ANUÁRIO
2011
ENERGIA 370 Um retrato detalhado da geração, distribuição e consumo de energia no Brasil
600 450
companhias de energia perfiladas obras outorgadas e em construção usinas de etanol e seus controladores
BIODIESEL • BIOMASSA • CARVÃO MINERAL • EÓLICA ETANOL • GÁS NATURAL • GLP • HIDRELÉTRICA NUCLEAR • PETRÓLEO • TERMELÉTRICA www.analise.com
ENERGIA NO BRASIL O desafio de escolher o modelo energético
Mathias Cramer/Tempo Real
ÍNDICE
ENERGIA 16 ENERGIA
NO BRASIL A posição privilegiada do Brasil na corrida energética da era pós-petróleo Torre de transmissão da usina Monte Claro (RS): o Brasil possui 600 obras em andamento no setor de energia Transmission tower at Monte Claro plant (Rio Grande do Sul state): Brazil has 600 projects in progress in the energy sector
12 Apresentação A vantagem competitiva da matriz energética verde brasileira
50 Carvão
92 Nuclear
54 GLP
94 Eólica
55
96 Solar
Distribuidores de GLP
08
Editorial
58 Biomassa
10
Metodologia
60 Etanol
10
Expediente
62
10
Colaboradores
67
As empresas que atuam na produção e no fornecimento de combustíveis
71
4
Campos de produção
37
Produção por empresa
40
Campos em desenvolvimento
41
Blocos em exploração
198 Destaques
Ranking das usinas
124 Comercializadoras
200 Usinas geradoras
Ranking dos grupos
125 Distribuidoras
200
Usinas hidrelétricas
200
PCHs
205
Usinas termelétricas
208
Usinas eólicas
Produtores de biodiesel
grupos de energia
210 Petróleo e gás 210
Plataformas de petróleo
130
Atuação abrangente
210
Refinarias
154
Energia
210
Dutos
74 Hidrelétrica
174
Etanol
211 Etanol
77
186
Autogeração
212 Proinfa
elétrica Os rankings das usinas geradoras e análises detalhadas de cada setor
Ranking das hidrelétricas
82 Termelétrica
48
84
energia
3 Perfil dos
Análise da atuação dos maiores grupos empresariais de energia do Brasil
46 Gás natural Distribuidores de gás natural
Obras em execução e planejadas em todos os setores energéticos
98 Grupos geradores
2 geração
28 Petróleo 34
e obras
124 Transmissoras
70 Biodiesel 1 COMBUSTÍVEIS
4 projetos
Ranking das termelétricas
212
PCHs
213
Biomassa
213
Usinas eólicas
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Table of contents
225 LPG LPG distributors
225 Biomass 226 Ethanol
216
ENERGY IN BRAZIL The privileged position of Brazil in the energy race of the post-oil era
215 Presentation
62
Ranking of the ethanol mills
67
Ranking of the ethanol groups
228 Biodiesel 71
GENERATION
The competitive edge of the Brazilian green energy matrix
214
Editorial
214
Methodology
10
Staff
10
Contributors
1 FUELS Detailed analysis of the companies that produce and distribute fuel in Brazil
221 Oil
229 Hydroelectric Ranking of the hydroelectric plants
Ranking of the largest corporate energy groups in Brazil
Hydroelectric plants
200
Small hydroelectric plants
205
Thermoelectric plants Wind farms
130
Broad operations
154
Energy
208
174
Ethanol
210 Oil and gas
186
Selfproducers
210
Oil rigs
210
Refineries
210
Pipelines
4 Projects and
development
Plants under construction and other projects in all energy sectors in Brazil
234 Highlights
211 Ethanol 212 Proinfa 212
Small hydroelectric plants
213
Biomass
213
Wind farms
230 Thermoelectric 84
Ranking of the thermoelectric plants
231 Nuclear 232 Wind 233 Solar
34
Production fields
124 Transmission
37
Production by company
124 Trading companies
40
Fields under development
41
Drilling blocks
48
200
98 Generating groups
223 Natural gas Natural gas distributors
224 Mineral coal
6
Power plants ranking and a detailed analysis of each sector
77
ENERGY GROUPS
Biodiesel producers
2 POWER
200 Power plants
Divulgação/comgás
ENERGY
55
3 PROFILE OF THE
energia
125 Distributors
Gasoduto em Suzano (SP): diversificação da matriz brasileira é um dos objetivos da próxima década Pipeline in Suzano (São Paulo state): diversification of Brazilian matrix is one of the goals for the next decade
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EDITORIAL Editorial
Completo, essencial e renovável English version page 214
P
elo quarto ano consecutivo, a Anáem especial na Região Norte, e a extensão da 2011 lise Editorial tem o orgulho de rede para áreas aonde o gás ainda não chega apresentar este que é o maior lerepresentarão um salto importante para torvantamento sobre o setor energénar a matriz nacional ainda mais limpa. tico e as empresas que nele atuam, A edição de ANÁLISE ENERGIA é aprecompanhias de no Brasil. A pesquisa minuciosa de sentada em formato bilíngue (português e inUm retrato 370 energia perfiladas detalhado da geração, obras outorgadas informações e o cruzamento inédito de dados glês) para atender a um público externo cada distribuição 600 e em construção e consumo de energia de etanol e permitem a visualização de um panorama únivez mais interessado em acompanhar o merno Brasil seus controladores 450 usinas co, como a indicação de quais são as empresas cado de energia do Brasil. A publicação está BIODIESEL BIOMASSA CARVÃO MINERAL EÓLICA ETANOL GÁS NATURAL GLP HIDRELÉTRICA com atuação considerada abrangente no setor estruturada em quatro seções principais. A NUCLEAR PETRÓLEO TERMELÉTRICA de energia, em razão do número de segmentos primeira traz informações referentes a comENERGIA NO BRASIL O desafio de escolher o modelo energético do setor em que operam. Ou ainda os raios-X bustíveis fósseis e biocombustíveis. Em semais detalhados das usinas brasileiras de etaguida, são analisadas as usinas geradoras de 2011 nol, um campo no qual o Brasil é líder. energia elétrica e as companhias que atuam Apesar de os projetos nessa área serem de nessa atividade. A seção seguinte contém o longa maturação, a cada edição, a equipe da perfil detalhado de mais de 350 das princiAnálise Editorial, liderada pelo diretor de pais empresas que atuam no setor de energia conteúdo, Alexandre Secco, e pelo editorno país e, por fim, há informações sobre proled energy An overview companies 370 profi of energy executivo, Gabriel Attuy, descobre desde jetos de construção e cronograma de obras. generation, under distribution 600 projects construction novas nuances e tendências a mudanças imO anuário ANÁLISE ENERGIA é uma puand its mills consumption and their groups in Brazil 450 ethanol pressionantes capazes de influenciar planeblicação independente viabilizada exclusivaBIODIESEL BIOMASS ETHANOL HYDROELECTRIC POWER mente pela venda de espaço publicitário. Os jamentos e investimentos em toda a cadeia LPG MINERAL COAL NATURAL GAS NUCLEAR POWER OIL THERMOELECTRIC POWER WIND POWER anunciantes que nos apoiam permitem, assim, produtiva. A energia eólica é um exemplo de a produção de informação de qualidade e inémodalidade que registrou um grande avanço ENERGY IN BRAZIL The challenge of choosing an energy model dita neste formato, para quem toma decisão em 2010, e dá mostras de ter imbicado nue forma opinião. São, portanto, os patronos ma trajetória crescente. O segmento responde por menos de 1% da matriz brasileira, mas há indícios de uma ferramenta essencial para o acompanhamento desde que o potencial de geração de energia eólica poderá qua- te que é um tema vital para o desenvolvimento do Brasil. E apresentamos um agradecimento especial à construtora druplicar até 2012. O aumento da importância relativa do gás natural na ma- OAS, que aceitou ser um patrocinador diferenciado destriz energética do Brasil também é uma realidade. Entre ta edição, por entender que um levantamento como esse 2003 e 2010, a rede de gasodutos duplicou, ultrapassando representa uma contribuição valiosa para o ambiente de os nove mil quilômetros. Em pouco tempo, se todos os pla- negócios no Brasil. Esperamos que a presente edição lhe seja útil. Muito nos forem cumpridos, a rede poderá crescer outros 50%. A substituição do óleo pelo gás natural nas usinas térmicas, obrigada e boa leitura. ANUÁRIO
ENERGIA •
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YEARBOOK
ENERGY •
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silvana quaglio
Apoio
8
energia
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COLABORADORES Contributors
A produção de Análise Energia contou com a colaboração de profissionais. Por sua disposição em compartilhar seu conhecimento e nos ajudar a melhorar esta edição, deixamos nossos sinceros agradecimentos. The production of Análise Energy relied on the help of experts. For their willingness to share their knowledge and their help, we extend our sincere thanks. Adriano Moehlecke – orientador do projeto Núcleo Tecnológico de Energia Solar da PUC–RS, Adriano Pires – membro fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Analice Pinho – turismóloga Voluntária da ONG Sociedade do Sol, Antônio de Pádua Rodrigues – diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Bruno Menezes – técnico administrativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Celso Luiz Mansur – gerência de imprensa da Petrobras, Cynthia Moreira – especialista em regulação da Aneel, Edson Kuramoto – presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Eduardo Angelo – diretor de Energia Renováveis da Siemens, Emerson Salvador – gerente da divisão de eficiência energética da Eletrobras, Fernando
Metodologia As principais fontes de informações utilizadas no anuário Análise Energia são a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Balanço Energético Nacional (BEN) 2010 do Ministério de Minas e Energia (MME). Os dados foram apurados entre setembro e outubro de 2010. Dados adicionais foram extraídos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), Anuário da Cana – ProCana Brasil, além das companhias citadas na edição. As informações de outros países foram extraídas da International Energy Agency (IEA), do Energy Information Administration (EIA) e do banco de dados do Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos. Valores – Os dados referentes à potência de usinas geradoras estão em megawatt (MW). 10
energia
Perrone – gerente do Departamento de Projetos de Eficiência Energética da Eletrobras, Geraldo Martins – vice-presidente técnico da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Heitor Cantarella – pesquisador em Energia Renovável do Instituto Agronômico de Campinas, Hélcio Camarinha – diretor da Enerbrax, Jofre Freire – Técnico Operacional da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará, José Goldemberg – professor da USP, Marcos Buckeridge – coordenador do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Mauricio Cantão – professor adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná, Ricardo Baitelo – coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil, Ricardo Dornelles – diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Ruberval Baldini – presidente da Associação Brasileira de Energias Renováveis e Meio Ambiente (Abeama), Ruth Alves – engenheira eletricista da Eletronuclear, Sergio de Mello – presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), Sérgio Beltrão – diretor executivo da Ubrabio, Valdir Guimarães – professor associado do Instituto de Física da USP.
English version page 214
Adotou-se o padrão de duas casas decimais para os valores percentuais que representam participação e nenhuma para os que representam variação. Abreviações e símbolos – Para facilitar a consulta e a organização das tabelas, em vários casos foram usadas abreviações e símbolos. São elas: indica participação no total, W indica watt, Wh indica watthora, mi indica milhões, bi indica bilhões, ton indica toneladas, tep indica toneladas equivalentes de petróleo, m³ indica metros cúbicos, bpd indica barris por dia, comb. indica combustível, RK indica ranking. Matriz energética – As informações referentes à matriz energética brasileira sempre utilizam como fonte o MME. Entende-se por matriz energética, também definida como oferta interna de energia (OIE), a representação de toda energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida no país. Edição bilíngue – No caso dos rankings e tabelas, a tradução para o inglês foi incluída na mesma página do conteúdo original. O conteúdo das reportagens e outros textos foram agrupados em uma única seção localizada na página 214. O símbolo indica a página de início do texto em inglês.
e
d
i
t
o
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i
a
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Conselho editorial Publishing board
Eduardo Oinegue, Silvana Quaglio e Alexandre Secco
Diretora-presidente CEO
Silvana Quaglio
Diretor de conteúdo Editorial director
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Diretor comercial Advertising director
Alexandre Raciskas Rua Major Quedinho, 111, 16° andar CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 Fax (55 11) 3201-2310 contato@analise.com
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ENERGIA PUBLISHER Silvana Quaglio EDITOR Alexandre Secco Editor-executivo Executive editor Gabriel Attuy Editora-assistente Assistant-editor Giselle Godoi Reportagem Reporters Carlos Larios, Paula Quintas, Valquíria Oliveira e Vivian Stychnicki Pesquisa Research Alberto Barbosa, Ariane Mastropietro, Camila Chagas, Cristine Bartchewsky, Guilherme Meireles, Larissa Gutierres, Mara Speri, Mariana Lima, Paulo Andrade, Sumaya Oliveira, Taiane Silva, Talita Ramos TI/Gerência IT/Management Cristiano Carlos da Silva TI IT Felipe Cavalieri Diagramação Layout Cesar Habert Paciornik, Dicezar Leandro, Célia Harumi, Régis Schwert e Renata Marins Colaboradores Collaborators Célia Almudena, Eduardo Belo, Josélia Aguiar e Márcio Caparica Revisão Proofreading Dalva Nogueira de Lacerda e Mary Ferrarini Tradução Translation Sogl Traduções Circulação/Gerência Circulation/ Management Lígia Donatelli Circulação Circulation Aline Fraga, Bruna Abjon, Diogo Leite, Giulia Listo, Juliane Almeida, Mariana Durante, Mateus Cleto, Naiara Teles, Ricardo Simões e Vivian Fróes Publicidade/gerentes de negócios Advertising/Business Alessandra Soares e Márcia Pires Assistentes Assistants Ana Carolina Chiovatto e Felipe Ricelle
manager
ISSN 1808-9240
Tiragem/Copies issued: 35.000 Auditoria/Auditing
Impressão/Printing IBEP Gráfica Operação em Bancas Assessoria EdiCase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas Fernando Chinaglia Com. e Distribuidora S/A Manuseio FG Press www.fgpress.com.br Distribuição Dirigida Door to Door www.d2d.com.br www.analise.com
Paulo Santos/Reuters
apresentaçãoPresentation Presentation Apresentação
Refinaria de alumínio na floresta Amazônica (PA): a construção de novas hidrelétricas aumentará a oferta de energia barata para as empresas da região Aluminum refinery in the Amazon Forest (Paraná state): the construction of new hydroelectric plants will provide cheaper energy for the companies in the region
A vantagem comparativa do país verde SILVANA QUAGLIO
O Brasil tem a chance de fazer a coisa certa, aprendendo com quem já se desenvolveu com alto custo ambiental, e se posicionando para ser um polo de investimentos da nova economia verde 12
energia
www.analise.com
English version page 215
Apresentação Presentation
D
ispor de uma matriz energética eficiente e capaz de dar conta do desenvolvimento econômico desejado para o país era o que se poderia chamar de planejamento estratégico bem-feito. Era, até o fim do século 20. Nos últimos 20 anos, o componente desenvolvimento sustentável começou a influenciar os modelos adotados há longa data, impondo novos conceitos, como o de que uma matriz energética ambientalmente correta deve se basear em fontes limpas e renováveis. E de que esse tipo de matriz é fundamental para uma economia que se desenvolve de forma sustentável. O Brasil tem vocação verde – de grande e eficiente produtor agrícola, de detentor de um dos mais diversificados patrimônios biológicos do mundo, de território onde se encontram as maiores reservas de água doce do planeta. É verde por natureza e assim se mantém. Em grande medida, continua verde porque embora industrializado, ainda está se desenvolvendo. Os desafios ainda são grandes, portanto. O país tem uma estrutura social profundamente desigual, de uma maioria ainda pobre e pouco educada, e uma economia regionalmente desproporcional. Em razão de tudo isso, o consumo de energia no Brasil ainda é baixo. Por outro lado, o país tem a chance de fazer a coisa certa, aprendendo com quem já se desenvolveu com alto custo ambiental e agora enfrenta, também, o imenso desafio de tornar sua economia ambientalmente sustentável. A abundância de recursos com que a natureza brindou o país lhe confere uma vantagem comparativa ímpar em termos de acesso à energia barata e de baixo impacto ambiental. O desenvolvimento tardio pode representar também uma vantagem competitiva. Fazendo a coisa certa – optando pela geração de energia com preço e impactos baixos e organizando o ambiente de negócios para melhorar o potencial de competição das empresas –, o Brasil se posiciona para ser um polo de investimentos da nova economia, a economia verde. A lenha, o carvão mineral e o petróleo foram responsáveis por grandes saltos na geração de bem-estar e no desenvolvimento da maioria dos www.analise.com
países. Não obstante, são responsáveis por grandes impactos ambientais. Não será possível eliminá-los das matrizes energéticas mundo afora, mas é preciso tratá-los com muito cuidado. O carvão mineral é possivelmente a fonte de energia mais barata atualmente e relativamente abundante em algumas partes do mundo. É um insumo importante para os países em desenvolvimento. Em vez de bani-lo, grandes produtores, como a África do Sul e a China, têm buscado formas de minimizar o potencial de risco ambiental a partir do desenvolvimento de novas tecnologias. Isso encarece o insumo, tornando-o menos competitivo. No Brasil, o governo tem planos de aumentar a participação do carvão mineral na matriz energética, mas tem
45
%
da produção total de energia no Brasil é baseada em fontes renováveis encontrado dificuldade de obter as licenças ambientais necessárias, como se vê na reportagem à página 50. É inegável que quanto mais renovável e limpa for a matriz energética de um país, melhor será sua estrutura produtiva e mais sustentável seu desenvolvimento. Ainda mais se a transformação das fontes em energia for cuidadosa e seguir à risca os protocolos das boas práticas ambientais. Os processos de licenciamento ambiental para a geração de energia nova no Brasil têm mostrado um grande avanço nesse aspecto. Em sua quarta edição, o anuário ANÁLISE ENERGIA apresenta um Brasil que tem hoje a matriz energética mais renovável do planeta. Na reportagem especial desta edição, a partir da página 16, o leitor verá o que o país está fazendo para aproveitar sua posição privilegiada em termos de geração de energia limpa e renovável.
A evolução da sua matriz energética é uma demonstração clara de que o Brasil saiu na frente na busca do melhor aproveitamento de fontes renováveis. Na década de 1970, petróleo e lenha respondiam por 78% da energia consumida no país. Trinta anos mais tarde, nos anos 2000, com uma população duas vezes maior e uma base industrial instalada, o consumo de energia triplicou. Embora petróleo e lenha continuassem como os principais energéticos, os recursos hídricos passaram a ter um peso relativo maior. Passada a primeira década do século 21, a tendência de aumento do peso da energia hídrica na matriz energética se manteve. As usinas hidrelétricas geraram 75% da energia elétrica consumida no Brasil em 2010. E, segundo dados do Ministério de Minas e Energia, fontes renováveis responderam por 45,3% da energia gerada. Vale ressaltar que fontes renováveis respondem por 13% da matriz dos países industrializados, e 6% entre os países em desenvolvimento. Para captar os benefícios da sua vantagem comparativa do país, a meta do governo, agora, é intensificar a diversificação das fontes de energia. Um estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgado no fim de 2007, indica que em 2030 a diversificação da matriz será efetiva. O petróleo continuará fonte importante de energia, mas o peso relativo da lenha será bem reduzido, enquanto as fontes hídrica, cana-de-açúcar e gás natural ampliarão sua participação. Isso tudo combinado com um consumo de energia três vezes maior do que em 2000. Ou seja, a importância relativa das fontes renováveis e limpas aumentará na mesma razão em que a geração de energia, abrindo espaço para o crescimento de fontes alternativas, como a eólica e a solar, e também do urânio na matriz energética do Brasil no futuro não muito distante. A partir da página 28, o leitor encontrará um balanço individualizado de cada uma das fontes de energia utilizadas hoje no Brasil. O objetivo é apresentar uma fotografia completa da geração, transmissão e distribuição da energia no país, bem como indicar onde estão as oportunidades à medida que se mostram as tendências gerais do mercado e específicas para cada energético. 0 ENERGY
13
Ed Ferreira/AE
ENERGIA
NO BRASIL
OS DESAFIOS DO PAIS QUE AINDA PODE ESCOLHER Alexandre Secco
A
‘
idade da pedra não acabou por falta de pedras.’ Essa frase curta e impactante começou a circular nos anos 1970, quando o mundo enfrentou sua primeira crise do petróleo. Vem funcionando como uma reserva de realismo e sensatez para aprumar as discussões em uma área frequentemente dominada por especulações e paixões. Não faz muito tempo, era comum encontrar nos jornais previsões sobre o fim do petróleo associadas às apostas contra as chances de sucesso das economias modernas de viver sem ele. A importância dos combustíveis fósseis ainda é enorme hoje em dia, mas já existem sinais mais claros de que a era do petróleo vai acabar antes dos poços se esgotarem. Diante da ameaça real de viver sem ele, o homem investiu em tecnologias que pela primeira vez estão em posição relevante na discussão sobre o futuro energético do planeta. www.analise.com
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A frota de veículos movidos a hidrogênio e eletricidade é uma realidade. A geração eólica e solar continua avançando. Novas tecnologias de geração hidrelétrica e nuclear são mais seguras e produtivas. Por sua vez, o Brasil dá lições no uso de biocombustíveis, tem um grande frota de carros flex e equipou-se para tirar petróleo de poços localizados em profundidades que exigem a superação de desafios gigantescos. A idade da pedra acabou quando descobriu-se materiais mais eficientes para fazer ferramentas e pontas de lança. Os que dominaram antes as novas tecnologias posicionaram-se com grande vantagem. Pode-se dizer que o mundo presencia uma corrida semelhante hoje em relação ao domínio da tecnologia energética da era pós-petróleo. Esta reportagem vai mostrar o que o Brasil está fazendo e quais são as possíveis apostas para o país que tem uma posição única no que diz respeito às opções de geração de energia para o futuro. ENERGY
17
pchs e Cghs Small hydroelectric plants
PCHs e CGHs, por potência SMALL hydroelectric plants, by power Estado Potência Brasil State Power
RK
MW
RK
Estado Potência Brasil State Power MW
Estado Potência Brasil State Power
RK
MW
1 Bocaiúva
MT
30 0,03%
60 Bonfante
MG/RJ
19 0,02%
119 benj. mário baptista
MG
9 0,01%
2 Buriti
MS
30 0,03%
61 Calheiros
ES/RJ
19 0,02%
120 Carlos Gonzatto
RS
9 0,01%
3 Irara
GO
30 0,03%
62 Malagone
MG
19 0,02%
121 Piabanha
RJ
9 0,01%
4 Jataí
GO
30 0,03%
63 Pedra do Garrafão
ES/RJ
19 0,02%
122 Rio Piracicaba
MG
9 0,01%
5 Ludesa
SC
30 0,03%
64 Salto
MT
19 0,02%
123 Garcia
SC
9 0,01%
6 Mosquitão
GO
30 0,03%
65 Baruíto
MT
18 0,02%
124 Fruteiras
ES
9 0,01%
7 Passo do Meio
RS
30 0,03%
66 Graça Brennand
MT
18 0,02%
125 Antas I
MG
9 0,01%
8 Porto Franco
TO
30 0,03%
67 Primavera
RO
18 0,02%
126 Tronqueiras
MG
9 0,01%
9 Sacre 2
MT
30 0,03%
68 Piranhas
GO
18 0,02%
127 Joasal
MG
8 0,01%
PA
30 0,03%
69 Retiro Velho
GO
18 0,02%
128 Salto Voltão
SC
8 0,01%
MG/RJ
30 0,03%
70 Eng. ErneSTO J. D.
RS
17 0,02%
129 Mourão I
PR
8 0,01%
12 Santa Rosa II
RJ
30 0,03%
71 Planalto
GO/MS
17 0,02%
130 Primavera
MT
8 0,01%
13 São Pedro
ES
30 0,03%
72 Flor do Sertão
SC
17 0,01%
131 São Joaquim
SP
8 0,01%
10 Salto Curuá 11 Santa Fé I
14 Garg. da Jararaca
MT
29 0,03%
73 Pedrinho I
PR
16 0,01%
132 Boa Vista II
PR
8 0,01%
15 Nova Maurício
MG
29 0,03%
74 Túlio C. de Mello
MG
16 0,01%
133 Presidente Goulart
BA
8 0,01%
16 São Lourenço
MT
29 0,03%
75 Boa Sorte
TO
16 0,01%
134 Padre Carlos
MG
8 0,01%
17 Júlio de Mesq. Filho
PR
29 0,03%
76 Colino 2
BA
16 0,01%
135 Martins
MG
8 0,01%
18 Paranatinga II
MT
29 0,03%
77 Costa Rica
MS
16 0,01%
136 Santa Lúcia II
MT
8 0,01%
19 Alto Sucuriú
MS
29 0,03%
78 Ouro
RS
16 0,01%
137 Salto Curucaca
PR
7 0,01%
20 Francisco Gross
ES
29 0,03%
79 Plano Alto
SC
16 0,01%
138 Monte Alto
MG
7 0,01%
21 Porto das Pedras
MS
28 0,03%
80 Salto Natal
PR
15 0,01%
139 Cajurú
MG
7 0,01%
22 Canoa Quebrada
MT
28 0,03%
81 Alto Benedito Novo I
SC
15 0,01%
140 Cedros
SC
7 0,01%
23 Indiavaí
MT
28 0,03%
82 Carangola
MG
15 0,01%
141 Jurupará
SP
7 0,01%
24 Jararaca
RS
28 0,03%
83 Itatinga
SP
15 0,01%
142 Mogi-Guaçu
SP
7 0,01%
25 Pampeana
MT
28 0,03%
84 Santa Laura
SC
15 0,01%
143 Rio Branco
RO
7 0,01%
26 São Simão
ES
27 0,03%
85 São Bernardo
RS
15 0,01%
144 Ervália
MG
7 0,01%
27 Cachoeirão
MG
27 0,02%
86 Cachoeira da Lixa
BA
15 0,01%
145 Pinhal
SP
7 0,01%
28 Salto Corgão
MT
27 0,02%
87 Agro Trafo
TO
15 0,01%
146 São Bernardo
MG
7 0,01%
29 Rondonópolis
MT
27 0,02%
88 Rodeio Bonito
SC
15 0,01%
147 ARS
MT
7 0,01%
30 Funil
MG
27 0,02%
89 José Barasuol
RS
14 0,01%
148 Pipoca
MG
7 0,01%
31 Angelina
SC
26 0,02%
90 Braço Norte III
MT
14 0,01%
149 Derivação R. Jordão
PR
7 0,01%
32 Da Ilha
RS
26 0,02%
91 Braço Norte IV
MT
14 0,01%
150 Neblina
MG
6 0,01%
33 Ombreiras
MT
26 0,02%
92 Arvoredo
SC
13 0,01%
151 Santa Ana
SC
6 0,01%
34 Lagoa Grande
TO
26 0,02%
93 Ponte Alta
MS
13 0,01%
152 Sen. Jonas Pinheiro
MT
6 0,01%
35 Monte Serrat
MG/RJ
25 0,02%
94 Santa Edwiges II
GO
13 0,01%
153 Salto
SC
6 0,01%
36 São João
ES
25 0,02%
95 Ivan Botelho II
MG
12 0,01%
154 Salto Forqueta
RS
6 0,01%
37 Eng. José G. da Rocha
MT
24 0,02%
96 Pesqueiro
PR
12 0,01%
155 Furquim
MG
6 0,01%
38 Ivan Botelho I
MG
24 0,02%
97 Mambaí II
GO
12 0,01%
156 Pequi
MT
6 0,01%
39 Ivan Botelho III
MG
24 0,02%
98 Santa Edwiges III
GO
12 0,01%
157 Coronel Araújo
SC
6 0,01%
40 São Domingos II
GO
24 0,02%
99 Cachoeira
RO
11 0,01%
158 Celso Ramos
SC
6 0,01%
41 Palanquinho
RS
24 0,02%
100 Colino 1
BA
11 0,01%
159 Contestado
SC
6 0,01%
MS/MT
24 0,02%
101 São Gonçalo
MG
11 0,01%
160 Cnel. Amér. Teixeira
MG
6 0,01%
42 Santa Gabriela 43 Criúva
RS
24 0,02%
102 Dourados
SP
11 0,01%
161 Dianópolis
TO
6 0,01%
44 Salto Mauá
PR
24 0,02%
103 Braço Norte II
MT
11 0,01%
162 Rio Timbó
SC
6 0,01%
45 Pai Joaquim
MG
23 0,02%
104 Alto Fêmeas I
BA
11 0,01%
163 Saldanha
RO
5
-
46 Ormeo Junqueira
MG
23 0,02%
105 Riachão
GO
10 0,01%
164 Vitorino
PR
5
-
47 Caçador
RS
23 0,02%
106 Fumaça
MG
10 0,01%
165 Xavier
RJ
5
-
48 Esmeralda
RS
22 0,02%
107 Apucaraninha
PR
10 0,01%
166 Braço Norte
MT
5
-
49 Paraíso I
MS
22 0,02%
108 Cocais Grande
MG
10 0,01%
167 San Juan
SP
5
-
50 Piedade
MG
22 0,02%
109 Faxinal II
MT
10 0,01%
168 Coronel Domiciano
MG
5
-
51 Alto Irani
SC
21 0,02%
110 Salto Buriti
PA
10 0,01%
169 Diacal II
TO
5
-
52 São Joaquim
ES
21 0,02%
111 Furnas do Segredo
RS
10 0,01%
170 Esmeril
SP
5
-
53 Antônio Brennand
MT
20 0,02%
112 Cascata Chupinguaia
RO
10 0,01%
171 Alta Floresta
RO
5
-
54 Paiol
MG
20 0,02%
113 Mello
MG
10 0,01%
172 Alto Jatapu
RR
5
-
ES/RJ
20 0,02%
114 Peti
MG
9 0,01%
173 Santa Lúcia
MT
5
-
PA
20 0,02%
115 Riacho Preto
TO
9 0,01%
174 Ernestina
RS
5
-
57 Areia Branca
MG
20 0,02%
116 Rio de Pedras
MG
9 0,01%
175 Fagundes
RJ
5
-
58 Cotiporã
RS
20 0,02%
117 Ferradura
RS
9 0,01%
176 Flor do Mato
SC
5
-
59 Linha Emília
RS
20 0,02%
118 Poço Fundo
MG
9 0,01%
177 Gavião Peixoto
SP
5
-
55 Pirapetinga 56 Salto Três de Maio
78
energia
www.analise.com
21% Estado Potência Brasil State Power
RK
MW
178 Guary
RK
da energia elétrica mundial é gerada por usinas hidrelétricas. No Brasil, o índice foi de 77% em 2010
Estado Potência Brasil State Power MW
RK
Estado Potência Brasil State Power MW
MG
5
-
237 Cabixi II
MT
3
-
296 Guarita
RS
2
-
179 Jucu
ES
5
-
238 Luiz Queiroz
SP
3
-
297 Jaguaricatu I
PR
2
-
180 Monte Belo
RO
5
-
239 Madame Denise
MG
3
-
298 Lageado
TO
2
-
181 Sobrado
TO
5
-
240 Mata Cobra
RS
3
-
299 Machado Mineiro
MG
2
-
ES/RJ
5
-
241 Oliveira
MG
3
-
300 Rio dos Patos
PR
2
-
ES/MG
5
-
242 Tombos
MG
3
-
301 Salto Sto. Antônio
SC
2
-
184 Gindaí
PE
5
-
243 Batista
SP
3
-
302 Taguatinga
TO
2
-
185 Salto Grande
SP
5
-
244 Cabixi
RO
3
-
303 Anna Maria
MG
2
-
186 Santo Antônio
RS
5
-
245 E Nova
MG
3
-
304 Cach. do Rosário
MG
2
-
187 Sucupira
MT
5
-
246 Faxinal l
MT
3
-
305 ComeND. Venâncio
RJ
2
-
188 Viçosa
ES
5
-
247 Chibarro
SP
3
-
306 Congonhal I
MG
2
-
189 Areal
MG
4
-
248 Ivo Silveira
SC
3
-
307 Dr. Aug. Gonçalves
MG
2
-
190 Pery
SC
4
-
249 Juína
MT
3
-
308 Lençóis
SP
2
-
191 Capão Preto
SP
4
-
250 Quatiara
SP
3
-
309 Luiz Dias
MG
2
-
192 Santana
SP
4
-
251 Alto Benedito Novo
SC
3
-
310 Salto do Lobo
SP
2
-
MS/MT
4
-
252 Bruno Heidrich Neto
SC
3
-
311 Aprovale
MT
2
-
194 Camargo Corrêa
MT
4
-
253 Cach. da Fumaça
MT
3
-
312 Barra Clara
SC
2
-
195 Carandaí
MG
4
-
254 Ilhéus
MG
3
-
313 Bicas
MG
2
-
196 Pandeiros
MG
4
-
255 São Maurício
SC
3
-
314 Galópolis
RS
2
-
197 Paraúna
MG
4
-
256 Dona Rita
MG
2
-
315 João de Deus
MG
2
-
198 Salto
MG
4
-
257 Fundão I
PR
2
-
316 Jorda Flor
SP
2
-
199 Caboclo
MG
4
-
258 Jaguaricatu II
PR
2
-
317 Rio Palmeiras I
SC
2
-
200 Paciência
MG
4
-
259 Salto do Paraopeba
MG
2
-
318 São Pedro
SP
2
-
201 Ituerê
MG
4
-
260 Salto Rio Branco
PR
2
-
319 Castaman III
RO
1
-
202 Araras
CE
4
-
261 São Domingos
MT
2
-
320 Dalapria
SC
1
-
203 Cach. Poço Preto
SP
4
-
262 Tudelândia
RJ
2
-
321 E
MG
1
-
204 Catas Altas I
SP
4
-
263 Cach. do Brumado
MG
2
-
322 Euclidelândia
RJ
1
-
205 Cristalino
PR
4
-
264 Macaco Branco
SP
2
-
323 G
MG
1
-
206 Faxinal dos Guedes
SC
4
-
265 Rio Vermelho
SC
2
-
324 Pirapama
PE
1
-
207 Mafrás
SC
4
-
266 Salto Claudelino
PR
2
-
325 Pitangui
MG
1
-
208 Marmelos
MG
4
-
267 Salto Morais
MG
2
-
326 Poquim
MG
1
-
209 Rochedo
GO
4
-
268 São Jorge
PR
2
-
327 Rio Bonito
SC
1
-
210 Lago Azul
GO
4
-
269 Barra Escondida
SC
2
-
328 Santa Cruz
PR
1
-
211 Santa Cruz
BA
4
-
270 Rio São Marcos
RS
2
-
329 Santa Rosa
RS
1
-
182 Franca Amaral 183 Fumaça IV
193 Aquarius
212 Cach. dos Prazeres
MG
4
-
271 Santa Helena
SP
2
-
330 São Valentim
SP
1
-
213 Caveiras
SC
4
-
272 Rio Prata
MT
2
-
331 Alto Paraguai
MT
1
-
214 Itaipava
SP
4
-
273 Sumidouro
MG
2
-
332 Barulho
MG
1
-
215 Capigui
RS
4
-
274 Anil
MG
2
-
333 Buricá
RS
1
-
216 F
MG
4
-
275 Chopim I
PR
2
-
334 D
MG
1
-
217 Ijuizinho
RS
4
-
276 Rio Tigre
SC
2
-
335 Pari
SP
1
-
218 Salto Belo
MT
4
-
277 Lajes
TO
2
-
336 Passo do Inferno
RS
1
-
219 Santa Clara I
PR
4
-
278 Alegre
ES
2
-
337 Pilar
SP
1
-
220 Casca II
MT
4
-
279 Corred. do Capote
SP
2
-
338 Rio Palmeiras II
SC
1
-
221 Curemas
PB
4
-
280 Curt Lindner
SC
2
-
339 Salto do Leão
SC
1
-
222 J. B. de Lima Figu.
SP
4
-
281 Jacaré Pepira
SP
2
-
340 São José
SP
1
-
223 Passo de Ajuricaba
RS
3
-
282 Lobo
SP
2
-
341 Água Suja
MT
1
-
224 Salto São Pedro
PR
3
-
283 Piloto
BA
2
-
342 Cavernoso
PR
1
-
225 Cach. dos Macacos
MG
3
-
284 Salto da Barra
SP
2
-
343 Dorneles
MG
1
-
226 Cotovelo do Jacuí
RS
3
-
285 Catete
RJ
2
-
344 Lavras
MG
1
-
227 R. El. Piquete - Itaj.
MG
3
-
286 Codorna
MG
2
-
345 Maurício
MG
1
-
228 Caju
SC
3
-
287 Paes Leme
MG
2
-
346 Nova Jaguariaíva
PR
1
-
229 São João
MG
3
-
288 Cach. do Fagundes
MG
2
-
347 Oriental
AL
1
-
230 Cach. do Lavrinha
GO
3
-
289 Castaman I
RO
2
-
348 Paina II
PR
1
-
231 Santa Luzia D'Oeste
RO
3
-
290 Salto do PaS. Velho
SC
2
-
349 Pau Sangue
PE
1
-
232 Santa Maria
SP
3
-
291 Salto Donner I
SC
2
-
350 Poxoréo
MT
1
-
233 Votorantim
SP
3
-
292 São Luiz
SC
2
-
351 Ribeirão do Pinhal
SP
1
-
234 Brito
MG
3
-
293 Xicão
MG
2
-
352 Santa Marta
MG
1
-
235 Cachoeira
PR
3
-
294 Corumbataí
SP
2
-
353 Três Capões
PR
1
-
236 Pacíf. Mascarenhas
MG
3
-
295 Culuene
MT
2
-
354 Altoé II
RO
1
-
www.analise.com
ENERGY
79
Tom YZ/Reuters
termelétricas Thermoelectric
Despejo de carvão em usina na China: o Brasil privilegia o gás natural e a biomassa para expandir a sua base de apoio de térmicas
Coal being unloaded at plant in China: Brazil prioritizes natural gas and the biomass to expand its base to support thermoelectric power plants
aporte PONTUAL ESTIMULA TÉRMICAS Até 2020, o Brasil deve apostar nas usinas termelétricas para dar segurança ao fornecimento de energia nacional English version page 230
82
energia
O
fato de o Brasil ter quase 80% da matriz elétrica centrada no sistema hídrico faz com que a geração termelétrica – mais onerosa e quase sempre mais poluidora – seja vista como uma opção pouco interessante para o país. Esse tipo de geração sempre participou da matriz brasileira como uma válvula de escape a ser acionada quando os reservatórios das hidrelétricas estavam em baixa. www.analise.com
termelétricas Thermoelectric
O investimento nessa modalidade de geração ganhou alguma relevância a partir de 2001, quando o Brasil enfrentou uma crise de fornecimento e teve de racionar energia. Concebido para melhorar a segurança do sistema, o plano nacional de usinas termelétricas provocou um crescimento acelerado dessa opção. Em 2006, o Brasil enfrentou outra crise quando a necessidade da geração termelétrica causou um desabastecimento de gás natural no país.A partir daí, o setor produtivo e o governo brasileiro vêm apostando na inserção da geração termelétrica de forma mais acentuada na matriz brasileira, com o objetivo de evitar problemas no fornecimento de energia elétrica e o abastecimento de outros segmentos. As térmicas devem continuar a ser usadas como uma rede de segurança para o sistema elétrico brasileiro, mas os planos traçados buscam assegurar que esses empreendimentos possam entrar em operação sem causar os problemas enfrentados na última década.
1
Aumento de participação até 2014
A iniciativa de investimentos prevista pelo governo brasileiro é pontual, mas deve estimular o setor nos próximos anos. Segundo projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), até 2014, o Brasil deve contar com usinas térmicas para gerar 21,6% da sua energia. De 2008 a 2009, essa participação variou entre 12% e 15%. A partir daí, o plano do Ministério das Minas e Energia (MME) é suspender a construção de termelétricas, no momento em que novas hidrecombustível das létricas vão termelétricas aumentar a oferta de enerFóssil Outros gia e o parque 69,5% 2% termelétrico já deve ter alcançado a dimensão necessária para manter Biomassa a segurança 28,5% do sistema. O www.analise.com
aumento nos próximos anos deve começar a ser compensado no fim da década. O uso das térmicas será reduzido em quase 8% a partir de 2019, segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao MME, conforme o Plano Decenal de Expansão de Energia 2019. Por enquanto, no entanto, a opção é a aposta do governo brasileiro para gerir o sistema.
2
Energia disponível, mas de alto custo
A razão da opção pelas usinas termelétricas como um modo de assegurar o fornecimento brasileiro de energia pode ser explicada por dois principais fatores: existe combustível disponível – seja ele gás natural, bagaço de cana ou óleo diesel – e o processo de construção e operação das térmicas é mais simples e rápido do que construir uma nova hidrelétrica. As características são propícias para uma modalidade de energia cuja finalidade é entrar em operação em situações emergenciais O outro lado da questão é que a disponibilidade e agilidade vêm a um custo. O preço médio de uma usina termelétrica, segundo leilões de 2009 e 2010, gira em torno de 135 a 150 reais por megawatt/hora (MWh), dependendo do combustível. A energia hidrelétrica fica entre 70 e 80 reais por MWh. Em alguns casos, até a energia eólica, ainda em estágios iniciais no Brasil, é mais barata: alcançou preços ao redor de 130 reais por MWh em leilões realizados em 2010.
3
O equilíbrio da questão ambiental
O aumento da participação das térmicas também traz à tona preocupações com o crescimento da emissão de gases de efeito estufa. A perspectiva do governo é que esse é um risco que vale a pena ser enfrentado, mesmo porque as térmicas brasileiras, em grande parte, utilizam gás natural e biomassa, menos poluentes que carvão e óleos derivados de petróleo. Um dos princi-
pais argumentos é que a situação será amenizada porque as licenças ambientais concedidas desde 2009 apoiam-se em resolução do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que exige comprovação do controle de emissão de gases nocivos ao ambiente. Por outro lado, ambientalistas apontam que o gás natural não está recebendo grande destaque nos projetos. Ao contrário, as fontes mais poluidoras devem colocar mais de 15.000 MW de termeletricidade no sistema. Os projetos de geração a carvão já contratados somam 1.400 MW e outros 7.000 MW estão em estudo, num total de 14 novas usinas. Em construção ou contratadas no país são 42 usinas movidas a óleo, com capacidade de 7.500 MW. 0
Geração termo e usinas Participação na matriz energética
2,3%
Participação na matriz elétrica
12,2%
Potência instalada em MW
24.315
Geração de energia em TWh (2009)
57
Brasil no ranking mundial de geração
35º
NÚMERO DE USINAS Tipo de usina
Em operação
Em construção
Fóssil
928
13
Biomassa
381
28
Outros
27
2
Total
1.336
43
NÚMERO DE USINAS POR COMBUSTÍVEL
Bagaço de cana
808 310
Gás natural
93
Resíduos de madeira
36
Óleo combustível
28
Licor negro
14
Gás de alto forno
13
Biogás
10
Carvão mineral
9
Gás de refinaria
8
Casca de arroz
7
Gás de processo
6
Enxofre
5
Carvão vegetal
4
Efluente gasoso
2
Gás siderúrgico
1
Óleo ultraviscoso
1
Capim elefante
1
Óleo diesel
ENERGY
83
Grupos geradores Generating groups
As empresas, suas usinas e produção
The companies and their production
115° celg participações Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
37 DTCEA-0I
AP 100% UTE
OD
0,1
-
38 DTCEA-BV
RR 100% UTE
OD
0,1
-
39 DTCEA-UA
AM 100% UTE
OD
0,1
-
40 ALTAMIRA
PA 100% UTE
OD
0,08
-
1 SÃO DOMINGOS
GO 100% UHE
HD
14
0,01%
2 ROCHEDO
GO 100% PCH
HD
4
-
41 SURUCUCU
RR 100% UTE
OD
0,08
-
3 MOSQUITO
GO 100% CGH
HD
0,3
-
42 BARCELOS
AM 100% UTE
OD
0,04
-
TOTAL
18
0,02%
43 DTCEA-TS II
PA 100% UTE
OD
0,04
-
44 JUNDIÁ
RR 100% UTE
OD
0,04
-
45 MARABÁ
PA 100% UTE
OD
0,04
-
46 TROMBETAS
PA 100% UTE
OD
0,04
-
47 VOR-TARUMÃ
AM 100% UTE
OD
0,04
-
TOTAL
17
0,02%
116° ceesam geradora Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
1 ALTO BENEDITO NOVO I
SC 100% PCH
2 ALTO BENEDITO NOVO
SC 100% PCH
HD
15
0,01%
HD
3
-
TOTAL
18
0,02%
118° santa maria companhia de papel e celulose Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
117° cindacta iv
Potência Power
Brasil
MW
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
1 CINDACTA IV
AM 100% UTE
OD
3
-
2 DTCEA-MN
AM 100% UTE
OD
1
-
3 DTCEA-EK
PA 100% UTE
OD
1
-
4 DTCEA-TS
PA 100% UTE
OD
1
-
5 DTCEA-UA II
AM 100% UTE
OD
1
-
6 DTCEA-AA
PA 100% UTE
OD
1
-
1 SALTO CURUCACA
PR 100% PCH
HD
7,3
0,01%
2 SANTA MARIA
PR 100% UTE
RM
6,4
0,01%
3 SALTO SÃO PEDRO
PR 100% PCH
HD
3,4
-
TOTAL
17
0,02%
119° cocamar Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
7 DTCEA-BE
PA 100% UTE
OD
1
-
1 COCAMAR MARINGÁ
PR 100% UTE
BC
13
8 DTCEA-CZ II
AC 100% UTE
OD
1
-
2 SÃO TOMÉ
PR 100% UTE
BC
4
-
9 DTCEA-MQ
AP 100% UTE
OD
1
-
TOTAL
17
0,02%
10 DTCEA-PV
RO 100% UTE
OD
1
-
11 DTCEA-RB
AC 100% UTE
OD
1
-
12 DTCEA-SL
MA 100% UTE
OD
1
-
PA 100% UTE
OD
1
-
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
13 DTCEA-SN 14 DTCEA-TF
AM 100% UTE
OD
1
-
1 EÓLICA DE PRAINHA
CE 100% EOL
EL
10
0,01%
15 DTCEA-VH
RO 100% UTE
OD
1
-
2 EÓLICA DE TAÍBA
CE 100% EOL
EL
5
-
16 DTCEA-CC
PA 100% UTE
OD
0,4
-
3 MUCURIPE
CE 100% EOL
EL
2
-
17 DTCEA-EI
AM 100% UTE
OD
0,4
-
TOTAL
17
0,01%
18 DTCEA-EP
MT 100% UTE
OD
0,4
-
19 DTCEA-FA
MT 100% UTE
OD
0,4
-
20 DTCEA-FX
PA 100% UTE
OD
0,4
-
21 DTCEA-GM
RO 100% UTE
OD
0,4
-
0,01%
120° wobben wind power ind. e com. MW
121° madeIreira miguel forte Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
22 DTCEA-IZ
MA 100% UTE
OD
0,4
-
1 MIGUEL FORTE
PR 100% UTE
RM
16
0,01%
23 DTCEA-MY
AM 100% UTE
OD
0,4
-
2 SALTO LILI
PR/SC 100% CGH
HD
0,1
-
24 DTCEA-SI
AM 100% UTE
OD
0,4
-
3 RIO PRETO
SC 100% CGH
HD
0,07
-
25 DTCEA-BV II
RR 100% UTE
OD
0,4
-
TOTAL
16
0,01%
26 DTCEA-MN II
AM 100% UTE
OD
0,4
-
27 DTCEA-PV II
RO 100% UTE
OD
0,4
-
122° aralco ind. e com. Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
28 DTCEA-TT
AM 100% UTE
OD
0,4
-
29 SIAT-MN
AM 100% UTE
OD
0,2
-
30 DTCEA-CZ
AC 100% UTE
OD
0,1
-
1 ALCOAZUL
SP 100% UTE
BC
7
0,01%
31 DTCEA-EI II
AM 100% UTE
OD
0,1
-
2 ARALCO
SP 100% UTE
BC
5
-
32 DTCEA-EP II
MT 100% UTE
OD
0,1
-
3 GENERALCO
SP 100% UTE
BC
4
-
33 DTCEA-GM II
RO 100% UTE
OD
0,1
-
TOTAL
16
0,01%
34 DTCEA-SI II
MT 100% UTE
OD
0,1
-
35 DTCEA-TF II
AM 100% UTE
OD
0,1
-
36 BENEVIDES
PA 100% UTE
OD
0,1
-
114
energia
MW
www.analise.com
11.000 mw
será a potência da usina Belo Monte, cerca de 10% da capacidade total do Brasil
128° zihuatanejo do brasil açúcar e álcool
123° apiacás energia Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Brasil
Potência Power
Brasil
MW
MW
1 CASCA III
MT 100% UHE
HD
12
0,01%
2 CASCA II
MT 100% PCH
HD
4
-
TOTAL
16
0,01%
1 CUCAÚ
PE 100% UTE
BC
13
2 PAU SANGUE
PE 100% PCH
HD
1
-
TOTAL
14
0,01%
0,01%
129° galvani indústria, comércio e serviços
124° vulcabrAs do nordeste Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Brasil
Potência Power
Brasil
MW
MW
1 CALÇADOS AZALEIA
BA 100% UTE
OD
8
0,01%
1 GALVANI
SP 100% UTE
BC
12
2 VULCABRAS
CE 100% UTE
GN
5
-
2 GALVANI
BA 100% UTE
EX
2
-
3 ITAPETINGA - FILIAL 04
BA 100% UTE
OD
0,3
-
TOTAL
14
0,01%
4 CAATIBA
BA 100% UTE
OD
0,1
-
5 FIRMINO ALVES
BA 100% UTE
OD
0,1
-
6 IBICUÍ
BA 100% UTE
OD
0,1
-
BA 100% UTE
OD
0,1
-
Potência Power
Brasil
7 IGUAÍ 8 ITAIÁ
BA 100% UTE
OD
0,1
-
1 EÓLICA CANOA QUEBRADA
CE 100% EOL
EL
11
9 ITAMBÉ
BA 100% UTE
OD
0,1
-
2 LAGOA DO MATO
CE 100% EOL
EL
3
-
10 ITAMBÉ - FILIAL 06
BA 100% UTE
OD
0,1
-
TOTAL
14
0,01%
Potência Power
Brasil
11 ITARANTIM
BA 100% UTE
OD
0,1
-
12 ITATI
BA 100% UTE
OD
0,1
-
13 ITORORÓ
BA 100% UTE
OD
0,1
-
14 MACARANI
BA 100% UTE
OD
0,1
-
0,01%
130° rosa dos ventos ger. e com. de energia Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
MW
0,01%
131° central nacional de energia eólica Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
MW
15 MACARANI - FILIAL 17
BA 100% UTE
OD
0,1
-
1 EÓLICA ÁGUA DOCE
CE 100% EOL
EL
9
16 MAIQUINIQUE
BA 100% UTE
OD
0,1
-
2 PQ. EÓLICO DO HORIZONTE
CE 100% EOL
EL
5
-
17 POTIGUARÁ
BA 100% UTE
OD
0,1
-
TOTAL
14
0,01%
TOTAL
15
0,01%
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
132° tivit tecnologia da informação
125° eletron centrais elétricas Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
1 BRASILÂNDIA
MS 100% UTE
BC
10
0,01%
2 SIDROLÂNDIA
MS 100% UTE
BC
5
-
TOTAL
15
0,01%
0,01%
MW
1 TIVIT BARRA
RJ 100% UTE
OD
5,4
-
2 TIVIT TRANSAMÉRICA
SP 100% UTE
OD
5,4
-
3 PROCEDA
SP 100% UTE
OD
2,4
-
TOTAL
13,2
0,01%
133° usina central olho d’água
126° grupo andré maggi Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Brasil
1 SANTA LÚCIA II
MT 100% PCH
HD
8
0,01%
2 SANTA LÚCIA
MT 100% PCH
HD
5
-
3 SM-01
MT 100% CGH
HD
1
-
4 SAPEZAL
MT 100% CGH
HD
1
-
5 SM-06
MT 100% CGH
HD
0,2
-
6 TUCUNARÉ
MT 100% CGH
HD
0,2
-
TOTAL
15
0,01%
127° franco brasileira açúcar e álcool (FBA) Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
1 UNIVALEM
SP 100% UTE
BC
8
2 IPAUSSU
SP 100% UTE
BC
6
0,01%
TOTAL
14
0,01%
www.analise.com
Potência Power
Brasil
MW
MW
1 COMVAP
PI 100% UTE
BC
9
2 CENTRAL OLHO D’ÁGUA
PE 100% UTE
BC
4
-
TOTAL
13
0,01%
0,01%
134° 3m do brasil Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
1 3M SUMARÉ
SP 100% UTE
OD
6
0,01%
2 3M ITAPETININGA
SP 100% UTE
OD
4
-
3 3M RIBEIRÃO PRETO
SP 100% UTE
OD
3
-
TOTAL
13
0,01%
0,01%
ENERGY
115
grupos abrangentes Groups broad operations
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
Cemig Geração e Transmissão
Número de clientes Number of clients 921
Distribuição de gás natural Natural gas distribution
Capital MISTO BRASILEIRO PRIVATE AND PUBLIC BRAZILIAN Controle Control COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS (CEMIG) (100%)
Estados em que atua States MG Gás distribuído 06/2010 Gas distributed 06/2010 375,5 milhões de m3 Participação gás Brasil Share in Brazilian gas 4,94%
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA
Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
Participação malha Brasil Share in Brazilian Grid 30%
Atuação em energia Energy activity Distribuição de gás natural Natural gas distribution
Cemig Geração e Transmissão S/A
R$ mi
Extensão da malha Length of grid 6,5 mil km
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
2009
jan-jun 2010
Var. 09/10
4.439
2.155
1%
3.530
1.694
(-5%)
1.309
488
(-29%)
2.403
1.062
(-13%)
Atuação em energia Energy activity Geração de energia elétrica, Transmissão de energia elétrica Electricity generation, Electricity transmission
Geração Generation Número de usinas geradoras Number of power plants 44 Potência de geração Generated power 6.249 MW Participação potência Brasil Share in Brazilian power 5,64% Autoprodutor de energia Selfproducer of energy Não
Transmissão Transmission Estados em que atua States MG RAP 2010/2011 417,9 milhões de reais Participação RAP Brasil Share in Brazilian RAP 3,76%
Número de clientes Number of clients 256
Capital PÚBLICO BRASILEIRO PUBLIC BRAZILIAN Controle Control ESTADO DO PARANÁ (31,1%), BM&FBOVESPA (29,3%), BNDES PARTICIPAÇÕES (24%), NYSE (14,7%), CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS (ELETROBRAS) (0,6%), OUTROS (0,2%), LATIBEX (0,1%)
Participação clientes Brasil Share in Brazilian clients 0,01%
Listagem em bolsa Stock market listing BOVESPA CPLE3 CPLE6 NYSE ELP
Participação malha Brasil Share in Brazilian Grid 4,2%
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA
A 7ª maior usina de geração do Brasil The 7th largest power plant in Brazil Potência de geração Generation power Participação na potência Share in Brazil power Localização Location Destino da energia Power destination
1.710 MW 1,55% Rio Paranaíba – Santa Vitória (MG), São Simão (GO) Serviço público (SP) Public Service
Gasmig Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) (55,2%), Gaspetro (40%), mgi Participações (4,38%), Prefeitura de Belo Horizonte (0,43%)
136
COMGÁS Companhia de Gás de São Paulo
energia
R$ mi
2009
jan-jun 2010
Var. 09/10
Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
8.797
4.629
10%
5.617
2.939
8%
1.026
360
(-36%)
1.739
555
(-41%)
Capital PRIVADO ESTRANGEIRO PRIVATE NONBRAZILIAN Controle Control INTEGRAL INVESTIMENTS BV (71,91%), POLAND FIA (9,37%), OUTROS (7,22%), SHELL BRAZIL HOLDING BV (6,34%), TARPON INVESTIMENTOS (5,16%)
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
Listagem em bolsa Stock market listing BOVESPA CGAS3, CGAS5 NYSE -
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA
Companhias subsidiárias Subsidiaries: 2 Copel Distribuição, Copel Geração e Transmissão
R$ mi Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
2009
jan-jun 2010
Var. 09/10
4.943
2.456
(-2%)
3.884
1.020
(-48%)
368
109
(-38%)
838
312
(-25%)
Atuação em energia Energy activity Distribuição de energia elétrica, Geração de energia elétrica, Transmissão de energia elétrica Electricity distribution, Electricity generation, Electricity transmission
Geração Generation Número de usinas geradoras Number of power plants 17 Potência de geração Generated power 4.545 MW
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
São Simão
COPEL Companhia Paranaense de Energia
Extensão da malha Length of grid 783 km
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA Setor de atuação Area of activity Energia Energy
Participação clientes Brasil Share in Brazilian clients 40%
Setor de atuação Area of activity Energia Energy Atuação em energia Energy activity Distribuição de gás natural, Geração de energia elétrica Natural gas distribution, Electricity generation
Participação potência Brasil Share in Brazilian power 4,106% Autoprodutor de energia Selfproducer of energy Não
Transmissão Transmission
Geração Generation
Estados em que atua States PR
Número de usinas geradoras Number of power plants 1
RAP 2010/2011 260,1 milhões de reais
Potência de geração Generated power 0,3 MW
Participação RAP Brasil Share in Brazilian RAP 2,34%
Participação potência Brasil Share in Brazilian power 0,0003%
Distribuição Distribution
Autoprodutor de energia Selfproducer of energy Sim
Estados em que atua States PR
Distribuição de gás natural Natural gas distribution
Energia distribuída 2009 Energy distributed 2009 20,2 mil GWh
Estados em que atua States SP
Participação distribuição Brasil Share in distribution 5,94%
Gás distribuído 06/2010 Gas distributed 06/2010 2,3 bi de m3
Número de clientes Number of clients 3,6 milhões
Participação gás Brasil Share in Brazilian gas 30,49%
Participação clientes Brasil Share in Brazilian Clients 3,64%
www.analise.com
grupos abrangentes Groups broad operations
Copel Distribuição Copel Distribuição S/A Capital MISTO BRASILEIRO PRIVATE AND PUBLIC BRAZILIAN Controle Control COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA (COPEL) (100%)
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA R$ mi Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
2009
jan-jun 2010
Var. 09/10
6.703
3.558
11%
3.890
2.056
9%
320
(-5)
-
442
(-33)
-
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
Geração Generation
Geração Generation
Número de usinas geradoras Number of power plants 17
Número de usinas geradoras Number of power plants 24
Potência de geração Generated power 4.545 MW
Potência de geração Generated power 648 MW
Participação potência Brasil Share in Brazilian power 4,10%
Participação potência Brasil Share in Brazilian power 0,58%
Autoprodutor de energia Selfproducer of energy Não
Autoprodutor de energia Selfproducer of energy Sim
Transmissão Transmission
Etanol Ethanol
Estados em que atua States PR
Número de usinas Number of power plants 23
RAP 2010/2011 260,1 milhões de reais
Etanol produzido em 09/10 Ethanol produced in 09/10 1.635 milhão de litros
Participação RAP Brasil Share in Brazilian RAP 2,34%
Participação etanol Brasil Share in Brazilian ethanol 7,43%
Gov. Bento M. da Rocha Neto
Açúcar produzido em 09/10 Sugar produced in 09/10 4.641 mil toneladas
Potência de geração Generation power Participação na potência Share in Brazil power
Atuação em energia Energy activity Distribuição de energia elétrica Electricity distribution
Distribuição Distribution
Destino da energia Power destination
Energia distribuída 2009 Energy distributed 2009 20,2 mil GWh Participação distribuição Brasil Share in distribution 5,94% Número de clientes Number of clients 3,6 milhões Participação clientes Brasil Share in Brazilian Clients 3,64%
Da Barra
1,51%
A maior usina de etanol do Brasil The largest ethanol plant in Brazil Produção de etanol Ethanol production Participação no etanol Share in Brazil ethanol Produção de açúcar Sugar production Moagem de cana Sugarcane miling Localização Location
COSAN Cosan S/A Indústria e Comércio
289 mil litros 1,21% 426 mil toneladas 6,49 milhões de toneladas Barra Bonita (SP)
Cosan Distribuidora
Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control COSAN LIMITED (62,3%), OUTROS (37,7%)
Copel Geração e Transmissão
Listagem em bolsa Stock market listing BOVESPA CSAN3 NYSE -
Cosan Distribuidora de Combustíveis Ltda.
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA
Copel Geração e Transmissão S/A
R$ mi Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
Capital MISTO BRASILEIRO PRIVATE AND PUBLIC BRAZILIAN Controle Control COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA (COPEL) (100%)
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA
Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
1.676 MW
Rio Iguaçi – Guarapuava (PR), Mangueirinha (PR), Pinhão (PR) Serviço público (SP) Public Service
Localização Location
Estados em que atua States PR
R$ mi
Moagem de cana em 09/10 Sugarcane milled in 09/10 58.494 mil toneladas
A 8ª maior usina de geração do Brasil The 8th largest power plant in Brazil
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
abr-mar 09/10 out-mar 10/11
Var. 09/10
Capital privado BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control cosan (100%)
16.700
9.200
-
15.300
8.400
-
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
987
320
-
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
1.733
934
-
Atuação em energia Energy activity Distribuição de combustíveis Fuel distribution
2009
jan-jun 2010
Var. 09/10
1.894
935
4%
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
Rede de postos Service station chain
Setor de atuação Area of activity Etanol Ethanol
Número de postos Number of stations 1.700
1.621
798
5%
655
276
(-3%)
951
482
5%
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA Setor de atuação Area of activity Energia Energy Atuação em energia Energy activity Geração de energia elétrica, Transmissão de energia elétrica Electricity generation, Electricity transmission
www.analise.com
Companhias subsidiárias Subsidiaries: 14 Barra Bioenergia, Benalcool Açúcar e Álcool, Cosan Açúcar e Álcool, Cosan Alimentos, Cosan Bioenergia, Cosan Mundial, Cosan S.A. Açúcar e Álcool, Destilaria Água Bonita Ltda., Destilaria Paraguaçu Ltda. - Parálcool, Destilaria Vale do Tietê, Dois Córregos Açúcar e Álcool, Fundação de Assistência Social Sinhá Junqueira, Nova América Industrial Caarapó, Usina Açucareira Bom Retiro Atuação em energia Energy activity Produção de etanol, Geração de energia elétrica, Distribuição de combustíveis Ethanol production, Electricity generation, Fuel distribuition
ENERGY
137
Projetos e obras Projects and development
Geração de energia Power generation Usinas Termelétricas Thermoelectric power plants Potência Destino Acionistas Power Destination Shareholders MW (%)
Estado State
Combustível Fuel
Previsão Status Forecast
São José da Estiva
28
PIE
Usina São José da Estiva Açúcar e Álcool (100%)
SP
BC
Eld. Nova Andradina
22
PIE
Energética Eldorado (100%)
MS
BC
- Atrasado Late
Agrenco MS
22
PIE
Agrenco Bioenergia Indústria e Comércio (100%)
MS
CE
- Atrasado Late
2011 No Prazo On shedule
TRT
21
APE
Companhia Siderúrgica Nacional (100%)
RJ
GF
2012 Atrasado Late
CRV
20
PIE
CRV Industrial (100%)
GO
BC
2012 No Prazo On shedule
Rondon II
20
PIE
Eletrogóes (100%)
RO
RM
José Bonifácio
19
APE
Açucareira Virgolino de Oliveira (100%)
SP
CA
Cooper-Rubi
18
PIE
Cooperativa Agroindustrial de Rubiataba (100%)
GO
BC
Brasil Bio Fuels
16
PIE
Brasil Bio Fuels (100%)
GO
RM
Klabin Piracicaba
15
APE
Klabin (100%)
SP
GN
Aroeira
15
PIE
Bioenergética Aroeira (100%)
MG
BC
- Atrasado Late 2010 No Prazo On shedule - Atrasado Late 2012 No Prazo On shedule - Atrasado Late 2010 No Prazo On shedule
Da Prata
15
PIE
Usina Zanin Açúcar e Álcool (100%)
MG
BC
- No Prazo On shedule
Total
15
PIE
Total Agroindústria Canavieira (100%)
MG
BC
2012 No Prazo On shedule
São Manuel
15
APE
Usina Açucareira São Manoel (100%)
sp
BC
- No Prazo On shedule
Agudos
13
PIE
KCC Geração de Energia Elétrica (100%)
PR
RM
- Atrasado Late
Ouroeste
12
PIE
Ouroeste Açúcar e Álcool (100%)
SP
BC
WD
12
PIE
Destilaria WD (100%)
MG
BC
- Atrasado Late
Bunge I Cubatão
12
APE
Bunge Fertilizantes (100%)
SP
GP
2010 Atrasado Late
2010 No Prazo On shedule
Abílio Bornia
11
PIE
Usina Termoelétrica Winimport (100%)
PR
RM
- Atrasado Late
Camen
10
PIE
Açúcar e Álcool Camargo e Mendonça (100%)
GO
BC
- Atrasado Late
Itatérmica Pernamb.
9
APE
Itapessoca Agro Industrial (100%)
PE
GN
2013 Atrasado Late
Josapar
8
PIE
Josapar Joaquim Oliveira Participações (100%)
RS
CA
2014 Atrasado Late
Rio Amazonas
8
PIE
Maggi Energia (100%)
AM
RM
- Atrasado Late
São José do Pinheiro
7
PIE
Usina São José Pinheiro (100%)
SE
BC
- Atrasado Late
Energia Ambiental 2
4
PIE
Energia Ambiental (100%)
PE
Biogás
- Atrasado Late
Santa Fé
3
APE
Usinas Santa Fé (100%)
SP
BC
- Atrasado Late
Sepetiba
1
PIE
Itaguaí Energia (100%)
RJ
CM
- Atrasado Late
Usinas Eólicas Wind farms Potência Destino Acionistas Power Destination Shareholders MW
Município City
Estado State
Previsão Status Forecast
(%)
OUTORGADAS
MACEIÓ I
236
PIE
Eólica Maceió (100%)
Maceió de Itapipoca
CE
- Atrasado Late
SALINA DIAM. BRCO.
200
PIE
Cedin do Brasil (100%)
Galinhos
RN
- Atrasado Late
BA 3 – CAETITÉ
192
PIE
Heraklion Participações (100%)
Caetité
BA
- Atrasado Late
EÓL. ELEB. S. V. PAL. I
126
PIE
Elebrás Projetos (100%)
Santa Vitória do Palmar
RS
2013 Atrasado Late
EÓL-ELÉT. S. GON.
60
PIE
Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (100%)
São Gonçalo do Amarante RN
MIASSABA 3
50
PIE
Brasventos Miassaba 3 Geradora de Energia (100%)
Guamaré
RN
- Atrasado Late 2012 No Prazo On shedule
PQ. EÓL. PTA. DO MEL
50
PIE
Compinvest Mercosul (100%)
Areia Branca
RN
- Atrasado Late
SANTA MARTA
47
PIE
Empresa Energética Santa Marta (100%)
Laguna
SC
- Atrasado Late
DUNAS DE PARACURU
42
PIE
Ventos Brasil Comércio e Representações (100%)
Paracuru
CE
2012 No Prazo On shedule
ICARAÍ II
38
PIE
Martifer Renováveis Geração de Energia e Participações (100%)
Amontada
CE
2012 No Prazo On shedule
ARARAS
30
PIE
Nova Eólica Araras (100%)
Acaraú
CE
2012 No Prazo On shedule
B. DOS COQueiros
30
PIE
Energen Energias Renováveis (100%)
Barra dos Coqueiros
SE
2012 No Prazo On shedule
BURITI
30
PIE
Nova Eólica Buriti (100%)
Acaraú
CE
2012 No Prazo On shedule
CAJUCOCO
30
PIE
Nova Eólica Cajucoco (100%)
Itarema
CE
2012 No Prazo On shedule
COXILHA NEGRA V
30
PIE
Eólica Cerro Chato I (100%)
Santana do Livramento
RS
2012 No Prazo On shedule
COXILHA NEGRA VI
30
PIE
Eólica Cerro Chato II (100%)
Santana do Livramento
RS
2012 No Prazo On shedule
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energia
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ENGLISH VERSION
hydroeletric (Refers to page 74)
ROBSON FERNANDJES/AE
HIDRELÉTRICA Hydroelectric
OS PRÓXIMOS GRANDES PROJETOS Após atrasos em 2009, os cronogramas das usinas do Rio Madeira estão adiantados e Belo Monte deve sair do papel em 2011
Queda d’água da hidrelétrica de Itaipu (PR): as grandes usinas em construção irão garantir a segurança energética do país nos próximos anos Waterfall at Itaipu dam (Paraná state): the large power plants under construction will ensure the country’s energy security in upcoming years English version page 229
O
ano de 2010 viu os próximos grandes projetos de hidrelétricas brasileiras saírem do papel. As obras dos principais empreendimentos em execução, as usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, encontram-se adiantadas e já apontam com a perspectiva de antecipação no fornecimento de energia para o fim de 2011 e 2012, respectiva-
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mente. Já a hidrelétrica de Belo Monte, outro grande empreendimento da Região Norte, tem previsão de conseguir licença ambiental até meados de 2011. Após a série de atrasos nos processos de licenciamentos em 2009, a expectativa é de que a conclusão desses projetos garanta um fornecimento seguro de energia compatível com o crescimento econômico brasileiro pelos próximos anos.
1
O cronograma das grandes usinas
Uma mudança no planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME) permitiu a aceleração das obras das usinas do Rio Madeira. A decisão de aumentar a capacidade de geração de 3.150 megawatts para 3.450 MW na www.analise.com
ENERGIA
THE NEXT LARGE PROJECTS After delays in 2009, the schedules of the power plants on the Madeira river are ahead of time and the Belo Monte plant is expected to leave the drawing board in 2011 The next large Brazilian hydroelectric power plant projects began to put into motion in 2010. The ongoing construction of major projects, the power plants of Santo Antônio and Jirau on the Madeira River, are already ahead of schedule and look as if they will be supplying energy by the end of 2011 and 2012, respectively. In turn, the Belo Monte dam, another major new development in the northern region, is expected to get its environmental license by mid-2011. After a series of delays in the licensing process in 2009, the expectation is that the conclusion of these projects will ensure a secure supply of energy in line with Brazil’s economic growth over the next years. 1 Schedule of the large power plants -
A change in planning by the Mining & Energy Ministry (MME) has stepped up the construction work of the power plants on the Madeira river. The decision to increase the generating capacity from 3,150 megawatts to 3,450 MW in the Santo Antonio dam, authorized in the first half of 2010 by the National Energy Agency (Aneel) will www.analise.com
be accompanied by the early completion of the construction work. The fast pace of the construction work will allow it to be completed in December 2011 instead of May 2012, as foreseen in the official schedule, and the energy generated will be immediately available for the free market. The surplus of 300 MW in Santo Antônio will be ensured by the increase in the number of turbines - from 44 to 48 - and will also be aimed at the free market. This change, however, will affect the Jirau plant because the Santo Antônio reservoir level will have to rise two meters, thus reducing the volume of water of the other plant located about 100 km downstream. Since the expansion of the Santo Antônio dam has already been authorized, the company and Aneel are studying ways to make the original capacity of Jirau technically feasible. The start of operation of this dam is also being brought forward by 34 months. The project should go into full operation in November 2012, but the first turbine will already be operational in January of the same year. Even without an environmental permit, the second largest hydroelectric power plant in Brazil, Belo Monte (with a forecast of 11,000 MW) on the Rio Xingu was auctioned in April 2010. The concession for the project’s environmental license by the Brazilian Environment and Renewable Natural Resources Institute (Ibama), planned for the second-half of 2010, was put off to 2011. The entity also wants to decide “without pressure” what possible adaptations will be needed in the original project due to the pressure of environmentalists and problems related to the fact that part of the area to be occupied by the project infringes on native Brazilian indian land. The Public Prosecutor’s Office is developing actions along with Ibama to prevent that which occurred in the dams on the Madeira river from happening to Belo Monte, where partial licenses were granted for the startup of the construction, a situation not foreseen in the legislation, according to the entity. Aneel predicts the auction for the Belo Monte energy transmission lines to take place in mid-2011 and the expectation is that the plant will begin operating five years after the startup of the construction work.
able environmental license or to outdated construction work deadlines. In the same period, the agency claimed that there were 63 small hydroelectric power stations under construction in the country and another four projects are awaiting review. In total, the projects in progress (under license or installation) amount to about 150 small hydroelectric power stations with an installed capacity that can exceed 2,000 MW. The expectation is that the tighter rules will reverse the situation that has occurred in previous years, when small hydroelectric power stations - due to expectations of high returns for investments in this type of plant - became the subject of project selling and speculation. This caused a negative effect on the management of the enterprises and generated delays. The goal of the stricter standards is to attract entrepreneurs who are more familiar with and committed to power generation and can provide better project management. 3 Prospects for Brazil’s potential -
With 70% of Brazil’s hydroelectric power potential still available, the North will be the target, over the next few years, of a new round of mega-enterprises aimed at power generated by water flow. Studies conducted by official agencies indicate that only three rivers in the region - Teles Pires, Tapajós and Juruena - can reach a generating power of over 20,000 MW. At certain times treated as a “strategic reserve”, the potential of these rivers may be used briefly to offset the economic growth and the increasingly intense need for power generation. One of the first projects to move out of the realm of ideas and become a reality will most probably be the São Luiz power plant, with capacity exceeding 6,100 MW. In Mato Grosso, the forecasts are that it is possible to build on the Teles Pires river a power plant capable of producing more than 1,800 MW. Other projects under study in the state can add another 1,400 MW. The Teles Pires plant had its licensing process started in 2010, but a court ruling postponed the decision to the following year.
2 New rules may benefit small hydroelectric power stations - Aneel’s deci-
sion to tighten the supervision on small hydroelectric power stations in 2009 began to take effect in 2010. Data from the regulating agency shows that by October, 11 projects were barred due to a lack of a suitENERGY
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