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O nosso cérebro prefere vinhos vedados com cortiça
Os nossos cérebros estão programados para preferir rolhas de cortiça? A pergunta foi lançada no mais recente estudo de neuromarketing desenvolvido pelo «Behavior and Brain Lab» de Milão, do Centro de Investigação de Neuromarketing da universidade de IULUM, e promovido pela APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça e pela Assoimballaggi – Federlegno / Arredo, ensaio que revelou dados surpreendentes como o facto de os vinhos vedados com cortiça gerarem nos consumidores uma ativação emocional 238% mais elevada de que os vedantes artificiais. Uma reação assente nos nossos sentidos do olfato, paladar, visão e até som: o som da abertura de uma garrafa com rolha de cortiça gera uma resposta racional 39% mais forte que a abertura de uma garrafa com cápsula de rosca.
A experiência olfativa do vinho, por seu turno, de uma garrafa com rolha de cortiça gera uma resposta racional 34% mais forte do que a abertura de uma garrafa com cápsula de rosca. Já provar vinho de uma garrafa com rolha de cortiça gera uma resposta racional 80% mais forte do que abrir uma garrafa com cápsula de rosca. Finalmente, analisar o rótulo de um vinho com rolha de cortiça demora cerca de mais 10% de tempo do que o rótulo de uma garrafa com cápsula de rosca ou uma garrafa com rolha sintética.
Paralelamente, os participantes no estudo declararam-se dispostos a pagar um preço mais elevado pelo vinho percecionado como sendo vedado com uma rolha de cortiça: 7,78€ por garrafa. Isto é, mais 1,21€ do que por uma garrafa vedada com cápsula de rosca (+18,5%). Oa resultados confirmam as conclusões de estudos semelhantes realizados noutros países, tais como o «Grand Cork Experiment - Neuroenological Tasting», realizado em 2017 no Soho, em Londres, concebido pelo Laboratório Crossmodal Research da Universidade de Oxford, no qual foram testados 140 participantes para perceber de que modo os sons, aromas e sensações associados à abertura de uma garrafa de vinho podem ativar o nosso cérebro.