O ESPAÇO E O COMPORTAMENTO DO USUÁRIO Centro de Vivência para Crianças Autistas
AMANDA CAROLINA SOARES
Nada é tão humano quanto entender as individualidades de cada um, e não fazer diferença disso.
Centro Universitário Moura Lacerda Arquitetura e Urbanismo
O ESPAÇO E O COMPORTAMENTO DO USUÁRIO: CENTRO DE VIVÊNCIA PARA CRIANÇAS AUTISTAS
Amanda Carolina Soares Orientadora: Luciana Pagnano Ribeirão Preto, 2017
Agradecimentos
ĂŠ sempre bom ter quem agradecer
Deus, agradeço por ter chegado até aqui. O Senhor é o autor do meu destino e sei que cada passo meu é guiado pelas suas mãos . Existem momentos na vida que nos impulsionam a querer ser alguém melhor e fazer o melhor, ou para alguém, ou para nós mesmos. Porém além de momentos, existem pessoas. Mãe, você é a pessoa que me deu forças a continuar lutando sempre. Você é a pessoa que me fez querer começar, permanecer e continuar. Agradeço a todos que fizerem parte desses anos.
Sumรกrio
Capítulo 1 – Apresentação + Justificativa 10 Capítulo 2 – O espectro autista 14 Capítulo 3 – Referências Projetuais 20 Capítulo 4 – Levantamento de dados 25 Capítulo 5 – Partido Arquitetônico 32 Capítulo 6 – Anexos/Pesquisas de campo 35 Capítulo 7 – O projeto 41 Referências Bibliográficas
01 apresentação + justificativa o porque de tudo
O autismo foi utilizado como tema base, por se tratar de pessoas que possuem o funcionamento do cérebro mais singular, com dificuldades principalmente de interação social, e comunicação. Portanto, acredita-se que esse grupo de pessoas possam se beneficiar muito em seus tratamentos de um espaço adequado e pensando nas reais necessidades e singularidades. Para isso, foi analisado a realidade dos espaços atuais que atendem as pessoas autistas no Brasil, e feitas análises de centros de atendimentos existentes não só no Brasil, mas no exterior, levando em consideração os materiais e tecnologias utilizadas, a fim de conseguir elaborar um projeto mais adequado a realidade existente atualmente. O espaço servirá como um lugar de recreação e integração entre os alunos, contribuindo assim para o desenvolvimento individual de cada um. Servirá principalmente como um apoio a escola regular, não substituindo a mesma, mas oferecendo um local onde os alunos possam desenvolver as atividades de interação de forma mais adequada.
Após pesquisas e análises na cidade de Ribeirão Preto, foi identificado a necessidade de se ter espaços mais adequados ao atendimento de crianças autistas, uma vez que na maioria dos casos os espaços são adaptados, não trazendo condições necessárias ao desenvolvimento dessas crianças. A cidade é uma das grandes referências no tratamento dessa doença, pois nas cidades próximas da região não existem quase nenhum centro especializado, o que aumenta ainda mais a demanda de espaços adequados.
O Objetivo Geral deste trabalho é projetar um espaço de vivência que busque suprir as reais necessidades na área comportamental, da comunicação e imaginação das pessoas portadoras do transtorno do espectro autista, funcionando como um apoio ao ensiono regular onde as crianças poderão desenvolver em um local mais adequado as atividades de interação com o espaço e com a sociedade.
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Entender o funcionamento do comportamento das pessoas com o transtorno do espectro autista relacionado ao espaço físico onde elas vivem e se relacionam.
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Promover inclusão social das pessoas portadoras do transtorno do espectro autista através de espaços que contemplem artifícios necessários para isso;
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Projetar locais que permitam a flexibilidade de usos;
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Projetar um espaço com acessibilidade e que atenda as reais necessidades dos usuários.
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02 o espectro autista entendendo as individualidades
O autismo é o nome dado para uma característica do sistema nervoso central, que causa um transtorno de desenvolvimento. Ele se manifesta na infância e tem como principais características as dificuldades de comunicação e interação social. Esse transtorno possui etiologias múltiplas, que são definidos de acordo com critérios acima de tudo, clínicos. A expressão autismo foi utilizada pela primeira vez por Bleuler em 1911, para designar a perda do contacto com a realidade, o que acarretava uma grande dificuldade ou impossibilidadWe de comunicação.(GADIA,2004). No entanto devemWos considerar que as primeiras descrições mais fiéis do autismo, surgiram por volta dos anos 40, portanto, trata-se de um diagnóstico recente. Por não se tratar de uma doença única e sim de um desenvolvimento complexo, afetam os indivíduos em diferentes graus e níveis de severidade. ”Quando jogamos uma pedrinha em um lago de água parada, ela gera várias pequenas ondas que se formam camadas mais próximas ou distantes do ponto no qual a pedra caiu. O espectro autista é assim, possui várias camadas, mais ou menos próximas do autismo clássico (grave), que poderia ser considerado o centro das ondas, o ponto onde a pedrWa atingiu a água. Esse espectro pode se manifestar nas pessoas de diversas formas, mas elas terão alguns traços similares, afinal todas as ondulações derivam do mesmo ponto. ‘’(GADIA, 2004)
O autismo é uma característica que pode se manifestar em diferentes níveis de gravidade. Ela não possui somente uma forma, e o portador não precisa apresentam todos os sintomas para ser diagnosticado com autismo. Trata-se de uma variação infinita em que existem desde de traços leves, até um quadro clínicos com todos os sintomas. As variações geralmente são as deficiências nas áreas sociais, comunicativa e comportamental, mas não precisam necessariamente aparecerem juntas, porém, em todos eles aparecem em menor ou maior grau as dificuldades de interação social. Segundo BARBOS, 2012, os espectros podem ser divididos em 4 categorias:
• Traços do autismo, com características muito leves; • Síndrome de Asperger; • Autismo em pessoas com alto funcionamento; • Autismo clássico, grave, com retardo mental associado.
Pessoas que apresentam o espectro autista no grau mais leve, com apenas alguns ‘’traços’’, podem confundir os sintomas não como um problema, mas como uma vantagem. Pode-se observar esse caso em irmãos de autistas, e também em pessoas com interesses restritos, como por exemplo crianças que só se interessam por videogames, ou futebol, mas possuem dificuldades em se interessar por outros assuntos e acabam prejudicando suas interações sociais. Após esse nível mais leve, temos também o caso de crianças consideradas com a Síndrome de Asperger. As principais características dessa síndrome é a necessidade de manter-se solitário em suas atividades, dificuldade em entender o que o outro está sentindo e de compartilhar ideias e interesses, e também apresentam interesses restritos. Essas pessoas apresentam rotinas e rituais, além de dificuldade de entender frases com duplo sentido. Também é comum crianças apresentarem dificuldades de alfabetização, pois eles podem focar e partes do conteúdo ao invés de observar o global. O próximo nível mais grave do espectro, são os pacientes com alto funcionamento de autismo. Elas também não apresentam problemas cognitivos como retardo mental, mas possuem atraso na linguagem, diferente de pacientes com síndrome de Asperger. Além disso, apresentam dificuldades de interação social e dificuldades comportamentais. O espectro mais grave do autismo, e aquele que possui retardo mental associado e dificuldade de independência. Esse autismo é chamado de autismo clássico e esse que geralmente as pessoas associam quando se fala em pessoa autista. Apresentam todos os casos de sintomas anteriores, porém em maior
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nível de gravidade. Pode necessitar de cuidados por toda a vida e cada habilidade deve ser treinada de maneira minuciosa, até mesmo nas áreas de cuidados pessoais, como higiene e muitas outras tarefas consideradas simples como comer e se trocar. O autismo clássico é considerado um problema grave e deve ser tratado muito precocemente. O diagnóstico é feito por equipes especializadas e baseadas na presença de determinadas alterações de comportamento e desenvolvimento. As manifestações clínicas são muito precoces, sendo evidentes na grande maioria dos casos antes dos dois anos de idade.(MELO,2013). Por esse motivo, os profissionais da área da saúde buscam incessantemente o diagnóstico precoce. O diagnóstico pode ser demorado e a criança pode precisar ser acompanhada por um tempo, pois o comportamento das crianças mudam ao longo do tempo e os seus ritmos de desenvolvimento são variáveis. O acompanhamento de processos normais que acontecem na infância, principalmente nos primeiros 24 meses de vida, como as primeiras palavras, os primeiros passos, são fundamentais para um possível diagnóstico do problema. Geralmente os pais, a família fica atento a cada novidade que a criança faz, com direito a filmagem e fotos. Mas e quando isso não acontece? Esse pode ser um dos principais sinais para se dar maior atenção a criança, pois o quanto antes se nota que algo não vai bem, maiores serão as chances de ser corrigir as disfunções causadas por essa condição.
Estudos comprovam que a principal área afetada é a habilidade social. O autista tem dificuldade de interpretar os sinais sociais e de perceber as intenções do outro, e isso faz com que ele não perceba corretamente algumas situações no ambiente no qual vive. Pessoas com autismo, apresentam muitas dificuldades na socialização, com variados níveis de gravidade. Existem, por exemplo, algumas crianças com problemas bem severos, onde praticamente se isolam, se fechando em um mundo quase que impenetrável. Há também aqueles que simplesmente não conseguem se socializar com ninguém, e também outras que apresentam dificuldade muito sutis, qua-
se imperceptíveis, não só para a maioria das pessoas em geral, mas muitas vezes até para profissionais. ‘’ Vivemos num mundo repleto de opções de comunicação. Temos televisores em vários cômodos da casa, com diversos canais disponíveis. As informações viajam pela internet e atravessam continentes em segundos. Mas e quem não é capaz de captar e interpretar os sinais de comunicação? Como ficam estas pessoas nesse mundo cada vez mais conectado e comunicativo? As pessoas com autismo apresentam grandes dificuldades na capacidade de se comunicar pela linguagem verbal e não verbal e, com isso, permanecem isoladas e distantes em seus mundinhos particulares. ’’ (BARBOS, 2012)
Os seres humanos se comunicam principalmente pela linguagem verbal, que é não só a palavra falada, mas também a palavra escrita. Existe também a linguagem não verbal, que por sua vez é composta por um conjunto de sinais e símbolos que estão presentes no nosso dia a dia, como por exemplo, placas de sinalização. Além disso, a linguagem não verbal também pode ser a nossa expressão facial e corporal, gestos e posturas. A pessoa com autismo pode apresentar, desde os primeiros anos de vida, um atraso na fala e comunicação, seja ela verbal ou não verbal. Características como não ouvir quando é chamado, são muitos comuns nos primeiros anos de vida, o que deve ser tratado com muita atenção, pois pode acontecer nesse caso, dos pais confundirem com algum problema de audição por exemplo. Os estímulos são muito importantes nessa fase, para tentar fazer com que a criança se interaja cada vez mais com o ambiente e pessoas que ali vivem. Porém, segundo Barbos, 2001³, algumas vezes mesmo com muito estímulo a criança não fala. Os pais fazem sons, cantam e esperam o desenvolvimento das palavras, porém a criança não as reproduzem ou não saem da fase de ‘’lalação’’. A ausência da fala é o fator que mais preocupa e faz com que os pais procurem ajuda mais cedo.
2.2 O autismo no Brasil
Entender a realidade do autista no Brasil é muito importante para fazer um diagnóstico da nossa realidade. Para isso é necessário conhecer não só a realidade das instituições mas também fazer um panorama do cenário social e cultural que existente até então. Segundo Ana maria 4, o cenário do autismo no Brasil é tão complexa e pouco estudada que seria impossível elaborar um retrato com abrangência e profundidade necessária. Em 1962, fundou-se no a primeira associação de pais de autistas do mundo, que tinha, de princípio, três objetivos principais: abrir uma escola para crianças autistas, uma residência para adultos e criar um serviço de informação e apoio para outros pais. Hoje no Brasil, existe a AMA (Associação de amigos do autista), que é uma associação com os mesmos objetivos da que foi fundada nos Estados Unidos. Estudos feitos por pesquisadores juntamente com o governo federal no ano de 2012, mostra que até os anos 90 foram fundadas no Brasil 12 instituições que atendem pessoas autistas, e após os anos 2000 foram criadas mais 26. Isso mostra um grande avanço na identificação da escassez de espaços físicos destinados a tratar esse grupo de pessoas. Esse aumento se dá, principalmente pelo avanço das pesquisas e diagnóstico do problema cada vez mais cedo, que fez com que se detectasse a necessidade de se ter mais espaços físicos destinados ao tratamento de autistas. É uma das recomendações do governo federal, portanto, criar centros especializados em autismo e ampliar e aprimorar a rede pública de atendimento. Segundo Ana Maria Melo 4, a criação desses espaços, além de contribuir com a sua função assistencial podem funcionar como difusores de conhecimento e de capacitação sobre o autismo. Em uma pesquisa realizada com 106 instituições brasileiras, mostram que atualmente, as instituições sem fins lucrativos são responsáveis por cerca de 89% dos assistidos. Segundo Gauderer 1993, o espaço físico para atender pessoas autistas é necessário, e esse espaço deve ter uma estrutura flexível que atenda não só todos os espectros do autismo, mas também que possa receber pessoas desde os primeiros meses
até o fim de sua vida se for necessário. Criar centros de atendimento para crianças autistas não quer dizer não estar incluindo essa criança na sociedade. A função desse espaço deve ser a de preparar essa criança, juntamente com os pais para que essa inclusão possa ser feita de maneira adequada. Percebe-se que ainda existe uma diferença muito grande em relação ao número de instituições existentes, e a quantidade que deveria existir para atender toda a população autista do Brasil, conforme dados populacionais de 2012. 2.3 Espaços sensoriais: ambiente x comportamento
Desde os tempos mais antigos o homem é estudado, e a reflexão sobre seu comportamento social é feita desde o pensamento de grandes filósofos da antiguidade clássica. Entender o ser humano e sua diversidade social exige integração de diversas disciplinas, e reconhecendo essa inevitável interdisciplinaridade no estudo de pessoa-ambiente, é preciso que se busque em cada área isolada respostas que juntas, se complementem a favor de um único objetivo: o bem estar do individuo. A realidade de hoje, apesar de termos ciência da necessidade do trabalho conjunto entre as disciplinas, continua-se estudando isoladamente cada fator envolvido nessa questão. Acredita-se que a maior causa dessa falta de interrelação seja a super especialização gerada em cada área do conhecimento.
A Medicina dedica-se ao estudo das condições de saúde do corpo; a Psicologia analisa o comportamento humano; a Sociologia aborda a relação entre os indivíduos; a Arquitetura projeta os edifícios que os abrigam; o Urbanismo dedica-se à planificação das cidades... (ELALI, 1997 pág. 351
Paralelamente, apesar da óbvia necessidade de complementariedade de disciplinas que estudam faces diferentes do mesmo problema, nesse caso, o indivíduo, percebe-se que as
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informações geradas em cada grupo de estudo pouco se expandem além do seu próprio eixo de conhecimento. Na disciplina de arquitetura, os focos de estudo que de forma geral estão relacionados aos sistemas construtivos, aspectos estéticos e funcionais, deve abrir o seu leque e expandir suas preocupações para a questão do bem estar do indivíduo, preocupação com a satisfação do usuário e também com os impactos gerados pelas modificações na paisagem urbana, relacionando e propiciando uma integração física e social do indivíduo nas interferências realizadas. Dessa forma, entra em questão também as disciplinas de urbanismo e paisagismo, que serão os responsáveis por tais modificações na paisagem urbana. A psicologia por sua vez, tem seu foco na preocupação do comportamento do indivíduo ou grupo e nos processos de interação, onde a compreensão implica em longo período de envolvimento. A psicologia deve andar juntamente com a arquitetura auxiliando e servindo de apoio no momento de elaboração dos programas de necessidades e projeto, ajudando assim a se projetar para o indivíduo, considerando suas reais necessidades e particularidades da cada um. Assim, embora muitas vezes a Arquitetura seja encarada como profissão-cliente da Psicologia (à qual recorreria para aprofundar a análise de aspectos ligados à percepção e comportamento ambientais), o rebatimento de tais estudos não é imediato ou simples, de maneira que somente a parceria entre ambas, na realização de trabalhos conjuntos que contemplem as suas especificidades, pode vir a possibilitar a real ampliação dos conhecimentos. (ELALI, 1997 p. 351).
O trabalho conjunto entre as disciplinas é dificultado a maneira que cada uma tem uma linguagem específica e diferenças de tempos de estudos de cada caso.
Enquanto para os psicólogos, por exemplo, a preocupação reside no indivíduo (ou grupo) e nos processos de sua interação, cuja compreensão implica longo período de envolvimento, os problemas que se apresentam aos arquitetos exigem respostas quase imediatas, em função de prazos exíguos criados por exigências práticas ou institucionais. (ELALI, 1997 p. 352).
Uma vez que nem a Arquitetura nem a Pscicologia consegue abranger totalmente a relação pessoa-ambiente, precisa-se então encontrar um espaço comum entre ambas. Os sentidos humanos -tato, olfato, paladar, audição – são receptores sensoriais das mensagens dos ambientes e são igualmente responsáveis pela transmissão de experiências profissionais.
Os órgãos sensoriais permitiriam aos seres humanos ter sentimentos intensos pelo espaço. Isto passa então a se constituir em um amplo campo de pesquisa para aqueles que buscam estudar a questão da qualidade ambiental. Deste modo, pode-se dizer que “espacializamos” o mundo por meio dos nossos sentidos e, por este viés, surge o seguinte questionamento: como permitir que as cidades sejam construídas e reconstruídas incorporando a riqueza de nossas vivências e experiências emocionais? (KANASHIRO, 2003 p.156)
Figura 2: Esquema de percepção.
Como observamos na figura 1, o mundo percebido sofre interferências de vários elementos que são únicos em cada pessoa: a imagem cultural que está relacionada com o ambiente em que vivemos, com os costumes que adiquirimos ao longo da vida; a imagem pessoal que por sua vez está relacionando com o aprendizado que temos em casa com os nossos pais, do que é certo ou errado, do que podemos ou não fazer; e outros filtros possíveis que estes ainda mais são mais pessoais e
deve ser levado em consideração em cada indivíduo ou grupo estudado. Isso tudo também pode estar relacionado às preferências de cada pessoa sobre o ambiente. A arquitetura vai muito além da necessidade de um abrigo físico, mas questões como conforto e necessidades psicológicas de identidade e criatividade são diretamente influenciadas por esse ambiente construído. Nesse sentido, percebe-se extrema importância em ter um espaço físico adequado ao tratamento e desenvolvimento de crianças autistas, de forma que o espaço seja uma resposta ao diagnóstico de cada indivíduo, proporcionado assim um tratamento mais adequado a cada nível do espectro identificado em cada um. Segundo Ittelsson 5, o nicho evolucionário que o homem ocupa na escala filogenética da vida se caracteriza basicamente por sua habilidade de modificar o ambiente para servir uma ampla variedade de necessidades humanas, e ao fazer isso se diferencia totalmente dos outros animais.
reais necessidades desse grupo de pessoas. Portando o projeto do centro de vivência para autistas deve levar em consideração fatores como acústica, iluminação e texturas, fazendo com que o espaço se torne mais propicio ao tratamento e evitando causar mais transtornos e confusões na criança que estiver sendo tratada. Utilizar elementos familiares na construção desse edifício e tornar o ambiente mais alegre e divertido, evitando com que se gere uma sensação de receio e medo nas crianças tratadas deve ser o ponto principal no projeto. Na maioria das vezes os hospitais possuem corredores imensos com varias portas, e uma luz muito branca que dá um sensação de medo e insegurança em qualquer um. Em pessoas que possuem uma hipersensibilidade aos espaços, essas sensações são multiplicadas, portanto a aparência de um hospital tradicional deve ser evitada.
Para produzir mudanças ambientais adequadas, deve-se primeiramente entender o relacionamento de comportamento individuais e grupais do ambiente como um todo. Na medida em que observamos as construções de um modo mais comportamental, as inadequações de nossas atuais estruturas se tornam aparentes. Portando o bem estar do indivíduo deve ser ponto principal na elaboração de todos os projetos de arquitetura, mas principalmente, quando voltando para pessoas com características tão individuais. 2.4 O autismo e a arquitetura
Muitas crianças autistas, independente do espectro em que se enquadram são muito sensíveis a visão, a audição e a sensação que o ambiente pode trazer. Essa hipersensibilidade aos espaços pode trazer certa dificuldade no tratamento precoce da doença nas instalações atuais de tratamentos existentes, principalmente considerando que na maioria dos casos, os centros de atendimentos são adaptados em estruturas já prontas, não sendo feito nenhum levantamento prévio considerando as
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referĂŞncias projetuais para aflorar as ideias.
Jardim
de Infância – El Caracol
Localização: Pátio Bonito, Bogotá – Colômbia Ano do Projeto: 2011 Área Construída: 1200 m² O grande diferencial desse projeto é a proposta de utilizar a ideia da vida urbana no interior do edifício. Os autores acreditam que a pré-escola é um dos primeiros contatos entre a criança e a sociedade, e é lá que se inicia o desenvolvimento e formação pessoal e social. Nesta perspectiva, a proposta reproduz em seu interior elementos presentes em bairros e que compõem as cidades: ruas, praças, parques e até mesmo a própria organização do programa no lote.
1. Salas de Aula 2. Refeitório 3. Berçário 4. Pátio 5. Sala dos professores 6. Lavanderia 7. Controle 8. Depósito 9. Banheiro 10. Portaria 11. Enfermaria 12. Sala multimídia 13. Vestiário 14. Cozinha 15. Dispensa 16. Estoque de alimentos 17. Sala de emergência 18. Quarto de brinquedos 19. Pátio de Jogos
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1. Aulas 2. Salão Múltiplo 3. Diretoria 4. Piscólogos 5. Arquivo 6. Sala pedagógica 7. Sala dos Professores 8. Secretaria 9. Banheiros 10. Depósito
O edifício é composto de muitos cheios e vazios, que geram uma relação de espaço público como se fosse uma rua, criada a partir de um pátio central, o qual permite uma direta conexão visual com a ponte de acesso que liga os blocos de programas.
Jardim de Infância Elefante Amarelo / xystudio Autor: Xystudio Localização: Ostrow Mazowiecka, Polônia Ano: 2015 Área: 810 m²
Este jardim de infância foi projetado para comportar 125 crianças. É um edifício térreo com um pátio e mais cinco ambientes, sendo 2 para enfermaria e 3 para o jardim de infância.
O pátio interno conta com um tanque de areia e uma árvore, que é o "coração do edifício". A fachada do pátio é aberta a esse espaço com grandes janelas que permitem a máxima iluminação natural. Os vestiários têm conexão direta com as salas. As janelas dos vestiários são de correr, permitindo que as crianças dirijam-se ao jardim da maneira mais curta possível, quando estão abertas. Os corredores envidraçados e as coberturas baixas são passagens do pátio. Estes dissolvem os limites entre interior e exterior do edifício. O pergolado completa esta composição, que pode funcionar como cenário ou auditório. O edifício encontra-se localizado respeitando os pontos cardeais para garantir o isolamento necessário. Manteve-se em mente, além disso, criar um alto nível de sombra no pátio interno. Cada sala possui 2 ou 3 aberturas zenitais, o que garante iluminação natural difusa, o que não superaquece os ambientes. A distribuição do pátio está subordinada ao percurso solar.
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As cores são muito utilizadas em todos os ambientes, cada uma com uma função específica, seja ela acalmar, ou trazer motivação para realizar alguma atividade.
A escala foi o aspecto mais relevante que influenciou a forma do projeto. As alturas das entradas, as coberturas e os parapeitos foram subordinados pela escala. As entradas e coberturas foram projetadas em uma altura de 2,30 metros para que as crianças sentissem uma escala mais domésti Cada sala possui 2 ou 3 aberturas zenitais, o que garante ilumi- ca ao entrar no edifício. As alturas foram reduzidas ao máximo, especialmente para as crianças, para que sintam que o projeto foi feito para elas. nação natural difusa, o que não superaquece os ambientes. A distribuição do pátio está subordinada ao percurso solar.
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Levantamento de dados
Conhecendo o local
O local Onde?
Por que?
O terreno escolhido é uma área institucional e possui dois lotes. Um deles é ocupado pela Creche Municipal Alaor Galvão Cesar. A outra parte do terreno foi a escolhida para a realização do projeto. Fica localizado na cidade de Ribeirão Preto, no Bairro Vila Virgínia, na Avenida Primeiro de maio.
Essa área foi doada ao AMA (Associação Amigos do Autista) para que fosse construído um centro de atendimento, e assim ampliasse a capacidade de atendimento e adequasse os espaços do local, que atualmente é improvisado. Dessa forma, foi aproveitado que o destino do local era o mesmo conceito do projeto, e a área foi escolhida. Além disso, fica em uma área privilegiada na cidade, com acessos rápidos, perto do centro da cidade e de vários pontos de referência.
Centro Educacional SESI Escola Estadual Eugênia Vilhena de Morais Escola Estadual Eugênia Vilhena de Morais
Conforme podemos analisar na imagem acima, retirado do mapa de macrozoneamento de Ribeirão Preto, a área está dividida em duas macroregiões, sendo elas: ZUP: são áreas com condições geomorfológicas propícias para urbanização e ZPM: são áreas com margens de “fluxo d’agua” e áreas cobertas comW vegetação natural.
Hierarquia Viária
Na região existe bastante equipamentos, principalmente voltados para a área da educação, podemos notar a presença de escolas primárias, creches e escola de ensino médio. O terreno escolhido está em uma área institucional, e ao lado dele está implantado uma creche, o que caracteriza ainda mais essa região como um grande polo dos bairros vizinhos como geradores de equipamentos de educação.
Via Local Via Coletora Via Arterial
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De acordo com o mapa de hierarquia física, percebemos que grande parte das vias é nomeada de vias locais, e possui suas características de acordo com essa denominação, não sendo muito largas. A rua primeiro de maio, é caracterizada por ser via coletora, pois tem seu tamanho um pouco maior o que as outras. Já a Avenida Pio XII e a Avenida Caramuru, são vias arteriais e servem de ligação para os bairros: Vila Virgínia, Parque Ribeirão, Jardim Centenários, Jardim Progresso, Centro, entre os outros que estão nas imediações. O bairro da Vila Virgínia se tornou uma centralidade, apesar de estar localizado bem ao lado do Centro. Isso fez com que recebesse muito fluxo, tanto de moradores do bairro, como de moradores de bairros vizinhos, fazendo com que muitas ruas, consideradas como vias locais, recebessem fluxo de vias coletores, como é o caso da rua Rangel Pestana, que é um dos principais eixos de ligação do Centro com o Bairro, e também possui diversos serviços, principalmente de bancos, fazendo com que seu fluxo fique ainda maior.
Uso do solo
TRANSPORTE PÚBLICO
O terreno está localizado em uma área predominantemente residencial, por estar localizado nas imediações do conjunto habitacional Delboux. Além disso, o bairro da Vila Virgínia, por ser bem antigo, é composto na sua maioria por residência. Por outro lado, observamos que existe grande variedade de comércio e principalmente de serviços, fazendo com que não se torne necessário um grande deslocamento dos moradores para os bairros vizinhos ou para o centro da cidade para realizar as suas tarefas diárias. Esses usos englobam bancos, supermercados, escolhas, creches, e comércio em geral. O gabarito predominante do entorno é de 3 metros, por sua maioria ser residência e construções baixas. Esse gabarito varia um pouco com construções de 2 pavimentos, porém em sua maioria, são construções baixa. O conjunto habitacional Delboux, é composto de blocos com térreo e mais 3 pavimentos, em todos os casos, e são, nesse caso, os edifícios com os maiores gabaritos da área, apesar de se comparado com os prédios da Avenida Caramuru, ainda é baixo.
Transporte Público Principalmente por estar ao lado de um conjunto habitacional onde se encontram muitos moradores que dependem do transporte público, nota-se uma grande quantidade de pontos de ônibus onde passam várias linhas de transporte público. Pontos de Ônibus
O bairro tem bastante acesso aos transportes públicos, pois existem muitas linhas que passam no local, principalmente nas avenidas principais de ligação entre o bairro-centro, como a Avenida Pio XII e a Avenida Caramuru. As linhas na sua maioria faz a ligação até o centro, porém existem algumas que vão para outros polos geradores de trabalho, como no Ribeirão Shopping por exemplo, e faz essa ligação do bairro vila Virgínia com a Zona Sul da cidade, principalmente com as avenidas Presidente Vargas e Professor João Fiusa.
Principais linhas de ônibus que atendem a área:
D’elboux
Jd Centenário
Jd Marchesi
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Av. Prime
ESCALA GRÁFICA 0
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Taxa de Ocupação – 80% Coeficiente de Aproveitamento – 5 Recuos: Frontal - ao longo das demais vias que compõe o sistema viário, 5 (cinco) metros para os imóveis cujo gabarito seja superior a 4 (quatro) metros, podendo também seu recuo ser determinado pela fórmula H=3x(L+R) metros, onde H é a altura do prédio, L é a largura da rua e R é o recuo até o alinhamento. Lateral: § 3º - O recuo mínimo lateral ou de fundo estabelecido no caput, será de 2m (dois metros) e o recuo frontal, no mínimo o estabelecido no Art. 46, conforme o caso; Gabarito: Artigo 35 - O gabarito básico a que se refere o artigo anterior poderá ser ultrapassado na Zona de Urbanização Preferencial - ZUP e na Zona de Urbanização Controlada - ZUC, desde que atendidas as disposições pertinentes desta lei, tais como: recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, etc. Área Permeável – 10%
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O partido arquitetĂ´nico conceituando
Projetar para autistas é uma tarefa desafiadora, uma vez que o grupo de pessoas tem uma variação enorme de tipos comportamentais, personalidades, níveis de interação social, e outros fatores. Dessa forma, por mais que seja necessário se ter espaços adequados ao desenvolvimento específico de cada um, não se pode restringir os espaços com estímulos muito focados em um certo nível do espectro, pois na realidade não sabemos qual tipo de criança pode usar o espaço.
AUTISMO
ARQUITETURA
Pessoas individuais
Espaços individuais
Diversos Espectros
Diversos Usos
Integração com a sociedade
Integração entre os espaços
O partido arquitetônico foi definido buscando relações entre o espectro autista e a arquitetura, dessa forma, obtive as seguintes relações:
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O conceito do projeto é fazer espaços individuais que permitam diversos usos, implantados em locais distintos do terreno para que se tenha mais independência entre eles. Serão implantados módulos que servirão como espaço de aprendizagem, onde cada um desses módulos terá um banheiro e uma pequena varanda. Esses módulos podem ser encaixados e diversas posições, dessa forma servindo também como uma diretriz de ampliação do projeto. O conceito de independência entre os espaços se dá para que seja respeitada a individualidade de cada aluno, sem interferir nas atividades dos outros alunos, da mesma forma que as demais atividades que possam estar ocorrendo em outros espaços não interfiram no desenvolvimento de cada um.
Cada sala de espaço de aprendizagem poderá comportar até 3 alunos de uma vez, que podem fazer atividades individuais ou conjuntas. Entre os blocos de aprendizagem terá um espaço para atividades culinárias, onde será implantado uma horta. Nesse espaço também ficará a cozinha e dispensa, onde serão produzidas as refeições e servindo também de apoio as atividades culinária dos alunos. Nos blocos principais estarão localizadas no térreo as salas de apoio aos alunos como psicólogo, pedagogo e fonoaudiólogo, a sala dos pais que também servirão como espaço multimídia, uma recepção e banheiro. No pavimento superior ficará localizado a sala de coordenação e secretaria. Abaixo do volume superior estará localizado um pátio coberto para atividades externas. Ao lado, ficará o vestiário feminino e masculino, que além de servir de apoio para as atividades da piscina, também servirá como local para banho, que para as crianças que tem o espectro autista, é um momento também de aprendizagem. Todos os espaços estarão voltados para um jardim central. Os volumes estarão conectados por uma cobertura metálica que fará a ligação e integração entre os espaços.
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Pesquisas de Campo entendendo a realidade
Local: Fundação Panda
Endereço: Rua Dr. Hortêncio Mendonça Ribeiro, 391 – Alto da Boa vista Data: 03/04/2017 Horário: 08:30h Entrevistado: Chistiana Gonçalves Meira de Almeida Cargo: Vice Coordenadora A fundação panda é um centro de atendimento, localizado na cidade de Ribeirão Preto, que oferece tratamento a crianças de 0 a 6 anos de idade através de atendimento individualizado.
7. Existe algum espaço de convívio e experiência com familiares, coletiva? R. Não existe, os pais não costumam participar das aulas com os filhos. Existem cursos e reuniões com os pais, que são feitas na sala multimídia e ao começo e final de cada dia, os pais pegam os alunos no hall de espera, onde ficam também as professoras.
RELAÇÃO DE IMAGENS 1. Qual a faixa etária dos alunos atendidos? R. de 1 a 7 anos. Segundo a vice cordenadora, até essa idade o cérebro de criança ainda é ‘’plástico’’, assim existem mais chances do tratamento dar certo. 2. Hoje, quantos alunos são atendidos? R. 12 alunos. São 6 no período da manhã (das 9h às 12h) e 6 no período da tarde (das 14h as 17h) 3. Qual a capacidade atual do espaço físico? R. 24 alunos, sendo que temos 4 salas com capacidade para 3 alunos. 4. Qual a capacidade pretendida? R. Hoje essa capacidade está adequada, pois ainda atendemos metade dos alunos que poderíamos. 5. O local foi adaptado corretamente? R. Segundo Christiana, ela acredito que o local é bastante adequada, mesmo sendo uma adaptação, principalmente comparado a realizada de outros locais que oferecem o mesmo trabalho. 6. Que tipo de espaço não tem aqui, mas acha necessário ter? R. Os espaços ao ar livre, onde ficam os brinquedos, são bons, mais por ter uma grama sintética e ser todo aberto, quando chove, atrapalha bastante as atividades externas dos alunos, pois a grama sintética demora pra secar. Por isso, ela gostaria que tivesse locais mais adequados as atividades externas.
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Hall de Espera: Equipamentos necessários: Mesa de atendimento, armário e 3 cadeiras. Sala Multimídia: Equipamentos: Telão, televisão, balcão, cadeiras especiais e mesa retangular. Pátio Interno: Equipamentos: Prateleiras para brinquedos, porta mochilas, mesa com cadeiras para crianças. Pátio Externo: Equipamentos: Brinquedos Infantis.
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Salas de Aula: Equipamentos: 3 conjuntos de mesa com 2 cadeiras, 2 divisórias e gaveteiro pequeno.
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Banheiros: Equipamentos: Além dos equipamentos característicos do banheiro, podemos notar que todos eles são adaptados para crianças, e possuem também uma cadeira para que as professoras possam acompanhar.
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Local: AMA (Associação de Amigos do Autista) Endereço: Rua Nélio Guimarães, 184 – Alto da Boa vista Data: 04/04/2017 Horário: 14:00h Entrevistado: Angela Maria dos Reis Martini Cargo: Psicóloga Institucional
1. Qual a faixa etária dos alunos atendidos? R. Atendemos alunos de todas as faixas etárias, desde 1 ano de idade até adultos. Isso porque o autismo não tem cura, e sim tratamento, e a maioria dos alunos precisam de atendimento durante toda a vida. 2. Hoje, quantos alunos são atendidos? R. Hoje são atendidos 94 alunos, que são atendidos em horários e dias variados ao longo da semana. Na maioria dos casos, eles vem 2 vezes por semana. Se algum aluno precisa vir mais do que 2 vezes, analisamos como um caso isolado. 3. Qual a capacidade atual do espaço físico? R. Com essa quantidade de alunos que atendemos, a capacidade do espaço está adequada. Porém temos uma fila de espera muito grande por atendermos Ribeirão e região, e se pudéssemos ter um espaço maior seria ótimo. 4. R.
Qual a capacidade pretendida?
5. O local foi adaptado corretamente? R. Por falta de recursos, muitos espaços poderiam ser melhores, principalmente se tratando de espaços para os colaboradores. 6. Que tipo de espaço não tem aqui, mas acha necessário ter? R. Mais espaços para reuniões, por exemplo, porque semanalmente é realizado reunião com os pais e não possuímos local pra isso, então acabamos utilizando a sala do psicólogo enquanto ele não tem atendimento. Mas mesmo assim, as vezes gostaríamos de passar um vídeo, um filme e não temos recursos lá pra isso.
7. Existe algum espaço de convívio e experiência com familiares, coletiva? R. Logo na entrada existe um espaço onde os familiares ficam esperando os alunos acabarem as aulas, e lá os pais acabam se interagindo bastante. O AMA oferece lanche pra eles, e as mães acabam fazendo crochê, costura nesse espaço. Fora esse, existe o pátio onde as professoras ficam aguardando os alunos chegarem. RELAÇÃO DE IMAGENS
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Recepção: Equipamentos: Sofá de espera.
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Secretaria: Mesa de escritório, cadeiras, armários.
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Refeitório Equipamentos: mesas e cadeiras para refeição, mesa para apoio de comidas.
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Pátio interno: Equipamentos: Bancos feito de concreto e cadeiras, ventilador.
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Cozinha: Equipamentos: Fogão, geladeira, pia, bancada e armários. Sala de aula: Equipamentos: Cadeiras, armários, mesas
Pátio Externo: Equipamentos: Parquinho, piscina, espaço para horta, cama elástica. Piscina
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O projeto
colocando em prรกtica
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IMPLANTAÇÃO 1:200 Avenida Primeiro de Maio
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A IXA CA GUA D'A
1,00 E DA ZA J LA BILI EA
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Vestiário Feminino Vestiário Masculino Piscina Recepção Sala dos Pais/Auditório Salas de apoio Salas de Aprendizagem Cozinha Despensa Refeitório Horta Pátio Coberto
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TÉRREO 1:200
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B 6 0.50
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13 Administração 14 Diretoria
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SUPERIOR 1:200
A IXA CA GUA D'A
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Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas GADIA, CARLOS A. Et All. Autismo e doenças invasivas de desenvolvimento. Jornal de Pediatria, v.8, p.83-91,2004. MELO, ANA M. Et All. Retratos do Autismo no Brasil. 2013, Volume 1. W.H. Ittelson Et All. Homem Ambiental. Textos de psicologia ambiental. Universidade de Brasília, 2005, volume 14. SILVA, ANA B.B. Mundo Singular: entenda o autismo. Editora Fontanar. São Paulo, 2012. 288 p. Sites consultados: Prefeitura de Ribeirão Preto – Legislação Municipal. Disponível em : <https://www.ribeiraopreto. sp.gov.br/J321/pesquisa.xhtml?lei=21377> Acesso em 8 de maio de 2017 Concurso de Projetos – Jardim de Infância Burgenland. Disponível em: <https://concursosdeprojeto.org/2012/06/16/jardim-de-infancia-austria-solid/>Acesso em 04 de maio de 2017. ArchDaily – Jardim de Infância Elefante Amarelo. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/ br/786789/jardim-de-infancia-elefante-amarelo-xystudio>Acesso em 04 de maio de 2017. ArchDaily – El Caracol Kirdergarten .Disponível em: <http://www.archdaily.com/259696/el-caracol-kindergarten-demos-arquitectos>Acesso em 02 de maio de 2017.