ANA AMORIM PORTIFÓLIO ARQUITETURA E URBANISMO
Currículo....................................01
FAU / UFRJ MAPA DOS PROJETOS............................03 Projeto de Arquitetura I.....................04
Vila Christiania / residência unifamiliar Projeto de Arquitetura II....................08
Residência Estudantil Travessias Projeto de Arquitetura III...................16
Projeto urbano / Biblioteca PARQUE Mangueira Transformações do Espaço Construído..........22 Espaço coletivo na Indiana Projeto de Interiores........................26
Bar e restaurante Viela
extensão
INDIANA......................................34 MAIS VALDARIOSA..............................38
PRAÇA VERDE NO ALEMÃO........................42
ana amorim UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
amorimfreitas.ana@gmail.com +55 21 986168355 FORMAÇÃO ACADÊMICA
SOFTWARES E IDIOMAS
2012
AutoCAD Revit Architecture Sketch Up Adobe Photshop Adobe InDesign Corel Draw
Universidade Federal do Rio de Janeiro Graduação em Arquitetura e Urbanismo com previsão de término para 2018 2009
Colégio São Vicente de Paulo Conclusão do Ensino Médio em 2011
Inglês (Avançado) Espanhol (Básico)
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
OUTRAS EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS
2014/2-2015/1
2013-15
Iniciação Científica (CNPq) - Grupo CiHabE / PROURB
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Pesquisa sob orientação da prof. Luciana Andrade. Projeto: “Para além da Unidade Habitacional: pela moradia e pela cidade no contexto da construção da [minha] casa e da [minha] vida”
2014/2 - atualmente
Abricó - Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ
- Projeto Mais Valdariosa: Qualificação de espaços coletivos no MCMV em Queimados atráves de oficinas para construção de mobiliário com moradores - Aproximação através de assistência técnica à Favela da Indiana devido a ameaça de remoção, com objetivo final de plano participativo de urbanização.
Programa Fundamentação em Arte Curso de fotografia iniciante Curso de história da arte ‘Arte Agora’ Curso “A fotografia e a cidade”:
Ago/2014
Centro Carioca de Design
Participação do seminário “Entremeios: modos de vida e práticas criativas na cidade”, fazendo parte do Nucleo de Atividades LAB
2015/2 - atualmente
Estágio no escritório Ernani Freire Arquitetos Associados
1
2
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PROJETOS
Vila residencial Chirstiania Arruamento / loteamento e Biblioteca Parque Mangueira
GAMBOA
MARACANÃ
Bar e Restaurante Viela LAPA
RIO DE JANEIRO, BRASIL
Espaço coletivo na Indiana
Residência estudantil Travessias
USINA
FLAMENGO
3
VILA CHRISTIANIA
Localizada na zona portuária do Rio de Janeiro, hoje epicentro das mudanças promovidas pelo projeto de Cidade Olímpica, a Vila Christiania e suas residências buscam repensar e questionar as formas e usos hegemônicos na cidade. A vila se inspira na comunidade de mesmo nome, emancipada há mais de quarenta anos da cidade de Copenhague. Suas tradições são anarquistas, implicando a colaboração, a cooperação e a participação da população nas decisões acerca da vida no bairro. Das qualidades e características de Christiania, foram transportadas para o projeto a heterogeneidade de sua arquitetura, a ausência de automóveis, a ocupação espontânea e orgânica do solo e o uso coletivo dos espaços comunitários. Após a elaboração do conceito e da implantação da vila, cada componente do grupo aprofundou-se em um projeto residencial.
PROJETO DE ARQUITETURA I Orientadora: Luciana Andrade 2013 / 2 Coautoria: Guilherme Leite Isabella Slawka
VIA BINÁRIO
CIDADE DO SAMBA
PRAÇA SANTO CRISTO
VILA OLÍMPICA DA GAMBOA
N
IMPLANTAÇÃO PERIMETRAL cria-se um único grande espaço coletivo no miolo da quadra, de uso e acesso livres. HORTA COMUNITÁRIA fachada para rua: usos coletivos área comum, bicicletário, serviço, banheiro, depósito. aberturas: ritmo constante estímulo de relação com a rua e continuidade do ritmo de portas e janelas preexistentes. escala humana.
3 JOVENS ARTISTAS ESPAÇO LÚDICO LIVRE, INTEGRADO FLEXÍVEL
6 VILA CHRISTIANIA
PAREDES CURVAS SUGEREM PERCURSO, NÃO DELIMITAM ESPAÇOS RÍGIDOS
1º pavimento
2º pavimento
ESCADA DE MARINHEIRO
3º pavimento
Corte BB
Corte AA
7
RESIDÊNCIA ESTUDANTIL TRAVESSIAS Como valorizar o espaço público a ponto de atrair pessoas e habitar vazios? Como resgatar a rua como local de convivência, rico em usos e apropriações diversas? O que simboliza este espaço da RUA em um projeto? O desejo por retomar e reocupar esse lugar público e torná-lo vivo a partir de novos usos e usos potenciais já existentes no entorno é uma forte diretriz deste projeto. Por isso escolheu-se o termo RUA como próprio conceito inicial; como forma de ir contra à tendência das últimas décadas da desvalorização da rua, do medo, da hostilidade ao lugar público, que trazem consigo o esvaziamento desta e a perda de status de local de convivência, tornando-a mera passagem. Mas o que mais a RUA pode simbolizar, para além de uma relação com o espaço público propriamente dito? O conceito da RUA pode se desmembrar em diferentes vieses, desde a escala macro até uma escala reduzida; do âmbito concreto ao abstrato; das relações interpessoais às sensações que a própria espacialidade criam; da permeabilidade espacial, física, à permeabilidade visual; do percurso que sugere às descobertas que possibilita.
PROJETO DE ARQUITETURA II Orientadores: Wagner Rufino, Marcelo Fiorotti, Reila Velasco, Sylvia Rola, Luiz Alberto Pereira 2014 / 1
LGO DO MACHADO
ABRANTES RUA MARQUES DE
PÇ SÃO SALVADOR
O objetivo geral para a área de espaços livres do terreno se basea no desejo de dar vida aos espaços públicos através do seu máximo uso e apropriação e, a partir disso, gerar uma sensação maior de acolhimento e segurança naqueles espaços. Busca-se uma conexão entre os ambientes de modo a sugerir um percuso em direção ao miolo da quadra, ambiente escolhido como genius locci da área. O edifício busca - tanto através de sua materialidade quanto com seu térreo livre, de uso público e com comércio ou com seus rasgos que conectam visualmente os ambientes - estimular o contato com a rua, indo contra a tendência atual de negá-la. 10 RESIDÊNCIA ESTUDANTIL TRAVESSIAS
A
RU
N
U
ND
SA
S PAI
B
B
a
a
A
A
A
B
B
DEP.
B
B
B
B
B
PORTARIA
FOYER
CAFÉ
CAFÉ
C
C
A
C
C C
AUDITÓRIO
B
B
A
LIVRARIA LAVAND.
A
A
FUNC.
CALDEIRA
subsolo
a
a
C
TÉRREO
A
C
11
B
B
a
A
a
A
A
B
B B
B
C
B
B
B
C C
A
C C
B
A
A
B
A
BIBLIOTECA
1ยบ pavimento
A
C
12 RESIDร NCIA ESTUDANTIL TRAVESSIAS
a
a
C
2ยบ pavimento
B
B
a
a
A
A
A
B
B B
B
C
B
B
B
C C
A
C C
B
HORTA
A
COZINHA COLETIVA A
A
B
COZINHA COLETIVA a
a
C
cobertura
3ยบ pavimento
A
C
corte aa
corte bb
13
14 RESIDÊNCIA ESTUDANTIL TRAVESSIAS
vidro tela
detalhe corte cobertura
GRAMA CHAPIM DE CONCRETO
TERRA SUBSTRATO
PINGADEIRA AFASTADOR DE ALUMÍNIO
TRILHO
MANTA IMPERMEABILIZANTE
BRITA
PAINÉIS DE ALUMÍNIO MOVIMENTO HORIZONTAL
CALHA IMPERMEABILIZADA VENEZIANA TRILHO CARRINHO
ESQUADRIA DE ALUMÍNIO VIDRO
detalhe corte fachada
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BIBLIOTECA PARQUE MANGUEIRA O projeto localiza-se no bairro do Maracanã, em um terreno de mais de 58 mil m². Trata-se de uma parte de cidade com grande contingente habitacional - vindo principalmente da favela da Mangueira e dos conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida - mas que demanda fortemente por “cidade”, vida de rua, comércio e serviços, visto que é separada pela linha de trem e metrô e pela Avenida Radial Oeste da parte do bairro onde se encontram mais concentrados tais equipamentos. O projeto, portanto, tem dois focos: um em escala macro, que tem como objetivo criar neste grande terreno uma parte de cidade, ou seja, um pequeno projeto urbano; e um numa escala mais aproximada, onde criamos uma biblioteca / centro cultural em uma dessas quadras.
PROJETO DE ARQUITETURA III Orientador: Gabriel Schvarsberg 2014 / 2 Coautoria: Ricardo Kranen Carolina Mendonça
MANGUEIRA QUINTA DA BOA VISTA ESCOLAS PÚBLICAS
MCMV
UERJ CEFET
MARACANÃ
N
No projeto urbano foi levado fortemente em consideração o entorno imediato do terreno e tentou-se fazer uma leitura de como ele influenciava nas escolhas projetuais a partir de seus problemas e potenciais, além de buscar perceber quais seriam as demandas daquela área. As quadras, vias, desenho dos lotes e seus limites de gabarito foram todos pensados de modo a criar um ambiente caminhável, confortável para o pedestre e rico de usos diversos que suprissem tais demandas, indo desde equipamentos essenciais básicos como comércio, habitação, posto de saúde, creche, centro comunitário, residência estudantil, hospital, até equipamentos culturais - também essenciais! - como cinema, teatro, lona cultural, biblioteca, quadras e espaços livres para apropriação. A biblioteca, inserida numa dessas quadras, segue a escala humana, valorizando a experiência do pedestre e sua apropriação do espaço. É entremeada por espaços livres abertos onde podem ser realizados diversos tipos de atividades.
USO MISTO
biblioteca
comércio e habitação
serviços posto de saúde creche centro comunitário
residência estudantil
comércio
cinema / teatro
UNIVERSIDADE
hospital lona cultural
18 BIBLIOTECA PARQUE MANGUEIRA
C
B A
a
MULTIUSO B A
EXPO RECEP ACERVO
B
REST
INFANTIL
a
B
AUDIT C
C
TÉRREO
ESTUDO INDIVIDUAL
ACERVO
MULTIUSO
INFANTIL
C
C
B
ACERVO
B
ESTAR
corte aa
19
B
B
ACERVO
A
MULTIUSO
ESTAR
ACERVO
B SEBO ESTUDO INDIVID
MULTIUSO
a
B
C
C
2º pavimento
ESTUDO INDIVIDUAL
ADMINISTRAÇÃO
INFANTIL
COPA / ESTAR FUNCIONARIOS
DEPÓSITO
C
C
B
20 BIBLIOTECA PARQUE MANGUEIRA
DIREÇÃO
corte bb B
A
C
A
a
MULTIUSO
CABINE DE PROJEÇÃO
PALCO
AUDITÓRIO
corte cc
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ESPAÇO COLETIVO NA INDIANA A Favela da Indiana se localiza na Usina, Rio de Janeiro, e é ameaçada de remoção desde 2011 pela prefeitura do Rio de Janeiro. Algumas casas da comunidade, porém, já foram demolidas e acabam se tornando espaços residuais, acumulando lixo e representando locais insalubres e indesejados pelos moradores. A área de intervenção do projeto é um destes ambientes e, tendo em vista a rápida dinâmica de ocupação de espaços livres notada em favelas - tendendo a suprimir os espaços públicos em detrimento dos privados -, pensou-se em criar um espaço livre e coletivo. Se opta, nessa área, por manter e realçar a memória do local; o fato de ser sido uma casa demolida. Para isso, se utiliza de elementos já existentes no terreno, como revestimentos de piso e parede. A disciplina surge através do contato já existente entre o Abricó - escritório modelo da FAU UFRJ - e seus orientadores e os moradores da Indiana.
TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO CONSTRUÍDO
Orientadoras: Maria Paula Albernaz e Juliana Canedo 2014 / 2 Coautoras: Maria Rubia Grillo e Stefany Silva
BOREL INDIANA
N
revestimento banheiro
apropriação do espaço com varais de roupa
escada
24 ESPAÇO COLETIVO NA INDIANA
MEMÓRIA DO LUGAR LIVRE APROPRIAÇÃO MATERIAIS DE FÁCIL ACESSO
PLANTA
corte transversal
corte transversal
corte longitudinal
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BAR E RESTAURANTE VIELA Situado no bairro da Lapa, o imóvel se caracteriza por ser um sobrado preservado, resultado da união de dois lotes, e que possui, ao fundo, um albergue que o utiliza como servidão. Utilizou-se, portanto, dessa característica como primeira diretriz de projeto para a proposta. A intenção projetual foi criar uma nova espacialidade a partir da solução de ocupar apenas um do lotes com as áreas necessárias para o programa - cozinha, serviço, banheiros enquanto o outro se torna uma praça, servindo, também, de servidão para o albergue. Busca-se, assim, levar um pouco da ambiência urbana para dentro do edifício com o intuito de valorizar a importância da ocupação, uso e movimento das ruas, já fortemente presente no bairro. Pretende-se integrar rua e bar, praça e rua, salão e praça, etc. A definição entre dentro e fora se atenua, fazendo com que os usuários possam se utilizar do espaço com liberdade de circulação, descomprometidos a se manterem no local.
PROJETO DE INTERIORES Orientadora: Marina Lage 2015 / 2 Coautor:Edson de Lima
VESTIÁRIO E ARMÁRIOS
ADMINISTRAÇÃO
PASSARELA BANHEIROS
SACADA
BAR SALÃO
VARANDA
ACESSO ALBERGUE DECK BANHEIROS MESAS BAR BALCÃO PARA RUA
COZINHA DEPÓSITO LAVABO FUNC. DTL
28 BAR E RESTAURANTE VIELA
A
A
VEST
DEP.
B
BAR
PASSARELA
COZINHA
B
ADM
B
B
BAR
SALÃO
A
A
TÉRREO
2º pavimento
3º pavimento
N
PORTA DE ENROLAR EMBOÇO COM PINTURA GRAFITE FOSCO
FORRO DE GESSO PINTURA GRAFITE FOSCO
BANCADA DE MADEIRA MASSARANDUBA
BANCADA DE MÁRMORE
FITA DE LED
NERO MARQUINA
DECK DE MADEIRA IPÊ RÉGUAS DE 10 cm
ESTRUTURA DE MADEIRA IPÊ 6 x 6 cm
PAREDE DE ALVENARIA
DETALHE DECK
PAREDE DE TIJOLOS ORIGINAL DO EDIFÍCIO
APOIO PARA PÉS
GRELHA REMOVÍVEL
AÇO d=4 cm
DETALHE BAR
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corte aa
30 BAR E RESTAURANTE VIELA
corte bb
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EXTENSÃO Para além do ciclo oficial de disciplinas de projeto, prática ou teoria da FAU - muitas vezes deficiente em vários pontos, deixando muitas lacunas para os que têm interesses em pensar e debater a cidade mais profundamente, por exemplo -, sempre busquei me envolver em atividades que trouxessem diferentes experiências de cidade que me acrescentassem e gerassem um maior acúmulo sobre o debate. A prática da extensão se mostrou cada vez mais importante na minha formação, tendo em vista que me botou em contato direto com questões como a luta por moradia, as remoções, a violação de direitos, políticas públicas de habitação, política de poderes paralelos, a prática do mutirão, a construção efetiva, as diferenças entre projeto e prática, o processo participativo, as dificuldades de sua implementação, etc etc etc. A ligação entre academia e sociedade (e cidade!) se mostra estritamente necessária em nosso curso; a troca é extremamente rica.
INDIANA A favela da Indiana, inserida hoje no Complexo do Borel, na Grande Tijuca, começou sua ocupação no ano de 1957 e sofre ameaça de remoção desde 2011. Em 2013, a comissão de moradores junto à defensoria pública conseguiu uma liminar para interromper as demolições. O contato com o Abricó surgiu no início de 2014, através do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Estado no momento de cadastramento das casas da comunidade junto ao ITERJ com o objetivo final da regularização fundiária da área. A partir daí, o Abricó se juntou à luta pela permanência da comunidade e por melhores condições de infraestrutura e habitabilidade no local. Como forma de aproximação foram realizadas diversas atividades na comunidade, desde oficinas, debates, reuniões, cinema na rua, etc. O objetivo no momento é desenvolver, junto aos moradores, um plano popular de urbanização que pense soluções para a infraestrutura, repense os novos espaços vazios - resultantes do início das demolições - e sirva como um todo para reafirmar a presença daqueles moradores na Indiana, sua condição de permenecer ali sem riscos e garantir seus direitos à cidade e à moradia.
2014. 1
36 INDIANA 2014.2 2015.1 2015. 2
GREVE
SEMINIÁRIO
DIA D AS CRIANÇAS
AUDIÊNCI A
ENEA
CONEA
CINEMA
PROCESSO ELEITORAL
VA LD ARIOSA
AUDIÊNCI A
DISCIPLINA ELETI VA
CIPÓ
CAD ASTRAMENTO ITERJ
ASSEMBLÉIA
INDIANA + ABRICÓ
linha do tempo das atividades
PROJETO DE URBANIZAÇÃO
DISCIPLINA
Dia do encerramento da disciplina eletiva Transformações do espaço construído, contando com apresentação dos trabalhos dos alunos aos moradores na praça de entrada da comunidade. Dez / 2014.
Finalização da disciplina “Transformação do espaço construído”, proposta pelo Abricó para dar sequência ao trabalho iniciado em Indiana e ministrada pelas professoras Juliana Canedo e Maria Paula Albernaz.
Reunião da comissão e associação de moradores da Indiana com integrantes do Abricó para definir atividades para o dia das crianças, em 2015. No dia, além de oficinas, foi realizada uma atividade de reconhecimento e entendimento do local pelos moradores através da linguagem da maquete.
Primeira reunião e atividade com moradores para dar início ao processo de projeto do Plano Popular de Urbanização. Fev / 2016.
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MAIS VALDARIOSA O Mais Valdariosa é um projeto-piloto financiado pela Caixa Econômica com o intuito de estimular a criação de pertencimento, identidade, integração, empoderamento e desenvolvimento cultural dentro dos condomínios do Minha Casa Minha Vida no bairro de Valdariosa, em Queimados, visto que os seis mil novos moradores com renda de até 3 salários mínimos que ali chegaram não passaram por qualquer integração de bairro ou com o próprio sistema de condomínio e infraestrutura regularizada. O projeto possui sete frentes, passando por empoderamento da mulher, cinema, artesanato, palhaços, grafite, gestão condominial e espaços coletivos. O Abricó foi convidado pelo Basurama - juntando-se também ao Instituto Ambiente em Movimento e formando o Coletivo Verde Arte - para fazer parte da frente dos espaços coletivos nos condomínios. Foram realizadas diversas oficinas para criação de mobiliários urbanos e brinquedos através do uso de materiais reutilizados buscados no entorno, como pneus e pallets. O intuito era que os moradores se apropriassem da técnica e, diante da facilidade de acesso ao material, reproduzissem e continuassem a atuar e transformar seus espaços livres (extremamente pobres nos projetos de condomínio do Minha Casa Minha Vida).
N
CONDOMÍNIO A
CONDOMÍNIO B
CONDOMÍNIO C
40 MAIS VALDARIOSA
PRIMEIRO MOMENTO
///CONSTRUÇÃO COLETIVA /// PROCESSO /// CONDOMÍNIO B TEMPO DE TRABALHO: SEMANAS COLETIVA /// PROCESSO /// CONDO CONDOMÍNIO C APROXIMADAMENTE CINCO///CONSTRUÇÃO TEMPO DE TRABALHO: APROXIMADAMENTE CINCO SEMANAS
SEGUNDO MOMENTO
///CONSTRUÇÃO COLETIVA /// PROCESSO /// CONDOMÍNIO A B APROXIMADAMENTE ///CONSTRUÇÃO COLETIVA /// PROCESSO /// CONDOM TEMPO DE TRABALHO: SETE SEMANAS
CONDOMÍNIO
TEMPO DE TRABALHO: APROXIMADAMENTE SETE SEMANAS
TERCEIRO MOMENTO CONDOMÍNIO
A
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PRAÇA VERDE NO ALEMÃO O projeto da praça no Morro do Alemão surge a partir da disciplina de Projeto de Urbanização Alternativa, ministrada por Pablo Benetti e Solange Carvalho - e em contato com o instituto local Raízes em Movimento - no primeiro semestre de 2015. A disciplina se propunha inicialmente a um projeto urbano na área de intervenção do PAC, de modo a criar soluções para os vazios e falhas percebidos na implementação do programa federal. A decisão de greve estudantil, porém, alterou os rumos da disciplina e os alunos propuseram que se aceitasse a proposta anterior de um dos moradores e integrantes do Raízes em Movimento de realizar um mutirão para construção de uma praça em um desses terrenos residuais resultantes das obras do PAC. A decisão por essa construção se mostrava no momento extremamente importante, visto que os terrenos vazios começavam a ser rápidamente ocupados por residências, seguindo a lógica da rápida dinâmica de ocupação vista em favelas, tendendo a suprimir os espaços públicos em detrimento dos privados. Começou-se assim o processo de criação coletiva e participativa do projeto, que culminou nos muitos dias de mutirão para que fosse concretizado - depois de tantas alterações e imprevistos! - o projeto da praça.
complexo do alemão
N
Área
de intervenção do pac no morro do alemão, uma das favelas que compõe o complexo. O terreno da praça se localiza na via priincipal do morro.
44 PRAÇA VERDE NO ALEMÃO
antes e depois do mutirão
praça sendo ocupada
praça alguns meses após o mutirão, tendo sido apropriada e cuidada por moradores.
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POSFÁCIO
Adoro mapas: sinto um encantamento pela cidade; e pela cidade vista de cima. Suas cores, suas formas, transições, rupturas de traçado, sobreposições de tecido, sua história, seus planos, seus esquecidos. Há alguns anos que venho tendo uma relação de curiosidade e extremo interesse em mapas e em conhecer cidades através deles. Essa brincadeira na capa, de colagem de diversos lugares resultando em um mapa-fantástico-de-lugar-nenhum-e-todo, passa um pouquinho do que sou eu e quais são alguns de meus interesses. A raiz nordestina, Recife, suas danças e culturas tradicionais, seu cinema contemporâneo; o Rio, a favela, a praia, suas contradições; a música do Mali; a identificação com Barcelona e interesse por sua história, seus traçados; a cidade medieval, suas vias tortuosas, pedindo que nos perdamos; o encantamento pela cidade onde rios são ruas, que parece vinda de uma história do realismo mágico; a terra e o pé descalço no chão da Chapada dos Veadeiros; a América Latina, seus mistérios, suas civilizações antigas, suas lutas. G,AJDFG
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amorimfreitas.ana@gmail.com