São Paulo Outlook 2010

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2 0 1 0

vSão Paulo

Outlook

METRÓPOLE

GLOBAL PIB

População

Mobilidade

A área de influência

Bolsa de valores

A região metropolitana

O sistema de trens do

de São Paulo gera

São Paulo abriga a

de São Paulo possui

metrô de São Paulo

388 bilhões de dólares

sede da BM&FBovespa,

cerca de 20 milhões

transporta cerca de

em riqueza por ano, a

que está entre as

de habitantes e é a

1 bilhão de pessoas por

10ª maior cifra entre

5 maiores bolsas

3ª maior aglomeração

ano e está entre os

as cidades do mundo

de valores do mundo

urbana do globo

15 maiores do planeta

Saiba mais na página 10 Edição Bilíngue Inglês e Português

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São Paulo

paulo liebert/ae

ÍNDICE

Outlook

14 FUTuRO DE SÃO PAULO A opinião dos empresários paulistanos sobre a cidade e suas perspectivas 16 Para entender São Paulo 18 Influência da cidade

38 oportunidades 40 Mercados promissores 42 Motor do Brasil 48 Centro global de negócios 56 Inteligência logística

Crianças brincam durante aula em centro gerido pela prefeitura de São Paulo Children play during a class at a public education center in São Paulo

62 Mobilidade e infraestrutura

64 desafios

120 telecomUNICAÇÃO

66 Cidade de soluções

122 Mercado conectado

72 A indústria da segurança

126 Expansão móvel

188 pesquisa e desenvolvimento 190 Ciência de qualidade 194 Perfil do cientista

80 metrÓPOLES

128 MOBILIDADE

82 As capitais do desenvolvimento

130 A cidade que nunca para

84 Cidades emergentes

134 Frota paulistana

86 financeiro 88 Potência financeira 94 Centro de negócios

96 imobiliário 98 Rentabilidade em alta 102 Morar em São Paulo 104 Constante renovação

198 Educação continuada 202 Foco no mercado

136 saúde 138 Avanço da saúde paulistana 142 Pacientes importados

144 acontece 146 Um evento a cada seis minutos 150 Ocupação máxima 152 Agenda

166 população

4

196 educação

204 renda 206 Entre as 10 mais ricas 210 Vendas em alta

212 consumo 214 Os novos consumidores 218 Mercado de luxo 220 A metrópole que não dorme

112 AdvocacIA

168 Diversidade e qualificação

226 gestão ambiental

114 Advocacia de ponta

172 População estável

228 Um passo à frente

118 Concentração de profissionais

174 Famílias paulistanas

232 Inspeção veicular

São Paulo OUTLOOK

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index

120 telecommUNIcations

14 FUTuRe of SÃO PAULO The opinion of the city's executives about the prospects of São Paulo

196 education

122 Connected city

198 Continuing education

126 Wireless expansion

202 Focus on the market

16 Understanding São Paulo 18 The city's influence

38 opportunities

128 mobility

204 income

130 The city that never stops

206 One of the ten wealthiest

134 São Paulo's fleet

210 Soaring sales

136 Healthcare

212 consumption

138 São Paulo healthcare grows 142 Imported patients

214 The new customers

40 Promising markets 42 The motor of Brazil 48 Global business center 56 Intelligence and logistics 62 Mobility and infrastructure

218 Luxury market 220 The city that never sleeps

144 events

64 challenges

150 Maximum occupancy

226 environmental management

152 Calendar

228 A step ahead

146 An event every six minutes

66 City of solutions 72 The security industry

232 Vehicular inspection

80 metropolis 82 The capitals of development

166 population

84 Emerging cities

168 Diversity and qualification

Editorial Editorial

07

Colaboradores Contributors

08

Apresentação Presentation

10

188 research and development

Expediente Staff

13

190 Quality science

Metodologia Methodology

13

172 Stable population 174 Families in São Paulo

86 financial 88 Consolidated financial center 94 Trading center

96 real estate

194 Scientists' profile

104 Constant renovation

112 law practice 114 Cutting-edge law 118 Concentration of professionals

divulgação free stock/BM&FBovespa

98 Growth in profits 102 Living in São Paulo

Estudantes visitam a sede da BM&FBovespa, no centro da cidade Students visit the headquarters of BM&FBovespa, in the central region of the city

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COLABORADORES COLABORADORESContributors Contributors

contribuição de peso A produção de SÃO PAULO OUTLOOK contou com a colaboração de centenas de profissionais. Por sua disposição em compartilhar seu conhecimento e nos ajudar a melhorar esta edição, deixamos nossos sinceros agradecimentos.

Heavyweight insight SÃO PAULO OUTLOOK’s production had the help of hundreds of professionals. We would like to thank them kindly for their willingness to share their knowledge and to help us improve this edition.

divulgaçãO FREE STOCK

Acácio Queiroz-presidente da Chubb Seguros, Adriano Cândido Stringhini-superintendente de comunicação da Sabesp, Adriano Lima-presidente da Cerâmica Gyotoku, Afonso Carneiro Lima-coordenador de pesquisa da Fundação Instituto de Administração, Alberto K. Takahashi-diretor financeiro da Rede Duque, Alberto Mantuanele-gerente geral da Icaterm, Aldo de Paula Junior-sócio do Sacha Calmon, Misabel Derzi Advogados, Alejandro Miguel Roig-diretor de comunicação da Repsol Brasil, Alessandra Faria-diretora regional da Axis Communication, Alessandro Vay-gerente de recursos humanos da Samsung Eletrônica, Alexandre Bertoldi-CEO do Pinheiro Neto Advogados, Alexandre Kaknis Neto-gerente

financeiro da Rolls-Royce do Brasil, Alexis Stepanenko-Ex-ministro de Minas e Energia, Almir Martinez-diretor da Global Investiment, André Almeida-gerente de vendas na América Latina da EF Corporate, Andrea Guasti-vice-presidente de negócios da Cisa Trading, Andrea Matarazzo-secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Angelo Derenze-diretor da Casa Cor, Antônio Eduardo Rodrigues-vice-presidente de operações da BRQ IT Services, Antônio Emílio Clemente Fugazza-diretor financeiro da Ez Tec, Antônio Fadiga-presidente da Fischer + Fala, Antônio José Claudio Filho-diretor comercial da Bycon, Antonio Marcílio Oliveira Silva-diretor comercial da Mark Flex, Antônio Sérgio Martins Mello-diretor de relações institucionais da Fiat Automóveis, Astor Milton Schmitt-diretor financeiro da Randon Implementos, Augusto Vianna-diretor de estratégia e operações da Motorola Industrial, Benjamin Quadros-presidente da BRQ, Boris Tabacof-vice-presidente da Suzano Papel e Celulose, Cândido Malta Campos Filho-diretor da Urbe Planejamento, Carl Emberson-diretor geral da Seminars, Carlos Eduardo Camargo-diretor de comunicação externa da Embraer, Carlos Leãodiretor comercial da Saint Gobain, Carlos Rubens Ferro Vieira-sócio da TGV Consultoria, Carlos Schad-presidente da Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná, Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi-diretor presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, Cesar Sanner-diretor da Sanner Importadora

de Pneus, Charles P. Martins-vice-presidente da Wizard Brasil, Chieko Aoki-presidente da Blue Tree Hotels, Claudio Borges-vicepresidente técnico da ArcelorMittal Tubarão, Claudio Luiz da Silva Haddad-diretor presidente da Insper, Cláudio Luiz Lottemberg-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Manassero-presidente da Tectrain, Claudio Oliveira-diretor geral da Redecard, Clóvis Ailton Madeira-sócio da Directa Auditores, Cristina Ferraz-diretora da Casa Cor, Cyro Magalhães-diretor de capital humano da Watson Wyatt Brasil, Dacio Damiani-gerente da Golden Cross, Daniel Bueno-gerente de marketing da HDC, David Augusto Rodrigues Perna-analista do Banco Safra, David Barioni Neto-presidente da Facility, David José Santaliestra de Figueiredo-diretor jurídico do Banco de Lage Landen Brasil, Décio Ricardo Galvão-diretor executivo da BHS, Denise Nader Porcelli-vice-presidente jurídica da Rhodia América Latina, Dilezio Ciamarro-diretor da Ciamarro Têxtil, Dirceu Varejão-diretor comercial da Vitopel, Domingos Figueiredo de Abreu-diretor de relações com investidor do Bradesco, Dorival Oliveira-diretor de desenvolvimento da Arcos Dourados, Edgard Antonio Pereira-consultor da Edgard Pereira & Associados, Eduardo de Oliveira-superintendente de operações da CIEE, Eduardo Faci-diretor de negócios da MedLink Saúde, Eduardo Henrique de Lima Peralta-sócio do Grupo Peralta, Eduardo Pocetti-CEO da BDO Trevisan, Élio Bergemann-presidente da Estre Ambiental, Emerson Bonfim Ribeiro-diretor jurídico da Ford Credit, Emerson Casali-gerente executivo da CNI, Evaldo Barbosa-gerente de vendas da REP, Evandro Araújo-superintendente da Coo-

No sentido horário, a partir da fileira superior From the first row, clockwise: Dorival Oliveira, diretor de desenvolvimento da Arcos Dourados; Alessandra Faria, diretora regional da Axis Communication; Sérgio Diniz, diretor financeiro do Banco GMAC; Maria Laura Santos, diretora de marketing da BDF NIVEA Brasil; Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour; Nestor Castro Neto, presidente da Voith Paper América do Sul; Boris Tabacof, vice-presidente da Suzano Papel e Celulose; Wagner Ferrari, diretor executivo da rede de agências do Grupo Santander; Juan Quirós, presidente do Grupo Advento; Márcia Nakahara, diretora comercial da Symantec Brasil

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COLABORADORES Contributors

perfloresta, Evandro Moraes-gerente comercial da Aleusa Brasil, Evandro Orsi-diretor de economia da Abimaq, Expedito Borges da Fonseca-diretor executivo da Editora San Borges, Fabiano Cespe Barbosa-supervisor de meio ambiente da Delta Construção, Fábio Medeiros-diretor comercial da Gran Sapore, Fábio Nascimento-gerente de negócios da Air Liquide Brasil, Fábio Tanaka-gerente de vendas da Akzo Nobel, Fabrício Bueno-executivo da Cargo World Logística Internacional, Fernando Arbache-sócio da Arbache Serviços Educacionais e Treinamento, Fernando Barreto Bergamin-gerente de estratégia corporativa da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, Fernando Moura-conselheiro do Banco Alfa de Investimentos, Flávia Alves Bravin-diretora editorial da Saraiva, Galo López Noriega-coordenador Acadêmico da Insper, Gil Duartesócio da Leblon Green, Glaydon Mendes Coelho-diretor comercial da DIB do Brasil, Henrique Rodrigues-diretor comercial da Madevale, Hitoshi Castro-diretor do Banco Fator, Horacio Lafer Piva-conselheiro da Klabin, Humberto Gómez Rojo-presidente da Bridgestone América Latina e Brasil, Ireno de Carvalho-gerente comercial da Kodo, Jailton de Abreu-presidente da Marilan Alimentos, Jaime Vergani-diretor da Randon, Jammes Rossi-sócio da Turbimoendas, Jandir Santin-diretor geral da Laminados Triunfos, Jayme Nigri-consultor, João Carlos Senise-vice-presidente de recursos humanos da Pepsico do Brasil, João Dória Júnior-presidente da Doria Associados, John Lin-sócio da Fama Private Equity, Jorge da Cunha Lima-presidente do conselho da Fundação Padre Anchieta, Jorge Parente Frota Júniorpresidente do Conselho de Responsabilidade social da CNI, José Américo Braz-gerente de vendas da EMIC, José Henrique do Prado Fay-superintendente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, José Mário-gerente geral da CSN, José Roberto Lettiere-diretor de administração e finanças da Alpargatas, Josef Barat-sócio diretor da Planam, Juan Quirós-presidente do Grupo Advento, Julião Flaves Gaúna-diretor presidente do Conselho de Responsabilidade Social da FIEMS, Junior Carrara-gerente de vendas de Segurança da Anixter, Khalil Kaddissi-diretor jurídico da TOTVS, Leandro A. de Conto-gerente de inovações da Cya, Leomar Luiz Somensi-diretor comercial da Aurora Alimentos, Leonardo Martinez-sócio da Lorumara Importadora e Exportadora, Leonel Andrade-presidente da Credicard, Eduardo Wilson Bar-diretor comercial da Lincx Sistemas de Saúde, Lucy Aparecida de Sousa-presidente da Apimec Nacional, Luis Carlos Bonfim-executivo de vendas da Whitford, Luis Eduardo Moehlecke-diretor da Evasola, Luis José Santos Cabral-consultor da Transpetro, Luiz Alberto Ferreira-diretor de Negócios da MGI, Luiz Alves de Lima Filhogerente executivo da Petrobras Distribuidora, Luiz Antonio Biazolli-diretor comercial da ALE Combustíveis, Luiz Antônio Mame-

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ri-presidente da Odebrecht América Latina e Angola, Luiz Aubert Neto-presidente da ABIMAQ, Luiz F. M. Vieira-vice-presidente da Booz&Company, Luiz Fernando Christe Roschel-gerente jurídico da Voith, Luiz Gebrim-diretor médico do Hospital Pérola Byington, Luiz Ongaratto-diretor superintendente da Tramontina, Luiz Sérgio Correia-engenheiro da Panasonic, Lydia Sayegpresidente da Casa Leão, Maílson Ferreira da Nóbrega-sócio da Tendências Consultoria, Manoel Horácio Francisco da Silvapresidente do Banco Fator, Marcelo Alecrim-presidente da ALE Combustíveis, Marcelo Doria Durazzo-diretor presidente da M D Durazzo Serviços Médicos, Marcelo dos Santos Campos-gestor do núcleo jurídico da Delta Construção, Marcelo Finotti-gerente corporativo da Serasa Experian, Marcelo Mendes-vice-presidente comercial da SAS, Marcelo Noll Barboza-presidente da Dasa, Márcia Nakahara-diretora comercial da Symantec Brasil, Márcio Percival Alves Pintovice-presidente de finanças da Caixa Econômica Federal, Marco Antônio Branquinho Junior-diretor adjunto da Cedro Têxtil, Marco Antônio Coelho Filho-diretor executivo da Empresa Brasil de Comunicação, Marcos Fonseca-diretor da RFR Reciclagem, Marcos Hashimoto-sócio da Lebre Consultoria, Marcos Rimoli Próspero-vice-presidente de capital humano do Walmart Brasil, Maria Elisa Gualandi Verri-sócia da TozziniFreire Advogados, Maria Laura Santos-diretora de marketing da BDF NIVEA Brasil, Mariana Palha-diretora da Prime International Medical Concierge, Mário Allan Ferraz Mafra-diretor administrativo da Wheaton Brasil Vidros, Maurício Bacellar-diretor de comunicação e Sustentabilidade da TIM Brasil, Mauro Daffre-diretor de novos negócios da NÓS, Mauro Gama-diretor presidente de serviços da Rolls-Royce Brasil, Maximiliano Guimarães Fischer-diretor administrativofinanceiro da Profarma, Michael Lenn Ceitlin-diretor presidente da Mundial, Miguel Abuhab-presidente do Conselho de Administração da NeoGrid, Milto Portiguione-diretor da Remac, Murilo Moreno-diretor de produção da MAJ Moreno, Nelson Duartevice-presidente administrativo da Helbor Empreendimentos, Nelson Falavina-vicepresidente de vendas da Tetra Pak, Nestor Castro Neto-presidente da Voith Paper América do Sul, Norberto Antônio Camargo-gerente administrativo da Proquitec, Octavio Ratto Júnior-vice-presidente do Banco Luso Brasileiro, Odair Renosto-diretor industrial da Caterpillar Brasil, Osmar Elias Zogbipresidente da EAZ Participações, Otávio Carvalheira-diretor de crescimento e estratégia de mercado da Alcoa, Othniel Lopespresidente da Parmalat, Paulo César Furlanetto-diretor financeiro da Liquigás, Paulo Sérgio Kakinoff-presidente da Audi Brasil, Paulo Pianez-diretor de sustentabilidade do Carrefour, Paulo Veras-conselheiro do Instituto Empreender Endeavor, Paulo Ximenessócio da Ximenes Engenharia, Pedro M.

Martins-diretor da Brazilian Business School, Plínio Assmann-sócio da Brain Engenharia, Rafael Mendes Gomes-vice-presidente jurídico do Walmart Brasil, Ramiro Gonçalez-diretor de inteligência de mercado da FIA-USP, Reginaldo Silva-gerente de qualidade da Orion, Reinaldo Moreno-sócio da Captania, Renato Astolfi-diretor comercial da Euroamerica Pneus, Renato de Brittogerente da Semp Toshiba, Renato Nizo-gerente de contas do Banco do Brasil, Renato Pelissaro-gerente de desenvolvimento de mercado do Yahoo! Brasil, Ricardo Alves Bastos-vice-presidente de assuntos legais e corporativos da Johnson&Johnson América Latina, Ricardo Loureiro-presidente da Serasa Experian, Ricardo Magalhães Simonsen-diretor da Mineral Engenharia e Meio Ambiente, Ricardo Miranda Apa-assessor da diretoria da GE Química, Ricardo Verona-gerente de unidade de borracha da Quantiq, Roberta Gonzaga-gerente de contas da Lanxess, Roberto Faldini-presidente da Faldini Participações, Roberto Vertamatti-sócio diretor da Apus Serviços Contábeis, Robson Tuma-diretor de planejamento corporativo da Liquigás, Rodrigo Pinheiro de Campos-gerente de vendas da Apolo Tubos e Equipamentos, Roger Shoji Miyake-diretor comercial da Abbott Laboratórios do Brasil, Romeu Tuma-senador da República, Ronaldo Megda-vice-presidente da Tracker do Brasil, Ronnie Peterson C. Bitencourt-gerente técnico da Lab System, Rosana Lima Zanini-diretora jurídica da Droga Raia, Rubens Lopes da Silva-sócio da Macso Legate Consultores, Rubens Ogawa-gerente de crédito do Banco Panamericano, Sandra Barbosa-diretora operacional da Vantine Solutions, Sérgio Borriello-vice-presidente financeiro da Sul América Seguros, Sérgio Dinizdiretor financeiro da Banco GMAC, Sergio Pereira-diretor de comércio exterior da Nitroquímica, Sergio Pinheiro Rodrigues-vice-presidente de logística da Caixa Econômica Federal, Sergio Souza-diretor geral da Interfile, Sérgio Waib-presidente do Grupo Maior, Sidney Matos-vice-presidente da JCB do Brasil, Silvio Guitti-gerente comercial da Schneider Eletric, Silvio Lima-gerente comercial da Inebras, Simone Caggiano-embaixadora da marca Audi, Solano Magno da Silva Neiva-presidente da Wtorre, Soraya Rosar-gerente executiva da CNI, Telma Sobolh-presidente do departamento de voluntários do Hospital Albert Einstein, Valéria Sepulveda da Costa-gerente de recursos humanos da Semp Toshiba, Valmir Jorge Gibipresidente da Madeireira Santa Rita, Vilmar Teixeira-diretor geral da Regional Química, Wagner Ferrari-diretor executivo da rede de agências do Grupo Santander, Waldir Luiz dos Santos-diretor comercial do Espaço da Madeira, Walter Lazzarini-diretor da Walter Lazzarini Consultoria Ambiental,Walter Romano-gerente executivo da Sicetel, Wanderson Crisp-gerente de vendas da Equipabor Comércio de Máquinas, Wanks de Souza-gerente financeiro da Simbras  0

São Paulo OUTLOOK

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Itaci BATISTA/AE

Apresentação ApresentaçãoPresentation Presentation

Edifício Altino Arantes, também conhecido como prédio do Banespa, na região central, é o terceiro mais alto da cidade e foi concluído em 1947: o banco estadual foi vendido para o espanhol Santander em 2000 The Edifício Altino Arantes, also known as the Banespa building, in the central region of the city, is the third highest in São Paulo and was built in 1947: the state bank was sold to Spain-based Santander in 2000

ENTENDEndo UMA CIDADE English version page 234

Classificar e comparar os grandes centros urbanos mundiais é uma tarefa complexa que ainda carece de metodologias padronizadas 10

São Paulo OUTLOOK

S

ão Paulo é uma cidade grandiosa sob diversos aspectos. Na geração de riqueza, a aglomeração urbana centrada na capital paulista já é a décima maior do mundo, segundo estimativa da consultoria PricewaterhouseCoopers e, em 2025, deve atingir o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB). Com quase 20 milhões de habitantes, a região metropolitana de São Paulo é a terceira maior do globo, de acordo com a ONU. Além disso, a cidade é a 12a em eventos de negócios internacionais, segundo a International Congress and Convention Association (ICCA), www.analise.com


Apresentação Presentation

está entre as 25 mais caras para um estrangeiro viver, de acordo com a consultoria canadense Mercer, e possui a segunda maior frota de táxis, atrás apenas de Nova York. A relevância dos principais centros urbanos para moldar as tendências econômicas mundiais é indiscutível. Eles são aglomerações de consumidores, empresários, sedes de empresas, decisões, capital, mão de obra e uma série de outros valores que, analisados, podem dar uma pista de que local é o mais caro, mais atraente, mais conservador ou arrojado. O desafio, nesse aspecto, é produzir uma visão abrangente para classificar esses centros. Os pontos que podemos medir e ranquear com facilidade são indicadores sociais, econômicos e culturais. Esses dados dizem respeito a cada cidade, mas grande parte do que torna um local relevante é sua interação e influência sobre o restante do mercado. Como avaliar, então, cidades como São Paulo, Xangai e Mumbai e compará-las com centros de negócios estabelecidos, como Nova York, Londres ou Tóquio? Uma das classificações mais abrangentes de cidades foi formulada pelo Globalization and World Cities Research Network (GaWC), grupo de estudos centrado na universidade de Loughborough, na Inglaterra, mas que conta com colaboração de diversas instituições e pesquisadores. Na análise, as cidades mais influentes são denominadas como alpha++. Nessa categoria estão apenas Nova York e Londres, “claramente mais integradas que todas as outras cidades”, segundo o relatório da instituição. O grupo das alpha+ é composto de oito cidades, entre elas Paris, Tóquio, Milão e Xangai, que “complementam” as duas principais. As cidades alpha e alpha-, conjunto no qual São Paulo está incluída, são 31, que “ligam grandes regiões econômicas e nações na economia mundial”. Desse ponto de vista, as principais cidades do mundo atuam como o elo entre sua região ou área de influência e o resto do mercado. Numa via de duas mãos, elas agregam informação local e a distribuem para a rede, ao mesmo www.analise.com

tempo que permitem acesso regionalizado à inteligência global. A relevância de uma cidade, portanto, depende também de sua localização, se ela está próxima a outra mais influente e qual o interesse global na sua região.

Se olharmos as cidades através dessa lente, a importância desses centros fica um pouco mais clara. Por eles, necessariamente, transita o fluxo de informação e capital que move a economia global. Os pontos de contato dessa rede tornam-se importantes, passam a demandar serviços e infraestrutura de alta qualidade e a concentrar tomadores de decisão.

Grande parte do que torna uma metrópole relevante é a sua influência O outro lado dessa equação é o social. A crescente presença de empresas e serviços nas cidades significa mais pessoas, o que gera outras demandas no campo da qualidade de vida. Segurança, infraestrutura de transporte, serviços públicos e educação, apenas para citar alguns exemplos. Essas questões não são diretamente relacionadas aos negócios, mas às pessoas que os conduzem. Nos dois aspectos – ambiente de negócios e social – São Paulo apresenta indicadores impressionantes. Em maio de 2010, a cidade foi classificada como a sexta no mundo que mais deve atrair investimentos nos três anos seguintes, segundo estudo da consultoria KPMG. A amostra da pesquisa foi composta de mais de 500 executivos de multinacionais solicitados a falar sobre os planos das suas companhias. Ao serem perguntados a respeito de quais cidades devem aumentar a sua atratividade nos próximos três anos, independentemente das perspectivas das suas empresas, São Paulo foi novamente a sexta, à frente de Londres, Paris e Dubai. Nessa discussão, a Análise Editorial buscou contribuir por meio de uma pesquisa realizada com mais de 200 empresários paulistanos. Esses profissionais apontaram – embasados

na sua experiência em conduzir negócios em São Paulo – os principais pontos positivos da cidade na comparação com outros centros, e onde o município deve avançar de forma mais significativa na próxima década. O resultado pode ser consultado a partir da página 14 desta edição. No campo social, a cidade deu um salto na qualidade nos últimos anos. O número de médicos em atuação no município, por exemplo, avançou 31% de 2000 a 2009, enquanto a população cresceu apenas 5%. A cidade já possui 84% de seu esgoto coletado – 14 pontos percentuais de avanço em relação aos últimos 15 anos – e 70% tratado, à frente de países europeus como Espanha. Entre 2000 e 2009, o número de homicídios registrados na cidade caiu 77%, para uma taxa de 11 para cada 100 mil habitantes. Em alguns bairros, o índice já é próximo de quatro para cada 100 mil moradores, equiparado ao de algumas das cidades mais seguras do mundo. O município possui Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,841 – considerado elevado e indicativo de uma região de desenvolvimento alto. No coeficiente de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda, a cidade registra 0,45, próximo à taxa dos Estados Unidos. Isso não quer dizer que a cidade de São Paulo não possua ainda uma série de desafios a serem atacados e problemas que ainda carecem de soluções eficientes. Algumas dessas questões são analisadas a partir da página 64 desta edição. No que diz respeito à mobilidade, segurança e gestão ambiental, por exemplo, a capital paulista ainda enfrenta problemas característicos de uma cidade em desenvolvimento. Independentemente da metodologia utilizada para avaliar e comparar cidades, o quadro geral de São Paulo é indiscutivelmente positivo. Mais do que proeminência nesse ou naquele ranking, o conjunto de indicadores mostra que a capital paulista passou por uma década de profundas transformações e colhe hoje os resultados desses avanços. Para comprovar, basta conhecê-la.  0 gabriel attuy

São Paulo OUTLOOK

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JOSÉ LUIS DA CONCEIÇÃO/AE

Crianças em sala de aula no Centro Educacioinal Catarina Kentenich, na zona norte: 55% dos executivos entrevistados na pesquisa apontaram o alto nível educacional como uma das vantagens em investir em São Paulo


Or at laorem ilisi tio do commodo odion ver si. Andit autpatem eraessim quat. Magna coreet loreet lumsandit exeril eugait nis ex essi blaore molor si. Riliquipsusto dunt praessendre digna aliquissequi er ad doleseq uisisisisim zzril

Futuro de São Paulo Confira, nas páginas seguintes, projeções para São Paulo na próxima década

Future

of São Paulo In the following pages is an analysis of the projections for the city in the next decade

A opinião de executivos sobre os negócios de hoje e do futuro

Os principais setores com maior potencial de crescimento na cidade

The opinion of executives about current and future business

Main sectors with most potential for growth in the city


A influência dA CIDADE A cidade de São Paulo é o centro do que será a terceira maior aglomeração urbana do mundo ao final de 2010, segundo estimativa do relatório World Urbanization Prospects da ONU. Entenda a dimensão e a importância dessa metrópole

English version page 238

Francisco Morato Mairiporã

Franco da Rocha Cajamar Pirapora do Bom Jesus

Caieiras

A cidade A 6ª maior cidade do mundo em habitantes

População

11,04 mi

Área

1.523 km²

PIB

R$ 320 bi

Santana de Parnaíba Barueri Jandira Itapevi

US$ 161 bi

12% do PIB do Brasil 35% do PIB do estado

Vargem Grande Paulista

Osasco Carapicuíba

São Paulo

Taboão da Serra Embu

São Caeta do Su Diadema

600 mil empresas

Cotia

Itapecerica da Serra

São Berna do Campo São Lourenço da Serra

Embu-Guaçu

Juquitiba

Fontes: A composição da região metropolitana de São Paulo e os dados de população são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e referentes a 2009. As informações de Produto Interno Bruto (PIB), inclusive per capita, são da Fundação Seade – instituição vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento do Governo do Estado de São Paulo – e referentes a 2007


SP São Paulo

Santa Isabel

PR OCEANO ATLÂNTICO

Arujá Guararema

Guarulhos

ano ul

ardo o

Itaquaquecetuba Mogi das Cruzes Poá Salesópolis

Ferraz de Vasconcelos Biritiba Mirim

Suzano Mauá Ribeirão Pires Rio Grande da Serra Santo André

A região metropolitana A 3ª maior aglomeração urbana do mundo

O A N E O C

L Â T A

N

T

I

C

O

Municípios

39

População

19,8 mi

Área

7.943 km²

PIB

R$ 509 bi US$ 255 bi

19% do PIB do Brasil 56% do PIB do estado

infográfico/Cássio Bittencourt

MG


perspectiva Perspective

Comparação

English version page 236

as mais desenvolvidas

N

a comparação com grandes cidades de países desenvolvidos, a cidade de São Paulo se destaca principalmente nos segmentos de gastronomia, entretenimento e turismo. Dos 200 executivos entrevistados, mais da metade citou os restaurantes paulistanos como uma vantagem em relação às metrópoles desenvolvidas. A cidade possui a gastronomia mais diversificada do mundo, além de oferecer serviços de hotelaria de qualidade. No quesito hospedagem, equiparase às cidades mais desenvolvidas do mundo. Mesmo com o aumento do preço da mão-deobra em São Paulo, nos últimos anos, o mercado de trabalho da cidade ainda pratica valores abaixo dos de outras cidades que são referência no mundo dos negócios. Segundo os executivos consultados, o custo e a oferta de mão-de-obra no município são considerados vantajosos. Na comparação com cidades desenvolvidas, São Paulo ainda precisa melhorar a qualidade da segurança, da mobilidade e da infraestrutura de comunicação, principalmente no que diz respeito às redes de banda larga e dados. Esses pontos já são alvo de investimentos e ações de melhoria por parte da administração pública e do setor privado, com expectativa de avanços significativos na próxima década.

As vantagens The advantages Em que a cidade está melhor? In what is the city best?

57%

45% 39% 37% 37%

Restaurantes Oferta de Custo de Oferta de Rede Restaurants imóveis mão-de-obra mão-de-obra hoteleira Offer of properties

Cost of labor

Labor offer

Hotel network

As desvantagens The disadvantages Em que a cidade está pior? In what is the city worst? Segurança Security

Transporte Transport

79% 75%

Banda larga

Broadband

Rede de dados

Data network

P&D R&D

48% 39% 38%

Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels

O mercado consumidor paulistano é “ formado por pessoas atentas às novidades e dispostas a desembolsar altas quantias ”

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perspectiva Perspective

Comparação

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entre as emergentes

N

a comparação com cidades em desenvolvimento – considerando principalmente metrópoles de outros países do Bric como Mumbai, Moscou e Xangai –, os executivos entrevistados consideraram a gastronomia (75%) e o alto padrão da rede hoteleira (64%) como grandes destaques da capital paulista. A cidade também aparece em vantagem na prestação de serviços médicos e jurídicos. Os hospitais mais bem equipados e os principais escritórios de advocacia do Brasil estão alocados na capital paulista. No campo jurídico, a cidade também conta com o serviço de bancas estrangeiras, como Baker & McKenzie, Clifford Chance LLP, Linklaters, e Thompson & Knight, que possuem filiais no município. Nos quesitos mão-de-obra e imóveis, São Paulo perde para cidades que seriam suas concorrentes diretas. O custo, que é considerado competitivo em relação às cidades desenvolvidas, é apontado como alto na comparação com outras cidades importantes do mundo em desenvolvimento. Segurança e mobilidade também são itens que, segundo os executivos consultados, desfavorecem a metrópole paulista na comparação com outras de países em desenvolvimento.

As vantagens The advantages Em que a cidade está melhor? In what is the city best?

75%

Restaurantes Restaurants

64% 57% 56% 56%

Rede hoteleira Hotel network

Serviços Infraestrutura Serviços médicos para eventos legais Medical services

Infrastructure for events

Legal services

As desvantagens The disadvantages Em que a cidade está pior? In what is the city worst? Segurança Security

Transporte Transport

49% 42%

Custo de Compra de mão-de-obra imóveis Cost of labor

Purchase of real estate

Aluguel de imóveis Rental of real estate

32% 31% 30%

Humberto Gómez, presidente da Bridgestone Latam e Brasil

avançará ainda mais nos próximos “O Brasil anos, e São Paulo tem a infraestrutura para suportar esse crescimento ”

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oportunidades Opportunities

Mercado imobiliário

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Demanda para construção de novos bairros Imóveis para classe média, escritórios e shoppings de conveniência são as principais oportunidades até 2020

mentando. A Caixa Econômica Federal (CEF), banco público e maior financiador de imóveis do país, concedeu 47 bilhões de reais em empréstimos imobiliários em 2009, a maior conmercado imobiliário de São tratação habitacional de sua história. O valor Paulo viveu, entre 2006 e 2008, é o dobro do de 2008 e quase dez maior do um período de euforia: foram que o realizado em 2003 em todo o Brasil. vendidas quase 100 mil novas Por último, a cidade ainda conta com uma disunidades, entre residenciais e co- ponibilidade grande de áreas para a construção merciais, mantendo uma média de novos edifícios. As principais oportunidades anual acima de 30 mil. As boas perspectivas para estão em antigos bairros industriais próximos o setor continuam para a próxima década, mas ao centro, onde ainda existem terrenos amplos com um perfil diferente. O crescimento acelerae áreas ocupadas por galpões desativados, por do ocorreu principalmente exemplo. Por outro lado, na oferta de imóveis de bairros mais afastados esalto padrão – com preços Avanço de imóveis comerciais tão se valorizando e atrainGrowth of office buildings superiores a 500 mil reais do consumidores com –, no setor de shopping maior poder de compra. Novas unidades e preço do m2 na cidade New units and price per m2 in the city centers e hipermercados. Nessas regiões existe ouCom isso, esses nichos tro nicho importante, mas 135% Unidades Units 130% ainda pouco explorado: o agora se encontram saturados, e as construtoras e de imóveis comerciais para 90 incorporadoras atuantes escritórios de nível médio na capital paulista estão e pequenos shoppings de 45 se voltando para o merPreço Price 82% conveniência, com cerca cado de apartamentos de dois mil metros quadraresidenciais populares dos, onde devem se cone de padrão médio. 2005 2009 centrar farmácias, agências Nessa faixa do merbancárias e supermercados cado, três outros fatores convergem para gapara atender à nova demanda dos bairros. Insrantir expectativas de bons retornos. Em linha taladas na cidade de São Paulo, as empresas do com o que aconteceu no país, a população setor imobiliário também têm capacidade para paulistana teve um salto de renda na última atender outros mercados da Região Sudeste, década, com uma parcela significativa passanque abriga os maiores déficits habitacionais do do das classes D e E para um patamar mais Brasil. Cidades próximas, como Santos e Camelevado. No fim de 2009, 70% dos habitantes pinas, também devem continuar a se expandir. da cidade ocupavam as classes A, B e C. Fontes: Secovi-SP, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo Além disso, a disponibilidade de crédito para (SindusCon), Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Fundação Getulio Vargas (FGV), empresários e consultores do setor esse mercado consumidor também vem au-

O

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São Paulo OUTLOOK

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oportunidades Opportunities

Serviços jurídicos

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Para entender como investir A demanda por serviços jurídicos vem crescendo com a consolidação do Brasil no cenário internacional

N

a década de 1990, o Brasil passou por uma profunda reestruturação em sua economia. Quase 50 grandes empresas, até então controladas pelo Estado passaram a ser geridas por grupos privados. Desde então, a ampliação de investimentos estrangeiros, o avanço do país como um dos mais importantes players na agroindústria internacional e, mais recentemente, o mapeamento de importantes reservas de petróleo e gás consolidaram a estatura internacional do país. Tal cenário repercutiu sobre a demanda por serviços jurídicos, indispensáveis para atender às crescentes e complexas interações entre os participantes dessa dinâmica econômica. Na cidade de São Paulo, onde estão as mais tradicionais bancas de advocacia e cerca de metade dos escritórios especializados em Direito Empresarial do país, esse é um mercado importante. O aumento do interesse de advogados estrangeiros em atuar no Brasil é comprovado por sua crescente presença. Escritórios estrangeiros, como o inglês Linklaters e o americano Baker & Mckenzie, investiram no país por intermédio da associação com empresas locais, estabelecendo suas sedes na cidade de São Paulo. Outros, como o Clifford Chance e Shearman & Sterling, estruturaram bancas próprias, também na capital paulista, para atuar como consultores em Direito Internacional. Advogados e sociedades estrangeiras interessados em atuar no Brasil são obrigados a celebrar acordos de cooperação com escritórios www.analise.com

brasileiros, uma vez que o exercício da advocacia no país é privativo aos inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). As oportunidades de aumento do investimento estrangeiro no setor de serviços jurídicos referem-se principalmente ao atendimento da demanda interna, notadamente para as empresas multinacionais atuantes no Brasil. Nos próximos anos, novas oportunidades irão surgir, especialmente em relação às licitações para a implantação da infra-estrutura necessária para a realização da Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, que certamente contarão com a participação de empresas internacionais. Segundo estimativa do anuário Análise Advocacia, as 100 maiores bancas de advogados do Brasil faturam, juntas, cerca de dois bilhões de reais ao ano, sendo que 54 delas estão sediadas em São Paulo. Fontes: Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) e Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados


Paulo Whitaker/REUTERS

mercado market mercadofinanceiro financeiroFinancial Financial market

A BM&FBovespa realizou a maior oferta pública inicial de ações de sua história ao movimentar, em outubro de 2009, mais de oito bilhões de dólares para 600 milhões de ações ofertadas pelo Santander Brasil The São Paulo Stock Exchange held the largest initial public offering in its history in October 2009 involving more than US$ eight billion for a total of 600 million shares offered by Santander Brasil

POTÊNCIA financeira São Paulo já é um centro financeiro de porte global e deve liderar o crescimento no setor na próxima década English version page 248

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São Paulo OUTLOOK

A

cidade de São Paulo é uma potência financeira, sedia a BM&FBovespa, entre as cinco maiores bolsas do mundo, a segunda maior das Américas e líder na América Latina. Mesmo sob os efeitos da crise econômica internacional, os bancos de investimento atuando no país – que incluem os principais nomes internacionais, como J. P. Morgan, Morgan Stanley, Merrill Lynch e Credit Suisse – continuaram crescendo nos últimos anos e preveem que São Paulo seja um de seus principais mercados de expansão na próxima década.
 Entre os bancos de varejo, as previsões também são otimistas. O avanço econômico do Brasil criou um novo www.analise.com


mercado financeiro Financial market

mercado consumidor de serviços bancários, que tende a continuar crescendo. Os principais bancos do país acompanham o movimento com novos investimentos, na esteira de uma série de fusões e aquisições que consolidaram o setor nos últimos anos.

Mercado de capitais e a BM&FBovespa A BM&FBovespa lista empresas e fundos, negocia ações, títulos e contratos derivativos. A sua estrutura a posiciona entre as cinco maiores, e a expectativa é que ela se torne a segunda maior bolsa do mundo até 2012. Ficará atrás apenas da americana CME Group, a maior e mais diversificada de todas as bolsas de valores.
 Ao fim de março de 2010, 469 empresas eram listadas na Bolsa de São Paulo. Destas, 159 companhias integravam os níveis diferenciados de governança corporativa, que atendem aos mais rigorosos critérios de transparência nas informações aos acionistas. Juntas, essas empresas responderam por mais de 75% dos negócios realizados à vista no primeiro trimestre de 2010, representaram 71% do volume financeiro de 127 bilhões de reais no período, e quase 68% do valor de mercado da bolsa.
 Em 2009, o valor de mercado da BM&FBovespa alcançou 2,3 trilhões de reais, tendo por base as 385 empresas negociadas – 64% acima do 1,4 trilhão de reais representados pelas 393 companhias listadas no ano anterior. Apesar da falta de liquidez mundial, a bolsa paulista realizou a maior oferta inicial pública de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua história e que bateu o recorde mundial entre todas as bolsas ao movimentar, em outubro, 14 bilhões de reais (mais de oito bilhões de dólares) para um total de 600 milhões de ações ofertadas pelo Santander Brasil. Antes do banco espanhol, a marca pertencia à China State Construction Engineering, que obteve 7,35 bilhões de dólares.
 A BM&FBovespa também bateu seus próprios recordes em volume de negócios, com 81,75 milhões de reais. www.analise.com

O saldo dos investimentos estrangeiros chegou a 26 bilhões de dólares, em 2009. Também foram os investidores estrangeiros os responsáveis por 66% dos 46 bilhões de reais captados por 24 empresas, somados seis IPOs e 18 follow-ons, realizados em 2009. Entre 2005 e 2009, 115 empresas abriram o capital na bolsa paulista. Até meados de abril de 2010, seis novas empresas buscaram se capitalizar por meio do mercado de capitais. O número de companhias listadas na BM&FBovespa tende a aumentar rapidamente, contribuindo para reforçar a posição de São Paulo como polo regional do mercado financeiro e de capitais. Até meados deste ano, a bolsa brasileira deve ampliar consideravelmente a negociação de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) – de grandes empresas americanas, que serão trazidos por instituições financeiras.

A BM&FBovespa, em 2009, bateu seu recorde de negócios: 82 milhões de transações Com a iniciativa, é possível que um número maior de empresas brasileiras, que ainda hoje procuram a New York Stock Exchange (Nyse), para, por meio de American Depositary Receipts (ADRs) obter maior liquidez e visibilidade aos olhos dos investidores estrangeiros, passe a concentrar seus negócios no Brasil. São 34 as empresas brasileiras que negociam ADRs níveis 2 e 3, que têm de atender às exigências da rigorosa Sarbanes-Oxley, a lei societária americana. Desse time fazem parte gigantes como Petrobras, Vale, Itaú Unibanco e Santander Brasil, responsáveis pela movimentação de valores que perdem apenas para as empresas americanas negociadas no pregão nova-iorquino.
 Em fevereiro deste ano, a BM&FBovespa ampliou sua parceria com a CME Group, a maior bolsa do mundo. A parceria prevê o desenvolvimento de uma nova plataforma eletrô-

Fusões e aquisições

Mergers and acquisitions Bancos por operações no 1º tri de 2010 Banks by operations in 1st quarter of 2010

Banco e sede rk Bank and HQ 1º BTG (RJ)

Total 8

US$ bi

US$ bln

10,8

2º J. P. Morgan (SP)

6

8,0

3º Deutsche Bank (SP)

4

6,6

4º Credit Suisse (SP)

5

6,0

5º Morgan Stanley (SP)

7

5,8

6º Santander (SP)

7

5,0

7º Bradesco (SP)

6

4,5

8º Estáter (SP)

3

4,2

9º Bank of America

2

1,7

1

0,8

10º Citibank (SP)

nica de negociação para integrar todos os segmentos operados pela bolsa até o fim de 2011. A partir do segundo semestre de 2010, está previsto o início do funcionamento de uma nova plataforma para distribuição internacional dos preços dos ativos negociados na bolsa brasileira, resultado de parceria feita com a Nasdaq OMX. Além disso, a bolsa paulista fechou um acordo com a Bolsa do Chile, por meio do qual desenvolverá uma rede de conectividade. Acordos semelhantes estão em curso com as bolsas da Colômbia, Peru, México e Argentina.

Home Broker e financiamento Ao mesmo tempo em que trabalha para alargar suas fronteiras além dos limites do Brasil, a BM&FBovespa também quer ampliar, de modo ambicioso, a participação dos investidores individuais no total de seus negócios. Faz parte de seus projetos, por exemplo, ampliar dos atuais 558 mil para cinco milhões as contas de pessoas físicas que transacionam com a instituição até 2015. Em 2009, o volume total negociado no Home Broker foi de 468 bilhões de reais, enquanto o volume médio men-

São Paulo OUTLOOK

89


O Largo da Batata, na zona sul, é uma das regiões que passam por um processo de revitalização em consequência do avanço do Metrô. O largo abrigará a nova estação Faria Lima e um terminal de ônibus

Largo da Batata, in the southern region, is one of the districts that is being remodeled due to the expansion of the subway. The square shelters the new Faria Lima station and a bus depot

Detalhe da entrada da futura estação Faria Lima da Linha 4-Amarela, do Metrô de São Paulo. As novas estações contam com portõesinteligentes, umidificadores de ar e mecanismos para reúso da água da chuva

Detail of the entrance of the future Faria Lima station of Line 4 - Yellow of the São Paulo Metro. The new stations are equipped with smart gates, air humidifiers and mechanisms for the collection of rain wate

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São Paulo OUTLOOK

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Obras da futura estação Pinheiros da Linha 4-Amarela, do Metrô. O plano de expansão inclui 11 novas estações, que ficarão prontas até 2012, com investimento de 21 bilhões de reais

The construction work of the Pinheiros station of Line 4 – Yellow, São Paulo Metro. The expansion plan includes 11 new stations, which will be ready in 2012, with investments of R$ 21 billion


PAULO WHITAKER/REUTERS

Participantes da Campus Party 2008 testam software que permite tocar música por meio de peças exibidas em tela; o evento de uma semana reuniu mais de três mil usuários de internet nesse seu ano de estreia em São Paulo


Telecom Confira, nas próximas

páginas, o que São Paulo tem a oferecer no setor de serviços de telecomunicações e TI

Telecom In the following pages is an analysis of what São Paulo has to offer in the telecom and IT sectors

Uma das maiores teledensidades do mundo

O crescimento do uso de tecnologias móveis e banda larga

O mercado de serviços e soluções em TI

One of the highest teledensities in the world

Growth in usage of mobile technology and broadband

The leap in Internet users and wireless connections


acontece Events

UM EVENTO A CADA SEIS MINUTOS A cidade é a principal da América Latina em eventos de negócios e a 12ª no mundo, além de ter ampla estrutura de esportes, cultura e lazer

A

negócios a cada três dias, a São Paulo Fashion Week – um dos mais importantes eventos da moda mundial –, e será uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Com invejável estrutura hoteleira, a cidade também se destaca pela ampla oferta de atividades culturais e opções gastronômicas. Isso

tudo garante atividade 24 horas por dia para o turista mais exigente.

Centro de turismo de negócios O maior centro econômico-financeiro do Brasil não poderia ficar atrás no mercado de turismo de negócios e de

Tiago Queiroz/AE

cidade de São Paulo sedia mais de 90 mil acontecimentos todo ano. A única cidade do mundo em que é possível assistir a corridas do circuito de Fórmula 1 e de Fórmula Indy, também abriga uma feira de

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O garoto Pedro Barros durante a final de campeonato internacional de skate realizado no Sambódromo do Anhembi, na zona norte: São Paulo responde por 75% dos 245 eventos internacionais que ocorrem no Brasil Skater Pedro Barros during the finals of the international skating championship held at the Sambódromo of Anhembi in the northern region: São Paulo accounts for 75% of the 245 international events held in Brazil

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São Paulo OUTLOOK

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ACONTECE Events

eventos. São Paulo responde por 75% dos 245 eventos internacionais que ocorrem no Brasil, o que lhe confere a primeira colocação na América Latina e a 12ª no ranking das cidades no mundo em relação a esse quesito, segundo a International Congress and Convention Association (ICCA). O Salão Internacional do Automóvel, a São Paulo Fashion Week, a Adventure Sports Fair e a Francal são apenas algumas das referências. Esse mercado movimenta 2,4 bilhões de reais ao ano na cidade.
 No mercado de feiras de negócios nacionais, a cidade responde por mais de 112 eventos, 66% do total do país. Os números do setor, segundo a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), em 2009, apontam para uma geração de receita de 3,4 bilhões de reais, com a participação da cidade de São Paulo em 85,3%: 2,9 bilhões de reais de receita.
 No total, incluindo todos os tipos de evento – congressos, convenções, feiras, shows internacionais e outras iniciativas culturais –, um evento a cada 6 minutos. Entre os atrativos da cidade estão a disponibilidade de centros de convenção e espaços para grandes eventos. Quase 700 milhões de reais, um quarto do total da receita com feiras em 2009, foi resultado de locação de áreas para exposições.
 Todos os sinais apontam para o avanço da cidade no setor. Com oferta de infraestrutura – de aeroportos a áreas para a realização dos eventos – e o segmento de serviços em expansão, da estrutura hoteleira a restaurantes e profissionais, São Paulo deve ganhar fatia cada vez maior do mercado internacional.
 A capital paulista abrigava, em 2002, 15 eventos de negócios internacionais, segundo dados do ICCA e, em seis anos, quintuplicou esse número, deixando para trás cidades como Tóquio, Londres e Buenos Aires.
 Entre os principais acontecimentos na cidade, a área médica ganha destaque. Em 2008, esse setor foi responsável por 27% dos mais de mil eventos cadastrados pela São Paulo Turismo, ligada à prefeitura. Em segundo lugar, estão os eventos ligados a tecnologia www.analise.com

e comunicação, com 18,5%, seguidos pelos técnicos e científicos, com 6%.

O perfil dos visitantes Em 2009, a cidade recebeu 11,3 milhões de turistas, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior e 20% em relação a 2005. Do total, 9,7 milhões eram brasileiros e 1,6 milhão estrangeiros. A pequena redução dos turistas do mercado internacional em 2009 – ocasionada principalmente pela crise econômica mundial – foi compensada pelo crescimento interno de 4,3%, o que resultou em um incremento de 200 mil visitantes. Os gastos desses turistas com hospedagem, alimentação, compras e lazer trouxeram para a cidade uma renda de 8,5 bilhões de reais. Enquanto a permanência dos turistas internacionais em São Paulo registrou uma média de 5,3 dias, com desembolsos de dois mil a cinco mil reais, a estadia dos turistas do Brasil foi em média de 3,3 dias. Nesse caso, os gastos variaram de 1,6 mil a 3,5 mil reais.
 Independentemente da origem, é o turista de negócios que predomina no mercado paulistano. Mais de 56% dos que visitaram a cidade, em 2009, vieram por conta de negócios. Os eventos justificaram a viagem de 22% deles, enquanto 10% buscaram o território

paulistano por lazer. Com o reconhecimento de São Paulo como polo acadêmico e científico, 452 mil turistas vieram à cidade para estudos.

Estrutura hoteleira O setor hoteleiro de São Paulo com uma oferta insuperável em relação a qualquer outra cidade brasileira, está bem colocado entre os principais centros turísticos mundiais. A cidade conta com mais de 410 hotéis e 42 mil apartamentos disponíveis. 
 A taxa de ocupação média no ano de 2009 foi de 62%, um avanço de 7 pontos percentuais desde 2004. Com diárias médias da ordem de 197 reais e uma demanda de ocupação concentrada na categoria de hotéis midscale (69%), observa-se uma alta competitividade, o que impediu um maior aumento no preço das diárias. Mas a oferta paulistana tem acompanhado a demanda, tanto em termos de quantidade como em qualidade. Até para atender as outras faixas de hóspedes: a categoria econômica representa hoje 24% do mercado e a de luxo, 7%. As principais redes hoteleiras internacionais estão na cidade.
 Entre os turistas estrangeiros, que em sua maioria preferem se hospedar em hotéis de luxo, as redes internacionais como Hyatt, Hilton, Marriott, So-

Turismo paulistano São Paulo tourism Turista a negócios

Evolução dos visitantes

Motivos que trazem pessoas à cidade

Em milhões de turistas na cidade

Business tourist

Evolution of visitors

Reasons that bring people to the city

10% 11%

In million of tourists in the city

Nacional National

Outros Others

Internacional International

10,7 11,0 11,3 10,2 9,4

Lazer Leisure

79%

Negócios e eventos Business and events

8,0

8,7

9,1

9,3

9,7

1,4

1,5

1,6

1,7

1,6

2005

2006

2007

2008

2009

São Paulo OUTLOOK

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diversidade Diversity

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FAMÍLIAS PAULISTANAS

Conheça, a seguir, 16 famílias que contribuem para a diversidade cultural dessa metrópole acolhedora e cheia de oportunidades  Fotos Cláudio Gatti

FAMILIES IN SÃO PAULO In the following pages you will meet 16 families who contribute to the cultural diversity of this welcoming metropolis   Photos Cláudio Gatti

líbano Lebanon

Ahmad Ibraim Saad, que adotou o nome Armando, chegou à cidade em 1951

Ahmad Ibraim Saad, who changed his name to Armando, arrived in the city in 1951

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englishversion version english 2 0 1 0

vSão Paulo

Outlook

GLOBAL

METROPOLIS STOCK EXCHANGE

POPULATION

MOBILITY

São Paulo and its area

The metropolitan region

São Paulo’s subway

of influence generate

GDP

São Paulo is home to

of São Paulo shelters

system transports

388 billion dollars in

BM&FBovespa, one of

about 20 million people,

1 billion passengers

wealth per year, the

the 5 LArGESt stock

the 3rd LArGESt

every year and is

10th hIGhESt

exchanges in market

urban agglomeration

among the 15 LArGESt

amount worldwide

capitalization

on the planet

in the world

See more on page 10 B i l i n g u a l Ed i t i o n En g l i s h a n d Po r t u g u ese

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Editorial (Refers to page 07) an unprecedented survey about the city of São Paulo Silvana Quaglio

When the opportunity arose for Análise Editorial to make an x-ray of São Paulo city, we soon realized we were faced with a challenging and fascinating project. Challenging because the possibilities for topics, approaches and sources was huge. To define what is truly important to address and how the information should be displayed, so that the publication does not become a tedious mass of data, is reason enough for a vast amount of research, not to mention the sorting of the information itself. Fascinating because it requires delving into the complexity of one of the world’s largest metropolises. The result is this edition of SÃO PAULO OUTLOOK that is in your hands, a publication that shows how the city operates for the business world. An impressive job which also has a noteworthy peculiarity. In addition to the English version aimed at the international public, Análise Editorial produced an edition of this publication entirely in Mandarin. This is a singular initiative, which draws the city of São Paulo even closer to one of the most important markets in the world. The development process of this edition is in itself a demonstration of São Paulo’s energy. How many cities could generate 1,500 indicators, 124 photographs and 240 pages of relevant information, aimed at those who invest and need structure for their business? Not many. By simply paging through this publication, you will notice that the metropolis presented here has much to offer. São Paulo faces the problems typical of large cities that have grown without any kind of planning. Currently, the city shelters the sixth largest human agglomeration in the world. This project shows just how complex this metropolis. The objective is to explain how the challenges that the city still has to overcome impact or can impact

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the operation of the city and how the authorities and the community are responding to them. SÃO PAULO OUTLOOK attempts to show what the city’s true differentials are for business and why they can be interpreted as such, in addition to showing how the city compares with other large business hubs around the world. To create this x-ray, more than 40 professionals were employed under the leadership of executive editor, Gabriel Attuy. During three months, the team consulted dozens of experts and executives, researched almost one hundred sources, among government organizations and local and foreign entities, in search of data and statistics. Also, Análise Editorial interviewed more than 200 entrepreneurs and executives, between March and April of 2010, to understand how business is done in the city by the people who do it. The result confirms that the vocation of São Paulo is truly to be a business center for the country, for the region and for several parts of the world. Most of those interviewed, Brazilian and foreign companies operating in the city, claim that there is no better city to base their business. When looking at the future, three out of every four expect an even greater growth over the next years. There is other data in the publication that gives evidence of the grandness of the city and its cosmopolitan characteristics. Such as the photographic ensemble, comprised of 16 photos and produced especially for this edition, that identifies groups of immigrants that chose the city to build their lives and who contribute to one of the main differentials of São Paulo and also to one of its greatest sources of wealth: its diversity. Another ensemble, also exclusive, points out what can be done in the city that is referred to as the “most 24 hour” city in the world. We would like here to thank the city government of São Paulo and SPTuris, who saw this yearbook as an important tool to explain the city to those who have never visited it, or, even, for those who are familiar with it but need a substantial, organized collection of data in one single publication. And, as such, they became the sponsors of this project. This edition of SÃO PAULO OUTLOOK was distributed by Análise Editorial to the directors of the largest companies in Brazil, opinion formers and decision makers. And it will be used by São Paulo’s city government and by SPTuris in international missions and events, such as the International Shanghai Fair that will be held between May and October 2010, in addition to being made available in electronic format. We hope the content on the following pages does justice to the grandness of São Paulo city. Good reading.

São Paulo OUTLOOK

Presentation (Refers to page 10) to explain a city Classifying and comparing large global urban centers is a complex task that requires standardized methodologies and parameters GABRIEL ATTUY

São Paulo is a grand city in many aspects. In generation of wealth, the urban agglomeration is currently the world’s tenth largest, according to estimates of consulting firm, PricewaterhouseCoopers and, in 2025, is expected to reach the sixth highest Gross Domestic Product (GDP). With almost 20 million inhabitants, the metropolitan region of São Paulo is the third largest in the world, according to the UN. Furthermore, the city is in 12th place worldwide in number of international business events, according to the International Congress and Convention Association (ICCA), is among the 25 most expensive for a foreigner to live according to research of Canadian-owned consulting firm, Mercer, and has the second largest taxi fleet, only second to New York. The relevance of giant urban centers in shaping global economic trends is unquestionable. They are agglomerations of consumers, entrepreneurs, company headquarters, decisions, capital, labor and a series of other values that, if analyzed, can give us a hint of which place is most expensive, attractive, conservative or up-to-date. The challenge in this aspect is to produce a broad overview to classify these centers. The points we can measure and rank more easily are the social, economic and cultural indicators. This data refers to each city, but most of what makes a place relevant is its interaction with and influence on the rest of the market. How then do we evaluate cities, such as São Paulo, Shanghai and Mumbai, and compare them to established business centers, such as New York, London or Tokyo? One of the broadest classifications for cities was created by Globalization and World Cities Research Network (GaWC), a group of studies based in the university of Loughborough in England that includes the collaboration of several other institutions and researchers. In this analysis, the most influential cities are ranked as alpha++. This category includes only New York and London, “clearly more integrated than all other cities,” according to the institution’s report. The alpha+ group is comprised of eight cities, among which Paris, Tokyo, Milan and Shanghai, which “complement” the two main ones. The alpha and alpha- cities, in which São Paulo is included, comprise 31 which “link major economic regions and states into the

world economy”. From this standpoint, the world’s main cities act as the link that connects their region or area of influence to the rest of the market. In this two-way exchange, they gather local information and distribute it to the network, while allowing regionalized access to global intelligence. The importance of a city, therefore, also depends on its location, if it is close to another more influential one and if this region has any global interest. If we look at cities from this point of view, the importance of these centers becomes clearer. The information and capital that moves the global economy must necessarily flow through them. The contact points of this network become important and begin to require quality services and infrastructure and to concentrate decision makers. The other side of this equation is social. The increasing presence of companies and services in cities means more people, which generates other demands under the quality of life criteria. Safety, transport infrastructure, public services and education are only a few. These matters are not directly related to business, but to the people who conduct it. In both aspects, business and social environment, São Paulo registers impressive indicators. In May 2010, the city was ranked as sixth in the world as that which will most attract investments over the next three years, according to a KPMG study in combination with Greater Paris Investment Agency. The survey sample was comprised of more than 500 multinational executives asked to speak of the plans of their companies. When asked about which cities are expected to become more appealing over the next three years, regardless of the prospects of their companies, São Paulo was again placed in sixth, ahead of London, Paris and Dubai. In this discussion, Análise Editorial decided to make its contribution by creating a small survey aimed at more than 200 São Paulo-based entrepreneurs. These professionals pointed out, based on their experience in conducting business in São Paulo, the main positive points of the city as compared with other centers, and where the city is expected to grow more significantly over the next decade. The result can be seen as of page 16 in this edition. In the social field, the city has given a leap in quality and availability of public services over the past few years. The amount of doctors in activity in the city, for example, jumped 31% from 2000 to 2009, while the population grew 5%. The city already has 84% of its sewage collected, an increase of 14 percentage points over the past 15 years, and 70% treated, ahead of countries, such as Spain, for example. Between 2000 and 2009, the number of homicides registered in the city dropped 77% to a rate of

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english version 11 for every 100 thousand inhabitants, similar to that of Mexico. In a few São Paulo districts, the index is closer to four for every 100 thousand inhabitants, equal to those of the safest cities in the world, such as Stockholm in Sweden. In addition to being one of the world’s largest in a series of indicators, São Paulo has also managed to grow in quality of life. The city has a Human Development Index (HDI) of 0.841, considered to be high and indicative of a highly developed region. In the Gini coefficient, which measures inequality in income distribution, the city stands at 0.45, close to the US rate. This does not mean that São Paulo city does not have a series of challenges to face and problems that still require efficient solutions. Some of these issues are analyzed on page 64 onwards in this edition. In terms of mobility, safety and environmental management, for example, the capital city still faces problems that are characteristic of developing cities. Regardless of the methodology used to evaluate and compare the cities, the general outlook for São Paulo is undoubtedly positive. More than prominence in the rankings, the data shows that the city has undergone profound change in the past decade and is now starting to reap the benefits of this growth. To verify this, one needs only to become familiar with it. Methodology (Refers to page 13) Criteria used 1) Sources of information - The sources used for the data referring to Gross Domestic Product (GDP), population, public services and other information related to official indicators of the municipality, metropolitan region and state of São Paulo, in addition to Brazil, were official entities linked to their respective governmental areas. Those most consulted are listed below. Municipal Traffic Engineering Department (CET), São Paulo City Tourism and Events Company (SPTuris), São Paulo Conventions & Visitors Bureau, São Paulo Transports (SPTrans), in addition to city departments. State Environmental Company of São Paulo State (Cetesb), Basic Sanitation Company of São Paulo State (Sabesp), São Paulo’s Subway Company (Metrô), Metropolitan Train Company of São Paulo City (CPTM), Data Analysis State System Foundation (Seade), São Paulo State Research Support Foundation (Fapesp), in addition to state departments. Federal, self-governing federal entities and state companies National Electrical Power Agency (Aneel), National Telecommunications Agency (Anatel), Central Bank (BC), National Economic

and Social Development Bank (BNDES), Brazilian Airport Infrastructure Company (Infraero), Brazilian Geography and Statistics Bureau (IBGE), in addition to the ministries. Studies, reports and professionals of teaching institutions were also consulted, mainly from the Getúlio Vargas Foundation (FGV), the University of São Paulo (USP), the Applied Economic Research Institute (Ipea) in addition to the Viva o Centro and Nossa São Paulo associations. The data referring to specific sectors of the economy was collected mainly from class entities and private-sector companies. Those most consulted were: Brazilian Hotel Industry Association (Abih), Brazilian Association of Credit Card and Service Companies (Abecs), Brazilian Gastronomy, Board and Tourism Association (Abresi), Brazilian Mall Storeowners’ Association (Alshop), Comercial Association of São Paulo (ACSP), National Association of Financial Executives (Anefac), São Paulo Stock Exchange, Brazilian Equity Studies Company (Embraesp), Regional Medical Council of São Paulo State (Cremesp), Brazilian Bank Federation (Febraban), São Paulo State Industry Federation (Fiesp), Brazilian Bar Association (OAB), Civil Construction Industry Syndicate (Sinduscon), Syndicate for Purchase, Sale, Rental and Administration of Residential and Commercial Property Companies of São Paulo (Secovi) and Brazilian Fair Organizers’ Union (Ubrafe). 2) Comparing cities - In relation to the data presented in this edition which compares cities of different countries, it is important to point out that most of the information sources used do not differentiate between the so-called municipalities and the metropolitan regions or urban agglomerations. This is because the concept of metropolitan region is not standardized and may mean different things to different countries. In most cases, the information presented relates to a) the data available and b) the cutoff point that is most similar to the others from a methodological point of view. This criteria was also used in the reports of the United Nations Organization (UNO), and its related entities, and in reports of consulting firm PricewaterhouseCoopers, the main sources of information for the data that compares cities in this edition. Also used a source of data were the World Health Organization (WHO), Organization for Economic Co-operation and Development (OECD), International Court of Arbitration (ICC), the World Bank, Joint Commission International (JCI), International Congress & Convention Association (ICCA), JP Morgan, Cushman & Wakefield, London Business School, Morgan Stanley, International Data Corpo-

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ration (IDC) and Deloitte. In the context of cities in development, the criteria used was, whenever possible, to compare São Paulo to the main cities of BRIC countries, mainly Shanghai (China), Mumbai (India) and Moscow (Russia). In the case of cities in developed countries, the preference was given to the cities of New York and London, which have similar characteristics to São Paulo’s capital city as they are all important financial centers. 3) Structure of publication - São Paulo Outlook is divided into five main sections. The São Paulo’s Future section (page 14) includes an opinion survey with 200 of São Paulo’s most prominent entrepreneurs about the business environment and the future of the city. The Opportunities Section (page 38) highlights 14 business segments that are growing in the city and that offer good investment opportunities. The Challenges section (page 64) highlights ten of the main issues that São Paulo will have to face in the next decade. The Emerging Cities section (page 80) highlights and compares São Paulo with other cities in emerging countries. From page 86 onwards, 13 large economic and social topics are analyzed through organized sections that include news articles, infographics and photographs. São Paulo’s Future (Refers to page 16) PERSPECTIVA Perspective PERSPECTIVA Perspective

Eventos esportivos, profissionais e amadores, atraem milhares de turistas para a cidade, como o Passeio Ciclístico Pedalando e Aprendendo (foto), que teve a participação de oito mil ciclistas, em 2009 Professional and amateur sporting events attract thousands of tourists to the city, such as the “Cycling and Learning” Event (photo) which brought together 8 thousand cyclists in 2009

para entender SÃO paULO A Análise Editorial consultou 200 empresários paulistanos para explicar as qualidades e os desafios desse centro global de negócios 16

São Paulo ouTlooK

English version page XXX

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understanding SÃO PAULO Análise Editorial interviewed 200 São Paulo-based entrepreneurs to understand the qualities and challenges facing this global business center São Paulo is a city in transition. The city, which is the third largest urban agglomeration in the world in number of inhabitants and the tenth in generation of wealth, offers a wide array of investment opportunities and is situated in one of the markets that is expected to grow the fastest over the next years. The emerging economies are expected to grow around 6% over the next ten years, as compared with

the forecast of 2% for developed countries, according to the Bank for International Settlements (BIS). The BRIC block, of which Sao Paulo city is a part of, is expected to lead the global economic growth. According to a projection from Goldman Sachs, these four countries by 2020 should together reach 50% of the Gross Domestic Product (GDP) of the G7 countries and the expectation is that Brazil will have the fifth highest GDP in the world. As well as being in one of the most promising markets in development, the city also shows signs of being more developed than most of its partners in Latin America and Asia since it enables better life quality levels, labor training and service availability. To better understand São Paulo’s attractions, Análise Editorial’s team developed, for the São Paulo Outlook publication, an opinion survey for 200 entrepreneurs and executives who work at the main companies based in the city. The results, opinions and indicators shown on the next pages reflect the perspective of those who operate in São Paulo, do business in Brazil and have a privileged viewpoint of the city. Corporate intelligence and business tourism - São Paulo city, the main financial hub of Latin America, is also known for being the decision-making center of the main companies that operate in the region. Like other large urban centers in developed countries, São Paulo’s industrial production has moved to the interior of the state or to other regions in the country. In addition to attracting companies, São Paulo also has a reliable business environment structure. When asked which sectors have the greatest potential to develop over the next decade, the interviewees pointed out financial services, information technology and legal services. In these three sectors, the infrastructure and labor available are comparable to those offered in the main cities of the world. One of the points that most stands out in São Paulo’s infrastructure, according to the executives interviewed, is equipment related to the business tourism sector. São Paulo has the experience and the structure to hold conventions and fairs and is 12th in the world in number of international events according to the ranking of the International Congress and Convention Association (ICCA). The main challenges that the city will have to face over the next decade in order to continue being attractive for investors and to improve its business environment are mobility and public security. Among those interviewed, 49% believe that mobility will not get easier in the city over the next ten years. Long commutes are a characteristic problem in large cities, and São Paulo is dealing with it

São Paulo OUTLOOK

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