Poesia

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MEL MONTERO


Poesia Poetry 2022e Desenho Painting and Drawing 2009-2019


Amélia Montero de Melo nasceu em West-Berlin nos últimos dias da Alemanha Ocidental (29.10.89). Seu registro de nascimento foi formalizado no dia da queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro daquele ano. Fez Filosofia na FFLCH USP - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Desde 2009 integra a Companhia Ueinzz de Teatro, com a qual participou do espetáculo “Finnegans Ueinzz” no Baltic Circle Festivaalila de Helsinke, Finlândia (2009); da Ocupação Ueinzz no Itaú Cultural, São Paulo (2009); de “América ou o Desaparecido” no SESC Pinheiros de São Paulo (2012) entre outras apresentações performáticas nacionais e internacionais da Cia. Dentre suas atividades profissionais destacam-se suas pinturas e desenhos que retratam seu universo e a dimensão psíquica nas relações intersubjetivas. Ilustrou capas de livros e outras peças gráficas. A artista vive e trabalha em São Paulo. .

Amélia Montero de Melo was born in West-Berlin in the last days of the West Germany (29.10.89). Her registration of birth was formalized on the fall of the Berliner Wall, on 9 November of that year. Amélia studied Philosophy at FFLCH USP - Faculty of Philosophy, Letters and Human Sciences of the University of São Paulo. Since 2009 integrates the Ueinzz Theatre Company with which participated in the "Finnegans Ueinzz" at Baltic Circle Festivaalila of Helsinke, Finland (2009); the Ueinzz Occupation at Itaú Cultural, São Paulo (2009); in "America or Disappeared" at SESC Pinheiros São Paulo (2012) among other national and international performing presentations of the Cia. Other activities highlight her paintings and drawings that depict the female universe and the psychic dimension in interpersonal relations. She ilustrated some book covers and other graphic pieces. The artist lives and works in São Paulo.


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I always defend my ideia of the mollecular horizont and sinalize the urgency to resolve the world. Simple logic, what is ours is not only ours when we don’t conquist it, in this way we are living. My Money, my work, my business, my things, myself ok, but are mine everything when the transformation of this horizont will change. Since I saw crises and disasters, since I saw things like political parties I saw garbage in places fear in peolpe and poverty. I’ve become thinking in relations, like Guatarri says in Three Ecologies: ambiental environment, social relationships and human subjectivity. I understand that the revolution is us and anarchy is a kind ground to change the urgence that we are allocated at the XXI century. So, to revolutionize I think in peace, health, art. Like I told before the horizont is mollecular and sinalize the urgency to resolve the world. We are invited to promove the rules and if we can not to this anybody can, it’s only a step, survive among crazyness is not to live that’s becouse adaptation to this step is important. When the building of the ignorance broke by itself it’s the signal that we are on the rigth way. What is ours is on the internet, music, talks, inspiration, too and we can’t to give it away. We eventhough have to make the change to another world and be the owner of the ideas.

Ⓐ Defendo meu horizonte Há urgência em resolver o mundo Façamos pro futuro uma ponte O que é nosso ainda não é nosso Eles dizem que não posso Assim ainda estamos, meu Meu dinheiro, meu trabalho, meus negócios, minhas coisas, eu. Porém são minhas todas as coisas boas existentes quando o horizonte muda Desde que vi crises e desastres, desde que vi partidos políticos eu vi com tristeza Lixo em toda parte, medo e pobreza Comecei a pensar em relações intersubjetivas Entendo que a revolução somos nós e a Anarquia é um jeito de mudar Nada que me soe como ideias intempestivas Para revolucionar penso em paz, saúde e arte Fomos convidados a promover as regras Viver sob a égide da loucura é viver em Marte E quando a ignorância implodir por si mesma será o sinal que estamos no caminho certo. Não há outro lado


Only two things I want to ask: What kind of blood do you have? Are you veggie or not? I want some products eventhough B12, offset, a piano and a desk. Don’t laught about me. Baby.


The becoming

O devir

Since I saw the correct infomation about art I put on my mind a lot of desires

Desde que vi as informações corretas sobre arte, coloquei em minha mente muitos desejos

To be na anarchist

Ser uma anarquista

To listen to good friends

Para ouvir bons amigos

To have health, work, beautiness in the head, peace and love.

Ter saúde, trabalho, beleza na cabeça, paz e amor.

Sad is to be dishonest

Triste é ser desonesto

Sad is to be disconected The meaning of the world is hard to conquist but it’s not far Since I knew art everthing on my life changed Love is to be friendly with our propositions and share out friends with us I love my life Music rigth! To refuse to serve!

Triste é estar desconectado O sentido do mundo é difícil de conquistar, porém não está longe Desde que eu conheci a arte, tudo na minha vida mudou Amar é ser amigável com nossas propostas e compartilhar amigos conosco Eu amo minha vida Música certa! Recusar-se a servir! Hoje importa!

Today matters!

Vamos brincar outra vez

Let’s prank another time

Vamos jogar muitos jogos

Let’s play a lot of games

Vamos vencer de uma vez por todas

Let’s win once and for all


My canvas become alive And I say hello. Are you still mine? Yesterday my cat Golf ate money, honey I’m still here???????

I like Kraftwerk’s song Pocket Calculator I confess I have a calculator Don’t laught about me Only a little. Only a little.


This night I didn’t dream................................................. Becouse of it I’m listenig to Debussy, Chopin, Vivaldi, Beethoven, Strauss, Mozart, Shubert, Stravinsky, Boulez, Stockhousen, Shöenberg, Berg and maybe Erik Satie. I don’t know exactely what I mean If Freud is right of if I can continue my book of dreams. Despite the word’s tention moment reflected sadness on my last dreams I will try to dream.


Ponto de partida: dez em onze para dez em doze! Cicatriz e chaga praga, não pra mim! Lembrança embaraçosa da raposa que matou a cautela. Intempestiva queda. Três furos na coluna, como minha mãe rasgando minhas costas no lençol branco. Mancha as costas, mancha a costa da vida que espera até agora. Acho no livro, acho na carta, acho na barriga do alê, intempestivo. Tentação, desmanche da coroa para o cripto se manter latente. Vestir a pele de leão. Cale-se orfeu, falso orfeu. Escolho a pele e visto o leão. Espesso como as pérolas de dinamite que sumiram há dias. Sobrou a marca esgarçada do passado em mim. Operei como médica uma disjunção estrutural, histeria que vazou para fora do corpo porém não me deixou estrangeiro.


Por ti escorriam em minha face lágrimas tão tristes Vida porta a dentro era o desabar dos muros Eu frágil não sabia pra onde corria Deságua em choro mas não morre, Deságua as águas mornas da tristeza.

Avalanche, turvo oceano As teclas do seu denso piano. Seu mar, meu destino, Ainda não sabia tocar. Cartografia riscada, teclas e ruídos Me afetavam a memória. Seu espaço em mim Seu olhar; tamanhos interesses; tão pouco meu tempo, sem você. A espera contida, conflito com você não. Como o eterno era longo a sua espera.



Edição/Edition: mar 2022 Layout: Mel Montero Fotos/Photos: Mel Montero Revisão/Review: Mel Montero


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