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Com a colaboração de: MUSEU DO PRADO MUSEU THYSSEN-BORNEMISZA MUSEU NACIONAL CENTRO DE ARTE REINA SOFÍA
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1. Centro Cultural de la Villa de Madrid 2. Biblioteca Nacional 3. Casa de América 4. Circulo de Belas Artes 5. Ateneu de Madrid 6. La Casa Encendida 7. Fundação March
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4. Museu Municipal de Madrid 5. Museu Romântico 6. Museu de Cera 7. Museu do Livro 8. Museu Arqueológico Nacional 9. Museu da Real Academia de Belas Artes de San Fernando 10. Museu Postal e Telegráfico 11. Museu Nacional das Artes Decorativas 12. Museu Naval 13. Museu Casa de Lope de Vega 14. Real Jardim Botânico de Madrid 15. Museu Nacional de Antropologia 16. Museu Nacional de Ciência e Tecnologia 17. Museu do Comboio (Museo del Ferrocarril) 18. Museu Sorolla
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1. Museu del Prado 2. Museu Thyssen-Bornemisza 3. Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía
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Passe “Paseo del Arte”, 14,40 €. Pode ser adquirido em qualquer um dos três museus, é válido por um ano e permite efectuar uma visita a cada um deles. Preço 17,60 €.
O Paseo del Arte, é um itinerário único no mundo, que decorre entre pintura e escultura, entre arquitectura e natureza, numa das zonas emblemáticas de Madrid: o Paseo del Prado. É um espaço muito apreciado pelos madrilenos, que pode ser percorrido num agradável passeio a pé, e no qual se sucedem três dos mais importantes museus que existem em Espanha: o Museu do Prado, o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía. A possibilidade de contemplar, em poucas centenas de metros, quadros como Las Meninas de Velázquez, as Majas de Goya; Giovanna Tornabuoni de Ghirlandaio, «Les Vessenots» en Auvers, de Van Gogh ou o Guernica de Picasso, ao lado de outras obras-primas da Arte universal, só acontece num único lugar no mundo: o Paseo del Prado. Durante o reinado de Carlos III (1759-1789), em pleno período do Iluminismo, as reformas da cidade foram projectadas naquela que, na época, constituía a periferia da cidade: o prado de San Jerónimo. O Salão de El Prado, como se chamou a esta grande reforma, cobriu o regato que atravessava o referido prado, convertendo esta zona, profusamente arborizada, numa alameda (ou paseo) com jardins e fontes. As estátuas de Cibeles, de Apolo e as Quatro Estações e de Neptuno, do arquitecto Ventura Rodríguez, ainda hoje ali se encontram, a acompanhar-nos. Entre palácios de um e doutro lado, foi instalado o Gabinete de História Natural (que hoje constitui o edifício principal do Museu do Prado), o Jardim Botânico e o Observatório Astronómico, todos eles projectados por outro dos grandes arquitectos daquele Rei - Juan de Villanueva. Actualmente, um dos itinerários mais típicos de Madrid é um triângulo artístico, que permite desfrutar da História da Arte e de tudo quanto Madrid tem de melhor. O Museu Nacional do Prado possui a melhor colecção do mundo de pintura espanhola, isto é, dos grandes génios da pintura universal - El Greco, Velázquez, Goya e os grandes artistas da época que em Espanha se conhece por Século de Ouro: Ribera, Zurbarán e Murillo. E também da pintura flamenga - as melhores obras de Van der Weyden, de Bosch; e da italiana, sendo sua a colecção mais completa de Ticiano e de outros pintores da escola veneziana que um museu pode possuir. Embora mais reduzida, a presença das pinturas alemã, francesa e inglesa é sempre representada por obras de primeira grandeza. Após a inauguração do Museu Thyssen-Bornemisza verificou-se um encontro mágico entre as colecções de ambos os museus. Aquilo de que sentimos mais falta no Prado está esplendidamente representado no Thyssen. A concordância começa logo com os primitivos italianos - se no Museu do Prado admiramos a obra-prima de Fra Angélico -a Anunciación-, no Museu Thyssen é possível encontrar uma vasta e importante colecção destes artistas. E o mesmo acontece, também, com o Renascimento alemão e a pintura holandesa do século XVII, dos quais não há muitas obras no Prado, e com a Pintura Americana do XIX, inexistente em Espanha, pelo que a complementaridade é quase perfeita. O impressionismo, início da pintura moderna, e ausente nos museus espanhóis, bem como o expressionismo alemão, o construtivismo russo, a abstracção geométrica e a pop art registam, no Thyssen, uma solução de continuidade em relação a este Paseo del Arte. Conclui-se com a obra-prima do nosso século - o Guernica de Picasso, que serve de elemento de articulação da Colecção de Arte do Século XX, que expõe o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, nomeadamente no que se refere à pintura e escultura espanho-las: Picasso, Juan Gris, Miró, Dalí, Chillida e Tàpies, e que também dá oportunidade a formas de expressão mais recentes. É, sem sombra de dúvida, um passeio único.
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Pintores de importância universal -El Greco, Ribera, Zurbarán, Velázquez, Murillo, Goya, Van der Weyden, Bosch, Tiziano, Rubens- têm muitas das suas obras-primas reunidas no Museu do Prado, um dos mais ricos do mundo, pela qualidade e pela variedade do seu espólio de pintura. Foi Isabel de Bragança, esposa do Rei Fernando VI, que inspirou a criação deste Museu, como lembra a estátua de Álvarez Cubero, que se encontra numa das suas salas. Também é representada no retrato de Bernardo López, onde a podemos ver a apontar para o edifício e rodeada dos planos da obra (no Casón del Buen Retiro). A Rainha morreu, contudo, antes de chegar a ser inaugurado como Real Museu de Pintura e Escultura, em 1819, após a restauração do edifício que Carlos III e o seu arquitecto, Juan de Villanueva, tinham projectado para Gabinete de História Natural e Academia das Ciências, em 1785. Os monarcas espanhóis, especialmente Carlos V
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(da Alemanha, e I de Espanha), Felipe II (Dom Filipe I, para Portugal) e Felipe IV (Dom Filipe III), foram grandes coleccionadores de arte:
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La Trinidad. As doações e aquisições posteriores vieram enriquecer extraordinariamente o já importante espólio do Museu, que, hoje, possui pintura
O campus Museu do Prado as primeiras obras expostas no Museu provinham das Colecções Reais do século XVI até princípios do século XIX. Em 1870 foram integrados no Prado o espólio do Museu de
dos séculos XI a XIX, escultura clássica e moderna até ao século XIX, colecções de desenhos e gravuras, de moedas e artes decorativas. O Museu do Prado reúne, no
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edifício construído por Villanueva, a mais completa colecção do mundo de pintura espanhola dos séculos XI a XVIII; a pintura e a escultura do século XIX estão expostas no Casón del Buen Retiro, um edifício anexo ao Museu do Prado. As obras mais antigas, do Românico -os frescos de San Baudelio de Berlanga, em Sória, e os de Santa Cruz de Maderuelo, em Segóvia- ou do Gótico, tal como o Cristo bendiciendo, de Fernando Gallego e Santo Domingo de Silos, de Bartolomé Bermejo, ou a expressão leonardiana da obra renascentista Santa Catalina, de Yáñez de la Almedina, constituem uma boa introdução à Arte, antes de se chegar às salas de El Greco, Velázquez e Goya. No pintor cretense e residente em Toledo -El Greco- pode observar-se a influência de Miguel Ângelo em La Trinidad; a maturidade de La Adoración de los Pastores é um compêndio da mestria e do estilo muito pessoal do pintor - grande alongamento das figuras e fortes contrastes
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Diego de Silva Velázquez: “Las Meninas” (1656)
luminosos. Entre os retratos por ele pintados, o mais pessoal e representativo é El caballero de la mano en el pecho. O século XVII é, para Espanha, o Século de Ouro pela brilhante expressão das Artes e das Letras, sendo o Museu do Prado um bom expoente da excelência desse período da pintura. O lugar de honra pertence, sem qualquer dúvida, a Velázquez, um sevilhano que chegou a Madrid em 1622, e que, apenas um ano depois, já tinha sido nomeado pintor da corte do rei Felipe IV (Dom Filipe III), e que conservou essa designação até ao fim da sua vida. Dos mais de cem quadros que pintou, o Prado tem catalogados 51, contando-se entre eles as suas grandes obras-primas: Las meninas e Las hilanderas, obras do seu período de maturidade, em que o pintor consegue tornar o clima, o ambiente, os verdadeiros protagonistas da composição.
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Francisco de Goya: “Maja desnuda” (1797)
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La fragua de Vulcano, La rendición de Breda, também chamado Las lanzas ou Cristo crucificado, abrem a extraordinária colecção que pode ser contemplada no Museu, e que abrange diferentes épocas e assuntos: retratos, pintura religiosa, mitológica, histórica e paisagística. O Museu possui ainda
inúmeras obras de outros grandes pintores do Século de Ouro - de Ribalta, de Ribera, que foi chamado o Spagnoletto, e de Zurbarán e Murillo. De Goya, pintor genial e universal, como o fora Velázquez, e pintor da corte do Rei Carlos IV (1749-1819), podem ser estudadas no Prado todas as suas épocas e
facetas. Foi homem culto, fiel testemunha daquele período crítico da História de Espanha em que viveu; a sua grande capacidade de criação e de constante evolução deu origem a um estilo próprio, que levou Goya a antecipar -se às formas artísticas dos séculos XIX e XX. O pintor mostra-se alegre e colorista, nos seus cartões
para tapeçarias, com temas populares: El quitasol, Las flores o La Primavera e La maja y Los embozados, até que chega às pinturas negras da época da Quinta del Sordo, já na velhice. Assim, Aquelarre ou Saturno devorando a su hijo. Exprimiu em numerosos retratos a psicologia dos personagens e, mesmo, a aversão ou a simpatia que
Brueghel o Velho: “Triunfo de la muerte” (1560) Pieter Paul Rubens: “Las tres gracias” (1639)
sentia por eles: La familia de Carlos IV ou Los duques de Osuna y sus hijos; é interessante, em ambos os quadros, observar o tratamento especialmente carinhoso que dá às crianças. As Majas, uma vestida e outra nua -sobre as quais as especulações nunca
conseguiram desvendar o mistério da identidade da modelo-, são talvez as suas obras mais famosas. El Dos de Mayo de 1808 en Madrid: la lucha con los mamelucos e El Tres de Mayo de 1808 en Madrid: los fusilamientos en la montaña del Príncipe Pío, definem um
momento de dramatismo intenso dos acontecimentos que Goya reproduz com grande veracidade. Algumas das melhores obras do Museu são de pintores flamengos: El descendimiento de la cruz, de Van der Weyden, é o paradigma dos artistas primitivos do século XV,
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assim como La Piedad e La Virgen con el Niño, El Jardín de las Delicias e El carro de heno se contam entre os principais quadros da obra de Bosch. De Patinir, o primeiro artista que conferiu à paisagem protagonismo na obra, chama-nos a atenção El paso de la Laguna Estigia. El triunfo de la muerte é uma obraprima, plena de maturidade, de Brueghel o Velho. Las tres gracias, de Rubens presidem à excelente e vasta colecção do pintor flamengo mais representativo do século XVII. Uma notável colecção de Van Dyck e de naturezas mortas, flores e paisagens de grande qualidade, justificam que a pintura flamenga do Prado seja considerada uma das colec-ções mais valiosas do mundo. A riqueza da pintura italiana reconhece-se por La Anunciación, de Fra Angélico, pela série de Botticelli - Historia de Nastagio degli Honesti, por El Cristo muerto, de Messina ou por El tránsito de la Virgen, de Mantegna. Assim como no século XVI, Rafael - El Retrato de un Cardenal, La Sagrada
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Albert Dürer: “Autorretrato” (1498)
Familia del Cordero; Andrea del Sarto (Lucrecia di Baccio) e Correggio entre outros. Brilham com luz própria Ticiano e a escola veneziana, considerado o mais valioso
conjunto nunca reunido num museu. Torna-se difícil escolher entre as obras de Ticiano Carlos V en la Batalla de Mühlberg, La Emperatriz Isabel de Portugal, Danae recibiendo
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la lluvia de oro, Bacanal, Ofrenda a Venus, Venus y Adonis ou o Autorretrato. De Tintoretto - El Lavatorio, e de Veronês - Venus y Adonis, Moisés salvado de las aguas del Nilo. Da escola napolitana, Giordano - Sueño de Salomón, e, já no século XVIII, Tiépolo Inmaculada Concepción. A interessante colecção de pintura francesa, que conta com Poussin - El Parnaso, Lorena - Embarco en Ostia de Santa Paula, e Watteau Fiesta en un parque, e outros pintores, ainda, dos séculos XVII e XVIII, foi aumentada com El Tañedor de zanfonía, de De La Tour. À frente das obras holandesas destaca-se uma das melhores de Rembrandt - Artemisa, junto a naturezas mortas e paisagens representativas da arte holandesa, que, através da sua própria personalidade, conseguiu distinguir-se da arte flamenga a partir do fim do século XVI. As telas Adán y Eva e o Autorretrato de Dürer, assim como uma série de retratos de Mengs, compõem a pintura alemã. Mengs foi pintor da
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Louis Michel Van Loo: “Familia de Felipe V” (1743)
corte do Rei Carlos III, tendo sido ele quem pela primeira vez sugeriu ao rei a ideia de criar um museu aberto ao público. É também autor de um delicado retrato - María Luisa de Parma Princesa de
Asturias. Da pintura inglesa guardam-se obras notáveis dos séculos XVIII e XIX (Gainsborough, Reynolds Romney e Lawrence). Cerca de 700 esculturas, que começaram a ser
coleccionadas por desejo do Rei Felipe II (Dom Filipe I de Portugal) valorizam a já excepcional pinacoteca. O conjunto abrange um período que vai da Idade Antiga (épocas suméria,
egípcia, grega -arcaica e clássica- e romana) até ao século XIX. Da escultura clássica há peças excepcionais como La Venus de Madrid e La Venus de la Concha. A colecção da
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Joaquín Sorolla: “Niños en la playa” (1910)
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Rainha Cristina da Suécia, adquirida por Felipe V (17001746), é a mais valiosa do Museu - o Grupo de San Ildefonso. Do Renascimento destacam--se, por mérito próprio, os bronzes de Leone Leoni e Pompeu Leoni: El Emperador Carlos V y el Furor e a Emperatriz Isabel. O Tesouro do Delfim, que Felipe V herdou de Luis XIV de França, seu avô, é constituído
por riquíssimos copos talhados, serviços de mesa, jóias e peças tais como um saleiro de ónix com uma sereia de ouro, que, juntamente com o mobiliário, a numismática, os esmaltes e a ourivesaria, enobrecem as Artes Decorativas do Museu do Prado. Vicente López encabeça a pintura espanhola do século XIX, e pintou magníficos retratos - María Cristina de
Borbón, Isabel de Braganza e Fernando VII, se bem que, talvez, o seu melhor retrato seja o de Goya e que preside à sala. De José de Madrazo La muerte de Viriato. De Eugenio de Lucas - Las presidentas trazem à memória as Majas de Goya. Alenza pintou La azotaina, e Esquivel, Los poetas contemporáneos. Federico de Madrazo é o autor de um dos retratos que
melhor contribuem para definir o século XIX - La Condesa de Vilches. De Rosales conserva-se o quadro mais conhecido El testamento de Isabel la Católica; de Fortuny - Los hijos del pintor en el salón japonés, e de Sorolla, um dos seus primeiros quadros - Aún dicen que el pescado es caro e o seu magnífico Niños en la playa. As paisagens de Carlos de Haes culminam com Los Picos de Europa, e as de Beruete com Paisaje de invierno, assim como Regoyos com La Viña, Rusiñol com Jardín de Aranjuez e Joaquín Mir com Aguas de Moguda. De Zuloaga, Casas de Segovia.
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Maqueta da remodelação do Museu de acordo com o concurso adjudicado a Rafael Moneo.
O MUSEU DO PRADO A ampliação: O “Campus de Museus” “O Museu do Prado é Villanueva”. Com estas palavras definiu Rafael Moneo o seu projecto de ampliação (*), acrescentando, assim, à estruturação do chamado “Campus de Museus” ou conjunto de edifícios em torno do que fora construído por Villanueva, mais uma obra de
arte: a beleza e a mestria de um trabalho que respeita o passado e que é inteligente na sua abordagem, projectando-se no futuro, da identidade do Museu. Sublinha o dinamismo do diálogo entre Arte e artistas e entre estes e a sociedade, que é, actualmente, a sua razão de ser. No “Campus de Museus”, o edifício de Villanueva ocupa o papel de protagonista, liberto
de antigas anexações, passando a albergar a colecção permanente; no claustro de Los Jerónimos expõe-se exposta a colecção de escultura, tendo sido previsto, ao mesmo tempo, um grande espaço para receber exposições temporárias; no Casón del Buen Retiro está instalado o Centro de Estudos de Conservação e Restauro, e a Biblioteca. A galeria subterrânea, que liga
o edifício de Villanueva e o claustro dos Jerónimos, é o espaço destinado à recepção e serviços para os visitantes, bem como de acesso ao auditório, com lotação para 400 pessoas, oficinas de restauro e armazéns.
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VISITAS DE DEFICIENTES FÍSICOS Acessos e facilidades: rampas e cadeiras de rodas. Porta Inferior de Goya. LIVRARIA - LOJA Horário: de terça-feira a domingo, das 9 às 20 horas. Domingos e feriados, das 9 às 19,30 horas. Localização: piso 0 FOTOGRAFIAS E VÍDEOS Autorizações (Gerência) ( 913 302 894 Para compra ( 913 302 891 CAFETARIA Horário: de terça-feira a domingo, das 9 às 20 horas. Domingos e feriados, das 9 às 13,30 horas. Localização: Piso -1
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ENDEREÇO Paseo del Prado, s/n. 28014 Madrid Telefone de informação ( 902 107 077 ) 913 302 856 http://museoprado.mcu.es HORARIO De terça-feira a domingo, das 9 às 20 horas. Encerra às segundas-feiras. Visitas nocturnas para jovens: sexta-feira.
TARIFAS 8 €, geral 4 €, estudantes Gratuita: maiores de 65 anos e menores de 18 anos. * Passe “Paseo del Arte”, 17,60 €. Audifonia, 3,50 €
VISITAS ESCOLARES E DE GRUPOS Com marcação prévia. Telefone para informações e marcações ( 902 107 077
RESTAURANTE Horário: das 11.30 às 16 horas. Localização: Piso -1 OUTROS SERVIÇOS Vestiário, telefone público, posto médico, informações, perdidos e achados, reclamações e sugestões. TRANSPORTES Metro: Paragens de Banco de España ou de Atocha. Autocarros: 9, 14, 19, 27, 34, 37, 45 Estação ferroviária: (da Renfe): Estação de Atocha. Estacionamento público: Plaza de las Cortes
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A colecção protegida, quer pelo Barão Hans Heinrich Thyssen-Bornemisza, ao longo de 70 anos, e que começou pela aquisição de arte antiga nos anos 20, quer pelo filho, o actual barão, que a continuou e aumentou incluindo, a partir da década de 60, pintura moderna, tornou-se, actualmente, num esplêndido itinerário pela História da Arte Ocidental. Desde 1992 podem ser contemplados definitivamente em Espanha os mais de 800 quadros e esculturas, talhas, tapeçarias e objectos de ouro e prata que compõem a referida colecção. Para além do incalculável valor do espólio que possui (cerca de 50 quadros desta colecção são considerados obras-primas da arte universal), o aspecto mais notável deste Museu é o facto de ser um complemento do Museu do Prado relativamente à pintura antiga, e do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía no que diz respeito à pintura moderna. Os destaques desta colecção condizem exactamente com
as vertentes menos desenvolvidas dos museus espanhóis - primitivos italianos e holandeses, Renascimento alemão, pintura holandesa do
instalado no Palácio de Villahermosa, edifício de finais do século XVIII, que pertenceu aos duques de Villahermosa, tendo sido
Museu Thyssen- Bornemisza e colecção Carmen ThyssenBornemisza século XVII, pintura americana do século XIX, impressionismo, expressionismo alemão, construtivismo russo, a abstracção geométrica e a pop art. O Museu está
restaurado no início do século XIX por López Aguado, discípulo de Villanueva e, como ele, neoclássico. A restruturação que sofreu para nele instalar o Museu
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Thyssen-Bornemisza esteve a cargo do arquitecto Rafael Moneo e obteve o VII Prémio de Urbanismo, Arquitectura e Obras Públicas 1992 da Câmara Municipal de Madrid. Entre os primitivos italianos início da colecção- podem ver-se já algumas das obras mais importantes - La Virgen y el Niño, do Mestre da Madalena (fins do século XIII), e Cristo y la samaritana, de Duccio di Buoninsegna. Dos primitivos holandeses destaca-se o Díptico de la Anunciación, de Jan Van Eyck, o primeiro dos grandes mestres deste grupo. A obra mais representativa do gótico tardio e a de maior qualidade - La Anunciación de la Virgen, de Johann Koerbecke, anuncia a passagem da Idade Média para o primeiro Renascimento, já presente no Cristo Resucitado, de Bramantino. Outro aspecto muito interessante do Museu são os seus retratos, entre os quais se encontram obras excepcionais como o de Giovanna Tornabuoni, de Ghirlandaio. O Renascimento Alemão e o extraordinário
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Domenico Ghirlandaio: “Giovanna Tornabuoni” (1488)
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conjunto de cenas da vida quotidiana, de interiores e de paisagens holandesas do século XVII (Grupo familiar ante un paisaje, de Hals) são outros dos grandes atractivos do Museu. Santa Catalina de Alejandría, obra de mocidade de Caravaggio, corresponde ao início do Barroco, enquanto que a escultura de San Sebastián, de Bernini, aponta para a exuberância do barroco pleno, para a corrente classicista francesa, para o Século de Ouro espanhol e para a pintura flamenga do século XVII. Venus y Cupido, de Rubens, captam também a atenção do visitante. Do rococó à reacção neoclássica, o Passeio del Arte penetra em áreas quase desconhecidas na Europa, como é a pintura norteamericana do século XIX. Na Pintura Europeia, Goya serve, melhor do que ninguém, como elo de ligação no percurso que vai do iluminismo
ao século XX - o seu Retrato de Asensio Juliá e El tío paquete, das pinturas negras, são uma boa prova disso. Do Romantismo destaca-se La esclusa, de Constable, hino à natureza, que antecede ao realismo e, finalmente, o impressionismo.
Os grandes pintores impressionistas têm obras representativas neste Museu: Manet, Monet e Renoir, entre outros. As telas de Gauguin, Degas, Van Gogh e Toulouse Lautrec dão uma ideia da importância das assinaturas pós-impressionistas da
colecção. Um deles, Cézanne, o artista oitocentista que mais influenciou o século XX, será o ponto de partida do cubismo de Braque e Picasso. O expressionismo, largamente representado na colecção Thyssen-Bornemisza, é uma das suas facetas mais sólidas.
Paul Gauguin: “Mata Mua” (1892) E.L. Kirchner: “Fränzi ante una silla tallada” (1910)
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Edward Hopper: “Habitación de hotel” (1931)
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É imprescindível prestar atenção a Schmidt-Rottluff, a Heckel e ao mais importante destes artistas - Kirchner. Já nas pinturas de vanguarda, há que relacionar as obras tendo em conta a afinidade estilística, à frente de considerações de ordem cronológica.
O cubismo tem em El hombre con clarinete, de Picasso, um exemplo do seu auge, New York City, New York, de Mondrian, confirma a estrita redução da linguagem aos seus elementos plásticos. No construtivismo russo, a obra de arte não deve representar
nada. Todos eles permitem acompanhar a evolução da Arte Moderna. De Picasso, na sua etapa classicista, Arlequín con espejo; o surrealista Miró Campesino catalán con guitarra, ou o agora abstracto Kandinsky - Pintura con tres manchas.
Depois da II Guerra Mundial, o pólo da arte moderna deslocou-se para Nova Iorque. Dois dos quadros mais representativos da pintura americana do pós-guerra são Verde sobre Morado, de Rothko, e Marrón y plata I, de Pollock. Muito embora, a partir dos anos 60, a tendência dominante tenha sido a pop art, outras linguagens minoritárias vieram coincidir na corrente central da arte moderna.
O surrealismo expressa associações espontâneas de imagens. Dalí manifesta esta tendência magistralmente em Sueño causado por el vuelo de una abeja alrededor de una granada un segundo antes de despertar. Pela sua
parte, Magritte, fundador do grupo surrealista belga, sustenta paradoxos conceptuais nos seus quadros. A pintura figurativa é outra das correntes do século XX; o pintor realista mais
importante é Hopper, de quem a colecção do Museu possui Habitación de hotel, Muchacha cosiendo a máquina, bem como o Martha Mckeen, de Wellfleet. Do grupo figurativo posterior à II Guerra Mundial, a colecção
conta com diversas obras de Lucian Freud e, de Bacon, El retrato de George Dyer en un espejo. A pop art fecha o percurso da colecção. Recorre a imagens da publicidade, da banda dese-nhada e dos meios de comunica- ção de massas. Algumas das obras mais representativas são Express, de Rauschenberg e Mujer en el baño, de Lichtenstein.
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Ampliação do Museo Thyssen-Bornemisza junto à fachada do Palácio de Villahermosa.
O MUSEU THYSSEN BORNEMISZA A ampliação Colecção Carmen Thyssen Bornemisza
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A exibição de 220 obras de entre as mais de 300 que foram cedidas como empréstimo da colecção Carmen Thyssen Bornemisza, reunida pela Baronesa desde 1980, exigia novos espaços expositivos no Museu Thyssen - Bornemisza.
A pintura holandesa do século XVII, o vedutismo do século XVIII, a pintura paisagística do século XIX, a Escola NorteAmericana, o Impressionismo, o Pós-Impressionismo e as primeiras correntes vanguardistas do século XX são a continuação da actividade coleccionadora iniciada pelo Barão Thyssen e que é exibida no Museu.
O Estúdio BOPBAA (*) projectou uma solução de transição entre o museu existente e os dois edifícios residenciais acrescentados, criando uma nova fachada, voltada para o jardim (**), das 16 novas salas de exposição permanente. Em simultâneo, foram também ampliadas as zonas de recepção e serviços: cafetaria, restaurante, loja e
espaços complementares de atendimento ao público, bem como as salas destinadas às exposições temporárias.
(*) Manuel e Iñaqui Baquero, Josep Bohigas, Robert Brufau e Francesc Pla (**) 8.421 m2.
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ENDEREÇO Paseo del Prado, 8 Palacio de Villahermosa. 28014 Madrid ( 913 690 151 ) 914 202 780 www.museothyssen.org HORÁRIO Aberto todos os días, das 9 às 19 horas. Encerra às segundas-feiras. TARIFAS 8 €, geral 5,50 €, estudantes e maiores de 65 anos. Entrada gratuita: Menores de 12 anos acompanhados. Passe “Paseo del Arte” 17,60 €. Audifonos 4 €. VISITAS ESCOLARES E DE GRUPOS Contactar o Departamento Didáctico. Telefone para marcação prévia ( 913 690 151 Horário de visitas e grupos: Às terças e sextas-feiras, das 10 às 19 e, aos domingos, das 15 às 19 horas. VISITAS DE DEFICIENTES FÍSICOS O Museu facilita o acesso e dispõe de elevadores, telefones e casas-de-banho especiais. LIVRARIA Horário: O mesmo do Museu LOJA Horário: O mesmo do Museu. Objectos à venda: postais, posters, t-shirts, icones, lenços, foulards, etc. FOTOGRAFIAS E VÍDEOS Não é permitida a recolha de imagens no interior do Museu. Serviço fotográfico ( 914 202 780
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MUSEU THYSSEN-BORNEMISZA CAFETARIA-RESTAURANTE Horário: das 10 às 18 horas Localização: Jardim OUTROS SERVIÇOS Vestiário, telefone público, posto médico, informações, perdidos e achados, reclamações e sugestões, caixa automática.
TRANSPORTES Metro: Paragem de Banco de España. Autocarros: 1, 2, 5, 9, 10, 14, 15, 20, 27, 34, 37, 45, 51, 52, 53, 74, 146 e 150. Estações ferroviárias (da RENFE): Estações de Atocha e de Recoletos. Estacionamento público: Plaza de las Cortes
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No vértice sul que enquadra o Paseo del Arte, situa-se o Museu que se orgulha de ter o nome da Rainha de Espanha: Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, cuja colec-ção permanente foi inaugurada por Suas Majestades, os Reis, em 10 de Setembro de 1992. Contudo, a trajectória desta instituição como centro destinado essencialmente a exposições temporárias, tinha já começado em 1986. O Reina Sofía é, pelas suas características e pela multiplicidade de actividades, algo mais do que um museu. Nele não só se encontra gratificado o amador de pintura e de escultura contemporâneas, independentemente da sua idade, como é, também, o museu madrileno mais aberto aos jovens, aos interesses e desejos dos jovens; um museu com objectivos pedagógicos definidos no seu programa, de forma a fomentar, nos mais jovens, o interesse pela arte e pela criatividade. Nas salas da colecção podem ser contempladas as obras-
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primas dos grandes génios da vanguarda espanhola, com Picasso, Miró e Dalí em primeira linha. O visitante será, ainda, agradavelmente
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opinião, quer favorável, quer polémica pela radicalidade dos seus trabalhos. As últimas produções cinematográficas ou de
Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía surpreendido pelas numerosas exposições temporárias dedicadas a importantes artistas reconhecidos pela crítica ou a autores mais jovens que mereceram uma
videoarte internacionais, as composições musicais de vanguarda, as últimas edições de livros e revistas de arte publicadas em todo o mundo, até um passeio pelo jardim
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interior, estão ao alcance de todos aqueles que desejam usufruir da proximidade da Arte. Este Museu, dedicado à Arte do século XX, está situado num lugar de especial relevância citadina - a Glorieta de Carlos V, popularmente conhecida por Atocha, ocupando, neste espaço, um dos edifícios mais emblemáticos - o, outrora, Hospital Geral, obra inacabada de Francisco Sabatini, o arquitecto predilecto, nos fins do século XVIII, de Carlos III, o Rei que os madrilenos consideravam o seu melhor Alcalde. O restauro do edifício, empreendido sob a direcção de Antonio Fernández Alba, respeitou tudo quanto nele constituía o testemunho de uma época e a concepção arquitectónica do edifício, mas, contudo, fez-lhe uma restruturação profunda para o dotar de todas as características que actualmente são exigidas aos museus de primeira categoria. Quando o visitante entra, da glorieta de “Atocha”, no largo onde se encontra a porta
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Pablo R. Picasso: “Mujer en azul” (1901)
principal do Museu, a primeira coisa que chama a sua atenção são as duas altas torres, transparentes, dos elevadores que dão acesso aos pisos superiores; torres essas concebidas por José Luis Iñiguez de Onzoño e Antonio Vázquez de Castro, em colaboração com o arquitecto britânico Ian Ritchie. A experiência de subir nesses elevadores, avistando rapidamente o variegado mosaico de velhos telhados madrilenos, bem como os pontos altos que dominam a cidade, serve para preparar o espectador para aquilo que, a seguir, lhe irá oferecer a incomparável extensão dos diversos espaços expositivos do Museu. A coluna vertebral e o coração da actividade do Museu é, naturalmente, a
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Pablo R. Picasso: “Guernica” (1937)
Salvador Dalí: “El gran masturbador” (1929)
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Colecção Permanente, instalada no segundo piso do edifício, e onde se expõe uma esmerada selecção do espólio do Museu, que já possui mais de 10.000 obras catalogadas. O célebre quadro de Picasso, Guernica, ocupa um lugar de honra, dada a importância histórica e artística da obra, símbolo não só das liberdades públicas, para várias gerações de espanhóis, como símbolo também, desde que o quadro regressou a Espanha, do início de uma nova convivência. A instalação do quadro,
careceu de um excepcional trabalho arquitectónico e museológico. A exposição da obra é complementada com a exibição dos estudos efectuados pelo artista malaguenho, e de trabalhos de Alberto Sánchez, Salvador Dalí e Le Corbusier, realizados naqueles dramáticos momentos. O conteúdo e a trajectória da Colecção Permanente destacam as ligações da arte espanhola do século com a vanguarda internacional. Estão presentes na Colecção desde os primeiros contactos
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Juan Miró: “Libélula de alas rojas persiguiendo a una serpiente que se desliza en espiral hacia la estrella cometa” (1951)
da modernidade espanhola com a Europa, através de artistas de vulto, como Hermenegildo Anglada Cama-rasa, Isidre Nonell, Ignacio Zuloaga, José Gutiérrez Solana ou Francisco Rubio, até ao importante contributo dado aos movimentos cubista e surrealista através de Picasso, Miró, Dalí, Juan Gris, Julio González, María Blanchard, Óscar Domínguez... ou as suas repercussões na que ficou a ser conhecida como Escola de Paris - Vázquez Díaz, Pancho Cossío, Alfonso Pérez de León, entre outros. Há também um espaço dedicado às alternativas levantadas no seio da própria vanguarda pelo classicismo mediterrânico, com obras de Joaquín Sunyer ou de Manolo Hugué; e um espaço também
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abstractos, nas suas vertentes, quer não-formalistas -Grupo El Paso, Antoni Tàpies, Eduardo Chillida-, quer geométricas Equipo 57, Pablo Palazuelofecham esse itinerário histórico. O visitante do Museu não tem apenas oportunidade de contemplar todo este processo de recuperação da memória. O imperativo dos tempos e a nítida vontade de participação, libertando-se da mera continuidade
cronológica, torna possível oferecer uma série de “Propostas”, que, através de nomes indispensáveis da arte espanhola das últimas décadas -Luis Gordillo, Eduardo Arroyo, Equipo Crónica, Miquel Navarro, Susana Solano- contrapostos a outros do panorama internacional -Lucio Fontana, Barnett Newman, Ellswort Kelly, Bruce Nauman, Dan Flavin, desenvolvem uma reflexão acerca da pluralidade que
caracteriza o momento presente, mostrando, em simultâneo, um esboço do que deverá ser a sua colecção futura. Assim, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía oferece a rara oportunidade de contemplar articuladamente, num único percurso, um processo de reconstrução artística e um projecto aberto ao futuro imediato, um museu do século XX para o século XXI.
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Remodelação do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, por Jean Nouvel.
Alberto (Alberto Sánchez): “El pueblo español tiene un camino que conduce a una estrella” (1937) Julio González: “Daphne” (1937)
para as influências da nova objectividade, representadas por José Velasco e José Togores, e para a figuração espanhola da anteguerra, com Antonio López Torres ou Daniel González, que representam os movimentos realistas. O reencontro, na década de 40, com esse espírito vanguardista e o protagonismo que assumiram, nas décadas seguintes de 50 e 60, os movimentos
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O MUSEU CENTRO DE ARTE REINA SOFÍA. A ampliação Jean Nouvel foi o arquitecto encarregado de juntar edifícios tão díspares, como o de Sabatini e a sua própria e nova proposta, onde elementos, como o vidro ou os materiais reflectores, dissolvem os limites arquitectónicos e se integram no espaço envolvente, “abraçados” por
uma grande cobertura sobrelevada, simbolizando a recuperação e a aceitação da História e do futuro da Arte Contemporânea. A área do museu foi muito aumentada (*), o que permite expor mais obras da colecção permanente, concentrar os espaços destinados às exposições temporárias, com entradas específicas, e incluir dois auditórios polivalentes. A Biblioteca e Centro de
Documentação foi também ampliada para se tornar o lugar de referência da investigação sobre a Arte Contemporânea, e foi aberta ainda uma grande livraria onde se pode encontrar livros sobre Humanidades, Música e vídeos. O Palacio de Velázquez e o Palacio de Cristal, ambos no Parque de El Retiro, são sedes complementares para exposições temporárias.
(*) 26.892 m2.
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VISITAS DE DEFICIENTES FÍSICOS Acessos especiais para deficientes físicos LIVRARIA Horário: O mesmo do Museu. Especializada em Arte, catálogos, guias didácticos LOJA Horário: O mesmo do Museu Objectos à venda: artigos de design, decoração, bijutaria, material de escritório, etc. FOTOGRAFIAS E VÍDEO Não é permitida a recolha de imagens no interior do Museu. CAFETARIA Horário: O mesmo do Museu.
MUSEO NACIONAL CENTRO DE ARTE REINA SOFÍA
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ENDEREÇO Santa Isabel, 52. 28012 Madrid. ( 917 741 004 ) 917 741 011 http://museoreinasofia.mcu.es
Gratuita: Sábados, a partir das 14,30 horas, e domingos. Maiores de 65 anos e menores de 18 anos. Passe “Paseo del Arte”, 17,60 €. Audifonos 3 €.
HORÁRIO De segunda-feira a sábado, das 10 às 21 horas. Domingos, das 10 às 14,30 horas. Encerra às terças-feiras.
VISITAS ESCOLARES E DE GRUPOS Telefone para marcação prévia: ( 917 741 004 Visitas acompanhadas por guia, gratuitas, para o público em geral: Às segundas e quartas -feiras, às 17 horas, e sábados, às 11 horas.
TARIFAS 6 €, tarifa geral. 4 €, tarifa para estudantes.
RESTAURANTE AROLA Horário: Das 10 às 21 horas. Encerra às terças-feiras.
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OUTROS MUSEUS
EMBAIXADAS EM MADRID
MUSEU MUNICIPAL DE MADRID Fuencarral, 78 - 28004 MADRID ( 915 888 672 Horário: De terça a sexta-feira, das 9.30 às 20 horas Sábados e domingos, das 10 às 14 horas. Encerra às segundas-feiras
Brasil Fernando El Santo, 6 ( 917 020 689 ) 917 004 660 Portugal Pinar, 1 ( 917 824 960 ) 917 824 972
MUSEU DA REAL ACADEMIA DE BELAS ARTES DE SAN FERNANDO Alcalá, 13 - 28014 MADRID ( 915 240 864. http://rabasf.insde.es Horário: De terça a sexta-feira, das 9 a 19 horas. Sábados, domingos e segundas-feiras, das 9 às 14,30 horas. MUSEU SOROLLA Paseo del General Martínez Campos, 37 - 28010 MADRID ( 913 101 584 - www.mcu.es/nmuseos/sorolla Horário: De terça-feira a sábado, das 9,30 às 15 horas. Domingos e feriados, das 10 às 15 horas. Encerra às segundas-feiras.
DELEGAÇÕES DO TURISMO NO ESTRANGEIRO
OUTROS SERVIÇOS Vestiário, telefone público, posto médico, informações, perdidos e achados, reclamações e sugestões, caixa automática 4B (aceita cartões Multibanco).
BRASIL. São Paulo Escritório Espanhol de Turismo Rua Zequinha de Abreu, 78 Cep 01250 SÃO PAULO ( 5511 / 36 75 20 00 ) 5511 / 38 72 07 33 www.spain.info/br e-mail: saopaulo@tourspain.es
TRANSPORTES Metro: Paragem de Atocha (Linha 1). Autocarros: 6, 10, 14, 18, 19, 26, 27, 32, 34, 36, 37, 41, 45, 46, 55, 57, 59, 68, 86, 119, Circular Estação ferroviária (da Renfe): Estação de Atocha.
PORTUGAL. Lisboa Delegaçao Oficial do Turismo Espanhol Av. Sidónio Pais, 28 – 3º dto. 1050 – 215 LISBOA ( 351 21 / 315 30 92 ) 351 21 / 354 03 32 www.spain.info/pt e-mail: lisboa@tourspain.es
Texto: Aurora Fernández Vegue Versão Portuguesa: Sergio Brandão Cardoso Fotografías: Arquivo Turespaña © De las reproducciones autorizadas. VEGAP. Madrid 2009 © Sucesión Pablo Picasso. VEGAP. Madrid 2009 © Salvador Dalí. Fundación Gala-Salvador Dalí. VEGAP. Madrid 2009 Desenho gráfico: Angel Bellido
Edição: © Turespaña Secretaría de Estado de Turismo Ministerio de Industria, Turismo y Comercio Impresso por: GRAFOFFSET, S.L. D.L.: M-30330-2009 NIPO: 704-09-384-1 Impresso em Espanha 3ª Edição
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