ANUÁRIO
2019
DIRETÓRIO NACIONAL DA
ADVOCACIA 2.651 PROFISSIONAIS • 570 BANCAS • 131 CIDADES 78 SETORES ECONÔMICOS • 55 ESPECIALIDADES
E MAIS: pesquisa exclusiva revela como escritórios mais
admirados se organizam em sete tópicos de gestão
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DIRETÓRIO NACIONAL DA
ADVOCACIA
Seu escritório pode participar da próxima edição do DIRETÓRIO NACIONAL DA ADVOCACIA, com seu portfólio ou perfil. Entre em contato com nossa equipe comercial site dna.analise.com e-mail dna@analise.com telefone (11) 3201-2346
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APRESENTAÇÃO
REFERÊNCIA PARA QUEM TOMA
DECISÃO O DIRETÓRIO NACIONAL DA ADVOCACIA é um guia definitivo de escritórios e advogados, identificados pela Análise Editorial, estabelecidos em todo o Brasil; ferramenta fundamental para quem contrata serviços jurídicos
mpreender, normalmente, requer coragem. Empreender, no Brasil, exige um pouco mais que isso, impõe obstinação. A constatação é conhecida, principalmente por quem já tentou. Mas, como Euclides da Cunha brilhantemente observou lá nos tempos de Canudos, o que valia para o sertanejo ainda vale no Brasil, e para todos. Brasileiro é antes de tudo um forte. É assim que nos sentimos, emergindo de mais uma crise; saindo de mais uma batalha; acordando a cada dia. Mais ainda quando empreendemos. É sempre uma alegria, quase uma euforia, iniciar um novo ano, fechar uma nova edição, colocar mais um tijolo na construção. O que vale para nós, certamente, vale para você, profissional que batalha por seu negócio, que influencia pela postura, que acredita e torce para o Brasil voltar a crescer e dar certo. A sétima edição do DIRETÓRIO NACIONAL DA ADVOCACIA que você tem em mãos retrata um Brasil que persiste e triunfa. Um Brasil que, apesar dos pesares, cresce e se mostra a cada ano mais robusto, mais pronto para enfrentar os desafios que se colocarão.
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DIRETÓRIO NACIONAL DA ADVOCACIA 2019
É o retrato de empreendedores que se espalham por 131 cidades de 18 estados brasileiros mais o Distrito Federal, estabelecidos em 570 escritórios, que com seu conhecimento técnico se dispõem a desenredar situações em nada menos que 55 especialidades do Direito, em 78 setores econômicos diferentes. É um retrato respeitável, que a cada ano se consolida como fonte obrigatória de consulta para quem busca informações de qualidade sobre bancas e advogados em todo o Brasil. No melhor espírito do empreendedor brasileiro, a Análise Editorial foi criada para contribuir com dados objetivos e conferir maior transparência ao ambiente de negócios do país. É uma atribuição audaciosa, até um pouco atrevida, que só conseguimos realizar mediante a colaboração de um número cada vez maior de entusiastas, especialmente dos escritórios de advocacia, que percebem valor no nosso trabalho. A todos os que apoiaram financeiramente esta edição, escritórios e anunciantes, o nosso muito obrigado. Agradecemos, também, a esses entusiastas por compreenderem que não existe independência sem respeito. O respeito mútuo estabelecido desde o princípio das nossas atividades, somado à seriedade e ao compromisso com a qualidade da informação, permite à Análise www.analise.com
APRESENTAÇÃO
PERFIL DOS ESCRITÓRIOS NA EDIÇÃO SEDE São Paulo
Outros 20% Salvador 4% Porto Alegre 4% Curitiba
231
escritórios, ou 41% do total, contam Zfd Ôc`X`j \d flkiXj cidades brasileiras e no exterior
45%
6%
9% 12%
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
ÁREAS DE ATUAÇÃO 561 bancas informaram as áreas em que atuam CÍVEL
47% 46% 39% 32% 19% 18%
TRIBUTÁRIO TRABALHISTA SOCIETÁRIO CONTRATOS EMPRESARIAIS ADMINISTRATIVO
SETORES 393 bancas informaram os setores em que atuam SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
18% 15% 13% 12% 11% 11% 8% 8%
BANCOS CONSTRUÇÃO E ENGENHARIA INFRAESTRUTURA ENERGIA FINANCEIRO TELECOMUNICAÇÕES VAREJO
PERFIL DOS ADVOGADOS NA EDIÇÃO GRADUAÇÃO 13%
MESTRADO Possuem mestrado
12%
3% Ucam
PUC Minas
PUC-Campinas
Uerj
FMU
5%
4% 3%
3%
UFMG
Mackenzie
PUC-SP
6%
PUC-RJ
4%
Milton Campos
3% 3%
USP
Editorial praticar jornalismo independente. Essa é a base da credibilidade que o mercado confere ao nosso trabalho. Agradecemos também aos executivos das áreas jurídica e financeira das maiores empresas do Brasil, pelo tempo que dedicam para atender a nossa equipe em diversas ocasiões no decorrer do ano. Com isso, nos ajudam a compartilhar conhecimento e informação com o nosso público. A construção dessa credibilidade exigiu esforços de parte a parte, mas valeu a pena. Hoje, conseguimos contribuir efetivamente com dados e estatísticas para uma compreensão mais clara do mercado da advocacia no Brasil. É com essa intenção que investimos permanentemente na coleta de informações junto às fontes primárias, bem como na formação de um banco de dados sem paralelo sobre o mercado jurídico nacional. Com três publicações anuais distribuídas de maneira dirigida e gratuita, a Análise Editorial tornou-se referência na produção de conteúdo exclusivo e de qualidade para um público que forma opinião e toma decisão. Para esta edição do DIRETÓRIO NACIONAL DA ADVOCACIA, também chamado de ANÁLISE DNA, fizemos uma imersão um pouco mais profunda nas práticas de um grupo seleto de escritórios, entre os mais admirados do Brasil. Os rankings de advogados e escritórios mais admirados são publicados no anuário ANÁLISE ADVOCACIA 500. As informações colhidas nesta pesquisa exclusiva podem servir de parâmetro sobre como bancas reconhecidas se organizam para atender clientes cada vez mais exigentes e para enfrentar os desafios postos por um mercado em profunda transformação. Os principais achados serviram de base para a reportagem especial intitulada “Advocacia com lógica empresarial”, publicada a partir da página 8. Esperamos que as informações lhe sejam úteis e desejamos uma ótima leitura,
40%
60% Não possuem mestrado
ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO As áreas mais populares entre os 727 advogados perfilados CÍVEL
27% 23% 14% 13% 12% 11%
TRIBUTÁRIO SOCIETÁRIO TRABALHISTA ADMINISTRATIVO
Silvana Quaglio Publisher
CONTRATOS EMPRESARIAIS
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DNA 2019 | ESPECIAL
ADVOCACIA
COM LÓGICA EMPRESARIAL Pesquisa exclusiva da Análise Editorial com escritórios mais admirados do Brasil mostra que investir em estrutura e na incorporação de práticas de gestão influencia no sucesso do negócio; 149 bancas foram ouvidas no levantamento
percepção de que o mercado jurídico brasileiro vive um período de profunda transformação é consenso entre todos os que participam da atividade. Colocado em números, o fenômeno fica ainda mais claro. Em 2006, a Análise Editorial identificou 18 escritórios voltados para o atendimento de empresas, com equipes de 100 ou mais advogados, no Brasil. Na edição 2018 do anuário ANÁLISE ADVOCACIA 500, o número de escritórios mais admirados com, no mínimo, uma centena de advogados passou para 62, sendo que a maior banca registra perto de 1,5 mil advogados. Em 2006, a maior banca tinha perto de 400 advogados. Trata-se de um cenário que, há dez anos, era encontrado apenas em países de economia desenvolvida, sofisticada e aberta para o mundo. As mudanças podem – e devem – ser olhadas com mais profundidade para que se tenha uma visão mais concreta da trans-
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formação em curso. Para isso, a equipe da Análise Editorial foi a campo e, em dezembro último, ouviu 149 escritórios, entre grandes, médios e pequenos, sobre suas práticas, suas estruturas e seus investimentos. O resultado do levantamento é apresentado nesta reportagem, elaborada especialmente para a edição 2019 do DIRETÓRIO NACIONAL DA ADVOCACIA, o ANÁLISE DNA. O grupo de escritórios procurados foi formado a partir dos mais admirados do Brasil, indicados anualmente pelos executivos jurídicos e financeiros das maiores empresas em operação no país. As informações detalhadas sobre os critérios do levantamento encontram-se no item Metodologia, mais adiante. O quadro que emerge do trabalho indica que a grande maioria dos escritórios brasileiros, independentemente do tamanho, entendeu que deve organizar a sua prática com a lógica empresarial. Ou seja, o serviço prestado ao cliente, a partir do conhecimento técnico comprovado e oferecido a preço justo, continua a ser o produto do escritório e a sua www.analise.com
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razão de existir. Entretanto, a organização da estrutura para prestar tal serviço incorporou exigências que há duas décadas pareciam coisa de visionários. Prova disso é que a grande maioria dos escritórios entrevistados afirma investir em estruturas administrativa, financeira, de tecnologia e de comunicação com profissionais das áreas específicas. O que varia muito é o peso que a participação dessas áreas tem na operação do negócio. Os resultados do levantamento foram agrupados em sete tópicos, apresentados nas páginas a seguir. Cada tópico é acompanhado do comentário de um executivo jurídico de grandes empresas. Se a gestão do escritório já é desempenhada por profissionais da especialidade em muitas bancas, as diretrizes estratégicas e operacionais do negócio ainda são determinadas pelos donos. O levantamento aponta que na totalidade dos escritórios grandes um ou mais sócios está incumbido dessas funções, enquanto nas bancas pequenas e médias esse índice chega a 98%. Na maior parte dos casos, entretanto, o sócio advogado não está mais sozinho na função. Muitos escritórios já adotam comitês para lidar com as questões estratégicas e operacionais. Entre os grandes, oito em cada dez entregam a responsabilidade por tais decisões a comitês de sócios, sendo que em 32% deles o gestor profissional tem assento no comitê. Entre os pequenos e médios, os comitês são adotados por 67% dos escritórios, sendo que em 34% deles o gestor profissional também participa. O novo momento da advocacia nacional coloca na pauta dos escritórios assuntos como desenvolvimento e retenção de talentos, diversidade, política de inclusão, práticas de sustentabilidade e de compliance, tanto quanto cobra da www.analise.com
administração das bancas planos de negócio e de desenvolvimento estratégico, estabelecimento de metas, determinação de margem de lucro, definição de remuneração e de premiação por resultado. Do lado da precificação dos serviços, a complexidade é ainda maior, à medida em que os formatos tradicioais de cobrança muitas vezes não permitem a adequação às necessidades dos clientes O desenvolvimento de ferramentas tecnológicas capazes de substituir tarefas desempenhadas por humanos é outro fator que começa a rondar o mundo dos escritórios, como um espectro assustador. A ideia de um computador fazendo o papel do advogado ainda é cena de filme de ficção. Mas não há dúvida que a tecnologia promoverá a mais profunda das mudanças na prática da advocacia, no Brasil e em qualquer lugar do planeta. É muito difícil, se não impossível, prever em quanto tempo todos os reflexos dessas mudanças serão efetivamente sentidos. O que a pesquisa da Análise Editorial permite afirmar é que a grande maioria dos escritórios entrevistados informa adotar alguma tecnologia para otimizar seus processos internos. Em 41% da fatia das grandes bancas, alguma função já deixou de ser realizada por humanos. Mas, por enquanto, são apenas tarefas mecânicas, com baixa ou nenhuma necessidade analítica. Com tantas exigências, além do con hecimento técnico do Direito, resta a percepção de que os cursos também precisam se reformular. Algumas escolas, como a Fudação Getúlio Vargas de São Paulo, já colocaram alguns novos conteúdos em teste, na sua graduação. O uso de novas tecnologias e empreendedorismo estão entre as opções eletivas, para os alunos que se interessarem.
92% dos escritórios \eki\m`jkX[fj XÔidXd k\i ^\jk f gifÔjj`feXc
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PRÁTICAS REALIZADAS EM PROL DA DIVERSIDADE GRANDE PORTE
82% 51% Parceria com instituições que promovem a empregabilidade inclusiva 77% 16% Eventos internos sobre vertentes do tema 71% 43% Benefícios maternidade além dos previstos em lei 59% 32% Programas de desenvolvimento acadêmico focado em diferentes grupos sociais 59% 27% Percentual de vagas destinado para grupos específicos (excluindo vagas obrigatórias) 24% 11% Cartilha de orientação de conduta para com os diferentes grupos sociais 18% 16% Planos de carreira focados nas peculiaridades dos diversos grupos
19%
Inclusão para melhorar o desempenho
MÉDIO E PEQUENO PORTES
Sistema para denúncia de condutas discriminatórias
18%
Diversidade No Brasil, o aumento dos esforços para a inclusão social no universo corporativo foi, em boa medida, impulsionado por diretrizes adotadas pelas matrizes estrangeiras das multinacionais. Segundo um estudo norte-americano, as decisões tomadas em equipe são melhores do que as individuais em 66% dos casos. Quando o time conta com pessoas mais diversas entre si, o percentual sobe para 87%. Essa tendência começa a atingir, também, os escritórios de advocacia. De acordo com dados da pesquisa realizada com escritórios para a edição 2018 do anuário ANÁLISE ADVOCACIA 500, 14% dos respondentes afirmam contar com um comitê de diversidade em sua estrutura administrativa. Vale notar que 79% desses comitês foram criados nos dois últimos anos. O levantamento realizado para esta edição indica que no grupo mais controlado (veja o item Metodologia na página 17, sobre o universo pesquisado), o percentual de bancas com iniciativas voltadas à diversidade social sobe para 53% entre as de grande porte e 33% nas de médio e pequeno portes. De maneira geral, a maior parte das práticas desses escritórios está voltada para a equidade de gênero. Feita a média das respostas entre os dois subgrupos, 77% disseram ter ações específicas de inclusão para mulheres. É natural que a presença feminina
cresça, até porque mais mulheres que homens se formam em Direito, hoje, no Brasil. A edição 2018 do anuário ANÁLISE ADVOCACIA 500 aponta, entretanto, que sete em cada dez postos de sócios dos escritórios mais admirados ainda são ocupados por homens. Os escritórios precisam cuidar, então, não só de contratar advogadas, mas de prepará-las para tornarem-se sócias. A preocupação quanto à equidade racial aparece em segundo lugar entre as ações inclusivas. Dos grandes escritórios que adotam práticas de diversidade social, 72% dão atenção à inclusão racial. Entre os médios e pequenos, pouco mais da metade (53%) tem iniciativas exclusivas para a inclusão racial. Outros perfis que também passaram a ter um apoio mais formal da administração dos escritórios são as pessoas portadoras de deficiência e as que se autoidentificam como LGBTQ+. Para assegurar a plena integração desses profissionais, as bancas concentram seus esforços na elaboração de sistemas de denúncias contra condutas discriminatórias e na promoção de palestras e debates sobre vertentes do tema. A maior diferença entre os dois subgrupos está no fato de quase 80% dos escritórios grandes, terem firmado parceria com instituições que promovem a empregabilidade inclusiva. Entre os médios e pequenos, são 16%.
A forma comwo o escritório atua internamente, com seus funcionários e parceiros, demonstra a coerência com a atuação junto aos clientes. É o 'faça como faço e não como digo'. SANDRA GEBARA, diretora jurídica, compliance e relações institucionais do Grupo Lala Brasil (Vigor)
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Marketing Conteúdo é fundamental A reputação do escritório é o fator de maior influência para a escolha do prestador de serviços jurídicos pelos executivos das grandes empresas, de acordo com a edição 2018 do anuário ANÁLISE ADVOCACIA 500. Em resposta, o marketing jurídico vem crescendo no Brasil, ainda que a OAB limite. Trabalhar os relacionamentos e a imagem é uma ideia já consolidada entre os escritórios grandes. A pesquisa realizada para subsidiar esta reportagem mostra que 90% dos grandes escritórios ouvidos têm iniciativas de marketing, e os demais já estão pesquisando ações neste sentido. O mesmo não
ocorre com as bancas médias e pequenas. Cerca de sete em cada dez dizem adotar iniciativas na área. Outras 17% afirmam estar em fase de estudo. As demais dividemse entre as que não acreditam nos benefícios do marketing para os negócios (4%), as que informam não ter iniciativas de marketing em razão da pouca estrutura (4%) e, ainda, aquelas que não consideram investir em marketing, por restrição orçamentária (2%). A definição das estratégias de marketing exige uma análise do mercado e ignorar seus concorrentes pode ser um tiro no pé. Conhecer quem
AÇÕES DE MARKETING DOS ESCRITÓRIOS GRANDE PORTE
MÉDIO E PEQUENO PORTES
Presença na internet por meio de site 94% Promoção de eventos e encontros 94%
99%
77%
Presença na internet por meio de redes sociais 90%
97%
Participação em eventos 90% Apoio e patrocínios a iniciativas voltadas à advocacia 84% Envio periódico de newsletters 77%
95%
75%
69%
são os outros profissionais da área e como se posicionam é importante para identificar pontos de vantagem ou de possível melhoria. Entre os escritórios grandes, 94% consideram importante manter networking com profissionais de outras bancas. Os médios e pequenos também se dizem abertos a esse contato, 88% consideram que conhecer os concorrentes é importante, mas também há aqueles escritórios que acreditam que este ponto tenha pouca (10%) ou nenhuma relevância (3%) para os seus negócios. A internet possibilitou maior aproximação dos escritórios com clientes e potenciais clientes. O cenário de atuação dos dois subgrupos pesquisados é muito semelhante nesse aspecto. A maior parte dos escritórios de grande porte (94%) e dos pequenos e médios (99%) mantém site na internet. Logo em seguida, aparece o uso das redes sociais (90% e 97%, respectivamente). Já o grupo de escritórios grandes apresenta uma maior amplitude de ações focadas em conteúdo jurídico, promovendo, por exemplo, mais encontros e eventos (94%), enquanto 77% dos médios e pequenos promovem. O envio periódico de newsletter é prática adotada por 77% dos escritórios de grande porte, enquanto 69% dos médios e pequenos enviam.
Escritórios com administração moderna prestam um serviço mais rápido e organizado. Quem for pioneiro estará mais bem posicionado para atuar e isso será um diferencial competitivo. FERNANDO MARTINEZ CALIA, vice-presidente jurídico & relações governamentais, Brasil & Cone Sul da PepsiCo
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Tecnologia Máquinas que potencializam a capacidade humana O avanço da tecnologia tem sido tão rápido e intenso que toda vez que alguém levanta a questão sobre até que ponto os escritórios de advocacia incorporam tecnologia aos seus processos, uma nova pergunta surge quase indefectivelmente: a TI
substituirá o advogado? Em 1997, um dos maiores enxadristas do mundo, Garry Kasparov, afirmou que os humanos estavam fadados a nunca mais ganhar um jogo de xadrez. Kasparov perdeu, naquele ano, para o Deep Blue, um supercomputador da IBM. Mas o xadrez não acabou. Kasparov, sim, foi desprovido da aura de semideus que os incríveis embates humanos lhe concederam. O xadrez, um jogo de vários séculos, viu crescer aos milhões seus praticantes e entusiastas, beneficiados pelas facilidades da tecnologia. Agora, a mesma IBM desenvolveu o aparato de inteligência artificial que deu origem ao Ross, o primeiro robôadvogado. É natural que o invento suscite questionamentos, dos mais elaborados aos mais básicos, mas daí a decretar-se o fim da profissão parece um exagero ainda desmedido. No mundo real dos escritórios os dados mostram que praticamente nove em cada dez do grupo dos grandes têm um gestor especialista em TI nos seus quadros. Entre os médios e pequenos, um terço conta com esse profissional. Quem não tem o serviço dentro do próprio
escritório terceiriza; são 70%, no caso de médios e pequenos e 59%, no caso dos grandes. Os softwares de gestão são os dispositivos mais utilizados. Oito em cada dez bancas de médio porte contam com essa ferramenta e o índice atinge quase que a totalidade das bancas de grande porte (97%). A automação de processos também está muito presente, tanto nas grandes bancas (78%), quanto nas menores (62%). Os softwares de segurança de dados completam a tríade dos mais citados. A principal diferença está na automação do atendimento, cinco vezes mais presente em escritórios de grande porte. Agora, quando o assunto é o desempenho de funções legais por ferramentas tecnológicas, tanto grandes (59%) quanto médios
e pequenos (69%) afirmam que a substituição ainda não ocorreu. Garantir o pleno funcionamento dos processos em conformidade com valores de segurança e de integridade é uma tarefa que pode ser mais bem controlada a partir de um Plano de Governança Digital Corporativa. Mais da metade das grandes bancas já implementou diretrizes específicas, formalizadas e amplamente compartilhadas sobre a conduta no ambiente digital. O cenário no grupo dos médios e pequenos parece mais transitório, mesclando a adoção de políticas específicas formalizadas (37%) com antigas normas de conduta adaptadas informalmente (21%). Quase um terço dos entrevistados desse grupo afirmam estar estudando quais regras devem ser implementadas. 0
PERCENTUAL DE INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA (sobre o faturamento anual)
Grande porte
Médio e pequeno portes
em fase de estudo
a partir de 20% 3%
de 4% a 6% 16%
em fase de estudo a partir de 20% 1%
até 3% 22%
31%
32%
9% 8% 19% de 11% a 19%
22%
até 3%
de 7% a 10%
11% de 11% a 19%
26 %
de 7% a 10%
O mundo ideal é aquele em que o escritório de advocacia consegue unir conhecimento técnico e capacidade de gestão. Principalmente os que atuam em contencioso de volume. ANA LUIZA FRANCO FORATTINI, diretora jurídica e administrativa do Banco Inter
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de 4% a 6%
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ANÁLISE ADVOCACIA 500 Os escritórios e advogados mais admirados do Brasil A publicação ANÁLISE ADVOCACIA 500 é o maior e mais relevante levantamento realizado do mercado jurídico brasileiro. Para identificar quem são os mais admirados escritórios de advocacia e advogados do Brasil, a Análise Editorial conduz, todo ano, uma pesquisa detalhada com os responsáveis pelos departamentos jurídicos das maiores empresas do país. Além disso, na edição são relacionadas as 500 bancas mais lembradas pelos diretores.
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