ESCOLA DA PRAÇA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ESCOLA DA PRAÇA

ESPAÇO EDUCATIVO DA CRECHE E PRÉ-ESCOLA

por ANA CAROLINA MENDES MASSITA

orientação

FABIANA MORI

RIBEIRÃO PRETO 2015

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AGRADECIMENTOS

“Aprendi que a disciplina sem sonhos produz servos que fazem tudo automaticamente. E os sonhos sem disciplna produzem pessoas frustadas que não transformam os sonhos em realidade.” Augusto Cury 4


Foram cinco anos que pareciam que não chegariam ao fim, mas o tempo voa, passou rápido...e chegou. Obrigada a todos que fizeram parte desse trabalho, diretamente ou indiretamente, em ensino, conversas, apoio e torcida. Aos meus eternos amores, meus pais, pelo amor e incentivo em todas as minhas escolhas. Aos professores que dedicaram seus conhecimentos durante o curso de Arquitetura e Urbanismo. Muito obrigada a todos, em especial a Fabiana, por ter me orientado sempre com disposição e calma, mesmo na hora do meu desespero e ao Chiquinho (in memorium) por ter inspirado não só o urbanismo, mas um modo de vida, a ser cidadão, respeitar e amar todo símbolo de vida. Aprendi muito com vocês grandes educadores, professores e poetas dos espaços. Obrigada aos meus amigos pelas horas de distração tão importante para renovação dos ânimos nesta etapa. A todos vocês, meu muito e sincero obrigada!

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SUMÁRIO introdução 6 breve histórico da educação infantil no Brasil 8 o desenvolvimento infantil 10 as cores nos ambientes infantis 14 a criança e a escola o espaço educativo lúdico 16 a criança e a escola métodos pedagógicos lúdico 20


parâmetros básicos de infra-estrutura para instituções de educação infantil 22 estudos de casos 26 obras de referências 34

referências bibliográficas 67

o projeto 44 7


O presente trabalho na área de projeto de arquitetura com princípios sociais consiste no estudo da necessidade de criar um espaço escolar infantil voltado a crianças de até seis anos para a cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. No Brasil existe uma lacuna de projeto arquitetônico infantil de qualidade, apresentando escolas construídas de forma simplista e a partir de projetos convencionais, nem sempre associado ao processo de aprendizagem das crianças, plantas sem funcionalidade de fluxos. São diversos exemplos de arquitetura monótonas, desinteressante e padronizada, tanto na forma quanto na organização dos ambientes, preocupada com fachadismo. Como afirma Santos (2011, p. 10):

INTRODUÇÃO

E o que se vê são edifícios pobres plasticamente, com ambientes desinteressantes, formas e organização espacial que não oferecem estímulos à criatividade e à percepção, comprometendo o relacionamento e o desenvolvimento da criança.

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É de grande importância a relação entre o espaço escolar e a educação. As creches e pré-escolas precisam ser feitas para as crianças, e não crianças feitas para as instituições. Em espaços educativos de qualidades os pequenos são estimuladas a brincarem, e ao brincar elas aprendem e desenvolvem seus movimentos, suas relações, sua criatividade, sua exploração. Sendo assim o objetivo do trabalho será a exploração do espaço como um elemento transformador e educador, um projeto de educação livre, permitindo a criança a misturar de modo espontâneo o brincar e o aprender. Parra Santos (2011) os ambientes escolares infantis devem propocionar atividades lúdicas sem a constante intervenção e presença do adulto. Como afirma (2011, p. 49): É importante ressaltar as características do lúdico que, somadas às características da arquitetura, poderão qualificar o espaço escolar, no sentido de torná-lo um espaço mais interativo, acolhedor e atraente para a criança. Assim o espaço propicia a oportunidade de brincar, e o brincar livremente num determinado espa-


ço facilita à criança o desenvolvimento do movimento, da inteligência e das relações sociais e afetivas.

O tema é de tal importância pois os seis primeiros anos de vida, chamados de primeira infância, são responsáveis pelo processo de desenvolvimento fisíco, afetivo, cognitivo e social, formando a base de sua personalidade, segundo Elali, 2002. É uma etapa de grandes descobertas, promovidas por sua ilimitada curiosidade e imaginação, pelo fato de ser tudo novidade quando as capacidades motoras e cognitivas devem ser estimuladas. Observando os modelos ocidentais de ensino atual podemos dizer que não há preocupação com os espaços educativos, além das práticas escolares não se importarem com a promoção da liberdade e da autonomia total das crianças, sempre cercadas em pequenos espaços, muitas vezes em salas de aulas, tendo horários reservados para o brincar no pátio , ou até mesmo horários definidos para banhos de sol dos bebês, ainda enraizadas em modelos rigídos e autoritários.

Para a criança existe espaço-alegria, o espaço-medo, o espaço-proteção, o espaço-mistério, o espaço-descoberta, enfim, os espaços da liberdade ou da opressão. LIMA, Mayumi (1989, p. 30)

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Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução. Malala Yousafzai, Nobel da Paz 2014

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Em função da revolução industrial no Brasil e consequente inserção feminina em massa no mercado de trabalho, surgiu à necessidade de criar locais onde as crianças, filhos de operários, pudessem ficar durante o período em que seus pais trabalhavam. As primeiras creches no Brasil surgiram no século XIX, e tinham caráter exclusivamente assistencialista, foram marcadas por omissão Estatal e ausência de orientação pedagógica. Eram locais de acolhimento de crianças carentes, cujas mães trabalhavam ou de órfãos desamparadas. A necessidade de criar creches não foi respondida de imediato, o que acarretou para um aumento da taxa de mortalidade infantil. Essas unidades foram durante um longo período criadas e mantidas por entidades filantrópicas, na maioria por entidades religiosas. Enquanto as creches públicas eram criadas para atender às crianças pobres, visando apenas o assistencialismo, as particulares já apresentavam propostas pedagógicas, preparando as pequenas para o ensino regular, conhecido como o ensino fundamental. No decorrer dos séculos houveram diversas iniciativas isoladas de proteção à infância. O ano de 1899 foi um marco para a institucionalização das creches no Brasil, foi nesse ano que o médico Arthur Moncorvo Filho fundou o primeiro Instituto de Proteção e Assistência a Infância no Rio de Janeiro, que tinha como objetivos atender as mães grávidas pobres, dar assistência aos seus recém-nascidos, como vacinação, higienização dos bebês e distribuição de leite. Essa instituição expandiu em todo o território brasileira, em 1921 já haviam dezessete agremiações deste gênero. É no de 1899 que se cria a primeira creche brasileira para filhos de operários que se tem registro, como diz KUHLMANN (1991). Essas instituições ganharam grande enfoque a partir do início do século XX, passando a ser reivindicadas como direito de todas as mulheres trabalhadoras. Durante o governo de Getúlio Vargas o Estado assume oficialmente as responsabilidades na esfera do atendimento infantil, sendo criado o Ministério da Educação e Saúde. A partir de 1950 entidades filantrópicas recebiam auxílio governamental para manter seus centros assistenciais. Porém, não havia um compromisso por parte do poder público em criar e manter entidades filantrópicas, transferindo para a sociedade civil uma responsabilidade inquestionavelmente estatal. De acordo com Haddad (1991) vários setores da sociedade, como grupos populares e outros, passaram a reivindicar creches e pré-escolas como um direito à educação das crianças de todas as camadas sociais. A pressão desses grupos e suas lutas foram inten-


BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

sas até chegar ao texto da Constituição Federal Brasileira de 1988, que determina a creche como instituição assistencialista e educativa, e direito das crianças e dever do Estado. Após dois anos, foi aprovada o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a lei que estabeleceu as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e deveres. O objetivo do estatuto é proporcionar a eles um desenvolvimento físico, mental, moral e social condizentes com os princípios constitucionais da liberdade e da dignidade preparando para a vida adulta. O ECA estabelece um sistema de elaboração e fiscalização de políticas públicas voltadas para a infância, tentando impedir desvios de verbas e violação dos direitos das crianças, além de outras providências importantes para esses menores. Além da ECA destaca-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, que consolida a Educação Infantil como a primeira etapa da educação básica, segundo essa legislação, a creche deve atender as crianças de zero até três anos de idade e a pré-escola, as crianças de 4 a 6 anos de idade. Atualmente novas definições foram impostas para a faixa etária da criança a ser atendida pela pré-escola, regulamentadas através da lei 11.114/2005, que altera o o sexto artigo da LDB de 1996, estabelecendo o “ Dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental”, e da lei 11.2274/2006, que altera o trigésimo segundo artigo da LDB, determinando “ O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade [...].” Desse modo, a creche continua a atender crianças de até 3 anos de idade e a pré-escola de 4 e 5 anos de idade.

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O desenvolvimento infantil Desenvolvimento infantil é um processo de mudança contínuo a nível físico, de comportamento, motor, cognitivo e emocional. Em cada fase surgem características específicas. No entanto, cada criança pode atingir tais características mais cedo ou mais tarde do que outras crianças da mesma idade. As crianças desenvolvem principalmente através da interação com o ambiente que o cerca e com o convívio com as pessoas. São muitas as transformações nos primeiros anos de vida, assim que nascmenos somos totalmente dependentes de um cuidado especial de um adulto. Aos anos que pasam o bebê se transforma em uma criança, se locomove sozinha, decindo aonde ir, com quem brincar, desenvolvendo portanto sua habilidade cognitiva, motora e social. Nas primeiras semanas o bebê nem consegue sustentar a cabeça, depois aprende a engatinhar, pegar objetos maiores, depois os pequenos, a andar com apoio, depois sozinha, a correr, a saltar, a jogar bola, aperfeiçoando sempre a sua coordenação motora. São nessa idade que eles desenvolvem seu social e afetivo, a conviver com outras crianças, e fazer amizade, adquirindo expericências de comportamento, como aprender a respeitar o outro e a dividir com o outro. Com base no autor Almeida (1995) podemos dividir o desenvolvimento infantil em três principais fases, apresentadas a seguir:

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1. Fase sensório-motora (de 0 a 2 anos aproximadamente) Segundo Almeida (1995) nessa fase a criança desenvolve seus movimentos, sua percepção e seu cérebro. Olhando, pegando, ouvindo, apalpando, mexendo em tudo que estiver ao seu redor. Esses jogos de movimentos, que nada mais parecem ser apenas repetições automáticos, caracterizam para eles a descoberta. A criança age para ver em que sua ação vai produzir. Como descreve Almeida (1995, p. 43): As brincadeiras dos bebês não são simples estímulos ao desenvolvimento físico. Ao brincar, incorporam-se ao cérebro, por meio dos sentidos (ouvir, pegar, ver , sugar) impressões verdadeiras que vão aflorar no desenvolvimento cognitivo.

A criança nessa fase depende do adulto totalmente. Quando isolados ou impedidos de brincar ou socializar nessa fase tendem a aumentar a agressividade, a timidez e as perturbações permanentes dos comportamentos sociais. A criança nessa fase deve ser estimulada de todos os modos possíveis, falar, ler, contar histórias, conversar, brincar, correr possibilita estimulações variadas para desenvolver seu intelecto, seu corpo e seu estado emocional.


2. Fase simbólica (de 2 a 4 anos aproximadamente) Nessa fase a criança passa a exercitar intencionalmente os movimentos motores, tendo domínio sobre seu corpo e portanto sobre os objetos em sua volta. É nessa fase que eles adoram pegar no lápis, encaixar objetos nos lugares, montar e desmontar coisas, desenvolvendo de tal forma sua criatividade e sua coordenação. Essas atividades como montar e encaixar proporcionam o desenvolvimento da atenção das crianças e uma série de informações cognitivas que vão lhe garantir uma maturação para aquisição de novos conhecimentos, principalmente para a leitura e a escrita. É nessa fase que eles brincam principalmente do “faz-de-conta”, brinca de casinha, de mamãe e filhinha, de motorista, entre outros. Essas brincadeiras são verdadeiros estímulos ao desenvolvimento intelectual.

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3. Fase intuitiva (de 4 a 6 anos aproximadamente) Nessa fase sua relação com o espaço mudará radicalmente. Ao invés de explora-lo ocasionalmente, a criança agora planeja aonde quer estar. Nessa fase, eles entendem que a creche é um lugar diferente da sua casa, assim como outros lugares, e estão preocupadas em entender a função de cada um. As crianças nessa faixaetária tem dificuldade para se concentrarem. As meninas em sua maioria estão mais desenvolvidas do que os meninos em todos os aspectos. São falantes e ávidas em aprender. É nessa fase que fazem muitas perguntas o porque das coisas.

Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de criança. Victor-Marie Hugo 14


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As cores nos ambientes infantis

O uso das cores pode contribuir de forma benéfica na vida das crianças, umas vez que as cores sugerem diferentes significados, de acordo com a maneira como forem utilizadas. As cores atuam sobre a nossa emotividade produzindo diferentes sensações. Embora não estejam bem definidos cientificamente, experimentos psicológicos comprovam que existe uma reação física do indivíduo perante a cor. Devido à influência da cor no meio onde vivemos, torna-se importante estudar formas de proporcionar às pessoas a utilização de cores, buscando composições harmoniosas, equilibradas visualmente, que colaborem juntamente com outros elementos do projeto do ambiente. Segundo Mazzilli (2003) a cor é um dos elementos visuais que mais se destaca nos espaços infantis além de influenciar nos sentimentos destas. Ela pode trazer sensação de alegria, de tristeza, ser estimulante, entre outros. Sua percepção subjetiva está vinculada a fenômenos de ordem psicológica, fisiológica e cultural. Ao lado apresenta um esquema de estímulos a partir da percepção das cores elaborado por Tornquist (2008). Tornquist apud Santos(2008) faz algumas reflexões sobre a utilização das cores e da luz em ambientes escolares. Para ele, a cor nas escolas não tem aspecto apenas decorativo, ajuda a regular o comportamento dos alunos, sua utilização está relacionada a idade da criança. Cores quentes e acolhedoras devem ser pensados para os menores e cores de baixa saturação e luzes incolores à medida que as crianças crescem, que influencia na concentração. Nos ambientes de recreio e brincadeiras, as cores extrovertidas ajudam a expor as emoções das crianças e podem aliviar a tensão. Corredores e passagens poderão ter paredes pintadas com cores distintas, para parecer o sentido de orientação. cerem mais amplos e excitantes, e ao mesmo tempo favorecer o sentido de orientação. ao mesmo tempo favorecendo o sentido de orientação e situação dos espaços escolares para as crianças.

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Apesar dos diversos estudos que comprovam a necessidade de inovação, a maioria das escolas no Brasil ainda apresenta o criticado modo de ensino tradicional, que utiliza os espaços de forma pouco criativa. Kowaltowski (2011, p. 161) 18


A criança e a escola

o espaço educativo lúdico O termo lúdico vem da palavra latim ludus que quer dizer brincar. Educar ludicamente seja pela arquitetura, pelos brinquedos, pelos equipamentos, pelos mobiliários ou pelas atividades promovidas pelos educadores tem um significado de aprender brincando. Ao brincar, a criança não está simplesmente brincando, está desenvolvendo inúmeras funções cognitivas e sociais. Como diz Melo (2012, p. 20): O que se busca muito atualmente é tornar o aprendizado mais prazeroso, mais lúdico. Já se sabe que não se aprende somente na sala de aula, que a aprendizagem não está isolada nas salas de aula.

A arquitetura lúdica tem por finalidade promover a interação social ao interagir-se com outras crianças, o desenvolvimento das habilidades físicas e intelectuais das crianças, além da criatividade, autoconfiança e autonomia. Como diz Anjos que durante o brincar: A auto-estima das crianças, o entendimento da colaboração, divisão, liderança, obediência às regras e competição, favorece a aprendizadem e habilidades motoras, desenvolve habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio criativo e inteligência. (ANJOS, 2007, p.41).

Segundo Lima (1989) é a partir do espaço que a criança sente calor, frio, luz, cor, som e segurança. É nesse espaço que ela desenvolve noção de distância, e ainda é nele que ela equilibra-se, caminha e corre. Como discorre Lima sobre os espaços conforme pensamento e sentimento sentido pelas crianças (1989, p.30): Para a criança existe espaço-alegria, o espaço-medo, o espaço-proteção, o es

paço-mistério, coberta, enfim, da liberdade ou

espaço-desos espaços da opressão.

Para Lima (1989) quando encontramos equipamentos recreativos infantis, estes são na maioria da vezes aparelhos como balanços, gangorras e gira-giras. Sem dúvida são brinquedos que elas usam com prazer, mas segundo a autora não permitem fantasia e criatividade. Lima diz que é necessário criar espaços para estimular a curiosidade e a imaginação, devem ser espaços que as crianças possam transformar através da sua ação. Sugerindo desenhos no espaço, como discorre: Para crianças pequenas em fase de pré-alfabetização e alfabetização, o espaço poderia se caracterizar pela multiplicidade de ambientes, pelos desníveis dos pisos, pela variedade dos pés-direitos, da luz, das cores [...]. Pisos e paredes seriam, ao mesmo tempo, elementos concretos de arquitetura e construção, de ensino e de brinquedo. (LIMA, 1989, p.77).

Nos espaços lúdicos as crianças sentem prazer em frequente-la, em poder aprender coisas novas relativa ao seu mundo, à sua linguagem. Tudo isso de maneira envolvente, alegre e convidativa, pois podem brincar naturalmente, sem imposição. Segundo Melo (2012) estudar a interferência do espaço físico no processo de aprendizagem ajudará a pensar alternativas para que as escolas tornem ambientes agradáveis para os alunos, professores e funcionários. Antes de

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projetar Melo diz sobre a importância de conhecer os a faixa etária dos alunos que irão atender, sobre a quantidade que irá comportar, e como vão ser dispostos os programas, como a sala da direção, o pátio e outros ambientes necessários para o bom funcionamento de uma escola. Criando um espaço para que as crianças possam vivenciar e desenvolver sua infância de maneira ideal, brincando, convivendo, aprendendo e se desenvolvendo. Deve ser um ambiente acolhedor, instigante, interessante, convidativo para estimular a criança a brincar, desenvolvendo sua criatividade, inteligência e socialização com outras, construindo a sua identidade pessoal. Lima (1989) finaliza seu livro Cidade e a Criança descrevendo que essa transformação não é somente uma questão arquitetônica, limitada portanto a ação do arquiteto, mas é sobretudo a pedagogia adotada, sendo necessário casar a arquitetura escolar lúdica com algum método pedagógico onde as crianças são livres para agir espontaneamente, alcançando seu próprio nível de desenvolvimento. Uma boa arquitetura escolar é aquela que permite os diversos tipos de usos não previstos no projeto, um espaço educativo livre e flexível, de aprendizagem no dia a dia das crianças.

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“Embora colocado no rol dos itens secundários dos programas educativos, é o prédio da escola que estabelece concretamente os limites e as características do atendimento. E é, ainda, esse objeto concreto que a população identifica e dá significado”. LIMA, Mayumi (1989, p. 30)

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A criança e a escola

métodos pedagógicos lúdico

A realidade em muitas escolas públicas brasileiras é que a brincadeira é confinada apenas no horário de recreio, sendo as crianças repreendidas pelo próprios professores ou funcionários de correr, pular, brincar, pois é preciso ordem. Na educação tradicional brasileira a brincadeira tem hora marcada, assim como o banho de sol. Sendo que esses momentos são os que as crianças mais gostam. Como afirma Marques (1997, página 139): O espaço e tempo destinado à brincadeira na escola pública é ínfimo. Percebe-se a reduzida importância que se dá a brincadeira na ação educativa, não só pelo tempo a ela destinado, mas também na pobreza de recursos e na indisposição da escola para com essa atividade de caráter socializante e libertária. Mesmo o ensino hoje estando em plena revisão, os momentos em sala de aula, em que se tenta brincar e desenvolver habilidades a partir da brincadeira, só acontecem como “aulas experimentais”. Embora sejam estes pequenos momentos que apontam para novos caminhos na evolução da educação.

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É papel da educação formar pessoas criativas, críticas e sociais. Para casar com a arquitetura livre o método da pedagogia deve colocar em primeiro plano a criatividade, autonomia, coletividade e desenvolvimento apropriado. A escola é o berço das gerações futuras. Segue abaixo exemplos de pedagogias apropriadas para casar com a arquitetura. Montessori Desenvolvida pela médica italiana Maria Montesorri, tem como princípios a atividade, a individualidade e a liberdade, considera que a função da educação é favorecer o desenvolvimento da criança, como diz Kowaltowski (2011). Esse método preconiza a autoeducação, sendo portanto necessário respeitar cada individualidade e liberdade de cada criança. Ela era contra o método tradicional, com cada aluno preso no seu lugar em sala de aula. No método de Montessori os professores estão misturados a elas, observando ou ajudando, não


existe hora de recreação, pois não se faz diferença entre o lazer e a atividade didática. Apesar de focar no individualismo, a livre escolha de atividades pela criança desenvolve a autonomia. Para Montessori o ambiente deve haver elementos proporcionais a cada escala, os objetos não devem ser muitos, e sim ter quantidade necessária para a aprendizagem. Os elementos e as formas da arquitetura devem ser simples; o espaço fácil de manter limpo, sem elementos que se interponham ao fluir do ambiente, de tal forma que várias atividades aconteçam simultaneamente. Friederich Froebel Responsável pela criação da palavra “Kindergarten”, traduzido Jardim de Infância. Para ele o contato das crianças com a natureza era essencial para o desenvolvimento saudável das crianças. Uma de suas principais contribuições foi a importância dada ao brinquedo e as atividades sensoriais da criança. Para Froebel, a escola infantil deveria incentivar brinquedos e jogos a afim de estimular a curiosidade das crianças, desenvolvendo seu aspecto sensorial e motor. Jean Piaget Estudou a origem e a evolução do pensamento dos recém nascido até a adolescência, com o objetivo de entender os mecanismos mentais que o homem utiliza para perceber o mundo, teoria nomeada por Epistemologia Genética, que segundo Piaget resulta no chamado processo de construtivismo. Para Piaget a educação deve proporcionar a criança experiências significativas, atividades desafiadoras que promovam descobertas, espaço que não sejam opressores, e ligados com meios naturais através do sentidos do tato e olfato. Apesar de bons exemplos como esses, pouco é aplicado no cenário escolar brasileiro, sendo limitado a estrutura tradicional formal, que prioriza ordem e disciplina, com matérias programadas por faixa etária, além de recreação também programada.

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PARÂMETROS BÁSICOS DE INFRA-ESTRUTURA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL POR MEC E SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Em consonância com o MEC, a Secretaria de Educação Básica (SEB) elaborou os seguinte documento Parâmetros Básicos de Infra-estrutura para instituições de Educação Infantil (2006, encarte 1). Desenvolvido por equipe multidisciplinar de educadores, como pedagodos, psicologos e também engenheiros e arquitetos urbanistas que tinham interesse em comum a melhoria da Arquitetura Escolar das crianças de zero a seis anos. O documento destaca que a arquitetura tem que atender a acessibilidade universal, garatindo a autonomia de qualquer pessoa com necessidade especial, seja criança ou professora. O documento propõe que antes da concepção do projeto deve se fazer reuniões participativas com a comunidade, crianças, famliares e professores. Este documento também define que um bom ambiente físico a Educação Infantil é aquele que promove aventuras, descobertas, critatividade, facilite a interação criança-criança, criança-professor e criança-ambiente; além de garantir um bom desempenho térmico. Caraceterizando um espaço lúdico, brincável, explorável, confortável e acessível a todos. Entretanto é um documento de sugestões, e não mandatória, e cabe a cada esfera responsável criar os padrões mandatória e normativo de infra-estrutura, seja municipal ou estadual.

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O espaço físico não apenas contribui para a realização da educação, mas é em si uma forma silenciosa de educar. Como afima Antônio Viñao Frago, referindo-se ao espaço escolar, este não é apenas um “cenário” onde se desenvolve a educação, mas sim “uma forma silenciosa de ensino” Frago,1995,p.69 (APUDParâmetros Básicode Infra-estrutura para Instituições de Educação Infantil, p. 7)


Espaço para crianças de 0 a 1 ano Essa faixa etária necessita de espaços para engatinhar, rolar, ensaiar os primeiros passos, alimentar-se, tomar banho de sol, assim como outras necessidades para seu pleno desenvolvimento, em locais mais reservados das área de grande movimentação. Este espaço compõem se: 1. Sala para repouso Espaços destinado ao repouso, contendo berços ou similares, com afastamento entre estes mínimo de 50 cm. Com visibilidade para o ambiente externo ou salas de atividades, com abertura mínima de 1/5 da área do piso, assim como controle de luz dessa abertura. Luz preferencialmente indireta. Paredes com cores suaves. 2. Sala para atividades De fácil acesso aos pais, com carater lúdico, acolhedor e estimulante. Espaço amplo para comportar colchonetes para as crianças engatinharem. Deve ter espaço para cadeiras ou bebe conforto, pois serão alimentadas aqui, caso necessário. Piso liso, não escorregadio, de fácil limpeza e que proporcione conforto térmico. Paredes com cores claras e alegres. Abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo visibilidade para o ambiente externo (portanto com peitoral de acordo com a ergonomia da criança). Prever espaços para bancadas ou armários para guardar roupa de cama, pertences como brinquedos e outros. Os pertences devem ser colocados a uma altura acessível, e os materiais exlusivo de adultos acima. Equipar com espelhos ao nível dos pequenos. Recomenda que a sala de repouso esteja ligada a sala de atividade, e possue visor translúcido entre um espaço e outro. 3. Fraldário Espaço para troca de fraldas e higienização, as-

sim como guardar os kits de higiene pessoal de cada bebê. As paredes devem ser revestidas até uma altura mínima de 1,50 m com material impermeável, janelas com abertura mínima de 1/8 da área do piso, bancada para troca de fraldas com dimensões mínimas de 100cm X 80 cm e altura em torno de 85 cm. Além da banheira, contígua a bancada dom ducha de água quente e fria. 4. Lactário Local de preparo da mamadeira e papinhas das crianças. Pode ser junto ou separado da cozinha, deve ser afastado do banheiro e área de lavanderia. Piso e revestimento vertical impermeável . Abertura mínima de 1/8 da área do piso. 5. Solário Área para banho de sol, recomenda 1,5m² por criança, a orientação solar deve ser adequada e contíguo a sala de atividades, e uso exlusivo dessa idade. Todos os ambientes dessa faixa etária devem ser de piso liso, não escorregadio, de fácil limpeza. Assim como os demais.

Espaço para crianças de 1 a 6 anos Sala de atividades Janelas com abertura mínima de 1/5 da área do piso, garantindo a visibilidade com o externo. Devem ser equipados de armários e prateleiras, para guardar brinquedos, pertences e materiais escolares. Com alturas acessíveis as crianças quando se tratar dos materiais de uso dele, e acima para uso exclusivo dos adultos. Equipar com espelho. Recomenda que as salas das crianças de 1 a 2 anos sejam próximas ao fraldário. Sala multiuso Apesar da sala de atividades atenderem o carater multiuso, é recomendado prever esse espaço para serem usados em atividades diferencia-

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das, para capacidade maior turma da instituição. Paredes alegres, com abertura mínima de 1/5 da área do piso. Banheiros infantis Próximo a sala de atividade, com relação do número de crianças por equipamento sanitário: 1 vaso sanitário, 1 lavatório e 1 chuveiro para cada 20 crianças. Paredes e janelas impermeáveis, com abertura mínima de 1/8 da área do piso. Divisória baixa, em torno de 1,5 m. Os chuveiros para as crianças de 1 a 3 anos devem ser alteados em torno de 40 cm. Prever vaso sainário, chuveiro, cadeira de banho e lavabo para crianças com necessidades especiais. Pátio coberto Com carater multiuso, deve ter área condizente com o número total das crianças da instituições e ser provido de bebedouros. Caso não possa contar com esse local, o refeitório pode ser utilizado para os mesmos fins. Refeitório Recomenda-se que seja articulado a cozinha, e possua equipamentos móveis para outros tipos de uso. Sua área deve ser 1m² por usuário. Recomenda-se que seja no térreo e possua bebedouros. Área externa Recomenda-se que deve ter 20% do total da área construída, para atividades de lazer, física, eventos da escola. Ter pisos variados, como grama, areia e cimento. Pode contemplar-se de anfiteatro, brinquedos, pomar, jardim, quadras. Outros Lavanderia, depósito de lixo , recepção, secretaria, almoxarifado, sala de professores , sala de direção e coordenação, banheiros, são outros ambientes necessários ao ambiente escolar abordado pelo MEC.

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RECOMENDAÇÕES GERAIS

-> Capacidade máxima de ças em regime integral ou -> Que o terreno volvimento de um

propicie único

150 por

crianturno;

o desenpavimento;

-> Que as salas de atividades das crianças de 0 a 6 anos contemplem a área mínima de 1,50m² por criança; e sejam voltadas para o nascente; -> Que a acessibilidade seja garantida, conforme NBR 9050, como circulações e banheiros acessíveis; assim como as normas do Corpo de Bombeiros; -> Que os espaços, os acessários e equipamentos sejam ao alcance da criança para sua maior autonomia; -> Que contemplem guaritas quando possível; -> Que sejam previstas barreiras protetoras, para locais de maior segurança, sem possibilidade das crianças escalarem;


LEI COMPLEMENTAR 2158/2007 POR CÓDIGOS DE OBRAS DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO O projeto seguiu as sugestões do MEC e da Secretaria de Educação apresentados anteriormente, de caratér sugestivo, e também as normas da Lei Complementar 2158/2007, que dispõe sobre Código de Obras do Município de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, que devem ser respeitadas no projeto arquitetônico para ser aprovado pelo órgão responsável. Com base nesse documento, foram selecionados as principais sugestões, que norteam diretamente na área útil dos ambientes obrigatórios para estabelecimentos para educação infantil, creches , pré-escola e similares; descritos no artigo 497 desta lei. * Deverá ter no máximo 2 pavimentos * Recepção maior ou igual a 6m² * Diretoria e secretaria com dimensão relativa a 0,12 m² por aluno por período * Fraldários com relação de 0,40m² por aluno, e 1 banheira alta para cada 10 crianças * Banheiros dos maiores com relação de 0,30m² por aluno, sendo um conjunto de 1 bacia sanitária, 1 torneira e um chuveiro para cada 50 alunos, e acrescido de um 1 conjunto para cada 25 alunos *Limpeza, depósito e almoxarifado maior ou igual a 2m² * Refeitório para os berçários com relação de 1m² por criança/turno * Refeitório dos maiores com relação de 0,50m² por criança/turno * Cozinha com relação de 0,30m² por aluno * Despensa da cozinha com 30% da sua área * Sala de atividades dos berçários com relação de 1,50m² por aluno, com no máximo 10 alunos por sala * Sala de atividades dos maiores com relação de 1,20m² por aluno, com no máximo 25 alunos por sala * Solário com área mínima de 2m² por criança * Pátio coberto com relação de 1,50m² por aluno, com no mínimo de 30 m² * Sala de professores com área mínima de 9m²

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ESTUDO DE CASOS VISITAS 28


Escola Infantil Spuleta Kids [ Ribeirão Preto, Estado de São Paulo ]

A escola foi inserida em um edifício residencial já construído, portanto, foi adptada para tal fins. Atende entre 60 crianças, com relação adequada de quantidade de professoras e alunos. Os ambientes internos, como as salas de aulas e outros ambientes extras são pequenos, com nenhuma relação com o exterior, possuindo abertura convencional de uma casa, com altura de peitoral entre um metro, ocultando a vista das crianças para o exterior. Os ambientes são compartimentados, sem relações entre si.

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A escola não possui gramado, o pátio se caracteriza como corredor, equipados com brinquedos tradicionais, como podemos observar a foto ao lado 1, com cores harmânicas, alegrando espaços das crianças brincarem. As crianças menores , até dois anos alimentam no ambiente ao foto ao lado 2, não possui nenhum estímulo e interação com o exterior. Na parte dos bebês, até dois anos, os adultos precisam retirar os sapatos. O edifício apresenta conforto térmico desagradável, podendo se concluir devido a má ventilação e ou iluminação direta. Não foi permitido a fotografia nos locais onde estavam as crianças. As mesas do refeitório estava sendo usados para atividades com massinha, servindo portanto, como espaço multiuso. As mesas são iguais para todas as idades entre 1 ano e oito meses até 5 anos e 11 meses.

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O ambiente das fotos 5 e 6 recebe sol direto da tarde, é usado mais na parte da manhã como pátio, possui uma parede com chuveirão para as sexta-feiras quentes de Ribeirão Preto. A escola possui senvolver diversas

duas salas extras de atividades, de música,

multiuso, onde as judô, leitura, entre

crianças podem deoutros, ver foto 8.

Para os funcionários a escola possui dois banheiro individuais, com vaso sanitário e ducha, além de uma copa , ver foto 4, que também é guardado os materiais de limpeza. Não possui lavanderia, pois as mães levam suas toalhas e roupas de camas sujas para serem lavados. Os banheiros não são adaptados para o tamanho da criança, como podemos observar na foto 3. Pisos: em toda a escola laváveis. Possui espaço exclusivo para a hora da soneca dos berçários, como podemos observar na foto 7, aonde as crianças podem dormir em ambientes aconhegamente, entretanto a única relação para controle das professoras é pela porta, não indicado pelos Parametros Básicos de Infra-estrutura para Instituições de Educação Infantil , publicada pelo Ministério da Educação, ond diz para ter um elemento translúcido entre outro ambiente.

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30

4


5

7

6

8 31


Núcleo Assistencial e Educacional Sonho Real [ Ribeirão Preto, Estado de São Paulo ] A entidade filantrópica possui ambientes amplos, entretanto com nenhuma relação com o exterior, possuindo janelas altas e espaços setorizados. Possui dois andares, com ligação somente feita por escada, precisando passar por adequação de acessibilidade. Logo na entrada, possui nichos na altura das crianças para elas próprias guardarem suas mochilas ou pertences, desenvolvendo sua autonomia e organização, como podemo observar na foto 6. A cozinha e o refeitório (foto 3) são interligados, onde as próprias crianças se servem, mais uma vez ajudando na autonomia, organização e coordenação motora. Entretanto as mesas se apresentam padrão, sendo portanto não adequada para a antropometria de cada faixa etária.

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5

O pátio aberto, ver foto 4, continuação do refeitório, é desprovida de qualquer binquedo ou equipamento infantil, não ofertando nenhum carater lúdico para as crianças. É a única parte não edificada do prédio. A escola conta com diversos espaços extra curriculares, como a sala multiuso, ver foto 5, que pode ser usada para reunião dos professores, ou reunião de pais e professores, aulas para alunos maiores, já que conta em seu programa; conta também com uma sala destinada só para cantinho do livros, a bilioteca tanto para pequenos e maiores, ver foto 1. As salas de aulas possuem dinâmica pos e se fez uso de cores, ver

6

em grufoto 2.

Apresentou conforto térmico bem agradável. Pisos: em todo edifício laváveis.

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Escola Waldorf Guimarães Rosa [ Ribeirão Preto, Estado de São Paulo ] A Escola Waldorf Guimarães Rosa atende alunos desde de um ano e onze meses até aproximadamente dezessete anos de idade. As faixas etárias são agrupadas por blocos. Sua arquitetura caracteriza por blocos soltos na grande área. Todos os blocos possuem corredores abertos, mas cobertos. Trazendo conforto térmico para os ambientes internos e proteção em dias de chuva. Sua do

arquitetura é muito verde

naturalista, para as

trazencrianças.

O bloco dos maternais e dos jardins de infância é o único bloco cercado, por se tratar de crianças menores. As salas de aulas possuem uma ilha de cozinha para que os pequenos possam ajudar as professoras, desenvolvendo sua autonomia, coordenação motora e cooperatividade. As janelas são grandes e no olhar da criança para o exterior, portanto fazendo uma ligação com os pátios arborizado com arvóres com copas grandes, que oferecem conforto térmico. Os pátios dos menores possuem equipamentos de madeira, verdadeiro convite as crianças. O desenho da sala foge do tradicional retangular, possue um carater mais orgânico, assim como a organização da planta da escola. Não é setorizado, ofertando caratér lúdico as crianças. A escola é regado de espaços extras, como bilblioteca, sala de música, espaço para ateliê, teatro de arena, local de hastear a bandeira, horta ou galinheiro, sala multiuso, quadra de esporte.

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OBRAS DE REFERÊNCIAS

CRECHE HESTIA

ESCOLA INFANTIL VEREDA

BERÇÁRIO PREMITIME

DESIGN KINDERGARTEN

Amsterdã, Holanda NEXT Architects www.archdaily.com.br/br/0184338/hestia-next-architects

São Paulo, Brasil Márcio Kogan www.arcoweb.com.br/projeto design/arquitetura/marcio-kogan-e-lair-reis-escola-bercario-sao-19-02-2008

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Madrid, Espanha Rueda Pizarro Arquitectos www.archidaily.com.br/br/01-111424/ escola-infantil-em-vereda-rueda-pizarro-arquitectos

Madrid, Espanha CEBRA Architecture www.archidaily.com/55609/in-progress-design-kindergarten-cebra


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CRECHE HESTIA Sua construção acabou em 2011 em uma área de 560 m². O edifício é composto por diferentes espaços que as crianças podem descobrir e explorar o tempo todo. Todos os ambientes estão ligados uns aos outros, evitando hierarquizar os ambientes, portanto não encontrando corredores, pois estes hierarquizam os ambientes. Atende no total 44 criança. Seus ambientes se conectam com planos de vidro em seu espaços interiores, além desses espaços se relacionarem com o exterior através da mesma materialidade. Nas figuras abaixo e ao lado pode perceber que a cozinha não possui separação física com o refeitório, pois as crianças ajudam no preparo de alimentos. Mediante essa proposta de aprendizado, criaram mobiliários que atendessem a antropometria desses pequnos. Para solucionar que as crianças tivessem acesso a bancada principal de altura convercional para o adulto, foi adotada plataformas com diferentes alturas do outro lado.

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A composição da planta de reentrâncias e saliências do edifício, trouxe pequenos pátios, espaços externos para as crianças poderem se interagir com maiores movimentos. A creche aproveitou a luz natural, através dos planos de vidros e de aberturas com claraboias esféricas, que estimulam a curiosidade dos pequenos usuários do edifício. Como podemos observar na planta e nas fotos. Economizando portanto na energia elétrica. Foram utilizados piso e parede em madeira com tonalidades semelhantes, sem uso de cores intensas. Os mobiliários estão dispostos de forma a garantir livre circulação dos usuários, permitindo flexibilidade espacial, essencial para as diversas atividades que podem ser obtida através de mudanças de layout dos ambientes, além de garantir o desenvolvimento motor das crianças como correr, saltar ou correr. As crianças menores podem entrar nos espaços através de aberturas circulares localizadas na parte inferior das portas de madeira, o que favorece o treinamento motor das mesmas. O edifício possui diferente pés-direitos em seus ambientes, as diferenças de altura trazem diversas sensações as crianças, podendo influenciar diretamente no sentido sensorial. O conceito sensorial é adotada pela creche, portanto a presença de espelhos e planos

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Marcio Kogan e Lair Reis elaborou um terreno de 900m² e 870m² de área construída construído, uma escola que proporciona condições ideais para o desenvolvimento infantil. A arquitetura contemporânea, com caráter lúdico, propõe uma composição de volumes e cores. Seu material é basicamente concreto e panos de vidros. Para dispor todos os itens do programa no terreno de esquina, relativamente pequeno para atender 75 crianças de três meses a três anos e onze meses, foi necessário verticalizar em três pavimentos interligados por rampas, sem degraus. O emprego de materiais apropriados, como pisos absorventes de impacto e a preocupação com a ergonomia foram fundamentais para a criação de um ambiente confortável e seguro para as crianças. As cores empregadas, amarelo, laranja e vermelho foram selecionadas para criar um ambiente estimulante. Com foco total no desenvolvimento infantil, propõe atividades que proporcionem as crianças a desenvolveram habilidades de autonomia, autoconfiança, criatividade e liderança, como dança, artes plásticas, plantio, cultivo e colheita de vegetais, experiência com água, exploração culinária, teatro, história, entre outros.

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No térreo do bloco principal estão os ambientes em comum,


refeitório seguem

e pátio. caminhar,

O e

andar intermediário é o superior é para

destinado os bebês

as crianças que ainda

que já connão andam.

O bloco amarelo onde fica a sala multiuso e o palco, e o laranja onde concentra a cozinha e o refeitório. Para proteger a fachada norte do sol usou chapas perfuradas, instaladas a 1,20 metro de distância do plano de vidro, criando uma varanda que possibilita deixar os vidros abertos sem colocar risco a segurança a criança, funcionando como solário, como podemos observar.

BERÇÁRIO PREMITIME

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ESCOLA INFANTIL V A arquitetura e os equipamentos respeitaram as diferentes escalas infantis, além de projetarem um edifício que possibilite o desenvolvimento das habilidades cognitivas infantis, os arquitetos conceberam onde educação e diversão se combinam. Uma escola de sensações, experiências, mudanças de escala e cores. A atende crianças de zero a três anos. O bloco destinado aos pequenos possuem duas salas com área com dormitório no mesmo ambiente da sala de atividades e estas dividem o fraldário e o lactário em comum as idades. Essa tipologia também é usada para as outras faixas etárias. Os arquitetos tiveram preocupação com a utilização da luz natural, as claraboias foram projetadas pensadas conforme inclinação solar. Além da luz zenital, foram aproveitados as luzes através das janelas verticais, paralelas as paredes. Entretanto, utilizou de varandas para filtrar a incidência direta da luz natural como podermos observar. Outra preocupação foi aproveitar a sombra do próprio edifício, para locar o pátio de jogos exterior.

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VEREDA O espaço central coberto liga todas as salas de aula. É um espaço aberto, fluido, com elementos que fortalecem a percepção visual e tátil: o pátio circular conecta o interior com o exterior.Os espaços permitem a exploração livre das crianças, proporcionando o desenvolvimento motor e até mesmo social, por permitirem brincadeiras entre crianças.

A cobertura foi concebida como parte da proposta. Os arquitetos proporão um espaço lúdico, com claraboias, vegetação, criando um espaço como o pátio. Aonde as crianças podem brincar livremente, explorando o ambiente, desenvolvendo seu aspecto motor e físico. Além de poderem desenvolver o lado social com outra criança ao brincarem. A ligação da cobertura se dá através de rampa.

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ESCOLA INFANTIL VEREDA Um jardim de infância concebido pela arte, design e arquitetura. A planta conta com cinco blocos em formas orgânicas, interligados por um pátio coberto. O projeto evitou as características típicas de uma arquitetura escolar, incentivando as crianças a não formarem uma ideia preconcebida sobre o que é arquitetura. Com blocos com formatos arredondados, não possuem cantos já que tudo é arredondado, seu telhado irregular. O bloco azul escuro é destinado a área administrativa, coordenação, secretaria, diretoria e dos funcionários. O bloco verde escuro é destinado a cozinha, lactário, depósitos, área de serviço. E os demais blocos são destinados as crianças. Os blocos das crianças são colocados ao lado do pátio aberto, para permitir vistas para a paisagem além de interação entre o interior e exterior. Os blocos das crianças são colocados ao lado do pátio aberto, para permitir vistas para a paisagem além de interação entre o interior e exterior. O pátio oferece diversas atividades em contato com a natureza para os pequenos, com diversos espaços, aonde eles podem se brincar livremente, com brincadeiras lúdicas.

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O PROJETO


A escolha do local se deu através da análise ao mapa dos equipamentos de creches e pré-escola disponibilizado pelo site da Prefeitura de Ribeirão Preto, e terpor ser apresentado uma área de expansão urbana recente com falta de equipamentos de educação direcionado a nova população, além da falta de outros equipamentos. O território é composto por conjuntos habitacionais populares, 35% de suas unidade foram destinados para a desfavelização dos moradores

Ocupação do solo [entorno] A partir da leitura do mapa de uso do solo podeResidencial mos obserar que a área é predominantemente residencial, por se tratar de um conjunto de Áreas institucionais habitações populares de casas térreas unifaÁreas verdes miliares. Possui carência de equipamentos de lazer e suas áreas verdes estão abandonadas. Área do terreno

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Residencial

Orientação dos ventos predominante

Áreas institucionais Áreas verdes

Pôr do sol

Área do terreno

Nascer do sol

Sistema viário [entorno] O terreno escolhido possui uma boa acessibilidade, apesar de estar localizado entre ruas locias, é próxima as

Taxa de ocupação máxima = 70 %

Hierarquia funcional: avenida l Hierarquia física: vias expressas

Residencial

Hierarquia funcional e física: vias de distribuição e coletoras

Áreas institucionais Áreas verdes Área do terreno

O terreno [área de intervenção] O terreno escolhido está localizado no Bairro Jardim de Paulo Gomes Romeo, a área é destinada para uso institucional e possui 4.894,15m². O terreno está em uma quadra que Área institucional dividi espaço com uma área destinada para Sistema de lazer o sistema de lazer com um total de 5.638,19m²; dos ventos tal condicionante física poderá Orientação ser usado predominante como partido no desenvolvimento do projeto. Pôr do sol Nascer do sol

A área já dispõe de insfraestrutura como Taxa de ocupação máxima = 70 % água, energia elétrica, esgoto e ruas pavimentadas. Em relação a insolação, o período

do meio dia ao pôr do sol é o momento de maior desconforto térmico em relação ao calor , determinando as fachadas oeste e noroeste como as mais prejudicadas nesse aspecto, portanto as salas de aula dos maiores e os berçários devem ser viradas para as fachadas leste, sul e sudeste, caso não seja possível, é necessário tratamento arquitetônico. Legislação [área de intervenção] Taxa de ocupação máxima= 70% Recuo frontal= 5,00 metros Recuo lateral= 3,00 metros para segunda via e 2,00 metros para divisa com vizinhos Recuo fundo= idem acima

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Equipamento para uso infantil do entorno, feito pelos prĂłprios moradores. Esses fazem uso da rua, para seu uso social, seu convĂ­vio, locais de encontros, devido a falta de equipamento na ĂĄrea, caracaterizada por conjuntos habitacionais.

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<

O terreno não possui nenhuma barreira ao sol e possui pouca barreira para os ventos por suas construçþes do entorno serem de um pavimento.

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<

Essa vista é de cima, da parte destinada ao sistema de lazer, podemos observar no fundo a área arvorizada do Campus da USP. A vista deve ser mantida, para tanto, é necessário que o centro infantil respeite um único pavimento.


<

Como podemos observar trata de uma área abandonada, sem uso, aonde começou com indícios de depósitos de lixos.

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1. Ligação escola x praça Por se tratar de um terreno que faz divisa com uma área destinada para uso de lazer, tomou partido a partir dessa condicionante. O conceito busca integrar a escola com a praça por ligações diretas e controladas, para garantir a segurança dos pequenos. A relação entre os dois espaços se faz pela entrada principal da escola, onde se fez o uso de uma pequena área de encontro e recepção convidativa para os pais e alunos, já que esses não entram diaramente nas escola, apenas deixam seus filhos na porta, sendo encaminhados pelas próprias professoras ou auxiliares. 2. A praça Para a praça foi definido apenas diretrizes projetuais, onde foi pensada para todos, entretanto com enfoque para as crianças já que essas não possuem outro equipamento público no entorno para seus momentos de lazer com a família, assim como na maioria dos locais de todo o município. 3. Crianças em contato com a natureza O partido arquitetônico da escola da praça baseou se na filosofia de Froebel que priorizava o contato com a natureza para o desenvolvimento saudável das crianças, sendo portanto suas salas de aulas voltadas para um pátio aberto, libertando as crianças do modelo corredor e sala, abrindo as esquadrias da sala para o pátio, com espaços livres e arborizados.

cando sem a intervenção direta de uma adulto, para tanto respeitando cada faixa etária. 6. Conforto térmico O projeto fez uso de iluminação natural, adotando brises, corredores abertos mas cobertos, além do uso da vegetação pra trazer conforto térmico no dia a dia dos baixinhos, professores e usuários. As salas voltadas para o pátio possuem esquadrias grandes e dois dois lados da salas, assegurando a ventilação cruzada. 7. Escala arquitetônica, urbanística e interiores O projeto foi concebido nas três escalas, que em conjunto se propõe a criar um espaço escolar lúdico, prezando a espontaneidade. O uso de cores é indispensável para trazer sensações e estímulos as crianças. Os espaços internos foram trabalhados para integrarem o lúdico a arquitetura , possuem diversas formas, tamanhos, cores e texturas. O projeto de interior traz espaços interessantes e convidativos, com espaços fixos em cantos ou nichos, e mobiliário móveis em locais de circulação, para dar flexibilidade aos ambientes.

4. Crianças livres e seguras O partido se basea na liberdade das crianças no ambiente escolar, o projeto buscou criar espaços onde os pequenos pudessem aprender brin-

PARTIDO 54


Implantação geral da quadra

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divertir é refrescar

1

2

3 espaço para os pais é estar junto

PRAÇA DAS CRIANÇAS CIDADES PARA CRIANÇAS

3

1

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11 9

8 2

10

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escalonar é aprender

4

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balançar é divertir

10

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9

fazer teatro é brincar o faz de conta

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12 57


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ENTRADA CONVIDATIVA A ideia da entrada foi centrada em um local de encontro entre pais de alunos , pais e professores, além de convidativa e acolhedora para as crianças. Contando com uma marquise para criar sombras e uma pequena praça na frente, que segue em fluxo direto com a praça atrás.

Espaço de administração e apoio A recepção, a secretaria, a sala do diretor , a sala dos professores e também do assistente social e do terapeuta foram projetados próxima a entrada, facilitando a entrada dos pais.

MATERIALIDADE E SISTEMA CONSTRUTIVO Adotou-se o concreto armado para a estrutura da escola, a escolha se deu por ser um sistema que permita maiores vãos, deixando portanto a planta mais livre. Como vedação usou se alvenaria, por se tratar apresentar como bom isolante térmico, assim como o uso das telhas termoacústico na cobertura. Os caixilhos serão de alumínios na cor branca e vidro. As paredes serão pintadas em cada ambiente em tons claros e não vibrantes, enquantos algumas partes do chão e elementos serão de cores fortes e alegres para as crianças. O piso externo será de concreto queimado, enquantos os internos de manta vinílica e outros ambientes de cerâmico, como nos locais de preparo dos alimentos e os banheiros.

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Espaço de serviços e de atividades complementares Mais que um refeitório O espaço do refeitório não foi considerado apenas como local de alimentação das crianças, mas um local de multiuso e de interação social. Ela possui ligação direta com o exterior quando seus planos de vidros estão abertos. Possui ligação próxima com o depósito, para quando necessário facilitar a liberação do espaço para outras atividades que não precise desse mobiliário. Possui mobiliário para cada faixa etária, já que aqui atende crianças de dois a seis anos, além de pia

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para as crianças lavarem as mãos antes das refeições, e um bebedouro na lateral, de fácil acesso. Brinquedoteca lendo, aprendendo e brincando As salas especiais como é o caso da biblioteca e a sala multiso são equipadas com móveis que facilitem as mudanças de layout e flexibilidade de uso. A biblioteca possui nichos, que além de guardarem livros e brinquedos também

servem para as crianças explorarem de diversas formas, usando sua criatividade. Contíguo a biblioca possui um nicho destinado para exposição dos trabalhos produzidos pelos próprios alunos, para que esses possam adquirir desde pequenos a observação crítica de outros trabalhos, aprendendo com o trabalho dos outros colegas.

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Sala multiuso A sala multiuso possui móveis instalados para servirem de arquibancadas, criando um caráter de brincadeira de escalonadas para as crianças poderem brincar, e também pode ser usado para alguma apresentação dos alunos para os pais. Esse espaço serve para atividades de teatro, dança e música, que devem estar presente na metodologia pedagógica. Uso do cobogó Deixar entrar a luz e o vento, além de criar efeito sensorial as crianças. A cada hora do dia as sombras se projetam em um ambiente diferente. Pátio coberto A escola ofere ao tempo todo as crianças espaços cobertos ou abertos amplos para elas poderem correr, saltar, brincar, de forma livre, desenvolvendo suas habilidades físicas e motoras. Espaço sujo Projetou um espaço destinado onde as crianças pudessem realizar atividades com materiais sujos, como argila, barro, tintas, entre outros.

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Salas de atividades Berçário O ambiente do berçário é separado da pré-escola com cobógos, para que cada faixa etária pudesse usufruir do espaço de maneira livre e segura, e por se tratando de necessidades e tamanhos diferentes, tomou esse partido. A sala das crianças de até dois anos, possuem uma divisória flexível, que pode aumentar ou diminuir o espaço, quando alguma criança estiver em seu momento soneca, é só fechar. As cortinas estão apenas nos espaços da soneca, que pode ser usado para escurecer o ambiente. As camas são baixas, apropriadas para as crianças. A sala conta com brinquedos móveis e no nível do chão, assim como tapetes e almofadas. Possui fraldário com divisória com outra sala similar, para esse ambiente foi pensado nichos para guardar os kits de higiene pessoal de cada criança. Os pequenos também possuem sua própria cozinha, o lactário que foi integrado com um refeitório fechados com vidros, que quando abertos integram com o ambiente como um todo. O solário é de grande espaço onde os bebês podem usufruir espotaneamente, possui piso de concreto armado e em sua extensão grama.

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Pré-escola As crianças maiores, de 2 anos a 6 anos contam com salas amplas, e já possuem cadeiras e mesas, além de mobiliários lúdicos para elas poderem brincar, aguardar materiais e também descansar. Possui também na suas paredes um lousa que vai até o chão, para eles poderem também fazer uso, assim como uma painel magnético com as letras dos alfabetos. Os banheiros possuem equipamentos para mais de um tipo de tamanho, respeitando a ergonometria de cada faixa etária das crianças.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, P. N. Educação lúdica, tecnicas e jogos pedagógicos. São Paulo. 1995 ANJOS, Cláudia dos. Centro Cultural e Assistecnial Infantil: Uma fábrica de criatividade. Monografia. Universidade Federal do Moto Grosso do Sul. Campo Grande. 2007. HADDAD, Lenira. A creche em busca de identidade. 2ª Edicação. São Paulo. 1993. KOWALTOWSKI, Doris. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo. 2011. KUHLMANN, M. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação. 1998. LIMA, Mayumi. A cidade e a criança. 1989. MAZILI. Arquitetura lúdica: criança projeto e linguagem. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo.2003. MEC e Secretaria de Educação - Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil. 2006. MELO, G. Larissa. Arquitetura escolar e suas relações com a aprendizagem. Monografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2012. SANTOS, Elza Cristina. Dimensão Lúdica e arquitetura: o exemplo de uma escola de educação infantil na cidade de Uberlândia. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 2011.

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