Portfólio de Arquitetura | Ana Carolina Batista de Abreu

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ANA CAROLINA BATISTA DE ABREU portfรณlio de arquitetura 2019



CV 04 CASA DE CULTURA 06 PORTO FLUVIAL URBANO 12 HABITAÇÃO PARA O TAMANDUATEÍ 18 INTERVENÇÃO NO BANCO SULAMERICANO 24 CORNER IN VIALE TUNISIA 28 MUSEU DA CRIATIVIDADE 34


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Ana Carolina Batista de Abreu Bernardo Pereira SĂŁo Paulo, SP 11 982317097 anacarolinabape@gmail.com issuu.com/anacarolinabatista4


5 FORMAÇÃO Graduação em Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo (FAUUSP), 2014 - 2020 (previsão) Intercâmbio acadêmico em Arquitetura e Urbanismo Politecnico di Milano, setembro 2018 - janeiro 2019 Curso Técnico em Design de Interiores Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, 2011 - 2012 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Grupo SP Arquitetos Estagiária, fev/2019 - momento CURSOS COMPLEMENTARES Curso de representação arquitetônica CURA, 36 horas, 2017 Curso Revit Architecture Treinasoft, 25 horas, 2017 EXTRACURRICULARES Participação na equipe da FAUUSP no concurso e exposição Marghera City of Making na Bienalle di Venezia, sob coordenação do Prof. Dr. Francisco Spadoni, 2018 Monitoria de graduação (FAUUSP) na disciplina Arquitetura – Projeto 2: Habitação, sob orientação do Prof. Dr. Francisco Spadoni, 2017 Pesquisa de Iniciação Científica inserido no Programa Unificado de Bolsas USP “Cadernos de Habitação Coletiva: Edifício Três Marias”, sob orientação da Profa. Dra. Marta Bogéa, 2017 - 2018 Participação no concurso Museu da Criatividade | projetar.org, 2017 Catalogação de coleções fotográficas de Arquitetura e Urbanismo para difusão web no projeto ARQUIGRAFIA, sob orientação do Prof. Dr. Artur Rozestraten, 2015 - 2016 SOFTWARES AutoCad, Sketchup avançado Adobe Phtoshop, Adobre Indesign, Microsoft Office intermediário+ VRAY intermediário Qgis, Revit, Rhinoceros, Archicad básico IDIOMAS Inglês avançado+ Italiano básico+


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CASA DE CULTURA FAUUSP, 6º semestre | Desenvolvido individualmente Orientação: Angelo Bucci

Vizinho à Praça Roosevelt, em local de grande movimentação artística e cultural da cidade de São Paulo, a Casa de Cultura insere-se na esquina da rua Nestor Pestana com a rua Matinho Prado, local onde atualmente encontra-se um terreno vazio. O caráter cultural do edifício somado aos generosos espaços e à um grande terraço livre, constitui certa continuidade vertical à praça. Contíguo à uma pesada empena de concreto, o projeto busca uma transição suave entre este volume vertical e o teatro Cultura Artística, projetado pelo arquiteto Rino Levi. Tal transição é dada pelo grande volume de circulação vertical, o qual transforma-se em delicadas passarelas que o liga aos salões onde ocorre o programa principal. O programa, pode ser entendido como três grandes blocos: apresentações, leitura e exposições, os quais organizam-se no edifício intercalados com espaços livres e/ou abertos. No térreo, livre em sua maior parte, instala-se um café e um pequeno

bicicletário, os quais mantêm de certa maneira o programa que acontece no térreo das edificações que circundam a praça. A administração, sobre um dos mezaninos compartilha o espaço calmo do salão de leitura. Entre o bloco de apresentações - com áreas para teatro, dança e música – e o de leitura surge o primeiro respiro do edifício, sem esquadrias e protegido por brises, que constitui um local de descanso e contemplação. Acima, tem-se o segundo pavimento livre, o qual possui pé direito duplo, sem esquadrias ou brises e que permite uma visão privilegiada da cidade. Neste local é possível a ocorrência de apresentações e exposições ao ar livre, assim com quaisquer atividades pertinentes à casa de cultura. Por fim, no topo do edifício e acima do bloco de oficinas – onde aconteceriam atividades e exposições – encontra-se o restaurante-mirante, coberto por uma película de vidro translúcidos que une todos os volumes do edifício.


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Pavimento tipo Salões | leitura, teatro, apresentações, oficina

Térreo


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Situação 0

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PORTO FLUVIAL URBANO FAUUSP, 3º semestre | Desenvolvido com Bruna Teixeira e Teo Butenas Orientação: Milton Braga

No contexto do Hidroanel Metropolitano de São Paulo, proposto pelo grupo Metrópole Fluvial, o projeto insere-se em um dos braços da Represa Billings buscando implementar um porto fluvial urbano na Estrada do Alvarenga, um dos muitos previstos, para um futuro sistema de transporte fluvial na metrópole paulista. A intervenção urbana também se dá na medida em que é proposto o alargamento da Estrada do Alvarenga e implementação de faixas exclusivas para ônibus e bicicletas. Assim, além de sua função principal, o Porto tem o papel de articular as conexões intermodais entre pedestres, bicicletas, ônibus, carros e barcos. Visando cumprir este papel de articulador de modais de forma simples e eficaz, o Porto conecta as duas águas e a Nova Avenida Alvarenga através de uma linha. Sua linearidade se vê também expressa no desenvolvimento horizontal do edifício, que

se dá ritmado e com certa musicalidade, graças à modulação dos pilares que cria vãos cada vez maiores à medida que se aproxima do embarque e desembarque do porto, chegando a um vão de 72m. A treliça, elemento principal do edifício, partilha desse ritmo, pois tem sua altura estrutural também aumentada à medida que os esforços aumentam, trazendo para a fachada a percepção das diferentes forças que atuam em cada momento do prédio. Configura-se uma proposta de correlação direta entre forma e estrutura. Ainda que sob enormes esforços estruturais, o projeto preza pela leveza, conforme o esbelto edifício se projeta sobre a água, em um grande balanço.


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ESQUEMA ESTRUTURAL Treliça como protagonista

MARQUISE integração dos usos e fluidez

SERVIÇOS E CONTROLE DO PORTO visão da represa

VIDRO interface interior/exterior

LINHA articulação intermodal


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Primeiro pavimento mirante, café, bilheteria, lojas, depósito, oficina de bicicletas, bicicletário

Mezanino diretoria, reuniões, controle, coordenação, copa, enfermaria, descanço

Térreo embarque/desembarque


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HABITAÇÃO PARA O TAMANDUATEÍ FAUUSP, 5º semestre | Desenvolvido com Bruna Teixeira e Victor Félix | Orientação: Álvaro Puntoni

Localizado no tradicional bairro da Mooca, em São Paulo, próximo ao rio Tamanduateí, o projeto insere-se em uma nova malha urbana proposta pelo grupo Metrópole Fluvial, a qual visa a reurbanização do antigo bairro industrial afim de retirar os galpões e fábricas abandonados e criar edifícios de habitação social. Além disso, é proposto um novo sistema de drenagem para o novo bairro, com canais à céu aberto e instalação de um porto fluvial urbano, que deverá fazer parte do projeto de transporte fluvial urbano da metrópole paulista. Assim, em uma quadra de 80x80 metros, entres as avenidas Parque da Mooca e Henry Ford, e com desnível de sete metros, o projeto prioriza uma quadra permeável que estimule as transposições e a ampliação do passeio público. Prevê um térreo fluido que se dá em três diferentes níveis, com uso variado e equipamento público. O programa se divide entre os patamares intermediários e o térreo inferior: comércios, serviços e o equipamento, um centro cultural e

escola de música. Ainda, no térreo inferior se propõe um generoso jardim no vazio central. Acima, o térreo superior de uso público e o mezanino de uso coletivo da habitação (nível 740,5 m) funcionam como marquises e salões abertos. O projeto procura estabelecer uma suave transição entre o público e o privado, tanto pelo mezaninos e patamares abertos quanto pela permeabilidade visual também adquirida pelos volumes soltos da habitação. Os dois edifícios de habitação, oito pavimentos, se constituem, cada um, de duas lâminas espaçadas por 8 m que se interligam pelos núcleos de circulação vertical. A situação da alternância de pisos e a criação de vazios, de maneira que nenhum pavimento é idêntico ao outro, se dá pela coordenação modular das unidades com estrutura de aço. Dessa configuração espacial se derivam espaços coletivos de convivência e a variação tipológica, que permitem acomodar os distintos tipos de moradores.


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Térreo superior +737,5

Térreo intermediário +734,5

Térreo inferior +730,5


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Portas de vidro de correr

Laje maciça de concreto

Painéis vazados de mdf de correr

Exemplo de distribuição das unidades no pavimento


23 Divisórias de gesso acartonado

Esqueleto de pilares e vigas de aço

Painéis pré-fabricados de concreto


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INTERVENÇÃO NO BANCO SULAMERICANO FAUUSP, 9º semestre | Desenvolvido com André Lemos, Augusto Longarine, Eduardo Torres, Guilherme Gil e Guilherme Kalleder | Orientação: Joana Gonçalves

A proposta do trabalho era realizar uma intervenção no edifício do Banco Sulamericano, - atualmente ocupado pelo banco Itaú -, projetado pelo arquiteto Rino Levi, em 1960, a fim de melhorar o conforto dos usuários, bem como otimizar a utilização dos recursos energéticos. O edifício, localizado na Avenida Paulista foi construído em meio ao processo de transferência do eixo econômico, do centro para a Paulista, de maneira que à época de sua construção haviam poucos edifícios altos no entorno. Dessa maneira, foi projetado um sistema de brises que suavizavam a incidência de sol nas faces Nordeste e Sudeste. Entretanto, com a verticalização da avenida, esse sistema perdeu sua principal função, além de proporcionar um sombreamento excessivo para o edifício. A partir de estudos de insolação, notou-se que o interior das lajes recebia pouquissima luz natural,

inclusive nos horários de maior incidência solar. Além disso, foram recebidos dados de que o ambiente permanecia durante todo o período de trabalho com as janelas fechadas, utilizando um sistema de ar condicionado para resfriamento. Assim, com a intenção de otimizar a luz natural nas lajes e proporcionar uma alternativa ao uso do ar condicionado, o grupo propôs a redução de algumas lajes, com aumento do pé direito, alterações no layout e implantação de jardins internos, e intervenções nas fachadas, alterando a configuração atual dos brises. Entretando, embora sejam propostas importantes mudanças no interior do pavimento, optou-se por fazer a menor interferência possível na fachada, de modo a preservar seu desenho original.


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Pavimento tipo atual

Pavimento tipo proposto 0

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Corte proposto

Ao constatar os problemas presentes no edifício atualmente, devido ao grande sombreamento promovido pelos edifícios do entorno, foram pensadas estratégias para o aumento de luz natural e diminuição do uso de ar condicionado: 1. Retirada do forro, resultando no aumento do pédireito, ganho de volume dos ambientes e exposição da massa. 2. Adoção de Layout livre em detrimento de layouts compartimentados: ganho de volume e possibilidade de ventilação cruzada 3. Redução do número de brises horizontais na fachada

Nordeste, visando aumentar a incidência de iluminação natural no ambiente 4. Retirada dos brises e das bandeijas da fachada SE, atualmente desnecessários e entrave para a entrada de iluminação natural 5. Criação de espaços de pé-direito variável através de recortes nas lajes: aumento do volume interno e otimização da ventilação 6. Criação de espaços de tansição vegetados atuando como filtros de iluminação direta indesejável no ambiente de trabalho. Além disso, tais espaços suavizam os ruídos provenientes do tráfego próximo, além de fornecer benefícios humanos e paisagísticos


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Situação atual

Proposta com recorte da laje e aumento do pé direito 0

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CORNER IN VIALE TUNISIA Politecnico di Milano | Desenvolvido com Augusto Longarine Orientação: Angelo Lunati, Giancarlo Floridi e Zachary Jones

O projeto lida com três importantes pré existências: 1. O pátio do edifício ao fundo do terreno (aberto após a demolição de seu edifício gêmeo); 2. As paredes cegas; 3) As diferenças de altura na Viale Tunisia e, principalmente dentro da própria quadra. O projeto é sobre concisão. Uma arquitetura simples que conecta a pequena escala do terreno com a escala metropolitana da Viale Tunisia. O programa, assim como os usos propostos contemporaneamente, é fluido. Mas, em essência, constitui-se como um espaço de trabalho, contrastando com a grande quantidade de uso residêncial do entorno. Um espaço livre, que pode ser adaptado e readaptado com o passar do tempo. A solução arquitetônica também é simples. A circulação vertical e outros serviços (sanitários e copas) são concentradas na parte de trás do terreno – sua região menos privilegiada.

Os dois volumes são extrudados a partir das empenas cegas e conectados por passarelas. A extensão do pátio interno busca potencializar o comprimento de “fachada urbana”, além de criar um espaço de encontro “in between” – uma conexão suave entre o interior do bloco e a rua. Uma escada externa conectando as lajes foi posicionada na parte traseira a fim de garantir uma certa privacidade do pátio interno do edifício vizinho e, ao mesmo tempo, evidenciar a permeabilidade dos espaços. A estrutura é perimetral e de concreto, de maneira a liberar os espaços internos das lajes, dialogando com a materialidade do entorno. A toração dos pilres em 45º cria uma dinâmica singular nas fachadas. As aberturas são resultado do módulo estrutural.


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Planta do pavimento tipo 0

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1 - Glass panel railing 3mm 2 - Steel profile “C� shape 3mm 3 - Growing substrate 4 - Filter sheet 5 - Drainage layer 6 - Protection layer 7 - Root barrier 8 - Insulation 9 - Waterproof membrane 10 - Double glazed fixed window with internal blind 11 - Finished floor 12 - Plasterboard with fibers 2mm 13 - Metallic stanchion h= 15cm 14 - Rigid insulation 15 - Double glazed tilting window with internal blind 16 - Fixed double glass railing 17 - Concrete slab


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MUSEU DA CRIATIVIDADE Portal Projetar.org | Desenvolvido com Augusto Longarine e Victor Félix

A partir de um terreno onde atualmente fica o antigo edifício da primeira gráfica do Brasil, na Barra Funda, em São Paulo, o concurso propõe a criação de um espaço social e cultural multidisciplinar voltado às artes visuais, design, fotografa, grafite, motion design, arquitetura, publicidade. Deste modo, o edifício proposto deveria evocar a criatividade e promover um espaço para a convergência desses assuntos, assim como estabelecer uma relação harmoniosa com o marco arquitetônico pré-existente, o Memorial da América Latina. O edifício é um convite. Sua volumetria não convencional, as cores internas aparentes pelas fachadas translúcidas e o movimento contínuo de pessoas na cobertura e na praça rebaixada, em diferentes atividades, despertam a curiosidade e, consequentemente, a criatividade. O espaçoé lúdico, interativo, promovido pela dinamicidade dos blocos e dos usos inerentes a eles. O programa foi distribuído levando em

consideração o fluxo diário de pessoas e seus respectivos graus de intimidade. Os blocos mais altos abrigam o núcleo de exposição, que conta com áreas e pés-direitos variados para atender diferentes atividades. Possuem ainda ligação direta ao núcleo técnico - localizado no subsolo - e à administração. O auditório - núcleo de apresentação - eleva-se sobre o foyer, sendo facilmente acessível pela praça rebaixada e pelo accoeil no térreo, assim como os programas de alimentação - café e restaurante - e produção coworking e biblioteca. Por fim, o bicicletário, distribui-se ao longo do bloco menor, próximo à uma ciclovia e o acesso logístico, assim como ao estacionamento aberto ao público, concentramse na Rua Dr. Alfredo de Castro, de modo a não interferir na circulação peatonal esperada entre o Museu e o Memorial da América Latina.


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mirante

praça de chegada

memorial da amĂŠrica latina


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praça interna rebaixada rua compartilhada proposta memorial da amÊrica latina


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gramados mirante auditório biblioteca

co-working sala de reuniões

accoeil café exposições

foyer praça rebaixada restaurante bicicletário administração

estacionamento acervo logística


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Corte AA

Corte BB

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ANA CAROLINA BATISTA DE ABREU 11 982317097 anacarolinabape@gmail.com


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