Pódio - 7 de fevereiro de 2016

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ATLETISMO

China acusada de doping Pódio C7 FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

O pequeno guerreiro do jiu-jitsu Aos nove anos, Ewerton Amorin desponta com o primeiro lugar em competição internacional organizada pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), em São Paulo (SP) Pódio E4


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Túnel do tempo A Associação Atlética dos Rodoviários do Amazonas, conhecido como o ‘Time dos Rodoviários’ foi Fundado no dia 20 de Janeiro de 1960, por funcionários do Departamento de Rodagens de Manaus (DERAM). Os Rodoviários do Amazonas profissionalizaram-se no futebol em 1969 com a entrada no Campeonato Amazonense de Futebol, onde disputou seis edições: 1969, 1970, 1971, 1972, 1973 e 1976 para não voltar mais. Durante sua existência, disputou além do estadual, uma Copa Regional e foi também convidada para vários torneios amistosos no interior, no Acre, Rondônia, Roraima e Pará. Nacional, Rio Negro, São Raimundo, Sul América, Olímpico, América e Fast também participaram do certame de 1973 conquistado pela Rodoviária. O time base que foi campeão era formado por Iane, Dirlei, Joaquim, Téo, Zequinha, Tadeu, Sudaco, Laércio, Zezé, Julião e Santiago. Toinho, Amauri, Mesquita, Valter Costa, Mário Bacuri, Wilson Lopes, Santos, Marcos Mascarado, Roberto, J. Alves, Domingos e Carlitinho também jogaram no time campeão. Em jogo disputado no dia 2 de maio no estádio Vivaldo Lima, a Rodoviária goleou o Sul América por 4 a 0 com

Willian D’Ângelo Colunista do pódio

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Rodoviária campeão de 1973

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Time do técnico Edmilson Oliveira venceu com Iane, Dirlei, Mesquita, Valter, Zequinha, Mário Bacuri, Carlitinho, Laércio, Wilson Lopes, Julião e Santiago

gols de Julião (3) e Laércio. O time do técnico Edmilson Oliveira venceu com Iane, Dirlei, Mesquita, Valter, Zequinha, Mário Bacuri (Tadeu), Carlitinho, Laércio, Wilson Lopes, Julião e Santiago. Outra bela vitória aconteceu no dia 12 de julho, vencendo o São Raimundo pelo placar de 4 a 3 no estádio da Colina. O time

venceu com Toinho (Amaury), Dirlei, J. Alves, Mesquita, Zequinha, Mário (Sudaco), Marcos, Laércio, Carlitinho, Domingos e Santiago. O Tufão da Colina perdeu com Aris, Calderaro, Paulinho, Zezinho, Otávio, Adonias, Maribho, Gesta, Jadir (Caroço), Edson e Dico. No seu único título pelo cam-

peonato amazonense, bateu o favorito Rio Negro na final com os placares de 1 a 0 e 1 a 1, vencendo, além do Galo da Praça da Saudade, sua fiel torcida, que compareceu em grande número nos dois jogos da Colina. O time foi o primeiro representante amazonense no Campeonato Brasileiro de Futebol, disputando a Série B de

1971. No mesmo ano foi vicecampeão do Norte, perdendo na decisão para o Clube do Remo (PA). A Rodoviária fez o último jogo profissional do Parque Amazonense, em 8 de Julho de 1973, onde foi derrotada pelo Rio Negro por 3 a 1 perante um público de 4.459. Por Willian D’Ângelo

Os rodoviários do Amazonas profissionalizaram-se no futebol em 1969 com a entrada no Campeonato Amazonense de Futebol, onde disputou seis edições: 1969, 1970, 1971, 1972, 1973 e 1976 para não voltar mais”


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IONE MORENO

Mario OLIVEIRA

O AMAZONAS ESTÁ NO TOPO DO WAKEBOARD Com o avanço nos números de atletas, as associações tentam incluir a modalidade nos Jogos Olímpicos. Nas últimas duas edições dos Jogos Pan-Americanos, o wake foi incluído no calendário de provas. Em Manaus, existem atualmente quatro escolinhas para ensinar aos interessados as técnicas de deslizar sobre a água em pé, em cima uma prancha, e puxado por uma lancha LINDIVAN VILAÇA

Pioneiro na prática do wakeboard em Manaus, o empresário Mário Oliveira, 37, conhecido como Mariozinho, lançou no Estado o esporte em meados de 1997. Quatro anos mais tarde, a modalidade começou a ganhar adeptos, e o que antes era uma opção de diversão, passou a se tornar uma pratica mais competitiva. Atualmente, existem quatro escolinhas para ensinar aos interessados as técnicas de deslizar sobre a água em pé, em cima uma prancha, e puxado por uma lancha em alta velocidade. Com o avanço nos números de atletas, as associações tentam incluir a modalidade nos Jogos Olímpicos. Nas últimas duas edições dos Jogos Pan-Americanos, o wake foi incluído no calendário de provas. Para conversar sobre o atual estágio do esporte de aventu-

ra no Amazonas, a equipe do PÓDIO, bateu um papo com Mariozinho que reconheceu que seu maior objetivo hoje é difundir a prática pela região Norte do país. PÓDIO – A prática do wakeboard exige um custo relativamente alto ao atleta. Isso inibe uma maior adesão ao esporte em Manaus? Mário Oliveira – Olha, na verdade não. Porque isso é das escolas e as escolas oferecem os equipamentos. Você não precisa ter o equipamento para fazer a prática do wakeboard. Todas as escolas oferecem a oportunidade de experimentar a adrenalina as pessoas gostam disso, procuram isso. Tanto que em nossas competições são mais de 100 a 150 adeptos. PÓDIO – Trata-se de uma modalidade em que a maio-

ria dos atletas são homens. Como atrair o interesse das mulheres para a prática? MO – São as mulheres que mais gostam de adrenalina. O wakeboard é um esporte radical, então as mulheres gostam de emoção. Não tem como a gente chamar mulheres que não gostam de aventura ou desafios, porque senão depois da primeira queda ela não vai querer nunca mais voltar. PÓDIO – Oficialmente, só há uma competição de wake por ano. É suficiente para

tornar os atletas aptos a grandes disputas nacionais? MO – Como atendemos geralmente de 50 a 100 competidores, as competições são mais do que suficiente para chegar ao nível alto. Temos grandes atletas que tem potencial. PÓDIO – Em função desse número de atletas, como o senhor avalia a competitividade do evento: é muito ou pouco competitivo? MO - Todos os atletas do mundo inteiro estão sempre

se aperfeiçoando. Não só os do Estado. E os do Amazonas estão no topo do ranking nacional. PÓDIO – Em âmbito nacional e internacional, os atletas são de alto nível. Os amazonenses se equiparam ou ainda precisam se aperfeiçoar mais? MO – A gente faz wakeboard assim como a américa faz o surfe. Sempre buscamos nos aperfeiçoar mais e mais. Sabemos da nossa dificuldade aqui, mas nada que afete nosso desempenho a chegar

as disputas nacionais. PÓDIO – Em Manaus, o ambiente para a prática do Wake é o Rio Negro. Como o rio favorece a prática do esporte? MO – Muito! Porque aqui tem rio o ano todo! Não faz frio, a agua é sempre quente! PÓDIO – Há projetos para incentivar a prática do Wake em Manaus? MO – Através das escolas, nós conseguimos mais praticantes para o wakeboard!


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Promessa do jiu-jitsu garante ouro em Mundial FOTOS: DIVULGAÇÃO

Ewerton Amorim já começa a escrever sua história no jiu-jitsu. Em 2015, o atleta venceu o Mundial em São Paulo

THIAGO FERNANDO

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ão é novidade se falarmos que o Amazonas é um dos principais polos do jiu-jitsu no mundo. O Estado tem em sua história atletas como Ronaldo Jacaré, Bibiano Fernandes, Xande e Saulo Ribeiro, que chegaram ao topo da arte suave e conquistaram o tão sonhado título mundial. Também é de conhecimento público que nenhuma grande conquista acontece da noite para o dia. Um campeão é lapidado com o passar dos anos. Muitas vezes, seus primeiros passos acontecem ainda na juventude. Se levarmos, mais uma vez, essa teoria em consideração, podemos afirmar que o futuro do jiu-jitsu amazonense está garantido. O nome da vez é o jovem Ewerton Amorim. Com apenas nove anos, o faixa-amarela da academia Fernando Braga, filiada à Gracie Humaitá, tem em seu currículo, o grande sonho de todo praticante da arte suave: um título mundial. A conquista aconteceu no final do ano passado, quando na categoria pena (até 29,3 quilos), Ewerton garantiu o primeiro lugar na competição organizada pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), em São Paulo (SP). Fora isso, o jovem atleta ainda garantiu a medalha de ouro em outros

campeonatos importantes como a Copa Arthur Neto, Copa Oswaldo Alves, Open Internacional, Campeonato Amazonense e Copa América. O pai da revelação, o manobrista Elias Amorim, 34, explicou que o começo de Ewerton na modalidade foi influenciado por um amigo de bairro que o convidou para fazer uma aula teste. Essa experiência inicial na arte suave se transformou rapidamente em amor. “Tudo foi por livre e espon-

FEITO Com apenas nove anos, o faixa-amarela da academia Fernando Braga, filiada à Gracie Humaitá, tem em seu currículo o grande sonho de todo praticante da arte suave: um título mundial

tânea vontade dele. Tudo começou por causa de um amigo que treinava e o convidou para fazer uma aula. Ele pediu para ir e deixei. Logo no primeiro treino, o mestre disse que ele tinha talento, até achava que era papo de treinador, mas com o passar do tempo, isso se confirmou com as conquistas”, explicou o pai orgulho que ainda admitiu ter ficado receoso quando Ewerton ini-

ciou na modalidade. “Não conhecia realmente com funcionava o esporte. Não queria um filho galeroso. O esporte tem uma realidade destorcida. A sociedade ver como galerosos com quimono. Mas ele pediu e acabei deixando”, relatou Elias. Disciplina do esporte Respeito ao Mestre, aos professores, aos companheiros de treino e ao adversário, esses ensinamentos são considerados fundamentais pelos praticantes de jiu-jitsu. Essa doutrina é um dos alicerces da modalidade que foi difundida no Brasil pela família Gracie no século passado. Elias explica que a introdução do esporte na vida de seu filho foi muito importante, pois ajuda na consolidação do caráter de Ewerton. “Ele aprendeu uma doutrina de respeito. Isso não significa que ele era um menino desrespeitoso, mas o esporte ensina e enfatiza o respeito. Acho muito legal isso. Os professores querem atletas e não marginais. Graças a essa disciplina, vejo uma evolução nos estudos. Ele está muito mais aplicado. Está mais tranquilo. No bairro onde moramos, Monte das Oliveiras, as pessoas nem desconfiavam que ele praticava jiu-jitsu. Eles pensam que os praticantes são agressivos”, explica.

Evoluindo, mesmo sem apoio O ano de 2015 foi iluminado para Ewerton. Cheio de conquistas e super confiante, o jovem já criou metas para a atual temporada da modalidade. O primeiro desafio já será no final de fevereiro quando acontece o Amazon Open. A competição é organizada pela Federação Amazonense de Jiu-jitsu Esportivo (Fajje) e irá ser realiza no ginásio Nininberg Guerra, o famoso ‘Bergão’, localizado no bairro São Jorge, Zona Centro-Oeste de Manaus. “Meu grande objetivo este ano é ganhar

novamente o Mundial, o campeonato Brasileiro e o Pan-Americano. Fora isso, quero ir bem nas competições que vão acontecer em Manaus”, disse Ewerton que tem como golpe favorito o triângulo na guarda. Falta de apoio Mesmo com todas as conquistas, Ewerton enfrenta uma grande dificuldade para disputar as principais competições da modalidade: a falta de patrocínio. O pai da revelação explica que todas as despesas de inscrição e

passagem são pagas por ele. Elias revela que chegou a fazer chocolates para vender, junto com Ewerton, para arrecadar dinheiro. O manobrista ressalta que em nenhum momento, apareceu alguém disposto a ajudar. “Realmente, a maior dificuldade é a financeira. Tento viver o sonho do meu filho. O esporte é destratado pelos governantes. Para ir disputar o Mundial, parcelei as nossas passagens em sete vezes. Fomos na cara e na coragem”, finalizou o pai.

Ewerton conta apenas com o apoio do pai, que chegou a vender chocolate para ajudar o filho


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Amazonenses atravessam o país, de Norte a Sul, de

bicicleta

De Porto Velho (RO) até Porto Alegre (RS) foram 41 dias de aventura num percurso pelo qual atravessaram 70 cidades

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air na estrada e exercitar o espírito de aventura de bicicletas é para poucos. E é com esse sentimento que os amazonenses Luiz Carlos Marques Freitas, 55, e Fabrício Almeida, 35, decidiram viajar de Norte à Sul do país, pelo simples prazer de experimentar a sensação de liberdade e divulgar a bicicleta como meio de transporte. Eles saíram de Porto Velho (RO) no rumo de Porto Alegre (RS). A aventura foi registrada em fotos, vídeos e anotações. As pedaladas duraram 41 dias, com pausas para tomar o café da manhã, almoçar, jantar e dormir. A saída da capital de Rondônia foi no dia 19 de dezembro do ano passado e a chegada em Porto Alegre ocorreu no dia 29 de janeiro deste ano. Eles passaram por 70 cidades em um percurso, da origem ao destino, de 3,7 mil quilômetros. Na definição dos aventureiros, foram dias inesquecíveis. “Gosto quando tenho essa sensação de liberdade. Sempre estive acompanhado do meu parceiro Fabrício. Quan-

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do falei da aventura, ele não pensou duas vezes em me acompanhar. Creio que, no futuro nossa jornada será ainda maior”, diz Luiz Carlos. Planejar cada detalhe a fim de obter os resultados pretendidos com a aventura foi essencial. Carlos conta que levaram poucas peças de roupa e alguns equipamentos para um conserto emergencial das bikes. Carregar o menor peso possível é decisivo para evitar o desgaste físico e danos graves às bicicletas que poderiam inviabilizar o cumprimento da jornada. Outra estratégia cumprida rigorosamente foi pedalar, em média, 2 mil quilômetros por dia. Prevenir contra o cansaço foi fundamental, lembra Carlos, para não prolongar o tempo de viagem. Os ciclistas saíram de Porto Velho em direção a Cuiabá (MT) e, de lá, para Campo Grande (MS). Foi em Pontes de Lacerda (MT) que a dupla passou pelo primeiro problema sério e perdeu mais tempo na viagem. “Saímos à noite de Pontes de Lacerda, minha bicicleta estava sem freio. Para

completar, o pneu furou e tivemos que espera a loja abrir as portas para comprar câmara. Por conta desse atraso, chegamos também á noite em outra cidade. Foi muito tenso. Pedalamos mais de 30 a 40 minutos até chegar em um hotel”, lembra Freitas. “Em outro trecho, chegamos até um acostamento onde corremos um grande risco, pois tinham muitas carretas na estrada e o risco de ser atropelado era enorme. Graças a Deus tudo deu certo”, comenta o ciclista. Comerciantes e moradores deram abrigo e contribuíram com alimentação. Os aventureiros dormiram em hotéis. Na chegada a Porto Alegre, estavam exaustos, mas com o dever cumprido. Ou melhor, a missão, que não foi nada impossível. Extasiados, retornaram a Manaus de avião. Voando, a sensação de liberdade não foi a mesma de pedalando pelas estradas do país, segundo Carlos. Mas a viagem foi bem mais rápida. Com o espírito de aventura renovado, resta programar a próxima missão.

O município de Pontes Lacerda (MG) foi onde os ciclistas enfrentaram o maior problema da jornada deles

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Torcedores combatem o preconceito à mulher MÁRCIO MELO

Sem o espaço merecido e lutando contra o preconceito, fãs usam redes sociais para incentivar o futebol feminino

Quem também tem uma página de incentivo ao futebol feminino é a jogadora Ketlen Souza. Com 18 anos, ela joga no Sub-20 do Iranduba (AM) e chegou a integrar o elenco profissional no Brasileirão do ano passado

“L

ao futebol feminino no Brasil. “A gente só perde para a página oficial da Sport Promotion [organizadora do Brasileirão Feminino]. Mas como a gente posta mais, tem mais alcance”. Carlinhos, como é chamado, diz que a ideia de criar mensagens surgiu quase por acaso. “No início, a gente usava as redes sociais para conseguir encontrar e trocar notícias com quem gosta de futebol. Quando começamos a lançar algumas frases, vimos que as pessoas se sentiam encorajadas a acompanhar mais o esporte”, disse. O administrador da página diz que as frases têm ajudado a dar uma ideia diferente sobre o futebol feminino. “Primeiro, a gente quer deixar claro que

POPULAR

técnico da seleção feminina Vadão comentou uma foto. “Sabemos que jogadoras e técnicos nos acompanham, por isso tomo cuidado para nenhuma bobagem entrar nos comentários”. Como bobagem, ele descreve comentários machistas. “Infelizmente, têm muitos. Outro dia o Santos fez uma postagem e o que o pessoal escreveu foi lamentável”, conta. Além do sul-mato-grossense, a página também é administrada por três pessoas. Uma delas é a catarinense Fabiane Tasca. “Tenho um projeto de incentivo ao futebol feminino em Florianópolis. Depois de uma reportagem, Carlinhos me contatou para administrar a página”, diz. Ela

Uma das páginas mais populares é a “Futebol Feminino”. Criada pelo sul-mato-grossense Carlos Alberto de Souza, a página tem 48 mil fãs e é a segunda maior dedicada ao futebol feminino no Brasil a mulher pode jogar. Segundo, a gente quer mostrar que elas não são só beleza, como muitas mídias querem mostrar. As mulheres querem ser reconhecidas pelo talento”, afirma. Carlinhos relata que um dos melhores momentos da página foi quando a esposa do

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ugar de mulher é onde ela quiser”, “Sim, sou mulher e jogo futebol”, “Nem toda mulher sonha em ser bailarina”. Sem o espaço merecido para o esporte e ainda lutando contra o preconceito, fãs do futebol feminino têm se utilizado das redes sociais para incentivar o crescimento da modalidade no país. Páginas e grupos no Facebook tentam combater o preconceito com frases de empoderamento feminino no futebol. Uma das páginas mais populares é a “Futebol Feminino”. Criada pelo sul-matogrossense Carlos Alberto de Souza, a página tem 48 mil fãs e é a segunda maior dedicada

Mais de 50 pilotos de quadriciclos e UTVs disputarão o 1º Circuito Amazon Quad Club, na Vivenda Verde

fala sobre a última frase que postou. “Fiz uma de incentivo às goleiras”, diz. Algumas das fotos publicada pela página “Futebol Feminino” são da estudante brasiliense Juliana Andrade. Ela disse que enviou as imagens para a página para tentar incentivar outras meninas a jogarem futebol. “As pessoas ainda têm uma imagem errada do futebol. Essas fotos foram do meu book de 15 anos e ficaram perfeitas. Queria mostrar que há como ser feminina e jogar futebol. As fotos ajudaram até a convencer a minha mãe disse”, conta. Quem também tem uma página de incentivo ao futebol feminino é a jogadora Ketlen Souza. Com 18 anos, ela joga

no Sub-20 do Iranduba (AM) e chegou a integrar o elenco profissional no Brasileirão do ano passado. No final de 2014, ela criou a página “Momentos de uma Boleira” com frases de incentivo e motivação para jogadoras. Ketlen diz que as postagens deixam as jogadoras felizes. “Elas ficam satisfeitas porque não se veem muito na TV. Tem algumas que mandam fotos para eu publicar”, afirma. Ela também conta que conseguiu realizar um sonho com ajuda da rede social: conhecer a atacante e xará Ketlen Wiggers, do Santos. “O nome chamou atenção então sempre me espelhei nela. No ano passado e neste ano conseguimos conversar”, diz.

QUADRICICLOS

Competição acontece dia 14 No próximo fim de semana, dia 14, mais de 50 pilotos de quadriciclos e UTVs disputarão o 1º Circuito Amazon Quad Club, no Complexo Yeshua, localizado na Vivenda Verde, no Tarumã. Os primeiros colocados receberão troféus e premiação em dinheiro. O público não precisará pagar ingresso para prestigiar a competição. Pilotos de Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO) também já confirmaram a inscrição na disputa, que promete ser bastante acirrada. Os competidores deverão fazer percursos em uma pista tomada por lama com curvas, buracos, ladeiras e obstáculos. Ganha na categoria com os veículos UTVs quem fazer o percurso no menor tempo. Já os pilotos de quadriciclos farão “baterias” com

oito competidores por vez. A primeira volta, na pista, deverá ser realizada em dez minutos para classificar os pilotos que vão para a final

CATEGORIAS O Circuito Amazon Quad Club será disputado entre as categorias até 450 cilindradas, de 550 a 800 cilindradas, e Força Livre com quadriciclo acima de mil cilindradas e UTV

da competição. Na final, ganha quem fazer a volta no menor tempo. O Circuito Amazon Quad CLub será disputado entre as categorias: até 450

cilindradas, de 550 a 800 cilindradas, Força Livre com quadriciclo acima de mil cilindradas e UTV. Segundo o presidente do Amazon Quad Club, esse esporte tem crescimento bastante no Amazonas e revelado cada vez mais atletas de alto nível. “Sabemos que teremos muita adrenalina nesta competição, pois os atletas estão treinando forte para chegar em primeiro lugar no pódio. Além disso, o evento é uma boa opção de diversão para toda a família. Vale a pena prestigiar”, disse. A inscrição na disputa está sendo realizada através dos telefones (92) 99152-9977 e 98177-0920, ao valor de R$ 100 para quadriciclo e R$ 150 para UTV. Já a entrada no evento é gratuita.


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Investigação vai apurar se China dopou atletas FOTOS: DIVULGAÇÃO

O possível esquema envolve a fundista Wang Junxia, detentora de recordes e campeã olímpica em Atlanta-1996

Doping tem sido um escândalo frequente para a Federação Internacional de Atletismo

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IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) anunciou nesta sexta-feira (5) que investiga a autenticidade de uma carta divulgada pela mídia chinesa que exporia uma rede de doping no país. A entidade se encontra atualmente em crise devido aos escândalos com seus dirigentes e a federação russa da modalidade. O possível esquema envolve a fundista Wang Junxia, detentora dos recordes mundiais dos 3.000 m e 10.000 m no atletismo feminino desde 1993 e campeã olímpica em Atlanta-1996. Caso comprovada ilicitude, as marcas podem ser anuladas, informou a IAAF. O site chinês Tencent publicou que Wang escreveu, em 1995, uma carta ao jornalista Zhao Yu na qual relatou que atletas sob orientação do técnico Ma Junren eram forçados a tomar substâncias proibidas. Junren, inclusive, supostamente ajudaria a aplicar as doses. Outros nove atletas comandados pelo técnico teriam assinado a carta. Zhao escreveu um livro sobre a chamada “Armada de Ma [Junren]”, em referência à equipe comandada pelo treinador, que se destacou na primeira

Fifa estende punição ao meia Fred

Em 2008, a China conseguiu liderar o quadro de medalhas dos jogos organizados em Pequim

metade da década de 1990. “É verdade que o técnico Ma nos bateu, nos abusou sexualmente e nos destratou por anos. Também é verdade que ele nos coagiu ou forçou a usar grandes quantidades de substâncias banidas”, afirmou a carta, datada de 28 de março de 1995. A IAAF vai verificar se a carta é autêntica ou não. Nesta sexta, a entidade disse que só tomou conhecimento da situação nesta semana, quando contatada por veículos de comunicação chineses. Ela pediu à federação chinesa de atletismo ajuda para investigar a validade do documento.

“Se um atleta admitiu que, em algum ponto antes de bater um recorde mundial, usou ou levou vantagem de uma substância ou técnica proibida, então esse recorde não será considerado pela IAAF”, declarou a entidade, por meio de nota. Junren e sua equipe foram idolatrados por muitos anos na China devido às conquistas. A sequência de títulos e recordes mundiais despertava suspeitas, mas jamais atletas como Wang foram pegos. O técnico chegou a dizer, na época, que tudo o que dava a sua principal atle-

ta era sangue de tartaruga, ginseng e fungos. A “Armada” de Junren se desfez no final de 1994, depois de a seleção chinesa de natação ter vários atletas flagrados e corredores, já fora do programa do técnico, virem seus resultados despencarem. Contexto A IAAF está envolta em acusações sobre permitir e até acobertar casos de doping. O ex-presidente da entidade, Lamine Diack, filhos dele e o ex-chefe do departamento antidoping, Gabriel Dollé, também são apontados e investigados por envolvimento

nas ilegalidades. Relatório de comissão independente da WADA (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) apontou em novembro a existência de um esquema estatal de doping na Rússia, com participação de atletas, da agência antidoping do país, atletas, técnicos e até do serviço secreto; A comissão recomendou a suspensão da federação russa de atletismo de todas as competições internacionais, o que foi acatado pelo conselho da IAAF ainda em novembro. Por ora, o atletismo russo está fora dos Jogos Olímpicos do Rio.

A Fifa informou nesta sexta-feira (5) que estendeu a punição por doping do meia Fred para nível mundial. Dessa forma, ele não pode participar de nenhuma partida profissional e nem de amistosos. Fred já havia sido suspenso por um ano pela Conmebol, em dezembro de 2015, por ter sido flagrado positivo em um exame antidoping realizado durante a Copa América do Chile, em junho. Até então, a punição era válida apenas para competições organizadas pela Conmebol. Após a partida em que o Brasil foi eliminado pelo Paraguai na Copa América, foi encontrada a substância hidroclorotiazida, um diurético usado, normalmente, para mascarar o uso de produtos mais fortes, como anabolizantes ou drogas sociais.


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