New Media: globalização, arte e participação
Ana Maria Fernandes Leite | aluna n.º 379312009
Universidade Católica Portuguesa Escola das Artes Mestrado em Gestão das Indústrias Criativas / Tecnologias nas Práticas Criativas
Porto, 02.04.2013
Sumário – Qual o impacto dos new media na Globalização? De que forma contribuiram para o surgimento de novas formas de expressão artística? Quais as suas pontencialidades no desenvolvimento de sentido crítico no espectador e sua participação na vida cívica? No presente trabalho, caberá a autora, responder a estas questões, através da análise de alguns autores que estudaram o impacto das tecnologias, desde a televisão à internet, tornando este mundo tão pequeno como se de uma aldeia se tratasse. Palavras-chave: new media, globalização, video art, new media art e interatividade.
Índice Introdução ............................................................................................................. 4 New Media e Globalização .................................................................................... 5 New Media, Arte e Interatividade ........................................................................... 7 Considerações finais ........................................................................................... 11 Bibliografia .......................................................................................................... 12
Introdução Tendo com ponto de partida o tema “Interatividade”, o presente trabalho consiste numa análise aos impactos dos new media no fenómeno da “Globalização”. Pretende-se, ainda, analisar estes impactos no desenvolvimento de novas formas de expressão artística e interacão social, bem como a sua influência no modo de estar dos cidãdãos e na forma como interagem com a obra de arte. Assim, desenvolvemos o nosso trabalho em torno de dois capítulos. No primeiro, intitulado “New Media e Globalização”, analisaremos os pontos de vista de diversos autores que debruçaram a sua pesquisa no tema da globalização, tal como no impacto do aparecimento das novas tecnologias, desde a televisão à internet, nas nossas vidas. Seguidamente, no capítulo, “New Media, arte e interatividade”, abordaremos o resultado das tecnologias na própria criação artística, fazendo referência às correntes artísticas que se manifestaram com recurso ao vídeo, ao computador e à internet, ou seja, a videoart e a new media art. A instalação artística e a participação do espectador na obra de arte, indo para além de um simples fruidor, são também analisadas neste capítulo. A função multidisciplinar da arte, a par dos new media, ultrapassa a simples fruição, passando a ter uma dimensão muito mais abrangente, sendo também, por exemplo, sinónimo de cidadania e ativismo político. Um suporte bibliográfico consistente tornou-se, desde logo, fundamental para a realização de um estudo coerente e sólido. Assim, para além de uma bibliografia base, a análise de alguma obras artísticas mais específicas dos temas analisados foi crucial para uma melhor compreensão destes.
New Media : globalização, arte e participação
New Media e Globalização Os conceitos lançados por Marshal Mc Luhan, em meados do século XX, sobre os media, comunicação e tecnologia, estão hoje mais atuais do que nunca. Mc Luhan não imaginaria, certamente, que as suas ideias estariam, em pleno século XXI, a ser entendidas com tanta profundidade. O entendimento de que os media alteravam a nossa perceção sobre o mundo e o nosso equilíbrio sensorial, foi a base das suas pesquisas. Equiparava o mundo a uma “Aldeia Global” fazendo uma analogia entre a proximidade de quem vive numa aldeia e o permanente contacto que temos com o mundo, através da televisão. Mas se, em 1960, o media transformador era a televisão, hoje, trinta anos mais tarde, sem dúvida alguma que, esse fenómeno, chama-se Internet. Eis que é feito uma espécie de upgrade e surge o termo globalização. A ele associam-se profundas transformações (sociais, económicas, culturais, ambientais
e
políticas),
transformações
estas
impulsionadas
pelo
desenvolvimendo tecnológico. Para Anthony Giddens, sociólogo britânico, ideólogo da famosa Terceira Via e um dos primeiros a estudar o fenómeno da globalização, “O século XXI será o campo de batalha em que o fundamentalismo se vai defrontar com a tolerância cosmopolita. Num mundo em processo de globalização, em que a transmissão de imagens através de todo o globo se tornou rotineira, estamos todos em contacto regular com outros que pensam de maneira diferente, que vivem de maneira diferente. Os cosmopolitas louvam e adoptam esta complexidade cultural. Os fundamentalistas consideram-na perturbadora e perigosa.” 1 Na sua ótica, vivemos num mundo global, onde duas realidades 1
Anthony Giddens, O Mundo na Era da Globalização (Lisboa, Editorial Presença, 2000), 18. Ana Maria Fernandes Leite Mestrado em Gestão de In dústrias Criativas / Tecnologias nas Práticas Criativas
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permanecerão opostas: os cosmopolitas, que aceitam a globalização como uma realidade incontornável, e, por outro lado, os fundamentalistas, fiéis às tradições e fechados no seu universo, tendem a resistir. Mas qual a relação entre os novos media e a globalização? Que impacto tiveram as tecnologias no aceleramento deste processo? Uma vez mais, Giddens, poderá ajudar-nos a responder ao afirmar que: “A globalização é política, tecnológica e cultural, além de económica. Acima de tudo tem sido influenciada pelo progresso nos sistemas de comunicação registado a partir do final da década 2
de 1960.” Por seu turno, Mark Poster, diz-nos que: “a tecnologia dos satélites e a Internet levam todos os meios de comunicação (..) para lá das fronteiras nacionais como se tais fronteiras não existissem. Os processos globais são profundos e vastos, tornando problemática a figura do cidadão como membro de uma comunidade nacional limitada.” 3 Poster considera o papel do cidadão limitado, uma vez que poderá perder algum poder de decisão à medida que os processos se globalizam. Por isso, reforça ainda que “as condições de globalização não são apenas o capitalismo e o imperialismo: incluem a ligação entre homem e máquina.” Assim, acredita ser essencial o aparecimento de uma doutrina dos direitos da interface homem/máquina.4 Uma outra perspetiva é-nos apresentada por Boaventura de Sousa Santos ao considerar que não existe globalização sem localização. Poderão ser duas realidades antogónicas. Mas sua visão ganha assim, algum crédito, quando define globalização como “(…) o processo pela qual determinada condição ou entidade local estende a sua influência a todo o globo e, ao fazê-lo, desenvolve a capacidade de designar como local outra condição social ou entidade rival.”5 Os impactos da globalização e dos new media nas nossas vidas são uma realidade inevitável. As tecnologias não são apenas um meio para transmitir informações com rapidez, pois a sua existência altera a nossa forma de estar. Apesar das profundas discriminações e efeitos negativos deste processo globalizador, a dimensão da crise que sentimos, é um bom momento para repensarmos as potencialidades da globalização, quanto mais não seja como um caminho para desenvolvermos novas formas de exercer a liberdade e participação civíva, bem como a responsabilidade para melhorar as condições de vida. Cidadania, interatividade, ativismo, arte e democracia são apenas alguns dos termos que podem ter como suporte a força global dos media. As suas valências de interação social possibilitam que, a qualquer momento, possamos estar envolvidos e em contacto com qualquer pessoa. 2 3
GIDDENS, 22.
Mark Poster, “Cidadãos, Media Digitais e Globalização” – University of California, 2001. 4 Poster. 5 Boaventura de Sousa Santos, “Globalização” in Dicionário das crises e das alternativas (Coimbra, Almedina, 2012), 111.
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CATÓL ICA POR TO Escola das Artes
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As novas tecnologias vieram permitir também uma nova abordagem na criação, perceção e fruição da obra de arte. Numa sociedade democrática e plural, é possível desenvolver novas formas de envolver o utilizador na conceção e perceção artísticas.
New Media, Arte e Interatividade Aldo Tambellini, artista vanguardista italo-americano, afirmou: “Vivemos numa realidade com estruturas definidas pelas invenções dos media - imagens eletrónicas e impressas são as pedras angulares da nossa evolução cultural.”6 Assim, já na década de 60, com o surgimento da tecnologia vídeo, Tambellini acreditava que a realidade cultural, artística e social nunca mais seria a mesma. Influenciados por Marcel Duchamp e pelo dadaísmo dos anos 20, os artistas trabalhavam o vídeo que, embora parente da televisão e do cinema, se opunha aos seus objetivos convencionais. O vídeo difere destes meios, também, num ponto essencial: traduz diretamente o material audiovisual para um código analógico ou digital, permitindo que a gravação e o armazenamento tenham lugar em simultâneo. Uma outra caracterísitca da tecnologia vídeo diz respeito à sua natureza mutável, reconhecida pelos artistas que o manipulavam nos anos 60. Hoje, é possível produzir e editar vídeos totalmente a partir de um computador. Sylvia Martin, no seu livro Video Art, escreveu que: “Na segunda metade dos anos 1960, a Video Art surgiu entre artistas que, sob o estandarte da intermedialidade, romperam com a noções convencionais de género.”
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A sua natureza
interdisciplinar, levou muitos artistas, de diversas áreas, desde a música às artes
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Sylvia Martin, Video Art (Germany, Taschen, 2006), 7.
Sylvia Martin, 8. Ana Maria Fernandes Leite Mestrado em Gestão de In dústrias Criativas / Tecnologias nas Práticas Criativas
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plásticas, a explorar a tecnologia, testando-a e manipulando-a à sua expressão artística. A tecnologia ao serviço da arte tem também um objetivo claro: envolver o utilizador no objeto artístico. Marcel Duchamp acreditava que “é o espectador que faz a obra de arte” e a sua ousadia abriu caminho para o surgimento de diversos movimentos artísticos, cujas manifestações vieram a traduzir uma abordagem completamente diferente na perceção que até então se tinha acerca da arte. Os conceitos de belo e de perfeição passaram a ser secundários: “A surpresa, o choque e escândalo eram deliberadamente caculados, e o público e as autoridades reagiam como esperado”
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A respeito do envolvimento do espectador na obra de arte, Julio Plaza distingue três conceitos que, segundo ele, ajuda-nos a perceber melhor a inclusão do espectador: “participação passiva (contemplação, percepção, imaginação, evocação etc.), participação ativa (exploração, manipulação do objeto artístico, intervenção, modificação da obra pelo espectador), participação perceptiva (arte cinética) e interatividade, como relação recíproca entre o usuário e um sistema inteligente.”9 O aparecimento da instalação artística contribuiu também para uma interligação diferente entre artista, obra de arte e espectador. Claire Bishop define instalação de arte como “a term that loosely refers to the type of art into which the viewer physically enters, and which is often described as ‘theatrical’, ‘immersive’ or ‘experiential’.”10 Considera, contudo, que, hoje em dia, o raio de criação artística sobre esta etiqueta é tão amplo que se torna difícil definir o seu real significado. Segundo Julie Reiss, citada por Claire Bishop “the spectator is in some way regarded as integral to the completion of the work”, ou seja, o espectador é parte integrante da obra de arte.11. Na ótica de Bishop a instalação de arte funciona também para ativar o espectador como uma prática de estética politizada, sugerindo que a presença ativa de espectador dentro da obra é mais política e ética do que quando a visualização uma obra tradicional de arte. O sugirmento da new media art acompanha o aparecimento do computador e internet. Poderá caracterizar-se como “novas formas culturais, novas tecnologias, novas alterações em matéria de política familiar”12 e vai, à semelhança de outras manifestações anteriormente referidas, buscar as suas raízes e influências estéticas ao dadaísmo. Tal como o dadaísmo surgiu como uma “reacção à industrialização do armamento de guerra e à reprodução mecânica do texto e das imagens, a new media art pode ser vista como uma resposta à revolução da 8
Dietmar Elger, Dadaísmo (Germany, Taschen, 2006), 8. Julio Plaza, “Arte e Interatividade: Autor-Obra-Receção”, Brasssilpaisssdooofuturoborosss, 10 (1990). 10 Claire Bishop, Installation Art (London, Tate, 2005), 6. 11 Ibid, Ibidem. 12 Mark Tribe e Reena Jana, New Media Art (Germany, Taschen, 2007), 7. 8
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tecnologia da informação e à digitalização das formas culturais.” 13 .Alguns dos tabahos da new media art associam-se a uma certa cultura comercial sendo por isso, também, a Pop Art uma influência importante. Também a Arte Conceptual e a Video Art parecem estar presentes nas manifestações desta corrente artística:” A emergência da video art como movimento, foi precipitada pela introdução, em finais dos anos de 1960, da câmara de vídeo portátil (…)”
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Vários foram os
artistas a explorar as potencialidade artísitcas do vídeo, destacando-se Nam June Paik, considerado pai da Video Art. Os artistas da new media art usam a internet como ponto de partida para as suas manifestações artísticas tal como os seus antecessores usaram a tecnologia vídeo. Trata-se, tal como o vídeo, de uma ferramenta acessível que lhes permite explorar a relação da tecnologia e da cultura. Em finais do século XX, as manifestações artisticas da contemporaneidade (Arte Conceptual, Land Art, Performance), começaram a alcançar algum destaque nas grandes exposições de arte a nível mundial. A pintura começou a ser morta pelos críticos, por outro lado, o vídeo e a instalação começavam a dominar as exposições e as bienais de arte internacionais. Também a new media arte, tendo em conta a sua ligação próxima à internet, foi, desde o seu início, um movimento global: “a internet possibilitou a formação de comunidades sem entraves geográficos. A natureza internacional do movimento da new media art refletiu a natureza global do mundo da arte como um todo, tal como evidenciado pela proliferação nos anos 1990 das exposições internacionais (…)”15 A interatividade tem a ver, basicamente, com a capacidade de intercâmbio dos intervenientes no processo de comunicação, sejam eles humanos ou não. Neste sentido, um “sistema interactivo” seria aquele em que a informação produzida resulta de um “diálogo” com o utilizador. Para Anthony Friedman: “Interactive means that the user or reader can make choices about the order in which information is taken from the project.”
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Por seu turno, Lev Manovich,, ao
enumerar diferenças entre os novos e os velhos media, escreveu que: “new media is interactive. In constrast to old media where the order of presentation is fixed, the user can now interact with a media object. In the process of interaction the user can choose which elements to display or which paths to follow, thus generating a 17
unique work. In this way the user becomes the co-autor of the project”
Esta mudança acompanha uma tendência histórica mais alargada e que já analisamos anteriormente: a globalização das culturas e das economias. A
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Tribe e Jana, 8. Ibid, 9 15 Tribe e Jana, New Media Art, 10. 16 Anthony Friedman, Writing for Visual Media (Focal Press, 2011). 17 Lev Manovich, The Language of New Media (2001), 66. 14
Ana Maria Fernandes Leite Mestrado em Gestão de In dústrias Criativas / Tecnologias nas Práticas Criativas
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globalização foi tanto uma causa como um efeito do uso difundido da internet, dos telemóveis e de outras teconologias. Uma vez mais, a emergência da “aldeia global” prevista por Mc Luhan, em “Galáxia de Gutenberg”, criou uma procura significativa destas tecnologias, levando ao seu lançamento e desenvolvimento. A internet contribuiu também para facilitar o comércio internacional e as alianças multinacionais, tornando também o intercâmbio de ideias mais globalizado. A new media art usou estes desenvolvimentos, explorando os seus efeitos na sociedade, tal como a video art, usou o vídeo para compreender o papel da televisão numa cultura cada vez mais massificada pelos media. A ligação da arte com a política é profunda. O surgimento de diferentes formas de expressão artística, ao longo dos tempos, é o resultado das transformações políticas e sociais da nossa sociedade e a arte tem tido um papel fundamental na afirmação de ideais e como ativismo político: “Para os artistas da new media art, a Internet é não só um meio mas também uma arena em que intervém artisticamente – um espaço público acessível, semelhante a um passeio urbano, ou a uma praça, onde as pessoas conversam, fazem negócios ou simplesmente deambulam.”18
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Tribe e Jana, 18.
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Conclusões finais Propusemo-nos perceber qual o impacto dos new media na Globalização e na própria conceção artística, bem como as suas pontencialidades no desenvolvimento de sentido crítico no espectador e o seu envolvimento na vida civíca. O impacto e o desenvolvimento das tecnologias, nos últimos cinquenta anos, tem trazido inúmeras transformações políticas, sociais e culturais. Num curto espaço de tempo, as alterações na nossa forma de viver, obrigam a uma adaptação constante quer dos politicos, dos artistas ou outros agentes da sociedade. A arte ao serviço da política, através da recriação de temas globalizados, contribui para o envolvimento do cidadão na obra de arte e consequente participação ativa na sociedade. É facto que, hoje, em pleno fenómeno de globalização, as possibilidades de interação social a partir de novas formas de conectividade, possibilitam que, a qualquer momento, possamos estar conectados a qualquer pessoa., a um reservatório de dados e a processos de intermediação cultural, político e social. Os meios de comunicação, as tecnologias de informação e comunicação e as indústrias culturais vieram alterar, definitivamente, as expressões de identidade. As identidades locais passam a ser também globais. Pensar global deve ser, por isso, um dos recursos que cada um de nós deve reter das potencialidades das tecnologias e da globalização. Vimos como nos 60 os artistas trabalhavam o vídeo como suporte para as suas manifestações artísticas, bem como veículo de contestação e intervenção social. A arte convencionalmente imposta pela sociedade foi colocada em causa, tendo as tecnologias permitido a massificação rápida de ideias já proclamadas, anteriormente, pelos dadaístas. Enquanto que os percursores da video art utilizavam o vídeo, os artistas da new media art servem-se das potencialidades da Internet. Os tempos mudam, as tecnologias evoluem, o progresso é, por isso, e tal como os futuristas acreditavam, o elemento base da manifestação artística. Tal como a tecnologia, a arte não deve estar estanque servindo apenas para ser contemplada em galerias. Deve, também, ser multidisplinar e estar ao serviço dos povos.
Ana Maria Fernandes Leite Mestrado em Gestão de In dústrias Criativas / Tecnologias nas Práticas Criativas
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Bibliografia BISHOP, Claire. Installation Art. London: Tate, 2005. CUNHA, Norberto. Europa: Globalização e Multiculturalismo. Vila Nova de Famalicão: Editora Ausência, 2005. ELGER, Dietmar. Dadaísmo. Germany: Taschen, 2004. FRIEDMAN, Anthony. Writing for Visual Media. Focal Press, 2011. GIDDENS, Anthony. A Europa na Era Global. Lisboa: Editorial Presença, 2007. GIDDENS, Anthony. O Mundo na Era da Globalização. Lisboa: Editorial Presença, 2000. MANOVICH, Lev. The Language of New Media. 2011. MARTIN, Sylvia. Video Art. Germany: Taschen,2006. MC LUHAN, Marshal. A Galáxia de Gutenberg. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1972.
PLAZA,
Julio.
“Arte
e
Interatividade:
Autor-Obra-Receção”,
in
Brasssilpaisssdooofuturoborosss. (1990). POSTER, Mark. “Cidadãos, Media Digitais e Globalização”. California: University of California, 2001.
SANTOS, Boaventura Sousa. “Globalização” in Dicionário das Crises e das Alternativas. Coimbra, Almedina, 2012. TRIBE, Mark e JANA, Reena. New Media Art. Germany: Taschen,2007.
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CATÓL ICA POR TO Escola das Artes