Jane Jacobs através do desenho

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Jane Jacobs Através do Desenho DIAGRAMAS-SÍNTESE DE UMA OBRA CLÁSSICA

Autores: Juliana de Oliveira Cotarelle Evandro Ziggiatti Monteiro Edição Editorial: Ana Paula Silva de Mattos 194013 Bianca Chescon 194789 Caroline Rodrigues 195573 Juliana de Oliveira Cotarelle 200392


SUMÁRIO 1. Quem Foi Jane Jacobs?......................................................................................................................5 2. Diagramas: Processo de Criação......................................................................................................6 3. Diagrama de Introdução..................................................................................................................8 4. Diagrama Parte 1: A Natureza Peculiar das Cidades................................................................10 5. Diagrama Parte 2: Condições para a Diversidade Urbana..........................................................11 6. Diagrama Parte 3: Forças de Decadência e de Rcuperação.........................................................12 7. Diagrama PARTE 4 : Táticas Diferentes...................................................................................13 8. Diagrama Final 5 Lições Urbanísticas........................................................................................14 9. Bibliografia....................................................................................................................................15


QUEM FOI JANE JACOBS?

Considerada uma das maiores pensadoras intelectuais das décadas de 1960 e 1970, Jane Jacobs (1916 - 2006) foi jornalista, escritora, ativista política e dedicou grande parte de sua carreira em prol de cidades mais inclusivas e diversas. Reconhecida pela produção de artigos e livros de caráter revolucionário no ramo do Urbanismo, ela foi uma das mais proeminentes vozes do pensamento crítico sobre a forma como as cidades estavam se desenvolvendo durante o século XX. As críticas presentes na obra de Jane Jacobs, ainda muito atu-

ais, nos fazem refletir como queremos construir as cidades do futuro, com menos individualismo e com mais inclusão e diversidade de pessoas e de atividades, onde o sentimento de pertencimento seja aflorado na população habitante. Almejando contribuir para o ensino de arquitetura através do legado deixado por Jacobs, a pesquisa consiste na construção de diagramas que sintetizem os conceitos trazidos pela escritora em sua obra de maior marco “Morte e Vida de Grandes Cidades” (1961).


Diagramas: Processo de Criação

1- Aplicação do Processador Linguístico de Corpus: submissão de cada capítulo da obra ao Programa Processador Linguístico de Corpus a fim de se determinar as palavras-chaves com base na repetição em que elas aparecem ao longo da obra.

2- Aplicação do Programa Voyant Tools: o Voyant Tools é uma plataforma que fornece análises de texto baseado na web. Foi utilizada a ferramenta “Nuvem de Palavras” que organiza por ordem de tamanho as palavras mais frequentes de um texto.


3- Diagrama Mapas Mentais das Palavras-Chaves: Com a classificação das palavras-chaves foram criados mapas mental para expressar a relação entre essas palavras e reunir os conceitos que seriam posteriormente ilustrados.

4- Produção de Diagramas-síntese em três escalas: o primeiro conjunto de diagramas expressam as principais ideias de cada uma das quatro partes do livro respectivamente; e o diagrama final “5 Lições Urbanísticas”, o qual traz os cinco pontos principais presentes no livro.


JANE JACOBS ATRAVÉS DO DESENHO


CIDADE JARDIM, 1898 Modelo de cidade elaborado pelo pré-urbanista Ebenezer Howard, no qual humanidade e natureza viviam em harmonia numa comunidade autônoma circundada por um cinturão verde. Este movimento surgiu em resposta aos problemas existentes nas grandes cidades européias durante a Revolução Industrial (séc. XIX-XX).

VILLE RADIEUSE, 1931 Projeto Urbanístico desenhado pelo arquiteto Le Corbusier, no período entreguerras. Representa uma nova visão de cidaade, valorizando as super quadras e o uso de automóveis. Produz uma cidade mais monótona que nega a diversidade urbanas, segundo Jane Jacobs .

CITY BEAUTIFUL, 1890

Movimento Arquitetônico e Urbanístico norte-americano que almejava o embelezamento e a monumentalidade das cidades a fim de promover uma ordem social e estética harmoniosa.


OLHOS DA RUA

Ruas com poucas pessoas e prédios voltados para si mesmos se tornam um potencial de insegurança. Lugares com pessoas nas janelas, pedestres e comerciantes inibem a violência.

POPULAÇÕES ATIVAS

Unida por interesses em comum, uma população é capaz de exercer pressão sob as autoridades minicipais para o bom funcionamento dos bairros.

CRIANÇAS

PARTE 1: A NATUREZA PECULIAR DAS CIDADES JANE JACOBS

Necessitam de ambientes saudáveis para brincar e aprender ao ar livre. Sob a vigilância de adultos, elas devem participar da vida nas calçadas e não somente brincar em lugares delimitados como playgrounds.

PARQUES DE BAIRRO

Devem possuir um programa que atraia diferentes públicos em diferentes horários para que não se tornem vazios urbanos inseguros.


PARTE 2: CONDIÇÕES PARA A DIVERSIDADE URBANA JANE JACOBS

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CONDIÇÕES PARA A DIVERSIDADE URBANA

USOS PRINCIPAIS COMBINADOS

QUADRAS CURTAS

PRÉDIOS ANTIGOS

CONCENTRAÇÃO

Os bairros devem possuir 2 Usos Principais que se complementem. Garantindo assim a diversidade e a presença de pessoas em horários diferentes.

A combinação de edifícios com idades e estados diferentes de conservação afloram a diversidade urbana.

As ruas e as oportunidades de virar esquinas devem ser frequentes para evitar a Grande Praga da Monotonia.

É necessária uma concentração suficientemente alta de pessoas com diferentes propósitos para que haja diversidade.


RECURSOS FINANCEIROS As principais formas de capital no mercado de imóveis residenciais e comerciais são: Empréstimo Privado, Receita Tributal, Dinheiro Vivo, Crédito.

DESIGUALDADE SOCIAL

Superlotação de moradias sociais somada à questão racial agravam as tensões sociais e econômicas.

FRONTEIRAS SOCIAIS

Conjuntos Habitacionais, Vias Expressas, Linhas Férrea e Orla Marítima

PARTE 3: FORÇAS DE DECADÊNCIA E DE RECUPERAÇÃO JANE JACOBS


Diferentes tipos de moradias e de pessoas, incentivos ao uso de transporte público, alargamento de calçadas e uso fachadas ativas.

Prédios como pontos de referências e combinações de diferentes traçados urbanos diminuem a monotonia urbana.

PARTE 4 : TÁTICAS DIFERENTES JANE JACOBS

“CIDADES VIVAS, DIVERSIFICADAS E INTENSAS CONTÊM AS SEMENTES DE SUA PRÓPRIA REGENERAÇÃO”


DIAGRAMA FINAL


BIBLIOGRAFIA ABIKO, ALEX; ALMEIDA, MARCO; BARREIROS, MÁRIO. Urbanismo: História E Desenvolvimento. São Paulo. EPUSP. 1995. Disponível em: <http://reverbe.net/cidades/wp-content/uploads/2011/08/urbanismohistoriaedesenvolvimento.pdf>. Acesso em: 14 de abril de 2016. GRUPO DE LINGÜÍSTICA DA INSITE. Contador de Palavras Processador Linguístico de Corpus. Disponível em: <http://linguistica.insite.com.br/corpus.php>. Acesso em: 12 de fevereiro de 2019. HIRT, SONIA; ZAHAM DIANE. The Urban Wisdom Of Jane Jacobs. 1° Ed. Nova Iorque: Routledge, 2012. 288 p. HOJEMO, THOMAS. A Leveza De Andar: O Desenvolvimento De Políticas Urbanas Voltadas Para Os Pedestres Em Copenhague, Dinamarca (1960-2015). Fronteiras: Revista de História. Dourados, MS. v. 17. n. 30. 2015 p. 209 – 226. Disponível em: <http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/ view/4872/2551. Acesso em: 17 de março de 2019. LAWSON, BRYAN. Como Arquitetos e Designers Pensam. 4. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 296 p. MONTANER, JOSEP MARIA. Do Diagrama Às Experiências Rumo A Uma Arquitetura De Ação.1. ed.São Paulo: Gustavo Gili, 2017. 188p. ORTIZ, ALONSO, TOMÁS. Neurociencia y educación. 1 ed. Madrid: Alianza, 2009.263 p. JACOBS, JANE. Morte e Vida de Grandes Cidades. 3ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011. 510 p. SEGRE, ROBERTO. Jean-Louis Cohen e a arquitetura da guerra - Um vazio na história da arquitetura: 1939-1945. Vitruvius. Abril, 2012. Disponível em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/11.124/4280>. Acesso em 22 de maio de 2020. SILVA, ANGELA. 8º Ciam: Ideias Antigas E Uma Nova Atitude Para O Planejamento Urbano. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, v.17, n.20, 2010. SALVADOR, LAÍS; GRABRIELA, BARONE. Jan Gehl e o desenho urbano das cidades contemporâneas de Copenhague a São Paulo. Vitruvius. Junho, 2018. Disponível em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/19.217/7020>. Acesso em 22 de maio de 2020.



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