Toca a pedalar até à meta desejada!
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
Ora cá estamos nós novamente! O segundo número de 2016 vem associar-se à homenagem prestada ao ciclista Alves Barbosa durante o verão e recordar os seus feitos desportivos, dando a conhecer algumas curiosidades associadas à história do ciclismo. Alves Barbosa é a primeira das muitas figuras montemorenses que o Clube Open Your Mind vai dar a conhecer durante este ano letivo. Então, toca a pedalar até à meta desejada! CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
A EVOLUÇÃO DA BICICLETA 1690 - O dr. Eric Richard construiu, na Europa, um pequeno carro movido por alavancas manuais. 1693 - O matemático Jacques Ouzanon apresentou um veículo semelhante ao de Richard, mas com a diferença de que as alavancas eram movidas com os pés. Surgiu a primeira estrutura do velocípede que haveria de se transformar em bicicleta. 1790 - Continuava a ser uma máquina rudimentar, cuja construção era atribuída a Sivrae. Compunha-se de uma trave de madeira tendo em cada uma das extremidades uma roda de 65 ou 70 centímetros e sobre a trave, entre as duas rodas, existia um assento (selim) para o condutor que fazia avançar a máquina através de impulsos, alternados, dos pés no solo. Colocada na frente, servindo de guiador, uma cabeça de leão ou de cavalo, em que o condutor apoiava as mãos. 1813 - O barão Charles Von Drais, barão de Sauerbron, de Karlsruhe (Alemanha), completou as experiências de Sivrac ao dotar o “celerífero” de um mecanismo de direcção e guiador, através da montagem da roda dianteira num eixo móvel. A nova máquina recebeu por isso a designação de “draisiana”. 1818 - Data de 12 de Janeiro deste ano o registo da patente da “draisiana”, em Inglaterra, pedido pelo construtor de coches, Dennis Johnson.
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
1855 - O francês Ernest Michaux adaptou à “draisiana” umas manivelas e pedais à roda dianteira, transformando-se assim em velocípede. O pai do jovem Michaud aproveitou a ideia para montar uma fábrica de velocípedes, substituindo a madeira pelo ferro. Assim nasceu a Bicicleta Michaux. 1868 - Coube a André Guilmet a honra de construir a primeira máquina na qual os raios de madeira foram substituídos por raios de ferro fixados aos cubos por tensão. Neste mesmo ano Meunier descobriu o sistema de rosa livre. 1869 -
Realizaram-se, em França, as primeiras corridas. Uma no trajecto
Toulon-Caraman-Toulon, na distância de 34 Km, ganha pelo ciclista Letourd, com uma bicicleta que pesava cerca de 50 Kg, em 3h 9m, e outra, que reuniu 212 concorrentes, promovida por “Le Velocípede Illustré”, entre as cidades de Rouen e Paris, foi ganha pelo inglês J. Moore, que percorreu os 123 Km em 10 horas. Começou assim o ciclismo desportivo. Surinay inventou os rolamentos de esferas de aço. 1870 - Belvalette inventou os travões de mola aos aros. Meyer apresentou na Exposição de Paris um biciclo com rodas protegidas com bandas de borracha maciça, e Vaucausson criou um mecanismo para multiplicar as voltas da roda motora. 1875 -
Truffault inventou o aro de roda metálico de perfil côncavo para
adaptação e fixação de bandagens mais aperfeiçoadas. 1880 - O inglês Jas K. Starley, construiu a primeira bicicleta na versão que evoluiu para o modelo atual, com rodas iguais, roda traseira motora e transmissão por corrente horizontal. E por isso, Starley é apontado com o
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
inventor da bicicleta, tendo-lhe sido erigido um monumento em Conventry (Inglaterra). 1884 - Humbert inventou o quadro triangular. 1885 - Com esta evolução da bicicleta já foi possível, em 5 de Novembro, percorrer 100 Km em 4h 40m. 1888 - Os pneumáticos descobertos pelo veterinário escocês John Boyd Dunlop, em 1886 só dois anos depois tiveram registada a patente. 1891 - Em França, os irmãos Michelin inventaram o pneu desmontável. 1897 - São adotadas as rodas de dimensões iguais. 1898 - Guilmet e Mayer inventam a corrente de transmissão. 1900 - Palmer inventa os pneumáticos tubulares, também denominados por “boyaux”. 1927 - Foi definitivamente adotado o sistema de mudanças de velocidade construído pela firma italiana pertencente aos irmãos Neddu a que deram o nome de “Vitória”. 1946 - Um novo sistema de Roda Pedaleira Dupla veio melhorar a gama de desmultiplicações. 1950 - Aparece a roda livre ou pinhão de cinco cremalheiras, o espigão de selim e as ligas leves à base do aço molibdénio.
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
1960 - É institucionalizado o pinhão de seis rodas dentadas. 1980 - Começaram a surgir os quadros feitos com tubos ovalados, os raios das rodas laminados e novas ligas leves como o Titânio, a Fibra de Carbono, o Kevlar, a Grafite, etc. Desenhos elaborados por computador dão nova forma às rodas pedaleiras, ao “design” dos quadros construídos por estampagem em peça única, dando origem às bicicletas batizadas de Aerodinâmicas, de Contrarrelógio ou “Cabras”, o guiador designado por “Triatleta” com extensões de apoio para os braços, ou punhos de arranque. 1990 - Com a criação, ainda nos anos 70, da Bicicleta de Todo o Terreno, concebida pelo americano Gary Fisher, esta vertente do ciclismo clássico ganhou enorme expansão de tal modo que obteve o estatuto de modalidade olímpica incluída no programa dos Jogos de Atlanta 96. Esta bicicleta dispunha de suspensão hidráulica integral ou parcial, travões de disco com ABS. 2001 - No Campeonato do Mundo realizado em Lisboa foi ensaiada uma bicicleta com aquele tipo de montagem e que dispunha ainda de um Computador de Bordo que controlava o Variador Automático, bloqueava a suspensão Integral quando não tinha peso em cima e desbloqueava assim que o ciclista a montava. (http://www.uvp-fpc.pt/pagina_blocohome.php?id_pagina_blocohome_new=94&id_modalidade_new=0#)
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
ALVES BARBOSA, UM MARCO NO CICLISMO PORTUGUÊS António da Silva ALVES BARBOSA nasceu no dia 24 de dezembro de 1931, em Fontela (Vila Verde, Figueira da Foz).
Carreira: 1951 a 1961
Equipas em Portugal: Sangalhos(1951 a 1961)
Equipas no estrangeiro: Rochet-Dunlop (1955, 1956, 1957), Celta d'Alessandro (1958, 1959), Rapha-Gitane (1960), Rochet-Dunlop (1961).
Treinador do Benfica: 1962.
Director-Técnico Nacional: 1975 a 1978 e de 1989 a 1992.
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
Destaques
Foi o primeiro ciclista a vencer três edições da Volta a Portugal (1951, 1956 e 1958), duas delas, a primeira e a terceira, sempre de amarelo do primeiro ao último dia. Vestiu a camisola amarela 63 vezes e venceu duas vezes a classificação por pontos. Foi também recordista de vitórias de etapas na Volta a Portugal: 34
Foi o primeiro português a entrar no top-ten do ‘Tour’ de França, ao terminar no 10º lugar em 1956.
Foi comentador da RTP nos anos de Joaquim Agostinho no ‘Tour’ de França. Seu pai, José Alves Barbosa, foi ciclista nos anos 30/40, conhecido pela alcunha de ‘Rei dos Furos’.
Condecorações: Medalha da Juventude e Desportos de França, Medalha de Mérito Desportivo, Sócio de Mérito da UVP-F.P.C.
ABRIU AOS PORTUGUESES AS PORTAS DO 'TOUR'
António Barbosa, mais conhecido por Alves Barbosa (Alves 'herdado' do pai, que também foi ciclista), é uma das figuras lendárias do nosso ciclismo tendo sido superado apenas pelo campeoníssimo Joaquim Agostinho. Foi ele que, às três vitórias na Volta a Portugal e aos títulos de campeão nacional de fundo, de velocidade (pista) e até em ciclo-cross, juntou a proeza de ter aberto aos portugueses as portas do 'Tour' de França com um histórico 10º lugar (1956). Teve estreia auspiciosa na Volta a Portugal em 1951, pois, com apenas 19 anos de idade, tornando-se no mais jovem vencedor de sempre da grande prova, envergando a camisola amarela do primeiro ao último dia. Só em 1956 viria a averbar segunda vitória, porque, em 1952 foi chamado a cumprir o serviço militar, cabendo, nesse ano, a vitória a Moreira de Sá, em 1953 e 1954, não se realizou a Volta, e em 1955, a agressão, de que foi vítima no último dia, nos arredores do Porto, proporcionou a vitória a Ribeiro da Silva, tendo terminado no 3º lugar. A terceira vitória, a da 'vingança', ocorreu em 1956, em luta com adversários da elevada craveira como Dias Santos (vencedor em 49 e 50), Luciano de Sá, Moreira de Sá e o seu rival Ribeiro da Silva que, em 1957 conseguiu uma vitória 'limpa', conformando-se Alves Barbosa com o 4º lugar, modesta classificação de que se ressarciu em 1958, outra vez vestindo a CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
amarela do primeiro ao último dia, já sem a presença de Ribeiro da Silva tragicamente falecido, três meses antes, vítima de desastre de viação, quando se encontrava contratado pelo Benfica.
Alves Barbosa em 1960
Vestiu a camisola amarela na Volta a Portugal em 63 vezes. Entre a sua terceira vitória, em 1958, e o advento de Joaquim Agostinho, a Volta registou os seguintes vencedores: Carlos Carvalho (1959), Sousa Cardoso (1960), Mário Silva (1961), José Pacheco (1962), João Roque (1963), Joaquim Leão (1964), Peixoto Alves (1965), Francisco Valada (1966), Anton Houbrecht (1967), Américo Silva (1968) e Joaquim Andrade (1969), este último por desclassificação de Joaquim Agostinho apanhado no controlo anti-doping. No plano internacional marcou posição de grande relevo, tendo sido o primeiro português a entrar no 'top-ten' do 'Tour' de França com um excelente 10º lugar em 1956. Registou mais duas presenças no 'Tour', obtendo o 76º lugar em 1958 e 65º em 1960. Nas três edições da 'Vuelta' a Espanha que concluiu CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
classificou-se sempre entre os vinte primeiros: 17º em 1957; 16º em 1958 e 18º em 1961. Disputou inúmeras corridas além fronteiras de entre as quais destacamos o 4º lugar no Madrid-Porto (1951), o 5º na Volta a Marrocos (1952) e a vitória na Clássica 9 de Julho, no Brasil (1955). Após terminar a sua carreira continuou sempre ligado ao ciclismo, primeiro como técnico da equipa do Benfica nos anos 60, e depois como Diretor Técnico Nacional (de 75 a 78 e de 82 a 92) e é um dos preletores oficiais dos cursos de formação da União Ciclista Internacional. Foi ainda comentador de televisão na RTP nos tempos memoráveis das participações de Joaquim Agostinho no 'Tour' de França. Para conheceres todos os sucessos de Alves Barbosa consulta o site da Federação Portuguesa de Ciclismo, de onde retiramos a informação aqui divulgada. ( http://www.uvp-fpc.pt/pagina_blocohome.php?id_pagina_blocohome_new=94&id_modalidade_new=0#)
SEJAS OU NÃO CICLISTA, ANDA DE BICICLETA, PORQUE SÃO MÚLTIPLOS OS BENEFÍCIOS!
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21
Para além de ser um meio de transporte não poluente, são óbvios os benefícios para a saúde: 10 minutos – melhoria articular 20 minutos – reforço do sistema imunitário 30 minutos – melhorias a nível cardiovascular 40 minutos – aumento da capacidade respiratória 50 minutos – aceleração do metabolismo 60 minutos – controlo de peso e ação antisstress.
As pessoas que andam de bicicleta regularmente são mais resistentes a patologias do foro emocional, como as depressões. Pedalar é um dos melhores antidepressivos para este estado emocional. (http://lifestyle.sapo.pt/saude/peso-e-nutricao/artigos/todos-os-beneficios-de-andar-de-bicicleta?)
CLUBE OPEN YOUR MIND
ANO IV – NEWSLETTER Nº21