Magia da Escrita

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Associação de Estudantes

EDITORIAL Muito se tem dito e escrito as múltiplas, sobre complexas, e caóticas mudanças às quais num curto espaço de tempo, a Escola tem estado sujeita, tendo como consequências, entre muitas outras, a redefinição do papel e acção dos diversos agentes educativos. Os problemas que a sociedade actual enfrenta, consequência de uma crise generalizada (devida sobretudo à procura desenfreada do lucro, esquecendo o bem comum) e cujos verdadeiros e graves efeitos ainda desconhecemos mas que já antevemos, levam-nos a um sentimento de incerteza e de insegurança no que respeita ao futuro. É a Escola Pública que recebe as primeiras vítimas dessa crise: filhos de pais desempregados; filhos de pais com emprego, mas com salários que não lhes permitem viver com dignidade; filhos e pais com fome, mas que têm vergonha de solicitar ajuda, … E a Escola, mais uma vez, tem que responder, tem que estar atenta aos sinais e actuar, atenuando tão graves efeitos. Para que o espírito do Natal se prolongue no ano é urgente reeducar na partilha, na solidariedade, na responsa-bilidade, na valorização da família como primeiro e principal espaço de transmissão dos valores. E a Escola, principal parceira nesta tão grandiosa odisseia tem que se assumir como o verdadeiro motor da sociedade, criando um modelo assente nesses mesmos valores, que defendam a realização do homem enquanto indivíduo e enquanto ser em relação, num clima que se pretende de rigor, trabalho, exigência e moralização.

A Direcção do Agrupamento

ciclo, votaram 110 alunos e do 3º Ciclo/ CEF, votaram 212 alunos. A abstenção atingiu os 23 pontos percentuais. (117 alunos não exerceram o direito de voto).

Pela primeira vez na história do nosso Agrupamento, realizaram-se eleições para a Associação de Estudantes. Foi com enorme civismo e sentido de responsabilidade que os alunos se apresentaram às eleições, registandose uma grande afluência às urnas. Do sufrágio, saiu vencedora a Lista B, cujo presidente é o aluno Carlos Mendes, do 9º A. Num universo de 439 alunos, apresentaram-se às eleições 322 votantes, representando cerca de 73% dos alunos. Do 2º

Lista A - 5% dos votos Lista B - 79,1 % dos votos Lista C - 15% dos votos Votos em Branco 0,6% dos votos Votos Nulos - 0,3% dos votos À lista vencedora, parabéns e votos de um bom mandato ! Agradecemos à O Presidente da Associação de Estudantes: Carlos Mendes, do 9º A equipa de professores que iniciou e formalizou este processo, a saber: Paula Carlão, Helena Vitória, António Clemente, Lúcia Andrade e João Botelho. A Direcção

Querido amigo Diogo: Sempre foste um bom amigo e sempre serás. Estiveste sempre presente quando nós precisámos. Não tiveste oportunidade de tirar melhor proveito da vida, mas acreditamos que foste muito feliz enquanto estiveste na nossa companhia. Está a ser muito difícil ultrapassar a tua perda, mas as nossas boas lembranças animam-nos a continuar a nossa caminhada nesta vida. Quando voltaremos a ver-te? Não sabemos. Entretanto, teremos sempre o teu lugar especial reservado no nosso coração. Sempre contigo, os teus colegas do 7ºA. Testemunhos: Eu sinto muita pena por tu teres falecido. Nós jogávamos todos os sábados à bola e na “playstation”, mas

agora já não. Queria jogar contra ti pingue-pongue, porque tu jogavas bem. Durante o Verão, tu e a tua irmã iam à minha casa jogar “Monopoly”, ao “Uno” e às cartas e, depois, íamos para tua casa jogar na “playstation”. Foste um grande amigo e primo. Cristiano Cunha, nº8, 7ºA Diogo, a tua morte está a ser muito difícil de ultrapassar, mas, em vida, foste sempre um grande amigo, divertido e brincalhão. Nós pensamos nesses momentos e ficamos mais animados. Bruna Duarte, nº4, 7ºA

O meu percurso escolar Esta é a história do meu percurso escolar, desde pequeno até agora (ainda sou pequeno, mas, enfim… Sempre já cresci um bom bocado!). Eu nunca frequentei o infantário, mas, mesmo assim, tive bons amigos. Ainda hoje brinco com eles. Quando eu fui para a escola do primeiro ciclo, foi como se tivesse entrado num mundo novo, de aprendizagem e brincadeira. Eu gostei muito dos professores e professoras que tive, das aulas,

das brincadeiras que fizemos nos recreios… E não gostei dos problemas que nós criámos e de poucas coisas mais. E, agora que entrei para o segundo ciclo, vou tentar não armar confusões, portar-me bem melhor e manter as minhas notas. Até agora, tenho adorado frequentar o segundo ciclo! Eu sempre gostei de estudar e sempre fui um bom aluno. Diogo Lauro Morgado, 5ºC

PROPRIEDADE: Agrupamento de Escolas de Mundão

Ficha Técnica

CLUBE MAGIA DA ESCRITA: Professores: Ana Albuquerque Conceição Cunha Cristina Guedes João Botelho Lúcia Andrade Nuno Isidro

Alunos: Inês Santos, 5º A Francisco Gomes, 5º A Jéssica Ferreira, 5º A Daniel Cecílio, 6º C Ângelo Rodrigues, 6º C Gonçalo Costa, 6º C Mariana Galante, 6º C

COLABORAÇÃO:

MONTAGEM E IMPRESSÃO:

Direcção do Agrupamento Associação de Pais do Agrupamento

Tipografia Ocidental Rua do Castelo - Pinheiro Torto • 3500 REPESES - VISEU Tiragem: 600 exemplares

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BAILARINA; DIRECTORA DO CENTRO DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS DO LUGAR PRESENTE Magia da Escrita (ME): Nasce em Lisboa e muito jovem vai para Maputo. Que recordações de infância guarda de Moçambique? Leonor: As mais importantes... liberdade , falta de meios, logo mais imaginação , mistura de raças, todos diferentes todos iguais , o espaço, os cheiros, o céu muito acima das nossas cabeças...a calma, os pequenos prazeres que os dias nos dão , pores- do- sol ,banhos no mar à hora do almoço, antes de ir para a escola outra vez. Regressei com 10 anos, por isso tudo era bom... ME: Em Maputo, inicia a sua formação na dança. O que a motivou a escolher essa área? Leonor: Não havia outras escolhas, já que me mexia muito , era uma óptima solução... Opção dos meus pais ( excelente, diga-se, às vezes os pais têm destas coisas...( eu também sou mãe...)) Mas logo me cativou. O esforço ,as amizade que se criavam, a liberdade de me expressar doutra forma. Os ritmos africanos tão orgânicos e vitais . Ainda hoje pulsam dentro de mim... ME: Que importância atribui aos prémios que tem recebido ao longo sua carreira? Somos um país que premeia o mérito? Leonor: Gostamos de ser reconhecidos pelo nosso trabalho e, vindo de uma entidade prestigiada, a visibilidade é maior. Isso é positivo, porque as pessoas olham com outros olhos. Tomo-os como reconhecimento não só do meu trabalho , como da importância desta nossa actividade “lúdica” artística. Mas não são os prémios que me movem e sim o aval do público. Somos de facto um país com alguma dificuldade em reconhecer méritos nacionais e, quanto a público, ainda há muito a fazer : a descentralização e projectos de sensibilização deviam ser premiados e devia haver mais . ME: Neste momento, há uma febre de descoberta de novos talentos na televisão. Considera que é uma boa forma de promover as artes? Leonor: A febre de descobrir talentos não é novidade: a novidade são as comunicações ,os média , internet , etc. Os ” 5 minutos de fama “ que Andy Wharol ( artista plástico dos anos 60-70) dizia que iria acontecer , são hoje a realidade. Talentos há muitos, com certeza , mas para que fim os desejamos partilhar? A Arte é efémera , em parte, porquê torná-la ainda mais ? Para quase nem nos lembrarmos dela, e não ter qualquer impacto a não ser o exibir qualidades? AArte existe como necessidade de comunicar , estimular , questionar , provocar, embelezar ... A fama conquista-se na vida . Com o que temos para contribuir e supostamente ao longo de uma carreira de anos, e não minutos e meses como hoje. Estes concursos são uma ajuda para desmistificar certas áreas , como, por exemplo, dança contemporânea ( minha área...), mas o que é preciso ter em atenção são os contextos de cada arte . Não é tudo feito para o mesmo propósito, não é tudo elaborado da mesma maneira . O meu receio é a banalização das acções. Hoje, quase tudo é possível a qualquer hora, em qualquer lugar , as nossas vidas estão-se a tornar intemporais em tempo real!!! ME: Desde 2003 que é a Directora dos Projectos Pedagógicos do Teatro Viriato. Que receptividade tem encontrado por parte do público escolar? Leonor: Rectifico, sou bailarina da Companhia Paulo Ribeiro que reside no Teatro

Viriato e sou Directora pedagógica do Lugar Presente – escola de dança e teatro – Vertente pedagógica da Companhia P.R. Eu sei - as casas são próximas e as caras são as mesmas em ambos os projectos. Temos 5 anos com actividades regulares , aulas , workshops, apresentações informais a caminho de uma escola vocacional com ensino articulado. O nosso percurso foi sendo construído à medida das necessidades dos alunos que íamos tendo e orientado para o que julgávamos faltar na cidade. Temos um público fiel e exigente , tanto alunos como pais ,isso nasce de um fruto semeado pelo LP, cada coisa é tratada com rigor , gosto ,mas também trabalho e disciplina . Para outros uma nova profissão. ME: Se pudesse, como organizava a Escola, com o intuito de promover o ensino artístico? Leonor: Este passar a ser uma disciplina obrigatória , de boa qualidade , como as outras . Só tinham a ganhar todos. Estas áreas educam os “ egos”, se assim podemos dizer , prepara-os não só para si como para os outros. Podia e devia ser um trabalho de contacto das várias disciplinas . Mais rede nas aulas . Os miúdos são muito activos hoje, não entendem porque têm de estar quietos 50 minutos, a não ser à frente do facebook ou consola , etc... .Se os levar a ver uma peça de teatro ou dança, apesar de não quererem ... , portam-se de um modo geral bem, porque os cativa, mesmo sendo um texto curricular. O ensino tem o dever de, ao ensinar, estimular para a vida, e o que estão a ensinar é passado e eles vivem no futuro . Como ter um ensino mais activo / estimulante para estes jovens , já tão distantes de nós, “adultos”, que nos sentimos jovens? Temos que nos actualizar e sermos mais rigorosos nos estímulos que queremos transmitir. Ser professor é um desafio, para além de ser uma profissão de vocação , tal como a minha de Bailarina; é- nos exigido mais de nós, e amor , abdica-se de muita coisa mas ganhamos, na responsabilidade de sermos mensageiros do despertar . ME: A dança é valorizada no panorama cultural português? Leonor: Vai sendo cada vez mais , com um longo caminho ainda para desbravar. Somos um povo com medo de não corresponder , corremos pelo seguro, já fomos mais aventureiros... ou conquistadores; continuamos conservadores e com muitas ideias pré- concebidas. Mas sinto esta geração mais dinâmica , sabem melhor que “ nós, adultos”, fazer várias coisas, com bom proveito, é claro! Somos melhores, não sabemos que voltas a vida dá...Além disso, o ritmo de vida quer isso, quase ao mesmo ritmo do computador...sempre a actualizarem-se ... ME: Em recente documentário, a Directora da Companhia de Bailado da Ópera de Paris, afirmou: “ Para ser bailarina tem que se ter a devoção de uma freira e o trabalho de um boxeur”. Pedimos que comente. Leonor: Oi ! Freiras nem tanto ...com boxeur já me identifico. Tenho dias em que me dói o corpo como se tivesse andado à luta ... Mas percebo o que quer dizer com a devoção . É como tudo : para sermos bons em qualquer que seja a profissão, tem que existir essa entrega , torna-se um gozo querer ir mais além . Neste caso, o instrumento é o próprio corpo e isso requer muita energia, concentração, manutenção diária... predisposição, consciência. Nem todos os dias

são cor-de-rosa, mas depois O ensino tem o dever temos a cereja no topo do bolo: o confronto com o de, ao ensinar, estimular público; além dos aplausos, para a vida, e o que estão os seus comentários . Hoje em dia, posso até a ensinar é passado e receber mensagens do eles vivem no futuro . público, dizendo o quanto foi bom ou mau... algo em que tenha participado. ainda não sólidos... ME: Nos cem anos da República, como ME: Que objectivos pensa que deverá é ser trineta do autor da música da ter o novo centro de Artes e Espectáculos “Portuguesa”( Alfredo Keil )? de Viseu? Leonor: Somos uma família com muitas ” Leonor: Primeiro, saber se vai mesmo para estórias “na história... a frente e quando...acho que não se justifica ainda, O trisavô Alfredo Keil , que fez a música, é um de qualquer maneira tenho / temos tantas batalhas personagem já tardio na memória da família; até este assunto ser posto na mesa... vivia-se mais o impacto do acontecimento e a ME: Se tivesse que descrever a dança época era de uma grande revolução e um país numa palavra, qual seria? inteiro em movimento. Era um homem de vários Leonor: Prazer. ofícios artísticos e de uma grande veia humanista ME: Qual a sua palavra de eleição? e patriótica . Talvez ele nos tenha incutido esse Leonor: Verdade. dever , de ser capaz de revolucionar, de abrir ME: Resposta breve: portas, por uma vida melhor... Leonor: Difícil ser só uma hipótese ... O avô Keil do Amaral , arquitecto , faz cem Um filme: “ Blade the Runner”, de Ridley anos, este ano, que ele nasceu. Seguindo os Scott ( já antigo e tão actual , em todo...) passos do avô, revolucionou de certa maneira a Uma viagem de sonho: concretizei-a este arquitectura em Portugal. Este já é um ano: conhecer a minha terra natal, Ponta Delgada personagem muito recente na memória da família, – Açores e também especial... Um livro: Mr. Vertigo, de Paulo Auster. Nós , eu e os meus pais , continuamos essa Uma música: Canção de embalar, de Zeca herança, revolver para fazer mexer, mas as Afonso portas são ao virar da esquina. Só quando se Um grupo musical: Deolinda sai das grandes cidades é que se depara com a Uma cor: branco. Não, talvez ...azul. realidade de Portugal. É um conhecimento Uma cidade: Porto (pena estar tão concreto, porque vivo em Viseu faz 12 anos. abandonada). Existe a Capital e o resto é paisagem com uns Lema de vida: A RELVA É VERDE SE A poisos espalhados, já bastante habitados, mas REGARMOS .

O que pensam alguns Delegados de Turma, do 5º ano, sobre as suas funções 12345-

A tua eleição foi uma surpresa? Porquê? Consideras que este cargo te responsabiliza perante a turma? Quais são as qualidades necessárias para se ser delegado de turma? O que gostas mais na Escola de Mundão? Se tivesses o poder de decidir, o que mudarias na Escola?

Delegado de Turma do 5ºA: Miguel José Fernandes, nº 15 1- Sim. Porque não esperava ser eleito. 2-Sim. Porque tenho de representar a turma sempre que seja necessário. 3-Ser responsável e bem comportado. 4-O que eu gosto mais na escola é o recreio. 5-Nada, sinto-me bem nesta escola. Delegada de Turma do 5ºB: Margarida Ferreira Martins, nº 17 1-Sim, a minha eleição para cargo de Delegada de Turma foi uma surpresa porque, como estava numa nova escola e integrada numa turma com dezassete colegas que eu não conhecia, nunca me passou pela cabeça que poderia ser eleita. 2-Sim, considero que este cargo me traz alguma responsabilidade perante a turma, pois entendo que devo estar mais atenta para poder ajudar os meus colegas. 3-No meu entender, o Delegado de Turma tem de ser responsável e cooperativo. 4-No início do ano lectivo, senti-me um pouco assustada, pois ia deixar a minha escola “pequenina”, a minha professora, a minha sala e ia para a escola “grande”, com muitos alunos,

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muitos professores, tudo em grande quantidade. Porém, adaptei-me muito bem e gosto de cá andar. Por enquanto, ainda gosto de quase tudo. Não há nada que possa destacar. 5-Se tivesse o poder de decidir, mudaria a qualidade da comida servida na cantina. Delegado de Turma do 5ºC: Diogo Mesquita Santos, nº 9 1- Eu não estava à espera de ser eleito Delegado de Turma, porque, dantes, quando andava na escola do 1º ciclo, portava-me mal. E, normalmente, os alunos escolhem colegas bem comportados e cumpridores das regras. 2- Eu acho que este cargo exige responsabilidade e, nesse aspecto, é capaz de me fazer bem. 3- Para ser um bom Delegado de Turma, tenho de me portar bem, dar o exemplo, falar em nome dos meus colegas nas reuniões… 4- Na escola E.B. 2, 3 de Mundão, o que eu gosto mais é da Biblioteca. 5- Se tivesse o poder de decidir, tentava que não houvesse violência entre os alunos e fazia mais salas de aula. Também tentaria arranjar uma sala de convívio para os alunos.


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Sensibilizando A Equipa de Saúde e Ambiente, em parceria com outros projectos, organismos e instituições, tem vindo a apostar na sensibilização da comunidade escolar, mais especificamente da comunidade estudantil, para a prevenção de comportamentos

de risco . Ao longo deste período, foram realizadas diversas actividades e acções de sensibilização, passando por todos os níveis de ensino e todas as escolas do Agrupamento..

“DICAS PARA VIVER EM SEGURANÇA” Nos dias dois, três e quatro de

SABER COMER É SABER VIVER No âmbito do Dia Mundial da Alimentação e com o propósito de educar para o consumo de alimentos saudáveis, foram realizadas diversas actividades, sendo de salientar a canção “Saber comer ”, uma canção com conselhos sobre como nos devemos alimentar para sermos saudáveis, elaborada e entoada pelos alunos do Clube de Saúde e Ambiente, e claro está, ensaiada pela nossa Animadora Cultural. Realizou-se, ainda, no dia 19 de Outubro, na sala 20, uma acção de sensibilização sobre a alimentação saudável, na presença dos alunos do 6º A e CEF- H1, dinamizada pela Senhora Enfermeira Celeste, da Unidade de Saúde Pública de Viseu. De uma forma

Novembro, os agentes da Escola Segura

percorreram todas as Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância, da sua área de destacamento, com a realização da acção de sensibilização “Dicas para viver em Segurança”, alertando os mais pequenos para que adoptem comportamentos s e g u r o s . Agradecemos aos senhores professores e educadores pelo seu empenho e dedicação e reiteramos os agradecimentos à Equipa da Escola Segura pela sua disponibilidade incondicional.

Professora Isilda Monteiro

Dia Mundial da Luta Contra a Sida

Dia do Não Fumador O dia 17 de Novembro - Dia do Não Fumador – não p a s s o u despercebido ao Clube da Saúde e Ambiente e respectiva equipa que, em parceria com a Unidade de Saúde Pública de Viseu, dinamizaram uma acção de sensibilização sobre os perigos do tabaco. Com esta acção, pretendeu-se alertar os jovens para os malefícios que este hábito traz para a sua saúde e para a saúde dos que os rodeiam. Os felizes contemplados com esta acção, muito bem orientada pela já conhecida enfermeira Celeste, foram alunos do 9ºA que, numa aula de Área de Projecto,

interactiva, falou-se sobre uma alimentação saudável. Visionou-se um PowerPoint que continha informações, dicas e regras sobre como devemos ter uma alimentação equilibrada. Foi, sem dúvida, uma actividade interessante, enriquecedora e contribuiu para a aplicação de conhecimentos e para a apropriação de novas formas de conduta. Foi realizada ainda uma exposição alusiva ao tema e um concurso em parceria com a Biblioteca, intitulado “ O Sabor das Palavras”, onde os alunos tinham que dar asas à sua imaginação e escrever poemas subordinados ao tema.

sob o comando do professor Paulo Paraíso, souberam estar e participaram de forma ordeira e activa. Foi, ainda, projectado um powerpoint durante os intervalos e afixada informação, apelando para o não consumo do tabaco.

O Dia Mundial da Luta Contra a Sida tem como principal objectivo promover a prevenção e consciencialização sobre a epidemia de HIV. O último relatório da ONU Sida aponta que, desde que surgiu a doença, morreram cerca de 25 milhões de pessoas e 60 milhões foram infectadas com o vírus do HIV. Em Portugal, existem cerca de 32 mil pessoas infectadas com o vírus HIV. Esta é uma doença sem cura, que mata! A prevenção começa em casa, na escola, entre amigos... O Projecto de Promoção e Educação para a Saúde da nossa escola associou-se a esta causa, distribuindo informação pelos alunos, analisando textos, expondo materiais específicos e dinamizando acções de sensibilização, no dia 30 de Novembro, junto dos alunos, nomeadamente: Doenças transmissíveis e Riscos do consumo de drogas.

A Comemorar também se aprende Centenário da República Os alunos do 6º B participaram nas comemorações do 5 de Outubro entoando o Hino Nacional.

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A primeira foi dinamizada pela Drª Raquel, psicóloga do CAD( Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH/Sida ) e pela Enfermeira Celeste da Unidade de Saúde Pública, direccionada a todos os alunos dos CEFs. Esta acção teve como principal objectivo alertar e sensibilizar os jovens para que estes tenham comportamentos correctos, evitando assim, que venham a ser portadores do vírus da Sida. A segunda foi dinamizada pelo agente Duarte da Escola Segura, dirigida aos alunos do 7ºA e 6ºA, tendo como principal objectivo alertar os jovens para os risco que advêm de um possível consumo de drogas lícitas e ilícitas.


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DIA DE FINADOS - uma efeméride antiquíssima No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (115) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII, esse dia anual passa a ser comemorado a 2 de Novembro, porque o dia 1 de Novembro é a Festa de Todos os Santos. Só com o tempo é que a festa evoluiu e se fez acompanhar com velas e flores nos cemitérios. Em Portugal e noutros países da Europa, o Dia de Finados é celebrado com tristeza, pois recordam-se as pessoas de família e amigos que já morreram. As pessoas vão aos cemitérios, deixam ramos de flores nas campas e acendem velas para iluminar os falecidos no caminho até ao Paraíso e mandam rezar missas em seu nome. Mais um pormenor muito mórbido acerca do Dia de Finados e do Dia de Todos os Santos: o terramoto de 1755, aquele enorme

Ou então: “Bolinhos e bolinhós Para mim e para vós Para dar aos finados Qu’estão mortos, enterrados À porta daquela cruz

que houve em Lisboa e que matou milhares de pessoas, foi no dia 1 de Novembro! No nosso país, no dia de Todos os Santos, em algumas aldeias, de manhã bem cedinho, as crianças saem à rua em pequenos grupos para pedir o “Pão por Deus”. Passeiam assim por toda a povoação e, ao fim da manhã, voltam com os seus sacos de pano cheios de romãs, maçãs, doces, bolachas, rebuçados, chocolates, castanhas, nozes e, às vezes, até dinheiro! Há povoações em que se chama a este dia o “Dia dos Bolinhos”.

Truz! Truz! Truz! A senhora que está lá dentro Assentada num banquinho Faz favor de s’alevantar P´ra vir dar um tostãozinho.” Quando os donos da casa dão alguma coisa: “Esta casa cheira a broa Aqui mora gente boa. Esta casa cheira a vinho Aqui mora algum santinho.” Quando os donos da casa não dão nada: “Esta casa cheira a alho Aqui mora um espantalho Esta casa cheira a unto Aqui mora algum defunto.”

Ao pedir o “Pão por Deus”, cantam-se as seguintes cantilenas enquanto se anda de porta em porta: “Pão por Deus, Fiel de Deus, Bolinho no saco, Andai com Deus.”

Pesquisa feita por: David Morgado, Maria Almeida, Miguel Duarte e Pedro Almeida, 6º B s

HALLOWEEN NA NOSSA ESCOLA

Halloween poems! I am a Vampire I live in Hollywood. At midnight I wake up To drink your blood!

O Halloween é uma actividade da disciplina de Inglês que se realiza todos os anos cá na escola. O Halloween comemorase no Reino Unido e nos restantes países anglófonos a 31 de Outubro, mas cá na escola nós comemoramo-lo quando dá mais jeito: por exemplo, este ano, fizemos a celebração no dia 29, porque no dia 31 era domingo. Nesse dia, muitos alunos vieram mascarados de bruxas, vampiros… enfim, horríveis! Este ano, as nossas professoras de Inglês sensibilizaram-nos, com bastante antecedência, para participarmos num concurso de realização de bonecas bruxas. Participaram todas as turmas do 2ºciclo e foram expostas, no pátio central da escola, quase 100 bruxas. Os vencedores do concurso foram os seguintes alunos: • 1º lugar – Tiago Marques, nº19, do 5ºA • 2º lugar (ex aequo) - Ana Teresa Poças, nº2, do 5ºB; Inês Pina, nº11, do 5ºB; Guilherme Oliveira, nº8, do 6ºB Parabéns a todos os alunos participantes (As pessoas diziam todas que as “bruxas” feitas por nós, alunos, estavam um espectáculo!). E parabéns especiais aos vencedores!

I’m a ghost : I’ll fly over your house ; I’ll put pumpkins in front of your house ; I’ll make noise at night so you won’t sleep ; I’ll try to enter your house; I’ll try to scare you as much as possible; I’ll get into your bedroom; I’ll bend over you and I will wake you up; You’ll get really scared and you’ll yell; And I will say to you that it is just a nightmare ; I’ll give you a kiss and I won’t let anyone get near you all night long. Will you be safe with me ? Who knows ? Rafaela Abrunhosa, 9ºC

I’m a witch. Black and mad. I’m ugly and I make tricks. I’m spooky and I like scaring children. I have supernatural powers and I fly on broomsticks. Jessica Vitorino, 9ºC

Halloween Zombie: I am a zombie and I’ve lost my head; Yesterday I found my leg; All this because I am dead; and tomorrow I’ll sell my other leg.

I’m a big pumpkin. I live in Hollywood, too! If you look at me… I’ll crash you! I’m an ugly monster, I live in your school. If you have bad grades

Gabriel Marques, 9ºC

I’ll chase you! English 2010/2011 Teacher: Madalena Melo Rita Almeida Nº2/ 9ºC Diana Costa Nº9/9ºC

THANKSGIVING OU O “DIA DE ACÇÃO DE GRAÇAS” A primeira vez que se deu relevância ao «Dia de Acção de Graças», na América, aconteceu em menos de um ano, após os primeiros colonos fundarem a Colónia de «Plymouth», no então chamado Novo Mundo. De facto, a abundância na colheita do milho – plantação essa que deve o

Tiago Amaral, 6ºB

seu sucesso à preciosa ajuda de uma tribo de ameríndios, a tribo Wampanoag, exímios agricultores da América do Norte – levou a que o Governador William Bradford decretasse uma celebração especial: um almoço festivo que unisse colonos e nativos. Conta a história que, num acto de consideração pelos Wampanoags e a sua preciosa ajuda, o chefe da tribo e a sua família foram convidados a participar no evento… o que

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ninguém contava era com o número elevado de participantes que, à última hora, apareceu para o almoço, fazendo com que os festejos se prolongassem ao longo de vários dias! Desde então, o dia de Acção de Graças é celebrado na América do Norte, na quarta quinta-feira do mês de Novembro, vindo a tornar-se feriado nacional desde a presidência de Abraham Lincoln. Hoje em dia, as famílias juntam-se à volta da mesa ao jantar e dão graças pelas coisas boas que foram acontecendo nas suas vidas, ao longo do ano. Entre outras inúmeras iguarias, os Americanos comem peru recheado e assado no forno e, à sobremesa, tarte de abóbora. Grupo de Inglês (3º Ciclo)


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SEP ARAÇÃO DO LIXO?! EU, AATÉ TÉ FFAZIA…MAS AZIA…MAS NÃO TENHO UM ECOPONTO! SEPARAÇÃO Esta é uma expressão que vulgarmente se ouve quando se fala em separar o lixo nas nossas casas. Os alunos da EB1 de Bassim também não tinham um ecoponto na escola e, como a

separação do lixo era uma das actividades que estava planeada tanto na Área de Projecto, como no programa Eco-Escolas, do qual a nossa escola faz parte, resolvemos meter “mãos- à-obra” e fazer o nosso ecoponto. Começou-se por aproveitar uma caixa de papelão, que a professora arranjou. Cortámo-la em três partes diferentes, dado que as nossas necessidades, em relação à quantidade de lixo na escola, também são diferentes. Chegámos à conclusão que

necessitávamos de um Plasticão grande, devido aos pacotes de leite e iogurtes que consumimos diariamente; o Papelão seria de tamanho médio, uma vez que, apesar de tentarmos ao máximo aproveitar o papel,

não ficou um espanto! E não ficou caro, só é preciso um pouco de imaginação e trabalho. Assim, é muito fácil separar o lixo. É só abrir a tampa certa. Nós já nos habituámos e

numa escola é um lixo vulgar; e por último, o mais pequeno é o Vidrão, pois não é muito frequente este tipo de lixo. Passámos então à melhor parte, aquela em que deitámos as “mãos-à-obra” no verdadeiro sentido da expressão. Têm que experimentar! É muito boa a sensação de mexer na tinta com as mãos. Pois é, foi isso mesmo que fizemos. Pintámos o nosso ecoponto com as respectivas cores e com as nossas mãos. Ora vejam! E este foi o resultado final. Digam lá que

já não conseguimos juntar o lixo, e quando um colega se esquece há sempre outro que está atento para chamar à atenção. Além de separarmos o lixo no ecoponto, estamos também a juntar tampas plásticas e pilhas. Pretendemos fazer todos os esforços que estão ao nosso alcance, para ajudarmos a salvar o nosso planeta que se encontra em “risco de vida”.

Na nossa escola há dois meninos que, depois da turma acabar de beber o leite, no lanche da manhã, pegam numa tesoura, cortam os pacotes e depois enxaguam-nos muito bem, para não cheirarem mal e não terem lá leite nenhum.

Todos os dias fazem isso e, no final da semana, vamos todos, pela manhã, colocar os pacotes de leite e outros materiais de papel usados, no papelão. À tarde, comemos o pão. Este vem dentro de um plástico. Tiramos-lhe o plástico e no final da semana fazemos a mesma coisa; mas colocamo-los no plasticão. Como estamos na estação do Outono as folhas caem e apodrecem. O Nosso recreio estava cheio delas! Então, pegámos nuns ancinhos, baldes e vassouras e começámos todos a juntá-las e a pô-las no contentor da compostagem da escola. O

Alunos do 2º e 3ºanos da EB1 de Bassim

“Contamos e precisamos da adesão de “mão-de-obra” voluntária, para, na freguesia de Cavernães, e em local já determinado, podermos plantar as 150 árvores conseguidas”. Foi com este apelo lançado na página Web da nossa escola que convidámos todos os cidadãos a participarem no projecto nacional “Vamos Plantar Portugal”. Esta iniciativa de natureza cívica e altruísta, e abraçada pela turma do 6ºA em cooperação com a Junta de Freguesia de Cavernães, foi levada a efeito, no passado dia 27 de Novembro, numa jornada de festa que quisemos que fosse uma forma de ajudar a repor o parque florestal da região. Logo de manhã, bem cedo, (Brrr!! Que frio!, daqueles que só aparecem lá mais para Janeiro, nem dá para pôr o nariz de fora), mas foi à porta da Junta de Freguesia que nos concentrámos e organizámos para, em caravana automóvel, nos deslocarmos ao primeiro local seleccionado e aí plantarmos as primeiras árvores. O sr. João, funcionário da Junta, a passo e em “compasso”, marcava, um a um, os lugares que atrás, pequenos grupos de sachola e picareta em punho, abriam para depositar delicadamente a raiz

Como reciclamos na nossa escola

se encheram de esguias varas com diminutas folhitas a despontar, deixando antever uma agradável imagem de um futuro e risonho parque de sombras a desfrutar por quem aí deseje descansar ou até mesmo merendar em dias de Verão. Concluída a plantação programada, ficámos satisfeitos por ver o nosso projecto realizado, num processo de estudo e reconhecimento de um dos principais problemas e suas causas no meio ambiente, desflorestação, e passámos a conhecer a importância que as plantas autóctones têm na Natureza. Em jeito de conclusão, uma vez mais, uma palavra de gratidão à Junta de Freguesia de Cavernães, aos Pais, familiares e amigos que estiveram connosco, presencialmente ou não, nesta iniciativa e que de uma forma muito nobre souberam cimentar nestes meninos valores de cidadania, de educação cívica, de cooperação e de respeito pela floresta que é de todos nós.

daquelas frágeis plantas. Depois, os mais pequenitos deitavam, nesses buracos, pequenas quantidades de estrume que, de imediato, eram atupidos e regados com baldes de água, de modo a proporcionar melhor adaptação destas espécies à sua nova morada. A pouco e pouco, outras áreas descampadas

objectivo destas tarefas – juntar fruta podre, folhas, etc., – é fazer estrume/ fertilizante para as plantas crescerem sem recorrer a químicos. Toda a gente devia reciclar um pouco, ou limpar o mundo, pois se o mundo cuida de nós, nós também devemos cuidar dele. Hoje, a Sra. Professora mandou-me fazer este trabalho sobre como devemos reciclar e como nós reciclamos na escola. Espero que quando lerem o meu trabalho vos esteja, de alguma forma, a alertar para os problemas do nosso Planeta Terra. Pois

Parabéns, meninos do 6ºA!

é, o nosso Planeta também tem problemas!!!!!!!!!!!!!!!! Somos nós … Alessandro Trabalho realizado pelos alunos da EB1 de Travasso de Barreiros

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Outros espaços, outras culturas Venezuela são bastante elevados, a população é composta por múltiplas culturas, o que, consequentemente, gera conflitos de várias ordens e no seio escolar mais ainda. ME: Em que país consideraste o nível de ensino mais exigente? Penso que, em Portugal, o ensino é, apesar de tudo, mais exigente, embora os critérios de avaliação sejam evidentemente diferentes, porque estão adaptados a realidades francamente distintas. ME: Gostarias de educar os teus filhos no sistema de ensino venezuelano? Não. Apesar de tudo, penso que Portugal tem um ensino privilegiado, onde são evidenciadas questões curriculares de necessidades específicas. Os currículos SEI, CEF’S, entre outros, estão sem dúvida bastante sustentados, senão vejam o caso da nossa Escola. Outra curiosidade: os professores venezuelanos e colombianos são vítimas de sequestros e assassinatos. Para muitos docentes do país, o exercício de sua profissão é de alto risco, pois também contra eles apontam os fuzis dos grupos guerrilheiros e paramilitares. No caso dos deslocamentos forçados, muitos dos docentes, aterrorizados, decidem trocar de função e localizar-se em outras áreas urbanas. Dependendo dos riscos que enfrentam, podem ser transferidos para

Se, no passado, entrevistámos alunos oriundos do estrangeiro, este ano, a pergunta natural que nos ocorreu foi: “E não haverá professores nessa situação?”. Assim, fomos indagar de colegas que se enquadrassem nesta rubrica. A nossa entrevistada é a animadora sócio -cultural Jeniffe\r, acabada de chegar de Caracas, na Venezuela. Magia da Escrita: Qual o teu país de origem? Olá a todos! Eu sou natural de Santa Mónica, uma localidade perto de Caracas, capital da Venezuela. Apesar de ser uma localidade muito bonita, com um clima excepcional, um dos grandes problemas com que se depara é o elevado nível de violência, o que a torna, irremediavelmente, numa zona com baixa qualidade de vida. Magia da Escrita: Memórias do primeiro dia de aulas… Não tenho muitas memórias desse dia! Lembro-me de algumas coisas, mas não muitas… Lembro-me da mochila que andei a pedir à minha mãe durante quase um mês, uma cor-de-rosa, o entusiasmo com que a usei e estimei… Era a minha mochila! O intervalo, lembro-me de irmos com a professora conhecer o enorme jardim com árvores de fruto que havia nas traseiras da escola. Ah! O que me recordo também muito bem era de tirarmos sempre as sapatilhas à entrada da sala e calçarmos as pantufas. No Inverno, era tão bom! ME: Recordas como estava organizada a tua escola? Perfeitamente! Éramos apenas três alunos do primeiro ano, portanto estávamos os três na mesma fila, e o segundo ano nas outras duas. Não havia refeitório, a sala estava

Rádio Escola Faz mais do que existir, vive Faz mais do que tocar, sente Faz mais do que olhar, observa Faz mais do que ler, absorve Faz mais do que escutar, ouve Faz mais do que falar, comunica! John Rhoades Esta é a principal mensagem que a imagem da Rádio Escola expõe, no seu redecorado espaço. Como tinha sido prometido anteriormente, a Rádio Escola tem “cara” nova. Penso que está um espaço mais agradável e mais atractivo. Vem fazer-nos uma visita um dia destes e fica a conhecer melhor a nossa Rádio. Aproveitamos para divulgar à Comunidade Escolar que podem, a partir de agora, enviar um email para a Rádio, com novidades, notícias, passatempos, concursos, dedicatórias, sugestões, entre tantas outras coisas. Partilha connosco aquilo que bem te apetecer, COMUNICA! radioescolamundao… gmail.com Esperamos por si. Saudações Radiofónicas! A animadora cultural Jennifer Marques

sempre muito quentinha, tinha um aquecedor a lenha. O quadro era um instrumento sagrado, que impunha respeito na hora de o confrontar. Afinal, quem não tremia das pernas as primeiras vezes que foi ao quadro? ME: Na tua escola, havia alunos estrangeiros? Não, era apenas eu, mas, como falava português, nunca senti dificuldade na aprendizagem e nem nunca senti que era tratada ou vista de forma diferente. Mas confesso que me incomodava, quase todos os dias tinha um nome diferente, normalmente chamavam-me Jenífér! ME: Quando e com que idade regressaste a Portugal? As memórias que transcrevi referem-se a Portugal; regressei muito pequenina, a situação económica e social do país estava muito complicada. Uma curiosidade: segundo a ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV), Caracas é uma das cidades mais perigosas da América Latina, com uma taxa de 140 homicídios para 100 mil habitantes. ME: Que diferenças notaste, positivas e negativas, em relação à escola venezuelana? Não posso falar nesta questão com conhecimento pessoal, mas, ouvindo familiares que ainda estão lá, posso afirmar que os níveis de violência escolar na

outros Estados ou, inclusive, para outros países, se a sua situação assim o tornar necessário. Ainda que os índices de delitos contra os educadores colombianos tenham diminuído, em algumas regiões do país, ser professor é ser objectivo dos grupos armados ilegais. Apesar dos números indicarem que Portugal começa a ter algum historial em termos de violência escolar, tendo em conta a realidade da nossa escola, podemo-nos considerar privilegiados! ME: O que mudarias no sistema de ensino português? Isto é uma questão digna de tertúlia: podíamos organizar um dia destes na nossa escola. No meu entender, penso que mudava a grande burocratização da profissão docente, o que faz com que o sistema de ensino seja menos humanizado e que se dê mais importância a números e estatísticas, em vez de enfatizar o verdadeiro papel do Educador. Embora esta burocratização seja uma imposição superior, os Professores, nos dias de hoje, dão o seu melhor contributo para colmatar essas novas nuances da Educação! ME: Muito obrigado pela tua colaboração e … adios !!! Obrigada ao Magia da Escrita pelo convite. Desejo a todos um Feliz Natal! Beijinhos!

Expressão Colectiva! Este ano, a Expressão Colectiva conta com mais desafios! Podemos dizer que começámos o ano da melhor forma, com o convite para participar no dia 17 de Outubro, na semana Cultural da Associação Social e Cultural Vale do Dão, realizada em Ferreirós do Dão.

Campanha de Recolha de Tampas de Plástico

PEQUENOS GESTOS PODEM AJUDAR O RODRIGO e... o AMBIENTE!

Hora de relembrar as performances apresentadas no 3º Dia Cultural, “Antítese”, “Baby” e “Sweat Dreams”, e pôr pés ao caminho! Foi com muito prazer que o Clube de Dança representou o Agrupamento de Escolas de Mundão; contou com o apoio da Equipa Técnica TEIPII, Jeniffer Marques, Ana Rolão e Patrícia Oliveira, que acompanharam os 38 elementos que participaram na actividade. Relevou-se uma prática bastante positiva, a retirar principalmente o contacto com um público maioritariamente envelhecido, experiência nova, permitindo uma interacção e feed-back bastante agradável! Mais convites já aparecem: no dia 19 de Dezembro, Festa de Natal da Associação Acredita, Travassós de Baixo. Here we go! A animadora cultural Jennifer Marques

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O Rodrigo é um menino com pouco mais de 2 anos, de Fão, que nasceu sem a mão direita. Para podermos dar ao Rodrigo uma mão biónica, é preciso juntarmos 18 toneladas de tampinhas. A nossa escola associou-se a esta causa e vai recolher tampinhas para ajudar o Rodrigo mas, para isso, precisa da ajuda de todos. É tão simples! Não custa nada! Junte tampinhas e entregue-as ao seu educando ou a alguém que frequente a Escola. Aceitam-se todo o tipo de tampas: de sumos, águas, detergentes, champôs, gel, lacas, asas de garrafão, ... “Hoje, pelo Rodrigo …Amanhã, quem sabe?” Equipa do Clube Saúde & Ambiente


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O QUE É FEITO DOS NOSSOS EX-ALUNOS? Nome: Carlos Manuel Duarte Pereira Idade: 27 Habilitações: 12º ano Magia da Escrita (ME): Que balanço faz dos cinco anos que passou na EB2,3 de Mundão? É um balanço bastante positivo a todos os níveis. Conheci pessoas que me marcaram para o resto da vida e grandes amizades que chegam ainda aos dias de hoje. Tive sempre um grande apoio por parte de toda a gente, o que facilitou a minha integração. Magia da Escrita: Durante o seu percurso de estudante, na E. B. 2,3 de Mundão, qual foi o momento mais marcante? Não tenho nenhum momento que me tivesse marcado de uma forma especial, pois todos os momentos passados na escola foram importantes. Magia da Escrita: Que diferenças sentiu quando abandonou esta escola e passou para o ensino secundário? Tive a sorte de não sentir muitas diferenças na mudança, pois fui muito bem acolhido na minha escola do ensino secundário, o que me facilitou a integração. ME: Ao longo do seu percurso escolar, sentiu o apoio suficiente, pelo facto ser cego? Felizmente, tive a sorte de ter sido sempre bem apoiado. Apesar de existir um pequeno contra, que é o da atribuição dos livros escolares que, ou demoravam

Parlamento dos Jovens À semelhança de anos anteriores, o Agrupamento Projecto participa no Parlamento dos Jovens. Este ano lectivo verificou-se uma enorme adesão à iniciativa, pois 8 turmas e respectivos Directores de Turma pesquisam e debatem o tema Violência em Meio Escolar. Para que esta actividade produza impacto na comunidade educativa, a comissão responsável pelo projecto tem agendadas várias

imenso tempo a vir ou vinham de outras edições mais antigas. Quanto ao resto, foi um apoio positivo. ME: Fale-nos dos motivos que o levaram a optar pelo Curso Profissional. Optei por um curso profissional, pois sempre gostei de fazer coisas mais práticas. ME: Nesta época de crise, foi fácil arranjar emprego? Ainda não tenho emprego. Estou a fazer um estágio profissional como telefonista na universidade de Aveiro, no âmbito de uma formação que tive em Coimbra, na ACAPO. ME: Em que consiste o seu trabalho? O meu trabalho baseia-se no atendimento telefónico. ME: Sente-se discriminado pelo facto de ser cego? Existem alguns momentos em que isso se sente. Pode-se dizer que, no que diz respeito ao emprego, isso se sente bastante. Talvez porque as empresas não estão muito informadas das verdadeiras capacidades das pessoas com deficiência. ME: Tem um cão-guia? Considera que os cães-guia são uma ajuda para os invisuais? Não tenho nenhum cão-guia, mas conheço todas as vantagens da utilização de um cão-guia. Conheço alguns colegas que são utilizadores de cão-guia e têm uma vida bastante autónoma.

ME: Diga-nos quais são as maiores dificuldades na gestão do seu quotidiano. As maiores dificuldades na gestão do meu quotidiano são, por exemplo, a deficiente rede de transportes, más acessibilidades a locais públicos, com deficientes acessos. ME: Que qualidades prefere num ser humano? Existem qualidades que são indispensáveis no ser humano, tais como, humildade, honestidade, sinceridade. ME: Como ocupa o seu tempo livre? Ocupo o meu tempo livre a tocar acordeão, a jogar goalball, a ouvir música, passear, etc. ME: De que objectos não prescinde? Existem alguns objectos dos quais não prescindo, tais como o telemóvel, o relógio, e a bengala. ME: Qual a sua palavra favorita? A minha palavra favorita é felicidade. ME: Quer deixar uma mensagem aos alunos do Agrupamento de Escolas de Mundão? Quero apenas deixar uma mensagem de sucesso para todos e para aproveitarem o que de bom tem a vossa escola.

Bullying nas escolas uma realidade que se pretendia bem distante de nós… O objectivo deste texto é dar a conhecer uma realidade bem presente entre nós, e bastante conhecida, apesar de nem sempre ser reconhecida como tal: as agressões físicas, verbais e psicológicas que são exercidas, individualmente ou em grupo, na escola. É um objectivo, também, sensibilizar e alertar os educadores e os pais, para a eventualidade de os seus educandos poderem estar a ser vítimas de bullying, sem que se apercebam. Esta forma de agressão, chamada “bullying”, pode levar ao suicídio. É frequente acontecer na escola e reveste-se de uma grande intensidade para as crianças/adolescentes, de ambos os sexos, entre os onze e os dezasseis anos. Daí a importância de haver um mediador que ajude os intervenientes numa situação de bullying a resolverem o conflito surgido, num processo, de preferência, pacífico, privado e confidencial. Este terceiro elemento deverá ser neutro, imparcial e independente e deverá, igualmente, incentivar e promover o diálogo, as boas práticas sociais e

iniciativas que prevêem a parceria com instituições (Escola Segura e APPR) e a vinda de um deputado da Assembleia da República. Assim, no dia 15 de Dezembro os alunos participaram numa sessão de sensibilização para o tema dinamizada pelos elementos da Escola Segura. A professora Paula Carlão

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educativas. O objectivo geral da mediação consiste em auxiliar as partes envolvidas a alcançarem um acordo justo e mutuamente satisfatório, a colaborarem na resolução do problema, em vez de se manterem agarradas a posições inultrapassáveis. A mediação proporciona uma intervenção mais rápida, menos dispendiosa e mais co-participativa e facilitadora de diálogo na regulação das situações de conflito. Vamos, todos, combater esta triste realidade! O aluno agressor e violento é um aluno cobarde, que não sabe respeitar os outros nem merece ser respeitado. Por isso, não se calem! Se forem vítimas de bullying, falem com um adulto: pai/mãe, professor, funcionário… Não sofram em silêncio! Trabalho realizado por Tiago Amaral, do 6ºB


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À Conversa com...

o Presidente da Junta de Freguesia de Cavernães, Sr. Jorge Anselmo Martins Nome: Jorge Anselmo Martins Idade: 49 anos Profissão: empresário Magia da Escrita (ME): Há quanto tempo é que ocupa o cargo de Presidente da Junta? - Sou Presidente da Junta desde as últimas eleições autárquicas, que se realizaram em Outubro de 2009. ME: Que motivações o levaram a candidatar-se à Junta de Freguesia? - Entendi, eu, e entenderam as pessoas que comigo partilharam responsabilidades no executivo até então que, modéstia à parte, nesse momento, seria eu a pessoa mais bem posicionada para gerir a freguesia. Havia, e há, muitos desafios aliciantes pela frente. Há, pela minha parte, e pela parte da minha equipa, uma vontade férrea de lutar pela melhoria constante das condições de vida da população da nossa freguesia. Achavame portador de uma experiência acumulada que poderia ser útil e que poderia ter um efeito multiplicador nas mais-valias para a freguesia. ME: Quais são os principais problemas e necessidades da freguesia? - Os problemas com que uma freguesia como a de Cavernães se debate são transversais a todas as freguesias rurais. Creio, contudo, que recentemente temos conseguido diminuir aquelas que são as principais assimetrias entre as freguesias urbanas e as rurais. Tenho a minha freguesia coberta, quase a cem por cento, com a rede de saneamento básico e água. Tenho as obras fundamentais de equipamento básico e malha viária realizadas. Mas tenho, também, consciência que ser Presidente de uma Junta de Freguesia é ter pela frente uma “obra” permanentemente inacabada. É ter o entusiasmo de estarmos sempre com novos desafios e sempre com o objectivo de fazer mais e melhor. ME: Indique os principais objectivos que pretende seguir no mandato que está a decorrer. - Os objectivos são sempre os mesmos: criar

condições a todos os níveis, tendo sempre presente que o património mais valioso de uma freguesia é a sua gente. De facto tudo deixa de ter sentido se o objectivo principal não tiver as pessoas como alvo. Concluídas as principais infra-estruturas é tempo de olhar para a vertente social, de criarmos uma rede de valências que vão ao encontro das necessidades de cada um, facilitem e promovam a fixação e atracção de novas gentes. ME: Na sua opinião, as competências de uma Junta de Freguesia são adequadas para a população que representa? - Sinceramente não. Penso, até pela experiência de mais de vinte anos como autarca, que as responsabilidades e exigências que são pedidas a um Presidente de Junta não são correspondidas com a competente contrapartida financeira. É aqui o principal calcanhar de Aquiles de uma Junta de Freguesia rural. Os meios financeiros de que dispõem apenas chegam para os gastos correntes. É, por isso, uma luta constante na busca de apoios pontuais. Em minha opinião, impunha-se que uma parte dos impostos fosse receita própria das Juntas. Seriam elas a gerir o seu próprio orçamento, sabendo, à partida, com que receitas contavam, podendo, dessa forma, fazer uma programação mais cabal e responder de uma forma mais eficaz àquilo que são os justos anseios da população. ME: Como é que os habitantes podem expor os seus problemas? - De muitas formas: temos os serviços administrativos abertos todos os dias durante o horário normal, onde poderão deixar as suas preocupações; temos a nossa página na internet , mas sei que, preferencialmente, as pessoas se dirigem pessoalmente a mim com o objectivo de verem solucionados os seus problemas. Pela minha parte estou sempre disponível para atender toda a gente. Posso dizer com algum orgulho que vejo em cada conterrâneo um amigo. ME: Como é que os habitantes têm conhecimento do que é feito na freguesia?

- Têm conhecimento, desde logo, porque passam a desfrutar de imediato dos benefícios ocorridos. Como referi anteriormente tudo é feito com o objectivo claro de trazer melhoria ao dia a dia das pessoas. É isto que elas querem, sentir que hoje têm condições um pouco melhor do que ontem e que amanhã terão um pouco melhor do que hoje. ME: De que forma podem as Juntas de Freguesia contribuir para o reforço do poder local e para o desenvolvimento socioeconómico da população? - Isoladamente uma Junta de Freguesia pouco ou nada pode fazer para o reforço do poder local. Somos sócios da ANAFRE (Associação Nacional Freguesias) e, por essa via, sim. Por aí estamos a lutar para um reforço constante não só das competências, mas também dos meios financeiros que permitam dar uma melhor resposta àquilo que são o anseio das populações. Não nos esqueçamos que uma Junta de Freguesia tem uma vantagem que é o conhecimento profundo das carências e das expectativas da sua população. É muito mais fácil inventariar e solucionar quando se pratica uma gestão de proximidade. No que se refere ao desenvolvimento socioeconómico, aquilo que poderá ser feito, de forma visível e com resultados práticos, não é mais do que dotar a freguesia de todas as infraestruturas e actividades de carácter social como ATL, Lar, Apoio Domiciliário, Creches e Jardins de Infância, criando, assim, condições atractivas para que pessoas e empresas ali se fixem. Não tenhamos dúvidas que as pessoas só residem onde se sentem bem e onde dispõem de condições para si e para o seu agregado familiar. É nesse sentido que estamos a trabalhar. Em breve, com o apoio da Junta de Freguesia, será inaugurado um edifício que, sem dúvida, é a obra mais marcante da nossa freguesia. Trata-se de um edifício destinado a Lar e Creche cujo custo ascenderá a mais de um milhão e meio de Euros e que vem sanar uma carência há já bastante

G.A.A.F. – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família O Agrupamento de Escolas de Mundão conta, ao longo de mais um ano lectivo, com a presença da Equipa Técnica constituída por uma Animadora Cultural, uma Assistente Social e uma Psicóloga, no âmbito do Projecto TEIP II. No presente ano, a Equipa estruturou as suas actividades de uma forma diferente, uma vez que surgiu a possibilidade da implementação do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (G.A.A.F.), através do qual começou por planear e dinamizar as actividades e a responder de uma forma mais organizada às necessidades da Escola. As tarefas a que o G.A.A.F. se propõe são: Selecção de Alunos: · Situações de indisciplina em contexto escolar, principalmente os casos reincidentes de participações escritas e repreensões registadas; · Sinais evidentes de agressividade verbal e psicológica; · Estrutura familiar do aluno, principalmente a nível de carências económicas, ambiente emocional e relação Pais – Filhos; · Alunos com Necessidades Educativas Especiais. Encaminhamento de Aluno: · Depois de identificada cada situação problemática dos alunos

acordo com as várias idades, um leque variado de actividades no âmbito da temática da Educação Sexual. A par destas tarefas, os atendimentos individuais e/ou de grupo, das diferentes áreas de intervenção da Equipa, têm sido bastante solicitados por parte dos Pais/ Encarregados de Educação, Directores de Turma e restantes Professores. À semelhança do trabalho realizado no ano anterior, e de forma a dar-lhe continuidade, é também objectivo do G.A.A.F. dinamizar Acções de Sensibilização com os Pais/ Encarregados de Educação. Contudo, este ano, em parceria com a Associação de Pais, as mesmas estão a ser planificadas e calendarizadas, de modo a serem postas em prática já no segundo período. Contamos com a colaboração de toda a Comunidade Escolar para a sugestão e cooperação nas sinalizações, na realização de actividades e/ou acções de sensibilização, na formação de grupos de apoio, entre outros, de forma a promover o desenvolvimento harmonioso dos alunos e respectivas famílias.

envolvidos e sinalizados, cada um deles será encaminhado para o Técnico/ Serviço que melhor se adapte à sua realidade. A Equipa Técnica tem estado semanalmente a dinamizar actividades nas várias escolas contempladas pelo Projecto TEIP II. Junto dos alunos das Escolas Básicas do 1º Ciclo de Casal de Esporão e Pólo de Bassim, Cepões, Nogueira de Côta e Travassós de Cima, tem-se procurado desenvolver, de

A Equipa Técnica

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OS

PROBLEMAS COM QUE UMA

FREGUESIA COMO A DE CAVERNÃES SE DEBATE SÃO TRANSVERSAIS A TODAS AS FREGUESIAS RURAIS.

tempo identificada. Foi possível, agora, com o empenho da Associação de Solidariedade Social “As Costureirinhas” de Carvernães, levá-la por diante e é com orgulho que em breve a vamos inaugurar. ME: Somos do Agrupamento de Escolas de Mundão e gostaríamos de saber como tem sido o trabalho em parceria com a nossa escola? - Investir nas nossas crianças é sempre o melhor dos investimentos. Creio poder afirmar que tem havido sempre uma saudável entreajuda. É justo, neste aspecto, reconhecer o trabalho exemplar que a escola tem feito na procura de parceiros e consensos. Estarei sempre disponível para o que a escola julgue lhe possa ser útil. ME: Alguma mensagem que queira deixar aos cidadãos da sua freguesia? - A mensagem é a mesma de sempre: têm um Presidente de Junta que defende, intransigentemente, aquilo que são os interesses globais da Freguesia e que luta, a cada instante, para conseguir o melhor para todos. Aquilo que me move e motiva mais não é do que lutar para a melhoria do nosso bem-estar colectivo. Continuo hoje tão entusiasmado como no primeiro dia e posso garantir-lhes, olhos nos olhos, que não os desiludirei e que saberei ser merecedor da confiança que em mim depositaram de forma tão expressiva. ME: Bem-haja pela amável colaboração. Muitos sucessos pessoais e profissionais!


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S. MARTINHO

EXPERIMENTANDO … NO JARDIM INFÂNCIA CARRAGOSELA

O jardim-de-infância de Cavernães e o Jardim-de-infância de Carragosela viveram o S. Martinho em conjunto. Na parte da manhã deste dia, foi explorada a história da Maria Castanha; no Jardim de Carragosela, as crianças fizeram registos e a Maria castanha. No jardim de Cavernães, as crianças fizeram cartuchos da Maria Castanha e foi realizada a dramatização da história pelos adultos do jardim-de-infância; Educadora, Assistente operacional e Funcionárias da C.A.F. Da parte da tarde, foi realizado o Magusto no Jardim de Carragosela Foi uma tarde de convívio entre crianças, educadoras, pessoal auxiliar e alguns pais que puderam divertir-se connosco. Este convívio terminou com o lanche partilhado … Foi uma tarde muito divertida !

Na sequência da planificação contida no Projecto Curricular de Departamento da Educação Pré- Escolar do Agrupamento de Escolas de Mundão, o qual contempla

uma abordagem à ciência, nomeadamente no âmbito da temática da água, as crianças do Jardim de Infância de Carragosela iniciaram este aspecto do seu desenvolvimento curricular; assim, tiveram oportunidade de contactar com a flutuação; para tal, realizaram experiências, observando e manipulando os respectivos materiais, desenvolvendo competências tais como: comunicação, cooperação, para além do espírito de observação, previsão de resultados, levantamento de hipóteses e ainda interpretação e análise de resultados. Foram efectuados registos gráficos e foi também notória a motivação e o empenho com que todas as crianças participaram na actividade.

O magusto na nossa escola No dia onze de Novembro, dia de S. Martinho, realizámos o magusto na nossa escola. A meio da manhã, a D. Alexandrina e as senhoras professoras escolheram o melhor lugar do recreio, onde colocaram a caruma em círculo. Sobre a caruma, espalhámos as castanhas e, em seguida cobrimo-las com mais caruma. A D. Alexandrina ateou o fogo com um isqueiro. Num instante, a fogueira ficou enorme! As chamas deitavam tanto calor que tivemos de nos afastar para não nos queimarmos. O lume foi mexido, com frequência, pela funcionária, para não se apagar e para que as castanhas ficassem bem assadinhas. Quando as castanhas ficaram tostadinhas, deitámo-las em caixas e cartuchos de papel. Depois comemo-las quentinhas e estaladiças. Para não ficarmos empanturrados, bebemos sumo. Também comemos bolos que alguns meninos trouxeram. No final fizemos vários jogos divertidos. Foi um dia de alegria e de convívio entre todos os alunos da nossa escola! Trabalho colectivo Alunos do 3.º e 4.º anos da Escola de Cavernães

www.megafasica.com | e-mail: megafasica@netvisao.pt Lugar da Gândara, 89 | EN 16 - Pascoal | 3515-028 Viseu Tel.: 232 450 066 | Fax: 232 458 125 Telms. 964 077 301 e 919 500 423

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Este ano lectivo, a equipa é constituída pelo Professor Bibliotecário Pedro de Freitas; pelos docentes Helena Candoso, Irene Xavier, Rosa Albuquerque e Manuel Alexandre; pela Educadora Hélia Carvalho e por uma Assistente Operacional, Virgínia Esteves. Se, no ano lectivo anterior, as tarefas centraram-se mais no Material Livro (ao colocarem-se novas cotas monocromáticas em todos os livros), no presente ano lectivo, o trabalho técnico irá incidir sobre o Material Não Livro. Assim, já se encontram disponíveis (on-line) as listas mencionando todos os Vídeos e DVDs existentes, a fim de também servir de apoio curricular.

PROMOÇÃO DA LEITURA O Professor Bibliotecário disponibilizouse e deslocou-se a todos os Jardins-deinfância e à maioria das Escolas do 1º CEB para apresentar aos Pais e Encarregados de Educação os Projectos de Leitura “Leitura em Vai-e-Vem” e “Já Sei Ler”. Estas acções, que visavam divulgar e realçar a importância

da Leitura em Família, tiveram a participação de mais de uma centena de Pais. É de salientar o contributo da Animadora Sociocultural, Jeniffer Marques, que desenvolveu actividades com as crianças presentes, uma vez que estas acções se desenrolaram em horário pós-laboral. Para os novos alunos da E. B 2,3 conhecerem as diversas zonas da biblioteca, saberem movimentar-se e procurarem a informação que necessitam de forma autónoma, todas as turmas do 5.º ano, acompanhadas pelos Directores de Turma, participaram na Formação de Utilizadores, onde cada aluno teve, ainda, a oportunidade de receber um livro de oferta, iniciativa inserida no projecto “Ler+ para vencer”.

CONCURSOS Ao longo do 1.º período, realizaram-se os seguintes concursos: - Concurso da Tabuada – em articulação com a Rádio Escola e os Grupos de Matemática do 2.º e 3.º Ciclos; - Ao Sabor das Palavras – em articulação

com o Clube de Saúde e Ambiente; - Concurso de São Martinho – em articulação com o Clube de Saúde e Ambiente; - Concurso de Desdobráveis referentes à Cidade de Viseu – em articulação com o Grupo de História do 3.º Ciclo.

ACTIVIDADES LIVRES E/OU DE CARÁCTER CULTURAL Na sequência do ano lectivo anterior, continuaram a ser dinamizadas as seguintes actividades: - Exibição de filmes (quartas-feiras 13h15m – 15h00); - Correio da amizade e do amor (quintasfeiras 12h:45m – 13h00) – em articulação com a Rádio Escola; - Poemário (semanalmente) No âmbito do Centenário da República, foi elaborado um questionário contendo quatro perguntas. Este teve por objectivo descobrir quem errava menos (se os rapazes ou as raparigas). Corrigidas as respostas e

À Procura do seu Amor Era uma vez uma menina de circo que procurava o seu amor-perfeito, mas, para o encontrar, precisava de um burro falante. Para que esse burro falasse, teve que lhe fazer uma promessa: procurar um tesouro. Como a menina de circo queria muito encontrar o seu amor, acabou por ajudar o burro. Foi então ao seu quarto e tirou a chave do cofre que o seu avô lhe dera. Para encontrar esse tesouro, precisava de um meio de transporte. Como o seu avô tinha uma vespa, pegando na sua mala, meteu-se ao caminho e logo encontrou o primeiro obstáculo: uma serpente saltou-lhe para a estrada. Para complicar mais a situação, ficou sem gasolina e a serpente não a deixou continuar a viagem. Muito destemida, a menina pegou num pau e tentou afastar a serpente para perto de uma planta carnívora, sendo aquela logo devorada. De seguida, tendo-se já livrado da serpente, começou a empurrar a vespa à mão até ao posto de combustível mais próximo. Abasteceu e continuou a sua viagem. Assim que chegou ao local pretendido, encontrou o segundo obstáculo: um terrorista que vigiava esse local. Como a menina do circo trazia na sua mala uma arma de caçar vampiros, rapidamente o imobilizou. Resolvidos os primeiros obstáculos e encontrado o tesouro, logo foi à procura do burro para lhe transmitir a novidade. O burro, contente por ter conseguido o tesouro, disse-lhe então onde se encontrava o seu amor verdadeiro. Ela, como era curiosa, logo quis saber quem era e pediu-

lhe algumas moedas do tesouro para poder seguir a sua viagem de autocarro. Como o caminho estava em mau estado, o autocarro acabou por avariar. Para complicar mais a situação, começou a trovejar e não teve remédio senão acomodar-se dentro do autocarro, até que parasse a trovoada. Assim que esta acabou, foi pedir boleia junto à estrada. Olhando vagamente por entre o nevoeiro, conseguiu encontrar ao seu lado uma linha de comboio. Aqui estava a sua saída para mais um problema. Ao passar o comboio, conseguiu subir e foi até ao palácio. Cheia de coragem, bateu à porta, mas apareceu uma bruxa má que não a deixou entrar. Como insistiu, imediatamente ficou prisioneira. Levou alguns dias até conseguir fugir do aprisionamento, através da ajuda do seu objecto mágico. Finalmente, conseguiu entrar no castelo e encontrar o seu príncipe. Casaram-se, tiveram muitos filhos e foram muito felizes para sempre.

elaborado o gráfico, constatou-se que foram os rapazes a acertarem mais questões. Convidam-se todos os Alunos e Professores a usufruírem do novo espaço audiovisual (com uma tela e colunas novas) onde, por vezes, já são exibidos documentários e vídeos durante a hora de almoço e filmes à sexta-feira, depois das 16h10. No 2.º período, espera-se inaugurar a nova Biblioteca de Casal de Esporão e dar início ao Projecto “A Hora da História”. Entretanto, paz, amor e boas leituras para todos. “Eu tinha necessidade de descobrir qualquer coisa por mim próprio, de procurar o meu próprio caminho, de encontrar os meus próprios espaços de entusiasmo fora daquilo que os professores ofereciam e para além do que falava a quase totalidade dos meus colegas. Este caminho passava pela Biblioteca…” Paul Hoggart

Poemas em diálogo Salas, sua utilidade e descrição - Salas, de que tipo podem ser? -Podem ser Salas de aula, de jantar Tanto faz, estar nelas Dá sempre prazer! -Salas, para quê? -Nelas, tu podes viver Jogar, ver televisão Ou até escrever! -Salas, onde as há?

-Elas estão nas escolas, nas casas Nos centros comerciais, mas Estejam onde estiverem São sempre sítios bestiais! -Salas, saletas e salões, Que mais poderei saber? Bom, se calhar Não há mais para dizer! Marta Rodrigues, nº15, 6ºC

ACÇÃO DE FORMAÇÃO SOBRE “ESCRITA CRIATIVA” No dia vinte cinco de Novembro, esteve presente no nosso Agrupamento o Dr. António Vilas-Boas a dinamizar uma acção de formação sobre “Escrita Criativa”. A mesma decorreu em dois momentos distintos. Numa primeira fase (parte prática), o formador orientou uma oficina de escrita, na presença de professores, com a turma do 7.º B que se envolveu entusiasticamente na actividade. Na segunda parte (teórico-prática), os docentes dos três ciclos perspectivaram a didactização de alguns conteúdos do CEL (Conhecimento Explícito da Língua) do Novo Programa de Português do Ensino Básico (NPPEB). Todos os participantes reconheceram o mérito deste tipo de iniciativa.

Daniel Filipe Cecílio, 7º B

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As Delegadas de Língua Portuguesa do 2º e 3º Ciclos Maria Glória Abreu Maria Cândida Gomes Almeida


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Visitas de Estudo do CEF Informática A exemplo dos anos anteriores, o CEF Informática iniciou a actividade de visita a empresas e entidades que possibilitem o contacto com as áreas técnicas do curso e uma aprendizagem do mundo do trabalho. Neste contexto, visitámos a Farmácia Nery e a empresa DietMed. O balanço foi muito positivo e, em ambos os locais, fomos muito bem recebidos e acompanhados pelos professores José Marques e João Botelho.

Magusto da EB 2,3 de Mundão Concretizou-se a Feira-Mostra de Produtos da Época, à qual aderiram 17 turmas. O lancheconvívio foi abrilhantado com uma Mostra de Pregões, realizada pelos alunos do Clube da Saúde e do Ambiente. A nossa turma ajudou a organizar a feira e o lanche e foi o primeiro dia

Pedro Pombo, nº 8 e Marco Lopes, nº 6

em que vestimos a nossa farda. Houve grande adesão e um saudável convívio! Gostámos muito. CEF H 1º

Vim para o CEF Hotelaria porque…

CAMPEONATO EUROPEU de PROFISSÕES No dia 10 de Dezembro, as turmas CEF deslocaram-se a Lisboa para uma visita ao Campeonato Europeu das Profissões. As expectativas previstas para esta visita de estudo foram superadas. Os alunos tiveram oportunidade de contactar, observar e recolher informação sobre produtos, técnicas e equipamentos na sua área. Assistiram, igualmente,

André nº1 Porque gosto e queria aprender.

Jorge nº 7 Gosto da área de hotelaria e para fazer o 9º ano.

António nº2 Tive colegas meus, mais velhos que frequentaram este curso e aconselharam-me a vir para cá. Eu gosto deste curso e estou a aprender muitas coisas novas.

Paulo nº 10 Porque gosto da área de serviço de cafetaria, balcão e mesa e quero aprender o máximo. Já sei alguma coisa mas quanto mais aprender melhor para a minha vida profissional. Adoro este curso!

António nº3 Para poder tirar o curso e um dia ter um restaurante meu. Acho que tenho muito jeito para o curso. João Pedro nº5 Por opção minha porque acho que tenho um pouco de jeito para a hotelaria e gosto desta área.

à realização de trabalhos práticos. Tiveram acesso a um espaço moderno, actualizado e multifacetado. Esta visita de estudo foi, sem dúvida, uma mais-valia, servindo para alargar/estimular o conhecimento sobre a área profissional dos cursos. Os professores envolvidos na actividade.

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Jorge nº 6 Para tirar um curso, para ir trabalhar, para ganhar dinheiro e também já tinha reprovado um ano.

Pedro nº 11 Porque na minha outra escola não tinha condições para continuar e porque gosto da área profissional. Sérgio nº 12 Porque reprovei duas vezes e gosto deste curso. Tiago nº 13 Porque já tinha reprovado muitas vezes e porque gosto de servir à mesa. Géssica nº14 Porque comecei a observar os meus colegas mais velhos que frequentavam este curso e gosto das actividades.


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A Girafa Habitat As girafas podem ser encontradas em todo o território do Centro e do Sul do continente africano. Gostam de viver nas estepes e savanas, em amplos espaços, onde podem usar a sua maior arma, a velocidade. Regime Alimentar :Herbívoro Os longos pescoços e patas das girafas permitem que estes herbívoros comam só as folhas das copas das árvores, que são inacessíveis para outros animais, podendo aí escolher as folhas mais verdes e tenras. As suas folhas preferidas são as de acácia. Reprodução: Vivíparos O tempo de gestação das girafas varia entre os 420 e os 465 dias, nascendo posteriormente uma única cria, que é amamentada pela mãe. Ao resto do grupo, cabe o papel de proteger a cria dos predadores. Curiosidades: Uma girafa adulta pode medir 4 metros de comprimento, 6 metros de altura e pesar cerca de 1200 kg. O facto de ter de se agachar para conseguir beber água faz com que a girafa seja extremamente vulnerável nessa altura e, então, os seus predadores, os leões, não perdem a oportunidade de atacar. Esperança de vida As girafas a viver em liberdade, no seu habitat natural, podem viver entre 10 e 15 anos; já em cativeiro, a sua esperança de vida aumenta significativamente, para os 20 ou mesmo 25 anos. Nas girafas, o macho é significativamente maior e mais robusto que as fêmeas, sendo por isso relativamente fácil distingui-los. Francisca Ribeiro,5º B

Diversidade Animal Os golfinhos do Sado

Os golfinhos que existem no estuário do rio Sado pertencem a uma espécie denominada Tursiops Truncatos, que é abundante a nível mundial e também nas águas costeiras portuguesas. No entanto, apenas existem cerca de 25 golfinhos nas águas do Sado e correm o perigo de desaparecer. São também conhecidos por Roazes do Sado ou Roazes-corvineiros. Têm este nome por gostarem de rasgar as redes dos pescadores à procura de corvinas para se alimentarem. Quando nascem, medem entre 90 e 130 cm de comprimento e pesam cerca de 90 Kg. O período de gestação das fêmeas é de 12 meses e a cria alimenta-se de leite materno até aos 18 meses, embora a partir dos 6 meses já possa ingerir alimentos sólidos. A fêmea só tem uma cria de cada vez e, normalmente, os nascimentos acontecem no final do Verão. Fica aproximadamente três anos a cuidar da sua cria para a ajudar a ganhar experiência e independência. Só depois fica disponível para ter um novo filhote. Esta espécie de golfinho possui um corpo a cabeça robustos e o seu bico é curto, largo e nitidamente distinto da cabeça. Tem dentes muito fortes. Normalmente, as suas cores vão desde creme a cinza, chegando mesmo ao preto. As suas barbatanas são todas diferentes, a cauda tem dois ramos que o impulsionam na água. Os golfinhos adultos podem medir até 4 m de comprimento e o seu peso médio é de 500 Kg. A sua alimentação é bastante variada, comem diversas espécies de peixe, moluscos (polvos, lulas e chocos) e crustáceos (camarões, caranguejos...). Um golfinho adulto precisa de comer entre 15 e

20Kg de alimentos por dia. Estes animais são muito inteligentes, curiosos e sociáveis. Os seus saltos na água são bastante apreciados, no entanto não se sabe o seu significado. Podem saltar por brincadeira, para comunicarem uns com os outros, para caçarem ou por qualquer outro motivo desconhecido. A nadar, podem atingir uma velocidade de 40 Km de velocidade por hora. O estuário do Sado tem diversos problemas de poluição, proveniente de indústrias químicas, da cimenteira, da construção naval, da actividade portuária e dos esgotos da cidade de Setúbal. A poluição do seu habitat é uma das principais ameaças à sua sobrevivência. Também as embarcações de observação destes animais podem ser prejudiciais se não mantiverem a distância necessária. Para que os golfinhos continuem a habitar as águas do Sado, é urgente evitar a poluição. Escola de Cavernães - Trabalho da Área de Projecto Grupo: André Almeida, Francisco Carvalho, Márcia Ferreira e Rita Lopes

O Tubarão O tubarão nasce com quarenta e cinco centímetros de comprimento e já com apetite devorador de adulto. Em pouco tempo atinge um metro e meio. Aos três anos, o tubarão já é adulto. Tem um corpo esguio, com cinco metros de comprimento e uma tonelada de peso. Possui um olfacto muito apurado que detecta substâncias diluídas na água (sangue, por exemplo) a duzentos e cinquenta metros de distância; ele não resiste ao cheiro de sangue, fica excitadíssimo. Ataca com uma precisão extraordinária, pois possui órgãos sensíveis altamente aperfeiçoados. Caça tudo o que se move, incluindo polvos ou tartarugas. Em cada dentada, pode arrancar pedaços com mais de vinte quilos de carne. A dentada do tubarão é fatal, pois ele possui sete fileiras de dentes tão afiados como navalhas. Ataca em qualquer circunstância, por fome ou, simplesmente, para satisfazer o seu movimento agressivo. Qualquer modificação na pressão de água faz reagir uma mucosa especial que envia ao cérebro a mensagem sobre tipo, tamanho e formato da presa. O seu aspecto de assassino feroz faznos arrepiar. Informação recolhida no livro” Selvagens e amigos”, das edições Nosso Amiguinho. Trabalho de pesquisa realizado por Daniel Marques, do 5°B

Conheces provérbios? Tenta, então, descobrir a parte final dos provérbios que se encontram na coluna da esquerda. (Atenção! Há um provérbio que fica de fora…)

Procura, na sopa de letras abaixo, doze palavras relacionadas com o Natal: prendas; bacalhau; missa; pinheiro; consoada; festa; Jesus; luzes; Belém; nascimento; família; presépio. (Podem estar na horizontal, na vertical, na diagonal ou escritas ao contrário).

Sopa de Letras

Soluções:

Provérbios A bom gato bom rato. Boi ladrão não amanhece em roça. Macaco velho não trepa galho seco. Mais vale ir do que mandar. Em Abril queima a velha, o carro e o carril. Em Agosto sardinhas e mosto. A ambição não tem fiador. A barriga cerra o coração. Da discussão nasce a luz.

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A MINHA TRAVESSIA (Parte II) Se estão lembrados, no ano passado, a minha travessia começou em Viseu (nossa terra natal) e terminou na mesma cidade. Mas, a verdadeira travessia iniciou-se na Praia da Madalena e “terminou” na aldeia de Alfaiates (na raia fronteiriça, perto de Vilar Formoso). Este ano, o desafio era continuar a descer junto à fronteira com “nuestros hermanos”, percorrer o Algarve e subir junto ao mar até à

Paulo Martins Lemos. Não perdi muito tempo e já estava em Lagos. De Lagos a Porto Covo, de Porto Covo a Sesimbra, de Sesimbra a Santa Cruz e de Santa Cruz à Nazaré. Muita paisagem já vista que se contemplou com mais paciência e coisas novas que se descobriram. Pontos altos do percurso: Aljezur, Odeceixe, Sines, Tróia (passagem de barco), Setúbal, Serra da Arrábida, Almada (passagem de barco), Lisboa, Parque natural de Sintra, Ericeira, Lourinhã, Peniche, Óbidos,

Vila Viçosa

Castro Marim

praia da Madalena, para completar o perímetro do nosso país. E assim, teria a Minha Travessia completa e a “circumpedalada” a Portugal. É um feito assinalável! Só comparável com a descoberta do caminho marítimo para a Índia. Eh!eh!eh! Foi num dia tórrido de Agosto que iniciei a minha empreitada do pedal. A ligação de Viseu a Alfaiates foi feita com a ajuda de um veículo de quatro rodas. De seguida, arranjou-se a bagagem, retemperaram-se as forças e toca a pedalar rumo a Espanha onde percorri alguns quilómetros para, de seguida, regressar a Portugal, entrando pelas termas de Monfortinho

de Ródão, onde conheci uma das candidatas a Maravilha Natural de Portugal – as Portas do Ródão. É um sítio fabuloso proporcionado pela mãe Natureza! Fiz aqui uma pausa e contemplei esta “obra de arte”. De seguida, passei por Nisa, Alpalhão, Portalegre e cheguei ao sítio programado: Elvas. É o lugar do qual o cantor diz que se vê Badajoz. Não verifiquei isso, mas que Espanha estava perto, estava. Eram espanhóis por todo o lado. Nos dois dias seguintes, cheguei ao Algarve, a Monte Gordo, parando por terras de Serpa onde pernoitei. Nestes dois dias, passei por sítios muito belos. onde conheci cidades, vilas, aldeias com monumentos inesquecíveis, paisagens novas e onde enfrentei dias e noites de calor sufocante. De entre essas terras, ficaram na

Nazaré - vista do Sítio

Foz do Arelho e o Sítio da Nazaré. Chegado à Nazaré, já tinha a companhia da família, que prestou o maior apoio moral e logístico possível. A partir daqui, tive a companhia do outro “ciclista” da casa que percorreu alguns quilómetros comigo – assim custa menos. Da Nazaré, partimos para a Figueira da Foz, passando por S. Pedro de Moel, P.ª de Vieira de Leiria, P.ª de Pedrógão e, pouco depois, já estávamos na Figueira da Foz. Passeámos e recordamos alguns sítios e pernoitámos para, no dia seguinte, continuar rumo ao objectivo, e assim se fez, continuando para norte, passando o Cabo Mondego, Quiaios e Praia da Tocha. Nesta última localidade, tomou-se a decisão de regressar a casa, dado que o caminho que faltava percorrer já tinha

Mértola

e passando por sítios de referência como a aldeia de Penha Garcia, Monsanto (não desci, porque o calor era excessivo e a carga também) e Idanha-a-Velha. Nesse primeiro dia, fui dormir a Castelo Branco. Este primeiro dia foi um sossego, pois tive sempre apoio, relativamente a água, comida e força moral, por parte da minha companheira de vida. Nesse primeiro dia, cortou-se o cordão umbilical para, no dia seguinte, se pedalar sozinho rumo ao sul. Ainda deu para ver Castelo Branco, um pouco à pressa, e rumar a Vila Velha

Portas do Ródão

memória: Vila Viçosa, Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Barragem do Alqueva, Moura, Mértola e Castro Marin. Ficou o Alentejo para trás e as estradas sem vivalma também. É bonito, mas muito pouco povoado e com poucas possibilidades de abastecimento de água e alimentos. No Algarve, já é outra vida: muito turismo, muita evolução! Alguma dela desnecessária. Parti de Monte Gordo, com o intuito de chegar a Lagos, e a missão foi superada. Para ser mais rápido, andei quase sempre pela perigosa Nacional 125. Esta zona já conhecia, pois já tinha percorrido estas estradas em sentido contrário. Depressa cheguei a Albufeira – Praia da Galé – onde almocei com um colega de escola que lá se encontrava com a casa às costas, ou seja, sobre rodas – o amigo

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Palavras para quê...

sido feito dois anos volvidos e a motivação de descobrir não existia. Toca a pedalar rumo a Viseu onde se chegou ao final da tarde. Terminou a “Grande Travessia”. Foram dez dias de prazer, pedalando por esse país fora (1400 km) e conhecendo lugares fantásticos. São férias diferentes, que permitem retemperar forças para um novo ano lectivo e que nos possibilitam a criação de novas ideias para implementar na nossa vida pessoal e profissional. Para o ano há mais, mas até lá vamos ter de praticar muito desporto para aguentar as agruras de uma nova aventura. Até lá, um grande abraço do repórter em férias! Professor José Pais


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O Natal: representação artística e tradições A celebração do nascimento de Jesus levou peregrinos a Belém, desde os primeiros séculos do cristianismo, para visitarem o local onde se acredita que nasceu Jesus. As primeiras representações artísticas (pinturas, relevos ou frescos) do nascimento de Jesus surgiram por volta do século IV, sendo atribuídas a Santa Helena, mãe do imperador Constantino. No século XIII, surgiram as primeiras representações teatrais

do nascimento de Jesus, por obra de São Francisco de Assis. Na noite de 24 de Dezembro de 1223, celebrou a missa de Natal com uma representação cénica, numa gruta da floresta de Greccio, em Itália. Francisco admirava muito o amor de Deus para com a humanidade, patente no seu nascimento pobre numa manjedoura. Causava-lhe espanto e alegria a forma como Deus tinha nascido para os seres humanos. Naquela noite de Natal, na cidade de Greccio, queria que todos sentissem a mesma alegria que ele sentia ao pronunciar a palavra “Belém”. Preparou uma noite de Natal diferente. Convocou muitas pessoas, de vários lugares, para participarem na noite de Natal no convento de Greccio, onde então vivia. A encenação do nascimento de Jesus, feita por São Francisco, foi repetida pelos frades franciscanos em igrejas e conventos de toda a Europa. Por este motivo, os frades franciscanos são considerados verdadeiros pioneiros na construção de presépios. O presépio é uma das principais representações do Natal. Tradicionalmente, as famílias cristãs preparam o presépio no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição. Tal como os conhecemos hoje, os presépios apareceram no século XVI em

Itália, primeiro em igrejas e mosteiros e, posteriormente, em casas particulares. Com o passar do tempo, estavam totalmente inseridos na cultura cristã da Europa. Os presépios napolitanos, que surgiram no século XVIII, são dos mais conhecidos no mundo inteiro e representam grandes obras de arte, com figuras muito belas e ricamente ornamentadas. Os presépios em Portugal tiveram início no século XV, quando o rei D. João II solicitou ao italiano Lorenzo de Médicis que enviasse para o reino o arquitecto e escultor Contucci Sansovino a fim de trabalhar na criação de presépios para o reino. Este contratou os melhores artesãos portugueses e desenvolveu a arte dos

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presépios. Em Portugal, os presépios tornaram-se o símbolo mais importante do Natal e passaram a ser incluídos em quase todos os lares, constituindo um importante marco na cultura artística portuguesa. Os barristas Machado de Castro e António Ferreira são citados entre os mais conceituados escultores de presépios. Outras tradições estão também associadas à preparação e celebração do Natal, nomeadamente os cânticos, o pinheiro, as luzes, as prendas, a consoada, as estrelas, o bolo-rei, a coroa, a utilização do azevinho nos arranjos, os cartões… A missa do galo, uma tradição da noite de Natal, surgida no séc. V, é celebrada na noite de passagem do dia 24 para 25 de Dezembro, por volta da meia-noite. Quanto à explicação da denominação “missa do galo” não existe consenso. Uns acreditam ter sido este o primeiro animal a presenciar o nascimento do menino Jesus e, por esse motivo, atribuem-lhe a missão de anunciar o seu nascimento; outros acreditam que esta denominação é uma alusão ao galo que cantou depois de Pedro ter negado Jesus por três vezes, na noite do seu julgamento. Na celebração da missa bem como noutros contextos, executam-se cânticos de Natal. Alguns são de uma beleza excepcional e, por isso, não são esquecidos: permanecem ao longo dos anos.


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Projecto Comenius – Visita à Polónia

Auschwitz: Um encontro com a História A visita à Polónia, no âmbito do Projecto Comenius, foi uma experiência única e maravilhosa. Encontrámos diferentes pessoas e culturas e visitámos lugares importantes. Um desses lugares foi Auschwitz, que se situa no sul da Polónia, a cerca de 60km de Cracóvia, e é o campo de concentração mais famoso da história do Holocausto. Na verdade, são dois campos: Auschwitz I – aberto em 1940, que servia de centro administrativo para todo o complexo. Começou como campo para prender intelectuais polacos, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos; Auschwitz II (Birkenau) – construído posteriormente, não era apenas um campo de concentração, mas um campo de extermínio de judeus, ciganos, pessoas de cor, políticos, entre muitos outros que Hitler considerava como sendo raças inferiores. Hoje em dia, os campos de Auschwitz I e II são museus abertos ao público, para que perdure na memória dos povos o maior e mais horrível crime cometido na história da Humanidade. Eram 15 horas, do dia 30 de Setembro de 2010, com o sol a romper por entre as nuvens, quando chegámos a Auschwitz I. Ao iniciarmos a visita, sentimos que estávamos prestes a entrar num mundo paralelo, de onde pouquíssimas

pessoas tiveram a sorte de sair: as grades eléctricas, as torres de vigilância, e a frase icónica por que não dizer irónica “Arbeit Match Frei” - “o trabalho liberta” são apenas uma pequena amostra de como o ser humano pode ser tão cruel. O clima era bastante pesado. Não dava vontade nem de sorrir para as fotos, nem de conversar muito. Os detalhes das atrocidades… e pensar que tudo ocorreu na época dos nossos avós! Como uma geração tão próxima foi capaz de realizar actos tão terríveis? A realidade faz-nos sentir mais… humanos…ou talvez não! Local de história e de recolhimento onde milhares e milhares de seres humanos foram sacrificados em nome de uma “doutrina”. Apesar da multidão, ninguém fala alto. Nem o guia, muito bem preparado que tornou a visita ainda mais interessante. Eles usam microfones auriculares e os grupos fones. A visita é uma experiência de vida muito marcante - é um encontro com a História. No cartaz que está logo à entrada, podese ler: “havia uma orquestra aqui que tocava marchas enquanto os prisioneiros entravam ou saíam para o trabalho forçado. Mas não era para animá-los mas sim para facilitar a contagem, pois eram obrigados a marchar conforme a música.” Muitos judeus eram

levados acreditando que os prisioneiros do campo saíam para trabalhar durante o dia nas construções do campo. Durante muito tempo não se sabia que era um campo de extermínio. Muitos tentaram fugir – alguns conseguiram – porém se apanhados, eram punidos com a morte ou então, as famílias dos fugitivos eram presas em Auschwitz, para serem exibidas como advertência a outros prisioneiros. Todo o complexo dos campos está cercado e rodeado de arame farpado e cercas eléctricas – alguns prisioneiros

utilizaram-nas para se suicicidar, e alguns guardas instigavam a aproximação dos prisioneiros, para que parecesse que eles tinham encetado uma fuga, assim ganhavam um dia de folga a mais. A visita prossegue pelo interior de alguns dos blocos que um dia foram os alojamentos ou celas das vítimas e onde se aplicavam castigos, seguindo toda a lógica do que se passava por ali. A “propaganda” Nazi usada para capturar e atrair famílias inteiras de judeus, a quem fora prometida a oportunidade de recomeçarem as suas vidas. Famílias inteiras eram capturadas e transportadas em comboios de carga, saindo de todos os cantos da Europa – alguns viajavam 17 dias dentro de comboios sem janelas, sem cadeiras, camas, W.C., comida ou água. Muitos já chegavam lá mortos. Nesses blocos, agora transformados em Museu, foi arrepiante olhar para montras de exposição com os cabelos, os óculos, o material de higiene, os sapatos, as malas e a próteses das vítimas. Havia celas fechadas com apenas um pequeno buraco para fora, onde ficavam dezenas de prisioneiros; durante o Inverno, a neve acabava por tapar o buraco; os presos amontoavam-se para conseguir respirar um pouco de ar vindo de fora. As celas eram extremamente pequenas (menos de 1m2), com até 4 presos, não sendo possível sentarem-se ou baixarem-se. Outros eram executados ou deixados sem comida para morrer de fome. Existia o pátio de fuzilamento entre o bloco das experiências médicas (à esquerda) e o das torturas (à direita). No fim do bloco das torturas existia uma porta, por onde as vítimas saíam, completamente nuas, directamente para este

pátio. Em 1941, fizeram os testes do gás Zyklon B, matando 850 prisioneiros polacos e russos. Como resultado, foi construída uma câmara de gás e um crematório, para eliminação de um número maior de prisioneiros (até 2.500 de cada vez). Esta é a única câmera de gás ainda intacta, possível de visitar. Foi angustiante saber que as câmaras de gás não eram conhecidas pelos prisioneiros do campo. Ao chegarem à câmara, os nazis diziam a todos que eles entrariam num balneário, deixariam as suas roupas nos armários e entrariam para tomar um banho quente, para que depois pudessem tomar uma sopa bem quente! Tanto que após o discurso, o comandante era aplaudido e eles entravam numa espécie de balneário, para dar mais veracidade antes de entrar na câmara propriamente dita e ninguém de fora suspeitar o que aconteceu e espalhar pelo campo (e para fora do campo). Outros prisioneiros eram responsáveis pela cremação dos corpos; então, como eram poucos os que sabiam o que acontecia lá dentro, eram condenados à morte após 3 ou 4 meses de trabalho. As crianças, idosos e os doentes iam directamente para as câmaras de gás. Cada tipo de prisioneiro também era identificado, possuindo uniforme próprio para sua raça: judeu (usavam os “pijamas azuis listrados”), Auschwitz é o símbolo máximo do Holocausto, que volta a ser lembrado todos os anos no dia 27 de Janeiro, dia em que se assinala pelo mundo fora o aniversário da sua libertação pelas tropas aliadas. O Campo da Morte, designação talvez insuficiente para definir o local do maior crime jamais cometido por seres humanos, que felizmente foi libertado pelo Exército Vermelho, a 27 de Janeiro de 1945. Auschwitz é um marco na história da Humanidade. Um triste marco. Mortífero, macabro e sinistro. Por este motivo, é preciso fazer de Auschwitz algo inesquecível. É imprescindível que seja lembrado, quando alguém é discriminado pela cor, pela crença ou ainda quando se coloca em questão a veracidade sobre os crimes deste passado tenebroso. Ou quando se lêem ou ouvem notícias como, por exemplo, sobre pessoas que passam fome, dormem na rua e não têm trabalho.

Tudo isso tem algo em comum com Auschwitz, porque são comportamentos baseados na intolerância, na arrogância, na pseudo-superioridade racial e na violência cega. Nessas horas, é preciso ter não apenas consciência, mas principalmente coragem. Calar diante de tais coisas é, em determinado aspecto, pactuar com elas. É preciso nestes momentos ser radical. TLF: 232 436284 | FAX: 232 448 533 E-Mail: alfacreme@alfacreme.com Av. dos namorados | Orgens | 3510 - 674 Viseu

5 alunos e 2 professores da nossa Escola que visitaram Auschwitz

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À DESCOBERTA DO MEIO

O conhecimento do meio em que o Agrupamento está inserido revestese de uma importância extraordinária no decorrer do processo ensino /aprendizagem, pois nele se inserem as vivências dos nossos alunos, em relação às quais nenhum agente educativo deve ser alheio Foi com este propósito que, no pretérito dia dez de Setembro, o pessoal docente e não docente realizou um périplo pela zona geográfica do Agrupamento, onde as palavras de ordem foram, sem dúvida, a observação, a sociabilização, a confraternização, a aquisição de conhecimentos e a diversão. Ávidos de conhecer todo o parque escolar pertencente ao Agrupamento e o seu meio envolvente, os participantes

Em prol do Ambiente

(cerca de 120) realizaram, ao longo dos cerca de 50Km, com entusiasmo e grande competição, as actividades que lhe foram propostas pela organização. Lançaram o pião, jogaram ao lencinho, contaram, cantaram, relembraram e regressaram à infância Deu gosto ver os participantes empenhados em responder às questões e conseguir ultrapassar todos os desafios. Deu gosto ver sã camaradagem e o convívio

estabelecido entre todos os elementos. Deu gosto constatar que foi uma actividade enriquecedora.

Com a convicção de que são os jovens de hoje os garantes do Futuro, aqueles que vão lutar por um ambiente melhor e mais harmonioso, por um mundo solidário e equitativo, decidimos apostar na formação dos jovens, consciencializá-los para uma educação Ambiental e Humana e, acima de tudo, torná-los seres autónomos e felizes. É imbuídos deste espírito que o Clube de Saúde e Ambiente, em parceria com o programa Eco-escola, Projecto Educação para a Saúde, etc., tem vindo a realizar actividades conducentes à Educação Ambiental e a uma nova tomada de atitude face ao meio e problemas conexos. São exemplos disso: A participação na actividade 10-1010, actividade realizada à escala mundial e organizada pela associação 350.org., onde os elementos do clube e as turmas do 6ºA e B participaram activamente numa manifestação em prol da

diminuição do CO2, albergando “ camisolas com o número dez”. Realizaram ainda uma exposição com produtos da época, apelando à preferência do consumo dos mesmos. A equipa de Saúde e Ambiente agradece a todos quantos participaram na manifestação e deixa aqui uma palavra de apreço e agradecimento à nossa animadora cultural que nos tem apoiado nas diversas actividades. Professora Isilda Monteiro

Garantindo as raízes do futuro

Professora Isilda Monteiro

A Comemoração do Dia de S. Martinho

Na semana que antecedeu o dia 11 de Novembro, os elementos do clube da Floresta e Ambiente realizaram trabalhos alusivos ao Dia de S. Martinho, enfatizando a importância do Castanheiro e da Castanha ao longo dos tempos. Fizeram uma exposição no átrio principal da escola, com objectos e produtos naturais relacionados com a efeméride. Como forma de sensibilizar para a preservação da Floresta e envolver toda a comunidade escolar, a Equipa de Saúde e Ambiente organizou, em parceria com a Biblioteca, o Concurso” Quadras de S.Martinho”, onde obrigatoriamente deveriam entrar as palavras floresta e S. Martinho. Foi um sucesso! O castanheiro, patente ao público na biblioteca, ficou grande! Parabéns a todos os participantes!

No passado dia 23 de Novembro, comemorou-se o Dia da Floresta Autóctone (floresta cujas árvores são originárias do próprio território onde habitam), dia que foi estabelecido para divulgar a importância da conservação das florestas naturais e a necessidade de as salvaguardar da destruição. Pois as florestas autóctones estão mais adaptadas às condições de solo e clima do território, sendo mais resistentes a

Professora Isilda Monteiro

pragas, doenças e a períodos longos de seca e chuvas intensas, em compara-ção com as espécies introduzi-das: o zambujeiro (ou oliveira brava), o medronheiro, o carvalho, a azinheira, o pinheiro-manso, o amieiro, o freixo, o salgueiro, o azevinho são exemplos de árvores autóctones específicas do território português. Os elementos do Clube de Saúde e Ambiente associaram-se a esta comemoração com a realização de diversas actividades, nomeadamente, a sementeira de árvores autóctones, onde cada aluno lançou na terra, em vaso individual, devidamente identificado como nome vulgar e científico, uma ou mais sementes das ditas espécies e se comprometeu a cuidá-la e acompanhar a sua possível germinação, para posterior plantação na zona circundante da escola, garantindo, assim, as raízes do futuro. Fizeram ainda uma exposição e um powerpoint, para sensibilizarem para a necessidade da preservação destas espécies. Professora Isilda Monteiro

Poluição, um tema conhecido! Quando ouvimos o termo poluição Lembramo-nos do lixo Mas, e se pensássemos antes, No nosso desperdício? Para mim, poluição Não é simplesmente sujar É também não saber aproveitar O que a natureza tem para dar!

Não são para abusar, E manter a Terra limpa É uma regra para usar! Vamos lá todos pensar No que fazer para ajudar: Primeiro espalha-se a notícia Depois é realizar! Marta Rodrigues, 6ºC

Claro que os recursos

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DEZEMBRO 2010

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