Saúde - 16 de junho de 2013

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Caderno F

MANAUS, DOMINGO, 16 DE JUNHO DE 2013

DIVULGAÇÃO

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e bem-estar

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A difícil revelação da verdade Saúde e bem-estar F5

Uma cura possível O Amazonas é campeão na incidência de câncer de colo de útero, que demora entre 10 a 15 anos para atingir o estágio avançado. A campanha para imunizar adolescentes de 11 a 13 anos começa em agosto, e será anual MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

A

educação é a melhor maneira de prevenir doenças. É com essa proposta que a ginecologista e obstetra Mônica Bandeira de Melo pretender alertar os pais de meninas entre 11 e 13 anos e as próprias adolescentes, alvos da campanha de vacinação contra o HPV, causador do câncer de colo uterino. A ginecologista é a principal incentivadora da campanha, que começa em agosto deste ano, e foi por meio de seu esforço para a conscientização que o Governo do Estado e Prefeitura de Manaus se uniram para oferecer a vacina gratuitamente. O Amazonas é o Estado brasileiro com o maior índice de incidente deste tipo de câncer, que é completamente evitável. “Muitos pais acreditam que, ao incentivarem a vacinação das meninas, estarão incentivando a atividade sexual. Pelo contrário, meninas com essa idade já aprendem na escola o que é aparelho reprodutor, e logo em seguida aprendem sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). A vacinação vai prevenir um câncer futuramente”, esclarece a médica, que trabalha na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) há 21 anos, e ressalta que a morte por câncer de colo de útero é uma das mais sofridas. “A mulher morre sangrando. Por ser em uma área que está próxima a bexiga e ao ânus, a hemorragia toma conta da região e fica praticamente incontrolável. A mulher, em estado terminal, faz fezes pela vagina, porque o câncer já tomou conta da área”, lamenta.

E os números revelados pela ginecologista são alarmantes – 45% das adolescentes contaminadas pelo HPV, o vírus do papiloma humano (VPH ou HPV, do inglês human papiloma virus) contraíram a doença antes de ter relação sexual. “Aquelas brincadeirinhas de namoradinhos, as preliminares, sem penetração, também podem transmitir o HPV. O vírus é altamente contagioso, e só de encostar os jovens já podem transmitir ou contrair a doença”, explica.

EQUÍVOCO

Muitos pais acreditam que, ao incentivarem a vacinação das meninas, estarão incentivando a atividade sexual” Mônica Bandeira de Melo, ginecologista

E a vacina previne apenas o câncer de colo de útero, portanto o pensamento de que as meninas serão incentivadas a promiscuidade não procede, visto que DSTs como sífilis e Aids não são prevenidas com a imunização. Alta incidência O HPV possui mais de 200 variações diferentes, e a maioria delas está associada a lesões benignas, tais como verrugas (popularmente conhecidas como “crista

de galo”, tratadas apenas por cauterização), mas certos tipos são encontrados em determinadas neoplasias como o câncer do colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os casos verificados. De acordo com Mônica, além do câncer de colo de útero, 30% dos cânceres de língua, 40% dos de garganta, 50% dos cânceres de pênis e 80% dos cânceres de ânus são causados pelo HPV. “Por conta disso, a vacina é uma das principais maneiras de evitar o câncer de colo uterino. Não é a única, porque há os exames preventivos (papanicolau), que devem ser feitos periodicamente, além do exame de colnoscopia. Mas a vacinação se faz necessária por conta da urgência, tamanha é a incidência em nosso Estado”, acrescentou Mônica. “Por que meninas entre 11 e 13 anos?” – muita gente questiona. A profissional explica. “Muitas meninas nessa faixa etária já têm vida sexual ativa, mas não são todas. Nessa idade, a maioria ainda não teve contato sexual, e por isso elas são a prioridade da campanha”, diz. Vale ressaltar a diferença entre o contato sexual e a relação sexual. Mulheres com idades acima dessa não só podem, como devem tomar a vacina também. “Mas essas deverão procurar as clínicas particulares (existem duas em Manaus). Quem já teve HPV também deve se vacinar, porque não é uma doença que pega uma vez e nunca mais. Não, a mulher pode contrair outras vezes”, acrescenta.

500 mil novos casos por ano O mais alarmante na situação é a quantidade de casos registrados: no mundo, 500 mil novos casos todos os anos. No Brasil, 18 mil mulheres são diagnosticadas com a doença. No Amazonas, 600 mulheres têm câncer de colo de útero, anualmente. “Mas esses números estão errados, porque sabemos que muitas mulheres pelo interior morreram sem ao menos terem ido ao médico uma vez na

vida, para fazer preventivo”, lamente Mônica. Por conta disso, a médica acredita que a abordagem deve ser regionalizada. “O Distrito Federal fez a campanha, com recursos da União. Em São Paulo também há a movimentação, mas nesses locais a população não precisa se locomover por meio de barcos, não levam dias viajando até chegarem a um posto de saúde”, observa.


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João Bosco Botelho

DICAS DE SAÚDE

joaoboscobotelho@gmail.com

Medicina e o direito ao bem, bom e melhor

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Teorizando em torno da associação entre a ética e moral gerando o bem, o bom, o melhor, antepondo-se ao vício ligado ao mal, mau, pior, é interessante assinalar que historicamente parece existir elos entre as éticas da medicina boa e prática e a do direito absolvição, ambas entendidas pelo senso comum como aquelas que ofereciam bons resultados e trazem melhorias à vida pessoal e coletiva. Os registros mais antigos apontam que tanto o médico quanto o julgador, entendidos personagens sociais, ter ocorrido ajustes políticos e administrativos na maior inclusão dos curadores e dos julgadores, como agentes do bem, do bom, do melhor. Os curadores e julgadores que não conseguiram firmar capacidade na solução dos problemas expostos pelos postulantes, curando os doentes e absolvendo os acusados, não recebiam o reconhecimento coletivo. As práticas médicas edificadas nas academias, nas universidades são as que construíram, desconstruíram e reconstroem teorias para desvendar as origens das doenças, nas dimensões cada vez menores da matéria, a priori mais competentes para empurrar os limites da dor, da morte, gerando aceite coletivo. Desse modo, as

teorias para entender as doenças têm vencido as barreiras para diminuir a abstração e aumentar a materialidade das enfermidades, aumentando a longevidade e a cura de doenças consideradas mortais até poucos anos atrás. O direito de igual modo também construiu, ao longo dos séculos, a estrutura sustentadora da credibilidade coletiva para nortear o bom, o certo, o belo, separando-se das ideias e crenças religiosas e laicizando o ideário de justiça. Dessa forma, esse desejo coletivo de administrar os conflitos nascidos no pressuposto medicinaboa prática e direito absolvição, presentes tanto nas ancestralidades quanto nos mais próximos, moldaram linguagens e culturas igualmente inseridas no anseio coletivo de prevalecer o bem, bom, justo, contra o mal, injusto. O conhecimento historicamente acumulado, desde os primeiros registros do médico e do julgador como personagens sociais, se ajustou na maior inclusão dos curadores e dos julgadores, como agentes para evitar a doença e a injustiça. Entre esses dois grupos de médicos e julgadores — os dos bons resultados e os que não satisfizeram as demandas pessoais e coletivas —, as organizações so-

ciais, em diferentes instâncias, ao mesmo tempo em que reconheciam e nominavam o médico e o julgador, procuraram refletir, identificar, coibir e punir as más práticas, estabelecendo fortes critérios na edificação da historicidade das éticas do médico e do julgador. De modo geral, as más práticas na medicina e no direito continuam entrelaçadas ao resultado desfavorável, o fracasso da cura pelo doente e da sentença considerada injusta. Nenhum procedimento na medicina e no direito, no passado e no presente, tem sido aceito se provoca, respectivamente, piora de qualquer natureza no enfermo ou a suspeição de a sentença não ter sido justa. Esse esboço normativo éticomoral voltado aos bons resultados, no movimento de secularização das práticas da medicina e do direito, claramente exposto no Código de Hammurabi, no século 16 a.C., culminou com o aparecimento na Grécia, no século 4 a.C., do conceito de deontologia (do grego déontos, “o que é obrigatório, necessário” + logia), que evoluiu para “o estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral”, em torno das ideias do filósofo inglês Jeremy Benthan, o fundador do Utilitarismo.

João Bosco Botelho Doutor Honoris Causa na França

As práticas médicas edificadas nas academias, nas universidades são as que construíram, desconstruíram e reconstroem teorias para desvendar as origens das doenças”

Arruda em uso moderado é boa contra o estresse Também conhecida como “erva das bruxas”, a arruda é uma droga forte, quer seja utilizada em verde, quer em seca. Nela foram já identificados 110 constituintes químicos, alguns tóxicos, como certos alcaloides. Por isso, o seu uso interno deve obedecer a doses muito fracas e ser acompanhado. Entre suas inúmeras propriedades medicinais, a erva se destaca como o “remédio para o estresse, distúrbio que é hoje muito comum, devido à vida agitada que a maioria das pessoas leva. A receita é simples: Infusão de 5 gramas de folhas num litro de água. Tomar duas chávenas por dia. Entretanto, é bom ressaltar que a arruda é tóxica e contraindicada para gestantes, lactantes, situações hemorrágicas, distúrbios menstruais e hipersensibilidade dérmica. Doses elevadas do “chá” podem causar gastroenterites, convulsões, hemorragias, abortos, vômitos, tremores e vertigens.

Humberto Figliuolo hfigliuolo@hotmail.com

Reflexões sobre a saúde Vivemos sob uma extraordinária experiência de reformas e redefinições do perfil e das gestões do sistema de saúde. O marco da mudança foi durante o processo constituinte de 1988, que introduziu na Constituição, que a saúde é direito fundamental, garantido constitucionalmente mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário para sua promoção, proteção e recuperação. O objetivo maior agora é a pressão de a sociedade civil trabalhar para transformar em realidade do povo brasileiro os princípios doutrinários e constitucionais que entendem a saúde como o bem mais precioso da vida, direito social inalienável e responsabilidade maior do Estado. Assim o desafio maior é tornar a atenção à saúde mais humana e necessária, resolutiva, onde necessidades e demandas consistem diuturnamente com a realidade inquestionável de ser um setor estratégico para os negócios, identificando vulnerabilidade, testando modelos de políticas de atenção que surge o bom atendimento de saúde que buscamos para a nossa população.

Em síntese, uma estratégia sobre a questão sanitária ou epidemiológica ou de saúde não interessa apenas tão somente à saúde, mas interessa à sociedade como um todo pelo envolvimento de todos os segmentos sociais. As propostas são várias e múltiplas, não existe uniformidade na maneira de pensar, no entanto algo de comum permanece, pelo menos mais completas, todos deixam evidências e dão clareza de o quanto é importante e de quanto à saúde representa para um povo. Os medicamentos e os alimentos básicos, o microambiente da casa e o saneamento, o meio ambiente e o controle das endemias são os conhecidos bens e serviços que não são nada mais que o fundamental em infraestrutura social. A sentida necessidade e a desejada melhoria das condições da saúde e porque não dizer condições de vida, está na dependência de ações mais significativas e colocadas em escalas hierárquicas mais altas, qual seja a de planejamento. E para se procurar atingir a melhoria das condições de saúde ressaltamos que sem diminuir as dimensões da pobreza, limitadora do acesso aos bens, devido ao baixo nível das condições econômicas jamais

se atingirá a prefixação das reais mudanças da situação da saúde. Assim como os problemas sociais, os problemas de saúde estão dentro, fazendo parte de maneira indissolúvel da política de desenvolvimento econômico de nossa sociedade. Não adianta elevar o número de estabelecimentos de saúde, o mais importante é melhorar o atendimento em saúde aprimorando os sistemas de informações das unidades de saúde. Não se pode mais pensar que uma ação governamental séria, válida e eficiente, na elevação dos padrões sanitários, se esta se baseasse e fosse buscada através da supervalorização da assistência médica. Os resultados seriam muito mais confiáveis e prontamente sensíveis se o segmento mais avantajado, de menor poder aquisitivo, tivesse maior facilidade de atingir a possibilidade de se beneficiar dos bens e serviços essenciais. Ampliando-se o acesso das populações mais pobres aos bens e serviços com a participação da saúde ter-se-á o impacto das ações perfeitamente nítido e não como já foi dito apenas de modo tímido. A responsabilidade da área de saúde no contexto geral é muito maior do que se supõe.

Inclua mais aspargo na sua alimentação diária

Humberto Figliuolo Farmacêutico

Em síntese, uma estratégia sobre a questão sanitária ou epidemiológica ou de saúde não interessa apenas tão somente à saúde, mas interessa à sociedade como um todo”

A luta contra o câncer ganha mais um aliado: o aspargo, um alimento muito nutritivo que contém vitaminas do complexo B (ácido fólico), betacaroteno (provitamina A), além dos minerais cálcio, ferro e fósforo. A atividade anticancerígena vem da glutationa, um poderoso antioxidante. O aspargo também é um excelente auxiliar no processo digestivo, tem ação diurética e sedativa, além de fornecer uma grande quantidade de fibras, cerca de 3,6 gramas por xícara de vegetal. Depois do suco de laranja, ele é tido como a melhor fonte de ácido fólico, conhecido por diminuir os riscos de doenças do coração, câncer de cólon, doenças do fígado e da espinha. Os aspargos também são ricos em sais minerais, potássio e muitos micronutrientes. São também baixos em calorias, sem gorduras e colesterol.

Expediente Editora Vera Lima weralima@yahoo.com.br

Diagramação Kleuton Silva

Repórter Renata Paula Mellanie Hasimoto

Revisão Eustáquio Libório Gracycleide Drumond

www.emtempo.com.br


Saúde

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Dispositivo pode ajudar pacientes com HIV

Estudo foi elaborado no período de novembro de 2010 a maio de 2013 por professores da UEA, USP e Unicamp

U

m invento portátil, barato, de simples uso, baixo custo e capaz de oferecer um diagnóstico, dentro de poucos minutos, na área de patologia bucal. Esse foi o resultado de uma pesquisa elaborada em conjunto por professores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para detectar a presença do vírus Epstein Barr (EBV) em saliva de pacientes HIV positivos. O estudo foi elaborado no período de novembro de 2010 a maio de 2013. “O novo dispositivo não necessita de equipamento e profissional especializado para interpre-

tação dos dados, diferente das técnicas atuais que duram horas ou até dias para obtenção de resultado, com necessidade de laboratório treinado, com equipamento e profissional qualificado para diagnóstico”, explica a pesquisadora da UEA, professora Michella Lima. O sistema está em processo de análise de patenteabilidade na Agência Inova da Unicamp e recebeu financiamento no valor de R$ 61 mil, por parte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Já o custo do produto final é de cerca de R$3,56 por teste. A pesquisadora explica que o estudo refere-se à primeira etapa de desenvolvimento do

PATENTE

O sistema está em processo de análise de patenteabilidade na Agência Inova da Unicamp e recebeu financiamento no valor de R$ 61 mil, por parte da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo sistema. “Estamos na fase de pesquisa básica e precisamos realizar, ainda, um estudo clínico mais amplo que atenda às especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para que possa ser aplicado clinicamente. Após todos os estudos, o sistema de de-

tecção poderá ser usado em qualquer município do Estado do Amazonas”, enfatiza. O estudo também faz parte do doutorado da professora Michella Lima em Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da USP (FO-USP), pelo qual recebeu o segundo lugar no Prêmio de Inovação Tecnológica em Odontologia, promovido pela Comissão de Pesquisa da FO-USP. “Após a defesa de tese agendada para julho, irei publicar os artigos científicos, para em seguida, solicitar minha inclusão no Programa de Pós-Graduação em medicina tropical da UEA e Instituto de Medicina Tropical do Amazonas, para propormos a continuidade dos estudos clínicos”, detalha.

Saiba mais sobre o EBV O EBV está associado à formação de cânceres em pacientes HIV positivos e por ser um membro da família do vírus herpes humano está presente na saliva de indivíduos saudáveis, em porcentagem que varia de 30% a 95% da população adulta mundial. Segundo a pesquisadora Michella Lima, em pacientes imunocompetentes (indivíduos cujo sistema imunológico responde normalmente) gera uma doença chamada mono-

nucleose infecciosa, que possui sinais e sintomas semelhantes a uma gripe e apenas utiliza medicação paliativa. Já os pacientes imunocomprometidos, HIV positivos e transplantados, por exemplo, este vírus pode gerar mutação nos linfócitos, que são células de defesa do organismo, e estas células podem começar a proliferar sem controle, gerando distúrbios linfoproliferativos e alguns tipos de câncer, como os linfomas.

Coisa de Mulher VERA LIMA

weralima@yahoo.com.br

Pelo direito de usar biquíni Tenho dito e repetido aqui nessa coluna que mulher é sinônimo de coisa e, para piorar, coisa descartável, que entra em desuso após uma certa idade. Isso é infame, não é? Mas é a pura e dolorosa verdade. Que me perdoem aquelas que adoram dourar a pílula, mas a realidade é que nossa cultura é cruel demais com as pessoas idosas, principalmente com as mulheres. Quem já foi bela e famosa, então, não tem o direito de envelhecer em paz. Uma prova irrefutável do que digo é a situação da Bety Faria, que hoje está com 72 anos e quer poder ir à praia em paz, usando biquíni. Quer e vai, porque, segundo ela, ninguém vai dizer de que maneira ela deveria se vestir para ir à praia. Está

certa! Certíssima! Sei que as mais novinhas vão torcer o nariz diante das fotos da atriz exibindo uma redonda barriga e considerável flacidez em seu biquíni “tomara que caia”. Tudo bem, quem está com tudo em cima tem todo o direito de olhar torto para quem um dia já foi bonita e hoje paga pelo pecado de ter envelhecido. Como se esse não fosse o destino de todo ser humano! Quem não envelhece é porque já morreu. Não vou dizer que achei a foto da Bety de biquíni linda, porque isso seria exagero de minha parte. Claro que, como a maioria, gosto de ver pessoas bonitas e saradas e acho linda a Luana Piovanni exibindo um corpinho enxuto na praia de Ipanema. Aliás, no meu caso,

prefiro olhar o Paulo Zulu, que passou dos 50 e continua um colírio. Mas esse é outro texto que escreverei depois, agora a minha intenção é defender o direito de ir e vir da dona Bety. Não que ela precise de mim para isso, mas já estou defendendo a minha tese porque quando chegar aos 70 também quero fazer minhas proezas nas praias do sul do país. De biquíni “tomara que não caia”. A Bety não gostou do policiamento da mídia que caiu como urubu na carniça colocando suas fotos para escandalizar o povinho que se alimenta de fofocas televisivas. A intenção era essa mesma, escandalizar, afinal, o que uma senhora de mais de 70 anos está fazendo na praia exibindo pelancas?

Ora, meu povo, ela está exercitando o seu sagrado direito de viver como bem-quer. Muito possessa com a invasão de sua privacidade ela questionou com toda razão: “Por que não posso usar biquíni? A mulher vai envelhecendo e passa a viver com restrições: algumas físicas e outras impostas pela sociedade. Não vou ser uma coroa boazinha e seguir as regras estabelecidas”. Está certa. Certíssima! O que mais chocou não foi nem o trabalho dos paparazzi, porque eles vivem disso. O que chocou foi a reação do “Zé povinho” na internet. Muitas críticas, muitas ofensas. Mensagens dizendo que Betty não tem mais idade para tal tipo de traje. Bety pulou: “É uma foto horrorosa, mas não me

aborreceu. O que me deu raiva foi a reação das pessoas, os comentários. Fiquei assustada com aquilo”, comentou. Não me espanta a reação retrógrada do povo diante das fotos, porque de certa forma já é “natural” ver como os idosos são tratados nessa terrinha de Deus. Respeito para quem já cruzou o “cabo da boa esperança” é coisa rara no Brasil. Precisamos conscientizar as pessoas que o país está caminhando para ser uma terra de idosos, e se não cultivarmos o respeito para as pessoas mais velhas estaremos dando um péssimo exemplo de vida aos nossos filhos e netos. Esse é o país que queremos? Que futuro estamos planejando para as gerações que estão se formando agora?

Vera Lima Editora de Saúde e bem-estar

A verdade é que quem já foi bela e famosa não tem o direito de envelhecer em paz”


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Infecção urinária: doença silenciosa e perigosa O aparecimento da doença é mais comum entre as mulheres e pode comprometer os rins e o fígado RENATA PAULA Equipe EM TEMPO

E

la geralmente chega quando você nem percebe e ataca quando você menos espera. Em clima dos filmes de suspense existem algumas doenças que agem silenciosamente e quando a gente se dá conta o caso pode estar muito grave, é o caso da infecção urinária, que se não tratada corretamente pode comprometer os rins e o fígado da pessoa. Independentemente de idade ou rotina o aparecimento da doença é mais comum entre as mulheres. A preferência da doença para as mulheres se dá por diversos motivos, entre eles o fato delas abrigarem

diversos tipos de microorganismos que compõem a flora vaginal. Outra questão é o fato da uretra feminina ser mais curta do que a dos homens, tornando mais fácil o caminho das bactérias desde a entrada da uretra até a bexiga. De acordo com a médica ginecologista Mariana Teles Brandão, os primeiros sintomas aparecem quando o paciente vai muitas vezes ao banheiro. “Além de ir ao banheiro repetitivamente, a pessoa sente uma dor ao urinar, sente uma ardência e alteração na coloração da urina”, explica. A infecção urinária existe basicamente em dois estágios, o primeiro deles e mais simples é conhecido como cistite e se não for tratada

pode se agravar. “Quando a dor irradia para região lombar a infecção urinária passa de cistite para pielonefrite, porque aí para de acometer somente a bexiga e afeta também o rim”, acrescenta. Beber pouco líquido, principalmente água, é um dos agravantes para o aparecimento da doença, portanto, além do uso de antibióticos, a hidratação oral é a maior indicação para os contaminados com a doença. Prender a urina por muito tempo também é uma das causas da doença. Mariana alerta a importância de nunca se au-

tomedicar, “por mais que pareça simples é importante que a pessoa leve a sério o tratamento da doença. As principais causas são as infecção genitais, beber pouco líquido, imunidade baixa e até gravidez podem agilizar o processo de infecção”, explica a médica. O técnico em radiologia Carlos Barros foi vítima da infecção por não ter o costume de beber água durante o dia. “Comecei sentindo um incômodo quando urinava, o motivo foi porque eu não bebia água, às vezes, só tomava café preto mas nunca água. O tratamento durou mais o u

menos um mês, eu tive que tomar um antibiótico, mas fiquei bom”, revela. Ainda de acordo com Mariana, o ideal é antes de realizar o tratamento fazer um exame de urina simples e uma urocultura. “Esse tratamento consegue detectar qual o microorganismo responsável pela doença e com isso é possível saber qual o antibiótico é sensível a ele”, acrescenta. É importante que as pessoas fiquem atentas aos sintomas das doenças para não chegar a estágios avançados, o que dificulta o tratamento. O processo para detectar o aumento do órgão e as lesões causadas pela infecção pode ser feito com exames como RX de abdômen, urografia

e cintilografia renal. Sexo e proteção Frequentadores de academia, esportistas em geral são suscetíveis a contrair a doença. Nesses casos é aconselhável que as mulheres evitem o uso de absorvente interno, roupas íntimas de nylon e jeans muito apertado e sempre procurem se limpar da frente para trás após defecar para ter certeza que não haja risco de fezes na área da vagina. Vida sexual ativa também serve de alvo para as pessoas contraírem a doença. Uma boa dica é adotar o o uso de camisinhas durante as relações sexuais e urinar após as relações como medidas preventivas.


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O apoio de familares e amigos é fundamental para que a pessoa mantenha o seu equilíbrio e consiga ser feliz

‘Tirei um peso das costas’ Assumir a homossexualidade é difícil. A compreensão e carinho dos pais é essencial durante esse momento de transição em que o indivíduo decide quebrar os tabus e enfrentar todas as consequências, inclusive o preconceito MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

A

ssumir a homossexualidade é um momento difícil. O preconceito, o medo e a violência são fatores que ainda fazem com que muita gente permaneça no “armário”. No entanto, o tabu é quebrado a medida que a aceitação e o apoio da família e dos amigos cresce, fazendo com que a situação passe a ser encarada com naturalidade. “Tirei um peso das costas que não desejo para ninguém”. A declaração do administrador Rodrigo Barros de Carvalho, 27, mostra claramente o sentimento que muitos carregam. Mas, o questionamento da mãe foi que o levou a abrir o jogo. “Acho que ela estava com isso engasgado há muito tempo. Ela simplesmente entrou no meu quarto e sem meias palavras – como é do seu perfil – e me perguntou se eu era gay. Foi a pergunta mais pavorosa da minha vida. Aliás, toda a minha vida passou pela minha cabeça nos segundos que antecederam a minha resposta. Fiquei atordoado, e não conseguia mais pensar em nada. Só queria sumir e chorar”, contou.

O pós-revelação Apesar da reação de Rodrigo, sua preocupação era com o que viria a seguir. “A minha maior preocupação era o dia seguinte. Mas meus pais são maravilhosos, até mais do que eu imaginava. Me aceitaram e viram que ser gay não muda caráter”, completou. Na casa de Sandra Oliveira, a situação não foi diferente. Ela e seu filho, Rafael, tiveram uma conversa séria, quando o publicitário tinha 17 anos. “Mãe sempre sabe”, diz. Rafael completa: “saí do armário primeiro com minha mãe – até porque acredito que toda mãe conhece bem o seu filho. Estava triste, tinha acabado um namorinho de colégio, então resolvi conversar com ela. Foi bem tenso para mim, mas minha mãe me tran-

quilizou, falando que já sabia da minha sexualidade e só queria meu bem”, lembra. “Falei que tinha preocupação das pessoas o machucarem com seus preconceitos. Sempre fui mais leoa com ele, pois queria defendê-lo de qualquer ataque. Acredito que a orientação sexual da pessoa deve ser respeitada e não motivo de chacota”, afirma Sandra. Compreensão Após a revelação, o relacionamento entre pais e filhos, de acordo com Rafael, Sandra e Rodrigo, só melhorou. “Creio que eles fizeram um ótimo trabalho comigo. Fiz faculdade, trabalho, pago impostos, sou responsável, cuido ao máximo deles, tenho amigos, nunca

FELICIDADE

“Tenho o maior orgulho de meu filho e sempre vou estar ao lado dele, respeitando a sua orientação sexual e dando a maior força para que ele encontre alguém e seja muito feliz”, afirma Sandra Oliveira matei, nunca roubei... Sou um ser humano normal, como qualquer outro. E acho que foi isso que eles perceberam, que ser gay não é aberração. O clima corre naturalmente como em qualquer família”, disse Rodrigo, que prefere manter a vida pessoal mais reservada. “Na verdade, não falo abertamente da minha vida pessoal com eles por questões minhas, eles não precisam saber de tudo, mas me aceitam e me amam. Aliás, me sinto amado todos os momentos – e agora mais do que nunca”, completa. Com Rafael e Sandra aconteceu o mesmo. “Nossa relação só melhorou. Já não precisava ocultar meus namoros. Mas também sei que tenho muita sorte com a mãe que tenho”, acrescenta o designer.

Assumir uma relação homoafetiva requer muito equilíbrio

‘Sinto-me mais confortável’ Para Rafael e Rodrigo, assumir a homossexualidade foi como tirar um peso das costas. Ainda que tenha havido tensão, o publicitário ficou tranquilo, porque acredita que sexualidade não deve ser um problema, algo que tenha de ser ocultado. “Eu demorei um tempo para entender isso, mas naquele momento eu me sentia mal em esconder o fato, ainda mais tão novo. Digo que tirei um piano das costas, porque sem-

pre foi péssimo mentir para meus pais. Algumas coisas a gente oculta, de boa, mas essa me deixava muito mal”, diz. “Hoje me sinto bem mais confortável. Na verdade, nunca tive conflitos comigo mesmo sobre isso. Sempre me aceitei como de fato sou. Mas abrir minha sexualidade em casa foi apenas mais um passo. Completei um ciclo. E sim, tirei um peso que não desejo para ninguém”, finaliza Rodrigo.

O momento de revelar a verdade causa muita ansiedade


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Cuidados para evitar o calor

devem ser redobrados Alimentação leve, muito líquido e proteção contra o sol são alguns cuidados essenciais para encarar o verão sem receio de adoecer

Além da hidratação na medida certa é bom investir em protetor solar de boa qualidade

A

s últimas semanas já dão sinais do calor que o manauense vai ter que suportar nos próximos meses. E junto com as sensações térmicas que chegam facilmente aos 40 graus, aparecem também doenças e alguns perigos à saúde, como desmaios, variação na pressão cardiovascular e problemas causados pela desidratação.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a alta umidade da região pode aumentar a sensação térmica em até cinco graus, agravando ainda mais os sintomas provocados pelo calor. A constante ingestão de líquidos, uma alimentação leve, além de evitar a exposição ao calor por tempo

prolongado são apenas algumas das dicas para evitar problemas ocasionados pelas altas temperaturas. A dermatologista do Sistema Hapvida de Saúde, Juliane Monteiro, alerta que pessoas de todas as idades precisam redobrar os cuidados com a saúde durante essa época do ano. “Não é exagero, o protetor solar precisa mesmo ser

aplicado a cada duas horas. Essa é a época do ano em que devemos abusar de roupas leves, andar com chapéus, óculos escuros, além de evitar se expor ao sol por um período muito longo”. Segundo a especialista, o protetor solar não pode ter proteção menor que 30. Durante esse período do ano em Manaus, é normal que as pessoas sintam um extre-

mo desconforto e com pouca disposição para realizar suas atividades corriqueiras. O excesso de calor pode causar, em alguns casos, câimbras musculares, que são combatidas com a ingestão de alimentos que possuam sódio em sua composição. A pedagoga Adriana Santos, 30, disse que não sai de casa sem uma garrafa de água na

bolsa e evita passar do calor para locais com ar-condicionado bruscamente. “Essa mudança de temperatura é o que mais prejudica a minha saúde. Eu sempre vou acostumando devagar com a mudança de temperatura. Além de ingerir muita água, não abro mão do protetor solar e evito ir para a rua sem chapéu ou sem um guarda-chuva”, explicou.

PREVENÇÃO DIVULGAÇÃO

Para aproveitar bem a festa é bom investir em uma alimentação saudável e equilibrada

Parintins com saúde desde já O festival de Parintins acontece no último fim de semana de junho, mas quem pretende ir à ilha precisa começar a tomar os cuidados com a saúde desde já, caso não queira ter que deixar o melhor da festa em busca de atendimento médico. Antes de pensar em arrumar a mala com roupas azuis ou vermelhas, o torcedor precisa pensar em se alimentar de maneira saudável para conseguir aguentar a maratona de festas que acontecem em Parintins (distante 269 quilômetros de Manaus). De acordo com a nutricionista do Sistema Hapvida de Saúde, Caroline Paiva, alimentos gordurosos e frituras já podem ser substituídos por comidas leves como saladas e carnes magras. “Parintins é muito quente, além de acontecerem muitas atividades e festas na ilha, o que requer muita energia dos torcedores. Todos precisam estar com a saúde em

dia e com energia suficiente para aguentar tantos dias de festa. Não tem melhor maneira de conseguir isso senão com uma alimentação balanceada”, esclareceu. De olho na higiene Quando chegar a Parintins os cuidados não podem ser deixados de lado. “Parintins conta com uma variedade de peixes e frutas muito grande. Opções não vão faltar para quem quer manter a linha. Além disso, não pode esquecer de tomar sempre muita água, sucos naturais, água de coco, e tentar não exagerar no consumo de bebida alcoólica”, alertou. A especialista afirmou ainda que os visitantes devem evitar comidas de “banquinhas” e precisam observar sempre a higiene do local onde o alimento está sendo servido. “Muita gente quer ganhar o dinheiro extra e faz uma venda de comidas em Parintins. Mas nem

sempre levam em conta a higiene na hora do preparo e quando vão servir aos clientes. O torcedor precisa ir para a ilha com o dinheiro da alimentação assegurado, para evitar expor sua saúde em locais onde a higiene é deixada de lado”. Visitante da ilha tupinambarana há mais 9 anos, o publicitário e torcedor do Caprichoso, Gean Leite, disse que se prepara fazendo caminhadas durante as semanas que antecedem o festival, além de optar por uma alimentação mais balanceada. “Na ilha procuro tomar bastante liquido e evito alimentos pesados e condimentados. Parintins é realmente muito quente e precisamos estar bemhidratados para poder curtir o festival sem nenhum problema”. Este ano, a 48ª. edição do Festival Folclórico de Parintins acontece nos dias 28, 29 e 30 de junho.


Saúde

MANAUS, DOMINGO, 16 DE JUNHO DE 2013

e bem-estar

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Síndrome das

pernas inquietas Se as suas noites estão sendo perturbadas por uma inquietação inexplicável nas pernas, não deixe para depois, procure ajuda médica

Quem sofre com o problema enfrenta noites insones porque não consegue relaxar

P

ouca gente reconhece os sintomas, mas uma síndrome que acomete cerca de 15% da população, embora ainda bastante desconhecido, pode ser mais grave do que parece à primeira vista. A síndrome das pernas inquietas ou SPI não tem um diagnóstico fácil e, agora, além do desconforto e da privação do sono, vem sendo associada a um risco extra de problemas cardiovasculares, como infartos e derrames. A síndrome ataca a noite, quando o indivíduo vai repousar e o desconforto nas pernas, que não conseguem ficar quietas, afasta qualquer possibilidade de descanso. Dormir, então, nem pensar. O pior, é que, os sintomas aparentemente sem qualquer explicação plausível, desaparecem da mesma forma como surgiram, de uma hora para outra. Analícia Ferreira, 48, sofre com o distúrbio e diz que nunca teve a preocupação de procurar um médico para averiguar se havia algum problema mais grave. “Mesmo porque eu nunca sequer

imaginei que isso pudesse ser algo grave. Para mim, parecia mais uma questão relacionada à ansiedade”, confessa. A despreocupação de Analícia se explica principalmente pelo fato da inquietação nas pernas ocorrer em períodos isolados e sem nenhum aviso prévio. Ela diz que muitas vezes vai deitar e está

DIAGNÓSTICO

A síndrome das pernas inquietas ou SPI não tem um diagnóstico fácil e, agora, além do desconforto e da privação do sono, vem sendo associada a um risco extra de problemas cardiovasculares

tudo aparentemente normal, só que quando tenta conciliar o sono dá um incômodo nas pernas que não ficam paradas. “É como uma dormência ou uma aflição que não passa e eu acabo ficando irritada”, confidencia. O problema vivenciado por DIVULGAÇÃO/STCK

Analícia é mais comum do que ela poderia imaginar. No ano passado, pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, publicaram dados mostrando que hipertensos estão entre os portadores da síndrome. Sessenta e cinco mil mulheres foram avaliadas e tiveram suas pressões arteriais medidas para a pesquisa. Os cientistas concluíram que desse total, 33% eram hipertensas e tinham pernas inquietas. Risco maior A associação das pernas inquietas com problemas cardiovasculares foi feita por estudos realizados na americana Clínica Mayo, que efetivou uma pesquisa com 584 pessoas diagnosticadas com SPI. O grupo se submeteu a um exame de imagem que avaliava o estado cardíaco. Os resultados mostraram que quem chutava mais vezes durante o sono possuía um risco maior de ser acometido pela chamada hipertrofia ventricular esquerda, quando uma parte do coração aumenta de espessura, dificultando o bombeamento do sangue.

Como identificar os sinais Sintomas sensação de desconforto; necessidade premente de mover as pernas; dor; formigamento; arrepios; pontadas. Causas A causa não é bem-conhecida. Sabe-se que, além da predisposição genética, a deficiência de dopamina e de ferro em áreas motoras do cérebro está associada à ocorrência de movimentos involuntários e repetitivos característicos da síndrome.

Diagnóstico O diagnóstico é fundamentado na descrição dos sintomas. A polissonografia e a dosagem dos teores de ferritina e tranferrina, substâncias que transportam o ferro no sangue periférico, são exames laboratoriais que ajudam a confirmar o diagnóstico. Prevalência A síndrome pode manifestar-se em qualquer faixa de idade. Mais rara na infância, acomete principalmente a população adulta e sua incidência aumenta com o envelhecimento.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Atenção às crianças e idosos * Criança inquieta na hora de dormir, que chora, resmunga e mexe muito as pernas, pode ter desenvolvido os sintomas da síndrome das pernas inquietas. Procure o pediatra; * ISdosos também podem apresentar a síndrome das pernas inquietas. Se for o caso, é bom procurar ajuda especializada; * Só o tratamento adequado é capaz de controlar as crises e aliviar os sintomas que, na maior parte das vezes, pioram à noite. Não se automedique; procure assistência médica especializada; * O consumo de cafeína, álcool e cigarro pode agravar os sintomas; * Medicamentos antidepressivos e neurolépticos podem desencadear uma síndrome semelhante à das pernas inquietas.

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Exercícios na medida para hipertensos

Antes de qualquer atividade é preciso consultar um médico

Diabetes, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial, nada disso é motivo hoje em dia para alegar a necessidade de repouso e se eximir da prática de atividades físicas. Pelo contrário, a ciência comprova a cada dia que a atividade física bem-orientada e praticada com regularidade é uma poderosa aliada como tratamento coadjuvante nessas e em outras doenças. No caso da hipertensão, por exemplo, a atividade física, além de combater o excesso de peso e melhorar o metabolismo de maneira geral, também trabalha os grupos

musculares diminuindo a resistência dos vasos à passagem do sangue e, em consequência, reduz a pressão arterial. Quer melhor motivo que esse para firmar o pé na academia e iniciar ou dar continuidade aos seus treinos? Se o argumento foi suficiente para você começar uma atividade física ou dar continuidade ao trabalho que já vinha realizando, é bom saber ainda que existem alguns cuidados que devem ser observados por portadores de doenças crônicas. Antes de tudo, para os iniciantes, é bom fazer uma avaliação médica e um teste ergométrico que vai

determinar a intensidade com que você poderá se exercitar. Ao iniciar suas atividades físicas, sob a devida orientação, fique atento a sintomas como dor ou pressão no peito, falta de ar ou cansaço extremo que podem sinalizar que você está ultrapassando os seus próprios limites. Moderação não faz mal a ninguém. Caso eles apareçam durante o seu exercício físico, é hora de diminuir o ritmo ou até de parar, de acordo com a sua sensação, e pedir ajuda. Você está indo bem e animado para acelerar o passo? Antes disso, você deve voltar ao consultório do cardiologis-

ta e realizar um novo teste ergométrico para avaliar sua capacidade física atual.

SERVIÇO SUA MELHOR ACADEMIA Local Rua Acre, 66 Nossa Senhora das Graças Informações: 3584-0317 e 3584-2115


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Saúde

e bem-estar

MANAUS, DOMINGO, 16 DE JUNHO DE 2013

Psicologia no divã fafafonseca_05@hotmail.com

Traição feminina Pesquisas apontam que as mulheres estão traindo equiparadamente com os homens? Mas qual motivo? Será que as mulheres estão tão emancipadas assim? Ou isso faz parte das fantasias femininas? E na mais remota das sugestões trata-se realmente de total insatisfação com os homens ou puro desejo sexual? Há tempos, sempre ouvíamos falar que o homem trair pode, mas mulher se torna algo feio, pecaminoso e deixa marcas profundas na vida da mulher. Mas, os tempos são outros, a cada dia que passa a mulher torna-se mais independente e moderna com uma rapidez inacreditável e com isso, a ideia de submissão ao homem torna-se um fato insignificante, haja vista, os avanços conquistados não somente no campo profissional, mas também no sentimental. O que temos presenciado são mulheres que dão o primeiro passo numa relação, flertam, pagam a conta do motel e do restaurante, trabalham diuturnamente, falam de igual para igual com os homens, são chefes, ditam as regras nos seus relacionamentos e não aceitam mais serem as “Amélias” e muito menos deixam que a traição de seus companheiros fiquem impune. Elas vão à luta!!! Muitas se vingam, outras se vestem de uma autoestima elevadíssima e em vez de entrarem em profunda depressão por conta do traidor, partem para um novo relacionamento

e muitas das vezes investindo em homens bem melhores dos que tinham. Sentem-se com o ego massageado quando sua conquista a ama e a valoriza independente do seu status ou idade. Vale ressaltar, que as mulheres estão se beneficiando dessa liberdade sexual, traindo e consequentemente não deixando qualquer vertigem ou muitas das vezes pelo simples fato de apimentar a relação, sem que isso, comprometa seus relacionamentos. Infelizmente ainda existem pessoas que afirmam que para a mulher trair não basta ser só sexo, ela tem que está envolvida emocionalmente. Isso é coisa do passado, as mulheres traem sim e sem nenhum compromisso, só pelo simples fato de satisfazer-se ou simplesmente para firmarse numa relação conjugal que caiu na rotina, sem culpa. O que leva à traição feminina? 1-Para apimentar a relação: Pode ser que isso acabe sendo apenas uma aventura pois, na prática, é um risco alto para uma sensação baixa. Consequências: Se ninguém ficar sabendo, pode aproximar ou afastar o casal. 2-Quer sentir-se desejada por outro homem: Pode ser que haja uma certa perda de identidade quando a mulher se entrega muito. Às vezes, basta uma troca de olhares com al-

guém de fora para que a pessoa se encontre novamente. Consequências: ao realizar fantasias, você pode ser conduzida pelo inconsciente, cheio de complicações. 3-Está carente de atenção: A relação esteja saturada e cada um tenha se voltado para si. Mesmo crises entre um casal são naturais e sentir-se carente, nesses casos, é inevitável. Consequências: ninguém se separa enquanto o outro não dá um motivo imperdoável. Deixar o outro carente é perdoável, mas traição nem todo mundo perdoa. 4-Gosta de sexo pela internet: Pode ser que exista um desejo de olhar para fora da relação, sentindo-se solteira por algum momento e, assim, se encontrando. Consequências: esse tipo de comportamento costuma despertar ciúme, desconfiança e gerar crises. 5-Quer experimentar sexo grupal ou afins: Pode ser que essa seja uma forma de fazer com que a relação acabe. Em situações de dificuldade ou perigo, porém, isso pode unir o casal. Consequências: É muito difícil haver envolvimento afetivo verdadeiro e ter um relacionamento aberto ao mesmo tempo. 6-Busca um motivo para

que ele termine o relacionamento: Pode ser que o amor já tenha acabado há tempos, mas não há um fato real para que se separem. Às vezes, as pessoas ficam viciadas em viver a dois e esquecem como é ser independente ou viver consigo mesmo. Consequências: desde 1978, o adultério não é mais crime no Brasil. Mas num relaciona-mento muitas vezes é. 7-Busca maneiras de soltar-se na cama: Pode ser que o casal tenha se tornado pai e mãe, em vez de homem e mulher. Para se sentir à vontade sexualmente, é preciso de alguém de fora. Consequências: existe uma grande possibilidade da pessoa se apaixonar, pois encontrará justamente o que está faltando: um parceiro.

8-Quer dar o troco no companheiro: Pode ser que a situação de já ter sido traída tenha sido humilhante, principalmente se alguém de fora souber. Consequências: com esse jogo de “bateu, levou”, várias pessoas acabam sendo envolvidas, o que pode ser vergonhoso. Neste caso, é preciso preservar os filhos.

Fabíolla Fonseca psicóloga (92) 9108-7016

Pode ser que o casal tenha se tornado pai e mãe, em vez de homem e mulher. Para se sentir à vontade sexualmente, é preciso de alguém de fora”


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