Dicionário d' Os Lusíadas

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MONTEMOR-O-VELHO ANO LECTIVO 2010-2011

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Dicionário d’ Os Lusíadas


ÍNDICE

A ABILA ACÇÃO ACIDÁLIA ADAMASTOR ALCÁCERE (CEGUER) ALCIDES ALCOBAÇA ALEXANDRO ALGOZES ALJUBARROTA ÁLVARO VELHO AMBÍGUO ANALEPSE ANFITRITE ANTEU ANTIGUIDADE CLÁSSICA APOLO AQUERONTE ÁQUILO ARA ARÁBIA ARCTURO ARETUSA ARNESES ARTABRO ATREU AURORA AUSTRO

BLASFEMAR

DILIGENTE

BÓREAS

DINA

BRAMIDOS

DÓRIS DRAGO

C CABO DAS TORMENTAS

E

CALECUTE

EGEU

CALIPSO

ELMO

CALISTO

ENCRUECE

CALISTO

ENEIAS

CANTO

ÉOLO

CARAVELA

EPISÓDIO

CARNEIRO

EPISÓDIO BÉLICO

CARNICEIROS

EPISÓDIO LÍRICO

CASO TRISTE

EPISÓDIO MITOLÓGICO

CASTELA

EPISÓDIO NATURALISTA

CATILINA

EPISÓDIO SIMBÓLICO

CEITA (CEUTA

EPOPEIA

CESÁREA

ESTELÍFERO

CICLOPES

ESTEVÃO (DA GAMA)

CITERA

ESTIGE

CÍTIA

ESTRANHEZAS

CLASSICISMO

ESTRUTURA EXTERNA

CLEOPATRA (CLEÓPATRA)

ESTRUTURA INTERNA

CONSÍLIO

ETIÓPIA

CRISTÓVÃO (DA GAMA)

EURÍDICE

CUPIDO CUTILADAS CYTEREA

F FADO (S) FARPÕES

D

B BACO BARÕES ASSINALADOS BATALHA DE ALJUBARROTA BELÉM BELICOSA

FATÍDICO

D. SEBASTIÃO

FERO

DAMÃO

FÉRVIDO

DEDICATÓRIA

FILHAS DO MONDEGO

DESCOBRIMENTOS

FORTUNA

DEUSES DO OLIMPO

FRESCA FONTE

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G

MOISÉS

J

GALATEA

JANO

GAMA, VASCO DA GAMA

JÁQUETE

GENTE DO RÓMULO

JOANE

GESTO

JUGO

GIGANTES

JUNO

GNIDO

JÚPITER

N NARRAÇÃO NARRADOR NATURALISMO NÉCTAR NÊMESIS

GOA GRANADA

NEPTUNO

L

GREGO

LASSA

NEREIDAS

GUARNECER

LEDO

NINFA

GUIMARÃES

LEONOR

NINO

LIBERDADE

NISA

LÍBIA

NOTO

HÁRPIAS

LIBITINA

NOVO REINO

HEITOR DA SILVEIRA

LUÍS VAZ DE CAMÕES

NUMEROSOS

HEMISFÉRIO

LUSÍADAS

NUNO ÁLVARES PEREIRA

HENRIQUES (D. AFONSO)

LUSITANOS

HÉRCULES

LUSO

H

O OCEANO

HERMO HESPÉRIA

ODISSEIA

M

HOMERO

MAÇUÁ

OLIMPO

HORRENDO

MÃE DE NINO

OMNIPOTENTE

HUMANISMO

MAGNÂNIMO

ÔNFALE

HYPOCRENE

MAIA

ORÍON

MALACA

ORITIA

MANUEL (OU EMANUEL)

OURIQUE

I ILHA DOS AMORES

MAR ROXO

ILÍADA

MARCHETADOS

IN MEDIA RES

MARTE

ÍNDIA

MARTIM LOPES

INÊS (DE CASTRO)

MASSíLIA

INGENTE

MEDIDA NOVA

INVOCAÇÃO

MEDIDA VELHA

IOPAS

MELINDE

IRMÃOS

MEM MONIZ

IROSO

MERCÚRIO

ISMAELITA

MINERVA MITOLOGIA

P PADRE PAIO CORREIA PANTEIA PARCAS PARNASO PEDRO PEITO ILUSTRE LUSITANO PERECEM PEREIRA PERTINAZ PHEBO

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PLANO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

SENTENÇA SEPULCRO

PLANO DA MITOLOGIA PLANO DA VIAGEM PLANO DO POETA

U

SESUDO

ULISSEIA

SETE

ULISSES

SIQUÉM

POEMA ÉPICO

SITIBUNDO

POLICENA POMONA PROLEPSE PROPOSIÇÃO

V

SOBERBOS

VASCO DA GAMA

SOMBRA

VENEZA

SUMANO

VÉNUS VIRGÍLIO

PRÓTEO

Q QUINTA DAS LÁGRIMAS QUIRINO

T

VIRIATO TÁGIDES

VIRTUOSA

TÁLAMOS

VULCANO

TEMEROSO TEMPESTADE

X XERXES

TERRAS VICIOSAS

R RAPINA

THESEU

REFRIGÉRIO

THÉTIS TIFEU

ZÉFIRO

RELÍQUIAS SUAS

TINGITANA

ZEUS

RENASCIMENTO RÓMULO

TONANTE

RUI PEREIRA

TRAJANO

Z

TRANSTAGANA

S

TRIFAUCE CÃO SABÁ

TROIANO

SANTIAGO

TROMBETA

SÃO LOURENÇO SATURNO

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A ABILA

Região perto de Ceuta

ACÇÃO

Deve distinguir-se entre acção principal e acção secundária. Depois, há que ver de que modo se faz a ligação dessas acções ou das sequências que as integram. No caso d’”Os Lusíadas”, a acção central é constituída pelo relato de uma viagem, a viagem marítima de Vasco da Gama até à Índia, em que interferem os Deuses; as sequências que a constituem ligam-se por alternância; quanto à acção secundária – História de Portugal – ela surge encaixada no relato da acção central.

ACIDÁLIA

Fonte da Beócia, onde as filhas de Vénus (as Graças) se banhavam.

ADAMASTOR

Adamastor é um mítico gigante baseado na mitologia greco-romana, referido por Luís de Camões n' Os Lusíadas. Representa as forças da

natureza

ameaçando

a

contra ruína

Vasco daquele

da que

Gama, tentasse

dobrar o Cabo da Boa Esperança e penetrasse no Oceano Índico, os alegados domínios de Adamastor. ALCÁCERE

Cidade marroquina tomada aos mouros, em outubro de 1458, por D. Afonso V.

(CEGUE R) ALCIDES

Hércules.

ALCOBAÇA

Local onde se encontram os túmulos de D. Inês de Castro e D. Pedro.

ALEXANDRO

Alexandre Magno, rei da Macedónia (estrofe 3, verso 3).

ALGOZES

Executores da sentença de morte contra D. Inês: Álvaro Gonçalves, Pêro Coelho e Diogo Lopes Pacheco.

ALJUBARROTA

Nome da batalha realizada a 15 de Agosto de 1385, contada n' Os Lusíadas no canto IV, estrofes 28 a 45.

ÁLVARO VELHO

Membro da expedição de Vasco da Gama.

AMBÍGUO

Em que pode haver mais de um sentido. Duvidoso. Incerto

ANALEPSE

É a interrupção de uma sequência cronológica narrativa pela interpolação de eventos ocorridos anteriormente. É, portanto, uma forma de anacronia, ou seja, uma mudança de plano temporal. ‘’Os Lusíadas’’, de Camões, como começam ‘’a meio da acção’’ (in media res), farão, depois, uso da analepse para que sejam referidos acontecimentos prévios.

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ANFITRITE

Mulher de Neptuno, filha de Nereu (Deus do oceano) e de Dóris. Foi primeiramente considerada deusa do Mediterrâneo, mas este domínio alargou-se depois aos outros mares.

ANTEU

Gigante, filho de Neptuno e da Terra. Era invencível enquanto estivesse em contacto com sua mãe, isto é, com o solo. Para vencê-lo, Hércules teve de suspendê-lo e sufocá-lo, sem o deixar tocar a terra.

ANTIGUIDADE

Termo

CLÁSSICA

compreendendo a interligação da Grécia e Roma Antigas. A epopeia de Camões é

utilizado

para

caracterizar

um

longo

período

da

História

cultural,

uma obra, em que se reflecte a imitação da Antiguidade Clássica. Camões copiou certos poetas gregos, tais como Homero, e o latino, Virgílio. APOLO

Filho de Júpiter e Latona, irmão de Diana. Conduzia o carro do sol. Tinha-se como o Deus da medicina, da poesia, da música, das artes; era o chefe das nove musas, com quem habitava os montes Parnaso, Hélicon, Piério, as margens do Hipocrene e do Permesso, onde ordinariamente pastava o cavalo alado Pégaso, do qual se servia para montar.

AQUERONTE

Rio do Inferno, que as almas devem atravessar para alcançar o Império dos Mortos.

ÁQUILO

Vento norte.

ARA

Constelação do hemisfério austral.

ARÁBIA

Península, na parte oeste da Ásia meridional. Camões refere-se às "Arábias três", que são a Pétrea, a Feliz e a Deserta.

ARCTURO

Estrela dupla de primeira grandeza, situada na constelação do Boieiro, no prolongamento da cauda da Grande Ursa.

ARETUSA

Ninfa metamorfoseada por Liana em fonte, quando era perseguida por Alfeu.

ARNESES

Armaduras completas utilizadas na Batalha de Aljubarrota.

ARTABRO

Artabro – cabo da Galiza. Referido no canto IV, 28, de “Os Lusíadas”, que conta o episódio da Batalha de Aljubarrota.

ATREU

Atreu, para se vingar do irmão Tiestes, que seduzira a sua esposa, serviu-lhe um banquete cruel, no qual lhe deu a comer os filhos dessa relação ilícita, sendo que, nesse dia, o Sol retrocedeu horrorizado com tal crime.

AURORA

Deusa, encarregada de abrir ao seu irmão Sol as portas do Oriente.

AUSTRO

Vento Sul.

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B BACO

Baco, filho de Júpiter e de Sémele, é o deus do vinho. Conquistador da índia, é contra os desígnios dos portugueses. Baco é contra os portugueses, porque teme que se esqueçam dos seus feitos no Oriente e da sua importância.

BARÕES

Homens ilustres.

ASSINALADOS BATALHA DE

Batalha onde os Portugueses lutaram com os Castelhanos pela independência de

ALJUBARROTA

Portugal, em 14 de Agosto de 1385. No episódio, destacam-se as actuações de Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis; salienta-se também o facto dos irmãos de Nuno combaterem contra a própria Pátria, acabando por morrer numa batalha em que foram traidores de Portugal.

BELÉM

Local de onde partiram as naus para a Índia. Vasco da Gama narra-nos a partida dos marinheiros da praia do Restelo e a despedida dos seus familiares e amigos.

BELICOSA

Clamorosa e guerreira.

BLASFEMAR

Maldizer. Insultar. Amaldiçoar.

BÓREAS

Deus dos ventos, filho do Titã Astreu e de Aurora.

BRAMIDOS

Rugidos de fera.

C CABO DAS

Cabo situado no extremo sul na costa africana, mais tarde chamado Cabo da Boa

TORMENTAS

Esperança por simbolizar a esperança de os portugueses alcançarem a Índia por via marítima.

CALECUTE

Calecute é uma cidade do estado de Kerala, na costa ocidental da Índia, onde as naus de Vasco da Gama aportaram.

CALIPSO

Ninfa da Ilha de Ogígia. Apaixonada por Ulisses, impediu-o, durante sete anos, de voltar à pátria.

CALISTO

Constelação do hemisfério boreal e um dos doze signos do, Zodíaco, correspondente ao período entre 21 de Março e 21 de Abril. Camões refere-se aos habitantes da zona equatorial, pois a constelação do Carneiro corta o Equador num ponto.

CALISTO

Ninfa, que Júpiter amou e de quem teve um filho, Árcade. Juno, por ciúmes, transformou-os, à ninfa e ao filho, em ursos, que Júpiter colocou no céu: Calisto é a constelação da Ursa Maior e Árcade, a da Ursa Menor.

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CANTO CARAVELA

Divisão do poema épico. Embarcação de dois ou três mastros, com velas triangulares (velas latinas) que permitiam navegar com ventos contrários (bolinar).

CARNEIRO

Constelação do hemisfério boreal e um dos doze signos do, Zodíaco, correspondente ao período entre 21 de Março e 21 de Abril. Camões refere-se aos habitantes da zona equatorial, pois a constelação do Carneiro corta o Equador num ponto.

CARNICEIROS

Expressão utilizada para caracterizar os matadores de Inês de Castro; corações sedentos de sangue.

CASO TRISTE

Expressão utilizada para referir a morte de Inês de Castro.

CASTELA

No contexto de “Os Lusíadas”, um dos Reinos (o principal) da Espanha, tradicional adversário de Portugal, contra o qual Portugal lutou na batalha de Aljubarrota e cujo o rei saiu humilhado do campo de batalha.

CATILINA

Sertório, Coriolano, e Catilina são três militares da antiguidade que pegaram em armas contra a pátria.

CEITA (CEUTA)

Cidade marroquina, que pertenceu aos portugueses, onde Camões perdeu um olho.

CESÁREA

Dos imperadores da Alemanha.

CICLOPES

Gigantes que tinham um olho só, no meio da testa, e fabricavam os raios para Júpiter.

CITERA

Ilha dedicada a Vénus. Na linguagem clássica, Citera é a pátria alegórica dos amores.

CÍTIA

Região gélida do Turquestão e da Sibéria Ocidental.

CLASSICISMO

Estudo e imitação dos clássicos e do ideal de equilíbrio, e outras concepções estéticas do Renascimento. Camões também se baseou em epopeias greco-latinas.

CLEOPATRA

Rainha do Egipto, célebre pelo espírito e pela beleza, que foi

(CLEÓPATRA)

amante de César e de Marco António.

CONSÍLIO

Reunião convocada por Júpiter, pai dos deuses, para decidir o futuro dos portugueses.

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CRISTÓVÃO (DA

Filho de Vasco da Gama. Foi aprisionado e degolado

GAMA)

pelo xeque de Zeila.

CUPIDO

Filho de Marte e de Vénus. Presidia aos prazeres e era representado na figura de um menino nu, com arco e aljava cheia de setas.

CUTILADAS

Golpes de armas.

CYTEREA

Vénus.

D D. SEBASTIÃO

Monarca português a quem Luís de Camões dedica a epopeia (cf. Dedicatória).

DAMÃO

Cidade na costa ocidental da Índia, ocupada pelos portugueses em 1534.

DEDICATÓRIA

Parte da estrutura interna onde o poeta dedica a obra ao rei Sebastião. Camões elogia em primeiro lugar o rei por ser jovem, forte, e garantir a segurança e expansão do império português. Pede ao rei que o ouça e veja o grande amor que tem pelos portugueses, fazendo um elogio enorme às suas qualidades.

DESCOBRIMENTOS

Constituíram simultaneamente uma das causas e consequências do Renascimento, dada a vontade crescente do Homem de conhecer o mundo e de apregoar o seu conhecimento. Os descobrimentos estão presentes n´”os Lusíadas”, pois são narrados factos alusivos à história de Portugal e à viagem de Vasco da Gama até à Índia.

DEUSES DO OLIMPO

Conjunto das divindades da mitologia grega, que moravam no Monte Olimpo entre a Macedónia e a Tessália.

DILIGENTE DINA

Que é cuidadoso. Empenhado. Zeloso. Filha de Jacó e de Lia. Seus irmãos Simão e Levi mataram Siquém, que a violou.

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DÓRIS

Filha do Oceano e de Tétis. Casada com Nereu, teve cinquenta filhas (as Nereidas).

DRAGO

Constelação do hemisfério boreal, composta de 80 estrelas.

E EGEU ELMO

Filho de Pandion II, pai de Teseu e rei de Atenas. Parte da armadura que protegia a cabeça e o rosto, com uma abertura para os olhos.

ENCRUECE

Enfurece. Irrita.

ENEIAS

Príncipe troiano, filho de Vénus e de Anquises, herói da “Eneida” de Virgílio.

ÉOLO

Deus dos ventos.

EPISÓDIO

Narrativa breve, encaixada na acção central.

EPISÓDIO BÉLICO

Relativo à guerra. Ex: Batalha de Aljubarrota, canto IV.

EPISÓDIO LÍRICO

Relativo à expressão dos sentimentos. Ex: Inês de Castro, canto III.

EPISÓDIO

Relativo à presença dos deuses. EX: Consílio dos Deuses, canto I.

MITOLÓGICO EPISÓDIO

Relativo à descrição de fenómenos naturais. Ex: Tempestade, canto VI.

NATURALISTA EPISÓDIO

Relativo à presença de figuras/personagens simbólicas. Adamastor, canto V.

SIMBÓLICO EPOPEIA

Poema épico ou narrativa épica pertence ao modo narrativo. Trata-se de uma narrativa, em verso, em estilo elevado, celebrando e glorificando os feitos de um povo ou um herói, real ou imaginário.

ESTELÍFERO

Cheio de estrelas. Estrelado.

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ESTEVÃO (DA GAMA)

Segundo filho de Vasco da Gama, Governador da Índia, entre 1540 e 1542.

ESTIGE

Rio ou lago do Inferno.

ESTRANHEZAS

Loucuras feitas por paixão.

ESTRUTURA

Características externas da epopeia: estrofes de oito versos (oitavas), verso

EXTERNA

decassílabo (10 sílabas), acentuados...

ESTRUTURA

A epopeia divide-se em quatro partes, a Proposição, Invocação, Dedicatória e

INTERNA

Narração.

ETIÓPIA

Nome que os antigos davam à parte da África que fica ao Sul do Egipto. Camões também lhe chamava Abássia.

EURÍDICE

Ninfa que casou com Orfeu e foi mordida mortalmente por uma serpente, no dia das núpcias. Orfeu desceu aos infernos para buscá-la, "tocando a lira de ouro".

F FADO (S)

A Fatalidade, o Destino.

FARPÕES

Antiga arma de guerra terminada em ponta de ferro, referida na Batalha de Aljubarrota.

FATÍDICO

Sinistro. Trágico.

FERO

Feroz. Violento. Terrível.

FÉRVIDO

Ardente. Apaixonado. Impaciente.

FILHAS DO

Ninfas do rio.

MONDEGO FORTUNA FRESCA FONTE

Deusa do destino, sorte. Expressão utilizada para identificar a Fonte dos Amores, na Quinta das Lágrimas, em Coimbra.

G GALATEA

a) Uma das Nereidas; b) Nome pelo qual era também conhecida Vénus.

GAMA, VASCO DA

Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama, e seu companheiro na expedição,

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GAMA

Estevão da Gama, segundo filho de Vasco da Gama, Governador da Índia entre 1540 e 1542.

GENTE DO RÓMULO

Expressão utilizada para identificar os Romanos.

GESTO

Rosto.

GIGANTES

Titãs, os seis filhos da Terra, que tentaram atingir o Olimpo mas foram derrotados por Júpiter, que os soterrou debaixo dos montes que eles haviam utilizado para a escalada.

GNIDO

Cidade da Grécia, na Cária, onde existia um templo de Vénus.

GOA

Cidade da Índia tomada pela primeira vez por Afonso de Albuquerque em 1510 e, depois de várias vicissitudes, sede da ocupação portuguesa.

GRANADA

Cidade da Espanha, na Andaluzia. Foi capital de um pequeno estado árabe, até 1492.

GREGO

Ulisses, herói da Odisseia.

GUARNECER

Fornecer. Reforçar.

GUIMARÃES

Cidade portuguesa, "berço da nacionalidade".

H HÁRPIAS

Monstro alado, com rosto de mulher e corpo de ave de rapina.

HEITOR DA

Capitão português que derrotou a frota de Diu, aprisionando grande número de

SILVEIRA

barcos.

HEMISFÉRIO

Índia, terra esperada pelos Portugueses (estrofe 38, verso 3)

HENRIQUES

Primeiro rei português, IV 16.

(D. AFONSO) HÉRCULES

Filho de Júpiter e de Alcmena. O pai dos Deuses, para enganar Alcmena, tomou a forma do marido, Anfitrião, na ausência deste.

HERMO

Rio da Ásia Menor, célebre na Antiguidade por carrear areias auríferas em grande quantidade.

HESPÉRIA

Para Camões, a Península Ibérica.

HOMERO

Camões fala de Homero e de Virgílio para lamentar que os Descobrimentos portugueses não tenham um poeta como estes dois, capaz de os perpetuar.

HORRENDO

Que causa horror. Muito feio.

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HUMANISMO

Foi um movimento filosófico que surgiu no século XV.O Humanismo surgiu do Renascimento, pois os Homens do século XV, ao imitarem as culturas clássicas, foram levados a criar uma nova noção de Homem.

HYPOCRENE

Fonte da Grécia, inspiradora de poetas e onde as musas habitavam.

I ILHA DOS AMORES

O mito da Ilha dos Amores é contado por Luís de Camões, nos cantos IX e X d’Os Lusíadas. Nestes cantos é relatada a vontade da deusa Vénus em premiar os heróis Lusitanos.

ILÍADA IN MEDIA RES

Livro escrito por Homero que conta a guerra de Tróia Expressão latina retirada da Arte Poética de Horácio, que significa literalmente ‘’ no meio dos acontecimentos’’. Sendo uma característica própria da epopeia, Horácio reconhece na Odisseia e na Ilíada a interrupção dos acontecimentos. Ou seja, a narração não é relatada no início temporal da acção, mas a partir de um ponto médio do seu desenvolvimento. Todos os acontecimentos que são omitidos no início da acção são retomados mais tarde através de analepses. É exemplo disto, a parte da Narração n´”os Lusíadas” (canto 1,estrofes 1 a 3),em que Luís Camões começa a narrar a viagem de Vasco da Gama até à índia, quando esta já se encontrava adiantada.

ÍNDIA

É o destino da viagem por mar de Vasco da Gama no reinado de Manuel I. A descoberta do caminho marítimo para a Índia é o plano principal da narração e um dos planos da Viagem de Vasco da Gama n´”Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões.

INÊS (DE CASTRO)

O amor infeliz de Inês de Castro e de D. Pedro I forneceu

inspiração

a

muitos

poetas

e

dramaturgos. Inês era dama de honor de D. Constança, princesa castelhana que casou com o Príncipe D. Pedro, futuro Rei de Portugal. O Príncipe apaixonou-se por ela, retirou-a

da

corte,

pôs-lhe

casa

perto

de

Coimbra. Quando D. Constança morreu, Inês de Castro tinha três filhos de D. Pedro.

O Rei D. Afonso IV, pai

de D. Pedro, receando que um filho desta união sucedesse ao trono de Portugal, mandou assassinar D. Inês. Episódio situado no canto III, 118-137 d' Os Lusíadas. INGENTE

Enorme. Desmedido. Muito forte.

INVOCAÇÃO

Elemento estrutural obrigatório nos poemas épicos. Destina-se a pedir o favor das Musas que o Poeta escolhia como suas protectoras – essa ajuda era indispensável para que o poeta conseguisse o estilo elevado, sublime. É o momento, em que, n`”Os Lusíadas”, Camões pede inspiração às Tágides, musas do Rio Tejo.

IOPAS

Cantor que abrilhantou o banquete oferecido por Dido a Eneias.

IRMÃOS

Parentesco entre alguns dos traidores e o grande Nuno Álvares Pereira.

IROSO

Cheio de raiva, indignação.

ISMAELITA

Mouros, descendentes de Ismael.

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J JANO

Divindade romana, que era representada com dois rostos, para ter presente simultaneamente o passado e o futuro.

JÁQUETE

Golfo da Índia (actual Katch).

JOANE

D. João, Mestre de Avis.

JUGO

Espécie de forca por baixo da qual desfilavam (perante os Romanos) os inimigos vencidos.

JUNO

Filha de Saturno, mulher de Júpiter e rainha das Deusas.

JÚPITER

Júpiter, pai dos Deuses, filho de Saturno e de Reia, é o Deus dos trovões e dos raios, que é a favor que os portugueses cheguem à Índia n´”Os Lusíadas” (canto I, Episódio dos Deuses). Júpiter é a favor dos portugueses, porque reconhece o seu valor e pretende premiá-los, ajudando-os a encontrar um porto seguro.

L LASSA

Fatigada.

LEDO

Alegre/animado.

LEONOR

D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando, Rei de Portugal.

LIBERDADE

Valor pelo qual os guerreiros Portugueses deviam combater.

LÍBIA

África setentrional, região quente.

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LIBITINA

Deusa da Morte, que presidia aos funerais.

LUÍS VAZ DE

Autor do século XVI, considerado o maior poeta

CAMÕES

português.

LUSÍADAS

Camões deu o título de “Os Lusíadas” à sua obra, pois o herói desta epopeia é colectivo, os Lusíadas ou os filhos de Luso, os portugueses. ”Os Lusíadas” são uma obra poética de Luís Vaz de Camões. A obra é composta por 10 Cantos, com estrofes de oito versos, versos decassílábicos e o esquema rimático ABABABCC, ou seja, rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos. O plano principal da narração é a Descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama.

LUSITANOS

Os portugueses, segundo a Proposição, dilataram a fé e o império , e devastaram as terras viciosas de áfrica e da asia.

LUSO

Filho ou companheiro de Baco, fundador da Lusitânia (v.

LISA); gentílico (da

Lusitânia).

M MAÇUÁ

Cidade do Mar Vermelho na África Oriental.

MÃE DE NINO

Rómulo e Remo que, segundo a lenda, são os fundadores de Roma e que foram alimentados por uma loba.

MAGNÂNIMO

Que tem magnanimidade, que é generoso.

MAIA

Filha de Atlas e mãe de Mercúrio.

MALACA

Península da Índia. Importante entreposto comercial no tempo da expedição do Gama.

MANUEL (OU

Décimo quarto Rei de Portugal, grande impulsionador dos Descobrimentos.

EMANUEL) MAR ROXO

O mar Vermelho, entre a Arábia e a África, II 49, IX 3; X 62, 97; o ‘’Roxo Estreito’’, ou Estreito de Babelmândeb, à entrada do Mar Vermelho, X 137.

MARCHETADOS MARTE

Esmaltados, ornamentados. Deus da guerra, filho de Júpiter e de Juno. Presidia a todos os combates, mas nem por isso era pequena a tortura que votava a Vénus, por apaixonadamente amada. Era representado na figura de um guerreiro, completamente armado. Era a favor que os portugueses chegassem à Índia, porque reconhecia o seu valor e porque não queria contrariar a sua amada, Vénus, que também tinha a mesma opinião.

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MARTIM LOPES

Cavaleiro português que venceu e deteve D. Pedro Fernandes de Castro que se aliara aos mouros para combater os portugueses.

MASSíLIA

Região do norte de África.

MEDIDA NOVA

Designação que se aplica às composições poéticas constituídas por versos de 5 e 7 sílabas (redondilhas maior e menor)

MEDIDA VELHA

Designação que se aplica às composições poéticas constituídas por versos de 10 sílabas (verso decassílabo).

MELINDE

Melinde é uma cidade do Quénia, na costa do Índico, a norte de Mombaça. Tem cerca de 68 mil habitantes.

MEM MONIZ

Filho de Egas Moniz, que foi um dos cavaleiros de maior valor na tomada de Santarém aos mouros.

MERCÚRIO

Mercúrio era filho de Júpiter e de Maia, filha de Atlas. Os gregos chamavam-no Hermes, isto é, intérprete ou mensageiro. Seu nome latino vinha da palavra Merces,

mercadoria.

Mensageiro

dos

deuses

e

particularmente de Júpiter, ele os servia com um zelo infatigável e sem escrúpulo, mesmo nos empregos pouco. Deus da eloquência, do comércio e dos ladrões.

MINERVA

Filha de Júpiter, deusa da inteligência, da sabedoria e das artes.

MITOLOGIA

É a história dos Deuses e dos Heróis da Antiguidade e de mitos da Antiguidade Clássica. A mitologia manifesta-se n´”Os Lusíadas”, no Canto I, das estrofes 1942,no episódio do Consílio dos Deuses, por exemplo.

MOISÉS

Profeta,

homem

de

Estado,

historiador,

moralista

e

legislador dos hebreus.

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N NARRAÇÃO

Constitui o núcleo fundamental da epopeia. Aqui, o poeta procura concretizar aquilo que se propôs fazer na “Proposição”. É a parte que d´”Os Lusíadas”, em que o poeta narra os acontecimentos da Viagem de Vasco da Gama “in media res”.

NARRADOR

Pode

ser, basicamente: heterodiegético

ou não participante, quando

narra

acontecimentos nos quais não intervém como personagem; homodiegético ou participante, quando narra acontecimentos nos quais participa como personagem (é o caso, n’”Os Lusíadas”, de Vasco da Gama quando narra a História de Portugal e a sua Viagem; como figura de representatividade colectiva – o «peito ilustre lusitano» ele é, de facto, personagem do seu relato). Se o narrador homodiegético narra acontecimentos

de

que

é

protagonista,

pode

ser

designado

de

narrador

autodiegético (o que acontece quando Vasco da Gama narra a sua viagem) NATURALISMO

É a noção que deriva do Humanismo e do Renascimento, que inclui o Homem e a Humanidade como Natureza em geral.

NÉCTAR

Bebida dos deuses que lhes dava vida para sempre.

NÊMESIS

Deusa da vingança e da justiça divinas.

NEPTUNO

Filho de Saturno e de Reia, irmão de Júpiter e de Plutão. Deus do Mar, casou com Anfitrite. Era representado com um tridente na mão sobre um coche puxado por cavalos-marinhos.

NEREIDAS NINFA

Filhas de Nereu e Dóris, ninfas do mar. Deusas dos rios, do mar e das fontes, graciosas e belas. Representavam as forças vivas da natureza.

NINO

Rei lendário da Assíria, cuja esposa (e não mãe, como diz Camões) quando criança, teria sido abandonada, para morrer, numa floresta,

NISA

Cidade lendária onde Baco fora criado ou fundada por este Deus.

NOTO

Ventos do Sudeste (em relação a Itália) e do Sul.

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NOVO REINO

Império português do Oriente.

NUMEROSOS

Harmoniosos, bem ritmados.

NUNO ÁLVARES

Também conhecido como o Santo Condestável, São Nuno de

PEREIRA

Santa Maria, ou simplesmente Nuno Álvares foi um nobre e guerreiro português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela. Nuno Álvares Pereira foi também Condestável de Portugal.

O OCEANO

Oceano Índico.

ODISSEIA

Livro escrito por Homero que narra as viagens de Ulisses.

OLIMPO

Monte grego e morada dos deuses. Referido no canto I, 20, de “Os Lusíadas” que conta o episódio do Consílio dos Deuses.

OMNIPOTENTE

Todo-poderoso; Deus.

ÔNFALE

Rainha da Lídia. Casou com Hércules, depois de ter obrigado o herói a fiar e a desempenhar outros serviços considerados femininos, enquanto ela vestia a pele do leão da Nemeia.

ORÍON

"Caçador que foi transformado em constelação".

ORITIA

"Filha de um rei dAtenas, pela qual Bóreas se apaixonou".

OURIQUE

Lugar do Alentejo onde, segundo a lenda, Jesus Crucificado apareceu a D. Afonso Henriques.

P PADRE

Júpiter, pai dos Deuses (estrofe 22, verso 1).

PAIO CORREIA

Cavaleiro português que tomou Tavira e Silves aos mouros, em 1242.

PANTEIA

Mulher do Rei Abradates, confiada por Ciro a Araspas, que tentaram seduzi-lo.

PARCAS

Divindades do destino.

PARNASO

Monte na Grécia cujas fontes davam inspiração poética.

PEDRO

Príncipe de Portugal, apaixonado por Inês de Castro, que viria a vingar a sua morte e a ser o rei D. Pedro I.

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PEITO ILUSTRE

Os portugueses.

LUSITANO PERECEM

Acabar. Deixar de existir.

PEREIRA

D. Nuno Álvares Pereira.

PERTINAZ

Teimoso. Insistente.

PHEBO

Apolo, deus do Sol, da música e da poesia.

PLANO DA HISTÓRIA

Narração de factos alusivos à história de Portugal.

DE PORTUGAL PLANO DA

A mitologia permite a evolução da acção (os deuses assumem-se como adjuvantes

MITOLOGIA

ou como oponentes dos portugueses) e constitui, por isso, a intriga da obra.

PLANO DA VIAGEM

A narração dos acontecimentos durante a viagem entre Lisboa e Calecute.

PLANO DO POETA

Considerações e opiniões do autor, expressões que surgem no inicio e no fim dos cantos.

POEMA ÉPICO

Género narrativo em verso, destinado a celebrar feitos grandiosos de heróis fora do comum, reais ou lendários, em estilo elevado. Remonta à Antiguidade grega e romana, sendo os seus exponentes máximos o grego Homero e o romano Virgílio. Os heróis das epopeias, reais ou lendários, individuais ou colectivos, são integrantes de grupos étnicos e seus representantes. Sendo um género narrativo, o poema épico tem, na sua estrutura, certos elementos obrigatórios.

POLICENA

Filha de Príamo e de Hécuba. Tendo casado secretamente com Aquiles, foi morta por Pirro, filho de outro casamento de Aquiles.

POMONA

Divindade dos frutos e dos jardins.

PROLEPSE

Antecipação, no discurso narrativo, de um evento acontecido mais tarde no plano da história - as profecias. (opõe-se à analepse).

PROPOSIÇÃO

Elemento estrutural obrigatório do género épico. Na Proposição, o poeta devia dizer qual a matéria, o assunto, que se ‘propunha’ cantar. Em ‘Os Lusíadas’, Luís de Camões propõe-se tornar conhecidos os navegadores que tornaram possível o império português no Oriente, os reis que promoveram a expansão da fé e do império, bem como todos aqueles que se tornaram dignos de admiração pelos seus feitos. Na Proposição, aponta para os planos que, a nível da estrutura interna, constituirão a matéria narrativa d’”Os Lusíadas”: o poema vai ser a celebração de uma viagem, de um povo cuja história se vai cantar, por significar a vitória sobre os Deuses que a eles se opunham; e tudo isto na perspectiva privilegiada do seu cantor, o Poeta Luís Vaz de Camões.

PRÓTEO

Deus marinho, guardador dos peixes do Oceano.

Q QUINTA DAS

Quinta situada em Coimbra onde, de acordo com a lenda, D. Inês de Castro chorou

LÁGRIMAS

pela última vez e onde foi morta pelos fidalgos a mando do rei. Luís de Camões, por

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este facto, criou o nome da Fonte das Lágrimas e escreveu o Canto III d´”Os Lusíadas”, das estrofes 118-137.Neste episódio, Vasco da Gama conta o episódio de Inês de Castro, ocorrido no reinado de D. Afonso IV e fala do reinado de D. Pedro I. QUIRINO

Sobrenome de Marte que foi atribuído a Rómulo, quando o fundador de Roma foi elevado ao céu.

R RAPINA

Roubo violento. Traficância.

REFRIGÉRIO

Consolação.

RELÍQUIAS SUAS

Filhos que D. Inês tinha de D. Pedro.

RENASCIMENTO

Movimento cultural e artístico que surgiu em Itália, no século XV, alargando-se posteriormente ao resto da Europa (século XVI) e cuja tónica é a crença nas potencialidades do Homem como agente do progresso, opondo-se, assim, à Idade Média.

RÓMULO

Fundador e primeiro Rei de Roma. Roxo (MAR), o Mar Vermelho, entre a Arábia e a África, II 49, IX 3; X 62, 97; o "Roxo Estreito", ou Estreito de Babelmândeb, à entrada do Mar Vermelho, X 137.

RUI PEREIRA

Cavaleiro português, partidário do Mestre de Avis. Em 1383, atacou os navios castelhanos, na entrada do Tejo, para proteger a esquadra portuguesa, e morreu nesse combate.

S SABÁ

A Rainha de Sabá, Belkiss, soberana da Arábia, visitou Salomão em Jerusalém, e teve dele um filho, de quem os reis etíopes descendem.

SANTIAGO

Santiago de Compostela, padroeiro da Espanha e da reconquista cristã da Península Ibérica; IV 40, o Mestre de Santiago, da Ordem Militar deste nome, não morreu na batalha de Aljubarrota mas, segundo Fernão Lopes, na de Valverde; V 9, a Ilha de Santiago foi descoberta a primeiro de Maio, dia de Santiago Menor e não no dia de Santiago Maior, padroeiro da Espanha.

SÃO LOURENÇO SATURNO

Ilha de Madagáscar. Filho do Céu e da Terra, pai de Júpiter, de Neptuno, de Plutão e de Juno; Canto X,89, planeta que, na ordem de distância do Sol, é o sexto do nosso sistema.

SENTENÇA

Opinião.

SEPULCRO

Sepultura. Túmulo.

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SESUDO

Prudente.

SETE CÉUS

Segundo Ptolomeu, as sete órbitas de Saturno, Júpiter, Marte, Sol , Vénus, Mercúrio e Diana.

SIQUÉM

Filho de Hemor, raptou e violentou Dina, filha de Jacó.

SITIBUNDO

Ambicioso.

SOBERBOS

Orgulhoso. Sublime. Grandioso.

SOMBRA

Alma.

SUMANO

Reino de Plutão, inferno pagão.

T TÁGIDES

As Tágides são as ninfas do rio Tejo a quem Camões

pede

inspiração

para

compor

Os

Lusíadas. São uma adaptação das nereidas da mitologia greco-romana, as ninfas que vivem nos mares e nos rios.

TÁLAMOS

Leitos conjugais, núpcias.

TEMEROSO

Que tem medo. Medroso.

TEMPESTADE

É o último dos perigos que a armada lusitana teve de enfrentar para chegar ao Oriente, descreve-se de uma forma bastante realista, tanto relativamente à natureza, quando refere a fúria desta, como relativamente ao sentido de aflição por parte dos marinheiros.

TERRAS VICIOSAS

Terras não cristãs.

THESEU

Rei de Atenas, vencedor do Minotauro.

THÉTIS

Thetis, deusa do Mar, é uma das Nereidas, filha de Nereu, o velho do mar, e de Dóris. É por consequência uma divindade marinha e imortal e é a mais célebre de todas as Nereidas. Era a amada do Adamastor.

TIFEU

Gigante responsável pela transformação de Vénus e Cupido em peixes.

TINGITANA

O Norte de África conquistado pelos portugueses.

TONANTE

Júpiter, deus dos trovões e dos raios.

TRAJANO

Imperador romano. Nasceu na Espanha, foi excelente um organizador.

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TRANSTAGANA

Terra situada para além do Tejo.

TRIFAUCE CÃO

Cérbero, cão de três cabeças que guardava o “inferno”.

TROIANO

Eneias, o mais valoroso guerreiro troiano, depois de Heitor. Favorecido pelos deuses, em várias ocasiões foi por eles salvo, durante os combates. Referido no canto I, 3, de “Os Lusíadas” que conta os feitos dos lusos.

TROMBETA

Instrumento musical de origem castelhana que anuncia o início da batalha de Aljubarrota.

U ULISSEIA

Outro nome dado a Lisboa.

ULISSES

Rei lendário de Ítaca, filho de Laerte, marido de Penélope, pai de Telémaco, um dos heróis da guerra de Tróia, onde se distinguiu sobretudo pela prudência, a astúcia e a eloquência. (Camões fala, em diversos passos, da "facúndia" e da "língua vã" de Ulisses).

V VASCO DA GAMA

Foi um navegador e explorador português, Nasceu em 1468, talvez em Sines. Na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar directamente da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo equador. Este

acontecimento

está

relacionado

com

“Os

Lusíadas”, pois o plano principal da Narração é a descoberta do caminho marítimo para a Índia.

VENEZA

A "Adriática", a "soberba" Veneza, é a República no tempo de Camões, centro de comércio e de luxo.

VÉNUS

Deusa do Amor e da beleza, filha do Céu e da Terra. Apresentada por Camões como protectora dos portugueses.

VIRGÍLIO

Poeta latino, autor da Eneida, que inspirou e influenciou Camões.

VIRIATO

Chefe lusitano que se distinguiu, lutando contra os Romanos.

VIRTUOSA

Honesta. Que tem virtude. Que é inspirada pela virtude.

VULCANO

Deus do fogo, filho de Júpiter e de Juno, fabricava os raios para o pai. Referido no canto I, 22, de “Os Lusíadas” que conta que conta o episódio do Consílio dos Deuses.

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X XERXES

Rei da Pérsia, filho de Dário I. Retomando os projetos do pai invadiu a Ática, mas foi derrotado em Salamina por Temístocles.

Z ZÉFIRO

Personificação mitológica do vento brando. Raptou Flora, com quem depois casou.

ZEUS

Designação grega do deus Júpiter.

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