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PARQUE TECNOLÓGICO AGRÍCOLA DO BURAQUINHO
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CONTEXTO: LOCALIZAÇÃO E PRIMEIRAS PERCEPÇÕES DIAGNÓSTICO
A partir da reflexão de como seria uma contraposição das relações de agropecuarismo e preservação ao se inserir um Parque tecnológico na zona de amortecimento da Mata do Buraquinho, procurou-se entender o contexto atual da região, e como são suas relações com o entorno. Devido à ausência de grandes equipamentos, os bairros Cristo Redentor e Varjão foram agraciados com o maior investimento em sua infraestrutura. Ao fazer o deslocamento do Assentamento Informal São Geraldo, a área de transição entre o bairro e a mata ficou disponível para a inserção de equipamentos que sensibilizassem essa interação. Por isso, foi escolhido um terreno na rua Sâo Geraldo, com 3 100 m², onde o desenho pudesse ser livre para a existência de um empraçamento e fluidez. Ao perceber forte pontos educacionais no entorno, como o IFPB, a UFPB e o Unipê, foi necessário sensibilizar a atenção desses equipamentos ao outro lado da Mata, transformando, assim, o triângulo educacional polarizado em um quadrilátero, dando apoio tanto aos moradores do bairro, quanto às praças e escolas do setor.
Ao entender a realidade do produtor local, num contexto de Paraíba, onde as chuvas não são regulares e o tempo é quente, em alguns lugares do estado, seco, em outros, úmido, se faz necessário entender como esses agricultores produzem. Ao longo da história paraibana, homens e mulheres observaram, experimentaram e testaram - naturalmente -, um mosaico de sementes característica da região. Essas, por sua vez, são plantadas de acordo com o seu regime de chuvas, sendo estocadas para produção ao longo do ano. Aqui, tais sementes são chamadas de Sementes da Paixão, por preservar a paixão que milhares de famílias preservam e guardam a tradição ao longo dos anos.
Essas famílias se organizam e criam Bancos de Sementes Comunitário, de acordo com a Lei n°7 297/2002, do Programa Estadual de Banco de Sementes Comunitárias, que agracia 240 bancos, 8 000 famílias de 63 municípios. Todavia, armazenar essas 16 espécies de sementes, com 45 diferentes variedades, em condição de plantio não é uma tarefa fácil. Entendo-se as dificuldades da vida do agricultor paraibano, as épocas de estiagem, a dificuldade armazenar sementes, o orçamento curto e a falta de investimento tecnológico, esse ensio propõe um Parque Urbano, onde todas as atividades são voltadas à esse personagem tão importante da nossa cultura e vida.
PROPOSTA E PROBLEMÁTICA
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Candice Alinovich, Surrealism, Genius Loci, + Agriculture, Behance. Procurando amenizar os impactos da agropecuarismo na preservação ambiental, propõe-se, de forma simbólica, o estabelecimento de uma relação que antes de pensar no produto final, compreenda as dinâmicas entre o produtor, a terra e o que foi produzido, tentando fortalecer as relações do entorno com a mata, não numa visão como santuário, mas como um elemento natural que faz parte do cotidiano e deve ser cuidado. Tendo em vista as repercursões e perfil do morador, foi feita uma análise de como desburocratizar o acesso ao novo equipamento, de uma ma-
neira em que a produção tecnológica voltada para a agricultura e a disposição do conhecimento fossem democráticas, criando-se um espaço onde todos os usuários têm voz. Portanto, o Parque Tecnológico Agrícola do Buraquinho, parte da premissa dos seguintes usuários: - pequenos agricultores - estudantes e professores universitários - alunos das escolas do entorno - professores primários - moradores
- empresas de investimento É assim que se pretende desenvolver uma economia criativa, ativ ando o espaço e permitindo uma relação amigável entre essas camadas muitas vezes extratificadas, num lugar onde todas as vozes têm a mesma vez . A partir disso, foi gerado um programa de necessidades que detivesse e abrigasse as atividades de maneira integrada, como a produção tecnológica, o teste, as oficinas infantis, o investimento empresarial, a pesquisa acadêmica, a prática agrícola, tendo em vista a colaboração entre os setores.
Na vertente de subverter, procura-se dar o suporte necessário à esse usuários, muitas vezes em condições de sem terra, dando assim espaço para o aprimoramento da produção, permanência e estudo das crianças, dando subsídios necessários para o estabelecimento de uma base familiar. Através da investigação de problemas, surgiram indagações que esse ensaio pretende responder:
- Como essa democracia vai se estabelecer naturalmente? - Como integrar pessoas das comunidades aos setores das empresas? - Como tornar sutil a integração do edifício à mata e à comunidade? - Como torná-lo eficiente energeticamente apriando-se do clima local? - Como tornar o edifício interessante à lon-
go prazo? Para tal estudo, foi feita uma “Semana Típica”, que simula o uso da edificação e quais atividades aconteceriam nela rotineiramente. A partir disso, foi criado um programa de necesssidades que pudesse responder às demandas do edifício.
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PARTIDO ARQUITETÔNICO PROPOSTA, ANÁLISE E SÍNTESE
Procurou-se, portanto, obter um partido que pudesse aglutinar as Forças e Oportunidades dos testes anteriores, eliminando suas fraquezas e ameaças. A partir desta apropriação, que tem como premissa a diluição do edifício no desenho, procura-se trabalhar uma continuidade visual que priorize a escala do observador. É colocado como ponto de partida a integração com a mata, e portanto apropria-se de características dela para o projeto, não esquecendo do bairro de entorno. Foram elencados, portanto: O que chama atenção na mata? - a densidade; - a luz entre as copas; - os cheios e vazios; - a cor da luz do sol; O que chama atenção no bairro de entorno? - o gabarito baixinho; - o cinza das calçadas; - a cerâmica das telhas; - o estreitamento dos lotes; E a partir destas foram tomadas as discussões de materiabillidade e diluição no entorno.
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Foi feita uma matriz de relações a partir do programa de necessidades, de como esses espaços gerados se adensariam e se locariam, quais seriam as relações entre eles, para a partir disso, locar os
ambientes pelo terreno. Além da edificação, foi proposto um traçado de desenho urbano em que se pudesse trazer a horta para testes e uma pequena feira livre para dar a ambiência necessária ao edifício, re-
lacionando assim, a grande conexão com a mata que foi premissa do trabalho com uma grande conexão entre os ambientes e as atividades.
Ateliê
Durante a setorização do espaço e a partir do produto obtido, procurou-se estabelecer a democracia das relações de uma forma em que todos estes estivessem com a mesma prioridade. Dado isto, o edifício foi disposto de uma maneira em que fosse possível que todas as salas tivessem prioridade na fachada, eliminando a possibilidade de espaços confinados, de uma maneira que até a própria disposição dos ambientes tivessem como princípio a identidade do espaço tátil, tendo sempre a mata como parte ou como plano de fundo, discutindo os níveis de acesso e a permebilidade visual a partir de passos topológicos. Existem vazios entre salas e ambientes, permitindo assim, um contato mais direto o observador com a mata, aliando as áreas verdes e áreas de grande conexão, como se pode ver nas praças internas - pátio e espaço flexível -.
Ateliê
Lanchonete Laboratório
Serviço
Laboratório Escritório
WC
Circulação Vertical WC
Escritório
Escritório
Sementes e Equipamentos
LINGUAGEM ARQUITETÔNICA
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Para a construção da linguagem arquitetônica do edifício, buscou-se inspiração em obras contemporâneas e modernistas que investissem na permeabilidade visual, aparência dos materiais e valorização da estrutura.
Procurou-se observar as relações entre aberturas modulares e jogo de materiais, que como foi falado em Partido Arquitetônico, trouxessem aspectos que pudessem ser diluídos no contexto inserido, por mais que sejam diferentes dos usuais. Tendo como inspiração a Pixel Facade (imagem acima), do
Desafio de Design de 2018, procurou-se integrar as aberturas com o amor à natureza. As demais inpirações foram a Casa Tropical no Vietnã, do Studio Happ;
a Tetris Extension, da Crosshatch, em Melborne; a FAU USP, do VIllanova Artigas e Carlos Cascaldi; e, por último, a Escola Canauanã, do Rosenbaum + Aleph
Zero - em ordem -. Foram entendidas e apropriadas as relações de materialidade e espaço, além da presença da estrutura aparente.
A presença de uma grande coberta inclinada por uma estrutura aparente é um fator característico na aparência da edificação, logo após o jogo de aberturas.
CIDADE E CLIMA
Setorizada num clima Tropical de Monção, com umidade 78%, a Mata do Buraquinho serve como barreira natural de insolação. O edifício é voltado para oeste, e por isso foi necessário um cuidado ao ele-
borar suas aberturas, além de utilizar uma coberta prolongada, contudo, grande parte dos ambientes está previlegiado por estar na parte adensada vizinha à mata. Para ter o cuidado com a formação das aber-
O módulo do preenchimento [abertura] é de 3 x 3m
Regras Funcionais de Interação
1. Regra em que entre salas a vedação é total; 2. Regra em que entre ambientes de forte interação existe abertura com possibilidade de passagem e/ou contemplação; 3. Regra em que entre ambientes de interação intermediária a abertura possibilita contemplação ou passagem, mas nunca ambos; 4. Regra em que entre ambientes de interação fraca a abertura possibilita apenas ventilação; 5. Regra que em caso de interação inexistente as únicas aberturas são janelas;
turas, partiu-se do pressuposto de que todo o edifício era aberto, e assim, decidir como e o que fechar. Para a tomada dessas decisões, utilizou-se a técnica da Gramática da Forma.
Regras Formais de Insolação 1. Regra em que onde há barreiras fora do edifício (ex. mata) há possibilidade de abertura total; 2. Regra em que onde a insolação é forte existe o fechamento com possibilidade de abertura; 3. Regra em que a insolação é em algumas horas do dia a abertura deve ser flexível; 4. Regra em que a insolação é fraca existe a abertura com possibilidade de fechamento; O módulo está entre a viga metálica e o piso de concreto, fazendo o encaixe conforte necessário. Segue, abaixo, o estudo entre as relações de embiente e fachadas.
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A partir deste ensaio, as aberturas foram locadas, dando permeabilidade e passagem onde necessário, e vedando principalmente os espaços onde se era necessário devido ao uso técnico. O estudo de insolação e formal foram os carros-chefe da formação dessas fachadas. Procurou-se trabalhar os conceitos de
cheios e vazios através de detalhes dos brises e esquadrias, jardins verticais, tijolos vazados. O uso do vidro tenta ser o menos impactante possível, não quebrando, assim, a leitura do esquema de aberturas de uma maneira funcional e fluida. O contato com o exterior é o ponto principal que se fez considerar ao desenhar o edifício, uma vez
que são essas relações de legibilidade que darão ao observador as sensações de pertencimento ou exclusão. Por isso, não se usa muros e o edifício é todo aberto - exceto quando sem funcionamento -, subvertendo, desta vez as medidas de cautela da cidade, uma vez em que acredita-se que o maior promovedor de segurança é a permanência.
A relação com o entorno é um dos pontos primordiais para as relações das aberturas, uma vez que é esse contexto que permite e proporciona a efetividade do edifício ou não.
Para a formação do espaço democrático tão desejada, procurou-se estabelecer relações formais e materiais que conseguissem ligar o edifício às casas de sua rua, mesmo que usando materiais e
linguagens diferentes, mas numa formação característica.
O EDIFÍCIO
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Tijolo BTC
Treliça Espacial
Laje Nervura de Concreto Holedeck e=35 Viga Metálica 50 x 30 Tirante de Aço
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Montante para Inclinação
Forro Metálico
Brise Vertical Ripado de Madeira
Piso Elevado em Concreto Barrotes de Sustentação para Piso Elevado Viga Metálica 50 x 30 Tirante de Aço Forro Metálico
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Brise Vertical Ripado de Madeira
Piso em Concreto Celular
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Cinta de Amarração
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1 Forra Metálica Pivô de meio giro Ferragem Longitudinal
Zoom 3x
Pivô de meio giro Forra Metálica
Cabo de Ferro e=.08m Canaleta de Concreto 14x19x29 Bloco em pedra argamassada traço 1/4 Ferragem 40 cm de profundidade
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A materialidade estrutural do edifício é o viés primordial da sua estética. Para citar, o estrutura do edifício é metálica em elementos I, com o uso de uma laje nervurada Holedeck, permitindo a passagem de canos e cabos. A vedação é feita de por tijolos de Terra Comprimida, sua coberta é metálica a partir de telhas termoacústicas com EPS, coberta com ACM, para dar uma estética e leitura mais limpa, sustentada por treliças espaciais metálicas. As aberturas e portas são em madeira ou vidro, sendo madeira a grande maioria. O tijolo de Terra Comprimida foi escolhido devido ao conforto promovido, uma vez que ajuda a regular a temperatura interna, além de ser de fácil montagem e reduzir os resíduos da obra. A fundação foi feita a partir de uma cinta de amarração recuada que permitisse a elevação do piso e sapatas de 40x60. Na coberta, optou-se pelo uso de treliças espaciais devido à sua estética esbelta e discreta, permitindo a inclinação desejada. As facilidades da laje hole deck, permitiram uma lógica mais simples para os sistemas prediais. Optou-se pelo uso de estrutura metálica devido a sua estética, facilidade de mudança de cor e resistência e esbeltez.
Painel Fotovoltaico 990 mm x 670 mm x 35 mm Telhas Termoacústicas Trapezoidais Sanduíche Revestimento em ACM
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Banheiros Ateliê Administração
Ateliê
Espaço Flexível
Estocagem de sementes, equipamentos e área de serviço
Lanchonete
Almoxarifado Banheiros
Laboratório
Escritório Pátio
Laboratório Área de Compostagem e serviços
Escritório
Playground Feira Livre Horta
Horta
Horta
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SISTEMAS PREDIAIS
Esquema 1
SISTEMA HIDRÁULICO O Sistema hidráulico é dividido em suas partes: captaçao e armazenamento; distribuição. A água pluvial é captada por calhas d água-furtanada em aço galvanizado sob a medida, que vão para as cisternas, das cisternas, essa água é utilizada para rega das hortas e de todo o jardim. A caixa d’água é de fibra de vidro enterrada no subsolo, uma vez que se optou por não utilizar caixa d’água na coberta que interferisse na linguagem arquitetônica. A água é distribuída por dutos através de uma bomba. Foi dimensionada de acordo com a norma do corpo de bombeiros, com os 20% para combate a incêndio, de 6600l.
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Esquema 2
REDE DE ESGOSTOS A água negra é transportada para caixas de inspeção e a seguir para fossas sumidouro, sendo transportadas à rede pública. REDE ELÉTRICA Assim como o medidor de água, o medidor de energia se encontra na área externa do edifício. Placas fotovoltaicas ARMTEC, com células solares de silicone multicristalino 990x670x32mm 100 WT são instaladas na coberta, próximo aos postes - vide esquema 1 -. A fiação é distribuída pelo piso elevado por eletrocalhas de 10 cm de altura. O quadro de desjuntores se encontra na área de serviços não chaveada.
REDE LÓGICA Assim como a rede elétrica, a fiação da rede lógica também é distribuida através do piso elevado. O switch de 96 pontos se encontra no almoxarifado. A rede wifi é aberta em todo edifício. REDE DE RESFRIAMENTO O resfriamento é divido em duas partes: câmara fria - vide esquema 2 - e ar condicionados. As condensadoras estão locadas na área de serviço externa, foram estipuladas que seriam necessárias exaustoras de 24 mim BTUs/70 m², no sistema VRF miltisplit. A distribuição seria horizontal por um shaft exclusivo que se distribuísse para ambos os pavimentos.
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Sendo a área central de circulação, o pátio interno abriga um pequeno jardim, além de ter rasgos próximas as vedações do ambientes que matém essa relação com a mata e o descolamento do chão que ocorre na área externa. Para a acessibilidade, conta com uma plantaforma elevatória ao lado da escada, que por sua vez, foi dimensionada de acordo a NBR 9070. Possui um mezanino que permite a visibilidade do patamar superior, seus materiais e o trânsito de pessoas.
A recepção também se encontra neste pátio, entando solta e mais utilizada para consulta dos visitantes e usuário. Percebe-se que os mateiriais construtivos são primordiais na concepção espacial, uma vez que ele consegue delimitar a escala do usuário e tornar a sua linearidade cada vez mais aparente. As divisórias em vidro permitem a visibilidade dos ambientes internos, onde não há necessidade de privacidade, promovendo uma integração e diálogo entre os ambientes.
Onde se precisa de maior privacidade, existe, a divisória é feita a partir de ripas de madeira, em que a abertura se dá por uma esquadria de vidro de correr. No jardim, foi pensado o uso de espécies de meia sombra que precise de pouca irrigação. Segue abaixo o corte transversal que mostra as relações entre os pavimentos:
REPERCUSSÕES ESPACIAIS
Uma das explorações mais importantes do edifício, é como ele comporta as atividades de serviço, e como os usuários conseguem manobrar os equipamentos de apoio. Dado isto, a transição entre o prédio e mata é destinada à essa passagem da horta para a câmara de sementes e estocagem de equipa-
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mentos, de uma maneira que essa atividade seja diluída da mesma maneira que o edifício, uma vez que o fluxo de infraestrutura é grande, mas não é fixo. Mais uma vez, o elemento de de diluição é apropriar-se de vegetação trepadeira e da cor das telhas cerâmicas. do bairro. O acesso ao chão é feito a partir de patamares grandes que descem aos poucos, facilitando a
manobra. Dentro deste ensaio, um dos ponto mais importante é a estocagem das sementes da paixão na câmara fria permitindo um estática no desenvolvimento da semente, fazendo assim, com que durem muito mais e seja reduzido o prejuízo em períodos de estiagem.
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Tendo como um dos principais elementos da diluição visual, o toque do edifício ao chão, foram inseridas herbáceas abaixo da viga recuada, dando a impressão de que o edifício está suspenso. Além da horta, a feira livra é um dos eventos mais importantes que acontecem na edificação, uma vez que promove o diálogo entre os produtores, estimula o comércio e a visitação que não seja necessariamente institucional. Incentiva a produção local, trabalhando no edifício o seu viés social, além do urbano, ambiental e tecnológico.
Por mais que se busque a diluição do edifício no ambiente, a legibilidade das entradas se dá através de uma pausa do ritmo das aberturas, seja utilizando a união de módulos, tornando a abertura maior, seja formando um vazio na fachada, e até mesmo pelos acessos: - escadaria na fachada oeste - rampas nas fachadas norte e sul - patamares na fachada leste A laje que perpassa o centro do edifício mas não chega até o fim da coberta, permite que usuário perceba aos poucos a sua chegada e a que nível está
entrando no edififício. A cerca viva foi utilizada em pontos onde não se era desejável a interação direta - serviços -, mas ainda assim manter a linguagem de um grande jardim externo conectado à mata. Só se percebe a presença dos serviços ao se aproximar. Uma outra preocupação do edifício com a eficiência energética é em relação ao lixo. Portanto, nos fundo, existem composteiras orgânicas que servem para o adubo da horta, e próximo à parada de ônibus, existe um ponto para descarte de pilhas e aerossol.
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Figura acima: Vistas da lanchonete. Figura ao lado: Espaço entre a fachada e a administração.
No pavimento 1, estão localizadas os ateliês, a lanchonete e administração. A lanchonete está livre ao longo do pavimento, e as salas são integradas a ele visualmente. Sua ala de acesso se transforma num mezanino que permite a visibilidade do jardim inferior. Desta vez, a laje nervurada fica aparente fortalecendo a característica estrutural da edificação. Seu pátio é protegido por brises horizontais basculan-
tes que premitem a ventilação, mas também é capaz de proteger da insolançao nos momentos em que o sol estiver paralelo a fachada. Também foram utilizados por permitirem o acesso visual, mas não darem enfoque às cobertas da casa. O vão pode ser acessado tanto pela escada quanto pela plataforma elevatória. Ao redor do guarda corpo, existe a presença de plantas de meia sombra, fortalecendo a presença
de vegetação ao longo do edifício, que por sua vez, tem vista previlegiada ao jardim, tanto nas salas principalmente as administrativas -, quanto nas varandas dos assentos das lanchonetes.
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Experimento de robótica no laboratório. Incentivo de extensões universitárias à produção de tecnologias. Intercâmbio entre trabalhadores rurais, crianças de nível básico, acadêmicos, todos juntos pela motivação de investir numa agricultura familiar sustentável.
Figura ao lado: Passagem do laboratório para a horta.. Figura abaixo: criança e idoso no ateliê criativo. Enfoque à permeabilidade visual tanto externo - interna, quanto entre os demais ambientes.
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Imagem ao lado: sala do chefe do escrit처rio. Destaque para a divis처ria de madeira com porta de correr de vidro.
Imagem ao lado: sala comundo escrit처rio. Imagem abaixo: sala de reuni천es. Destaque para a permeabilidade das esquadrias.