Generation Outubro 2018
Guia de estilo
Seu dicionรกrio para os estilos alternativos
Editorial Vamos para uma aventura no mundo Fashion ! A moda sempre foi um grande assunto de curiosidade para várias pessoas, mudando diversas vezes ao longo do tempo e, com as diversasculturas, se transformando de uma ferramenta destatus social para uma forma de expressão e personalidade até umaforma de arte. Aqui iremos falar sobre a moda de rua atual do Japão, onde o importante é seguir o seu estilo e se expressar, sem julgamentos ou códigos de etiqueta, seja ele um estilo mais tradicional ou extremamente exuberante e cheio de glamour, sombrio, carregado de cores, cheio de enfeites ou até mesmo parecendo uma boneca.
equipe Fotografia: Amanda Sousa Design:
Amanda Sousa
Redação: Amanda Sousa E-mail: amandasousa@harajuku.com
A moda nomeada como “Harajuku”, diferente da moda conhecida por nós, de passarelas e estilistas renomados (etiquetas e grifes), trás uma abertura tanto para pessoas que queiram começar no mundo do estilismo quanto para quem que procura se encaixar no mundo, já que nem todos acham lindo um Chanel, Gucci, Prada ou outras marcas que pregam por uma “normalidade” na forma de se vestir. Pelo cambio cultural estar se intensificando cada vez mais, já é possível ver um público adepto dessa moda alternativa aqui no Brasil, porém como ainda é pouco conhecido, ainda há muitopreconceito por ser algo tão diferente e inusitado. Essa revista tem intuito de mostrar a moda que simplesmente é um oceano inexplorado de criatividade e autenticidade, já que mesmo que possuam nomes os estilos aqui presentes, nunca haverá uma pessoa vestida igual àoutra mesmo ambas estando em uma mesma classe. Iremos contar a história e dar dicas de todos os estilos, para que cada um possa se encontrar nesse oceano de possibilidades que é a Harajuku.
Amanda, Editora
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Sumário Generation
Bem vindos ao Japão
► Pág 6
Japão O florescer da moda no Japão
► Pág 8
Harajuku, a mistura do tradicional com o exótico
► Pág 10
Moda A moda alternativa, do diferente e da expressão
► Pág 12
Kimonos, dos clássicos as explosões de cores
► Pág 14
Moda lolita, a mescla do estilo vitoriano com a inocência infantil
► Pág 16
Moda Decora, muitos acessórios e várias cores
► Pág 20
Fairy kei, acessórios delicados e a fofura dos anos 80
► Pág 22
Dolly kei, contos europeus e o toque da idade média
► Pág 24
Estilo gyaru, as patricinhas orientais glamurosas
► Pág 26
Visual kei e oshare kei, o estilo rock do Japão
► Pág 28
Angura kei, dos teatros e filmes de terror
► Pág 30
Pastel goth, o gótico com elementos fofos e cores pastéis
► Pág 32
Mundo A moda alternativa fora do Japão
► Pág 34
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A cultura japonesa é resultado das várias ondas de imigração provenientes do continente asiático e das Ilhas do Pacífico, seguido por uma forte influência cultural da China e, em seguida, um longo período de relativo isolamento do resto do mundo sob o Xogunato Tokugawa até a chegada dos navios negros da Era Meiji até o final do século XIX, quando recebe uma enorme influência cultural estrangeira, que se torna ainda mais forte após o fim da Segunda Guerra Mundial. Como resultado, uma cultura distintivamente diferente do resto da Ásia se desenvolveu, e resquícios disso ainda existem no Japão contemporâneo. No último século, a cultura japonesa foi também influenciada pela Europa e pela América. Apesar dessas influências, o Japão gerou um estilo único de artes, técnicas artesanais, espetáculo e tradições, além de uma culinária única.
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Bem vindos ao Japão !
Por: Amanda Sousa
A cultura do Japão evoluiu grandemente com o tempo, da cultura do país original Jomon para sua cultura híbrida contemporânea, que combina influências do Brasil, Europa e América do Norte.
O Japão moderno é um dos maiores exportadores do mundo de cultura. Os animes, mangá, filmes, a cultura pop japonesa - moda e música conquistaram popularidade em todo o mundo, e especialmente nos outros países asiáticos. Junto com o Reino Unido e com os Estados Unidos, o Japão é e sempre foi considerada uma superpotência cultural.
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Japão
14 de Outubro de 2018
O florescer da moda no Japão
Por: Amanda Sousa
Conheça a origem do vestuário japonês e suas raízes, e como ele foi mudando até se deparar com as vestes dos dias atuais.
Dos séculos IV a IX, o Japão recebera forte influência da China, adotando regras de vestuário estilo chinês, e posteriormente foram divididas em roupas cerimoniais, roupas de corte, de roupas de trabalho. Foi no ano de 757 que se passou a usar no Japão os primeiros kimonos com a característica gola em “V”, ainda similares aos usados na China, e mais parecidos com o que conhecemos nos dias atuais.
Opulência têxtil
Na Era Heian o contato oficial com a China foi suspenso pela corte imperial, e esse afastamento permitiu que formas de expressão culturais genuinamente japonesas florescessem nesse período. No vestuário isso se refletiu em um novo estilo, mais simples no corte, mas mais elaborado em camadas e sofisticação têxtil. Homens da aristocracia passaram a usar um conjunto formal composto por uma ampla saia-calça com várias camadas de longos kimonos por baixo e uma enorme túnica bordada, de mangas longas e amplíssimas e uma cauda de cerca de 5 metros. Damas da corte usavam um conjunto amplo e impressionante de doze kimonos da mais fina e luxuosa seda sobrepostos, criando um efeito multicolorido de impacto.
Um exemplo do vestuário chinês adotado pelo Japão, kimono feminino usado nas dinastias do sul e norte da China.
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Membros da nobreza japonesa utilizando roupas considerados da aristocracia, cheio de camadas da mais pura seda.
14 de Outubro de 2018
O Japão de samurais
Com o xogunato e o declínio da corte imperial, o vestuário tomou novos estilos adotados pela ascendente classe dos samurais, que utilizavam uma capa engomada com gola arredondada, com longas e amplas mangas que podiam ser decoradas com cordões. As mulheres passaram a usar uma combinação de kimono com uma saia-calça ampla com placa de sustentação nas costas, usada também por homens.
Retrato clássico dos samurais, juntamente com peças e armaduras usadas por eles.
Gostos burgueses
Durante os 250 anos de paz interna do xogunato Tokugawa, os chonin (burgueses, ricos comerciantes) deram apoio a novas formas de expressão artística e cultural que não mais derivavam da corte imperial ou da corte do xogum. Os “bairros do prazer” nas cidades de Tóquio, Osaka e Kyoto ditavam moda. Os kimonos passaram a serem mais decorados, através de técnicas de tingimento, de decoração artesanal com pintura, bordados e desenhos desenvolvidos no tear. Os obis femininos, faixas largas e compridas usadas para fechar os kimonos, feitos em brocado com fios de ouro e prata, ganharam ênfase na moda e viraram símbolos de riqueza. Exemplo de roupa feminina, feito com tecidos finos, bordados em ouro e várias ornamentações.
Tempos modernos
A partir da Era Meiji os japoneses lentamente adotaram o vestuário ocidental. O processo começou quando o governo determinou que todos passassem a usar roupas ou uniformes à ocidental. Ao final da 1ª Guerra Mundial, quase todos os homens já usavam ternos, camisas, calças e sapatos de couro. As mulheres adotaram mais lentamente os estilos ocidentais. No início apenas a aristocracia usava vestidos de gala. A partir da 1ª Guerra Mundial, mulheres instruídas e com profissões urbanas passaram a usar diariamente roupas ocidentais, mas só após a 2ª Guerra Mundial foi que o vestuário ocidental passou a ser a regra em todas as classes sociais, homens mulheres e crianças.
A absorção de trajes europeus pela população japonesa, combinando elementos de sua cultura.
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Japão
Harajuku, a mistura do tradicional com o EXÓTICO
14 de Outubro de 2018
Harajuku é o ponto para ver e ser visto. Com um repertório bem diversificado de looks que vai do mais excêntrico até o que acabou de sair das passarelas, o bairro reina como capital da moda do futuro no Japão.
Por: Amanda Sousa
Harajuku começou como uma forma de libertar ideias e copiar ícones americanos como o famoso ator James Dean. Após sediar as Olimpíadas de 1964, a cidade de Tóquio adquiriu novas tendências. Muitos jovens começaram a se juntar em grupos para dançar ao som de Rockabilly e se vestir o mais próximo possível do ícone da época.
Harajuku colorida e exótica
Primeira vista da entrada do distrito de Harajuku ao sair do metrô, sempre enfeitada e colorida com balões.
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De lá para os dias atuais muitos outros estilos e “tribos” se juntaram a região tornando-a única em diversas formas. Culturas como o Hip-Hop chegaram para ficar com o inicio dos anos 2000, e o resultado desta rara sintonia dos japoneses com o hip hop, é uma forte presença mesmo na cultura pop em geral, não apenas na forma de vestir como nas músicas, o que acabou criando a cultura pop japonesa.
14 de Outubro de 2018
muito frequentada por adolescentes , ela oferece lojas voltadas principalmente para esse público, tendo roupas com um estilo mais jovem, com cores mais vibrantes, acessórios mais descontraídos e até lojas para quem quer fazer costume player (cosplay). É o lugar mais provável para ver pessoas vestidas de estilos diversificados, com roupas como personagens de animes, cabelos ou lentes coloridas.
Todas as tribos convivem e interagem em Harajuku. Por lá circulam desde rapazes com calça de couro e cabelo pintado de azul assim como meninas vestidas como personagens de animes. Pseudo-hippies cruzam com punks, que esbarram com góticos saindo de uma loja repleta de dançarinos de street dance. Adolescentes vestidas com roupas do século 18 passam ao lado de patricinhas segurando bolsas Louis Vuitton. E mesmo dentro dessas classificações, cada um tem um toque pessoal.
É o estilo único de cada uma das pessoas foi oque transformou Harajuku em um desfile permanente de streetwear.
Evento “Harajuku Fashion Walk” no distrito de Harajuku.
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Moda
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14 de Outubro de 2018
14 de Outubro de 2018
A moda alternativa, do diferente e da expressão Por: Amanda Sousa O Japão é um país essencialmente cheio de regras e disciplina. Por isso, durante a semana na escola e no trabalho existem diversos dresscodes – regras de como se vestir, usar o cabelo, as unhas, maquiagem, etc. Essa rotina é inteiramente respeitada, porem como em qualquer lugar do mundo, há quem sinta dificuldades em se expressar usando as roupas do dia a dia. É justamente para quebrar as regras, que surgiu o que se chama hoje J-Fashion, ou Harajuku Fashion. Foi entre as décadas de 80 e 90 que os freqüentadores de Harajuku começaram a ativamente expressar seus gostos e preferências na forma de combinações criativas, de roupas, e se apropriar das ruas dessa região para usá-las sem medo. Diariamente, é possível ver pessoas manifestando a moda de maneira única, desde estilos mais conhecidos em âmbito mundial – tais como o punk, o hip-hop e o gótico – até estilos cujo berço foram as próprias ruas do Japão. Esses são os estilos Lolita, Decora Kei, Visual Kei, FairyKei, Shironuri, entre outros.
O termo moda de rua não é exclusivo das ruas japonesas. Ele deriva da ideia de que a moda se constrói nas ruas, e quem dita suas regras são os próprios usuários, que criam e moldam estilos diferentes a todo o momento. É o oposto da moda de passarela, em que as grifes dominantes no mercado ditam o que se deve ou não vestir. Na moda de rua, são as grifes que, percebendo as constantes mudanças nos padrões de comportamento dos usuários, adequam-se e lançam roupas e acessórios que atendam sempre às novas demandas. Assim, novas tendências surgem, e com elas novos estilos, enquanto alguns deixam até de existir. A moda que vive nas ruas é dinâmica, fazendo surgir novas lojas, novas roupas, novos acessórios a todo momento.
Estilo fairy kei, mostrando a mistura resultante de elementos clássicos japoneses com estrangeiros.
Estilo vusial kei, mostrando a mistura de elementos clássicos japoneses com estilo vitoriano gótico.
Estilo lolita, mostrando a mistura de elementos japoneses, europeu e estilo vitoriano francês.
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Moda
14 de Outubro de 2018
kimonos, dos clĂĄssicos as explosĂľes de cores Por: Amanda Sousa
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14 de Outubro de 2018
Os kimonos japoneses mudaram conforme a modernização do vestuário, cores e estampas tradicionais deram lugar para cores novas bem chamativas, com desenhos diversificados, muitas vezes remetendo a cultura popular ocidental.
Atualmente ainda é possível ver pessoas usando kimonos nas ruas do Japão, principalmente na região de Ginza. Além de continuarem com a tradição do uso de kimono em eventos tradicionais, especiais e importantes, a geração mais jovem costuma misturar seu estilo próprio com o kimono. Diversas marcas famosas dos estilos de Harajuku confeccionam peças com influência do kimono e até mesmo se voltam completamente para elas, adaptando para o estilo da brand.
Diversos modelos de kimonos em suas cores e estampas. O corte seguia o padrão, mas suas cores e desenhos fugiam do tradicional.
O estilo Wa-Lolita é um dos mais conhecidos, trazem as mangas longas e o transpassado dos kimonos, mas repletos de babados e saia rodada, além de um cinto (obi) com um laço bem fofo. O Visual Kei também tem uma vasta coleção dentro do modelo dessas vestes, fazendo belos kimonos no estilo punk/gótico, tem a Gouk, que é voltada exclusivamente para peças com estampas japonesas e modelos inspirados no típico japonês. O estilo Gyaru também tem sua ponta influenciada pelos kimonos e yukatas.
O kimono usado pelas Wa-Lolita é mais curto (altura do joelho) e rodado para conter uma anágua.
O kimono usado pelas Gyaru é parecido com os tradicionais, porém com estampas clássicas e excêntricas e muitos acessórios.
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Moda
14 de Outubro de 2018
Moda lolita, a mescla do estilo vitoriano com a inocência infantil
Por: Amanda Sousa
“A moda lolita é a cara do Japão, sendo o estilo alternativo mais reconhecido pelos estrangeiros, misturando elementos da cultura “kawaii” com vestimentas da era vitoriana.”
O estilo de moda denominado LOLITA teve seu início no começo da década de 80 no Japão, seu auge foi em meados dos anos 90 e ganhou bastante popularidade no ocidente nos anos 2000. É uma subcultura cuja moda se inspira na cultura kawaii (que significa fofa ou vulnerável) na nostalgia de outras épocas, períodos históricos como o romântico/vitoriano ou na própria infância, e é um dos mais reconhecidos nas ruas do Japão. Sendo boa parte do estilo inspirado na moda romântica/vitoriana, as lolitas se preocupam em manter o recato e os trejeitos das moças daquelas épocas, por exemplo, não exibindo o corpo em excesso, evitando uma imagem sexualizada e mantendo uma silhueta de cintura marcada e saias amplas em forma de sino na altura do joelho usadas com anáguas de volume. É difícil resumir todos os subestilos Lolita. Como essa é uma subcultura baseada na moda e a moda está em constante mudança, novos subestilos surgem de tempos em tempos com diferentes temas em foco.
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Se ganhou um interesse maior de pessoas de outros países que gostam dessa estilo. Suas categorias mais famosas são: Classic Lolita: é um estilo mais maduro. Neste caso, a saia pode ser em formato “A” e de comprimento do joelho pra baixo. É inspirado em épocas como o Renascimento, Era Elizabetana, Barroco, Rococó, Vitoriana e Eduardiana. Roupas em tons neutros como azul, vinho, chocolate, creme, estampas xadrez, listras finas. Os acessórios são elegantes, sem excessos, como camafeus, pérolas, relógios antigos, luvas e bolsas simples.
♥ Categoria bem tradicional ♥ Foca em cores claras e naturais, como azul, verde, vermelho, creme e marrom
Casual Lolita: É uma versão mais adequada ao dia a dia,
Sweet Lolita: É um estilo mais infantil. Com roupas
♥ Categoria bem tradicional ♥ Foca em cores claras e naturais, como azul, verde, vermelho, creme e marrom
♥ Inspirado pelas roupas de crianças da Era Vitoriana e Alice no País das Maravilhas ♥ Caracterizado principalmente por filhotes de animais, temas de contos de fada, trajes infantis, Hello Kitty, Rilakkuma e outros personagens populares do mesmo estilo ♥ Uso de cores pastéis e cores mais apagadas nos tons preto, azul e vermelho
misturando a moda Lolita com roupas casuais. Se adapta à qualquer estilo Lolita. Pra quem está iniciando. O look é simples e mistura peças Lolitas com não-Lolitas. Anáguas de volume são recomendadas pra manter a silhueta mas não são obrigatórias.
em tons pastel, estampas fofas, corações, fitas, laços e babados em abundância. saias na altura dos joelhos ou um pouco acima. Acessórios como bonnets, bolsa, sombrinha, sapatilha ou pequenos saltos. A maquiagem é natural. É comum carregarem uma boneca ou um ursinho de pelúcia.
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Moda
14 de Outubro de 2018
Gothic Lolita: Peças em preto e branco são
as características mais forte deste estilo que incorpora em geral, tons escuros e temas sombrios. Uma mistura de gótico ocidental com a ingenuidade Lolita. Gothic Lolita não é um subestilo da Moda Gótica, mas incorpora alguns de seus elementos.
♥ Uma das categorias mais comuns do estilo Lolita ♥ Caracterizado pelo seu estilo gótico romântico ♥ Popularizado pelo músico Mana
Guro Lolita: Tem aparência grotesca, assutadora, algo como uma boneca quebrada saída de filme de terror. Manchas de sangue, tapa-olhos, falsas feridas, curativos são os “acessórios”, de preferência num look branco pro drama ser maior.
♥ Uma categoria violenta da moda Lolita. ♥ Acrescenta-se tapa-olhos, bandagens, sangue falso, etc.
Erololi: É um estilo sexy, mas nem por isso
revelador. Pode ter referências ao fetichismo, em peças de couro ou vinil, decotes um pouco maiores, corsets sem blusa por baixo e saias mais curtas, cinta liga, crinolina aparecendo, uma aparência mais madura.
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♥ mistura do sexy com o inocente. ♥ uso de cintas-liga, rendas mais sensuais, couro e outros elementos que remetem a fetiches.
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Hime Lolita: É uma princesa, ou melhor, roupas Deco Lolita: Inspirado na moda Decora, ficou que uma “princesa Lolita” usaria. Elegância e qualidade nos tecidos são essenciais. A saia vai da altura do joelho para baixo, podendo chegar aos pés. Decote um pouco menor e quadrado pra balancear a silhueta e mostra-se mais os braços e ombros. Usa-se uma coroa, coroa de flores ou chapéus usados por princesas vitorianas, como o acessório primordial.
♥ roupas que lembrem princesas de contos. ♥ Acessórios primordiais são coroas e cetros
popular a partir de 2007. O Decora é uma moda colorida e com excesso de acessórios que surgiu no fim dos anos 90. Tem cores vivas e usa a estética Sweet Lolita como base. Personagens da Disney, Ursinhos Carinhosos e Pequeno Ponei. Os acessórios em excesso são a parte principal do estilo, brinco, colar, anéis, pulseiras, luvas de renda.
♥ Pode haver uma cor predominante na construção do look: red, pink, black, rainbow, entre outras
Punk Lolita: É um estilo influenciado pela subcultura Punk ocidental, porém, é preciso
saber equilibrar o agressivo com o doce. Preto e vermelho, xadrez, estampas de caveira. É o único estilo que usa polainas e mangas soltas nos braços. Acessórios como cartolinhas, correnters, spikes, alfinetes, meia arrastão e coturnos ou pesadas botas de plataforma. A maquiagem é ao gosto da lolita.
♥ Mistura de influências da moda Punk e Lolita. ♥ Pode parecer desconstruído e louco, mantendo a maioria da ‘silhueta Lolita’
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Moda
14 de Outubro de 2018
Moda Decora, muitos acessórios e várias cores Por: Amanda Sousa
Extravagância em ornamentações e uma explosão de cores é o que define o estilo Decora, onde não há limite ou regras de vestuário.
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O visual decora pode ser caracterizado pelo uso de peças e bolsas estampadas, presilhas no cabelo, pedrinhas na maquiagem, brinquedos pendurados no pescoço, incontáveis colares, pulseiras e muitas meias coloridas, sendo usadas ao mesmo tempo, dando total liberdade de escolhas e variedades para quem irá usar o maior número possível de acessórios e camadas de roupas.
Não há limite para o estilo, é tudo multi colorido, com mistura de texturas divertidas, combinação de diversos acessórios, presilhas até figurinhas, band-aids e lantejoulas no rosto.
Pink decora: Assim como o nome sugere, o que predomina é o uso do rosa, podendo haver variações de tom de rosa e podendo ser aceitos o vermelho e o branco na vestimenta.
Dark decora: O preto é a cor predominante, tendo variações com o branco, podendo ser caracterizado como um estilo punk da moda decora.
Colorful decora: Nessa categoria não existem restrições de cor, tendo cabelos coloridos e roupas extravagantes, o que importa é que não existe restrição.
Child decora: É geralmente caracterizado pelo uso de vestimentas, acessórios, entre outros elementos de animes e cultura otaku, deixando uma marca mais infantil.
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Moda
14 de Outubro de 2018
Fairy kei, acessórios delicados e a fofura dos anos 80 Por: Amanda Sousa
A combinação de exagero harmonioso, fofura, cores pastéis e muitos acessórios são o que define o estilo Fairy Kei.
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Estilo infantil como o Sweet Lolita, com uso de cores pastéis e elementos de brinquedos dos anos 80 e 90, como My Little Pony, Care Bears e Barbie. Cabelo natural ou pintado com cor pastel é bem comum, geralmente com penteados simples e decorado com algo fofo ou de tom pastel. O estilo requer muitos acessórios,mas não é só jogar tudo em cima e pronto. Precisa de um “feeling” e também conhecimento na hora de montar o outfit perfeito.
O visual por mais carregado de acessórios e estampas, sempre terá um ar fofo de conto de fadas e um toque bem delicado.
Esse estilo é uma variação do Decora, devido ao enorme número de acessórios utilizados, mas também, o Fairy Kei pode às vezes ser confundido com o estilo Lolita, pelo uso de saias bufantes, rodadas ou em camadas, meias listradas/ coloridas, etc; Porém diferente do Lolita, o Fairy Kei se baseia nos anos 80 e não na época vitoriana.
O toque cheio de acessórios com cores pastéis dá um toque inocente e fofo ao visual, sem ficar com aspecto de carregado.
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Moda
14 de Outubro de 2018
Dolly Kei, conto toque da Id
O estilo remete a uma ép um toque delicado de bon
O Dolly Kei surgiu em meados do ano de 2010. Assim como o estilo Lolita, o Dolly Kei possui uma pitada de modas brechós, tendo um pouco de foco em vintage e filmes de fantasia. O estilo é baseado na visão do Japão da Idade Média e contos de fadas europeus, especialmente os Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen. Inclui um look bem vintage e algumas vezes símbolos religiosos.
O visual remete a uma noiva de histórias da idade média, remetendo a um ar de contos antigos e de delicadeza.
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Acessórios do estilo remetem à um ar rococó e antiquado, sempre explorando rendas, babados e laços.
14 de Outubro de 2018
os europeus e o dade Média
Por: Amanda Sousa
poca antiga, de contos e necas e itens antiquados
Assim como em desenhos, referências são necessárias. As principais referências da moda é em filmes e livros, como Alice no País das Maravilhas, Harry Potter e Narnia. O foco também se faz em roupas típicas folk, cigana, com bastante bordados, peles, materiais pesados como couro e camurça. O importante é trazer uma típica lembrança de uma época mais medieval e rústica europeu.
Contos e coisas delicadas é o que definia o estilo Dolly, todas as suas roupas e acessórios tinham um ar misterioso que remetia as histórias em livros.
As roupas lembram donzelas de contos, cheio de detalhes delicados, babados e um aspecto inocente.
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Moda
14 de Outubro de 2018
eSTILO gYARU, AS PATRICINHAS ORIENTAIS GLAMUROSAS
Por: Amanda Sousa
Adoradoras da moda glamurosa ocidental, o grupo que o segue quer a diferenciação do padrão japonês
Estilo originou-se nos anos 70, quebrando todos os padrões tradicionais de beleza. É identificado como um sinal de juventude rebelde, uma espécie de punks japoneses, os gyaru-o e as gyaru iam contra os paradigmas estabelecidos pela sociedade nipônica e demonstravam suas idéias através de suas roupas, caracterizados por roupas de estilo feminino/glamuroso e acessórios postiços, como perucas, unhas e cílios postiços.
Kogal/Kogyaru
“Ko” vem do Japonês, que significa criança. Kogals são garotas que escolhem mudar seu tom de pele e cabelo para ir contra os padrões estéticos determinados pelas escolas japonesas. Conhecidas por usarem uniformes escolares kawaii ou modificar seus próprios, elas costumam estar separadas de outras garotas (não gals) e tem necessidade de estar sempre a frente quando o assunto é moda.
Oneegal/Oneegyaru
Oneegyaru é adotado por mulheres mais velhas (acima dos 20 geralmente) que precisam adequar-se a responsabilidades e outros pontos da vida adulta,mas sem ficar sem glamour. Esta sub-divisão costuma investir em looks mais sexys e makes mais sóbrias, lembrando muito o padrão europeu. Looks românticos e mais casuais também são vistos frequentemente. Pele bronzeada é pouco vista, cabelos costumam variar do loiro ao preto, sendo tons fantasia e cabelos multi-coloridos raros.
Mulheres mais velhas que desejam assumir esse estilo são denominadas Oneegal, onde o estilo glamuroso é adaptado para elas.
O estilo Kogal traz como característica vestes colegiais japonesas, mas pondo um toque de rebeldia e quebra do padrão asiático.
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Várias fotos de mulheres que seguem o estilo Gyaru, notando uma estética mais rebelde e diferente.
14 de Outubro de 2018
Himegal
Constantemente confundias com lolitas, as Himegyaru tem um estilo mais doce. São consideradas “versão princesa” do Oneegyaru. Himes priorizam sempre o uso de vestidos que valorizem as curvas,saltos altos e cabelos bem elaborados. Uma das características mais marcantes são os cabelos bufantes com adornos. Himegals costumam dar preferência a cores suaves na hora de vestir-se.
O que diferencia esse estilo do gyaru, é o uso de cabelos excessivamente bufantes com coroas e outros acessórios delicados de cabelo.
Ganguro
Ganguro é uma trend alternativa que apareceu no Japão logo no começo dos anos 90, usado especialmente por mulheres jovens. Tornou-se popular nos anos 2000, tendo como foco de concentração Shibuya e Ikebukuro. Neste estilo, o tan (escurecimento da pele) é meio alaranjado; sendo combinado com cabelos loiros, alaranjados ou acinzentado. Pedras coloridas coladas no rosto, tinta branca destacando os olhos e roupas coloridas são o mais evidente neste estilo.
Yamamba
Yamba devirou do Ganguro, porém é classificado como mais extremo. O tom torna-se mais escuro, sem perder a nuance alaranjada, os cabelos ganham mechas coloridas, que costumam ser sintéticas, as lentes de contato costumam ser mais chamativas. É característica das Yambas, ter maquiagem branca acentuada apenas na parte superior dos olhos e batom branco nos lábios.
Derivado do ganguro, o Yamamba escurece ainda mais a pele, abusando de mechas coloridas e maquiagem branca nos olhos e nos lábios.
Mamba
Mambas tem como principal característica o tan mais acentuado que todos os estilos citados até agora, passando do alaranjado para o marrom e, é claro, o “panda eye”. As Mambas, diferentemente das Yamamba, usam maquiagem branca ao redor dos olhos, causando o famoso efeito panda, os cabelos também ganham mechas coloridas em alguns casos, na maioria fluorescente; entretanto as cores mais comuns vão do loiro-alaranjado ao loiro-platinado.
No mamba o exagero no bronzeamento é ainda maior, deixando o tom alaranjado para trás e adotando o tom mais marrom, usando de cores mais exóticas em seus cabelos.
No Ganguro há mais uso do bronzeamento da pele e suas roupas são ainda mais estranhas e estravagantes, buscando cada vez mais se assemelhar as patricinhas estadunidenses.
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Moda
14 de Outubro de 2018
Visual kei e Oshare Kei, o estilo rock do japão Por: Amanda Sousa
O rock chegou influenciando boa parte do Japão, influenciando tanto a música como a moda, trazendo dois resultados diferentes: o Visual Kei, mais sombrio, e o Oshare Kei, um rock “colorido”.
Visual Kei
Criado na metade dos anos 80 por músicos japoneses, o Visual Kei é uma combinação de elementos diferentes, que não necessariamente se harmonizam, porém vêm influenciando gerações teens do Japão há mais de três décadas. Consiste na utilização de sobreposições, estampas exageradas, xadrez, listras, casacos vitorianos, babados, botas e plataformas, cabelos coloridos, lentes de contato de todas as cores, piercings, kimonos, toda a variedade de brilhos e metais, de maquiagem impactante, penteados incomuns e looks extravagantes.
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Para o ocidente o visual kei pode ser definido como uma mistura dos estilos emo e from uk, mas com uma pegada menos sentimental, mais rebelde e mais sombrio.
14 de Outubro de 2018
Oshare Kei
Seu estilo tem elementos punks e é colorido e vibrante – parecido com o Decora Kei, mas normalmente mais suave. Diferente do Visual Kei, sua maquiagem é mais leve, comum visual mais colorido, de aspecto infantil. Piercings faciais também são comuns.
O estilo Oshare tende a brincadeira de roupas cheia de estampas e coloridas, mas mantendo a característica do visual kei.
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Moda
14 de Outubro de 2018
Banda que seguia o estilo angura kei, na foto utilizam de roupas tradicionais de práticas budistas no Japão
Angura kei, dos teatros e filmes de terror Por: Amanda Sousa
O Angura Kei traz características macabras do teatro japonês, sendo underground, que busca se expressar sem usar elementos estrangeiros.
Angura é a abreviação da palavra ‘underground’. É um movimento cultural dos anos 60 e teve grande expressão no teatro independente. As roupas tendem a serem predominantemente pretas com espinhos e correntes, e a maquiagem é escura e pesada, evitando influências estrangeiras e adotam um visual mais simples e roupas típicas japonesas, seja um quimono ou um uniforme escolar, remetendo a um visual de “filme de terror japonês”.
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Além dos kimonos tradicionais, são utilizados outros elementos tradicionais japoneses para composição do visual, bem como a maquiagem carregada com pó de arroz e sombras escuras.
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Moda
14 de Outubro de 2018
Pastel Goth, o gótico com elementos fofos e cores pastéis
Por: Amanda Sousa
Mesmo não sendo um subestilo do tradicional Gótico, o Pastel Goth traz o preto básico com elementos de cruzes e caveiras, misturado com elementos kawaii, como as cores pastéis e estampas bem fofas.
Estilo relativamente novo e se popularizando cada vez mais em Tóquio. Surgiu em 2010 no Tumblr (Tumblr é uma plataforma de blog que permite aos usuários publicarem textos, imagens, vídeo, links, citações, áudio e “diálogos”), como uma combinação bem diferente da moda gótica com cores pastéis. Uso de roupas escuras com acessórios de caveiras e cruzes. O Pastel Goth tem elementos que soam como um “alternativo amenizado”, é um gótico que não “assusta” a sociedade e sim, passa uma imagem fofa, aceitável e desejável.
As possíveis influências são: - A cantora Kerli com seu bubblegum goth, já que ela incorporou elementos da moda japonesa aos seus trajes mais góticos; - Há também quem diga que é uma interpretação mais leve do gótico misturado com a cultura japonesa Kawaii, com as Fairy Kei, Sweet e Hime Lolitas.
O visual é conflituoso e exótico, roupas todas no tom preto remetendo ao gótico, com estampas fofas e um cabelo colorido num tom desbotado.
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A cantora Kerli Koiv foi um dos primeiros exemplos dessa combinação de gótico colorido com elementos japoneses.
14 de Outubro de 2018
Atualmente, o lado dark (ou goth) usa também de referências da cena deathrock e heavy metal, sendo comuns cruzes invertidas, pentagramas e muitos spikes e tachas. Esse aumento das referências deathrock pode ter gerado o nome CreepyCute, que é uma outra versão, quase um subestilo do Pastel Goth. Uma das características é ter os elementos retro com referencias às bandas dos anos 80. As adeptas já até usam cores de cabelo mais vibrantes, não apenas pastel é possível até mesmo ver cabelos pretos e também fazem o uso das perucas.
Exemplos de acessórios e estampas de roupas usadas no CreepyCute, lacinho com olho, spikes, cruzes coloridas e outros itens “macabros fofos”.
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Mundo
14 de Outubro de 2018
A MODA ALTERNATIVA fora do Japão
Por: Amanda Sousa
As trocas culturais fizeram que o resultado da moda alternativa que surgiu no Japão fosse admirada e espalhada para todo o mundo, conquistando admiradores e curiosos, porém em maior número preconceito e estranhamento. A moda alternativa japonesa já chegou aos quatro cantos do mundo, e em todos eles é possível encontrar adeptos as tendências das ruas de Harajuku. No próprio Japão, muitas pessoas não se encaixam em nenhum estilo nomeado, mas fora dele, é necessário agrupar e de certa forma padronizar os estilos mais populares, para se tornar possível replicar o que só pode ser encontrado no Japão. Muitos acessórios, e mesmo peças de roupa que encantam o público fora do Japão, são de lojas que sequer exportam seus produtos, por isso, padronizar um visual decora kei, ou lolita por exemplo, ajuda na hora de buscar por correspondentes buscando reproduzir esses visuais tão marcantes.
Um exemplo clássico da moda alternativa no mundo é a Cantora Melanie Martinez, que abusa de várias cores e elementos “CreepyCute”
Há décadas vários países reprimem as subculturas com a desculpa de que elas são feitas de pessoas descoladas das normas e valores sociais. O suposto uso de drogas e envolvimento com seitas satânicas é a “desculpa” que mais usam pra perseguir e assediar alternativos. Além de considerarem que ser alternativo é algo que precisa ser “curado”. E esse pensamento é incentivado de forma super velada em programas de auditório, em programas de moda que mudam o look dos alternativos. São doses homeopáticas que suavemente infiltram na mente das pessoas que alternativos estão errados e precisam ser consertados, porque “consertar” uma pessoa é mais fácil do que mudar a mente preconceituosa de milhares.
Ainda é muito comum pessoas que tem um estilo alternativo serem alvo de programas com promessa de “repaginar o visual”, alegando ser algo não aceitável.
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O Brasil é bastante conservador em temos de moda e estilo apesar de existirem grupos de pessoas com ideias e projetos avançados aqui e ali. Pessoas conservadoras querem tudo do jeito que elas consideram correto e respeitável. Mas o estilo alternativo se torna cada vez mais popular aqui, em eventos de moda, música, geekie e focados para falar sobre o Japão.
Bairro da liberdade
Bazar de moda alternativa Noir
Internacional Harajuku Fashion Walk SĂŁo Paulo
Festival do JapĂŁo
Internacional Harajuku Fashion Walk roraima
MiMi Party - festival de moda oriental