesso as habitações • Pista extena do parque • Pista interna do parque

Rua de desaceleração Vala de concreto

Habitação de Interesse Social

Bloquei acústico

BR 153

CORTE A - TRECHO 03 (direita) Leitura da esquerda para direita • Pista interna do Parque • Pista externa do Parque • Rua Palmito com caixa de via de 15 metros • Quadras lindeiras ao Parque PROPOSTA / 69

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Fig 113 esquerda Corte A - trecho 01 Fonte: autora

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Fig 114 direita Corte A - trecho 02 Fonte: autora

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Fig 115 abaixo Corte A - trecho 03 Fonte: autora

Espaço coletivo


Espaço coletivo Habitação de Interesse Social Rua Compartilhada

Parque Linear Palmito

Rua Palmito

Parque Linear Palmito


• TRATAMENTO VIÁRIO DAS VIAS DE LIGAÇÃO

Fig 116|

Corte Ponte 01 Fonte: autora

Fig 117|

Corte Ponte 02 Fonte: autora

Fig 118|

Corte Ponte Anhanguera Fonte: autora

PROPOSTA / 71


CORTE PONTE 01 (Ponte pedonal)

Dimensões: 75 m de extensão 5 m de passagem

CORTE PONTE 02

(Ponte para veículos leves)

DIMENSÕES: 130 m de extensão 9 m de pista

CORTE PONTE ANHANGUERA (Ponte para veículos pesados)

Dimensões: 75 m de extensão 5 m de passagem


TRECH TRECHO 03

VOLTADO A ATIVIDADES ESPORTIVAS E AMBIENTAIS • ÁREA: 208 mil m² • Perímetro: 3.300 m • Extensões maiores: 600m X 300m • Estares: Academia ao ar livre; Parques infantil; Quadras esportivas • Viveiro e Centro de Educação Ambiental • Lago • 01 Núcleos de Conforto Público

TRECHO 02 VOLTADO A ATIVIDADES COMPARTILHADAS • ÁREA: 274 mil m² • Perímetro: 4.200 m • Extensões maiores: 2.000m X 150m • Estares: 02 Parques Infantins, 02 Academias ao ar livre, bicicletário, espaço cultural. • 01 lago maior e 02 menores • Rua compartilhada • 01 Núcleos de Conforto Público

TRECHO 01 VOLTADO A ATIVIDADES CONTEMPLATIVAS, CULTURAIS E DE AVENTURA • ÁREA: 464 mil m² • Perímetro: 3.300 m • Extensões maiores: 1.200m X 500m • Estares: 02 Academias ao ar livre; 02 Parques infantis (radicais); Arvorismo, Mirante, Edifício cultural. • Lago de duas quedas • 02 Núcleos de Conforto Público Trecho escolhido para o desenvolvimento do Anteprojeto PROPOSTA /73


OS

BR-153

Fig 119|

direita Planta de Implantação do Parque Linear Palmito - Trechos Fonte: autora

0

500 m


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Av. Roosevelt

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04

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Rua Cajazeiros

01

PROPOSTA /75

0

250 m


O

s motivos pelos quais foi escolhido o Trecho 01 para o desenvolvimento do Anteprojeto, são a sua importância ambiental, considerando que é o local das nascentes e por ser a área com maior degradação do leito do córrego Palmito. Além disso, é desafiador trabalhar com uma topografia acidentada para o tratamento do desenho paisagístico (cotas de 5m em 5m), proporcionando uma paisagem privilegiada para a concepção de diferentes tipos de estares. O Trecho 01 é composto por uma pista de caminhada externa e uma ciclofaixa que contornam quase todo o perímetro do Parque. Com a rotina agitada da vida urbana, a população goiana cada vez mais busca no ambiente natural local para se exercitar. O usuário não só terá a pista externa como os caminhos internos para as suas atividades aeróbicas, podendo de alongar nos estares de academia ao ar livre com equipamentos próprios. Para o lazer foi pensado em atividades que promovessem a interação da criança com a natureza, fundamental para o seu desenvolvimento e fortalecimento pessoal. Acredita-se que as crianças que não conhecem o mundo da forma natural ficam suscetíveis a se tornarem mais frágeis. Além disso, o contato com os elementos que remetam ao bioma Cerrado ajudará no estreitamento iden-

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Fig 120 esquerda Planta de Implantação Trecho 01 Fonte: autora

PROGRAMA

titário. Para isso são propostas atividades como: arvorismo entre as copas das árvores; parques infantins com brinquedos que estimulam a criatividade e a coordenação motora, sendo eles acessíveis para pessoas com deficiência física; local destinado para soltar pipas e elementos que permitam contato direto com a água. O edifício cultural foi planejado para receber exposições de artistas goianos, com a intenção de tornar mais público o acesso a esse tipo de atividade, comportando salas para cursos e oficinas. A parte superior dele foi destinada para a contemplação da paisagem da zona leste e do percurso do córrego Palmito, como um mirante que pousa sobre uma vista ao por do sol. E como elementos de ligação, as pontes proporcionam não só um lugar de passagem, mas também um local de encontro, permanência e contemplação da natureza. Nessa etapa do trabalho será apresentado o Anteprojeto da seguinte forma: • Apresentação sobre o partido “Novas Paisagens” • Projeto de Drenagem proposto como técnica compensatória para a área. • Ampliações do estares: Academia ao ar livre; Edifício; Parque infantil 01 e 02 e Lago Veredas

CONTEMPLAÇÃO

01- CAMINHOS EXTERNOS - PISTA DE CAMINHADA DE 2,4 Km 02 - CAMINHOS INTERNOS 03 - ESTAÇÃO DE GINÁSTICA AO AR LIVRE 04 - ARVORISMO 05 - EDIFICIO CULTURAL COM MIRANTE E

NÚCLEO DE CONFORTO PÚBLICO (NCP) 06 - PARQUE INFANTIL PNE 07 - ENCONTRO DAS ÁGUAS 08 - ESTAR DAS PIPAS 09 - PARQUE INFANTIL 10 - PONTE DE PALAFITAS 11 - PONTE CONTEMPLATIVA 12 - LAGO VEREDAS 13 - NÚCLEO DE CONFORTO PÚBLICO (NCP) 14 - CICLOFAIXA

AVENTURA CULTURA


A ESSÊNC “O homem ‘habita’ onde se consegue orientar e identificar com um ambiente, ou, simplesmente quando sente o ambiente com algum significado.” (NOBERG- SCHULS, 1987)

De acorco com Noberg- Schuls, o espirito do lugar definido como “genius loci” é tudo que traz referências históricas, culturais e sociais a um determinado lugar a fim de identifica-lo. No caso do projeto, buscou-se por meio das paisagens, materiais e elementos estéticos uma comunicação identitária com o usuário do parque.

MAIS GEOGRAFIA E MENOS ARQUITETURA JARDINS DE CERRADO

[...] é um silêncio que não pode ser medido em decibéis. É o silêncio da baixa representatividade do Cerrado na cultura brasileira, em geral. Quem, ao pensar em paisagens brasileiras, irá evocar a imagem de uma savana, e não de uma floresta ou de uma praia? Quem irá pensar em campos dourados, com árvores e arbustos retorcidos e espalhados? (SIQUEIRA, 2017a)

O projeto Jardins de Cerrado, liderado pela arquiteta paisagista Mariana Siqueira, surge em Brasília com a finalidade de ampliar a gama de plantas nativas utilizadas em projetos de arquitetura paisagísticas na região do Cerrado, levando em conta, sobretudo, sua flora rasteira, composta por gramíneas e plantas herbáceas, arbustivas e subarbustivas. Mariana pôde analisar certas semelhanças estéticas e ecológicas entre as paisagens de campos dos países de clima temperado e as do cerrado, o que embasou seus estudos sobre jardins naturalistas contemporâneos. A tonalidade metálica (dourada e prateada) encontrada nessa vegetação rasteira, pela presença de alumínio no solo, e os pelinhos brancos nas folhas, pela adaptação a seca e ao fogo, as tornam plantas com alto valor estético em vista das possibilidades de composições que podem proporcionar.

PROPOSTA /77

O objetivo do projeto Jardins de Cerrado é desenvolver uma nova estética de jardim e de paisagem construída que inclua os elementos próprios e característicos do cerrado. Apresentando e trazendo à luz a contemplação dessa flora nativa brasileira à população, ajudando-a no reconhecimento da sua relação com essa paisagem, celebrando-a mesmo no período de seca, seis meses, isso mudaria o conceito de solo árido, no lugar de estéreo se teria vida. (SIQUEIRA, 2017b) O projeto já tem trabalhado em vários experimentos, como exemplo a Restauração Paisagística no Parque Nacional de Brasília, Água Mineral em 2016 e o jardim em memória à Louise Ribeiro, aluna de biologia vítima de feminicídio em 2016. São experimentos que propõem o plantio de plantas rasteiras na sua maioria do Cerrado.


CIA DO LUGAR “O MARROM TAMBÉM É COR” JARDINS NATURALISTAS

Eu gosto de me conectar com as pessoas, com os processos de suas próprias vidas. O tempo que leva os seres humanos à experimentar uma vida, uma planta experimentará em seu próprio ciclo anual de vida. Nesse sentido, a jardinagem é um microcosmo da vida. (PIET apud NOWNESS, 2017 – tradução nossa).

O paisagista Piet Oudolf possui uma abordagem naturalista, utilizando espécies perenes, considerando o ciclo de vida sazonal da planta e suas características estruturais, empregando espécies nativas e selvagens. É um dos primeiros paisagistas a introduzir a semeadura de herbáceas em grande escala em jardins públicos. Seus jardins apresentam-se mais soltos e com uma aparência mais selvagem, aparentemente simples, contudo, verdadeiramente complexos pela instabilidade das plantas perenes. Estes jardins não estão sob controle e convenções, são como um santuário para as plantas, insetos e animais selvagens. Sua maior contribuição está na sensibilidade demostrada quando define que o jardim ao se decompor atende a uma necessidade existencial das pessoas. Oudolf afirma: “Você aceita a morte. Você não tira as plantas, porque elas ainda parecem boas. O marrom também é cor.” (MCGRANE, 2008).

Piet desenvolve uma relação filosófica de seus jardins com as pessoas. As plantas perenes quando secam dão lugar às suas sementes, tons de marrom, Piet explica que na jardinagem convencional estas seriam retiradas para a manutenção do espaço. Mas em seus projetos ele as torna, nesse período, protagonistas interagindo com outras que florescem.


A

B

C

D

E


ESPÉCIES DO CERRADO |

Fig 121 imagem A Chresta sphaerocephala - JOAO_BOBO Fonte: Maurício Mercadante

F

G

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Fig 122 imagem B Chresta sphaerocephala - JOAO_BOBO Fonte: Maurício Mercadante

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Fig 123 imagem C Mimosa lanuginosa Fonte: Mariana Siqueira

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Fig 124 imagem D Loudetiopsis chrysothrix BRINCO DE PRINCESA Fonte: Maurício Mercadante

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Fig 125 imagem E Actinocephalus bongardii - CHUVERINHO Fonte: Walkiria Eyre

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Fig 126 imagem F Deianira nervosa - BOCA DE SAPO Fonte: Mariana Siqueira

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Fig 127 imagem G Schizachyrium cf. microstachyum Fonte: Mariana Siqueira

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Fig 128 imagem H Andropogon cf. bicornis - CAPIM PEBA Fonte: Mariana Siqueira

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Fig 129 imagem I Aristida riparia - RABO DE RAPOSA Fonte: Maurício Mercadante

H

I


“A missão social do paisagista tem esse lado pedagógico de fazer comunicar às multidões o sentimento de apreço e compreensão dos valores da natureza pelo contato com o jardim e com o parque.” (Marx, 1987).

PROPOSTA /81

NOVAS


PAISAGENS

ELEMENTOS IDENTITÁRIOS FITOFISIONOMIAS DO CERRADO MATERIAIS CULTURA GOIANA ELEMENTOS ESTÉTICOS

O partido central para o desenvolvimento do projeto será a produção de novas paisagens. Paisagens que tragam a essência do lugar, axaltando o Bioma Cerrado de maneira naturalista, apresentando obras de artistas goianos a população, sendo cenário dos hábitos e costumes locais. E que além de tudo, torne o Córrego Palmito visivel em meio ao seu ambiente natural. |

Fig 130 abaixo A Savana brasileira Fonte: Mariana Siqueira


PROJETO DE DRENAGEM

TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS BR -15 3

A - Áreas internas do parque:

D A

• Piso de bloco de concreto intertravado nas pistas de caminhada; • Canal de infiltração com grama nas áreas de cabeceira do córrego para reter o máximo possível da chuva.

B - Dissipadores de energia:

B

• As águas pluviais são coletadas através de tubulações receptoras as margens da BR 153; • A tubulação termina em uma caixa com dentes de concreto que com o impácto diminuem a velociade da água. Além disso, uma malha de ferro faz com que seja barrado o lixo oriundo da enchurrada; • A escadaria recebe essa água com menor velocidade, reduzindo ainda mais sua velocidade até chegar próxima do leito do córrego.

C

0

250 m

Técnicas compensatórias

C - Situação 01 para o tratamento do perfil do córrego Palmito:

• O leito do córrego perdeu o seu traçado original por não ter um canal definido; • Necessário fazer o enrocamento com pedra argamassada, com largura de 50cm e restaurar as margens com vegetação própria nativa.

PROPOSTA /83


D - Situação 02 para o tratamento do

|

Fig 131 esquerda Mapa de drenagem Trecho 01 Fonte: autora

perfil do córrego Palmito: • Devido ao assoreamento e construções às margens, o córrego encontra-se afundado, com o perfil de um canal artificial. • É necessário resgatar o perfil natural do córrego de acordo com sua vazão, por meio de uma suavização do talude, restaurando as margens com vegetação própria nativa e inserindo enrocamento de pedra argamassada.

|

Fig 132 esquerda abaixo Situação 01 do córrego Fonte: autora

|

Fig 133 direita Situação 02 do córrego Fonte: autora

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Fig 134 direita abaixo Corte de adequação do perfil do córrego Fonte: autora

Situação atual Córrego afundado

Suavização talude

do

Enrocamento de pedra argamassada Córrego Palmito

CORTE DO PERFIL DO CÓRREGO


AMPLIAÇÃO

ACADEMIA AO AR LIVRE

803,00

A academia ao ar livre serve de apoio a pista de caminhada, com equipamentos de ginástica e alongamento, os mesmos utilizados em muitas áreas em Goiânia, como na Praça do Sol. Além disso, alguns equipamentos são voltados para pessoas com deficiência física. Com uma área de 250m² em piso de bloco de concreto intertravado, atenderá também aos grupos de academia, de práticas orientais e ginasticas da terceira idade, que buscam fazer seus exercícios ao ar livre, atendendo assim, a várias faixas etárias.

804,00

805,00

|

Fig 135 esquerda acima Planta chave Fonte: autora

|

Fig 136 esquerda abaixo Equipamento de ginástica acessível Fonte: Fábio Valadão

PROPOSTA /85

|

Fig 137 direita Ampliação Academia ao Ar Livre Fonte: autora


ÁREA PER

MEÁVEL

PISTA DE

CAMINH

ADA

0

5m

10 m


EDIFĂ?CIO CULT

Fig 138|

Perspectiva do Parque Fonte: autora Modelagem: autora e Felipe Sandri

PROPOSTA /87


URAL

O Edifício Cultural foi pensando como um elemento estético em meio a paisagem que permitisse ao público uma vista privilegiada da Zona Leste. A forma em “V” foi pensada como etrutura que busca apontar algo, nesse caso, direcionando para o córrego e suas nascentes. Pensou-se em resgatar a paisagem de formação savânica, a Cerrado Rupestre, com gramíneas, chuveirinhos, árvores tortuosas


ARQUITETURA

EDIFÍCIO CULTURAL 795,00

800,00

PR

O

ACESS

O

|

Fig 139 esquerda acima Planta chave Fonte: autora

|

Fig 140 direita Planta pavimento Térreo do Edifício Cultural Fonte: autora

PROPOSTA /89

RI ITÁ SA

JE

N

Ç

Ã

O

C

O

O

S

BE

RT

UR A

EX

PO

SI

Ç

à O

SA

LA

S

M

UL

TIU

SO

DIMENSÃO: • 150m de extensão • 12m de passagem • 2.258 m² de área • 4m pé direito • Salas multiuso de 48 m² • Espaço para exposição nos eixos de circulação


EXPOSIÇÃO

SO BE

O

Ã

Ç

SI

PO

EX

SSO

ACE

PISTA DE CAMINHADA ÁREA PERMEÁVEL

0

20 m

PLANTA PAVIMENTO TÉRREO


ARQUITETURA

EDIFÍCIO CULTURAL Por meio de uma rampa que sai do Térreo, pode-se ter acesso a cobertura mirante no qual permite uma visão geral do Parque e de toda Zona Leste.

M

IR A

N

TE

E

SC

DE

|

Fig 141 direita Planta Cobertura/ Mirante Fonte: autora

PROPOSTA /91


A

MIRANTE

TE

N

A

IR

M

A 0

20 m

PLANTA COBERTURA/ MIRANTE


ARQUITETURA

EDIFÍCIO CULTURAL

PROPOSTA /93

|

Fig 142 esquerda abaixo Detalhe estrutura Fonte: autora

|

Fig 143 abaixo Corte A - Edifício Cultural Fonte: autora


DETALHE ESTRUTURAL: • Estrutura tirantada pela cobertura e biapoiada • Viga Faixa Protendida: 60cm de altura • Pilares em lâmina: 80x30cm, dispostos de 17 em 17 metros.

CORTE A - EDIFÍCIO CULTURAL


Fig 144|

Perspectiva interna EdifĂ­cio Cultural Fonte: autora Modelagem: autora e Felipe Sandri

PROPOSTA /95


A Proposta para esse Edifício Cultural é que sejam expostas obras de artistas goianos como ilustrado na imagem: • “Ave”: escultura em cobre da artista Dina Cogolli. • “Germinal”: escultura em madeira da artista Maria Guilhermina • Quadros do Cerrado do artista Osmar Souto


PARQUE INFANTI

Fig 145|

Perspectiva Parque Infantil PNE Fonte: autora Modelagem: autora e Felipe Sandri

PROPOSTA /97


IL PNE


AMPLIAÇÃO

PARQUE INFANTIL PNE 793,00

800,00 PIST

AD

E CA

MIN

HAD

O parque infantil PNE baseia-se em projetos inseridos em Goiânia como Parque Cascavel e Praça do Sol. Os brinquedos e materiais especificados, são muito ultilizados com um retorno positivo do público. Esse parque demonstra a importância em oferecer lazer para todos os perfis de pessoas, agregando aqueles que por algum motivo não conseguem se encaixar nos padrões universais

|

Fig 146 esquerda acima Planta chave Fonte: autora

PROPOSTA /99

|

Fig 147 direita Planta Parque Infantil PNE Fonte: autora

O

JE

Ç Ã

O

PA

VI

LH

Ã

O

• • • •

PR

Área: 880m² Piso emborrachado drenates Manilhas de alvenaria Brinquedos: balanço; tubos de telefone sem fio; casa do tarzan e gangorras • Brinquedos para pessoas com deficiência física: rampa PNE; gira-gira PNE; balanço PNE • Banco modelo Maurício Azeredo com madeiras de ipê, eucalipto e cumaru.

A


ÁREA PERMEÁVEL JARDIM DE CERRADO

0

5m

10 m


Fig 148|

Perspectiva Parque Infantil PNE Fonte: autora Modelagem: autora e Felipe Sandri

PROPOSTA /101


O parque infantil PNE inserido entre composições de jardins de Cerrado aparenta estar em meio a um ambiente selvagem, possibilitando ao usuário novas descobertas de espécies nativas. O uso não se restringe unicamente aos brinquedos, as crianças podem interagir com a vegetação e toda a área ao redor.


PARQUE INFAN


O Parque infantil voltado a atividades de aventura possui um programa que se adequa bem a uma topografia acidentada.

As crianรงas, jovens e adolecentes podem interagir com os espaรงos de diferentes formas, como soltar pipas, fazer escalada, descer em escorregares, pisar em pedras e andar por entre toras e cabos.

NTIL

Fig 149|

Perspectiva Parque Infantil Fonte: autora Modelagem: autora e Felipe Sandri

PROPOSTA /103


AMPLIAÇÃO

PARQUE INFANTIL 765,00

770,00

RAMPA

O proposta do Parque infantil baseou-se no Parque Bicentenário da criança do escritório Elemental, pois igual forma se aproveitou a topografia acidentada para a disposição dos escorregadores. Tipos de atividades: escalada; percurso pelos troncos de eucalipto; escorregadores; escada de troncos; pomar de árvores frutíferas; soltar pipas.

ÁRVORES FRUTÍFERAS

O Parque também conta com dois níveis de estar em piso de deck de madeira eucalipto, com bancos e pergolas.

775,00 NTENÇÃO

MURO DE CO

|

Fig 150 esquerda acima Planta chave Fonte: autora

|

Fig 151 direita Planta Parque Infantil Fonte: autora

PROPOSTA /105


ÁREA PERMEÁVEL

PISTA DE CAMINHADA

RAMPA

ÁRVORES FRUTÍFERAS

0

5m

10 m


LAGO VEREDAS

Fig 152|

Perspectiva Lago Veredas Fonte: autora Modelagem: autora e Felipe Sandri

PROPOSTA /107


S

O Lago Veredas é uma proposta de paisagem que celebra a formação savânica Veredas, composta por espécies de Buritis e grámínias do cerrado.


AMPLIAÇÃO

LAGO VEREDAS 754,00

CÓRREGO PALMITO

750,00

PO NT E

O Córrego Palmito, nesse trecho possui uma vazão média de 10 litros por segundo. Vazão baixa se considerada a proximidade das nascentes. Por esse motivo, foram propostos dois lagos rasos de 300 m² cada com espelho de 50cm, com enrocamento em pedra argamassada, para que nos períodos de seca, o córrego continue com água.

FO

NTE

A ponte de acesso ao outro lado do parque é em piso de madeira de eucalipto. A proposta é de que não seja apenas um local de passagem, mas tabém de contemplação da paisagem e de permanência por causa da fonte interativa.

PISTA DE CAMINHADA

|

Fig 153 esquerda acima Planta chave Fonte: autora

|

Fig 154 direita Planta Lago Veredas Fonte: autora

PROPOSTA /109

ÁREA PERMEÁVEL

755,00


ENROCAMENTO EM PEDRA ARGAMASSADA

LAGO 01

LAGO 02

0

5m

10 m


Fig 155|

Perspectiva quedas Lago Veredas Fonte: autora Modelagem: autora e Felipe Sandri

PROPOSTA /111


Temos um mundo inexplorável à nossa frente. [...] Temos mais de cinquenta mil espécies de plantas, em associações riquíssimas, caracterizando nossas regiões fitogeográficas, como a flora nebular, as florestas úmidas, o cerrado, a caatinga [...] É este o patrimônio fabuloso que a natureza nos oferece e que temos de defender, conservar e divulgar para todos os meios. (MARX, 1983 apud CAVALCANTI, 2009, p.193)


5 REFERÊNCIAS BIB ANTUNES, Bianda. Nova Cultura da Água. In: Revista AU – Arquitetura e. Urbanismo, entrevista concedida à Arquiteta Marussia Whately, São Paulo. SP, Ed. 251 Pini, mar 2015. Disponível: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/252/artigo339079-1.aspx> Acesso em 25 mar. 2018. ARAVENA, Alejandro. IACOBELLI, Andrés. Elemental. Incremental Housing and Participatory Design Manual. HATJE CANTZ, Ostfildern, 2012 BARBOSA, Altair Sales. O Sistema Biogeográfico do Cerrado, as comunidades tradicionais e culturas. Os Biomas brasileiros e a teia da vida. 14ª Páscoa IHU. UNISINOS. 2017. Disponível em: <http://www.unisinos.br/eventos/os-biomas-brasileiros-e-a-teia-da-vida-14-pascoa-ihu-ex122801-00001>. vídeo (142 min). Acesso em 16 mar. 2017. BRASIL. Lei Complementar n. 171, de 29 de mai. de 2007. Plano Diretor e o processo de planejamento urbano do Município de Goiânia, Goiânia,GO, mai. 2007. Disponível em: <https://www.goiania.go.gov.br/Download/seplam/Colet%C3%A2nea%20Urban%C3%ADstica/1.%20Plano%20Diretor/1.%20Plano%20Diretor%20-%20 Lei%20Comp.%20171.pdf> Acesso em: 06 jun. 2018. BRASIL. Lei n. 12.587, de 3 de jan. de 2012. Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, Brasília,DF, jan. 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2011-2014/2012/lei/l12587.htm> Acesso em: 06 jun. 2018. CAVALCANTI, Lauro; EL-DAHDAH, Farés. Roberto Burle Marx 100 anos: a permanência do instável. Rio de Janeiro: Rocco 2009. p.45 a 193. FRANCO, Fernando de Mello. A Construção do caminho. A Estruturação da metrópole pela coformação técnica das várzeas e planícies fluviais da Bacia de São Paulo. São Paulo: Tese de Doutorado, FAU USP, 2005. Freeman, Lance. Five myths about gentrification. The Washington Post. 2016. Traduzido por Menezes, Fabiane Ziolla. Os cinco mitos da gentrificação. 2016. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/futuro-das-cidades/os-cinco-mitos-da-gentrificacao-98ipcawsb7hc6cs98cg2vw9x4#ancora-1> Acesso em 03 jun 2018. GARRIDO, Ginés. Veronica Rudge Green Prize in Urban Design 2015: Madrid RÍO. 12th Veronica Rudge Green Prize in Urban Design. Harvard GSD. 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2IolXhOrLI8>. vídeo (84 min). Acesso em 08 sep. 2017. GOIÂNIA. Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns. Prefeitura de Goiânia. Goiânia, 2003. CERQUEIRA, Eugênia Dória Viana. A evolução das formas de gentrificação: estratégias comerciais locais e o contexto parisiense. In: Cad. Metrop, São Paulo, v16, n.32,

REFERÊNCIA / 113


BLIOGRÁFICAS pp.417-436, nov 2014. Disponível: <http://www.scielo.br/pdf/cm/v16n32/2236-9996cm-16-32-0417.pdf> Acesso em 31 maio 2018. GLISSANT, Édouard. Madrid Río, um proyecto de trasformación urbana. Madri: Editora Turner, 2011. GOIÂNIA. Prefeitura de. Plano Diretor de 2007. Goiânia: SEPLAM, 2007. GORSKI, Maria Cecília Barbieri. Rios e cidades: Rupturas e reconciliações. São Paulo: Editora Senac, 2010. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censos Demográficos. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. LAURIANO, William. Gentrificação: Estratégias de enobrecimento do solo urbano. Dos tijolos de barro no subúrbio paulistano aos blocos de Brasília. Brasília: Dissertação de Mestrado, FAU UNB, 2013. MAGRINI, Alessandra. Revista brasileira de energia, volume 8, n. 2. Política e gestão ambiental: conceitos e instrumentos, 2001. MARTINS, Frank. Veja a lista com 150 bairros sem água nesta terça-feira (31) em Goiânia e em Aparecida - O Popular. 2007. Disponível em: <https://www.opopular.com. br/editorias/cidade/veja-a-lista-com-150-bairros-sem-%C3%A1gua-nesta-ter%C3%A7a-feira-31-em-goi%C3%A2nia-e-em-aparecida-1.1382571>. Acesso em: 25 fev. 2018. MARX, Roberto B. Arte e paisagem: conferências escolhidas. São Paulo: Livraria Nobel, 1987. MCGRANE, SALLY. A Landscape in Winter, Dying Heroically. Home & Garden The New York Times. New York, 31 jan 2008. Disponível em: <http://www.nytimes.com/2008/01/31/ garden/31piet.html?_r=2&sc p=1&sq=piet%20oudolf&st=cse&oref=slogin&oref=slogin>. Acesso em: 14 maio 2017. NORBERG-SHULZ, Christian. Genius Loci, Towards a Phenomenology de Raquel Ramalhete. 20 Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1987. NOWNESS. The Wild Graden. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v= k8JjyHfOMJ8&t=20s&gT> vídeo (03 min e 07 seg). Acesso em: 14 maio 2017. PELLIZZARO, Keiiko Fueta. Restauração ecológica por meio de semeadura direta no Cerrado: Avaliando Espécies de diferentes formas de vida e densidades de Plantio. Brasília: Dissertação de Mestrado, IB UNB, 2016. PINTO, Luiza Helena; PINHEIRO, Sérgio Avelino. Orientações Básicas para Drenagem Urbana. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente, 2006.


PUAMA. Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns, 2011. Disponível em < http://www. goiania.go.gov.br/shtml/seplam/anuario2012/ meio%20ambiente/Parque%2Urbano%20Am- biental%20Macambira%20Anicuns%20(PUA- MA)%20-%20Folder.pdf>. Acesso em 25 de Março de 2018. THE ARCHITECTUAL REVIEW. Architecture & Water documentary. Part3: Water park. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=awUAgTTimgE> vídeo (10 min e 56 seg). Acesso em: 20 set 2017. RIBEIRO, Maria Eliana Jubé. Goiânia: os planos, a cidade e o sistema de áreas verdes. Goiânia: Editora da UCG, 2004. ______. Infraestrutura verde: uma estratégia de conexão entre pessoas e lugares. Por um planejamento urbano ecolóogico para Goiânia. São Paulo: Tese de Doutorado, FAU USP, 2010. SANTOS, Milton. A natureza do espaço. 3ª edição. São Paulo: Hucitec, 1999,. SIMAS, Kátia. Eixo Capim Puba requalificação urbana (TCC de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017. SIQUEIRA, Mariana de Melo. O Resgate de um Rio Urbano: Parque Linear do Manzanares. Revista AU, São Paulo: Editora Pini, n. 212, p. 70-75, nov. 2011 ______. O silêncio é a verdadeira sinfonia da destruição. Cerrado Infinito, 2017a. Disponível em < http://cerradoinfinito.com.br/o-silencio-e-a-verdadeira-sinfonia-da-destruicao/> Acesso em 21 maio. 2017. ______. Jardins de Cerrado: rumo à autonomia ecológica das paisagens construídas. In: Colóquio Paisagens Culturais: A escassez de recursos hídricos como agente modelador da paisagem. Youtube (entre minutos 35:40 e 54:15), 9 maio 2017b. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=SpL7c2QIYpw&feature=share> Acesso em 21 maio. 2017. SISTEMA ESTADUAL DE ESTATÍSTICA E DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DE GOIÁS. Clima goiano. Disponível em: <www.sieg.go.gov.br>. Acesso em 31de Maio de 2018. TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Águas pluviais urbanas. Saneamento para todos. Brasília: Ministério das Cidades, 2006. ZÁRATE, Halina Veloso e. Projeto Botafogo: Costura Urbana. Monografa (TCC de Arquitetura e Urbanismo) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, 2014.

REFERÊNCIA / 115




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