Revista Amoena4Life Magazine Ano 2018

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Ano 2018

TUTUS COR-DE-ROSA NO COMBATE AO CANCRO DA MAMA A história incomum de Bob Carey

REDUZINDO EFEITOS SECUNDARIOS COM DESPORTO Estas Atividades podem aliviar os efeitos secundários

“OS REQUISITOS MUDAM COM AS TÉCNICAS CIRURGICAS” Uma entrevista com o Engenheiro Helmut Wild

GOSTO DA MINHA CABEÇA Mastectomia, Quimio e Radioterapia – Uma conversa no Facebook

ESPECIAL: Tratamento após a cirurgia conservadora da mama


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EDITORIAL Cara Leitora, O cancro da mama é um desafio tremendo para qualquer mulher – desde o diagnóstico passando pela luta contra a doença, lidar com o tratamento e, no final, regressar à vida de todos os dias. Nós queremos estar presentes para si em cada passo desse caminho. Não apenas com os nossos produtos mas também com informação bem fundamentada, sugestões e histórias inspiradoras de mulheres que encontraram o seu próprio caminho ao lidar com a doença. Uma das mulheres que vai conhecer é Sandra Lotz, que nos conta no seu blog quem e o quê lhe deu força durante o tratamento e nos momentos especialmente difíceis. Sandra é uma mulher excepcional, aberta e inspiradora. Os especialistas da Amoena também deram o seu contributo para aperfeiçoar o tratamento de todos os afetados pelo cancro da mama. Helmut Wild é um engenheiro especialista em tecnologia com plásticos que trabalha na Amoena há mais de 30 anos. Quase ninguém sabe mais do que ele sobre o que é tecnologicamente possível quando se trata de prótese mamária e como elas mudaram ao longo dos tempos. Ele fala-nos sobre tudo isso numa entrevista.

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AMELIE BLUME*, 32 anos, vive próximo de Hamburgo, na Alemanha. No início de 2016, ela descobriu um inchaço debaixo do braço esquerdo. O diagnóstico: um carcinoma na mama esquerda. O teste genético mostrou uma possibilidade elevada de desenvolver cancro da mama também do lado direito. Amelie optou por uma mastectomia bilateral. Saiba mais sobre a Amelie na página 20. 4

*O nome é um pseudónimo.


Pág. 22 Reduzir efeito secundário com desporto Page 14 “OS REQUISITOS MUDAM COM AS TÉCNICAS CIRÚRGICAS”

CONTEÚDOS 06 TUTUS COR-DE-ROSA NO COMBATE AO CANCRO DA MAMA

A Fundação Carey ocupa-se das mulheres com cancro de mama. O seu símbolo é um tutu cor-de-rosa.

A S CÉLULAS CANCERÍGENAS NÃO 16

Tópico principal: Cirurgia conservadora da mama

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PERGUNTA: APÓS A CIRURGIA CONSERVADORA O PEITO PODE MUDAR AINDA MAIS?

A lumpectomia altera a mama. A enfermeira de cuidados mamários, Gabi Knötgen sublinha a extensão dessas mudanças.

PODEM SER “MORTAS À FOME“

12 “O SEIO QUE É OPERADO TEM

O açúcar permite que algumas células can- cerígenas se desenvolvam mais depressa – pelo menos de acordo com alguns estudos. Mas isso é mesmo verdade?

TENDÊNCIA A REDUZIR”

20 G OSTO DA MINHA CABEÇA

Muitas mulheres usam próteses mesmo após uma lumpectomia. Três técnicos explicam porquê.

14 “OS REQUISITOS MUDAM COM AS

Amélie Blume tem cancro de mama e ela quer partilhar a sua experiência. Conversamos com ela no Chat do Facebook.

TÉCNICAS CIRÚRGICAS”

22 “REDUZINDO OS EFEITOS

A procura por próteses mamárias altera de país para país. Uma entrevista com o engenheiro da Amoena, Helmut Wild

SECUNDÁRIOS COM DESPORTO”

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A terapia para o cancro da mama tem muitas vezes efeitos secundários. Vamos falar sobre quais os desportos que podem ajudar a aliviar determinados sintomas.

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24 A PESSOA MISTERIOSA QUE SEMPRE

TUTUS COR-DE-ROSA NO COMBATE AO CANCRO DA MAMA A história incomum de Bob Carey

REDUZINDO EFEITOS SECUNDARIOS COM DESPORTO Estas Atividades podem aliviar os efeitos secundários

“OS REQUISITOS MUDAM COM AS TÉCNICAS CIRURGICAS” Uma entrevista com o Engenheiro Helmut Wild

GOSTO DA MINHA CABEÇA Mastectomia, Quimio e Radioterapia – Uma conversa no Facebook

SPECIAL: Tratamento após a cirurgia conservadora da mama

ME ENCORAJOU, QUANDO AS COISAS ESTAVAM MESMO MÁS.

Ano 2018

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A autora convidada Sandra Lotz explica o que lhe deu coragem durante o tratamento do cancro da mama. 5


E T A B M O C O N A S O R E D R O C S TUTU A M A M A D O R AO C A N C

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A Fundação Carey é uma organização beneficente para mulheres diagnosticadas com cancro da mama. Fotos de um homem vestido com um tutu cor-de-rosa são o seu símbolo. A história por trás do “Projeto Tutu” é simultaneamente inusitada e notável. Por Iris Hilgemeier

a dor e o medo que sentiu com a situação da sua esposa. As fotos fizeram Linda sorrir e deram-lhe força para enfrentar as sessões de quimioterapia. Linda mostrou as fotos a outros pacientes que ficaram impressionados e divertidos.

Numa foto vemos um homem com cerca de 45 anos, cabelo castanho curto, algo roliço, sozinho num rochedo olhando o horizonte. Á sua frente está a Ponte de Brooklyn em Nova York. Ele veste um tutu cor-de-rosa e… nada mais. Noutra foto, o mesmo homem caminha através das arcadas da Ilha dos Museus em Berlim, vestido com a sua saia de tule cor-de-rosa. O homem de tutu é o fotógrafo americano Bob Carey. Os seus autorretratos, originalmente eram uma forma de terapia. “Quando a vida se torna difícil”, diz Bob, “tiro fotografias”. E a sua vida tornou-se difícil quando a sua esposa Linda adoeceu com cancro da mama, em 2003. Ela sobreviveu à quimioterapia, os tumores regrediram e a dor aliviou muito. No entanto, três anos mais tarde ela desenvolveu metástases no fígado. O facto de tirar aquelas fotos, ajudou Bob a ultrapassar

Fotos: Bob Carey

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PROJETO TRANSFORMADO NUMA FUNDAÇÃO Quando Linda teve uma recaída (de que recuperou, felizmente), o casal decidiu compilar num livro as fotos de Bob. A reação pública foi avassaladora. Assim, em 2010 Bob e Linda criaram a Fundação Carey, uma organização beneficente para pessoas com cancro da mama. As fotos em tutu são o símbolo que a define.

Inicialmente, Bob Carey escolhia locais ao acaso como cenário das suas fotos. Agora ele viaja pelo mundo inteiro pelo Projeto Tutu e fotografou-se com a sua saia de tule rosa em cerca de 170 locais. Com o hashtag #Dare2Tutu, Bob e Linda chamam pessoas no mundo inteiro, desde indivíduos até turmas inteiras de escolas e empresas, para tirarem fotos vestindo um tutu, durante o mês de sensibilização do cancro da mama, em Outubro. A divulgação das fotos nos sites sociais, encoraja as pessoas a fazer doações à Fundação que dá apoio às mulheres afetadas pelo cancro da mama e às suas famílias. https://thetutuproject.com

Foto: Bob Carey

Foto: Kate Jackson

Hoje em dia, Bob e Linda também se ocupam dos homens com cancro da mama, mas nas fotos usam tutus azuis. Eles também pretendem que as suas fotos cheguem às mulheres com cancro da mama metastático.


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I M P R E SS U M Todos os conteúdos desta publicação têm direitos de autor da Amoena. Todos os direitos reservados. A reprodução ou uso dos conteúdos sob qualquer forma é estritamente proibida sem o consentimento prévio por escrito, do editor. A revista Amoena4Life é publicada uma vez por ano e é distribuída aos assinantes, retalhistas e instalações médicas. Não há responsabilidade por manuscritos não solicitados. A Amoena não pode ser responsabilizada por erros pictóricos ou tipográficos. Embora sejam feitos todos os esforços para garantir que as informações contidas nesta revista sejam precisas, a editora não pode ser responsabilizada por qualquer uso ou dependência da precisão dessas informações. Qualquer informação fornecida não é um substituto para cuidados profissionais e não deve ser usada para diagnosticar ou tratar um problema de saúde ou uma doença. Se tem ou suspeita ter um problema de saúde, deve consultar o seu médico. O editor reserva-se o direito de editar ou abreviar as cartas.

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Tópico principal: Cirurgia conservadora da mama

PERGUNTA:

Após a cirurgia conservadora da mama, o seio pode alterar?

A cirurgia conservadora da mama (lumpectomia) pode afetar o aspeto do seio. A enfermeira especialista em cuidados mamários, Gabi Knötgen, explica quais os efeitos possíveis e como a radioterapia os influencia. by Stella Hombach Hoje em dia, aproximadamente 70% das mulheres com cancro da mama passam por uma cirurgia conservadora da mama, seguida de radioterapia. As hipóteses de recuperação são elevadas. Contudo, qual o aspeto do seio após a remoção do tumor? Terá a mesma sensibilidade de antes da operação?

de trabalho da Deutschen Krebsgesellschaft (DKG, Sociedade Oncológica Alemã). “A extensão das alterações depende principalmente da quantidade de tecido removido e também da reação da pele da mulher à radioterapia.”

Pode o peito alterar ainda mais após a cirurgia conservadora da mama?

O fator mais significativo é a proporção do tamanho do tumor com o tamanho do seio. “Se for retirado um tumor do tamanho de uma noz, num seio grande, ninguém dá por isso,” explica Knötgen, “enquanto numa paciente com uma mama pequena será bem visível.”

Qual a importância do tamanho do tumor?

“Sim, pode”, diz Gabi Knötgen, enfermeira especializada nos cuidados mamários e membro do Conselho da Konferenz der Onkologischen Kranken- und Kinderkrankenpflege (KOK, Conferência de Doenças Oncológicas e Cuidados Pediátricos), um grupo 10


Para evitar a assimetria, os cirurgiões tentam cortar o tecido adiposo saudável de modo a cobrir o vazio do tumor retirado. Se existirem diferenças de tamanho, as mulheres podem usar os chamados produtos de compensação, informa Knögten. O mesmo acontece com um tumor grande, em que é removido um quadrante durante a operação conservadora da mama.

e na pigmentação não depende apenas da duração e intensidade da radiação, mas também do tipo de pele e da sensibilidade à radiação. “A pele de uma mulher ruiva com uma tonalidade mais clara” diz Knötgen, “regra geral tem uma reação mais forte ao tratamento.” O efeito colateral mais comum na pele irradiada é uma vermelhidão que dá a sensação duma queimadura solar ligeira.

O estado do tumor também é importante. Por exemplo, no que respeita ao mamilo: Se o tumor estiver próximo do mamilo este pode deformar-se ou mesmo “afundar”. Em casos muito raros, o mamilo também pode ser removido na lumpectomia. “Se for o caso, a mulher pode tatuar um mamilo,” diz a enfermeira dos cuidados mamários. A desvantagem: perda de sensibilidade do mamilo – a tatuagem é meramente cosmética.

Algumas pacientes podem desenvolver um edema por causa da radiação. “Trata-se de uma ligeira retenção de água subcutânea,” explica a enfermeira. A causa: os raios da Radioterapia operam de forma não específica. Isto significa que ao tocarem a pele destroem as células e dividem-nas. “Isso faz com que aconteçam reações à inflamação local e o peito aparece um pouco inchado,” explica a enfermeira dos cuidados mamários. Após o fim da terapia, os edemas regridem, embora lentamente, sem necessidade de tratamento complementar. Um efeito posterior da Radioterapia no tecido mamário que não está bem irrigado de sangue – talvez porque os vasos sanguíneos foram danificados durante a operação – é o endurecimento dos tecidos mamários. Segundo Knötgen, “O tecido “derrete”, por assim dizer.” Em linguagem técnica, este endurecimento dos tecidos conectivos é conhecido por fibrose. Se causar dor, deve conversar com o seu médico.

O PESO CORPORAL AFETA A SIMETRIA DOS SEIOS? Se uma pessoa ganha ou perde peso, isso afeta os seios – não apenas o seio saudável, mas também o que foi operado. Nas mulheres que usam um produto de compensação devido a assimetria, pode acontecer que este perca o seu efeito. Os custos para fazer um novo ajustamento, regra geral são pagos pelos seguros de saúde (na Alemanha).

O seio que foi operado envelhece em simultâneo com o resto do corpo? “Sim,” diz Knötgen. Ao longo dos anos o tecido da mama operada vai afrouxando e os tecidos conectivos perdem elasticidade. Em relação ao envelhecimento, ambos os seios reagem da mesma forma.

Foto: CACTUS Blai Baules /Stocksy | Kerstin Ladwig UEK Aurich

Qual o aspeto das cicatrizes, numa mama que foi operada? Depende também do tamanho do tumor que foi removido. “Na maior parte dos casos só são visíveis pequenas cicatrizes”, diz Knötgen. Isto porque o cancro da mama está a ser detetado cada vez mais prematuramente.

ACERCA

No entanto, durante o processo de cicatrização, algumas cicatrizes podem deformar. “Nesse caso, mais tarde um ponto pode ser reaberto e cosmeticamente alterado”, afirma Knötgen.

Gabi Knötgen, é membro do Conselho da Konferenz der Onkologischen Kranken- und Kinderkrankenpflege (KOK), um grupo de trabalho da Deutschen Krebsgesellschaft (DKG) e é enfermeira dos cuidados para o cancro na Unidade Ginecológica da Clínica Ubbo-Emmius-Klinik em Aurich. Entre 2007 e 2009 frequentou e concluiu com êxito uma formação avançada para enfermeira de cuidados da mama, em Bremen.

O desenvolvimento do aspeto da mama e das cicatrizes só pode ser determinado completamente seis meses após a cirurgia. “Nessa altura, os tecidos já terão recuperado da radioterapia,” explica a enfermeira Knötgen. “Só então é que o processo de recuperação fica completo.” Qual o efeito da radioterapia na mama? A radioterapia torna a pele mais grossa e ligeiramente mais escura. O grau das alterações na pele 11


Tópico principal: Cirurgia conservadora da mama

“Muitas vezes inconsciente:” Lumpectomia, radiação & Compensações Hoje em dia, na maioria dos países, aproxi-

Serão as próteses mamárias e as compensações apenas para mulheres que passaram pela mastectomia? Não. De facto, as mulheres que fizeram uma cirurgia conservadora da mama (CCM), também são candidatas a usar compensações. O mesmo se aplica a mulheres que têm seios de tamanhos diferentes e que sofrem bastante com a assimetria. Por vezes, também é possível receber aconselhamento sobre este assunto, nas lojas especializadas em próteses.

madamente 70% das mulheres com cancro da mama passam por cirurgias conservadoras – após a cirurgia, a maioria destas mulheres usará uma prótese parcial ou uma compensação. Porquê? Perguntamos a especialistas de aconselhamento de mulheres com cancro da mama, da Suécia, da Alemanha e dos EUA.

Que desafio representam as compensações mamárias, no tratamento das pacientes que fizeram CCM? As mulheres afetadas sabem que têm direito a produtos para o equilíbrio e simetria dos seios? Perguntamos a três especialistas de três países diferentes 12


Tópico principal: Cirurgia conservadora da mama Angela von Bülow, 64 anos, Chefe da Equipa de Cuidados da Mama e especialista em Linfa, da Sanitätshaus Stolle em Hamburgo.

os seios ficaram com tamanhos diferentes o que as levou a sentir necessidade de algo que ajudasse com essa assimetria. Os implantes mamários não têm a curvatura dum seio natural. Os implantes de silicone são bastante planos na frente, pelo que o seio não assenta bem na copa do sutiã. Além disto, a radioterapia pode causar encolhimento do tecido mamário. Nestes casos, também é necessário o uso de uma prótese de compensação.

Anteriormente trabalhava em anestesia como enfermeira qualificada. Há cerca de 20 anos, por razões pessoais, treinei-me como enfermeira para a saúde mamária e fiquei inspirada por todos os produtos úteis que existiam – na clínica apenas tinha visto algumas pouquíssimas próteses. Naquela altura, a mastectomia era a norma, as operações que permitiam a conservação da mama eram muito raras.

A minha experiência dos últimos anos mostra que as mulheres interessadas sabem muito pouco sobre as compensações. Algumas das nossas pacientes que fizeram CCM são informadas pelos nossos médicos que têm direito a esses produtos – outras tomam conhecimento através de amigos, família ou outras mulheres que se encontram numa situação semelhante. É por isso que nós fazemos divulgação destes produtos através duma brochura que distribuímos em consultórios médicos locais e em centros de cancro.

Um problema que encontro com frequência no meu trabalho com pacientes que fizeram CCM é a falta de informação. Nas mulheres que retiram um tumor pequeno, a diferença no tamanho da mama após a cirurgia é muito pequena. Como tal, raramente são informadas da existência de próteses de compensação, pois é comum pensar-se que “Por vezes os seios têm tamanhos naturalmente diferentes”. As pacientes que fizeram CCM vêm esta questão de forma diferente, afinal a mama operada não é naturalmente menor, mas porque estava doente. Por isso, a maioria sente-se desconfortável com a assimetria. As compensações ajudam a enfrentar mais facilmente o dia-a-dia.

Ingrid Sandén, 58 anos, enfermeira de cuidados mamários no Skane Hospital em Malmö, na Suécia.

Pela minha experiência, as mulheres que fazem a cirurgia conservadora da mama são ainda mais exigentes com os tamanhos e assimetrias do que as que passaram pela mastectomia. Penso que isto é uma coisa boa. Afinal, trata-se do corpo delas e de se sentirem confortáveis na sua própria pele.

Cerca de uma em cada dez pacientes que vêm ao centro mamário do nosso hospital, são tratadas com próteses de compensação. Mais de 80% das cirurgias ao cancro da mama, feitas no sul da Suécia, preservam a mama – obviamente, devido principalmente ao trabalho excelente dos cirurgiões. Como a maioria das mulheres são submetidas a radioterapia após uma cirurgia conservadora, a mama fica habitualmente inchada durante um período longo. Durante este período, as próteses de compensação não são ainda necessárias. Em alguns casos, a diferença de tamanho dos seios só é visível após um ano ou mais, quando a paciente ganha ou perde peso. Pessoalmente, não considero mais difícil acertar uma prótese parcial do que uma prótese completa. Simplesmente, vou experimentando vários tamanhos com a paciente até encontrarmos a correta para ela.

Fotos: propriedade da Amoena

Sherry Kendrick, 44 anos, conselheira certificada de próteses pós mastectomia para A Woman‘s Place no Tallahasse Memorial Health Care Hospital, na Flórida, EUA A maioria das minhas clientes que usam próteses de compensação – cerca de 20% – passou por uma cirurgia conservadora da mama ou por uma mastectomia e subsequente reconstrução mamária. Muitas delas perceberam que, após a reconstrução, 13


Tópico principal: Cirurgia conservadora da mama

“As técnicas cirúrgicas mudam os requisitos” Helmut Wild é o responsável pelo desenvolvimento das próteses mamárias na Amoena. Numa entrevista recente, ele explica como as necessidades dos utilizadores são diferentes no mundo inteiro e porque é que ele avaliou mal o potencial de uma prótese mamária adesiva. by Stella Hombach Hoje em dia usam-se o mesmo tipo de próteses que se usavam há 30 anos atrás?

Jornalista: Tem vindo a desenvolver próteses mamárias há mais de 30 anos. Como mudou o mercado ao longo das décadas?

Não, principalmente por causa dos novos métodos cirúrgicos. Anos atrás quando os diagnósticos, as técnicas cirúrgicas e o acompanhamento pós cirúrgico não estavam tão avançados como estão hoje, os grandes músculos peitorais eram removidos das mamas afetadas, assim como muitos nódulos linfáticos da axila.

Helmut Wild: O desenvolvimento do produto é orientado para as necessidades das mulheres operadas à mama que variam muito de país para país. Nos Estados Unidos as mulheres tipicamente preferem a sensação duma prótese leve, quanto mais leve melhor. Contudo, na Alemanha este desenvolvimento começou mais tarde. Por outro lado, as mulheres espanholas e italianas têm mais tendência para usar próteses com peso standard.

Assim sendo as cicatrizes eram muito grandes. Exato. Assim como o deficit de tecido, como as cicatrizes eram muito extensas e profundas, largas áreas tinham de ser cobertas pela prótese mamária. Hoje em dia, faz-se muito mais cirurgia conservadora da mama do que mastectomia. Estas mudanças enormes nas técnicas mudaram os tamanhos e formas necessários para as próteses, pelo menos nos países com a Medicina mais desenvolvida como a Europa e a América do Norte.

Além das preferências específicas de cada país, há ainda a considerar que existem tamanhos de mamas anatomicamente diferentes. Pode dar-nos um exemplo? Dum modo geral, as mulheres inglesas e australianas têm seios bastante grandes, as asiáticas tendem a ter seios menores, enquanto na Europa as mulheres alemãs estão algures no meio, mas com um diâmetro mais largo por baixo dos seios.

Os cuidados médicos nesses países não são comparáveis com os da Europa Central. Na maior parte dos casos, nem sequer é dada a opção de fazer radioterapia ou quimioterapia aos pacientes com cancro da mama. Regra geral apenas se faz a remoção da mama afetada. O resultado estético não é considerado importante, apenas a sobrevivência conta.

Os custos das próteses mamárias não são reembolsáveis em todos os países. 14

Fotos: Tobias Gratz

Nos países como a Rússia e a China as coisas são diferentes?


E quanto ao reembolso das próteses mamárias? Difere muito. Nos países ocidentais mais desenvolvidos, o custo das próteses é reembolsado. Nos outros países, as mulheres geralmente têm de pagar elas próprias. Existe uma tendência para considerar as próteses mamárias como um produto cosmético e não como uma necessidade terapêutica. Em muitos países africanos só as mulheres com capacidade económica conseguem aceder a tratamentos para o equilíbrio mamário. Felizmente o cancro da mama é relativamente raro na Ásia. No Japão, apenas uma em cada trinta mulheres desenvolve cancro da mama, enquanto nos Estados Unidos esta relação é de uma mulher em cada oito.

O Silicone adapta-se naturalmente ao corpo

Que quer dizer exatamente? Se uma mulher usar a prótese num sutiã especial com suporte, ela só tem de a colocar de manhã. Um modelo adesivo exige um pouco mais de esforço pois é colado na pele, por isso tem de ser limpo antes de ser aplicado. Este passo extra é a razão principal porque algumas mulheres não escolhem o modelo Contact. No entanto, quando experimentam rapidamente se habituam a usá-lo, tornam-se as maiores adeptas e até embaixadoras do modelo. Para estas mulheres, limpar a prótese passa a ser apenas mais uma pequena rotina da vida de todos os dias.

No início da nossa conversa mencionou os diferentes tamanhos de seios. É mais exigente fazer próteses maiores? O processo de fabrico é o mesmo. A dificuldade reside principalmente em fazer coincidir a prótese mamária e o suporte no sutiã. Para copas A, B ou C não costuma ser um problema. Os cuidados para mulheres com seios maiores são um pouco mais complicados. Contudo, a Amoena tem boas soluções tanto para próteses como para sutiãs. Os nossos designers de têxteis seguem com especial atenção todo o processo de desenvolvimento dos tamanhos maiores.

A técnica ortopédica e artista Sophie de Oliveira Barata cria próteses de braços e de pernas decorados com flores, ornamentos e strass. Consegue imaginar algo semelhante com as próteses mamárias?

Conhece bem as necessidades das mulheres em próteses mamárias. No entanto, alguma vez ficou surpreendido com a reação dos consumidores a um novo desenvolvimento?

Talvez nos Estados Unidos, onde as mulheres são mais abertas e expressivas acerca das suas cirurgias. Em regra, as mulheres operadas à mama não nos pedem qualquer decoração. Mas quem sabe… Nunca digas nunca!

Quando desenvolvemos uma prótese adesiva no final dos anos 90, esperávamos uma enorme procura. Ao contrário das próteses normais, esta prótese adesiva foi desenvolvida para que as mulheres a possam usar com um sutiã normal, aplicando a prótese diretamente na pele. O material da Prótese Contact garante a aderência à parede do peito, permitindo simular o movimento dum seio natural.

“O modelo Amoena Contact adere diretamente no corpo da mulher, por isso dá uma sensação muito semelhante à do seio natu-

Isso soa muito bem!

ral. Em 2018 celebra-se o

Também pensamos que sim e a teoria estava certa. De facto muitas mulheres consideram o modelo Contact uma grande melhoria e, consequentemente, não querem usar mais nenhum modelo. No entanto, outras preferem não ter de cuidar tanto das suas próteses após a cirurgia.

20º aniversário do modelo Contact que vem proporcionando às mulheres o melhor em segurança e liberdade” 15


As Células Cancerígenas Não Podem Ser “Mortas À Fome” O açúcar provoca o desenvolvimento mais rápido de algumas células cancerígenas, pelo menos de acordo com alguns estudos. Por isso, alguns médicos aconselham os seus pacientes a eliminar da sua dieta, comidas e bebidas que contêm açúcar. Mas será isso realmente benéfico? Por Iris Hilgemeier

Em Abril de 2016, os médicos diagnosticaram cancro da mama a Mathilda Berger* - mais especificamente, “um carcinoma invasivo-ductal esquerdo com pelo menos dois centros tumorais”, tal como esta mulher de 39 anos escreve no seu blog, “Leben mit Brustkrebs” (Vivendo com o Cancro da Mama). Foi um grande choque para Berger. Mas em vez de ficar a pensar apenas “Porquê?”, ela começou a pesquisar: Berger queria perceber como poderia influenciar positivamente o seu cancro.

cancerígenas está relacionada com a mitocôndria; que permite às células saudáveis a absorção das gorduras, proteínas e açúcares que depois consomem para produzir energia. No entanto, nas células cancerígenas a função da mitocôndria parece estar corrompida. As gorduras, tal como muitas proteínas são inúteis para elas. As

genas fermentam o açúcar, em vez de o queimar. Isto resulta na formação de ácido láctico que facilita a penetração no tecido celular saudável que as envolve. Além disso, a atividade das células imunes é inibida. “As células cancerígenas são dependentes do açúcar,” conclui Cantley numa entrevista à ARD, uma emissora de radiodifusão alemã, “sem ele, morrem”.

Então cruzou-se com uma experiência online de 2013, efetuada pelo cientista de Harvard, Lewis Cantley. Com o seu grupo de trabalho, este cientista conseguiu provar que as células cancerígenas deixavam de crescer quando ficavam privadas de açúcar, pelo menos em experiência na Placa de Petri.

células

cancerí-

Hoje em dia, é bem conhecido no mundo da medicina que as células tumorais reagem ao açúcar. Provavelmente, a dependência em glucose das células

Por isso, Berger interrogou-se: “Será que o melhor 16

Ilustrações: Shutterstock

“AS CÉLUL AS CANCERÍGENAS SÃO DEPENDENTES DE AÇÚCAR”


para mim é cortar da minha dieta, doces e bebidas açucaradas?” A finalidade de uma dieta deste tipo – a dieta cetogénica – é a chamada Cetose: A privação longa de açúcar causa uma mudança do metabolismo. As células privadas de açúcar vão buscar energia às gorduras e às proteínas. Como resultado, o Tumor “morre de fome”, pelo menos em teoria. No entanto, os dietistas do Tumorzentrum München (Centro de Tumores de Munique) não estão convictos desta abordagem. Até agora, segundo estes profissionais, não existem provas suficientes dos benefícios da dieta cetogénica. Para eles, impedir as culturas das células humanas, é “duvidoso”. Assim sendo, a dieta cetogénica não deve ser recomendada a pessoas com cancro. A Professora Jutta Hübner, cientista e membro do Prävention und Integrative Onkologie (PRiO) [Centro de Prevenção do Cancro], grupo de trabalho da Sociedade Alemã para o Cancro, concorda: “Neste momento não existe qualquer estudo científico que comprove que tal dieta (nota do Editor: refere-se ao uso das dietas baixa em hidratos de carbono ou cetogénica) possa prevenir ou reduzir o aparecimento de metástases tumorais nas pessoas”.

AÇÚCAR – TEM TUDO A VER COM AS MOLÉCULAS Hidratos de carbono (sacarídeos) são fontes de energia importantes para o nosso corpo e são constituídos por açúcar. Dependendo de quantas moléculas contêm, podemos distinguir três tipos diferentes de hidratos de carbono: 1. Hidratos simples (monossacarídeos) são absorvidos diretamente pelo sangue e aumentam rapidamente os níveis de açúcar. Consistem numa molécula única. 2. Açúcares duplos (dissacarídeos) são convertidos em açúcar simples, no trato gastrointestinal, de forma relativamente rápida. Consistem em duas moléculas simples de açúcar. 3. Hidratos de carbono complexos (polissacarídeos) também são transformados em açúcares simples. No entanto, o corpo humano demora algum tempo neste processo. Isto porque são constituídos desde dez até milhares de moléculas simples de açúcar. Assim, os hidratos de carbono complexos fazem aumentar muito lentamente o nível de açúcar do sangue, constituindo portanto uma escolha alimentar mais saudável.

PORTFÓLIO

Use-a com um casaco elegante ou em modo casual com umas jeans – A versatilidade da Valleta permite não ter necessidade de usar soutien. O soutien com bolsas está incorporado. Disponível numa variedade de cores sazonais permitindo um look só seu! Veja todas as opções de roupa 17em amoena.pt

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mores. Por isso, ela recomenda que os pacientes com cancro façam uma dieta equilibrada, com consumo muito moderado de açúcares refinados.

De acordo com o ponto de vista de Hübner, a teoria é fundamentalmente questionável: “De facto, os pacientes com cancro não devem permitir que o seu nível de açúcar no sangue fique muito baixo - apenas ao nível das pessoas saudáveis “.

É assim que a Mathilda Berger vê a alimentação. Inspirada pelas suas pesquisas e pelas recomendações dos seus médicos, ela ajustou a sua dieta antes de iniciar a quimioterapia – também como forma de evitar náuseas muito fortes durante o tratamento. Deixou de adicionar açúcar na comida e retirou da alimentação os hidratos de absorção rápida, como a massa e o chocolate. Assim, o seu plano alimentar assemelha-se um pouco à dieta cetogénica.

E isto porquê? “Se o corpo não receber hidratos de carbono durante um longo período, vai produzir glucagon e outras hormonas de stress”, explica a investigadora, “O que vai iniciar a regeneração do açúcar, especialmente no fígado”. Portanto, mesmo quando faz jejum, o corpo nunca está completamente livre de açúcar.

APRECIE A SUA COMIDA

Hübner aponta ainda outro facto. “Se privarmos as célul a s cancerígenas de açúcar “, explica ela, “muitas destas células realmente mudam o seu metabolismo e crescem mais lentamente”. Contudo, a seu tempo elas aprendem a metabolizar as proteínas e as gorduras e começam a crescer ainda mais depressa. Algumas células cancerígenas transformam-se mesmo em células-tronco malignas.

Mas apenas parcialmente. Porque a blogger sabe que: “Os hidratos de carbono complexos e as fibras são importantes numa dieta saudável”. Ela discutiu o assunto em pormenor com um dietista da Uni-Klinik (Hospital Universitário). Além de mais, Berger adora comida. Quando lhe apetece um gelado ou um bolo ela simplesmente come-o. Depois faz uma caminhada ou outro exercício físico, porque mexer o corpo também faz descer os níveis de açúcar no sangue.

No entanto, Hübner concorda com a dieta cetogénica num ponto: Os hidratos de carbono de absorção rápida que fazem disparar o nível de açúcar no sangue, de facto podem encorajar o crescimento de tu-

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Ilustrações: Shutterstock

*”Mathilda Berger” é o pseudónimo da blogger


PORTFÓLIO

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GOSTO DA MINHA CABEÇA CARECA Amelie Blume tem cancro da mama – e ela quer partilhar a sua experiência. Por isso, nos últimos meses temos conversado com ela regularmente através do Facebook. A nossa primeira conversa foi a 7 de Agosto de 2017. O excerto que publicamos é da nossa segunda conversa, onde Amelie nos conta como está a lidar com a quimioterapia e como a vida dela mudou.

Stella Hombach Amelie Blume Olá Amelie

21 Agosto, 11h29 Olá Stella

Como foi o teu fim-de-semana? O meu fim-de-semana foi excitante. Fui convidada para dois aniversários no sábado à noite, então tive de tentar estar presente em ambos. Vesti-me e arranjei-me para ficar bonita, maquilhei-me e coloquei pestanas postiças. Senti-me mesmo fantástica. No domingo fui buscar a minha cadelinha Nala. Está a viver comigo agora e mantém-me muito ocupada. Parece maravilhoso – e Nala é um nome mesmo giro. Porque é que usaste pestanas postiças para as festas? Infelizmente estou a ficar sem pestanas. Ainda tenho algumas. Para o dia-a-dia não me importo. Mas no sábado queria sentir-me bem comigo mesma, talvez flertar um pouco e parecer-me mais com o meu antigo eu.

Sim, a minha vida está diferente. Antes eu era uma mulher forte e autoconfiante, descontraída, falava com toda a gente, contava piadas e era feliz por ser assim. Agora é um desafio aproximar-me das pessoas como costumava fazer. Com a família não há problema, mas quando conheço pessoas novas sinto-me insegura. Quando me apercebo que estou mais sensível fico vulnerável. Por isso preciso duma mascara, daí as pestanas postiças.

Para a “Amelie depois”, espero que todas estas experiências que tenho vivido me permitam sair desta crise mais forte. Já estou a trabalhar nesse sentido com o meu Psicoterapeuta. 20

Fotos: pessoais | Tobias Gratz

Compreendo! Que significa exatamente quando dizes que te querias parecer mais com o teu “antigo eu”? Dirias que há uma “Amelie de antes do cancro da mama” e outra “Amelie depois” ou “durante”?


Precisas de usar sempre a tua peruca, ou serias capaz de estar em público sem essa proteção? Preciso dessa proteção. Com a peruca ninguém olha para mim. Sou tratada normalmente e até consigo esquecer tudo o resto. No entanto, também me sinto muito confortável sem a peruca. Eu gosto da minha cabeça careca. Quais são os teus planos para esta semana? Além de treinares a Nasa para viver em casa. Queria dizer Nala – estupido corrector automatico. Tens razão, já é uma grande tarefa. Esta tarde tenho a minha consulta semanal de psicoterapia. E na quinta-feira tenho de ir a mais um “cocktail party” mas não quero pensar nisso agora. Só tenho de ir mais três vezes. O que significa que daqui a três semanas já terei ultrapassado tudo isso. Boa! Então a primeira parte em breve estará terminada. Yep, estou muito feliz por isso. É um verdadeiro marco histórico.

As sessões com o teu terapeuta ainda são para ajudar a lidares com o medo, ou o foco já mudou? Os meus medos ainda são o tema principal. Mas há outros tópicos que vão surgindo, por exemplo, como estou a lidar com o meu ambiente social ou como o meu ambiente social lida comigo. Numa crise como esta descobres quem são os teus verdadeiros amigos e quem nunca foi teu amigo afinal. Algum dos teus amigos se afastou de ti por causa da tua doença? Sim, infelizmente. Chamo-lhes “amigos do bom tempo”. Não preciso de amigos que só estão presentes quando tudo corre bem. Por outro lado, tenho de dizer que conheci novas pessoas e que outras fizeram um esforço para estarem mais presentes e se aproximarem. Contudo, consigo ver esta experiência de forma positiva – a lente da minha camara tem um foco mais nítido, e consigo ver mais facilmente quem me faz bem e quem não é bom para mim. Amelie! Muito obrigada por esta conversa – e tudo de bom no próximo cocktail. Fico à espera da nossa próxima conversa! Foi um prazer. Apreciei imenso, como sempre. Dá um abraço à Nala, por mim. Darei. Falamos em breve

*O nome é um pseudónimo.

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TERAPIA PARA CANCRO DA MAMA:

Reduzindo os efeitos secundários com desporto

O tumor foi removido e você passou pelo tratamento do cancro de mama. No entanto, cirúrgia da mama e a quimioterapia muitas vezes têm efeitos colaterais desagradáveis. Vamos falar sobre quais os desportos que podem ajudar a aliviar determinados sintomas. Esta seleção foi desenvolvida em colaboração com o cientista desportivo Freerk Baumann from the Cancer Center in Cologne (CIO Köln Bonn), Germany. Por Sandy Braun

LINFEDEMA SECUNDÁRIO O que é isso? Um inchaço doloroso do tecido conjuntivo. Desenvolve-se quando o fluido linfático “entope” no tecido e nos espaços entre os tecidos. O linfedema no braço geralmente ocorre quando os gânglios linfáticos foram removidos como parte de uma mastectomia. No entanto, através de procedimentos cirúrgicos mais cuidadosos, o risco de linfedema diminuiu significativamente. O que pode ajudar? 1. Desportos aquáticos, como natação e aeróbica aquática: a pressão da água e a contração muscular pressionam gentilmente o tecido e estimulam o movimento do líquido linfático. 2. Treino com pesos moderados em máquinas, passeios a cavalo ou caminhada nórdica: o movimento para a frente e para trás de seus braços permite que os músculos se contraiam e incentiva o fluido linfático a fluir.

Qual atividade física irá beneficia-la mais, depende da fase de tratamento em que está no momento e como ele está a afetar o seu corpo. Deve sempre consultar o seu médico antes de iniciar qualquer plano de exercícios. 22


NEUROPATIA O que é? Um mau funcionamento do sistema nervoso periférico, que geralmente ocorre em pacientes com cancro de mama após a quimioterapia, geralmente nas suas mãos e pés. Sintomas: formigamento e entorpecimento. O que pode ajudar? Vibrações que estimulam a camada de mielina esgotada dos nervos e promovem sua regeneração. 1. Para os pés: tecnologia de vibração (como placa vibratória), treino sensorial motor (como exercícios de equilíbrio na areia em pé, e em piso instável), exercícios de ioga e de Pilates (se seu pé começar a agitar quando está parado em uma perna, para exemplo). 2. Para as mãos: placa vibratória, exercícios suaves, como bateria, tocar guitarra ou piano, ou atividades simples como agarrar e amassar suavemente (Exemplo:um saco de lentilhas).

ARTRALGIA O que é? Dor articular. Acontece muitas vezes como efeito secundário de terapia hormonal em pacientes de cancro da mama. O que pode ajudar? O treino intensivo com pesos que cria músculo e / ou movimento intensivo - como jogging - ajuda frequentemente. Até agora, não se sabe porquê. Pedir sempre ajuda a um personal trainer.

MOBILIDADE LIMITADA O que é? Após uma mastectomia, pode ocorrer mobilidade limitada a longo prazo. As sensações de tensão e dor, pós cirurgia, muitas vezes levam a uma postura fraca, o que reduz a força muscular e resulta em desequilíbrio muscular (contração). O que pode ajudar? Uma combinação de treino com pesos moderados e exercícios de alongamento, muitas vezes em máquinas ou com bandas de resistência: à medida que os músculos são fortalecidos e as áreas afetadas esticadas, sua mobilidade aumentará e a postura irá melhorar.

FADIGA

Ilustração: Sandy Braun

O que é? Exaustão profunda e cansaço crônico, frequentemente causado pela quimioterapia O que pode ajudar? Basicamente qualquer tipo de movimento corporal - desde jardinagem até jogging e treino muscular. Importante: quando se trata a fadiga, o mais importante não é o tipo de movimento, mas a intensidade. A regra de ouro é: quanto maior seu grau de exaustão, menor será a intensidade do treino. 23


A pessoa misteriosa que sempre me encoraja quando as coisas correm mal.

Em todo o mundo 1.1 milhões de mulheres contraem cancro da mama – um diagnóstico devastador para cada uma delas. Muitas das nossas leitoras já passaram pela doença e pelo tratamento e, provavelmente, já a ultrapassaram. Por isso, quisemos perceber através de um concurso de Blogs (concurso de escrita): “Quem (ou o quê) a encorajou durante o tratamento do cancro da mama, quando tudo parecia realmente difícil?” Eis a resposta da nossa autora convidada Sandra Lotz.

banho a pensar que ia morrer no dia seguinte. Precisei de uma grande dose de coragem para me levantar e viver a minha vida.

No contexto do concurso de blogs da Amoena Life, quando analisei a pergunta sobre quem me deu força durante o meu tratamento ao cancro da mama, quando tudo me parecia tremendamente difícil, inicialmente não me recordei de ninguém significativo. Todas as respostas possíveis zumbiam dentro da minha cabeça numa enorme confusão, como um enxame de abelhas. Mas qual das ajudas deveria surgir como a principal? Qual das abelhas merecia receber a distinção de “estar sempre a encorajar-me”?

Inspirar coragem é um conceito muito vasto. Claro que várias coisas e várias pessoas me ajudaram quando estava deitada no chão.

O QUE ME AJUDOU?

De acordo com a Wikipedia, coragem “é a capacidade de enfrentar o perigo e agir, mesmo que se sinta medo”. Bem, pensei eu, o tratamento em si mesmo não inspira coragem. Mas tinha de o fazer.

Mas mais do que tudo, ajudou-me a imagem mental de mim própria – uma mulher feliz, radiosa, com sucesso e positiva que está em paz consigo própria e que também ultrapassaria ISTO.

Sou a última pessoa que sabia o que fazer na fase mais aguda do tratamento. Houve momentos em que me deixei ficar enrolada no tapete da casa de 24

Foto: pessoal

Aceitar o diagnóstico e viver as emoções, passeios na natureza, música alta, cantar, dançar, Yoga, meditação, andar de bicicleta, chocolate preto, a família e os amigos, escrever e sonhar.


Foi por isso que fui buscar ajuda onde foi possível: através da minha família e dos meus amigos; mexendo-me com o Yoga e as caminhadas; através da meditação que trouxe paz e reflexão; através do meu blog e do efeito terapêutico da escrita. E através de muitas outras coisas.

Todas estas coisas deram-me poder. Durante o tratamento, conscientemente, obriguei-me a apoiar-me nelas ao longo de cada dia, porque quando estou forte consigo lidar melhor com os desafios da vida. Até com o cancro da mama.

QUE PRECISAVA EU PARA CONSEGUIR PUXAR ISTO DE MIM?

Mas nenhuma destas ajudas, por mais importante que fosse, é a vencedora do enxame de abelhas. Nada disso. Sou eu, e sempre serei. É a minha vida e a minha responsabilidade.

Autoconfiança. Ser diagnosticada com cancro da mama é um choque para todo o sistema. É tão fácil afundar na autopiedade. Mas não se chega a lado algum quando só sentimos pena de nós próprios. Por isso, dizer a mim própria, “Põe-te a mexer! Vamos lá! O que é que é bom para ti neste momento?” – e por mesmo em prática, foi o estímulo que me fez andar para a frente.

DURANTE O TRATAMENTO DO CANCRO DA MAMA, EM QUE ALTURA A CORAGEM É INDISPENSÁVEL? • Para a tua caminhada pessoal até à recuperação; • Para conseguires decidir, e colocar a decisão em prática para seres feliz, apesar do cancro;

Reconhecer o que te faz bem. Por vezes precisamos de paz, então caminhar na natureza é a melhor coisa a fazer. Outras vezes tens de verbalizar o que sentes, então ajuda ter uma boa conversa com um amigo de confiança. Depende de mim ouvir-me e procurar profundamente no meu interior, para encontrar o que verdadeira e realmente é necessário para mim, em cada momento.

• Para tomares decisões não convencionais. Tudo o que eu própria tinha e tenho que fazer. Verdadeiramente, atribuo a mim mesma as maiores realizações. Porque vivo comigo mesma - todos os dias, a cada hora, a cada momento. Quer me ria ou chore. Quer esteja otimista ou ansiosa.

Experimentar. Coisas novas. Outras coisas. As mesmas de sempre mas em momentos diferentes. Montei peça a peça o meu próprio sistema de suporte. E hoje faz parte de mim.

Depende de mim manter o equilíbrio. Garantir que os bons momentos estão em maioria, mas também que não os forço nem suprimo os maus momentos. Esta é a minha tarefa pessoal, e apenas minha. Por isso, oficialmente digo a mim mesma hoje: OBRIGADA, porque fiz o que devia. Também gostaria de dizer OBRIGADA a todas as pessoas que me deram apoio nos últimos meses, porque elas também me fizeram bem – sem elas eu não teria conseguido.

Paciência. O diagnóstico do cancro é uma bofetada na cara. Atira todo o teu mundo para o caos total. Tens de reconstruir a tua vida pedra a pedra, com beleza e organização, uma após a outra. E isto demora o seu tempo. E há sempre contratempos. Para lidar com isto, é necessário muita paz interior, uma forma de amor-próprio.

Encontre o artigo original: www.goodbyeknoetchen.de/mut-macht

ENTÃO QUAL É A RESPOSTA CORRETA PARA A PERGUNTA SOBRE A CORAGEM?

ACERCA | Sandra Lotz foi diagnosticada com cancro da mama na primavera de 2017, aos 36 anos de idade. A doença atingiu-a num momento de grande agitação. Ela estava profundamente envolvida no trabalho como Portfolio Manager, e depois de terminar os estudos tinha começado a trabalhar por conta própria, como life-coach. O cancro deu-lhe força para recomeçar. Desde então, tem vindo a trabalhar como life-coach, treinadora e autora, centrando-se na força interior e no equilíbrio. Sandra vive próximo de Frankfurt, na Alemanha. Encontre mais informação em: www.sandralotz.de/amoena4life

Eu. Eu sou a pessoa mistério que sempre me encorajou. Nunca deixei de me ouvir, de aceitar os meus medos e de dar a mim própria uma perspetiva otimista. Afinal de contas, o meu desafio foi sempre lidar com o diagnóstico, com o tratamento e reconstruir a minha vida. Porque aquilo com que consigo lidar sozinha aumenta a minha autoconfiança. Mas, em simultâneo, nunca poderia ter feito tudo isto sozinha! 25


OLÁ, ESTILO ILHA 26

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DA S FLORES

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Tinos Azul Royal/Multi 36–46 B, C; 38–46 D

Jersey Azul Denim/White 36–46 A; 38–46 B, C

GR ÁFICO

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Cocos Slip Preto

Ayon HB Preto/White 38–56 B, C, D

Bangkok Azul/Prata 36–46 B, C

Hongkong Coral/Preto 36–44 A, B, C

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