Subsolo Urbano - Ensaio projetual de um edifício diluído sob a Avenida Paulista

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subsolo urbano ensaio projetual de um edifĂ­cio diluĂ­do sob a Avenida Paulista



subsolo urbano ensaio projetual de um edifício diluído sob a Avenida Paulista

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo

Trabalho Final de Graduação Ana Carolina Correia de Lima

Orientador: Prof. Dr. Fábio Mariz Gonçalves

Junho de 2014

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4


AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao meu orientador, Fábio Mariz Gonçalvez, pela dedicação, assistência e pelo aprendizado proporcionado durante este ano de trabalho. Agradeço aos professores Maria Camila Loffredo D’Ottaviano e Marcelo Luiz Ursini por aceitarem o convite para fazer parte da banca examinadora. Ao Marcel Rofatto, à equipe do Arquivo Técnico da SP Urbanismo e à Márcia Grosbaum e equipe do escritório Jorge Wilheim , pelo material disponibilizado. Aos meus queridos amigos da FAUUSP, pelo companheirismo de tantos anos, em especial Carolina Rodrigues Boaventura, Camila Motoike Paim, Leandro Ishioka, Selma Shimura e Samuel Fukumoto pelas conversas durante o desenvolvimento do trabalho. Ao Guilherme Gambier Ortenblad e a toda equipe do Zoom Arquitetura pelo apoio e paciência. Ao Alexis Saldanha Jr, pela parceria, apoio e compreensão. Por fim, agradeço principalmente à minha família, aos meus pais e a minha irmã pelo carinho e apoio incondicional.

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ÍNDICE INTRODUÇÃO

09

PARTE 1 | O SUBSOLO DA AVENIDA PAULISTA

11

PARTE 2 | DINÂMICA E INSERÇÃO URBANA DA AVENIDA

47

PARTE 3 | ANÁLISES INICIAIS E DEFINIÇÕES

53

PARTE 4 | PROPOSTA PROJETUAL ÍNDICE DE IMAGENS

71 106

BIBLIOGRAFIA

107

7


8


INTRODUÇÃO

Ao longo dos seus dois mil e oitocentos metros de extensão, a Avenida Paulista esconde, no seu subsolo, um conjunto de estruturas abandonadas que são resultado da interrupção da execução de um projeto político-administrativo intitulado de “Nova Paulista”, elaborado na década de setenta, que previa a reformulação do espaço da avenida com ênfase em uma infraestrutura de transporte rodoviário e metroviário. Esse conjunto de estruturas em desuso é composto: por uma malha incompleta de tubulões que, em planos urbanísticos passados, deveriam suportar uma via expressa subterrânea e algumas vias locais na cota do térreo da avenida; e por algumas galerias, que são fragmentos de áreas construídas nos subsolos dos edifícios lindeiros e que foram desapropriadas pela Prefeitura da cidade em decorrência da necessidade de alargamento da via. Este trabalho apresenta uma investigação histórica e uma proposta projetual sobre esses espaços encontrados no subsolo da Avenida Paulista, esta que, reconhecidamente, é um é símbolo econômico e cultural da cidade de São Paulo. Quanto ao desenho elaborado, buscou-se explorar uma possibilidade de ocupação do espaço abaixo da superfície diferente das soluções usuais no país que, em geral, limitam-se a construções de infraestruturas de transporte e a instalações de concessionárias que fornecem serviços essenciais. O projeto privilegiou um enfoque direcionado aos cidadãos em sua pluralidade, e intencionalmente procurou-se colocar o pedestre na posição de protagonista. Assim, a intervenção sob a via resulta em espaço de convivência e dinâmica urbana semelhante à existente nas calçadas e praças na cota do térreo, o que se poderia chamar de um “edifício rua”, diluído sob o espigão central, conectando as estações de metrô, a superfície e os edifícios envoltórios como uma grande espinha dorsal. Um espaço compatível com a vida urbana em constante movimento e transformação, com potencialidade para abrigar atividades diversas e variáveis ao logo dos anos, e de caráter fundamentalmente democrático. Dada a grande dificuldade causada por entraves burocráticos, nos órgãos públicos, para a obtenção de toda a documentação que se julgou necessária para conhecer o local, algumas informações que embasam o projeto são utilizadas por via de aproximação, podendo não corresponder com a realidade.

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PARTE 1 | O SUBSOLO NA AVENIDA PAULISTA 11


12


UM BREVE HISTÓRICO Entre o final do século XIX e início do século XX, a

Originalmente, a avenida media aproximadamente

cidade de São Paulo, em virtude de seu sítio geográfico

trinta metros de largura e apresentava três faixas na via

e morfologia, ganha importância no processo de

carroçável, sendo a primeira para cavaleiros, a segunda

desenvolvimento da cultura cafeeira no país. A mudança

para carruagens e a terceira para bondes.

da dinâmica econômica e o aumento da população fixa na

As mudanças sociais e econômicas que ocorreram

capital geram novas necessidades e o inchaço urbano do

no mundo no fim dos anos 20 refletem diretamente no

velho triângulo histórico.

modo de ocupação espacial da cidade de São Paulo e,

O espigão central, onde foi construída a Avenida

consequentemente, na Avenida Paulista que, na década

Paulista, transforma-se em um espaço propício para

de 30, passa a acolher uma nova classe enriquecida pela

a expansão do núcleo da cidade. Em 1891, data de sua

indústria e pelo comércio.

inauguração, a população de São Paulo não passava de cem mil habitantes. O traçado inicial da avenida seguia o padrão dos

Em seguida, surgem edifícios ao longo da via e a legislação passa a permitir a instalação de usos não residenciais na Paulista.

O automóvel também é

bairros mais importantes da época, como Higienópolis e

responsável pela transformação do espaço. No final

Campos Elíseos. Com desenho ortogonal, recuos frontais

da década de 60, a avenida já estava com sua estrutura

e laterais, largos passeios pavimentados em pedregulho

comprometida, consequência das políticas públicas

branco e arborização ao longo de seu eixo, a Paulista foi

que sempre privilegiaram o transporte individual em

ocupada, inicialmente, pela aristocracia cafeeira, que

detrimento do coletivo.

ergueu imensos casarões ao longo da via. 13


A AVENIDA AO LONGO DOS ANOS

1891

1900

1916

1927

1929

1930

1937

1938

1952

1956

1957

1958

O engenheiro Joaquim Eugênio de Lima inaugura a Avenida Paulista. O topógrafo Tarquinio Antonio Tarant foi o responsável pelo traçado ortogonal da avenida, que na época seguia o padrão dos bairros mais importantes da cidade, como os Campos Elísios e Higienópolis

Instalação de luz elétrica na avenida e substituição dos bondes de tração animal por bondes elétricos. Cinquenta residências, em lotes grandes, estavam implantadas ao longo de sua extensão

Inauguração do Trianon, local de reuniões, encontros e festas. A construção foi erguida na explanada, em frente ao Parque Siqueira, Campos, com vista para o centro da cidade

Mudança do nome da avenida para “Carlos de Campos”

Brasil: Crise do café

Por insistência da população, a avenida volta a se chamar “Paulista”

Fábio da Silva Prado, prefeito do Município de São Paulo, promulga a Lei 3571, que permite a construção de edifícios na Paulista. Inicia-se o processo de verticalização na avenida

Abertura do túnel da Avenida Nove de Julho

Legislação municipal permite a construção e instalação de edifícios institucionais e de serviços na Avenida Paulista

Lei Anhaia Mello autoriza a construção de conjuntos comerciais

Início da construção da nova sede do MASP na Paulista, projeto da arquiteta Lina Bo Bardi. O edifício foi erguido no lugar do Belvedere Trianon, que foi demolido em 1950

Inauguração da primeira etapa do Conjunto Nacional, projeto do arquiteto David Libeskind

O conjunto urbano da avenida até a década de 20 era composta por casarões de arquitetura eclética, cultura importada que exibia o status dos barões do café.

^ A partir da esquerda, Imagens de 1 a 14 - ver descrição e fonte no índice de imagens 14

Mundo: Grande Depressão

A crise internacional Revolução de 1930 desencadeia leva Getúlio Vargas mudanças na ao poder sociedade, refletindo no modo de ocupação da cidade

Estado Novo

Ascenção de uma classe social ligada à indústria e ao comércio. Os recém enriquecidos sobem em direção ao espigão em busca de uma morada condizente com a nova condição econômica . Produção de arquitetura ainda eclética, mas de maior monumentalidade e ostentação Surge um novo símbolo da burguesia:o automóvel

Início da verticalizaçao e nova caracterização da avenida, processo que culminou na conformação atual

A década de 50 é marcada pela intensa transformação no uso do na Avenida Paulista. Os edifícios foram tomando o lugar dos casarões. Antes predominantemente residencial, a via passa a receber cada vez mais edificações comerciais, institucionais e de serviços. A avenida é parte do primeiro grande anel viário da cidade, significando desde a inauguração uma importante conexão entre regiões da cidade. Devido a políticas que priorizavam o transporte individual, nesta década já era notável o tráfego congestionado no local.


1964

1968

1970

1971

1972

1973

1974

1980

1984

1987

1990

1996

Arquitetos fazem propostas para a Nova Paulista. Jorge Wilheim e Siegbert Zanettini estão entre os primeiros nomes que pensaram as possíveis transformações da avenida

A avenida passa a ter quarenta e oito metros de largura por meio do Decreto 7166, que tornou de utilidade pública várias áreas da Avenida Paulista e originando um novo alinhamento

Desenvolvimento do projeto Nova Paulista, de autoria de Nadir Curi Mezerani, durante a administração do então prefeito Paulo Maluf

Conclusão do primeiro trecho da reestruturação viária das avenidas Dr. Arnaldo, Pacaembu, Rebouças, Angélica e da Rua da Consolação

A EMURB é contratada pela prefeitura para dar sequência ao projeto da nova Avenida Paulista

O prefeito José Carlos Figueiredo Ferraz é destituído de seu cargo. Miguel Colasuonno assume a prefeitura de São Paulo

A Nova Paulista, incompleta, é entregue ao público. A grande alteração em relação a “velha” Paulista é a largura da via, que passou 28 para 48 metros

Na década de 80, intensifica-se a demolição de grande parte dos casarões remanescentes na avenida para dar lugar aos edifícios, fruto da especulação imobiliária

EMURB lança proposta preliminar de “centros comerciais subterrâneos”, buscando reaproveitar parte dos subsolos de edifícios desapropriados no processo de alargamento da avenida. O projeto não foi executado

Início da construção da Linha Verde do Metrô

Inauguração parcial da Linha Verde

Demolição da mansão Matarazzo. Dos casarões da Paulista, restam até hoje a Casa das Rosas ( nº 37), o Instituto Pasteur (nº 393), os números 709 e 1811 (sem nome) e o casarão Franco de Mello (nº

Golpe militar e início da Ditadura no Brasil

Inauguração da nova sede do MASP na Paulista

Em 60, o serviço de bondes para de funcionar na avenida e a largura das vias já não comporta mais o volume de automóveis e ônibus que ali passavam diariamente. Surgem projetos para o alargamento e melhorias da Paulista. As obras começam com o início da década de 70.

O projeto Nova Paulista sofre cortes na gestão de Colasuonno. É interrompida a construção da via rebaixada sob a avenida

O Metrô projeta um shopping center subterrâneo, seguindo a proposta da EMURB de 1984, de forma a integrar o espaço remanescente sob as calçadas com as novas estações de Metrô. O projeto não foi executado

1919)

1985 Fim da Ditadura Militar

15


16


< Imagem 15 Foto das obras na Avenida Paulista em 1974 Fonte: Folhapress

Imagem 16 > Foto aĂŠrea da Paulista em 1995 Fonte: JoĂŁo Bittar - Folhapress

17


A NOVA PAULISTA Por ser um eixo que desde a origem apresentou uma

Em nove de outubro de 1969, já na gestão de Paulo

alta concentração de capital, a Avenida Paulista sempre

Salim Maluf, é firmado o contrato para execução das obras

foi um espaço de atenção especial do poder público e

do Complexo Viário Paulista – Consolação – Rebouças – Dr.

de investidores interessados em suas potencialidades

Arnaldo. O túnel sob a Paulista, entre as ruas Consolação

econômicas.

e Haddock Lobo, é fruto desta primeira fase de obras. O

Nos anos 60, com a estrutura comprometida e

Complexo foi entregue ao público em sua totalidade no

insuficiente para comportar a quantidade de automóveis

dia dezesseis de novembro de 1971, na gestão de José

e de ônibus que nela circulavam, a via recebe atenção

Carlos Figueiredo Ferraz.

redobrada da administração pública. Até o ano de 1965, foram elaborados mais de dez projetos com a intenção de transformar o traçado e o uso da avenida. Nesta época, ocorre o aumento do coeficiente de aproveitamento do solo na região, viabilizado pelas intervenções de caráter corretivo e pelo interesse imobiliário. Entre 1967 e 1968, o então prefeito José Vicente Faria Lima promulga uma lei que estabelece o plano de reurbanização da avenida, e baixa o Decreto 7.166, que atribui a qualidade de utilidade pública a diversas áreas da Paulista. 18

Vias entregues até setembro de 1971 Galerias - conclusão em novembro de 1971 Vias rebaixadas - conclusão em novembro de 1971 Vias em superfície - conclusão em novembro de 1971


Dentre os projetos das décadas de 60 e 70 que apresentam uma reflexão para futuro da avenida, podemos destacar:

1964 Projeto Nova Paulista

Autoria: Jorge Wilheim

1968 Uma estrutura básica para São Paulo – Av. Paulista

Autoria: Candido Malta Campos Filho

> Propõe um grande plano em toda a extensão do Espigão

> Com base na análise da expansão do centro e o

Central. A Avenida Paulista deveria ser alargada e receber

processo de metropolização, propõe uma estrutura para o

dois canteiros para isolar a pista central, o que permitiria

desenvolvimento da cidade. A Paulista teria sua superfície

maior velocidade. Algumas ruas perpendiculares à

liberada para os pedestres. A ideia para solucionar o

avenida seriam utilizadas para o estacionamento de

congestionamento local é a construção de uma via

veículos. Também é sugerida a transferência dos túmulos

expressa rebaixada, sob a qual seriam implantados os

do Cemitério do Araçá e a utilização de sua área para a

trilhos do Metrô. O trânsito local seria desviado para a

construção de um complexo de cultura e lazer.

Rua São Carlos do Pinhal e para Alameda Jaú.

1970+ Projeto Nova Paulista – Praça Linear Imagem 17 < Diagrama do Complexo Viário Rebouças-Consolação-Paulista-Dr. Arnaldo Imagem editada e colorida. Legenda editada. Fonte: jornal O Estado de São Paulo, 11 de set. 1971, p 14

Imagem 18 > Esquema da ideia proposta para a área por Siegbert Zanettini: Praça Linear Fonte: ZANETTINI, Siegbert. Siegbert Zanettini: arquitetura, razão, sensibilidade São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002

Autoria: Siegbert Zanettini

> Partindo do projeto anterior, Zanettini propõe transformar a Paulista em um imenso parque linear. A proposta abrangia quatro quilômetros corridos sobre o espigão. O Hospital das Clínicas e os cemitérios do Araçá e da Consolação formariam um grande complexo de área verde, de cultura e de lazer. Esse complexo se uniria à 19


Paulista e seguiria até a Praça Oswaldo Cruz. O trânsito local da avenida seria transferido para a Rua São Carlos do Pinhal e para Alameda Santos e uma via expressa seria construída sob o eixo da Paulista, possibilitando que avenida fosse utilizada apenas para o fluxo de pedestres.

1970 Projeto Nova Paulista

Autoria: Nadir Curi Mezerani

> Propõe a transformação da avenida em um corredor de características metropolitanas. Novamente, a solução para o fluxo de veículos é apresentada por um desenho de uma via expressa rebaixada, sob a qual seria construída parte de uma linha do metrô. A superfície da Paulista seria configurada com vias de circulação local e espaços de lazer.

1973 A Avenida Paulista como um dos corredores metropolitanos

Autoria: Candido Malta Campos Filho

> Desenvolvimento da proposta anterior. Propõe a transformação da avenida em um canal de comunicação da região metropolitana. 20


CONTRATADO: A NOVA PAULISTA DE MEZERANI Nadir Curi Mezerani começou a desenvolver sua

tráfego regional.

proposta para a “Nova Paulista” no fim da década de 60,

A prioridade do projeto Nova Paulista era solucionar o

durante a gestão do prefeito Paulo Maluf. Em oito de abril

problema da circulação de veículos ao longo da avenida.

de 1971, José Carlos Figueiredo Ferraz assume a prefeitura

Na proposta do arquiteto, a via expressa rebaixada e as

de São Paulo e dá sequência aos planos de modernização

vias locais na superfície se conectariam com o Complexo

da avenida.

Viário Paulista – Consolação – Rebouças – Dr. Arnaldo, já

A nova gestão da cidade contrata, em

1972, a Empresa Municipal de Urbanização e Nadir para

concluído no final de 1971.

concretizar o projeto de execução da via rebaixada para o

Imagem 19 < Croqui de Cândido Malta Campos Filho. Tese de doutorado - A Avenida Paulista como um dos corredores Metropolitanos. Fonte: Jornal do Brasil - 29, jun. 1973, p. 39, Rio de Janeiro

Imagem 20 > Croquis de Nadir Curi Mezerani, ilustrando respectivamente: a primeira fase de obras, concluídas no final de 1971; o projeto contratado por Figueiredo Ferraz para a Nova Paulista; por fim, uma possibilidade futura de transformação do térreo da avenida em bulevares para os pedestres. Fonte: site do arquiteto - www.nadirmezerani.com.br

21


Imagem 21 < Perspectiva da superfĂ­cie da avenida segundo o projeto Nova Paulista, de autoria de Nadir Curi Mezerani. Fonte: PMSP

Imagem 22 < Perspectiva das pistas subterrâneas da avenida segundo o projeto Nova Paulista, de autoria de Nadir Curi Mezerani. Fonte: PMSP

22


ALINHAMENTO ALINHAMENTO ORIGINAL ORIGINAL

CENTRAL EIXOEIXO CENTRAL

ALINHAMENTO ALINHAMENTO ORIGINAL ORIGINAL

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SEQUÊNCIA PROPOSTA PARA A EXECUÇÃO DAS OBRAS

RECUO EDIFÍCIOS

PASSEIO

PISTAS

PASSEIO

RECUO EDIFÍCIOS

RECUO EDIFÍCIOS

PASSEIO

PISTAS

PASSEIO

RECUO EDIFÍCIOS

INSTALAÇÕES

INSTALAÇÕES

INSTALAÇÕES

INSTALAÇÕES

ETAPA 1: REMOÇÃO DE INSTALAÇÕES ETAPA 1: REMOÇÃO DE INSTALAÇÕES

^ O corte esquemático acima representa a Avenida Paulista antes do início das obras de requalificação urbana. As etapas necessárias para a implantação da Nova Paulista foram estabelecidas visando provocar o menor impacto possível no trânsito e na dinâmica local. 23

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EIXO CENTRAL

DOS LOTES PARA ALARGAR A VIA

DESAPROPRIAÇÃO DAS FRENTES DOS LOTES PARA ALARGAR A VIA

PISTAS

PASSEIO

CANTEIRO DE OBRAS

CANTEIRO DE OBRAS

INSTALAÇÕES

PASSEIO

INSTALAÇÕES

TUBULÕES

TUBULÕES

ETAPA 2: EXECUÇÃO DOS TUBULÕES

^ Após a remoção das árvores e das interferências no subsolo da via, foi iniciada a construção das estruturas de suporte das pistas locais, que seriam refeitas na superfície da avenida. A solução estrutural adotada foi o tubulão: poço escavado no terreno e preenchidos com concreto. 24

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DESAPROPRIAÇÃO DAS FRENTES

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METRÔ

EIXO CENTRAL EIXO CENTRAL PISTA LOCAL

PISTA PROVISÓRIA PASSEIO

PISTA LOCAL

CANTEIRO DE OBRAS

PASSEIO

PASSEIO

ESCAVAÇÃO

ETAPA 3: EXECUÇÃO DA ESTRUTURA DAS VIAS LOCAIS - OBRAS INTERROMPIDAS NESTA ETAPA NÃO CONCLUÍDA

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PASSEIO

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A OBRA PRONTA: 6 PISTAS LOCAIS, 6 PISTAS EXPRESSAS E METRÔ

^ Os tubulões funcionariam em parte como pilares, apoiando as lajes construídas para suporte das pistas locais. Estas lajes seriam concretadas diretamente sobre o terreno. A obra foi interrompida no início desta etapa, devido a mudanças na administração da cidade 25

LIMITE ESCAVAÇÃO

ETAPA 4: UTILIZAÇÃO DAS PISTAS LOCAIS. INÍCIO DAS OBRAS SOB A PAULISTA - NÃO EXECUTADO

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METRÔ

EIXO CENTRAL

PISTA LOCAL

PISTA LOCAL

PASSEIO

ESCAVAÇÃO

PASSEIO

PISTA LOCAL

PISTA LOCAL

PASSEIO

LIMITE ESCAVAÇÃO ESCAVAÇÃO

CONCLUÍDA ETAPA 4: UTILIZAÇÃO DAS PISTAS LOCAIS. INÍCIO DAS OBRAS SOB A PAULISTA - NÃO EXECUTADO

^ Este corte esquemático representa como seria a quarta etapa das obras da Nova Paulista, onde as pistas locais prontas seriam liberadas para o tráfego de veículos. No subsolo, as obras seguiriam com a abertura da via expressa escorada pelos tubulões. 26

LIMITE ESCAVAÇÃO

LOCAIS. INÍCIO DAS OBRAS SOB A PAULISTA - NÃO EXECUTADO

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EIXO CENTRAL

S, 6 PISTAS EXPRESSAS E METRÔ

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ALINHAMENTO ORIGINAL

EIXO CENTRAL

ALINHAMENTO ORIGINAL PISTA LOCAL

PISTA LOCAL

PASSEIO

VIAS EXPRESSAS

METRÔ

A OBRA PRONTA: 6 PISTAS LOCAIS, 6 PISTAS EXPRESSAS E METRÔ

^ Representação genérica da seção transversal da via, ilustrando como seria a Avenida Paulista, no fim da década de 70, se as obras da via expressa subterrânea e do Metrô fossem concluídas. Na época, somente o alargamento da avenida foi finalizado. 27

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PASSEIO


Imagem 23 < A Avenida Paulista no século XIX. A câmera foi direcionada para o paraíso. No primeiro plano podemos observar o túnel que passa sob a Rua da Consolação e acessa a avenida, parte das primeiras obras de reestruturação viária, concluída em 1971. Fotografia: Pedro Kok

Imagem 24 e 25 > Plantas do primeiro e segundo subsolo do Conjunto Nacional, com indicação da área desapropriada pela prefeitura. Fonte: Viégas, Fernando Felipe. Conjunto Nacional: Construção do Espigão Central. Dissertação de Mestrado FAUUSP, 2003.

28


O SUBSOLO ABANDONADO Em 1973, com as obras da “Nova Paulista” em curso

já estavam cravados no subsolo. Neste processo, a avenida

na avenida, o então governador Laudo Natel destitui o

permanece como um grande canteiro de obras até 1974,

prefeito Figueiredo Ferraz de seu cargo. Em seu lugar,

ano em que o projeto natimorto é dado como pronto e

assume a prefeitura da cidade o economista Miguel

entregue ao público.

Colasuono que, alegando falta de recursos, decidiu por

Atualmente,

encontram-se

espalhadas

e

interromper as obras no subsolo da Paulista e por dar

abandonadas ao longo da avenida vinte e duas galerias

continuidade apenas ao alargamento na superfície da via.

subterrâneas, que são fragmentos de áreas construídas nos

Sabe-se que, no momento da paralização de

subsolos dos edifícios lindeiros e que foram desapropriadas

parte do projeto, as desapropriações de áreas em

pela Prefeitura da cidade no processo já descrito. Juntas,

superfície e subsolo, compreendidas pelo recuo frontal

elas somam uma área de aproximadamente 13.000 m².

das edificações, já haviam sido realizadas quase que

Originalmente, estas galerias deveriam integrar parte

na totalidade do previsto pelo plano; a remoção de

do sistema de vias expressas e de Metrô subterrâneos

interferências, como canalizações, por exemplo, já havia

contemplados no projeto da Nova Paulista. Entretanto,

sido concluída nos principais trechos da avenida; e parte

estes espaços foram “enterrados” junto com o restante do

dos tubulões necessários para execução da via rebaixada

projeto do arquiteto Nadir Curi Mezerani.

29


RECUO EDIFÍCIOS

ALINHAMENTO ORIGINAL

PASSEIO

PISTAS

PASSEIO

PASSEIO

PISTAS

PASSEIO

ALINHAMENTO ORIGINAL

EIXO CENTRAL

EIXO CENTRAL

ALINHAMENTO ORIGINAL ALINHAMENTO ORIGINAL

RECUO EDIFÍCIOS

RECUO EDIFÍCIOS

RECUO EDIFÍCIOS

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

SUBSOLO DO EDIFÍCIO INSTALAÇÕES

INSTALAÇÕES

INSTALAÇÕES

INSTALAÇÕES

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

SITUAÇÃO DA AV. PAULISTA NO FINAL DA DÉCADA DE 60

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT 30 SITUAÇÃO DA AV. PAULISTA NO FINAL DA DÉCADA DE 60

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O ALARGAMENTO DA AVENIDA E A DESAPROPRIAÇÃO DO SUBSOLO

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ALINHAMENTO ORIGINAL ALINHAMENTO ORIGINAL

NOVO ALINHAMENTO EIXO CENTRAL EIXO CENTRAL

NOVO ALINHAMENTO PASSEIO ÁREA DESAPROPRIADA

ÁREA DESAPROPRIADA

ÁREA DESAPROPRIADA

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

NOVO ALINHAMENTO

ÁREA DESAPROPRIADA

NOVO ALINHAMENTO

ALINHAMENTO ORIGINAL

PISTAS

PASSEIO

NOVO ALINHAMENTO

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

NOVO ALINHAMENTO

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

ALINHAMENTO ORIGINAL

NOVO ALINHAMENTO NOVO ALINHAMENTO

PASSEIO

PISTAS

SITUAÇÃO DA AV. PAULISTA NA DÉCADA DE 70 - CONCLUSÃO DAS OBRAS DE ALARGAMENTO EM 1974

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT SITUAÇÃO DA AV. PAULISTA NA DÉCADA DE 70 - CONCLUSÃO DAS OBRAS DE ALARGAMENTO EM 1974

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PASSEIO

31


NOVONOVO ALINHAMENTO ALINHAMENTO EIXO CENTRAL

EIXO EIXO CENTRAL CENTRAL

NOVO ALINHAMENTO

NOVONOVO ALINHAMENTO ALINHAMENTO NOVO ALINHAMENTO

PISTAS

PASSEIO

PASSEIO

PISTAS

PASSEIO

PASSEIO

PISTAS

PASSEIO ÁREA DESAPROPRIADA

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

ÁREA DESAPROPRIADA

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

ÁREA DESAPROPRIADA

ÁREA DESAPROPRIADA

METRÔ METRÔ

NOVO ALINHAMENTO

NOVO ALINHAMENTO

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

NOVONOVO ALINHAMENTO ALINHAMENTO

ÁREA DESAPROPRIADA ÁREA DESAPROPRIADA

NOVONOVO ALINHAMENTO ALINHAMENTO

SUBSOLO DO EDIFÍCIO SUBSOLO DO EDIFÍCIO

SITUAÇÃO DA AV. PAULISTA NAS DÉCADAS DE 80/90 - A LINHA VERDE COMEÇA A SER CONSTRUÍDA EM 1987 SITUAÇÃO DA AV. PAULISTA NAS DÉCADAS DE 80/90 - A LINHA VERDE COMEÇA A SER CONSTRUÍDA EM 1987 METRÔ

Representação genérica de uma seção transversal da via, ilustrando como é a Avenida Paulista em alguns trechos atualmente.

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^

32 SITUAÇÃO DA AV. PAULISTA NAS DÉCADAS DE 80/90 - A LINHA VERDE COMEÇA A SER CONSTRUÍDA EM 1987

SUBSOLO DO EDIFÍCIO

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Imagem 26 > Levantamento de uma das instalações subterrâneas sob a Avenida paulista. Fonte: EMURB/SP URBANISMO. Avenida Paulista Instalações subterrâneas. Levantamento cadastral, 1972.

33


MAPA 1 | LOCALIZAÇÃO DAS GALERIAS SUBTERRÂNEAS

MAPA 2 | LOCALIZAÇÃO DOS ACESSOS ÀS ESTAÇÕES DO METRÔ E PASSAGENS SUBTERRÂNEAS

LEGENDA

34

Localização das galerias subterrâneas Acessos da passagem subterrânea da Rua da Consolação Acessos das estações de metrô na Avenida Paulista


MAPA 3 | LOCALIZAÇÃO DAS GALERIAS SUBTERRÂNEAS E DA ESTRUTURA EM TUBULÕES* CRAVADA SOB A AVENIDA

*O mapa acima representa a disposição dos tubulões em toda a Avenida Paulista, como era pretendido no projeto Nova Paulista, o que não corresponde à realidade porque somente parte desta malha foi implantada. Não foram encontradas informações que possibilitassem a verificação dos trechos realmente construídos.

MAPA 4 | LOCALIZAÇÃO DOS MEZANINOS DO METRÔ EM RELAÇÃO ÀS ESTRUTURAS ABANDONADAS NO SUBSOLO

Túnel que passa sob a Rua da Consolação e acessa a avenida, parte das primeiras obras de reestruturação viária, concluída em 1971. 35


MAPA 5 | LOCALIZAÇÃO DAS PLATAFORMAS DO METRÔ EM RELAÇÃO ÀS ESTRUTURAS ABANDONADAS NO SUBSOLO

MAPA 6 | INDICAÇÃO DOS CORTES

A B

C

36

B C

A

D

D


Imagem 27, 28 e 29 > Fotos de uma das galerias subterr창nias sob a Avenida Paulista, em 2008. Fonte: Imagens retiradas do blogspot de Andrei Bonamim http://andreibonamin.blogspot.com.br/2008/11/galerias-subterrneas-na-av-paulista.html

37


CORTE AA

38


0

5

15

30

50

39


CORTE AA’ | interferência do acesso à estação Consolação do Metrô com os subsolos desapropriados

40


0

5

15

30

50

41


CORTE BB

42


0

5

15

30

50

43


CORTE CC

44


CORTE DD

0

5

15

30

50

45


46


PARTE 2 | DINÂMICA E INSERÇÃO URBANA DA AVENIDA 47


DINÂMICA E INSERÇÃO URBANA DA AVENIDA PAULISTA A AVENIDA EM NÚMEROS:

Localizada no limite entre as zonas Central, Sul e Oeste da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista se estende por

• PESSOAS QUE CIRCULAM / DIA ---------------------- 1.500.000

dois mil e oitocentos metros ao longo do espigão central, um

• PESSOAS QUE RESIDEM NA AVENIDA -------------- 5.000

maciço montanhoso divisor de águas entre os rios Pinheiros

• VOLUME DE CARROS NA HORA MAIS -------------- 4.200

e Tietê, situado entre os bairros do Jabaquara e Sumaré. A Paulista de hoje, agitada e de dinâmica urbana múltipla, em quase nada se parece com a Paulista do final do século XIX. As mudanças econômicas e sociais da cidade refletiram na imagem da avenida, que tem sua história marcada por muitas transformações no uso e na ocupação do solo ao longo tempo. Este importante eixo urbano já foi endereço de barões do café, grandes industriais, conjuntos comerciais, cinemas, escritórios, corridas de rua, grandes comemorações e

CARREGADA (VEÍCULOS/HORA) CENTRO HISTÓRICO

AVENIDA PAULISTA

• QUANTIDADE DE QUADRAS -------------------------- 18 • ESTAÇÕES DE METRÔ ---------------------------------- 3 • PESSOAS QUE USAM METRÔ ------------------------- 137.000 (MÉDIA/DIA - 3 ESTAÇÕES) • PESSOAS QUE UTILIZAM ÔNIBUS -------------------- 313.169 (MÉDIA / DIA) • CICLISTAS (MÉDIA / DIA) --------------------------------1248 DADOS RETIRADOS DO SITE DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA VIVA (ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM 2010 ) E DA CONTAGEM DE CICLISTAS REALIZADA PELA CICLOCIDADE EM 2010.

manifestações humanas. Atualmente, a avenida é famosa por ser um importante centro financeiro, comercial e cultural da cidade. As informações apresentadas a seguir contribuem para a caracterização da avenida. 48

Avenida Paulista


MAPA 8 | POLÍTICO ADMINISTRATIVO

Recorte do Mapa Político Administrativo do município de São Paulo com destaque para a localização da Avenida Paulista. Fonte: SEMPLA/DIPRO

AVENIDA PAULISTA

Mapa 7 < Localização da Avenida Paulista no Município e no Estado de São Paulo. Imagem 30 < Seção geológica da porção central da bacia de São Paulo (Imagem editada). Fonte: AB’SABER, Aziz Nacib. Geomorfologia do Sítio Urbano de São Paulo, FFLCH USP, 1957

49


MAPA 9 | USO DO SOLO PREDOMINANTE

Recorte do Mapa de Uso do Solo Predominante do município de São Paulo com destaque para a localização da Avenida Paulista. Fonte: SEMPLA/DIPRO

SEM ESCALA 50


MAPA 10 | TRANSPORTE METROVIÁRIO NA REGIÃO

SUMARÉ PEDRO II

SÉ CLÍNICAS

PAULISTA LIBERDADE

CONSOLAÇÃO AVENIDA PAULISTA

S. JOAQUIM

TRIANON-MASP

BRIGADEIRO

VERGUEIRO

PARAÍSO

SEM ESCALA 51


52


PARTE 3 | ANÁLISES INICIAIS E DEFINIÇÕES 53


ANÁLISES INICIAIS E DEFINIÇÕES O processo projetual teve inicio a partir da definição de uma área de estudo na avenida para a aplicação do ensaio a ser elaborado. Este recorte foi feito com base na análise dos espaços edificados no subsolo da Paulista. Inicialmente, a estação do Metrô Consolação e as galerias subterrâneas existentes em sua proximidade foram elencadas como ponto focal do ensaio a ser realizado. Durante o desenvolvimento do projeto, a área a ser desenhada foi expandida, abrangendo a passagem subterrânea sob a consolação e a estação do Metrô Trianon- Masp. Apesar desta delimitação espacial aqui feita, a ideia da construção do subsolo na avenida pode ser aplicada a toda a sua extensão.

MAPA 11 | LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO NA AVENIDA

54


REGISTRO FOTOGRÁFICO DE CONEXÕES SUPERFÍCIE - SUBSOLO EXISTENTES NA REGIÃO

55


RUA LUÍS COELHO

PLANTA TÉRREO 0,00 - LEVANTAMENTO 1|1500 1

RUA DA CONSOLAÇÃO

1

2

4

3 6

AVENIDA PAULISTA

7

RUA PE. JOÃO MANUEL

56

RUA AUGUSTA

AV. R EB

OUÇ

AS

5

ALAMEDA SANTOS


LEGENDA Banca de jornal Ponto de ônibus Acesso das estações de metrô Canteiros e áreas verdes 1 – Estação Paulista do Metrô 2 - Edifício Anchieta 3 – Cine Belas Artes 4 - Edifício São Luiz Gonzaga 5 - Edifício Três Marias 6 - Shopping Center 3 7 - Conjunto Nacional

8 - Galeria 2001 9 – Edifício Banco Sul-Americano 10 – Edifício Cetenco Plaza 11 - Casarão Franco de Mello 12 – Edifício Parque Paulista 13 – Nº 1.811 – Agência do Itaú 14 - MASP

RUA FRE

I CANECA

10

9 14

13

8

12

AL. MINISTRO ROCHA AZEVEDO

11

PARQUE MÁRIO COVAS PARQUE TENENTE SIQUEIRA CAMPOS

57


Fez-se

necessário

o

levantamento

detalhado

dos passeios públicos da Avenida Paulista devido à preocupação em integrar harmonicamente o térreo e o subsolo proposto. Os dados aqui apresentados permitem observar que: - Os passeios, com largura média de dez metros, são constantemente afunilados em sua área útil de circulação devido à interferência dos acessos às estações de Metrô, bancas de jornal, canteiros e pontos de ônibus. - Não são contemplados com bancos ou áreas de estar. - A proposição de novas conexões com o subsolo através das calçadas prejudicaria ainda mais o espaço do pedestre na via, o que é indesejado. - Dificuldade em insolar e ventilar o subsolo a ser proposto. Com base nesta análise, ficou clara a necessidade de redesenhar parte da superfície da avenida para integrá-la ao subsolo a ser proposto.

58


RUA FRE

I CANECA

RUA LUÍS COELHO

AVENIDA PAULISTA Imagem 31 < Foto retratando o afunilamento do passeio da Avenida Paulista em frente ao edifício Três Marias.

Fluxo existente no subsolo da avenida (cota -4,76) Fluxo existente no térreo da avenida (cota 0,00) Fluxo possível/desejado no térreo da avenida

RUA AUGUSTA

LEGENDA

ALAMEDA SANTOS

AL. MINISTRO ROCHA AZEVEDO

RUA PE. JOÃO MANUEL

Imagem 32 > Planta esquemática indicando alguns espaços permeáveis aos pedestres na avenida. A imagem foi produzida com base nos estudos apresentados na dissertação de mestrado de Marcelo Luiz Ursini, intitulada “Entre o público e o privado: os espaços francos na Avenida Paulista”. Escala: 1:1500

59


RUA LUÍS COELHO

PLANTA TÉRREO 0,00 - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 1|1500 1

RUA DA CONSOLAÇÃO

1

2

4

3 6

AVENIDA PAULISTA

7

60

RUA PE. JOÃO MANUEL

RUA AUGUSTA

AV. R EB

OUÇ A

S

5

ALAMEDA SANTOS


LEGENDA Banca de jornal Ponto de ônibus Acesso das estações de metrô Canteiros e áreas verdes Áreas comerciais no pavimento térreo dos edifícios. Serão usadas para conectar o subsolo com a superfície da avenida Reformulação das vias e calçadas da avenida. Área a ser reformulada na superfície da avenida.

1 – Estação Paulista do Metrô 2 - Edifício Anchieta 3 – Cine Belas Artes 4 - Edifício São Luiz Gonzaga 5 - Edifício Três Marias 6 - Shopping Center 3 7 - Conjunto Nacional

RUA FRE

I CANECA

10

8 - Galeria 2001 9 – Edifício Banco Sul-Americano 10 – Edifício Cetenco Plaza 11 - Casarão Franco de Mello 12 – Edifício Parque Paulista 13 – Nº 1.811 – Agência do Itaú 14 - MASP

9 14

13 PARQUE MÁRIO COVAS 11 AL. MINISTRO ROCHA AZEVEDO

8

12

PARQUE TENENTE SIQUEIRA CAMPOS

61


DIAGRAMAS DE INTERVENÇÃO NO SUBSOLO Partindo da ideia de conectar as estruturas em desuso no subsolo com o Metrô através de um novo edifício que se estruturaria na malha de tubulões existente na avenida, estabeleceram-se dois níveis principais para o desenvolvimento do projeto: as cotas -4,80 e -9,20, considerando o térreo como cota 0,00. Estas cotas correspondem respectivamente ao primeiro e ao segundo subsolo do Conjunto Nacional que, dentre todas as áreas em desuso analisadas, é a com maior extensão e maior altura piso-teto entre pavimentos.

PLANTA SUBSOLO -4,80 - SITUAÇÃO EXISTENTE

SEM ESCALA 62


Através da cota -4,80 é possível estabelecer uma ligação praticamente em nível entre o primeiro subsolo do Conjunto Nacional e o do Center 3, que está na cota -4,76. O Mezanino do Metrô consolação, na cota -8,97 se conecta a cota -9,20 . As galerias destacadas em cinza claro nas plantas estão acima dos níveis estabelecidos para o desenvolvimento do projeto.

PLANTA SUBSOLO -9,20 - SITUAÇÃO EXISTENTE

SEM ESCALA 63


PLANTA SUBSOLO -4,80 - PROPOSTA DE EDIFÍCIO INTEGRANDO O SUBSOLO

SEM ESCALA 64


PLANTA SUBSOLO -9,20 - PROPOSTA DE EDIFÍCIO INTEGRANDO O SUBSOLO

SEM ESCALA 65


O novo subsolo da Paulista deve permitir a integração de todos os edifícios da via ao seu corpo, de forma a “multiplicar” a cota do térreo da avenida. O espaço gerado deve ser amplo e confortável, proporcionando bem estar aos seus frequentadores. Das galerias subterrâneas existentes na área de estudo, somente a do Conjunto Nacional e parte da do Center 3 puderam ser integradas à proposta apresentada. Os outros espaços em desuso foram demolidos por terem níveis de subsolos variados que impossibilitaram a compatibilização com o projeto.

PLANTA SUBSOLO -4,80 - CONCEPÇÃO DAS NOVAS VOLUMETRIAS NO ESPAÇO

SEM ESCALA 66


PLANTA SUBSOLO -9,20 - CONCEPÇÃO DAS NOVAS VOLUMETRIAS NO ESPAÇO

SEM ESCALA 67


CONCEITUAÇÃO E PROGRAMA

Como dito na introdução do trabalho, enfoque do projeto a ser apresentado é direcionado aos cidadãos em sua pluralidade, com o pedestre na posição de protagonista. Assim, surgiu o desejo de construir um edifício com características de uma rua de pedestres, um espaço que possibilite a conexão e multiplicação dos espaços ao seu redor, o intercâmbio entre cidadãos e que potencialize e incentive a diversidade que existe na Avenida Paulista. A partir desta ideia, elaborou-se um programa para a ocupação do subsolo da via, priorizando atividades de caráter público e coletivo, voltados para o desenvolvimento cultural e lazer da população, onde áreas de caráter público e privado se misturam. O projeto não tem a pretensão de se colocar como um programa ideal de necessidades, mas como um espaço compatível com a vida urbana em constate movimento e transformação.

AVENIDA PAULISTA

DIAGRAMA DAS PREMISSAS DO PROGRAMA DE NECESSIDADES

68

> ASPECTOS POSITIVOS

> ASPECTOS NEGATIVOS

• PASSEIOS LARGOS

• CONGESTIONAMENTO NOS HORÁRIOS DE MAIOR CARREGAMENTO DAS VIAS

• PRESENÇA CONSTANTE DE CICLISTAS NAS VIAS

• ALTO NÍVEL DE POLUIÇÃO SONORA

• CICLOFAIXA AOS DOMINGOS

• NÃO TEM BANCOS PARA DESCANSO E CONTEMPLAÇÃO DA PAISAGEM NOS PASSEIOS

• DIVERSIDADE DE SERVIÇOS E PESSOAS

• NÃO HÁ ARBORIZAÇÃO SIGNIFICATIVA

• FACILIDADE DE ACESSO POR MEIO DO

• SOMENTE DOIS BANHEIROS PÚBLICOS, LOCALIZADOS NOS PARQUES TRIANON E MÁRIO COVAS • BEBEDOURO PÚBLICO SOMENTE NO PARQUE TRIANON

TRANSPORTE PÚBLICO

VALORIZAÇÃO MELHORAMENTO


A SUPERFÍCIE DA AVENIDA

ESTAR APRECIAR TRANSITAR CONVIVER

+

PROGRAMA ELABORADO

CONEXÃO OBJETIVA E HARMÔNICA COM O SUBSOLO EDUCAÇÃO: CURSOS/OFICINAS COMPLEXO CULTURAL: GALERIA DE ARTE URBANA / TEATRO / CINEMA / ANEXO MASP COMÉRCIO / BARES / RESTAURANTES / CASA NOTURNA APOIO: BICICLETÁRIOS / BANHEIROS / BEBEDOUROS ESTACIONAMENTO

69


70


PARTE 4 | PROPOSTA PROJETUAL 71


RUA LUÍS COELHO

RUA DA CONSOLAÇÃO

PLANTA TÉRREO 0,00 - DEMOLIDOS 1|1500

RUA PE. JOÃO MANUEL

72

RUA AUGUSTA

AV. R EB

OUÇ

AS

AVENIDA PAULISTA

ALAMEDA SANTOS


As demolições realizadas no térreo da avenida são consequência do desejo de transformação da via para melhor integração da cota 0,00 com o subsolo e também para proporcionar mais espaços de circulação e estar para os pedestres na superfície. Foram removidos os acessos às estações de Metrô e pontos de ônibus das calçadas, diminuindo assim a quantidade de obstruções no passeio I CANECA

público. Às demolições no interior das quadras

RUA FRE

se concentram no trecho envoltório ao Parque Mário Covas.

AL. MINISTRO ROCHA AZEVEDO

PARQUE MÁRIO COVAS PARQUE TENENTE SIQUEIRA CAMPOS

73


RUA LUÍS COELHO

C

1|1500

RUA DA CONSOLAÇÃO

PLANTA TÉRREO PROPOSTO 0,00

AVENIDA PAULISTA

A

RUA PE. JOÃO MANUEL

74

RUA AUGUSTA

AV. R EB

OUÇ A

S

B

ALAMEDA SANTOS

C


D

E

F

O novo térreo da avenida está vinculado à ideia de um futuro onde a rede de transportes públicos da cidade será muito mais abrangente e eficiente do que a rede atual. Em tal panorama, talvez seja possível eliminar um faixa de veículos particulares em cada sentido de deslocamento da avenida sem causar grandes impactos negativos ao trânsito da região. Assim, é possível propor uma ciclovia e ampliar os canteiros centrais da via sem interferir nos passeios públicos. A ampliação dos canteiros centrais foi necessária para

I CANECA

poder insolar e ventilar de maneira constante o edifício abaixo

RUA FRE

da superfície. Com esta intervenção, também é possível

A

B

reacomodar os corredores e pontos de ônibus, permitindo

< Edifício proposto PARQUE MÁRIO COVAS

sentido de deslocamento das via.

possível integração de construções com o

AL. MINISTRO ROCHA AZEVEDO

D

que a ciclovia se localize na faixa da direita, considerando o

para exemplificar a

O quarteirão do Parque Mário Covas foi reformulado

PARQUE TENENTE SIQUEIRA CAMPOS

para proporcionar a permeabilidade dos pedestres por entre

térreo e o subsolo da

seus edifícios. O trecho da Rua Padre João Manuel, situado

avenida.

entre o Conjunto Nacional e a Galeria 2001, teve o fluxo de veículos limitado, permitindo apenas o acesso75 às garagens

E

F

dos edifícios.


C

PLANTA SUBSOLO -4,80

1|1500

N

SEBO COMÉRCIO A

B

AMPLIAÇÃO DO CINE BELAS ARTES

76

C


F

D

E

CAFÉ

TEATRO

A

B

CURSOS E OFICINAS DO MASP

PRAÇA ESTAÇÃO TRIANON-MASP

EDIFÍCIO PROPOSTO PARA EXEMPLIFICAR A POSSÍVEL INTEGRAÇÃO DE CONSTRUÇÕES COM O TÉRREO E O SUBSOLO DA AVENIDA 77

D

E

F


C

PLANTA SUBSOLO -9,20

1|1500

N

BARES E RESTAURANTES

COMÉRCIO

A

“BURACO DA PAULISTA” O túnel é um dos marcos do Grafite paulistano. Intenciona-se que esta arte “contamine” os muros de arrimo por todo o subsolo proposto.

B

GALERIA DE ARTE URBANA ESTAÇÃO CONSOLAÇÃO

78

C


F

D

PRAÇA ESTAÇÃO

E

TRIANON-MASP

CURSOS E OFICINAS

TEATRO

A

B

ESPAÇO EXPOSITIVO DO MASP

ESTAÇÃO TRIANON-MASP

EDIFÍCIO PROPOSTO

79

D

E

F


C

PLANTA SUBSOLO -12,80

1|1500

N

BARES E RESTAURANTES A

ADMINISTRAÇÃO E B

ESTACIONAMENTO

CASA NOTURNA

80

C


F

D

E

A

E APOIO FUNCIONÁRIOS B

81

D

E

F


PLANTA SUBSOLO -4,80 AMPLIAÇÃO TRECHO 1

82

1|500


83


PLANTA SUBSOLO -9,20 AMPLIAÇÃO TRECHO 1

84

1|500


85


86


PLANTA SUBSOLO -4,80 AMPLIAÇÃO TRECHO 2

1|500 87


88


PLANTA SUBSOLO -9,20 AMPLIAÇÃO TRECHO 2

1|500 89


CORTE AA

90

1|1500


91


CORTE AA AMPLIAÇÃO TRECHO 1

92

1|500


93


94


CORTE AA AMPLIAÇÃO TRECHO 2

1|500

95


CORTE BB

96

1|1250


CORTE BB 1|500 AMPLIAÇÃO TRECHO 1

97


CORTE CC

98

1|500


99


CORTE DD

100

1|500


CORTE FF

1|500

101


CORTE EE

102

1|500


103


104


Imagem 33 < Perspectiva do subsolo proposto para a Avenida Paulista.

105


ÍNDICE DE IMAGENS Páginas 12 e 13:

OLIVEIRA, Olivia de. Lina Bo Bardi. Sutis substâncias da arquitetura. São Paulo, Romano Guerra Editora; Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 2006.

1) Inauguração da Avenida Paulista, 1891. Aquarela de Jules Martin. Museu Paulista. Instituto Cultural Itaú (São Paulo). Cadernos Cidade de São Paulo – Avenida Paulista. São Paulo, 1994. 2) Parque da Avenida Belvedere Trianon, 1920. Autor Desconhecido. Col. Mons. Jamil Nassif Abib.

3) Corrida de automóveis na Avenida Paulista, 1924. Toledo, Benedito Lima de. Álbum Iconográfico da Avenida Paulista. Editora Exlibris. São Paulo, 1989. 4) Trecho entre as ruas Minas Gerais e Augusta, 1935 Toledo, Benedito Lima de. Álbum Iconográfico da Avenida Paulista. Editora Exlibris. São Paulo, 1989.

Instituto Cultural Itaú (São Paulo). Cadernos Cidade de São Paulo – Avenida Paulista. São Paulo, 1994

D’ALESSIO, Vito. Avenida Paulista - A síntese da metrópole. São Paulo: Dialeto Latin American Documentary, 2002. 10 Implantação do projeto Nova Paulista. Foto: Nadir Curi Mezerani – Mostra Núcleo São Paulo. 11) Vista da primeira etapa das obras de reestruturação viária. PMSP – foto divulgação – anos 70. 12) Vista aérea. Foto: Julio Abe Wakahara, 01.jan.1978. 13) Vista aérea da corrida são silvestre, 1987 Foto: Jorge Rosenberg.

6) Vista desde o Masp, na direção da Consolação, década de 1950

14) Vista aérea observada em voo turístico a partir do bairro do Paraíso.

Núcleo de Pesquisa e Documentação da Fundação Energia e Saneamento.

Foto: João Bittar, 14.jul.1995.

7) Masp em construção - Foto Hans Günter Flieg.

106

Centro de Informação e Cultura Itaú. 9) Construção do “buraco” da avenida, em 1971.

Instituto Cultural Itaú (São Paulo). Cadernos Cidade de São Paulo – Avenida Paulista. São Paulo, 1994.

5) Vista em direção à Consolação, 1952. Aloys Feichtenberger. MASP

8) A avenida em 1966, antes do alargamento das pistas.

As fotos que não foram citadas fazem parte do arquivo pessoal da autora.


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Argan, Giulio Carlo. História da Arte como História da Cidade. Tradução: pier luigi cabra. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1992.

Bucci, Angelo. O Anhangabaú, o chá e a metrópole. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Fauusp, 1998.

Bucci, Angelo. São Paulo quatro imagens para quatro operações. Tese de Doutoramento. São Paulo: Fauusp, 2005.

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• D’alessio Vito. Avenida Paulista - A síntese da metrópole. São Paulo: Dialeto Latin American Documentary, 2002 •

Golany, Gideon; Ojima, Toshio. Geo-Space Urban Design. New York: John Wiley & Sons, Inc, 1996.

• Instituto Cultural Itaú (São Paulo). Cadernos Cidade de São Paulo – Avenida Paulista. São Paulo, 1994 • Koolhaas, Rem. Conversations with students. New York: Rice University, School of Architecture: Princeton Architectural Press, 1996. •

Meyer, Regina; Grostein, Marta e Biderman, Ciro. São Paulo Metrópole. São Paulo: Edusp/ Imprensa Oficial do Estado, 2004.

Muniz, Cristiane. A cidade e os trilhos. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Fauusp, 2005.

• Oliveira, Olivia de. Lina Bo Bardi. Sutis substâncias da arquitetura. São Paulo, Romano Guerra Editora; Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 2006. •

Rogers, Richard. Cidades para um pequeno planeta. Barcelona: Gustavo Gili, 2001.

SÃO PAULO URBANISMO; EMURB. Informação e documentação: plantas e cortes do subsolo da Avenida Paulista. São Paulo, 1972.

Sumner, Anne Marie. Arquitetura e infra-estrutura: um percurso de projeto. Tese de Doutorado. São Paulo: Fauusp, 2001.

• Toledo, Benedito Lima de. Álbum Iconográfico da Avenida Paulista. Editora Exlibris. São Paulo, 1989. • Ursini, Marcelo Luiz. Entre o público e o privado : os espaços francos na Avenida Paulista. Dissertação de Mestrado.São Paulo: FAUUSP, 2004. •

Viégas, Fernando Felippe. Conjunto Nacional: a construção do espigão central. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FAUUSP, 2003.

107


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