Desart+ Edição 1 | Ano 1 Novembro|2013 Dist. Gratuita
08 Ponto
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Simbolismo
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Juliana Fiorese
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Contraste
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Simetria
Ă?ndice
06 Editorial
38 Entrevista
08 Alfabeto Visual
44 Contraste Visual
30 Mensagem Visual
52 TĂŠcnicas Visuais
Editorial
N
esta edição, a DESART+ vai reunir imagens com os elementos básicos da linguagem visual, para que você possa se inspirar e criar suas próprias peças, como designer amador, é uma ótima oportunidade de você aprender e conhecer mais sobre os elementos básicos, alfabeto visual, mensagem visual e contrastes. Anady Machado
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Ponto O ponto é a unidade de comunicação mais simples e irredutivelmente mínima. Qualquer ponto tem grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objeto qualquer.
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Linha Quando os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível identifica-los individualmente, e aumenta a sensação de direção, e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distintivo: a linha. Também poderíamos definir a linha como um ponto, pois, quando fazemos uma marca continua, ou uma linha, nosso procedimento se resume a colocar um marcador de pontos sobre uma superfície e move-lo segundo uma determinada trajetória, de tal forma que as marcas assim formadas se convertem em registros.
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Forma Na linguagem visual a linha descreve a forma, existindo assim 3 formas basicas: o quadrado, o circulo e o triangulo equilatero. Cada uma das formas basicas tem suas caracteristicas especificas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significado. Ao quadrado se associam enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triangulo, a ação, conflito, tensão; ao círculo, infinitude, calidez, proteção.
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~ ç Direcao Todas as formas basicas expressão três direções visuais basicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva.
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Tom Variação de qualquer cor. Ausência ou presença de luz (preto ou branco).
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Cor A cor está impregnada de informação, e é uma das mais penetrantes experiências visuais que temos todos em comum. Constitui, portanto, uma fonte de valor inestimavel para os comunicadores visuais.
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Elementos Básicos da Comunicação Visual
Textura A textura é o elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. Na verdade, porém, podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através do tato quanto da visão, ou ainda mediante uma combinação de ambos.
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Elementos Básicos da Comunicação Visual
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Escala A escala pode ser estabelecida não só através do tamanho relativo das pistas visuais, mas também através das relações com o campo ou com o ambiente. Em termos de escala, os resultados visuais são fluidos, e não absolutos, pois estão sujeitos a muitass variavéis modificadoras.
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~ Dimensao Traços em perspectiva que cria um efeito de realidade nas peças. Os efeitos produzidos pela perpectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-escuro, a dramática enfatização de luz e sombra.
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Elementos Básicos da Comunicação Visual
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Movimento Como no caso da dimensão, o elemnto visual do movimento se encontra mais implícito. Contudo, o movimento talvez seja uma das forças visuais mais dominantes da experiência humana. 27
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Representacional A realidade é a experiência visual básica e predominante. A categoria geral total do é definida em termos visuais elementares. Todos nós somos a câmera original; todos podemos armazenar e recordar, para a nossa utilização e com grande eficiência visual, toda essa gama de informações visuais.
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Simbolismo A abstração voltada para o simbolismo requer a simplificação radical, ou seja, a redução de detalhes visual a seu mínimo erredutível. Para ser eficaz, um símbolo não deve ser apenas visto e reconhecido; deve também ser lembrado, e ,es,p reproduzido.
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Abstrato A abstração é a simplificação que busca um significado mais intenso e condensado. como ja foi aqui demonstrado, a percepção humana elimina os detalhes superficiais, numa reação á necessidade de estabelecer equilíbrio e outras racionalizações visuais.
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ENTREVISTA
Um papo com
Juliana Fiorese
Nascida na Inglaterra, Juliana Fiorese se formou 2009 em Arquitetura e Urbanismo pela Unipê, e em 2013 em Design Gráfico pela Estácio. Atualmente, já publicou livros como “Azur e Asmar”, “A princesa e os sapos” e “E uma história mais ou menos parecida”.
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do escritório de arquitetura, e hoje trabalho com o que mais gosto: ilustração infantil, tendo 3 livros publicados. Onde você coleta as ideias?
Como você começou o seu trabalho? Você já tinha contato com essa área? Bom, desde muito pequena eu sempre gostei muito de desenhar; na adolescência o meu shopping eram as livrarias e as papelarias, eu não conseguia sair desses lugares sem comprar canetinhas e lápis coloridos. Então, na hora de decidir sobre que área escolher para fazer o vestibular, eu estava um pouco perdida ainda. Sabia que queria trabalhar com desenho, de alguma forma, mas não sabia qual era o curso. Então acabei escolhendo Arquitetura e Urba40|
nismo. Eu adoro arquitetura, mas não era o que me fazia realizada profissionalmente. Trabalhei durante 5 anos dentro de um escritório de arquitetura, e, durante esse período, surgiu a oportunidade de estudar design gráfico. Até então eu não tinha nenhum contato com a área. E foi dentro do curso de design que eu comecei a me dedicar mais à ilustração em si. Em todos os trabalhos que eram passados, eu dava um jeito de colocar algum desenho meu nas apresentações. Então, com o tempo, eu resolvi me dedicar apenas nessa área, saí
A inspiração vem de diversos lugares, principalmente na beleza da vida, no dia-a-dia, nas pessoas, na natureza, na forma como as coisas acontecem, certamente são meus principais pontos de observação e coleta de ideias. E saber que o que eu faço, me emociona de alguma forma, serve de maior inspiração para continuar o meu trabalho e tentar melhorá-lo sempre. Ainda mais quando eu vejo o retorno das pessoas, que também se sentem tocadas pelo o que faço. É muito satisfatório e inspirador. E as inspirações mais técnicas de desenho partem desde ilustrações clássicas de livros e animações infantis, como das próprias princesas da Disney até os mais atuais, como Hora de Aventura, O mundo de Gumball e Flapjack. Costumo sempre ter o hábito de buscar referências e criar minha própria biblioteca de livros infantis, desta forma procuro ir aumentando o meu repertório visual cada vez mais. Em quem você se inspira para criar seus traços? O meu traço acabou se desenvolvendo de maneira natural, com muita dedicação e trabalho. As referências de outros artistas são muito importantes, e acabam moldando o estilo pessoal. Eu gosto muito dos trabalhos
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da Anna Anjos, do Pablo Bernasconi e do desenho animado The Adventure Time. O que você acha que é preciso para se dar bem na área de design? A única coisa que é preciso para se dar bem, não só na área de design, como em todas as áreas e fases das nossas vidas é a dedicação e o esforço. Correr atrás dos seus objetivos sem medo do que vem pela frente. Não tem como conseguir sucesso em algo se não for através disso, nada cai do céu. O que você acha da regulamentação da profissão? A regulamentação da profissão é muito importante pois o design gráfico é uma atividade profissional como qualquer outra. É a partir dela que se pressupõe a qualificação profissional e visa o interesse público. Porém, a gestão deve ser bastante cuidadosa para não acabar “engessando” os projetos em andamento, com testes desatualizados e com toda a burocracia da legislação, visto que a nossa área é bastante dinâmica. Se o conselho tiver credibilidade e for forte, o próprio mercado vai se encarregando de ir tirando os pseudos-designs. Como você faz para equilibrar a parte técnica e a parte artística? Os trabalhos que tenho feito são voltados para a literatura infantil, então a parte artística é bem clara, em relação às ilustrações, e a parte técnica em relação ao projeto gráfico dos livros em
si. Mesmo com essa divisão visivelmente clara, sempre procuro estar acrescentando aos meus desenhos os conhecimentos técnicos do design como significados das cores, gestalt, etc. O que você diria pra quem está começando agora nessa área? Eu diria para não ter medo, para se arriscar sempre. É importante muita dedicação, esforço e trabalho, aprender com os erros, e nunca desistir na primeira dificuldade que apare-
cer, porque elas irão aparecer sim. Estudar bastante e sempre, ter curiosidade... Diria para sempre procurar melhorar naquilo que se faz, nunca ficar parado em uma zona de conforto. E publicar os trabalhos na internet para que as pessoas comecem a conhecer o seu trabalho. É a partir disso tudo que se ganha experiência e as oportunidades aparecem. Acima de tudo: amem o que fazem.
Contraste de
TOM
Tipos de Contraste
A divisão de um campo em partes iguais demonstra o contraste tonal, uma vez que o campo é dominado pelo peso maior do negro. Se um tom cada vez mais claro for usado em substituição ao negro, a proporção da área coberta pelo tom mais escuro precisaria ser aumentada para conservar o efeito da dominação e recessividade que dá reforço visual ás mensagens conceituais.
Contraste de
Cor
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O tom é superior a cor com relação ao meio ambiente, pois na criação do contraste é mais importante que a cor. Mesmo a cor tendo as três dimensões (matiz, tom e croma), o tom é a que mais predomina.
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Contraste de
Escala 48|
A escala tem a força de manipular o olho humano devido a proporção dos objetos. A ideia de transmitir na mensagem visual esse tipo de contraste é contradizer tudo aquilo que já temos de experiência e que esperamos ver. 49
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Equilibrio Depois do contraste, o equilíbrio é o elemento mais importante das técnicas visuais. Sua importância fundamental baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual
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Técnicas Visuais
Instabilidade A instabilidade é a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquietante e provocadora
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Simetria Simetria é equilíbrio axial. É uma formulação visual totalmente resolvida, em que cada unidade situada de um lado de uma linha central é rigorosamente repetida do outro lado.
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Assimetria Na assimetria o equilĂbrio ĂŠ complicado, uma vez que requer um ajuste de muitas forças, embora seja interessante e fecundo em sua variedade.
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Regularidade A regularidae no design constitui o favorecimento da uniformidade dos elementos, e o desenvolvimento de uma ordem baseada em algum principio ou mĂŠtodo constante e invariĂĄvel.
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Irregularidade A irregularidade enquanto estratĂŠgia de design, enfatiza o inesperado e o insĂłlito, sem ajustar-se a nenhum plano decifrĂĄvel.
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Simplicidade A simplicidade é uma técnica visual que envolve a imediatez e a uniformidade da forma elementar, livre de complicações ou elaborações secundárias.
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Complexidade A complexidade visual compreende inúmeras unidades e forças elementares, e resulta num difícil processo de organização do significado no âmbito de um determinado padrão.
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Unidade A unidade ĂŠ um equilĂbrio adequado de elementos diversos em uma totalidade que se percebe visualmente.
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ç Fragmentacao A fragmentação é a decomposição dos elementos e unidades de um design em partes separadas, que se relacionam entre si mas conservam seu caratér individual.
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