Governança Corporativa - Amarildo Nogueira

Page 1

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Na primeira metade dos anos 90, em um movimento iniciado principalmente nos Estados Unidos, acionistas despertaram para a necessidade de novas regras que os protegessem dos abusos da diretoria executiva das empresas, da inércia de conselhos de administração inoperantes e das omissões das auditorias externas. Fonte: IBGC, Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa – 4ª edição/2009

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Preocupação da Governança Corporativa Criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


A boa Governança Proporciona aos proprietários (acionistas ou cotistas) a gestão estratégica de sua empresa e a monitoração da direção executiva. As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são o conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Governança Corporativa: Conceito “Sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade". Fonte: IBGC, Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa – 4ª edição/2009

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


O QUE É GOVERNANÇA CORPORATIVA?

SISTEMA PROTEÇÃO DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES

DE RELAÇÕES

ESTRUTURA E EQUILÍBRIO DE PODER

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO:

Sistema, estruturas e processos para dirigir e controlar corporações e prestar contas a respeito delas. ESTRUTURA E EQUILÍBRIO DE PODER

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

As regras e as melhores práticas de governança que definem os papéis, as responsabilidades, os processos e as estruturas promovem o equilíbrio de poder entre as partes que têm o controle da empresa e aqueles que têm interesse nela.


GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO:

PROTEÇÃO DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Garante a distribuição de direitos e responsabilidades entre os diferentes participantes da corporação, além de definir regras e procedimentos para as tomadas de decisão. Fonte: OCDE. Adaptação.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO:

Governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal. O objetivo das práticas de governança corporativa é criar e operacionalizar um conjunto de mecanismos que visam a fazer com que as decisões sejam tomadas de forma a se otimizar o desempenho de longo prazo das empresas.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

SISTEMA DE RELAÇÕES


“Pode-se convencer uma empresa a adotar boas práticas de governança pelos benefícios que elas trazem à organização, mas mudar o jeito de ser das pessoas é bem mais difícil. Elas só mudam quando veem nisso um profundo significado pessoal. [...] a primeira transformação acontece no indivíduo e no exercício de seu poder [...].” Sandra Guerra

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


ORIGENS E EVOLUÇÃO DA GOVERNANÇA •

Separação entre propriedade e gestão  Distinção entre poder sobre a empresa (gestores) e direitos sobre a mesma (proprietários).

Dispersão da propriedade compartilhada – o conflito de agência  Objetivos conflitantes.

Emergência dos investidores institucionais e dos códigos de melhores práticas  Importante mecanismo de controle externo – Financiadores.  Países com institucionais governança.

alto nível de impactam as

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

investimentos práticas de

Não disposição de financiadores para disponibilizar mais recurso, sem a contrapartida do direito de voz proporcional aos investimentos.

A gestão privilegia seus próprios Interesses em detrimento dos interesses dos acionistas.

Acionistas insatisfeitos, busca de compensação por meio de exigência de melhores práticas.


Governo

Instituições financiadoras

Instituidores Órgãos reguladores

Sindicatos

Acionistas

Relações Relações empresariais empresariais stakeholders eestakeholders

Colaboradores

Meio ambiente Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Clientes

Fornecedores

Parceiros Institucionais

Sociedade

Desenvol. da comunidade Geração de emprego


Stakeholders são todas as “pessoas ou grupos que têm ou reivindicam propriedade, direito ou interesse em uma corporação e em suas atividades passadas, presentes e futuras”.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Transparência

Conformidade

Pilares Pilares da da governança governança Princípios Princípiosee Valores Valores Eqüidade

Prestação de Contas

ÉTICA Prof. Ms. Amarildo Nogueira


TRANSPARÊNCIA (DISCLOSURE) Mais do que a “obrigação de informar”, a administração deve cultivar o “desejo de informar”, sabendo que da boa comunicação, internamente

resulta quanto

um

clima

de

confiança,

nas relações de empresas

tanto com

terceiros. A imagem e a reputação da empresa estão intimamente ligadas à maneira como ela se relaciona com os diversos públicos estratégicos. Prof. Ms. Amarildo Nogueira


EQUIDADE (FAIRNESS) Caracteriza-se pelo tratamento justo e igualitário de todas as “partes interessadas” (stakeholders), como colaboradores, clientes, fornecedores ou credores. Atitudes ou políticas incriminatórias, sob qualquer pretexto, são inaceitáveis.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


PRESTAÇÃO DE CONTAS (ACCOUNTABILITY)

Os agentes da governança corporativa devem prestar contas de

sua

atuação

a

quem

os

elegeu,

respondendo

integralmente por todos os atos que praticarem no exercício dos mandatos. A prestação de contas é inerente a quem administra recursos de terceiros.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


CONFORMIDADE (COMPLIANCE)

Conformidade no cumprimento de normas legais expressas nos estatutos sociais, nos regimentos internos e nas instituiçþes reguladoras.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


RESPONSABILIDADE CORPORATIVA Conselheiros e executivos devem zelar pela perenidade das organizações e, portanto, devem incorporar considerações sociais e ambientais na definição dos negócios e nas operações das organizações. Responsabilidade corporativa não é nem filantropia nem cega obediência à lei. A “função social” da empresa deve incluir a criação de oportunidades de emprego, qualificado e da força de trabalho, estímulo ao desenvolvimento científico, garantia de direitos humanos, liberdade de associação e comércio justo, dentre outras formas de criação de riquezas para a sociedade.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


NÚCLEO CENTRAL DE GOVERNANÇA

Acionistas

Instituidores

Conselho de Administração

Conselho Deliberativo Presidente

Diretoria Executiva Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Diretor Diretoria Executivo

Executiva

Presidente


ESTRUTURA DE GOVERNANÇA

Instituidores Propriedade

Conselho Deliberativo

Conselho Fiscal

Comitêde Comitê de Auditoria Auditoria ão CEO Diretoria Fornecedores Clientes Empregados Governo Comunidade Ambientalistas

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Partes Interessadas

Auditoria Independente

Escolhe / presta contas Informações Relação ativa Fonte: Celso Giaconetti


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps

8 Ps da Governança Corporativa • 1 – Propriedade • 2 – Princípios • 3 – Propósitos • 4 – Poder • 5 – Processos • 6 – Perenidade • 7 – Práticas • 8 - Pessoas Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps 1 – Propriedade –

Destaca que o propósito da Gov. corp. é a estrutura de propriedade, seu regime legal e constituição: • Familiar • Limitada • Cooperativa • Estatal • Economia Mista • Sociedade anônima – –

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Capital fechado Capital aberto » Tradicional » Novo mercado


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps

2 – Princípios – – – –

Fairness (justiça) Disclosure (evidenciação) Accountability (prestação de contas) Compliance (conformidade)

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps

3 – Propósitos – Maximização do patrimônio – Conciliação do lucro com os interesses dos demais stakeholders

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps

4 – Poder – – – –

Estrutura Legal Separação de funções Conselhos corporativos Estrutura de decisões

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps

5 – Processos & 7 – Práticas – Implantação de sistemas de acompanhamento de riscos e descontinuidades, – Gestão de conflitos e riscos de agência, – Gestão de relacionamentos internos e externos,

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps

6 – Perenidade – Desenvolvimento de lideranças – Gestão de recursos humanos – Processos de aquisição e fusão

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps

7 – Práticas – Prestação de contas – tratamento justo e igualitário de todas as “partes interessadas” – Transparência das informações Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Valores da Governança Corporativa – 8 Ps 8 – Pessoas – Código de ética na condução de questões: • Societárias, – Coesão entre os sócios, – Relação entre proprietários e sucessores, – Conflitos de geração, – Divergências e lutas pelo poder, – Propósitos conflitantes • Negócios, • Práticas de gestão, Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Objetivo Prover uma estrutura eficiente de inventivos para administração da empresa, visando a maximização de valor; Estabelecer responsabilidades e outros tipos resguardos para evitar que os gestores (insiders) promovam qualquer tipo de expropriação de valor em detrimento aos acionistas (shareholders) e demais partes interessadas (stakeholders). CERDA (2000, p.2) Prof. Ms. Amarildo Nogueira


• Conselheiros treinados e maioria de profissionais externos • Investidores institucionais • Minoritários exigentes • Fragmentação da composição acionária • Presidente profissional contratado • Separação das funções

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Os sócios indicam os conselheiros de administração, que prestam contas aos sócios Conselho de família

Governança

Sócios / Acionistas Auditoria Externa

Conselho de Administração

Auditoria Interna

Diretoria

Gestão Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Conselho Fiscal


O conselho de administração escolhe, orienta e fiscaliza a diretoria Conselho de família

Governança

Sócios / Acionistas Auditoria Externa

Conselho de Administração

Auditoria Interna

Diretoria

Gestão Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Conselho Fiscal

• • • •

Estratégia Talentos Estrutura de capital Riscos


Conselho + Diretoria = Administradores

Conselho de família

Governança

Sócios / Acionistas Auditoria Externa

Conselho de Administração

Auditoria Interna

“Administradores” Diretoria

Gestão Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Conselho Fiscal


O Conselho cria comitês para funções específicas

Conselho de família

Governança

Sócios / Acionistas Auditoria Externa Auditoria Interna

Conselho de Administração Comitês

Diretoria

Gestão Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Conselho Fiscal


As auditorias ajudam o conselho a fiscalizar a diretoria

Conselho de família

Governança

Sócios / Acionistas Auditoria Externa

Conselho de Administração

Auditoria Interna

Diretoria

Gestão Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Conselho Fiscal


Os sócios indicam os conselheiros fiscais, que prestam contas aos sócios Conselho de família

Governança

Sócios / Acionistas Auditoria Externa

Conselho de Administração

Diretoria

Gestão Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Conselho Fiscal


O conselho fiscal fiscaliza a administração

Conselho de família

Governança

Sócios / Acionistas Auditoria Externa

Conselho de Administração

Auditoria Interna

Diretoria

Gestão Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Conselho Fiscal


Profissionalização da Governança Corporativa: • Maior qualidade na discussão estratégica; • Maior eficiência na tomada de decisões; • Melhor relacionamento com o mercado de capitais e órgãos reguladores; • Maior consideração dos interesses dos acionistas minoritários.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


4 Categoria de forças de controle de uma empresa com GC: • ambiente legal, político e regulatório; •.o mercado de capitais e de fusões e aquisições; • o mercado competitivo do setor de atuação; • os mecanismos internos.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


A

aplicação de governança corporativa, considera a

concepção de maximização do valor para acionistas como principal responsabilidade dos executivos, o que opõem o senso comum sobre a denominada teoria dos stakeholders como principal objetivo dos executivos.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Poder de barganha dos fornecedores

Ameaรงa de novos entrantes

Rivalidade entre concorrentes

Cinco forรงas de Porter

Poder de barganha dos clientes

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Análise Externa

Esta etapa verifica as ameaças e oportunidades que estão no ambiente da empresa e as melhores maneiras de evitar ou usufruir dessas situações. Essa análise deverá ser efetuada, considerando uma série de tópicos: • Fornecedores; • Aspectos econômicos e financeiros; • Aspectos socioeconômicos e culturais; • Entidade de classe; • Órgãos governamentais; • Mercado de mão de obra; • Concorrentes.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Análise Interna

A análise interna visa identificar os principais pontos fortes e fracos da empresa para nortear o processo de planejamento, pois é a partir dessa análise que se saberá quais os recursos com que se pode contar e também quais são o pontos vulneráveis no momento de se estabelecerem as estratégias da empresa.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Prof. Ms. Amarildo Nogueira


* O clima organizacional está relacionado à satisfação dos funcionários; * O clima representa um conjunto de fatores que não podem ser analisados isoladamente, e sim em conjunto.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


O clima organizacional é de certa forma, o reflexo da cultura da organização, ou melhor, o reflexo dos efeitos dessa cultura, na organização como um todo. Luz (1995) afirma que o “clima é resultante da cultura das organizações; de seus aspectos positivos e negativos.”

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Níveis de decisão e Tipos de planejamento Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se distinguir 3 tipos de planejamento: Nível Estratégico

Decisões estratégicas

Planejamento estratégico

Nível Tático

Decisões táticas

Planejamento tático

Nível Operacional

Decisões operacionais

Planejamento operacional

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Planejamento Estratégico Objetivos Estratégicos Questões Estratégicas Foco: longo prazo, missão, visão Planejamento Tático Ações, projetos, termos de referência Foco: médio prazo, objetivos estratégicos

PAn

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Planejamento Operacional Ações mensuráveis e com prazos definidos Projetos apreciados no orçamento Foco: curto prazo, plano anual


Ciclo básico dos 3 tipos de planejamento AQUI

Planejamento estratégico da empresa Análise e controle de resultados

Consolidação e interligação dos resultados

Análise e controle de resultados

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Planejamentos táticos da empresa

Planejamentos operacionais das unidades organizacionais

Análise e controle de resultados


Diferenças básicas entre os 3 tipos de planejamento Discriminação Prazo Amplitude Riscos Atividades Flexibilidade •

Planejamento estratégico Mais longo Mais ampla Maiores Fins e meios Menor

O planejamento estratégico é de mais longo prazo, pois considera um conjunto de planejamentos táticos, e sua soma deve provocar um período de tempo maior para sua conclusão;

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Planejamento tático Mais curto Mais restrita Menores Meios Maior

O planejamento estratégico é de amplitude maior, pois considera a empresa como um todo, enquanto o planejamento tático considera apenas parte dela.


Diferenças básicas entre os 3 tipos de planejamento Discriminação Prazo Amplitude Riscos Atividades Flexibilidade •

Planejamento estratégico Mais longo Mais ampla Maiores Fins e meios Menor

O planejamento estratégico é de risco maior, por sua maior amplitude e maior prazo de execução em relação ao planejamento tático;

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Planejamento tático Mais curto Mais restrita Menores Meios Maior

O planejamento estratégico é relacionado às atividades-fins e meios da empresa, enquanto os planejamentos tático são mais relacionados às atividades-meios (não em sua totalidade);


Diferenças básicas entre os 3 tipos de planejamento Discriminação Prazo Amplitude Riscos Atividades Flexibilidade •

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Planejamento estratégico Mais longo Mais ampla Maiores Fins e meios Menor

Planejamento tático Mais curto Mais restrita Menores Meios Maior

O planejamento estratégico é de flexibilidade menor, por considerar toda a empresa, bem como sua situação e posição em seu ambiente.


Diferenças básicas entre os 3 tipos de planejamento

Discriminação Prazo Amplitude Riscos Atividades Flexibilidade

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Planejamento tático Mais longo Mais ampla Maiores Meios Menor

Planejamento operacional Mais curto Mais restrita Menores Meios Maior


Níveis de mudanças • Podem-se estabelecer 3 níveis de mudanças nas empresas: – no nível estratégico; – no nível tático; e – no nível operacional.

Conforme mencionado anteriormente a mudança maior é no nível estratégico, o que poderá provocar alterações nos outros níveis da empresa. Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Níveis de mudanças • O processo pode também abranger os alguns aspectos de mudança: – negócios; – objetivos; – funções; – tecnologias; – estruturas; e – pessoas.

Naturalmente, pode-se alterar um, alguns ou todos os aspectos. Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fases do planejamento estratégico Diagnóstico estratégico

Missão da empresa

Controle e avaliação

Instrumentos prescritivos e quantitativos

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase I - Diagnóstico estratégico • Esta fase é também denominada auditoria de posição, deve-se determinar “como se está”; • É realizada através de pessoas representativas das várias informações, que analisam e verificam todos os aspectos inerentes à realidade externa e interna da empresa. • Esta fase pode ser dividida em 4 etapas básicas: identificação da visão, análise externa, análise interna e análise dos concorrentes.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase I - Diagnóstico estratégico A - Identificação da visão • Identificam-se quais são as expectativas e os desejos dos acionistas, conselheiros e elementos da alta administração da empresa. • Esses aspectos proporcionam o grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado. • A visão pode ser considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase II - Missão da empresa Neste ponto deve ser estabelecida a razão de ser da empresa, bem como seu posicionamento estratégico. A - Estabelecimento da missão da empresa • A missão é a determinação do motivo central do planejamento estratégico, ou seja, a determinação de “onde a empresa quer ir”. • Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase II - Missão da empresa “A missão deve ser definida em termos de satisfazer alguma necessidade do ambiente externo, e não em termos de oferecer algum produto ou serviço ao mercado”. (Kotler) • Salienta-se que essa missão não está, diretamente, relacionada com o estatuto social da empresa, e é, na realidade, muito mais ampla, e envolve, inclusive, expectativas.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase III - Instrumentos prescritivos e quantitativos Instrumentos prescritivos Os instrumentos prescritivos do processo de planeja-mento estratégico proporcionam: – a explicitação do que deve ser feito pela empresa para que se direcione ao alcance dos propósitos estabelecidos dentro de sua missão, – de acordo com sua postura estratégica, – respeitando as macropolíticas, – bem como as ações estabelecidas pelas macroestratégias; – e se direcionando para a visão estabelecida, – ou seja, o que a empresa quer ser. Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Postura estratégica da empresa Análise Interna

Predominância de

Análise Externa

Predominância de Pontos fracos

Pontos fortes

Ameaças

Sobrevivência

Manutenção

Oportunidades

Crescimento

Desenvolvimento

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase IV - Controle e Avaliação • Nesta fase, verifica-se “como a empresa está indo” para a situação desejada. • O controle pode ser definido como a ação necessária para assegurar a realização dos objetivos, desafios, metas, estratégias e projetos estabelecidos.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase IV - Controle e Avaliação • Essa função, em sentido amplo, envolve processos de: – avaliação de desempenho; – comparação do desempenho real com os objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos; – análise dos desvios dos objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos; – tomada de ação corretiva provocada pelas análises efetuadas; – acompanhamento para avaliar a eficiência da ação de natureza corretiva; e – adição de informações ao processo de planejamento, para desenvolver os ciclos futuros da atividade administrativa.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Fase IV - Controle e Avaliação • Nesta quarta fase, devem-se considerar, entre outros aspectos, os critérios e parâmetros de controle e avaliação, dentro de uma situação adequada de custos versus benefícios. • É aconselhável que o controle e a avaliação sejam realizados passo a passo no desenvolvimento do planejamento estratégico.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Processo de planejamento estratégico

O processo inicia-se a partir da: VISÃO

Algumas vezes irrealistas quanto aos “destinos” da empresa e submetida a uma avaliação racional e criteriosa das OPORTUNIDADES

AMEÇAS

Em termos de: • mercados a explorar • recursos a aproveitar

Que prejudicarão a empresa e suas oportunidades

Considerando a realidade da empresa e de seus CONCORRENTES com seus PONTOS FORTES PONTOS FRACOS PONTOS NEUTROS Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Objetivos e desafios empresariais A. • • •

Rentabilidade: Novos produtos e serviços; Produtos e serviços existentes; e Rentabilidade global.

C. Racionalização: • Documentação; • Processamento de dados; e • Informações.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

B. Lucratividade: • Lucratividade total • Lucratividade por filial; e • Lucratividade por produto e serviço D. Imagem: • Perante o público; • Perante os revendedores; • Perante as instituições financeiras; • Perante os fornecedores; e • Perante os funcionários.


Objetivos e desafios empresariais E. Inovação: •Novos produtos; •Novos mercados; •Novas matérias-primas; •Novos equipamentos; •Novas técnicas administrativas; •Novos serviços; e •Novos processos de fabricação.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

F. Responsabilidade pública e social: •Qualidade do produto; •Garantia de qualidade; •Relações com a comunidade; •Relações com o governo; •Relações com instituições empresariais; •Relações com associações trabalhistas; e •Cumprimento de leis.


Objetivos e desafios empresariais G. Participação no mercado: • Participação; • Volume de vendas; • Qualidade dos produtos e serviços; • Serviços a clientes; • Mix de produtos e serviços; • Distribuição; e • Política de preços.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

H. Produtividade: • Produtividade global; • Produtividade por área; • Utilização de mão de obra; • Utilização de materiais; • Utilização de matérias-primas; • Utilização de equipamentos; e • Qualidade.


Objetivos e desafios empresariais I. Motivação: • Benefícios; • Relações trabalhistas; • Treinamento; • Remuneração; • Condições ambientais; • Relações superiorsubordinado; • Promoções; • Quadro de carreira; • Absenteísmo; • Rotação; e • segurança Prof. Ms. Amarildo Nogueira

J. Desempenho e desenvolvimento gerencial: • Seleção; • Sucessão; • Desempenho; • Remuneração; • Estrutura organizacional; • Treinamento; • Rotação; e • Promoções.


Os passos no planejamento estratégico de RH.

Objetivos e Estratégias Organizacionais

Objetivos e Estratégias de RH

Etapa 1:

Avaliar os atuais recursos humanos

Comparação

Etapa 3:

Corrigir / evitar excesso de pessoal

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Etapa 2: Prever as necessidades de recursos humanos

Desenvolver e implementar planos de recursos humanos

Corrigir / evitar falta de pessoal


Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Forรงas

Fraquezas

Ameaรงas Eliminar

Prof. Ms. Amarildo Nogueira

Oportunidades


F. O. F. A • Forças : são recursos que ajudam a organização cumprir sua missão, são os pontos fortes e internos da organização. Ex: diversas fontes de captação de recursos. • Fraquezas: são as deficiências que atrapalham a organização no cumprimento de sua missão, são os pontos fracos e internos da organização. Ex: poucos voluntários. Prof. Ms. Amarildo Nogueira


F. O. F. A • Oportunidades: são os fatores externos à organização e que podem afetá-la de forma positiva. Ex: novas fontes de financiamento. • Ameaças: são fatores externos à organização e que podem afetá-la de forma negativa. Ex: perda de financiamento governamental.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Definição de Visão e Missão

Visão • Pode ser entendida como um objeto claro e abrangente, que fornece uma idéia nítida do que se quer ser ou fazer. • Visão sempre é um elemento do futuro, algo ainda a ser realizado.

É onde quero chegar Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Definição de Visão e Missão “A visão não consiste em adivinhar o futuro, mas em criar o futuro atuando no presente”. Collins – sem data

Cuidado na hora de elaborar sua visão ela irá determinar sua missão Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Definição de Visão e Missão Missão: Função ou poder que se confere a alguém para fazer algo; encargo, incumbência, obrigação, compromisso, dever a cumprir.

“A que foi enviado”

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Missão Organizacional • • • • • • •

É a razão de ser da organização Implica conhecer seu público-alvo Implica saber o que se quer Fortalece a organização Faz parte do cotidiano da organização É compartilhada Precisa ser construída

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


META • É a segmentação do objetivo • As datas e os valores dos parâmetros são precisos • É voltada para o operacional • Tem um horizonte de curto prazo • Os indicadores irão possibilitar o acompanhamento das metas. Prof. Ms. Amarildo Nogueira


DECISÃO ESTRATÉGICA • É difícil de voltar atrás • Interfere no todo • Tem que direcionar as decisões administrativas e operacionais • As decisões podem ser mais ou menos estratégicas • O estabelecimento de atividades de longo prazo como os projetos pedagógicos são exemplos de decisões estratégicas Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Bibliografia Básica SILVEIRA, Alexandre Di Michelli. Governança Corporativa e Valor da Empresa no Brasil. Dissertação FEA-USP. São Paulo, 2002. PORTER, M. E. Estratégia Competitiva: técnicas para a análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1989. WRIGHT, P., KROLL, M. J. ; PARNEL, J. Administração Estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.

.

Bibliografia Complementar BETHLEN, A. Estratégia Empresarial: conceitos, processo e administração estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. BOVESPA. Níveis de Governança Corporativa - "Regulamentos dos Níveis 1 e 2 de Governança Corporativa" e "Regulamento do Novo Mercado". Disponíveis em: http://www.bmfbovespa.com.br/empresas/download/Folder_Nivel2.pdf http://www.bmfbovespa.com.br/empresas/download/RegulamentoNivel1.pdf http://www.bmfbovespa.com.br/Pdf/RegulamentoNMercado.pdf HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Administração estratégica:competitividade e globalização. São Paulo: Thomson Learning, 2002. MILES, R.E.; SNOW, C.C.; MEYER, A.D.; COLEMAN JUNIOR, H.J., Jr. Organizational Strategy, Structure, and Process. Academy of Management Review, v.3, n. 3, p. 546-562, 1978. MINTZBERG, H. A Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2004. VASCONCELOS, F. C. Dinâmica Organizacional e Estratégia: Imagens e Conceitos. São Paulo: Thompson Learning, 2007.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Os mitos da GC no Brasil 1. O do Índice de Governança Corporativa (IGC) como comprovação do valor da governança; •

Mensuração dos retornos ajustados ao risco

1. O do tag along; •

Avaliação dos benefícios privados de controle

1. O do empreendedor que tem que ser controlador; •

Separação entre propriedade e gestão

1. O da poison pill; 2. O do prospecto; •

Distinção entre disclosure e transparência

1. O do maior retorno das ações das empresas com melhor governança; •

Relação entre risco incorrido e retorno esperado

1. O da sustentabilidade.

Função Fonte:•Silveira, 2010objetivo da empresa

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Princípios, pilares e práticas 6

Conselho de Administração

Gestão

Auditoria

1

2

3

4

Conselho Fiscal

Sócios

Práticas

Pilares da Governança Corporativa

5

Transparência - Eqüidade - Prestação de Contas - Princípios Básicos Responsabilidade Corporativa Prof. Ms. Amarildo Nogueira

91


17 de setembro – INTRODUÇÃO A GOVERNANÇA CORPORATIVA 19 de setembro – PILARES DA GC 24 de setembro – ATIVIDADE 26 de setembro – ATIVIDADE 01 de outubro– AVALIAÇÃO Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Quadro resumo dos marcos de governança Ano

Marco de Governança

1995

Fundação do IBCA (Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração)

1997

Reforma da lei das S.A. (Lei no. 9.457/1997) – retirada do direito de tag along para facilitar as privatizações

1998

Criação dos primeiros fundos de investimentos ativistas do país, como parte de um programa de fomento do BNDESPar

1999

IBCA passa a se chamar IBGC. Lançamento do primeiro código de boas práticas de GC.

2000

Lançamento dos níveis diferenciados de governança da Bovespa

2001

Nova reforma na lei das S.A. (Lei no. 10.303/2001) – retorno parcial do tag along e novos direitos para acionistas minoritários

2002

CCR e Sabesp são as primeiras a entrar no Novo Mercado

2004

Retomada dos IPOs. Ingresso de cinco novas empresas no NM.

2005

Lojas Renner torna-se a primeira corporation brasileira, sem controle definido.

2006

Primeira tentativa de aquisição hostil no Brasil

2004 2007

Onda de IPOs leva 113 novas empresas para a bolsa de valores. Novo Mercado chega a 100 companhias no início de 2008.

2008

Problemas de governança. Perdas com a crise exacerbadas por problemas de governança.

Prof. Ms. Amarildo Nogueira


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.