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Amor em Roma

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Ops! De novo

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Amor em Roma Amor em Roma Amor em Roma Amor em Roma Amor em Roma

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Ana, rainha das belas, órfã aos 12 anos, assumiu o trono de seu pai no sul da Itália e, desde então aprendeu que a vida de milhares de famílias dependia dela. Com o passar dos anos, seu império cresceu imensamente, ela tinha o dom de se comunicar fazendo alianças e conquistando terras; tudo o que ela toca vira tesouro dos fartos, no entanto sua ambição nunca foi suprida. Cheia de posses, poder, riquezas olhos claros mais nem tanto carrega em seu sorriso um vazio profundo onde qualquer um que observar por muito tempo pode padecer em pecado ou loucura. Ana era deusa dos servos, bajulada e adorada por todos, com um vazio no peito que não tem tamanho. Solitária, em tudo, inclusive em seu propósito de conquistar algo a mais que nem ela mesma se dava conta do que seria. Em uma bela manha de inverno, reuniu seu exercito e tomou para si que Roma seria dela. Desafiando os limites do bom senso, que ela nunca teve, convenceu a todos de sua vontade e partiu na mesma noite junto à cavalaria para uma visita ao rei de Roma... Ana adentra o Reino alheio como se já pertencesse a ela e eis que se depara com Aurélio, o rei. Eles se olham, ela sorri com toda sua exuberância, deixando o perplexo e estarrecido. Sem pensar duas vezes, menciona que o reino de Roma agora pertence a ela. Aurélio pede provas e, sem titubear, Ana tasca-lhe um beijo arrebatador. Aurélio: o que foi isso? Ana: minha sentença de morte. Aurélio: sentença de afeto.

Ana: como preferir chamar, eu gosto de dizer assim. Sentença de morte. Aurélio: e por que estaria condenada? Ana: por amar o que não devo. Aurélio: amas a mim? Ana: não só amo como vim para me juntar a ti, posto que não há outra maneira de matar amor em mim. O Reino de Roma é meu por decreto e não fui eu quem o escolheu assim, você me inebriou de tal forma que não tive escolha, agora estamos assim, juntos pelo fogo do desejo, da sede do amor sublime que arranca minhas roupas com o poder do seu olhar. Aurélio: Ana, já tenho minha rainha. Ana: o meu deus não... Não te contaram? Ela se foi. Os soldados passam com o corpo da rainha morta, levando para fora do castelo enquanto Ana vai tirando sua estola de pele negra e deixando seus ombros à mostra... Aurélio: guardas! O que aconteceu? O que está havendo aqui? Ana: picada de cobra. Imaginei que soubesse, quando cheguei estava lá, entristeci-me, no entanto perdão não me contive, precisei me declarar... um rei não pode ficar só. E sei que deve estar sofrendo, portanto não se acanhe. Estou aqui e isso que fica, temos um ao outro agora. Não que o Reino não me importe, mas é o seu olhar que eu preciso nos meus dias, uma mulher não vive sem o calor de seu amado. Aurélio: eu sempre soube que um dia estaria por ser minha. Ana: pois bem, e esse dia acaba por chegar. O destino

quis assim... Os dias passaram e Aurélio parecia estar realmente encantado, enquanto ele babava por sua rainha amante e amada, Ana expulsava todo legado dele e dominava o território todo. Feliz poderosa, ela estava em sua melhor fase, o mais importante dos reinos agora era também dela, todos faziam o que queria, sua beleza seu poder eram tamanhos que muitos acreditavam que a magia de seu pai falecido fazia aquilo. Como era possível uma mulher tão jovem alcançar patrimônio tamanho? Ao certo, ninguém nunca soube e os dias se passaram, todos felizes quando... As portas do castelo se abriram, um caçador solitário com uma Citara em mãos cantando e sorrindo por todo reino, confiante divertido e belo. Ele adentra canta diverte a todos como se tivesse sido convidado. Ana escuta durante seu banho a doce canção do seresteiro, pergunta a suas criadas quem estava a tocar, e trouxeram-lhe o moço. Diego, jovem, risada alta, debochado com um ar alcoolizado sem estar, ele entra na sala de banho e Ana o encara, deixando o corpo à mostra que estava envolto em seda branca. Diego: que ótima recepção!!! Jamais imaginei que a rainha trataria um caçador com tanto apreço. Ana: como ousa falar assim comigo? Ele se aproxima e Ana não se intimida, ele pega em sua mão, ajoelha-se perante aquela deusa despida, beija suas mãos com cuidado e diz: perdão vossa alteza. Eles ficam ali parados por instantes com os olhos fixados um na alma do outro, as mãos dele começam a subir

pelo braço macio, hidratado, ainda quente do banho que Ana havia tomado, e seguem rumo aos ombros delicados brancos da rainha. Com os olhos vidrados um no outro ele vai tocando em todo seu corpo, cada parte de Ana que havia ali naquele instante estava nas mãos dele. Um mel escorre dentre as pernas dela e ele se deleita no doce gosto de uma traição fatal. A porta se abre. Aurélio: filho? Diego sorri com cara de vingança e olhos mortais. Ana, mulher difícil de surpreender, olha com desprezo para Aurélio e, antes que ele conseguisse respirar de novo, já estava morto. Transaram como se não houvesse o amanhã, selvagens pérfidos como dois animais famintos dominavam um ao outro de tal forma que nada mais foi dito. Os olhares eram insanos intensos, animais, eles eram animais sedentos de algo que não se sabe o que é. Explodiram juntos em um orgasmo transcendental. E de olhos ainda fechados, Ana chora com alma em prantos. Ele havia se vingado. Maldito, aquele que pôs fogo em Roma.

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