Revista Museu do Meio Ambiente

Page 1

ano 13 #1

SOMA

1ª Fórum Internacional de Design Sustentável.

Grande Celebração edição 1 | ano 1 | grátis

Dia da Árvore

Exposição Gênesis

Sebastião Salgado entra em cartaz no museu.


editorial

AO LEITOR Diretor Responsável Henrique Lins de Barros Coordenador Editorial Fernando Borges Redação Editora-Chefe: Ana Moura

Textos:

Museu do Meio Ambiente

Texto de capa:

Ana Moura e Priscila Silva Revisão e checagem: Priscila Silva Imagem de capa: Ana Moura

Internet Museu do Meio Ambiente

Na edição deste mês o foco é o Desing Sustentável. Você sabe o que isso significa? Parece um termo distante da realidade e do nosso cotidiano, mas está mais próximo de nós do que imagina. O Design Sustentável visa solucionar o impacto ambiental que os produtos que usamos podemcausar. Ao longo de nossas páginas falaremos mais a respeito deste conceito contemporâneo. Com o objetivo de criar mais conscientização social e difundir ainda mais o tema, neste mês o Museu do Meio Ambiente sediará o evento SOMA, uma junção de profissionais e alunos da área de Design que realizarão o Iº Fórum de Design Sustentável. Conheça os detalhes do evento, quem serão os palestrantes e empresas parceiras. Boa Leitura!

Publicidade

Diretora comercial: Ana Moura

Atendimento atendimento@mma.gov.br

Ana Moura

Contato

Editora-Chefe

Redação: Rua Jardim Botânico, 1008 Jardim Botânico -RJ. CEP: 22460-000 Telefone: 2294 6619

anamoura@mma.gov.br

2


sumário

O MUSEO • sobre o museo | pág

5

• Semana Nascional de Ciência e Tecnologia | pág 10

NOTÍCIA • Museu do Meio Ambiente

celebra o dia da árvore | pág 9

• Gênesis entra em cartaz no museu do meio ambiente | pág 13

CAPA - SOMA • 1º Fórum Internacional de Design Sustentável | pág 14

EDUCATIVO • Atividades e oficinas | pág 19

MEIO AMBIENTE EM DEBATE’ • Fórum ambientais | pág 22

• Cine debate | pág 21

• Encontros com a pesquisa | pág 22

• Conversas no museu | pág 21

MIDIOTECA • Midioteca e seu acervo | pág 25

3



o museu

Primeiro da América Latina dedicado integralmente à temática socioambiental, o Museu do Meio Ambiente é um espaço pioneiro de exposições, programas educativo e de debates voltados para a participação ativa e a construção conjunta de conhecimento da sociedade.

O Museu do Meio Ambiente é subordinado à Presidência do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, autarquia pública federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e referência internacional na produção científica. Com um público de cerca de 600 mil visitantes por ano, o Jardim Botânico é dos espaços de lazer e cultura mais queridos dos cariocas. Inaugurado em

julho de 2008, ano da comemoração do bicentenário do Jardim Botânico, o Museu do Meio Ambiente passou por uma reforma geral entre 2010 e 2012 e reabre em modernas instalações, aptas a receber exposições de alto nível e a oferecer excelentes condições para a visitação.

“Primeiro da América Latina dedicado integralmente à temática socioambiental”

Missão

Visão

Objetivos

Promover a participação ativa e consciente da sociedade no debate das questões socioambientais através da construção conjunta de conhecimentos e do fortalecimento da cidadania.

Ser referência museológica nacional e internacional e de espaço de diálogo com a sociedade sobre problemas, soluções, oportunidades, desafios e estratégias para a sustentabilidade da vida e das atividades humanas.

Colaborar para a conservação da biodiversidade e a viabilização da sustentabilidade na relação entre as pessoas e o planeta a partir de exposições, atividades educativas e espaços de debate com abordagem transdisciplinar e participativa, acolhendo as diferenças e características culturais dos diversos públicos.

5


www.zebumidias.com.br


7



notícias

MUSEU DO MEIO AMBIENTE CELEBRA O DIA DA ÁRVORE com exibição de filme e debate Trilha das Árvores Nobres Em um passeio interpretativo pelo arboreto, junto aos guias do Jardim Botânico, os participantes observam 27 espécies, das florestas atlântica e amazônica, aprendendo curiosidades sobre a seringueira, mogno, pau-brasil, sumaúma, entre outras. Grupo sai do Centro de Visitantes nos dias 20 e 21.9, às 14h e 15h30. Exibição de A Árvore da Música seguida de debate O premiado documentário A Árvore da Música, de Otávio Juliano, abre a discussão sobre a preservação ambiental através da estreita relação entre a natureza e a música. Após a sessão, pesquisadores do JBRJ debatem o filme, discorrendo sobre o histórico de desgastes ambientais no Brasil e estratégias de conservação. A exibição e o debate acontecem no dia 20.9, às 14h30, no Museu do Meio Ambiente.

No Dia da Árvore, visitantes poderão plantar mudas No sábado, 21.9, os visitantes que comprarem seus ingressos das 8h às 9h30 na bilheteria do Jardim recebem senhas para participar do sorteio, que acontece durante um passeio pelo arboreto junto à Equipe do Núcleo Educativo do Museu do Meio Ambiente. Os ganhadores terão a oportunidade de deixar sua marca em uma das mais amadas instituições históricas do país e recebem um certificado de plantadores, ficando nos registros do Jardim. Um segundo sorteio elege 30 participantes para receberem mudas de espécies nativas.

Debate ao ar livre Em um encontro ao ar livre no Espaço de Clarice Lispector, pesquisadores conversam sobre aspectos relacionados ao tema árvores e ensinam aos visitantes os cuidados necessários para garantir a saúde das plantas. Conversa acontece no Espaço de Clarice Lispector, dia 20/9, às 16h.

9


notícias

SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA reflete sobre a ciência aplicada à saúde e ao esporte De 21 a 27 de outubro, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) leva conhecimento a diferentes pontos do Brasil. Em 2013, em função dos grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar, o tema da SNCT é “Ciência, Saúde e Esporte”. O objetivo é mostrar ao público como a ciência e a tecnologia são hoje elementos essenciais nesse domínio, particularmente nos esportes de alto desempenho. Assim, as ações da SNCT exploram o aprendizado sobre o funcionamento do corpo humano nos esportes, nos exercícios, nos movimentos e na sua relação com o ambiente externo, do ponto de vista da ciência.

O Museu do Meio Ambiente não podia ficar de fora e organizou atividades voltadas para agitar o período. Atividades lúdicas que abordam desde os princípios da fotografia às etapas do trabalho botânico compõem a programação, que acontece em um estande instalado na tenda principal, localizada no Largo das Tartarugas. Câmera Monstro, Caixa Montante, Áreas de risco, Maleta de cheiros, Maleta botânica, Maleta de resíduos, Placas táteis são só algumas das brincadeiras organizadas pelo Núcleo Educativo do Museu.

10

A exibição de filmes da Mostra “Ver Ciência SNCT 2013” também está prevista. Produções brasileiras e internacionais foram selecionadas em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente sobre as temáticas de “Ciência, Saúde e Esporte”. A exibição acontece na Sala Multimídia do Museu do Meio Ambiente, articulada com atividades interativas que ocorrem em seguida.


Confira a Programação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No Jardim Botânico do Rio de Janeiro, as atividades começam no dia 23/10. Dez instituições de pequisa promovem atividades em uma tenda montada no Largo das Tartarugas. Jardim Botânico do RJ, Cedae, Instituto Ciência Hoje, Embrapa Solos, Finep, Indústrias Nucleares do Brasil – INB, Instituto Geociência da UFRJ / Museu da Geodiversidade, Museu do Índio e TRT-RJ realizam ações lúdicas e educativas no intuito de aproximar os visitantes da ciência de forma simples divertida e didática.

Atividades ao ar livre Entre os destaques da programação, o Projeto de Conservação da Fauna do JBRJ organizou uma série de passeios e trilhas. No dia 24/10, das 9h às 11h, a Trilha na Mata Atlântica sai do Solar da Imperatriz em direção a cachoeira da Grutinha. Um dos objetivos do passeio, que tem em seu desenho bate-papos sobre o ambiente e seus habitantes selvagens, é ampliar a percepção dos visitantes de que o espaço urbano é dividido entre seus habitantes humanos e não humanos, que vivem em simbiose.

O tradicional passeio noturno pelo arboreto acontece no mesmo dia, das 18h30 às 20h30, e permite ao visitante observar anfíbios, morcegos e outros animais. O trajeto dura cerca de 1 hora, com paradas orientadas para visualização de animais e para apreciação dos sons do Arboreto. No domingo, 27/10, ninguém fica parado. Das 14h às 15h, é ministrada uma dinâmica de ginástica natural, modalidade baseada nos movimentos dos animais. As três atividades são gratuitas e exigem inscrição prévia através do telefone: (21) 3874-1808. Programação da tenda – Largo das Tartarugas Na tenda, local em que a maior parte das atividades acontecem, o Instituto Ciência Hoje preparou jogos, contação de histórias e outros experimentos divertidos. Já a Cedae exibe a exposição “miniETA e Serviços Aguadeiros”, que explana o funcionamento de uma miniestação de tratamento de água. A Embrapa Solos traz uma exposição temática sobre a tecnologia empregada no manejo e conservação de solo e na recuperação de áreas degradadas, estimulando o aprendizado sobre temas ligados a origem, diversidade, características físicas, químicas e mineralógicas do solo, assim como compostagem, erosão e tintas. Na área destinada ao Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, os visitantes aprendem um pouco sobre um dos principais recursos de pesquisa botânica: o herbário. Um curta-metragem explica o

11


cotidiano dos pesquisadores, o processo de coleta e montagem de exsicatas e o armazenamento correto das plantas. De modo a aproximar o visitante da pesquisa, a Dipeq expõe sementes para visualização pelo público, que poderá perceber sua grande variedade de formas e tamanhos. Uma exposição de fotografias e a exibição de um filme sobra a flora existente no Monumento Natural das Ilhas Cagarras também está na programação. O Laboratório de Fitossanidade do JBRJ realiza ações sobre o comportamento dos insetos e seu papel na natureza. Gavetas entomológicas exibem exemplares de insetos e não insetos e vídeos sobre a vida destes seres informam o público sobre suas adaptações e relação ao ambiente. Com o uso de lupas e microscópio, os visitantes têm a oportunidade de manusear artrópodes como besouros e aranhas, desmistificando o medo destes seres vivos. Os visitantes brincam, desenham, montam quebra cabeças, além de observarem a confecção de desenhos artísticos e científico relacionados aos insetos e outros artrópodes.

No estande da Finep, pode-se observar o funcionamento de um dos mais novos produtos financiados pela instituição: uma bicicleta com suspensão hidropneumática com possibilidades de regulagem, que proporciona aos portadores de necessidades especiais a possibilidade de customizar o equipamento para o uso. A Finep distribui ainda uma revista voltada para o público infantil sobre saúde e esporte. Na exposição da INB, o ciclo do combustível nuclear está no centro de reflexão. Um protótipo do elemento combustível, produto que abastece as usinas nucleares brasileiras, é explicado em banners sobre as atividades da empresa e em vídeos institucionais. O Instituto Geociência da UFRJ/ Museu da Geodiversidade não poderia ficar de fora e, em seu estande, trata de temas relacionados a sua área de atuação, exibindo peças de geologia, paleontologia e mineralogia, além de organizar uma oficina de desenhos e atividades educativas. A exposição Fotográfica “Crianças Indígenas” traz 41 imagens de várias etnias e faz parte da programação do Museu do Índio.

Centro de Visitantes Apresentações de esquetes e de música popular brasileira foram organizadas pelo TRT, que também expõe fotografias. No dia 25/10, às 16h, uma apresentação de dança agita a programação. No dia seguinte, 12

Uma apresentação de Terapia Floral está prevista para as 16h. Já no dia 27/10, às 16h, uma apresentação de teatro de fantoches promove reflexão sobre o aquecimento global. O Centro de Visitantes organizou visitas guiadas a pé em percurso onde serão interpretados pontos relevantes dos recursos naturais, culturais e históricos. O percurso tem a duração de aproximadamente 1h e 30min, de 2ª à 6ª com saídas do Centro de Visitantes às 10hs e 14hs. Além do passeio ao ar livre, o espaço abrigará maquete, vídeo e explanação sintetizada sobre as atividades interpretativas e de atendimento ao público realizadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Casa Pacheco Leão “Educação, Ambiente e Sociedade” é tema de exposição composta de trabalhos realizados pelos alunos do curso de extensão em Educação Ambiental, no Laboratório Didático do SEA (Serviço de Educação Ambiental) no período de 23 a 26 de outubro. As atividades acontecem de 23 a 27/10 das 9h às 17h. O Estacionamento ficará fechado de 23 a 27/10, para a realização de atividades da SNCT no pólo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Possibilidades de estacionamento nos arredores: Jockey Clube e Praça Santos Dumont.


GÊNESIS ENTRA EM CARTAZ NO MUSEU DO MEIO AMBIENTE GENESIS: jornada fotográfica de Sebastião Salgado Um retrato das belezas de um mundo intocado e imune às radicais mudanças ambientais e sociais que transformam o planeta. Este é o projeto GENESIS, exposição do fotógrafo Sebastião Salgado, resultado de uma jornada empreendida pelo autor a cantos intocados do globo, em cartaz no Museu do Meio Ambiente entre os dias 29.05 a 26.08. GENESIS é a terceira exploração de longa duração do fotógrafo, depois da série Trabalhadores e Êxodos. “Uma jornada às paisagens terrestres e aquáticas, às pessoas e aos animais que permaneceram intocados, preservados do mundo acelerado dos nossos dias. Um testemunho de que nosso planeta ainda abriga vastas e remotas regiões onde a natureza reina em silenciosa e imaculada majestade”, descreve Sebastião Salgado.

A mostra traz ao Museu do Meio Ambiente 245 imagens que prometem tirar o fôlego dos visitantes, ao mesmo tempo em que ressaltam as radicais mudanças ambientais que impactam nossa paisagem natural.

13 13

O fotógrafo, que tradicionalmente trabalha com imagens em preto-e-branco, repete a técnica em GENESIS. Ao longo de oito anos, viajou por mais de 30 lugares, explorando ambientes remotos e de difícil acesso. Antártica, Ilhas Galápagos, África e Alasca são alguns dos cenários que ambientaram as cenas retratadas. As imagens consolidam aquilo que o próprio autor considera como uma carta de amor ao planeta.


Iº FÓRUM INTERNACIONAL DE DESIGN SUSTENTÁVEL

14


Neste mês de Dezembro, acontecerá no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o 1º Fórum Internacional de Design Sustentável - SOMA - que contará com a participação de profissionais da área, ambientalistas, e estudantes de design, bem como palestrantes que representarão as empresas parceiras do evento.

Os palestrnates serão:

Henrique Lins de Barros, do Museu do Meio Amon da Zebu Mídias Ambiente - Um espaço empresa que desenvolve pioneiro de exposições, a comunicação desenvol- programas educativo e de vendo princípios da sus- debates voltados para a tentabilidade: redução, participação ativa e a consreutilização e reciclagem. trução conjunta de conhecimento da sociedade. Andrea Carvalho, da Papel Semente - Criada em Susi Paiva, da Rio Eco maio de 2009, a empresa Consciente - uma emproduz um papel artesa- presa especializada em nal e ecológico que resoluções para o consumo cebe sementes de flores sustentável, baseada nos O tema central dos deba- durante seu processo de princípios do Comércio tes e palestras será Defabricação. Justo. Contando com sing Sustentável. Atualuma equipe capacitada e mente, um número cada Brian Dougherty, da de qualidade que visa a vez maior de empresas Celery Institute Collabototal satisfação do cliente. passa a entender que rative - estúdio focado na este campo do conhecicriação de comunicações Equipe da Reciclar Demento pode ser bastante que tenham um impacsign - uma empresa funútil também no desenho to positivo no mundo, dada deste 1996. criando de processos, na consfazendo design verde de e produzindo brindes trução da experiência do ponta e marca trabalho em material reciclado. usuário e nas questões de estratégia em muitos Com o comprometimenligadas à sustentabilida- meios de comunicação. to de gestão de negócios de. O chamado design sustentáveis e o engasustentável busca deseFred Gelli, da Tátil Design jados em projetos de nhar produtos e serviços - empresa de consultoria cunho social e educativo. que estejam em sintonia de estratégia, construção com as questões ame gestão de marcas que bientais e ecológicas não usa o design e o branapenas durante a sua ding para criar conexões produção e consumo, sustentáveis entre pessomas também no descar- as e marcas. te, na sua reciclagem ou na reutilização. O objetivo é não só discutir, mas criar uma consciência social acerca da importância disso. 15


E teremos a extreia do livro “DESIGN GRÁFICO SUSTENTÁVEL” de Brian Dougherty, que conta sobre questões que, inicialmente, parecem amplamente difundidas na cultura projetual dos designers gráficos. Ele aprofunda certos assuntos pertinentes e que nem sempre são conhecidos ou cuidadosamente analisados por grande parte dos designers. Os processos de descarte de papel e plástico, dois dos materiais mais utilizados pelos profissionais de design, e as pesquisas de matérias-primas menos agressivos ao ambiente, entre eles. Mas o livro mostra bem que a função do designer, em relação à sustentabilidade, não é apenas a escolha dos materiais. Ele fala que há três formas distintas de pensar no papel do designer gráfico: como manipulador de materiais, como criador de mensagens e como agente de mudanças. O autor mostra a importância do design, trabalhando junto com o cliente, para o desenvolvimento de uma marca baseada em valores (branding), a responsabilidade empresarial, as realidades do descompasso ecológico e a popularização da ecologia. O livro apresenta a metodologia de projeto utilizada pela Celery, que consiste em pensar na vida útil do produto de trás para frente, ou seja, do seu descarte até a sua elaboração.

É nessa linha de raciocínio que ele desenvolve as discussões, fazendo uso de alguns projetos realizados pela empresa, os problemas enfrentados, as soluções, os êxitos e as falhas, o que torna palpáveis e mais fáceis de serem compreendidos os temas abordados. Uma das questões centrais do livro, que o autor ressalta em diversos momentos, é a necessidade de maior participação dos designers nas tomadas de decisões das empresas. É responsabilidade do designer sugerir, colaborar e alertar seus clientes para a construção das estratégias da marca e/ou determinado produto. Para Dougherty, o designer gráfico é um dos principais agentes de mudança, responsável pela criação da forma do produto (como suporte de comunicação) e, sobretudo, por exercer grande influência no modo como os usuários interagem com ele. Ao longo do livro, algumas observações pertinentes são acrescentadas mostrando um pouco da nossa realidade. No final, o apêndice à edição brasileira traz referências dos materiais encontrados no Brasil, como papéis, tintas e gráficas certificadas. A edição brasileira tem algumas adaptações em relação ao original americano. O livro se inicia com o prefácio escrito pela jornalista especializada em design, Adélia Borges. Vejam o prefácio no site dela. Design Gráfico Sustentável apresenta e discute questões fundamentais e, ainda hoje, 16 16

pouco presentes no dia-a-dia dos designers. Faz isso apresentando os cases de sua empresa e compartilhando dados de pesquisas de materiais e processos produtivos sustentáveis. É leitura obrigatória para estudantes, recém formados e profissionais de diversas áreas relacionadas a comunicação e produção de materiais impressos.

Sobre o autor Brian Dougherty é o diretor de criação do escritório Celery. Ele orienta os clientes através do processo criativo, indo fundo na particularidades de cada empres,a para encontrar inspiração para novas soluções de design. Ele facilita oficinas colaborativas de criação onde trabalha às fases iniciais de desenvolvimento do projeto. Brian também supervisiona a equipe de designers da Celery em Berkeley como desenvolver e produzir projetos para impressão, web, embalagem e ambientes.


^

R. Jardim Botânico, 1008 Jardim Botânico Rio de Janeiro Seguna à Domingo 08:00 ás 17:00 (21) 3874-1808



educativo

Leque de atividades de diferentes linguagens e expressões culturais que promovem a mediação entre os diversos conteúdos do Museu e seu variado público. O Programa Educativo busca construir uma relação entre os participantes e os temas abordados, através de vivências sensoriais e ações diretas, estimulando a reflexão e o interesse acerca das questões ambientais. As atividades e oficinas acontecem em um espaço apelidado de Viveiro que, por definição, significa “local onde se semeia”. É aqui que se dão as experimentações e vivências lúdicas, com técnicas e suportes diversificados. Diferente do objetivo da maioria dos jogos, as dinâmicas do Museu do Meio Ambiente não têm como fim estabelecer um ganhador. Tapetes-jogos, jogos de tabuleiro, de cartas, de elaboração de histórias e construções de cenários e com personagens foram elaborados para que os grupos sejam transportados para situações com diferentes graus de complexidade e elaborem saídas apropriadas.

O Museu não tem a palavra final, nem a resposta certa. As ações das pessoas sobre o ambiente têm sempre impactos, positivos e negativos. Cabe ao jogador, ou à equipe de jogadores, discutir as melhores alternativas, planejando novos cenários, com seus prós e contras, em um exercício democrático de negociação e tomada de decisões. Entre as atividades previstas estão os Trajetos e as Caminhadas Mediadas, que acontecem na área verde do Jardim Botânico, traçando um diálogo entre as questões ambientais do mundo contemporâneo e a diversidade de espécies de plantas e animais encontrados na Instituição. Na Hora do conto falamos das culturas humanas que floresceram nas diversas paisagens. E nada melhor que uma boa história, recheada de mitos indígenas e afrodescendentes, lendas e saberes da nossa e de outras culturas. Nesse ambiente lúdico, a contação de histórias utiliza a natureza como fonte de inspiração.

19

Horários

De terça a sexta-feira 9H- TRAJETO 10H- VIVEIRO 11H- TRAJETO 12H- VIVEIRO 13H- TRAJETO 14H- JOGOS 15h- TRAJETO 16h- VIVEIRO Sábados e Domingos: 9h- TRAJETO 10h- VIVEIRO 11h- HORA DO CONTO 12h- TRAJETO 13h- VIVEIRO 14h- JOGOS 15h- HORA DO CONTO



Meio ambiente em debate

Cine Debate Programa dedicado à grande tela, com apresentação de filmes, documentários, animações e séries que aproximam o público das questões ambientais por meio da linguagem cinematográfica. Ao final das sessões, a sala de cinema vira espaço para debates, sempre com a participação de convidados especiais, como os diretores e produtores da obra ou especialistas nos temas abordados.

Desde fevereiro, o CineDebate recebe a mostra A Natureza no Cinema, com programação adulta com curadoria e apresentação de Walter Lima Júnior aos sábados, 18h, e sessões infantis com curadoria da jornalista Stefania Fernandes e apresentação dela e da atriz Sheyla Santanna aos domingos, 10h30.

Conversa no museu Os principais debates ambientais do momento, conduzidos por atores qualificados de diversas áreas de atuação e abertos à ampla participação do público. Este é o Conversas no Museu, evento do programa Meio Ambiente em Debate do Museu do Meio Ambiente. A partir de olhares inusitados, como os de pesquisadores, representantes de ONGs, políticos, jornalistas, lideranças comunitárias, empresários e artistas, o evento promove uma grande conversa, em que público e debatedores têm espaço para colocar em discussão os temas propostos e construir suas próprias conclusões. Quando: Terças-feiras, das 10h às 12h.

21

Após a exibição dos filmes de sábado, debates com mediação de Walter Lima Júnior e, aos domingos, as crianças participam de atividades de assimilação de valores humanos com a participação do Programa Educativo do Museu.


Meio ambiente em debate

Fórum ambientais Na sequência dos programas que buscam o contínuo diálogo com a sociedade, o Museu do Meio Ambiente promove o Fórum Ambiental, encontros semanais mediados em que o público pode discutir – e votar – sobre os temas propostos, que ampliam a discussão sobre os diferentes fatores que impactam o meio ambiente. A reflexão e o diálogo são exercitados de forma interativa e estimulante. Após a apresentação dos temas e de seus múltiplos aspectos, o grupo é posto diante do desafio de uma votação eletrônica e simbólica, que coloca os participantes no papel de tomadores de decisão. Os encontros têm cerca de 30 minutos.

O Museu conta com quatro fóruns: em Resíduos Sólidos, o Aterro Sanitário de Gramacho, fechado no fim de junho de 2012 e alvo de diversas polêmicas, é o ponto de partida para uma discussão que propõe possíveis soluções e perspectivas para o depósito de lixo nas cidades. Em Biodiversidade, o debate coloca lado a lado a proteção dos ecossistemas e as perspectivas de desenvolvimento. Usando como exemplo as obras do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, que foram interrompidas devido à descoberta de uma espécie nova de perereca na área, os participantes respondem a perguntas que contrapõem a importância da proteção da espécie e os benefícios da obra.

Encontros com a pesquisa Em formato de entrevistas abertas à participação do público, os Encontros com a Pesquisa abrem espaço para que cientistas das mais diversas áreas de atuação na temática ambiental falem de seus trabalhos e de seus interesses pessoais. O evento alterna com o Conversas no Museu os debates das manhãs de terça-feira do Programa Meio Ambiente em Debate. Quando: Terças-feiras, das 10h às 12h Onde: Sala Multimídia Público: Acima de 12 anos

22

Conciliar sustentabilidade e crescimento urbano também é tema de um dos Fóruns. As transformações na cidade no último século e o consequente impacto ao meio ambiente e à qualidade de vida dos habitantes estão no centro do debate do Fórum Sustentabilidade. Em um mundo onde milhões continuam sem acesso de qualidade à água e que assiste a este recurso se extinguir, a preservação e a racionalização de seu uso são foco do Fórum Ambiental Água. O Fórum Ambiental acontece aos sábados e domingos, das 16h às 17h. Livre, gratuito.


convite | cartões | tags | flyers | folders promoções | eventos | brindes | envelopes | embalagens (21) 3628-4001 www.papelsemente.com.br | contato@papelsemente.com.br Av. Ernani do Amaral Peixoto, 36 sala 1201 Centro - Niterói - RJ

23



Midiateca

Com o objetivo de propiciar acesso e obtenção a informações qualificadas sobre diversos temas ambientais, idealizamos uma Midiateca munida de doze computadores, com interfaces desenvolvidas especialmente para o Museu do Meio Ambiente. Este centro de consulta disponibiliza acesso a acervos próprios do Museu e de outras instituições reconhecidas pelas comunidades museológica, botânica, ambiental e cultural.

Tempo de uso: 30 minutos (caso haja terminais vazios, o usuário poderá continuar conectado, bastando comunicar ao monitor responsável pela sala).

Capacidade: 12 usuários individuais, ou grupos de 2 a 3 pessoas por computador.

O mobiliário desenvolvido para a Midiateca permite a utilização dos terminais de acesso por estudantes, pesquisadores e visitantes isolados ou em pequenos grupos, com o apoio da equipe do Museu.

Acervo Inclui 14 mil registros fotográficos de momentos relevantes da história do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e da pesquisa botânica, como expedições brasileiras e estrangeiras realizadas no país. Destaque para a coleção de negativos de vidro com 2 mil imagens produzidas entre 1900 e 1940. Outros acervos são apresentados aos usuários, hospedados ou não no centro de dados do Museu, para que suas necessidades de informações e referências sejam atendidas. Horário: 10h às 17h.

Sala Multimídia É de 60 lugares. A entrada é gratuita, com obtenção de senha na recepção. Para públicos que venham em grupo, como escolas e terceira idade, é necessário agendar a participação nas atividades.

25



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.