Se um saco do lixo incomoda muita gente
3 milhões incomodam muito mais MANUAL INFORMATIVO 4 FICHAS DE ACTIVIDADES PARA A ESCOLA
+ JOGO DA PREVENÇÃO DE RESÍDUOS
WWW.CCDR-N.PT
Índice TÍTULO: Se um saco do lixo incomoda muita gente 3 milhões incomodam muito mais - Manual Informativo.
APRESENTAÇÃO
2
O QUE É UM RESÍDUO ?
3
QUANDO SURGIU O PROBLEMA DOS RESÍDUOS ?
4
EQUIPA TÉCNICA: Marco Ferraz Miguel Catarino Luís Santos Rosário Gomes
A EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS
5
IMPACTES AMBIENTAIS DA DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS
7
CCDR-N - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte Rua Rainha D. Estefânia nº251 4150-304 Porto T 226 086 300 | F 226 061 489
COORDENAÇÃO GERAL: Vítor Monteiro
DATA: Novembro, 2010
INFRA-ESTRUTURAS DE GESTÃO DE RESÍDUOS
10
DEMASIADOS RESÍDUOS
15
PREVENÇÃO DE RESÍDUOS
16
A GESTÃO DE RESÍDUOS NA CCDR-N
17
FICHAS DE ACTIVIDADE
18
JOGO DA PREVENÇÃO DE RESÍDUOS
30
GLOSSÁRIO DE RESÍDUOS
31
1 WWW.CCDR-N.PT
Se um saco do lixo incomoda muita gente,
3 Milhões incomodam muito mais! Bem-vindo a este manual informativo sobre RESÍDUOS. Em matéria de gestão de Resíduos, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) tem uma área de intervenção aproximada de 3 milhões de habitantes o que corresponde aproximadamente a um terço da população de Portugal. Já pensaste o que acontecia se não houvesse equipas e contentores para recolher o lixo a 3 milhões de habitantes? Por acaso sabes para onde o teu lixo é levado? E já agora sabes o que é um Resíduo? Qual a importância da Semana da Prevenção de Resíduos? Para responder a estas e outras questões e compreenderes o papel da CCDR-N podes consultar este manual. Também te deixamos algumas actividades que podes desenvolver na escola para evitar ou diminuir os resíduos que são produzidos todos os dias.
2 WWW.CCDR-N.PT
O que é um RESÍDUO?
Qualquer substância ou objecto que vais deitar fora, ou tens a obrigação de deitar fora, é considerado um RESÍDUO. Ou seja, ao prolongarmos a vida dos nossos objectos ou escolhendo produtos com um tempo de vida útil maior estamos a minimizar a produção de RESÍDUOS. Como podes fazer isso? Na FICHA DE ACTIVIDADE nº1 propomos-te acções que podes desenvolver na escola para prolongares a vida dos objectos. Podes construir coisas fantásticas, brincar e ainda estás a contribuir para que não se produzam tantos resíduos.
NOTA: Como sabes, existem leis para organizar a vida entre as pessoas. Em relação ao tema RESÍDUOS existe a Lei-quadro de Gestão de Resíduos o Decreto - Lei nº 178/2006 de 5 de Setembro onde podes encontrar muita informação sobre o Tema.
3 WWW.CCDR-N.PT
Quando surgiu o problema dos
RESÍDUOS? O problema dos RESÍDUOS remonta à época em que o homem começou a organizar-se em tribos, vilas e comunidades. A acumulação de resíduos era uma consequência das diferentes actividades da vida, como as necessidades biológicas, os restos das refeições, a produção de utensílios para o trabalho entre outras. As cidades eram abastecidas por agricultores que viviam e cultivavam as terras em redor das cidades. Depois de vendidos os produtos na cidade, os agricultores traziam para os campos os desperdícios orgânicos (restos de comida) para alimentar os animais ou para fertilizar as terras.
Mas nem todos eram recolhidos. Acumulavam-se assim nas cidades muitos resíduos que criavam maus cheiros, atraíam baratas e ratos provocando muitos problemas para a saúde das pessoas. Sempre se associou o aparecimento da Peste Negra (que DIZIMOU METADE DA POPULAÇÃO EUROPEIA durante a metade do século XIV) às más condições de higiene das cidades dessa altura.
4 WWW.CCDR-N.PT
A evolução da gestão de RESÍDUOS Desde o século XIX que há registos da recolha realizada em cidades, como podes ver na imagem em baixo, feita com carroças adaptadas e puxadas por animais. Também na imagem se pode ver um carro mais pequeno que era usado pelos varredores para fazerem a limpeza urbana. Apesar de ainda se encontrar lixo espalhado pela cidade a quantidade é reduzida porque existem contentores e papeleiras espalhadas pela cidade. Por isso já sabes, lixo no chão é que não!
A imagem em cima é da primeira metade do século XX e apresenta um camião de recolha mais evoluído, mas comparado com os camiões que todos os dias te passam à porta de casa já é uma relíquia.
E por acaso sabes para onde este camião levava o lixo?
5 WWW.CCDR-N.PT
A evolução da gestão de RESÍDUOS Até 1996 Portugal sofria de um grave atraso em matéria de ges-
Para fazer face a esse problema, foram aprovados planos para gerir os
tão de resíduos, os quais eram enviados para lixeiras sem qual-
resíduos por forma a minimizar os impactes no Ambiente.
quer tratamento.
Para além de pôr fim às mais de 300 lixeiras que havia espalhadas um pou-
As LIXEIRAS eram locais onde eram colocados os resíduos
co por todo o país (na Região Norte foram 78) foram definidas políticas
sem qualquer controlo o que resultava num tremendo impacte
que tu também conheces. Vamos relembrar:
negativo para o ambiente. (ver a próxima página Impactes da
Reduzir
Deposição de Resíduos). A fotografia em baixo mostra como os resíduos eram deposita-
Reutilizar
dos sem qualquer tratamento e controlo. Não é uma imagem nada bonita. Ainda bem que já passou à história!
Reciclar É importante que a ordem dos R’s seja seguida porque nos diz como devemos actuar em matéria de RESÍDUOS. Primeiro temos que Reduzir, ou seja, evitar que o resíduo seja produzido, em seguida e caso não haja possibilidade de Reduzir, temos que Reutilizar o objecto para que não se transforme em resíduo e só depois, no caso de não poder ser reutilizado, colocamos no ecoponto para Reciclar.
6 WWW.CCDR-N.PT
Impactes Ambientais da Deposição de RESÍDUOS
Para compreenderes um pouco melhor os impactes ambientais negativos vamos pensar no teu dia a dia. Por vezes o contentor que está à tua porta está cheio, mas os teus vizinhos, e tu também produzem os resíduos e continuam a depositá-los no contentor. O que achas que vai acontecer? Os resíduos começam por se acumular junto aos contentores, o que não é nada agradável de se ver. A este impacto que incomoda a nossa visão chamamos IMPACTE VISUAL.
O que fazer? Perante esta situação podemos sempre contactar a Câmara Municipal ou empresa responsável pela recolha, e se possível,
IMPACTE VISUAL.
guardar os nossos resíduos em casa um pouco mais até que a situação seja resolvida.
7 WWW.CCDR-N.PT
Impactes Ambientais da Deposição de RESÍDUOS Ainda há mais Impactes que os resíduos podem provocar no Ambiente, mas para descobrires tens de responder:
O que acontece se o teu caixote do lixo não for logo despejado? Começa a cheirar mal, ou seja, temos o:
IMPACTE DOS CHEIROS. Mais de 30 % do peso do nosso caixote são resíduos biodegradáveis que com o passar do tempo começam a degradar-se e a emitir um cheiro bem desagradável.
8 WWW.CCDR-N.PT
Impactes Ambientais da Deposição de RESÍDUOS Para além dos maus cheiros, pode também aparecer uma água no
Outra situação que era comum observar nas lixeiras era a queima
fundo do caixote. Essa água poluída que se chama lixiviado, anti-
dos resíduos para ocuparem menos espaço. Desta queima não con-
gamente quando os resíduos eram levados e depositados em
trolada resultavam fumos e gases a que se chama
lixeiras sem qualquer controlo, acabava por contaminar os solos
ATMOSFÉRICAS que prejudicam a qualidade do ar das popula-
e os rios, havendo a possibilidade de pôr em perigo a saúde das
ções envolventes e contribuem para o aumento de gases na atmosfe-
populações. Temos desta forma o:
ra e consequentemente para as ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, outro
EMISSÕES
tema importante que poderás explorar.
IMPACTE DA
IMPACTE DAS
CONTAMINAÇÃO DE
EMISSÕES
SOLOS E RIOS
9 WWW.CCDR-N.PT
Infra-estruturas de Gestão de RESÍDUOS Depois de conheceres os diferentes impactes no Ambiente que a
Como podes observar nas imagens, o terreno é impermeabilizado
produção e a deposição de RESÍDUOS origina vamos apresentar-
para reter os lixiviados que surgem. Depois são direccionados para
te o que foi feito para minimizar os impactes para o Ambiente.
Estações de Tratamento de Águas Lixiviadas que tratam a água. Des-
Como já foi dito, as lixeiras existentes em Portugal foram encer-
ta forma o risco de contaminação do solo e dos rios é minimizada.
radas. Para as substituir foram construídos os ATERROS
Ao nível do impacte visual e cheiros, os riscos também são menores
SANITÁRIOS, como mostra a figura em baixo.
pois os resíduos são cobertos com terra. Apesar dos impactes para o ambiente dos Aterros serem menores este tipo de Infra-estrutura
10 WWW.CCDR-N.PT
Infra-estruturas de Gestão de RESÍDUOS com a quantidade de resíduos que são produzidos diariamente ficam esgotados rapidamente o que leva à necessidade de criar novos Aterros ou à ampliação dos existentes. Para isso tem que se gastar mais dinheiro e conseguir arranjar uma área disponível para construir. Como viste nas fotografias, os Aterros ocupam uma área muito grande e apesar dos impactes para o Ambiente estarem minimizados, nem sempre as pessoas estão disponíveis para ter um perto da sua casa. Como nos concelhos que envolvem Lisboa e Porto estão concentradas muitas pessoas, as quantidade de resíduos produzidos são
Ao contrário da queima a céu aberto nas antigas lixeiras, a queima
mais elevadas. Para os tratar foram construídas duas INCINERA-
nas incineradoras está continuamente a ser controlada e as emissões
DORAS.
atmosféricas são tratadas com equipamento que permite minimizar o
Estas instalações permitem reduzir o volume dos resíduos através
impacte para o Ambiente e para a Saúde das populações.
da queima destes o que diminui a quantidade de resíduos deposi-
Apesar do controlo efectuado existe sempre alguns impactes para o
tados em Aterro e ainda permite o aproveitamento da queima
Ambiente. Para saberes mais recomendamos a ACTIVIDADE nº3
para a produção de electricidade.
deste Manual.
11 WWW.CCDR-N.PT
Infra-estruturas de Gestão de RESÍDUOS Para desviar os resíduos que iriam parar à INCINERADORA ou
Como podes observar, a tua participação no processo de Reciclagem
ao ATERRO foram criados os Ecopontos que estão espalhados
é muito importante pois ao separares correctamente os resíduos
um pouco por todo o lado.
vais facilitar o processo de separação pelos trabalhadores da Central
É nos ECOPONTOS que deves colocar os resíduos que sepa-
e contribuir para que uma maior quantidade de resíduos seja Recicla-
raste em casa para depois serem levados para a CENTRAL DE
da. Actualmente há Centrais onde esta separação é feita automati-
TRIAGEM (figura à direita).
camente através de máquinas.
Na Central de Triagem estão trabalhadores a separar por mate-
A Reciclagem para além de dar uma nova vida aos resíduos, em mui-
riais os diferentes resíduos que são colocados no ecoponto.
tos casos permite poupar água, energia e recursos que seriam necessários para produzir novos produtos.
12 WWW.CCDR-N.PT
Infra-estruturas de Gestão de RESÍDUOS Na secção sobre impactes ambientais da deposição de resíduos
A COMPOSTAGEM pode ser realizada em pequena escala em
ficaste a saber que mais de 30% do peso nos nossos caixotes do
nossas casas ou na escola. Basta ter uma área para colocar o com-
lixo é composto por resíduos biodegradáveis, isto é, restos de
postor, o recipiente onde se irá realizar a compostagem . Depois há
cozinha e jardim que quando colocados em Aterro ou Incinerados
que alimentar o compostor com restos de comida não cozinhados e
perdem o seu potencial de fertilização da terra e transformam-se
folhas de jardim (na mesma proporção) e remexer tudo regularmen-
num resíduo problemático e com custos significativos para o seu
te. Se aparecerem bichos de conta, caracóis fica contente porque
tratamento.
esses bichos vão ajudar o processo. Então o que fazer com estes RESÍDUOS? Os resíduos podem ser valorizados através da COMPOSTAGEM.
Se estiveres interessado em saber mais sobre compostagem
doméstica
propomos-te
a
A COMPOSTAGEM é um processo aeróbio (presença
ACTIVIDADE nº4 Compostagem e Hor-
de oxigénio) e biológico ( presença de animais e micror-
ta Biológica na escola.
ganismos) utilizado na reciclagem de resíduos orgânicos biodegradáveis, transformando estes materiais num
Se estiveres interessado em conhecer uma
material semelhante a terra, que se chama composto. A
Compostagem à escala industrial propomos-te
compostagem a grande escala é realizada em instalações
a ACTIVIDADE nº 3 visita 4.
industriais com o nome de Centrais de Valorização Orgânica.
13 WWW.CCDR-N.PT
Infra-estruturas de Gestão de RESÍDUOS Em resumo e para te explicar um pouco melhor os benefí-
Agora já sabes o que fazer.
cios da compostagem apresentamos o esquema à direita.
COMPOSTAGEM por um
Como podes ver, se os restos de comida e folhas de jardim
Portugal com menos resíduos
(matéria orgânica) não seguirem os caminhos 1 e 2 da
e mais florido!
COMPOSTAGEM ( a Val.Org.-Valorização Orgânica ou o compostor doméstico a verde) o camião vai levar os resíduos para a Val. Energ.– Incineradora ou directamente para o Aterro o que, como já vimos, vai provocar impactes para o Ambiente como o Efeito de Estufa. Por isso é muito importante evitar a produção deste tipo de resíduos. Como ? Por exemplo não estragar comida, colocar no prato só o que realmente for para comer. Mas apesar de escolher a dose certa há sempre sobras de hortaliças de fazer a sopa.
14 WWW.CCDR-N.PT
Demasiado Depois de conheceres algumas infra-estruturas importantes na gestão dos resíduos por forma a minimizar o problema dos resíduos gostaríamos de pôr uma questão:
SERÁ QUE OS PROBLEMAS ESTÃO RESOLVIDOS?
RESÍDUOS
(Fonte: Agência Portuguesa do Ambiente, Caracterização da Situação dos Resíduos Urbanos em Portugal Continental em 2009, 6/08/2010 com adaptação da CCDR-N )
Apesar de termos evoluído em matéria de gestão de resíduos, acontece que, como podes observar no gráfico, à direita, a quantidade de resíduos está a aumentar o que coloca problemas como a saturação dos Aterros ou a necessidade de ter que haver mais camiões para recolher: ou seja, mais poluição e mais dinheiro necessário para recolher e tratar os resíduos que produzimos. Considerando que um elefante adulto tem o peso aproximado de 7500 Kg a multiplicar pelos 1894 elefantes que foram produzidos no ano de 2009 significa que em média foram produzidos 14 205 000 Kg de resíduos POR DIA em Portugal.
ELEFANTES POR DIA DE LIXO EM PORTUGAL
15 WWW.CCDR-N.PT
Prevenção de RESÍDUOS Face ao acréscimo da produção de RESÍDUOS que se tem verificado
A primeira edição oficial da Semana Europeia da Prevenção da Pro-
nos diferentes estados membros da União Europeia e aos constrangi-
dução de Resíduos (EWWR - European Week for Waste Reduction),
mentos ambientais, sociais e económicos que surgem resultantes da
decorreu em vários estados europeus durante o período de 21 a 29 de
gestão e tratamento dos mesmos é URGENTE tomar medidas para
Novembro de 2009. Faz parte de um projecto para 3 anos e conta com o
evitar a sua produção.
apoio do programa LIFE+ da Comissão Europeia.
Face a este contexto, e tendo em vista os objectivos da União Europeia
A edição 2010 da Semana Europeia da Prevenção da Produção de
em matéria de prevenção de resíduos foi publicado este ano o Progra-
Resíduos terá lugar de 20 a 28 de Novembro.
ma Nacional para a Prevenção de Resíduos pelo Despacho n.º 3227/2010 de 22 de Fevereiro, onde são definidos os objectivos nacio-
OS OBJECTIVOS DA SEMANA
nais, as prioridades e onde é apresentada uma estratégia nacional de
O objectivo da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos é a promoção do con-
prevenção de resíduos urbanos.
ceito da prevenção de resíduos durante uma semana
É neste contexto que se enquadra a iniciativa que estamos a dinamizar inserida na:
completa, coordenando acções de sensibilização, organizadas pelos diferentes actores (administrações/ autoridades públicas, associações/ONG, empresas/
SEMANA EUROPEIA DA PREVENÇÃO
indústria, estabelecimentos de ensino, etc.) e com o enfoque em públicos variados (grande público, traba-
DA PRODUÇÃO DE RESÍDUOS
lhadores, crianças, etc.) Mais informação : http://www.ewwr.eu/pt-pt/
16 WWW.CCDR-N.PT
A Gestão de RESÍDUOS
na CCDR-N
Depois de conheceres um pouco sobre RESÍDUOS vamos apresentar
A responsabilidade da CCDR-N em matéria de gestão de resíduos não
-te a actividade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
se resume à sua actividade para o exterior e por isso tem implementado
Regional do Norte (CCDR-N) em matéria de Gestão de Resíduos.
nas suas instalações uma RECOLHA SELECTIVA de resíduos o que contribui para a sua valorização. Como se pode observar nas imagens em
A CCDR-N licencia, controla e monitoriza operações de recolha, tria-
baixo, em sítios estratégicos estão colocados contentores adaptados ao
gem, armazenagem, valorização e eliminação de resíduos. Desta forma
tipo de resíduo que mais se produz, por exemplo, junto à fotocopiadora
promove-se o bom funcionamento das infra-estruturas e das operações
pode ver-se um ecoponto azul. Outra forma de evitar resíduos são os
de forma a não pôr em causa a qualidade ambiental nem a saúde das
pontos de água. Ao serem disponibilizados pode-se voltar a encher as
populações.
garrafas com água evitando a produção de resíduos de embalagem.
Para que todas estas actividades funcionem bem é preciso planear. Ao nível do planeamento a CCDR-N emite pareceres sobre os planos de
PONTO DE ÁGUA
acção para a gestão de resíduos urbanos dos sistemas multimunicipais e intermunicipais adequando-os, sempre que necessário, às orientações estratégicas definidas no Plano Nacional de Gestão de Resíduos.
17 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº1 CRIAR UMA RECICLOTECA O que é uma RECICLOTECA ? Uma Recicloteca é um espaço ou um recipiente onde são colocados diferentes materiais que possam ser REUTILIZADOS.
OBJECTIVOS O principal objectivo é sensibilizar para a reutilização e reaproveitamento de materiais. Desenvolvimento de capacidades técnicas e manuais e promoção da criatividade individual e colectiva.
ACTIVIDADE Material necessário: Durante um certo período de tempo ou a pedido do professor são guardados na Recicloteca materiais usados como: cartões, jornais, tecidos, tubos, plásticos, madeiras, latas entre outros. Estes materiais serão a tua matéria-prima para as diferentes actividades que vamos apresentar:
ATELIER DE REUTILIZAÇÃO Usando os materiais que estão guardados na Recicloteca podes construir diversos objectos de acordo com as diferentes actividades plásticas que desenvolves na escola ou época festiva. Ficam aqui algumas sugestões: 1. Criação de instrumentos musicais; 2. Construção de máscaras de carnaval; 3. Enfeites de natal; 4. Construção de brinquedos, maquetas, esculturas, etc.
FESTIVAL ARTE E RESÍDUOS Podes também organizar um evento maior sobre o Tema onde seja necessário a construção de objectos reutilizados como adereços de um espectáculo, nomeadamente na construção do cenário, adereços ou guarda-roupa. Podes realizar espectáculos de Teatro, uma Passagem de Modelos, uma coreografia ou uma música sobre o tema de RESÍDUOS.
18 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº2 Promover a RECOLHA SELECTIVA O que é RECOLHA SELECTIVA ? A recolha selectiva como o nome indica, é uma recolha seleccionada de diferentes materiais que permite o encaminhamento para Reciclagem, desviando desta forma os materiais de ir parar ao Aterro ou a uma Incineradora provocando problemas e desperdício de recursos que servirão para produzir novos objectos.
OBJECTIVOS O principal objectivo é sensibilizar para a separação correcta dos diferentes materiais existentes no lixo doméstico como é o caso dos materiais que colocamos no ecoponto tais como: pilhas, roupas, electrodomésticos, entre outros. Desenvolvimento de conhecimentos técnicos sobre o processo de separação de resíduos com o intuito de promover a participação dos alunos neste processo.
1.CRIAR UM ECOPONTO Como já reparaste existe um número considerável de ecopontos espalhados um pouco por todo o lado e certamente também existe um na tua escola. O que podes fazer é aumentar a rede de recolha da escola e criares em sítios estratégicos novos ecopontos, caixas devidamente identificadas com o rótulo (AZUL-Papel & Cartão, VERDE-Vidro, AMARELO-Embalagens e VERMELHO-Pilhas) que depois irão ser despejados dentro dos ecopontos maiores da tua escola ou perto dela. Podes recortar os rótulos que te fornecemos na página seguinte ou criares os teus rótulos para personalizar o teu ecoponto. NOTA: Não basta criares o ecoponto. Tens que garantir que a sua recolha é realizada. Para te assegurares que a recolha é realizada de forma correcta podes preparar uma acção de informação às pessoas responsáveis na tua escola por essa tarefa.
19 WWW.CCDR-N.PT
WWW.CCDR-N.PT
Pacotes de TetraPack
Contaminado
Guardanapos e Papel
Nテグ DEPOSITAR
Jornais e Revistas Caixas de Cartテ」o
DEPOSITAR
PAPEL
Ficha de Actividade nツコ2
Rテウtulo do ECOPONTO AZUL
20
WWW.CCDR-N.PT
Loiças Lâmpadas Espelhos Cristais
NÃO DEPOSITAR
Garrafas de Vidro Frascos e Boiões
DEPOSITAR
VIDRO
Ficha de Actividade nº2
Rótulo do ECOPONTO VERDE
21
WWW.CCDR-N.PT
METAL Pilhas e baterias Electrodomésticos PLÁSTICO Embalagens Contaminadas com óleos e gorduras
NÃO DEPOSITAR
PLÁSTICO Garrafas Sacos
METAL Latas de bebidas Enlatados e conservas Tabuleiros de alumínio
DEPOSITAR
EMBALAGENS
Ficha de Actividade nº2
Rótulo do ECOPONTO AMARELO
22
Ficha de Actividade nº2 Promover a RECOLHA SELECTIVA 2.RECOLHA EQUIPAMENTO ELÉCTRICO
3.PROJECTO ESCOLA SOLIDÁRIA
E ELECTRÓNICO (EEE’S ) Se a tua escola estiver inscrita no Programa Eco- Escolas poderá participar no Projecto Geração Electrão. O Projecto Geração Depositrão surge em parceria com a ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa), através do programa Eco-Escolas. O projecto Geração Depositrão tem como principal objectivo introduzir o tema dos REEE no programa escolar, não só através de trabalhos e actividades lançados aos alunos e professores mas, também, através da colocação de um contentor – Depositrão – nas escolas aderentes. Mais info: http://erp-portugal.pt/geracaodepositrao/index.php? content=15
A tua escola pode organizar durante uma semana o projecto escola solidária. Este projecto consiste na articulação da escola com uma instituição que receba roupa ou brinquedos usados para serem usados por crianças ou jovens desfavorecidos. Os passos da acção são: 1. Contacto com instituição da região e realização do acordo de cooperação. 2. Realização de uma comunicação aos pais na semana prévia à acção para anunciar a acção e envolvê-los . 3. Semana Solidária em que os pais trazem brinquedos e roupa usada para a escola. 4. No final da semana a instituição dirige-se à escola para recolher toda a roupa e brinquedos que a escola conseguir recolher.
23 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº3 Visita de Estudo a infra-estruturas de Gestão de RESÍDUOS O que são infra-estrutura de Gestão Resíduos? São infra-estruturas que têm uma papel importante no encaminhamento, no tratamento e no destino final dos nossos resíduos depois de serem depositados nos contentores da tua rua. As infra-estruturas que poderás visitar: Aterro; Central de Valorização Energética (Incineradora); Centro de Triagem; Central de Valorização Orgânica. OBJECTIVOS O principal objectivo destas visitas de estudo é conhecer melhor o percurso dos resíduos depois de serem depositados nos contentores. Ao realizarem esta visita os alunos vão poder observar no local a dimensão das estruturas e o seu modo de funcionamento , sendo acompanhados por técnicos especializados que se dispõem a responder às perguntas mais difíceis. Ao contactarem presencialmente esta experiência assume um
valor sensorial muito forte que sensibiliza os alunos e promove o envolvimento e a participação responsável de todos neste processo de todos. Para os alunos se preparem um pouco para a visita são apresentadas de seguida Fichas de Visita de Estudo com algumas questões que poderão colocar aos técnicos para conhecerem um pouco melhor cada infra-estrutura. 1.Ficha de Visita de Estudo do Aterro 2.Ficha de Visita de Estudo da Incineradora 3. Ficha de Visita de Estudo da Central de Triagem 4.Ficha de Visita de Estudo da Central de Valorização Orgânica
24 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº3 1.Ficha de Visita de Estudo do ATERRO Ao longo da visita podes anotar toda a informação que con-
6. Existem linhas de água perto do Aterro?
siderares importante. Deixamos-te algumas questões que
7. Não há perigo de contaminação das linhas de água?
poderás fazer aos técnicos para saberes mais sobre o
8. Quando chove muito existe algum sistema para contro-
ATERRO e boa visita.
lar as águas sujas ou lixiviantes? 9. Recebem queixas das pessoas que moram perto?
1. Quando é que foi a data da inauguração? 2. Que tipo de resíduos são depositados? 3. Quais os concelhos que depositam aqui os resíduos? 4. Qual a capacidade total de deposição e a previsão de tempo de funcionamento? 5. Que quantidadesde resíduos entram por dia ?
25 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº3 2.Ficha de Visita de Estudo à INCINERADORA Ao longo da visita podes anotar toda a informação que con-
5. A energia produzida dá para abastecer em média quantas
siderares importante. Deixamos-te algumas questões que
famílias?
poderás fazer aos técnicos para saberes mais sobre a INCINERADORA e boa visita. 1.
Que tipo de resíduos são tratados neste local?
6. Um dos produtos da incineração são as cinzas volantes. Que cuidados devem merecer este tipo de resíduos? 7. Durante o processo da queima de resíduo na caldeira existem emissões gasosas. Quais as suas componentes e
2.
Qual a temperatura atingida pelos fornos da queima dos resíduos?
3.
O que são as escórias? Qual o seu destino?
4.
Como é que se produz energia nesta central?
como é realizado o seu tratamento para evitar impactes para a saúde pública?
26 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº3 3.Ficha de Visita de Estudo à CENTRAL DE TRIAGEM Ao longo da visita podes anotar toda a informação que con-
6. Que tipo de material é seleccionado pelo electroíman e
siderares importante. Deixamos-te algumas questões que
pela corrente de Foucault, respectivamente?
poderás fazer aos técnicos para saberes mais sobre a
7. Para onde é encaminhado o material?
CENTRAL DE TRIAGEM e boa visita. 8. Que quantidades e para onde vão os materiais que foram 1. Quais os concelhos que depositam aqui os resíduos? 2. Que tipos de resíduos são recepcionados? 3. Na triagem quais os materiais são seleccionados?
mal separados e rejeitados na triagem? 9. Quais os tipos de plásticos que podem ser reciclados no nosso país?
4. Como é realizada a triagem manual dos resíduos? 5. Que cuidados de Higiene e Segurança têm que ter os profissionais que realizam a triagem manual?
27 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº3 4.Ficha de Visita de Estudo à CENTRAL DE VALORIZAÇÃO ORGÂNICA Ao longo da visita podes anotar toda a informação que considerares importante. Deixamos-te algumas questões que
5. Como fazem para controlar os cheiros deste processo? 6. Qual o destino final do composto que é produzido?
poderás fazer aos técnicos para saberes mais sobre a CENTRAL DE VALORIZAÇÃO ORGÂNICA e boa
7. Para onde são levados os resíduos rejeitados?
visita.
8. Quais as vantagens do processo da Compostagem relati-
1. Qual a origem dos resíduos depositados na Estação
vamente à deposição dos resíduos em Aterro.
de Valorização Orgânica? 2. Que tipos de resíduos são recepcionados? 3. Que processos preparatórios existem para preparar os resíduos para compostagem? 4. Quais os resíduos podem ser compostados?
28 WWW.CCDR-N.PT
Ficha de Actividade nº4 Compostagem e Horta Biológica na ESCOLA O QUE É UMA HORTA BIOLÓGICA NA ESCOLA? Uma horta Biológica é um espaço onde são semeados produtos hortícolas em modo biológico, isto é, sem recurso a fertilizantes, herbicidas e outros produtos químicos. Para melhorar e fertilizar a terra é usado o COMPOSTO resultante do processo de compostagem. Esse composto depois de produzido é misturado com a terra e desta forma consegues ter uma terra rica em nutrientes sem recorrer a produtos químicos que podem contaminar os solos.
1. COMPOSTAGEM NA ESCOLA Na Página 13 deste manual está explicado o que é a compostagem. Para realizar a compostagem é necessário um espaço com terra onde será colocado o compostor. De seguida pode-se iniciar o processo, começando por colocar os restos de comida não cozinhados e folhas secas ou relva cortada de jardim. É necessário revolver tudo de tempos a tempos.
2. HORTA BIOLÓGICA OBJECTIVOS O objectivo desta actividade para além de promover a Reciclagem Orgânica e alertar para os problemas associados à deposição de resíduos orgânicos (ver Páginas 14 e 15) é criar um laboratório vivo dentro da escola onde os alunos possam observar o crescimento de plantas em modo biológico. Para além de funcionar como uma ferramenta pedagógica a horta poderá envolver os alunos a participar no espaço escolar, contribuindo dessa forma para a o projecto de educação para a cidadania.
Para realizares a horta também precisas de um espaço com terra na escola. Deves colocar o teu compostor perto da horta até porque ao fim de alguns meses os resíduos que colocaste no compostor vão-se transformar em terra (pela acção de bichos decompositores e microrganismos) que será muito boa para misturares e fertilizar a terra da tua horta. Depois, e com a ajuda de um professor ou de um funcionário basta semeares a tua horta na altura certa de cada cultura e ver os teus produtos a crescer. Mais informação: www.hortadaformiga.com
29 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos;
ATERRO – Uma instalação permanente, considerando-se como tal a que tiver uma duração superior a um ano, usada para armazenagem temporária;mas excluindo:
APA – Agência Portuguesa do Ambiente, resultou da fusão do Instituto
As instalações onde são descarregados resíduos com o
do Ambiente e do Instituto dos Resíduos, criando condi-
objectivo de os preparar para serem transportados para
ções de maior eficácia na gestão das políticas de ambien-
outro local de valorização, tratamento ou eliminação;
te e desenvolvimento sustentável;
A armazenagem de resíduos previamente à sua valorização ou tratamento, por um período geralmente inferior a três
ARMAZENAGEM – a deposição temporária e controlada, por prazo
anos;
determinado, de resíduos antes do seu tratamento, valo-
A armazenagem de resíduos previamente à sua eliminação,
rização ou eliminação;
por um período inferior a um ano;
ATERRO – uma instalação de eliminação para a deposição de resíduos
BIODEGRADÁVEL – um produto diz-se biodegradável se ele pode ser
acima ou abaixo da superfície natural, incluindo:
decomposto (totalmente ou parcialmente) por organismos
As instalações de eliminação internas, considerando-se
vivos;
como tal os aterros onde o produtor de resíduos efectua a sua própria eliminação de resíduos no local da produção;
31 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS BIOGÁS – gás produzido pela degradação da matéria orgânica, bem
ii) Resíduos vegetais provenientes da indústria de transforma-
como do papel / cartão e dos têxteis naturais, na ausên-
ção de produtos alimentares, se o calor gerado for recupe-
cia de oxigénio (anarobiose). O biogás é constituído por
rado;
metano (50 a 65 %), dióxido de carbono (35 a 45%) e
iii) Resíduos vegetais fibrosos provenientes da produção de
outros gases em quantidades residuais. O conjunto de
pasta virgem e de papel se forem co-incinerados no local de
gases produzidos num aterro por decomposição biológi-
produção e o calor gerado for recuperado;
ca dos resíduos designa-se biogás;
iv) Resíduos de cortiça; v) Resíduos de madeira, com excepção daqueles que possam
BIOMASSA – os produtos que consistem, na totalidade ou em parte,
conter compostos orgânicos halogenados ou metais pesa-
numa matéria vegetal proveniente da agricultura ou da
dos resultantes de tratamento com conservantes ou reves-
silvicultura, que pode ser utilizada como combustível
timento, incluindo, em especial, resíduos de madeira prove-
para efeitos de recuperação do seu teor energético, bem
nientes de obras de construção e demolição;
como os resíduos a seguir enumerados quando utilizados como combustível:
BIOMASSA AGRÍCOLA – a matéria vegetal proveniente da actividade
i) Resíduos vegetais provenientes da agricultura e da silvi-
agrícola, nomeadamente de podas de formações arbóreo-
cultura que não constituam biomassa florestal ou agríco-
arbustivas, bem como material similar proveniente da
la;
manutenção de jardins;
32 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS BIOMASSA FLORESTAL – a matéria vegetal proveniente da silvicul-
COMPOSTAGEM – decomposição biológica (por microrganismos) aeró-
tura e dos desperdícios de actividade florestal, incluindo
bia (na presença de oxigénio) dos resíduos orgânicos até à
apenas o material resultante das operações de condu-
sua estabilização, produzindo uma substância húmida
ção, nomeadamente de desbaste e de desrama, de ges-
(composto) utilizada como corrector dos solos;
tão de combustíveis e da exploração dos povoamentos florestais, como os ramos, bicadas, cepos, folhas, raízes e
COMPOSTO – é o produto resultante do processo de compostagem;
cascas; DESCARGA – a operação de deposição de resíduos; CENTRO DE RECEPÇÃO DE RESIDUOS – a instalação onde se procede à armazenagem ou triagem de resíduos inseri-
DESCONTAMINAÇÃO DE SOLOS – o procedimento de confina-
dos quer em sistemas integrados de gestão de fluxos de
mento, tratamento in situ ou ex situ conducente à remoção
resíduos quer em sistemas de gestão de resíduos urba-
e ou à redução de agentes poluentes nos solos, bem como
nos;
à diminuição dos efeitos por estes causados;
CIRVER – centros integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos sólidos perigosos;
DETENTOR – a pessoa singular ou colectiva que tenha resíduos, pelo menos, na sua simples detenção, nos termos da legislação civil;
33 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS ECOCENTROS – área vigiada destinada a recepção de resíduos para
ECOPILHAS – sociedade gestora de resíduos de pilhas e acumuladores;
reciclagem com um volume de contentorização superior aos ecopontos, e com eventual mecanização para preparação dos resíduos para encaminhamento para recicla-
ELIMINAÇÃO – a operação que visa dar um destino final adequado aos resíduos;
gem. São parques amplos, destinados a receber diversos tipos de resíduos sólidos, separados por tipo de mate-
EMBALAGEM – todos e quaisquer produtos feitos de materiais de qual-
rial: vidro, plástico, metal, papel e cartão, madeira, suca-
quer natureza utilizados para conter, proteger, movimentar,
ta, pilhas, baterias e restos de jardim, estes centros
manusear, entregar e apresentar mercadorias, tanto maté-
recolhem também os chamados “monos” ou “monstros”
rias-primas como produtos transformados, desde o produ-
domésticos, como sofás, colchões, electrodomésticos,
tor ao utilizador ou consumidor, incluindo todos os artigos
etc;
«descartáveis» utilizados para os mesmos fins;
ECOPONTOS – Conjunto de contentores preparados para deposição selectiva de resíduos de embalagens, para reciclagem
ENRRUBDA – estratégia nacional para o desvio de resíduos urbanos biodegradáveis de aterro;
(contentor verde para o vidro, o contentor azul para papel, cartão, jornais e revistas, o contentor amarelo para plástico e metal;
ERP PORTUGAL – exerce a actividade de gestão de REEE em Portugal, e obteve a licença a 27 de Abril de 2006, através de um despacho conjunto emitido pelo Ministério da Economia e Inovação e pelo Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território;
WWW.CCDR-N.PT
34
Glossário de RESÍDUOS ESTAÇÓES DE TRANSFERÊNCIA – instalações onde os resíduos
FLUXO DE RESIDUOS – o tipo de produto componente de uma cate-
são descarregados com o objectivo de os preparar para
goria de resíduos transversal a todas as origens, nomeada-
serem transportados para outro local de tratamento,
mente embalagens, electrodomésticos, pilhas, acumulado-
valorização ou eliminação;
res, pneus ou solventes;
ESTAÇÕES DE TRIAGEM – instalações onde os resíduos são sepa-
GESTÃO DE RESIDUOS – as operações de recolha transporte, arma-
rados, mediante processos manuais ou mecânicos, em
zenagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos,
materiais constituintes destinados a valorização ou a
incluindo a monitorização dos locais de descarga após o
outras operações de gestão;
encerramento das respectivas instalações, bem como o planeamento dessas operações;
ETAL – estação de tratamento de águas lixiviadas provenientes do aterro sanitário;
IMPACTE AMBIENTAL – é assim designada toda a modificação do ambiente, negativa ou benéfica, resultante total ou parcial-
FILEIRA DE RESIDUOS – o tipo de material constituinte dos resíduos, nomeadamente fileira dos vidros, fileira dos plásti-
mente de actividades, produtos ou serviços de uma intervenção;
cos, fileira dos metais, fileira da matéria orgânica ou fileira do papel e cartão;
35 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS INCINERAÇÃO – tratamento térmico por combustão (queima) dos
LIXEIRA – local onde o lixo era deitado fora, acumulado ao longo do
resíduos sólidos. A energia gerada é recuperada sob a
tempo, sem nenhum cuidado especial, quer para a conser-
forma de vapor e valorizada para aquecimento ou ener-
vação da área envolvente, quer para a saúde das pessoas
gia eléctrica;
que morassem mais próximo. Foram substituídas por Aterros Sanitários;
INSTALAÇÃO – a unidade fixa ou móvel em que se desenvolvem operações de gestão de resíduos;
LIXIVIADOS – os líquidos que percolam através dos resíduos depositados e que efluem de um aterro ou nele estão contidos;
LER – lista europeia de resíduos de identificação e classificação de resíduos;
OPERADOR – a pessoa singular ou colectiva responsável por um aterro ou por realizar operações de gestão de resíduo;
LICENÇA DE EXPLORAÇÃO – licença que permite o início da laboração do aterro,sem prejuízo da necessária obtenção de licença de construção a emitir pela câmara municipal territorialmente competente;
36 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS PASSIVO AMBIENTAL – a situação de degradação ambiental resul-
PREVENÇÃO – as medidas destinadas a reduzir a quantidade e o carác-
tante do lançamento de contaminantes ao longo do tem-
ter perigoso para o ambiente ou a saúde dos resíduos e
po e ou de forma não controlada, nomeadamente nos
materiais ou substâncias neles contidas;
casos em que não seja possível identificar o respectivo agente poluidor;
PRODUTOR – qualquer pessoa, singular ou colectiva, agindo em nome próprio ou prestando serviço a terceiro cuja actividade pro-
PERSU – plano estratégico para os resíduos sólidos urbanos;
duza resíduos ou que efectue operações de pré-tratamento, de mistura ou outras que alterem a natureza ou a composi-
PERSU II – instrumento que consubstancia a revisão das estratégias
ção de resíduos;
consignadas no PERSU e ENRRUBDA, para o período de 2007 a 2016, em Portugal continental;
RECICLAGEM – o reprocessamento de resíduos com vista à recuperação e ou regeneração das suas matérias constituintes em
PLANO – o estudo integrado dos elementos que regulam as condições
novos produtos a afectar ao fim original ou a fim distinto;
de intervenção no âmbito da gestão de resíduos, identificando os objectivos a alcançar, as actividades a realizar,
RECICLAGEM MULTIMATERIAL – reciclagem dos materiais consti-
as competências e atribuições dos agentes envolvidos e
tuintes dos resíduos (vidro, papel, plástico, metais) e a sua
os meios necessários à concretização das acções previs-
reentrada no circuito produtivo;
tas;
37 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS RECOLHA – a operação de apanha, selectiva ou indiferenciada, de tria-
REEE – resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, que englobam
gem e ou mistura de resíduos com vista ao seu transpor-
aparelhos tão diversos que vão desde os electrodomésticos
te;
até aos equipamentos de informática e telecomunicações, e inclui todos os seus componentes e consumíveis no
RECOLHA SELECTIVA – a recolha dos RSU separadamente por tipos de material, através dos ecopontos e ecocentros e/ ou métodos de recolha, nomeadamente a recolha porta-
momento em que estes são rejeitados, como por exemplo, baterias e tinteiros; REFUGO – rejeitados dos processos de tratamento;
a-porta, sendo posteriormente encaminhados para tratamento e reciclagem. A recolha selectiva permite a sepa-
RESÍDUO – quaisquer substância ou objecto de que o detentor se desfaz
ração dos resíduos de modo a que estes possam ser rea-
ou tem a intenção ou obrigação de se desfazer, nomeada-
proveitados ou reciclados, sendo para tal fundamental o
mente os identificados na Lista Europeia de Resíduos ou
contributo das pessoas, através da utilização dos eco-
ainda:
pontos e ecocentros;
Resíduos de produção ou de consumo não especificados nos termos das subalíneas seguintes;
RECOLHA INDIFERENCIADA – recolha de RSU, que no local de
Produtos que não obedeçam às normas aplicáveis;
produção foram misturados independentemente do seu
Produtos fora de validade;
tipo;
Matérias acidentalmente derramadas, perdidas ou que sofreram qualquer outro acidente, incluindo quaisquer matérias ou equipamentos contaminados na sequência do incidente em causa;
WWW.CCDR-N.PT
38
Glossário de RESÍDUOS Matérias contaminadas ou sujas na sequência de actividades deliberadas, tais como, entre outros, resíduos de operações de limpeza, materiais de embalagem ou recipientes; Elementos inutilizáveis, tais como baterias e catalisadores esgotados; Substâncias que se tornaram impróprias para utilização, tais como ácidos contaminados, solventes contaminados ou sais de têmpora esgotados; Resíduos de processos industriais, tais como escórias ou resíduos de destilação; Resíduos de processos antipoluição, tais como lamas de
Matérias contaminadas, tais como óleos contaminados com bifenil policlorado; Qualquer matéria, substância ou produto cuja utilização seja legalmente proibida; Produtos que não tenham ou tenham deixado de ter utilidade para o detentor, tais como materiais agrícolas, domésticos, de escritório, de lojas ou de oficinas; Matérias, substâncias ou produtos contaminados provenientes de actividades de recuperação de terrenos; Qualquer substância, matéria ou produto não abrangido pelas subalíneas anteriores;
lavagem de gás, poeiras de filtros de ar ou filtros usados; Resíduos de maquinagem ou acabamento, tais como aparas de torneamento e fresagem;
RESÍDUO AGRÍCOLA – o resíduo proveniente de exploração agrícola e ou pecuária ou similar;
Resíduos de extracção e preparação de matérias-primas, tais como resíduos de exploração mineira ou petrolífera;
RESÍDUO BIODEGRADÁVEL – os resíduos que podem ser sujeitos a decomposição anaeróbia ou aeróbia, como, por exemplo, os resíduos alimentares e de jardim, o papel e o cartão;
39 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO – RC&D – o
RESÍDUO INDUSTRIAL – o resíduo gerado em processos produtivos
resíduo proveniente de obras de construção, reconstru-
industriais, bem como o que resulte das actividades de pro-
ção, ampliação, alteração, conservação e demolição e da
dução e distribuição de electricidade, gás e água;
derrocada de edificações; RESÍDUO INERTE – o resíduo que não sofre transformações físicas, RESÍDUO DE EMBALAGEM – qualquer embalagem ou material de
químicas ou biológicas importantes e, em consequência, não
embalagem abrangido pela definição de resíduo adoptada
pode ser solúvel nem inflamável, nem ter qualquer outro
na legislação em vigor aplicável nesta matéria, excluindo
tipo de reacção física ou química, e não pode ser biodegra-
os resíduos de produção;
dável, nem afectar negativamente outras substâncias com as quais entre em contacto de forma susceptível de aumentar
RESÍDUO HOSPITALAR – resíduo resultante de actividades médi-
a poluição do ambiente ou prejudicar a saúde humana, e
cas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados
cuja lixiviabilidade total, conteúdo poluente e ecotoxicidade
de saúde, em actividades de prevenção, diagnóstico, tra-
do lixiviado são insignificantes e, em especial, não põem em
tamento, reabilitação e investigação, relacionada com
perigo a qualidade das águas superficiais e ou subterrâneas;
seres humanos ou animais, em farmácias, em actividades médico-legais, de ensino e em quaisquer outras que
RESÍDUO PERIGOSO – o resíduo que apresente, pelo menos, uma
envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunc-
característica de perigosidade para a saúde ou para o
tura, piercings e tatuagens;
ambiente, nomeadamente os identificados como tal na Lista Europeia de Resíduos;
40 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS RESÍDUO URBANO – o resíduo proveniente de habitações bem como outro resíduo que, pela sua natureza ou composi-
RUB – resíduos urbanos biodegradáveis; SIRER – sistema integrado de registo electrónico de resíduos;
ção, seja semelhante ao resíduo proveniente de habitações;
SISTEMA MULTIMUNICIPAL – é um sistema que serve pelo menos dois municípios e exijam um investimento predominante a
REUTILIZAÇÃO – a reintrodução, sem alterações significativas, de
efectuar pelo Estado, sendo a sua criação precedida de
substâncias, objectos ou produtos nos circuitos de pro-
parecer dos municípios territorialmente envolvidos. A
dução ou de consumo de forma a evitar a produção de
exploração e gestão dos sistemas multimunicipais pode ser
resíduos;
directamente efectuada pelo Estado ou atribuída, em regime de concessão, a entidade pública de natureza empresarial
RIB – resíduos industriais banais;
ou a empresa que resulte da associação de entidades públicas, em posição obrigatoriamente maioritária no capital
RIP – resíduos industriais perigosos;
social, com entidades privadas.
RSU – resíduos sólidos urbanos. São todos os resíduos que são produ-
SISTEMA INTERMUNICIPAL – é um sistema municipal gerido através
zidos nas cidades e vilas, em casa ou nos escritórios e
de associação de municípios. A exploração e gestão deste
nas lojas;
sistema municipal pode ser directamente efectuada pelo município ou associação de municípios, ou atribuída, em regime de concessão, a entidade pública de natureza empresarial, bem como a associações de utilizadores.
WWW.CCDR-N.PT
41
Glossário de RESÍDUOS SOGILUB – é uma empresa privada, sem fins lucrativos, licenciada em
TRATAMENTO BIOLÓGICO – conjunto de processos biológicos des-
15 de Julho de 2005, como entidade gestora do sistema
tinados a facilitar a valorização por compostagem ou por
integrado de gestão de óleos usados;
biometanização;
SPV – Sociedade Ponto Verde - é uma entidade privada, sem fins lucra-
TRIAGEM – o acto de separação de resíduos mediante processos manuais
tivos, constituída em Novembro de 1996, com a missão
ou mecânicos, sem alteração das suas características, com
de promover a recolha selectiva, a retoma e a recicla-
vista à sua valorização ou a outras operações de gestão;
gem de resíduos de embalagens, a nível nacional; UTMB – unidade de tratamento mecânico e biológico; TMB – tratamento mecânico e biológico; VALORIZAÇÃO – a operação de reaproveitamento de resíduos prevista TRATAMENTO – o processo manual, mecânico, físico, químico ou
na legislação em vigor;
biológico que altere as características de resíduos de forma a reduzir o seu volume ou perigosidade bem
VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA – a utilização dos resíduos combustí-
como a facilitar a sua movimentação, valorização ou eli-
veis para a produção de energia, através de incineração
minação após as operações de recolha;
directa com ou sem outros tipos de resíduos, mas com recuperação de calor;
42 WWW.CCDR-N.PT
Glossário de RESÍDUOS VALORIZAÇÃO ORGÂNICA – a utilização da fracção biodegradável dos resíduos, para a produção de materiais orgânicos estabilizados (composto) e/ou metano por tratamento aeróbio (compostagem) ou anaeróbio (biometanização); VALORCAR – é uma sociedade de gestão de Veículos em Fim de Vida e é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada em 2003 pela Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), pela Associação dos Industriais de Automóveis (AIMA) e pela Associação Nacional dos Recuperadores de Produtos Recicláveis (ANAREPRE); VALORFITO – sistema integrado de gestão de embalagens e resíduos em agricultura; VALORMED – sociedade gestora de resíduos de embalagens e medicamentos; VALORPNEU – sociedade de gestão de pneus;.
Desenvolvido pela DSA/DMVA ( Direcção de Serviços de Ambiente/ Divisão de Monitorização e Valorização Ambiental) no âmbito da 2ª SEMANA EUROPEIA DA PREVENÇÃO DE RESÍDUOS - 2010
VFV – veiculo em fim de vida;
MANUAL IMPRESSO EM PAPEL RECICLADO
43 WWW.CCDR-N.PT