Évora, Coração de Pedra - História de Cidades

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HISTORIASDE CIDADES

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HISTÓRIASDE CIDADES enhuma imagem de Évora é mais conhecida que esta: as colunas do témplo a que chamar é costume (templo de Diana.r Dígo a que é costume chamar e ponho a expressão entre comas porque é quase certo qge Diana nunca passou Por aqui. Vúeu aqui em Évora um frade muito estudioso e foi ele o primeiro a escrever que o templo era consagrado a Diana, a divindade caçadora. Depois todos repetiram o que ele disse, e vão continuar pelo tempo fora a repeti-lo. E assim que se faz a história. Ao certo, pode dizer-se que é um templo da época romana, talvez do século III, que ocupava o centro da acrópoÌe da cidade. ConsagTrado a quem? Provavelmente ao Impera- dor, como então era muito habitual. Ou talvez a Ceres, a Íecunda e maternal deusa das searas: Ebora Cerealis, chamavam os romanos à cidade. Hoje é uma ruína, mas continua a ser o centro, continua viva. Uma espécie de coração de Pedra. O coração da cidade histórica.

r DE TEMPLO A TALHO Este recinto devotado aos deuses foi usado, na Idade Média, como açougue das carniçarìas. Talho, é como agora dizemos. Entaiparam as colunas, puseram-lhe uma porta. Vêem-se ali os lugares dos gonzos, além os entalhes da tranca. E talho foi até ao século passado. As pessoas espantam-se. Espantam-se e escandalizam-se: como foi possível que um recinto sagrado tivesse um - .tal destino? Atenção, pessoas que gostam de palavras difíceis. Vou dizer uma. Tomem nota, para não esquecer: suovetaurilio. Vou repetiï: su-ovetaurílio. Reparem que assim dividida se entende melhor: é o mesmo ,9u que está em suíno, o ove de ovelha, o tauri que deu taurino. Um porco, uma ovelha, um touro. O suovetauríIio era o sacrifício dessas três reses em honra da divindade. O sangue escorria na pedra sagrada, e a carne dos animais era depois dividida pela população. O templo tornou-se desse modo, em algumas cidades romanas, o Iugar de abastecimento de carne. Isto é, o açougue. Não sabemos se foi isso o que se passou em Évora. Só sabemos que, noutros pontos, houve templos que foram talhos, e aqui há um talho que já foi templo. E cada um pense por si.

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POROI'E FERNÃO

LEMBROU LOPES...?

O talho traz-nos da época romana à era medieval: o mais notável monumento medievai de Évora é a catedral diante da qual nos encontramos. Creio que já todos viram que, contra o meÌl costume, estou a falar com um Ìivro nas mãos. É

a Crónica de D. Jeãci' Í. I Parte. de Fernão Lopes. Conta-se aqui como, precisamente neste lugar, em frente desta porta, sob os olhos de pedra dos apóstolos, se deu um dos mais dramáticos episódios da história de Évora: a morte da abadessa. Foi nas horas sangrentas da revolta camponesa de 1383. O povo;

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Évona por ... um chaÍarlz desenhado mão de tnestre: Diogo de

Aqui viveram D: Afonso V, D. João II, D. Manuel, D. João III, D. Sebastião. Com os rêis vinha a corte e nasciam templos, solares, mosteiros. E é isso que explica que Évora seja hoje a cidade portug'uesa que apresenta maior concentraÇão monumental. r

rios de Castela. Bastava que aIgiuém dissesse'. Fuão é deÌes! para que caíssem sobre ele para matar e roubar. A abadessa era senhora de boas maneiras, amante da ordem e dizia-se - amiga de Leonor Teles. E fez um comentário: Deixa-Los 1á; são cousas de bêbados. Mas o dito chegou aos ouvidos dos bêbados. Souberam que a abadessa estava aqul, entraram no templo, arrancaram-na da cruz a que se abraçaÍa, trouxeram-na brutalmente ate à porta da Sé. Aqui despojaram-na de toucas e saias, e seminua, empurrada a soco e a chuço, arrastarAÈI.ì--naaté à praça do Giraldo onde a@4bq$Amde a .matar. E, diz o cronista, .lFqhguve preces nem lágrimas que pudessem amansar a braveza do povo enfurecido. Porque recordou Fernão Lopes esÌe choi.ante episódio de vioÌência .de e ódio? Ele estava do lado do povo. Porque'contou isto? E porque narrou esse outro epiSódio de injustiça popular que é a morte do bispo de Lisboa? A veia do escritor empglgou q'tacto do político? Ou, pelo

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contrário, o político quis lembrar o que pode suceder quando as mudanças se não fazem em paz e a tempo? É um tema para reflectir.

r A ÉVORA MANUELINA Bem perto da catedral está o Ìargo das portas de Moura. O nome fala por si: eram aqui as portâs que à noite se fechavam sobre a estrada que, já vindas do tempo romano, ligavam Évora.a Moura. E junto das portas havi3 naturalmente um espaço de encontro e convívio. Foi nesse terreiro que em 1556 o cardeal D. Henrique mandou construir um chafariz, que se vê imediatamente ter sido desenhado por mão de mestre: Diogo Torralva. Deita sobre o largo uma das empenas da Casa Cordovil, de gosto mudejar, ainda com visível influência de artesania mourisca. A casa está ligada à famíÌia do primeiro fidalgo a quem D. Manuel deu o título de viso-rei da India: D. Francisco de Almeida. Estamos pois na Évora manuelina, cidade real e sede da corte durante largos períodos.

TERROR SEM AMOR SERVE A NINGUÉM

NÃO

Estamos na Praça do Giratdo, centro cívico da urbe já na época romana. Escolho para rgcordar um episódio bem sombrio da História portugfuesa: a morte do duque de Bragança, D: !'ernando, no ano de 1483. O duque Íoi acusado, julgado, condenado, ,executado. Mas que verdade houve em tudo isso? D. João Iï herdara um trono frágil, um tesouro exausto. Para ser rei precisava de dar uma lição severa e confiscar uma fortuna sólida. E escolheu para útima o cunhado e pri'de mo, duque Bragança, o chefe natural da nobreza portugfuesa. A acusação foi vaga, as testemunhas pagas, os juízes recompensados. O duque aguardou na torre das cinco quinas, e na véspera da execução foi trazido para aqui e fechado numa das casas da praça. De Iá escutou as marteladas dos carpinteiros que aprontavam o cadafalso. De manhã abriram a poúa, como num curro, e ele viu que a saída era para um alto estrado forrado de pano preto: Como em Françal, excÌamou. O rei tinha-Ihe explicado como o rei de França, Luís XI mandara degolar um duque: com toda a cerimónia, num cadafalso forrado de pano preto. O confessor perguntou se tinha alguma mensagem para o rei. Talvez esperasse uma confissão tardia ou um pedido de clemência: DizeÍ-Ihe que, por mim, Ihe perdoo. Mas ele que não esqueÇa: tefioÍ sem amor não serve a ninguém. O duque tinha razão. A execução de Évora abriu um período de terror cuja última vítima iria ser o próprio D. João II, na misteriosa, solitária morte de Alvor.

r FREr PAçO FAZ A SUA APARIçÃO Não é exagero nenhum dizer que durante cerca de cem anos Évora foi a verdadeira sede da monarquia portuguesa. Foi aqui que D. Manuel mandou chamar Vasco da Gama e lhe confiou ô comando da frota que zarpou do Tejo em 1498 a caminho


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HISTÓRÁS DE CIDADES da Índia. Neste paÌácio em que nos encontramos, passou D. Manuel a Iua-de-mel com a sua terceira mulher, D. Leonor. Aqui se representaram pela primeira vez vários autos vicentinos. Foi, por exemplo, aqui que, no dia 25 de Maio de 1533, para comemorar o nascimento do infante D. FiÌipe, se estreou a Romagem dos Agravados. É uma peça semiesquecida nos nossos palcos, apesar de ser uma obra-prima de humor e de crítica. Ali se descreve e ironiza toda a sociedade portuguesa da época, e, se me não engano, o próprio GiI Vicente deve ter tomado parte na Íepresentação. E só intuição minha, mas penso que era ele em pessoa o Frei Paço. Frei Paço: Ouem me vir entrar assi, com estes jeitos que faço, cuidará que endoideci, até que saiba de mi que sou o frade Frei Paço.

r DIÁLOGO ABSURDO - Mas quem é o senhor? - Sou o Frei Paço. - Frei Paço? Desculpe que lhe diga: o senhor é uma trapalhada. Vejo-o vestido de frade. Não tenho nada contra os frades. Mas o sr. traz uma espada. Ora os frades não usam espada. Vem com grandes Ìuvas. Os frades não usam luvas. E essa grã-crwz ao peito? Os frades não têm grã-cruzes. Afinal, o que é que o sr. representa? - Represento frei Paço. - Não pode ser, Frei é frade. Paço é polÍtica. São .ralores contraditórios. Ou um ou outro. O senhor ou é Paço ou é frade. Afinal, o que é você? - Frei Paço. - Não entendo. Ou Paço ou frade. - Pois sou Paço e frade. E se não entende, professor, o ploblema é s eu. . r

O PROBLEMA NÃO F.OI MEU, FOI DE TODOS

Foi uma aparição que eu tive. Era assim que começava a Romagem dos Agravados: Auem me vir entÍaÍ ass.r.... Mas nesta aparição há uma Írase errada: o problema não é meu, foi de todos. A caricatura de um frade político satiriza a progressiva interpenetração, que então se dava em Portugal, do poder político e do poder

religioso. No momento em.que este auto se representava em Evora estavam a decorrer em Roma as negociações diplomáticas para a instalação do Tribunal da Inquisição em Portugal. A Inquisição era uma arma política camuflada com a cor da religião. No auto essa situação é denunciada. Canteu, à minha vontade, o Paço tornado frade, não é frade nem é paço, diz em certo momento um fidalgo para outro. Canteu é uma expressão hoje esquecida que significa quanto a mìm, em minha opinião. O que o fidalgo dizia é que o Paço do Rei, dominado pelo frade, já não era um paço de rei. Uma meÌancolia profunda estava a cair sobre o reino de Portugal.

r o Foco cHEGou PRIMEIRO Precisamente quando se representava o auto, construía-se o Aqueduto da Água da Prata, para abastecer a cidade de Évora que, durante séculos, tinha sido uma cidade com sede. Por esta época 1533 - o cardeal Infante D. Henrique, inquisidor-mor, foi visitar as obras. Ouem as dirÍgia era mestre Pedro. O mestre e o cardeal encontraram-se, taÌvez aqui, talvez em algum gutro ponto em que o aqueduto apresentava este aspecto magnífico. Ouem está a pagar tudo isto são os judeus com o seu dinheí ro, disse o eardeal. Bem fazem eles, porrye o irmão de vossa alteza está a andar com o togo tão depressa, que eles querem ver se a água chega mais cedo. O irmão do cardeal era o rei D. João III. O dito de mestre Pedro era uma pungefrte alusão aos esforços que o rei de Portugal estava a fazet para apressar a concessão da bula da Inquisição. DesaÍio dramático, mas o fogo ganhou. Em 1536 chegou a Portugal a bula que autorizava a implantação do Santo Ofício. Em 1537 jorrou pela primeira vez, na fonte da Prag4. do Giraldo, a águâ do Aqçgq@l ' da Prata. I S ï.rò*" ie'

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r ONDE ESTÁ O GALHO PODRE? Só em 1541 se realiâou o lrimeiro auto-de-fé, precisamente aqui na cidade de Evora, que então já bebia a água cio Aqueduto da Prata, Fro-

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HISTÓRAS DE CIDADES nados, mas só quatro destinados à Íogueira a fogo lento. Só quatro, mas seriam os primeiros de uma Ionga série. A casa que está diante de nós é a residência do Senhor Inquisidor, que ficava aqui na ilharga do Palácio do Santo Ofício. Olhem todos para aquela pedra. Ao centro está a cruz. Ê a cruz de todos os homens, porque representava a pureza da fé e todas as Íés são puras. Mas a uma banda tem uma árvore. da

outra uma espada. A mensagem é clara: compete à espada cortar o galho podre. Perde-se um ramo, salva-se a árvore. Era essa a filosofia da Inquisição. Mas qual é o galho são e o galho podre? Ouem tem o poder de o decidir? A cobiça depressa entÍou no jogo, e a espada servia para apanhar as fortunas dos judeus ricos. E afinal foi esse o papel da Inquisição: ficaram só os galhos podres.

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ENTRARAM MIL...

VINTE

E DOIS

Dizem os estudiosos que por aquela porta, que conduzia aos cárceres inquisitoriais, entraram cerca de 22 0OO pessoas. Umas saÍram, outras morreram, outras chegaram aos autos-de-fé. Esse total refere-se a um longo período. Mais de três séculos. Mas o tempo só agravou o problema. Foi uma acção lenta, persistente, que nos entrou na alma como um vício de que ainda nos não libertámos. Três séculos de censura intelectual. Toda a inovação - isto é, todo o pensamento novo era suspeito e tinha de ser bem examinado. A forma mais simples de evitar perigos era não dizer nada que não estivesse já dito. O resultado foi esta inércia-profunda, esta estagnação na qual merg:ulhou durante longo período a cultura do nosso país, e que originou paralisias e artroses que ainda nos tolhem os movimentos. Creio que é daí que nos vem esta incapacidade crítica, e/S{e acreditar piamente em catecibrrlos, quaisquer que sejam os catecrsmos, este espírito de maria vai com as outÍas que contrnua a marcar-nos. Não foi só isso. No campo económico foi a destruição e a fuga dos quadros que podiam gerir as riquezas dos Descobrimentos, e, de um modo geral, foi o mergulhar na apagada e vil tristeza de que nos fala Camões. r

A RIOI'EZA

NÃO VEIO

DO

cÉu Não quero acabar com sentimen- tos desolados. Estou nas altas cúpulas da Catedral. A cidade avistase com toda a sua pujante riqueza monumental. Não, não.se iludam: não é um caso da História, não um maná caído do céu. Os eborenses têm a cidade que mereceram. Há muitos anos, quando ainda ninguém falava em património, já em Évora existia um movimento de pessoas cuÌtas e responsáveis que exigia a protecção dos valores monumentais da cidade. A cidade actual é o resultado da acção cuidada, Iúcida, pertinaz, de mais de 50 anos de esforços. Hoje as pessoas chegam e extasiam-se: cidade histórica única em Portugal, exclamam. Cidade única no respeito com que se tratou a si própria, penso eu. Coração de pedra da História nacional que os eborenses de hoje assumem e mantem vrvo


NOVONIssAN 5UNNY Umclássico claboradopclamais auançada lccnologia O q u e fa z co m q u e u m a u to m óvelsejâ c o n s i d e ra d ou m cìá ssi co ? U m a a d mi rá ve lp u re zâd e l i n has,um conÍor to I n t e f l o rd e e xce p çã o ,u m e q uipam entoÍor a de s é r , e .u ma s " p e rÍo rma rce s notáveis,um c o n s u mo mrn tmo . Ad m i r e o n o vo Ni ssa nS u n n y e ver á que tem tudo i s t o ,. . .ea i n d a a l g o ma i s. O n o v o N i ssa nS u n n y fo i i d e alizâdoa pensarno c o n d u to re u ro p e u .A s su a s l i nhassão a e r o d in â mi ca s, si mp l e se b e l âs,o seu conÍor toé s o Í i s t i ca d oo. s a ca b a me n to sim pecáveis, a f u n c i o na l i d a d ee xe mp l a r. Ao s e u vo l a n tese n ti r-se -áse gur o por quetudo no N i s s a nS u n n y Ío i co n ce b i d oa pensarnâ sua segurança.Motor, suspensão,travÕes,direcção s ã o Í r u to d a p e rÍe i çã od a ma isâvançada t e c n o l og i aNi ssa n .

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