Coletânea de crónicas do 9ºD

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COLETร NEA DE CONTOS DO 9ยบD (outubro de 2013)


A atualidade do Sporting No momento que o clube vive, todo o apoio dos adeptos é bem-vindo, e é exactamente isso que a massa associativa do Sporting Clube de Portugal tem vindo a fazer. É certo que o Sporting vive um momento muito conturbado, algo que é fácil de perceber pelos resultados recentes da equipa de futebol. Porém, nas outras modalidades, a situação é completamente diferente. Um bom exemplo desta situação é a equipa de futsal, que época anterior, voltou a ser campeã nacional. Contudo, esta falta de resultados parece estar prestes a alterarse, como se pode verificar pelo excelente arranque da equipa de futebol nesta época. Uma série de exibições de nível surpreendente, tendo em conta o péssimo 7º lugar da época passada, com 5 vitórias em 7 jogos. A qualidade do futebol praticado pela equipa deve-se, em parte, aos novos jogadores e também à liderança de Leonardo Jardim. Esta nova realidade do Sporting agrada-me muito. Como sportinguista, fico muito feliz pelo sucesso do clube, algo a que já não estava habituado. Agora, voltei a ter entusiasmo ao ver os jogos do Sporting, pois sinto que têm capacidade de discutir os jogos e de ganhá-los. Carlos

A INTERNET Nos dias de hoje a internet é bastante utilizada por muitas pessoas em todo o mundo. Esta rede, que engloba computadores, dispositivos,

telemóveis,

tem

várias

tablets utilizações

e

muitos que

outros

trouxeram

vantagens para toda a humanidade. A internet permitiu que a comunicação evolui-se muito. Familiares e amigos distantes estão agora à distância de uma videochamada no skype, por exemplo. Também permitiu que a aprendizagem se tornasse muito mais fácil. Existem milhões de pessoas, empresas e organizações que partilham o seu conhecimento através de páginas web. É muito mais fácil ser autodidata quando se dispõem de tamanha informação e da ajuda do mundo da informática.


Só que… se pensarmos bem, como é o mundo atual? 1º: As pessoas já não falam da mesma maneira. Agora é só facebook, twitter, wath’s up e outras redes sociais. Não estou a

dizer que são más, mas sim que as pessoas podiam ser mais sociais fora das redes. Vejo imensas pessoas (até adultas), que

não deixam isto, principalmente uma que eu conheço a quem se diz “anda connosco”, “larga o facebook”, “deixa-te disso” e que passam a maior parte do seu tempo nesta “bodega”. 2º:Os vídeojogos. Os videojogos, os videojogos, os vídeojogos… A internet ajudou no seu desenvolvimento, e não foi pouco. Vejo tantos, mas tantos casos de pessoas viciadas, que gastam dinheiro e que passam horas e horas a matarem-se umas ás outras nos jogos. De vez em quando eu próprio também gosto de “matar e assassinar “ e quando chego a casa, começo a jogar e, de repente, já são horas de jantar ou de dormir. Depois penso assim “Porra, não acredito que joguei durante 3 horas!”. Não faz mal jogar de vez em quando, mas isto é uma coisa que muita gente deve pensar em reduzir! 3º: Outra situação que noto que acontece bastante é o facto de termos praticamente toda a informação que quisermos e nem sempre a aproveitá-la como deve ser. Já o meu pai diz “Vocês são burros, tem tudo ao vosso dispor, a papa toda feita e não a aproveitam!”. Hoje quando temos dúvidas basta “pesquisar no Google” e esclarecer-nos. As pessoas devem considerar o que aqui falei. Luís

CRISE Ando pela rua, estarei a sonhar ou estou a observar a realidade? Acabo de ver um mendigo a pedir dinheiro, sem abrigo, sem condições nenhumas para viver. É triste! Não sabendo o que fazer, continuei a andar para não ficar deprimido. Enquanto andava, pensei: “Haverá mais gente por aí que estará como aquele pobre senhor ou, então, pior que ele.


Passou o tempo e fui convidado para ir fazer uma viagem de avião até África e eu, entusiasmado, disse que sim, mas havia um problema: a viagem era extremamente cara, para além de seiscentos euros. Fiquei a pensar se haveria de ir, mas estava na dúvida porque seria difícil arranjar dinheiro suficiente para entrar no avião e para a estadia. Perguntei à minha família se podia angariar dinheiro para a viagem, mas eles disseram que era muito cara, e seria malcriado pedir dinheiro às pessoas porque nós, a Humanidade, estamos em crise económica desde há algum tempo e não seria bonito pedir dinheiro a famílias que quase não o têm. Mais tarde, os meus amigos foram para África e eu disse-lhes para me mandarem notícias, quando lá chegassem. Esperei algum tempo, até que recebi uma fotografia com uma família a viver numa aldeia sem condições de vida. Pensei: “Vejam só a crueldade que existe em todo o mundo.” Gonçalo

A Fila de Almoço Odeio a fila de almoço! Em primeiro lugar, porque demora imenso tempo e perdemos a maior parte da hora livre; em segundo porque os mais velhos passam à frente dos mais novos. É uma desorganização total! Depois, a funcionária começa a ralhar e a dizer que não deixa ninguém entrar, enquanto não estivermos em ordem. O tempo vai passando e nós ali na fila à seca, cheios de fome, sem nada para fazer… Também não gosto quando o pessoal começa aos empurrões, porque são brincadeiras que podem magoar a sério e quando começam com os cachaços. Não gosto nada de esperar na fila, pois sou muito impaciente, detesto esperar muito tempo. Não gosto quando a funcionária nos manda para o fim da fila sem razão nenhuma e quando deixa entrar os mais pequenos, que acabam de chegar e entram primeiro que nós. Na cantina, também não gosto quando estamos à espera que a funcionária venha para nos servir o almoço, ou quando nos servem mal a comida. Quando a comida é apetitosa e nós comemos tudo, ou seja, a sopa e o segundo prato, e nós queremos repetir mais um pouco, as funcionárias não nos deixam repetir. David


Fila no Shopping Vai ser sempre a mesma confusão! Alguns não sabem bem o que querem, outros vão trocar, deixando os filhos a guardar o lugar, outros desistem, mas mesmo assim, a fila não parece diminuir. Lentamente, vamos dando um passo ou outro, impacientes, pois o certo, é que já há bastante tempo que estou à espera, juntamente com as outras pessoas. Em qualquer outra loja seria a mesma coisa, mas, esta em especial aparenta ter mais pessoas e parece que se abandonar eta loja, e me deslocar a outra, por mais pequena que esteja a fila, aumenta num abrir e fechar de olhos. Quando fico farta e decido mudar para a fila do lado, esta aumenta, enquanto a

anterior

avança

rapidamente.

Contente,

dirijo-me

para

a

mesma

e,

impressionantemente, volta a engrossar. Não valerá a pena regressar á fila em que me situava anteriormente, porque quando o fizer, voltará a ficar cheia. Por fim, largo aquele lindo vestido, e abandono a loja, em direção à do lado. Bolas! Como é difícil fazer compras! Francisca

O Problema da cantina Odeio a cantina, aquela fila enorme de jovens que se estende pelo corredor esperando pela sua vez para entrar, na esperança de conseguir um prato de comida numa temperatura agradável ao paladar. Já para não falar da comida que, ou vem mal cozida e se desfaz à primeira garfada, ou, por vezes, vem mal confecionada e faz-nos sentir uma enormes náuseas. Olho em redor e apenas vejo jovens arrumando o seu tabuleiro, com os pratos recheados de comida na mesma posição em que estavam, quando lhes foram entregues. As pequenas porções de comida que são entregues, por vezes, nem uma jovem criança em crescimento dão para alimentar. E a água que sai por um pequeno repuxo direta para os nossos copos tem um sabor forte, tal como o cheiro da lixívia.


Toda a vez de que de lá saio permaneço como entrei, com o meu estômago queixando-se que está faminto. Viviana

O que queres fazer quando fores grande? Desde pequena que me perguntam “O que queres fazer quando fores grande?”, e eu dentro da minha indecisão, lá vou dando uma resposta, que agrade ao meu interlocutor. Eu nem sei o que vou fazer amanhã, quanto mais o que vou fazer no futuro. Durante estes anos já disse que queria ser farmacêutica, fisioterapeuta, cardiologista, etc. As pessoas ficaram contentes comigo, mas eu continuo indecisa. Só me perguntam o que eu quero fazer, mas não me ajudam a decidir. Estou cansada de responder a esta pergunta, principalmente nas composições de Português. Mais uma vez em cada composição que fiz, as profissões foram sempre diferentes, posso dizer que foram e continuam a ser das composições que mais me fazem pensar, deixando-me bastante triste por continuar na mesma indecisão. Espero que no futuro, esta minha indecisão termine, se faça um clique na minha cabeça e eu escolha a profissão certa, onde me sinta feliz e realizada com aquilo que faça e onde possa ser uma boa profissional. Desde cedo que a sociedade nos impõe uma série de profissões, mas não nos prepara nem nos mostra a área em que cada de nós se adapta melhor, e onde possamos ser bons profissionais, contribuindo assim para um aumento do desenvolvimento do país. Carolina

Os autocarros de hoje Nos primeiros dias de aulas uma das minhas preocupações é o horário dos autocarros. O Moisés mudou os horários para poupar. Dantes, o autocarro que ia para a minha terra de manhã aparecia às 7:30, hoje vem às 7.00, para poder fazer um trajeto que não fazia antigamente. À tarde chego sempre às 6:00/ 6:30.


Acho incorrecto o autocarro da manhã ser tão cedo, pois não são só adolescentes que lá viajam, há várias crianças (a partir dos 11 anos) que apanham o autocarro para vir para a escola, pois não têm a possibilidade dos pais os trazerem. Somos os primeiros a chegar à escola e uns dos últimos a sair da escola. Quando acabam as aulas, várias pessoas têm compromissos para além da escola, como por exemplo prática de desportos, é mais complicado arranjar um tempo para os estudos. Um dia destes, o autocarro chegou mais cedo do que a hora prevista, basicamente todos perdemos o autocarro. Também houve um dia em que o autocarro não apareceu, pois o condutor era novo na Moisés e esqueceu-se de nos vir buscar. Devido a essas situações tivemos de ligar aos nossos pais para nos virem buscar. Os mais pequeninos costumam ficar aflitos com tudo isto, pois são novos aqui, alguns deles nem têm telemóvel e não sabem o que fazer. Patrícia

A escola Quando entrei para o 5º ano, vinha todos os dias de autocarro com umas amigas minhas que são da minha terra e que também frequentam esta escola. Este ano, ando no 9º ano e continuo na escola de Montemor-o-Velho. A minha turma está maior do que em anos anteriores. Agora somos 20 alunos. A comida na cantina não é assim tão boa, porque alguma vem crua e não sabe assim tão bem. Por exemplo, o peixe praticamente não leva sal, o arroz no ano nem sempre esta bem cozido mas já está a melhorar, e a carne continua boa e não vem crua. Este ano fizeram cartões para nós pagarmos a comida do bar e as senhas de almoço. Os cartões as vezes podem avariar ou então perder. Sus e


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