Revista Prisma - Arquitetura Brasileira Moderna e Contemporânea

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Novembro / 2016


SUMÁRIO

Casa de Vidro Lina Bo Bardi Museu do Amanhã Calatrava Museu de Arte Moderna do RJ Affonso Eduardo Reidy Cidade das Artes Portzamparc REFERÊNCIAS


Casa de Vidro, São Paulo 1950- 1951

Um ícone da arquitetura moderna no Brasil, foi construída assim que o casal Lina Bo e Pietro Maria Bardi se mudaram para o Brasil. Sua construção teve início entre 1950 e 1951, na região do bairro do Morumbi, antiga Fazenda de Chá Muller Carioba. Residência onde moraram mais de 40 anos, ficou conhecida como a Casa de Vidro. Ganhou esse nome pela sua grande fachada de vidro que revela o interior da casa, e é apoiada em pilares finos que sustentam a mesma, dando a impressão de equilíbrio e leveza ao conjunto.

A Casa de Vidro além de um marco arquitetônico, também foi um espaço importante de pesquisas e troca de ideias. Um ponto de encontro entre grandes artistas e intelectuais. Situada numa colina, a casa equilibra-se sobre esbeltos pilares modulares, que avançam para o interior da residência. “Uma caixa transparente flutuante em meio da natureza”, foi assim que muitos descreveram a casa de Lina Bo Bardi. O projeto visa tirar o maior proveito possível da vista privilegiada para a cidade, constituído de uma grande pele de vidro que possibilita, ao mesmo tempo, um constante contato com a natureza. O jardim ao redor da Casa de Vidro, ocupa cerca de 7.000 m². Foi planejado e plantado pela própria Lina, como uma forma de demonstrar o gosto do casal pela natureza. O que antes era apenas uma vegetação rasteira, hoje, após mais de 60 anos, o jardim se transformou em uma floresta. A casa é dividida em duas secções, sendo que a primeira é composta pelo salão de estar e jantar, esses se estendem por toda a largura e são expostos pela grande fachada de vidro. Ao centro, uma abertura poupa uma árvore e cria um pátio, que foi mantido possibilitando uma ventilação cruzada nos dias mais quentes.

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Foto da árvore no pátio inferior, Casa de Vidro.

O único elemento que ressalta ao vazio dos pilotis, é a escada, feita a partir de elementos metálicos e degraus de granito. Principal acesso ao andar superior da casa, além de servir como um mezanino para o observar da paisagem que cerca a casa de Lina e Pietro. A segunda secção é constituída pelos dormitórios e as áreas de serviços,

estas também configuram a parte maciça e opaca da casa. A cozinha é de proporções industriais, pois Pietro Maria Bardi era, além de tudo, um grande cozinheiro. Mais uma vez o pátio criado por Lina, se mostra fundamental, de maneira que propicia a ventilação de todos os dormitórios. A arquitetura da Casa de Vidro por Lina Bo Bardi,

como observado por Zeuler, mistura referências eruditas e vernáculas, assim como em seus outros projetos, até o fim de sua carreira. A Casa de Vidro foi tombada em 1987 pelo CONDEPHAAT, e hoje constitui o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, o qual tem como intuito promover a arquitetura, design, urbanismo e arte popular brasileira.

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Foto da entrada principal da Casa de Vidro.

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Foto da sala de estar, Casa de Vidro.



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Foto da sala de estar, Casa de Vidro.

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Foto da sala de estar, Casa de Vidro.

A residência do casal Bardi foi a primeira obra construída no Brasil pela arquiteta Lina, que A residência do casal Bardi foi a primeira obra construída no

Brasil pela arquiteta Lina, que teve uma ótima percepção do lugar onde estava construindo. Ao descreve-la, ela acentua, principalmente, as sensações que os visitantes deveriam ter ao adentrar a casa. A relação com a natureza é enfatizada com a natureza é enfatizada constantemente, conforme seguimos os caminhos determinados pela arquiteta em seu projeto, até o interior da Casa de Vidro. O acesso principal se dá através de uma escada de dois lances que anuncia a sensação

de expectativa de revivermos toda a natureza mais uma vez. E assim se faz ao entrarmos no grande salão, a janela em fita que se estende por toda a sala de estar e a leveza dos pilotis nos faz refletir sobre o que Le Corbusier disse em “o exterior é sempre um interior”, por que Lina conseguiu captar, pensar e executar a relação da casa com o meio exterior que a cerca. Ao centro da casa avistamos uma grande árvore a qual faz parte do pátio inferior e atravessa toda a extensão da casa verticalmente, dando a sensação de que esta é uma casa na árvore. É esse mesmo vão que permite a passagem da árvore, que divide a casa em duas secções, público e particular, garantindo a privacidade necessária do casal. Os ladrilhos nos tons de azuis, que revestem a sala assim como os banheiros, nos transmitem diferentes sensações, como uma referência a cor dos lagos, rios e mares. A cozinha, de tamanho industrial e ainda com os eletros da época, tudo combinado têm a capacidade de nos levar a uma viagem de volta à década de 1950, imaginando quão vívida a casa deveria ser com os seus moradores e seus constantes visitantes e amigos. Podemos dizer que Lina, desde o início do seu trabalho no Brasil, já sabia lhe dar com a questão da arquitetura híbrida, a afirmação está na Casa de Vidro, onde o conjunto reúne a arquitetura moderna e a tradicional arquitetura vernácula.


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Planta baixa, Casa de Vidro.

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Fotodo quarto de Lina e Pietro, Casa de Vidro.

1. Escada 2. Biblioteca 3. Sala de estar 4. Pátio das rosas 5. Lareira 6. Sala de Jantar 7. Dormitório 8. Closet 9. Cozinha 10. Dormitório de serviço 11. Sala de serviço 12. Lavanderia 13. Varanda 14. Pátio

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Foto da cozinha, Casa de Vidro.

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Foto do banheiro com azuleijos tom de azul, Casa de Vidro.


O legado de Lina Bo Bardi

Achillina Bo, descrita por muitos como uma mulher de personalidade forte e marcante, arquiteta de ideias concisas e transcendentais. “Lina não fez só arquitetura, pensou”, essa frase é a que melhor representa essa arquiteta ítalo-brasileira, que soube entender cada terreno onde estava trabalhando, fosse em São Paulo ou Salvador, onde passou boa parte da sua vida, Lina sempre trabalhou com métodos racionais, utilizando da inteligência local para apropriar a sua arquitetura. As escolhas dos materiais e das

técnicas, eram apenas reflexos da influência local. Os elementos do vernáculo brasileiro estava presente em quase todas as suas obras. Defensora da poética e da liberdade de trabalho, viu na arquitetura uma ferramenta política, com capacidade de transformar o mundo. Deixou como ensinamento arquitetônico uma postura de questionamento as concepções. Para Lina a melhor arquitetura é aquela que entende a importância de onde está sendo construído, a importância do entorno, da

população local. É um reaprender a olhar para a cidade, que nos faz refletir sobre os espaços que estão sendo projetados hoje. Responsável por uma arquitetura generosa, e de grande importância para a museografia nacional, Lina soube agradar aos olhos. Colocando em evidência a emancipação da vida humana, nunca abandonou as suas preocupações culturais e é esta a visão-de-mundo que devemos levar como um dos seus principais legados: A contínua reflexão sobre cultura e a arquitetura dentro dela.

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Foto da árvore no pátio inferior, Casa de Vidro.

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Foto da escada, no pátio inferior, Casa de Vidro.

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Foto da fachada froontal, Casa de Vidro.



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Foto do ateliê de Lina Bo Bardi, junto a Casa de Vidro

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Foto de Lina Bo Bardi no Sesc Pompeia

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Foto Lina Bo Bardi na construção do MASP.


Lina Bo Bardi 1914- 1992

Achillina Bo nasceu em Roma em 5 de dezembro de 1914. Formou-se na Faculdade de Arquitetura de Roma em 1939, com o trabalho de graduação “Núcleo Assistencial da Maternidade e da Infância”. Em desacordo com as orientações valorizadas pelo fascismo, que Lina chamava de “nostalgia estilístico-áulica”, a arquiteta se muda para Milão. Milão, década de 1940 Em Milão passa a atuar juntamente com o arquiteto Carlo Pagani no estúdio “Bo e Pagani”. Gio Ponti a convidada para fazer parte da revista “Lo Stile – nella casa e nell’arredamento”, ambiente que acaba atraindo-a para participar de outras revistas. Em 1943, afasta-se, porém, de Gio Ponti, e junto com Carlo Pagani torna-se vice-diretora da revista Domus, até a sua suspensão em 1945. Contudo, os ataques aéreos da Segunda Guerra Mundial, destroem o seu estúdio na Via Gesù, o que a faz se juntar com outros arquitetos simpatizantes da Resistência, contra a ocupação alemã. Um ano de mudanças, 1946 Lina Bo volta à Roma e casase com Pietro Maria Bardi1 , em outubro viajam para o Brasil. Já no Rio de Janeiro, são recebidos no IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), onde Lina acaba conhecendo Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, os irmãos Roberto, Burle Marx, entre outros. Mas seria no ano seguinte que Assis Chateaubriand2 convidaria Pietro para criar e dirigir um Museu de Arte.

O Museu de Arte de São Paulo (MASP) fora fundado em 2 de outubro de 1947, provisoriamente situado na Rua 7 de Abril. Os primeiros passos de Lina no Brasil Em 1948, associa-se ao arquiteto Giancarlo Palanti3 e juntos fundam o Studio de Arte e Arquitetura Palma. Realiza desenhos industriais de mobiliário, projetos de interiores, estandes de lojas. Lina se insere no meio arquitetônico nacional através da sua atuação editorial, quando em 1950 funda e dirige a revista Habitat, ao lado de seu marido Pietro Maria. Sob o pseudônimo Alencastro, Lina escrevia crônicas, e assim a fez até a edição de número 15. Assim que Lina Bo Bardi se naturaliza brasileira em 1951, projeta e constrói a sua primeira obra, sua residência, a Casa de Vidro, no bairro paulistano do Morumbi. Quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu não nasci aqui, escolhi este lugar para viver. Por isso, o Brasil é o meu país duas vezes, é minha “Pátria de Escolha”, e eu me sinto cidadã de todas as cidades, desde o Cariri, ao Triângulo Mineiro, às cidades do interior e às da fronteira. (LINA BO BARDI. São Paulo: Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 1993, pág. 12)

De 1955 a 1957 Lina atua com professora de Teoria da Arquitetura na Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo. A tempo que também escreve a sua tese de magistério Con

tribuição Propedêutica ao ensino da Teoria de Arquitetura e dá início aos estudos do Museu de Arte de São Paulo. Salvador, Bahia, 1958 A arquiteta transfere-se em para o Nordeste, a convite do Governador Juracy Magalhães, para dirigir o o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), onde também é convidada a ministrar o curso de Teoria e Filosofia da Arquitetura na Universidade Federal da Bahia. Na Bahia, realiza também os projetos da Casa do Chame-Chame e o restauro do Solar do Unhão, um conjunto arquitetônico do século XVI, tombado na década de 1940, entre outros projetos de arquitetura, Lina Bo Bardi passa a escrever para o Diário de Notícias de Salvador. Retomada a São Paulo, 1965 O final da década foi marcado por três projetos não realizados (Instituto Butantã, Pavilhão de Exposições no Rio de Janeiro e o Conjunto Residencial de Ita-mambuca) e a finalização das obras do MASP, que fora inaugurado em 1968. Os dez anos seguintes de Lina Bo, foram dedicados basicamente a cenografia de teatro e cinema, onde trabalhou com José Celso Martinez Correa. Outras dedicações suas eram o Teatro Oficina e as exposições que aconteciam no MASP. De volta ao cenário arquitetônico, 1977 Lina Bo Bardi inicia o projeto do centro de lazer SESC Fábrica Pompéia. Em 1978 projeta a capela Santa Maria dos Anjos,

em Vargem Grande Paulista. Participa do concurso para o projeto Anhangabaú Tobogã, e realiza em parceria com Vainer e Ferraz as instalações do MAM-SP, sob a marquise do Ibirapuera. Mais uma vez em Salvador, 1986 Lina é convidada pela prefeitura de Salvador para realizar um plano de recuperação do Centro Histórico da cidade. Até a década de 1990, de quando em quando, também realizava outros projetos voltados a arquitetura. São Paulo, 1990 Inicia o projeto da nova sede da Prefeitura de São Paulo, que era composto pela restauro do Palácio das Indústrias e a construção de um novo edifício. A conclusão das obras acontece em 1992. No mesmo ano, em 20 de março, Lina Bo Bardi morre na Casa de Vidro, aos 77 anos, vítima de uma embolia pulmonar.

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Museólogo, crítico e historiador de arte, jornalista, marchand, colecionador e professor. Conheceu Lina Bo após a Segunda Guerra Mundial no Studio d’Arte Palma, Roma. 2 Jornalista, empresário e político. Destacou-se por ser um dos homens públicos mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 a 1960. Fundador da Rede Tupi e o Diários Associados. 3 Arquiteto, urbanista e designer ítalo-brasileiro.


Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro é uma figura sui generis no cenário artístico nacional, principalmente durante o século XX, com as suas exposições mostras cinematográficas e eventos.

1952- 1967

Nos últimos anos podemos dizer que muito se transformou no conceito de museu, deixando de ser apenas um organismo passivo e assumindo a responsabilidade educativa, o seu significado social foi ampliado. Acessível ao público, tornase marco não apenas para o crescente conhecimento social, mas para as manifestações artísticas integrante de cada período histórico.

“O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro faz parte da imagem da nossa cidade. Sua sede, o conjunto arquitetônico projetado por Affonso Eduardo Reidy, está localizado no Parque do Flamengo, área conquistada da Baia de Guanabara, através do aterro realizado na década de 1950” – Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand

Incluindo-se nas transformações, a noção arquitetural de museu também se modificou. Com o desenvolvimento de novas técnicas construtivas, agora temos “estruturas independentes” que nos permitem o “plano livre”, de maneira que as paredes passam a representar apenas a vedação, deixando a função estrutural para as colunas. Essa nova disposição construtiva além de oferecer amplos espaços, possibilita incalculáveis ordenações dos espaços de exposição. Para qualquer obra, o ambiente físico será sempre uma questão de grande relevância, no caso do Museu de Arte Moderna do Rio de Janei-

ro essa adquire maior vulto, considerando a sua situação privilegiada. Próximo à um parque público e debruçado sobre o mar, o museu está rodeado por uma das paisagens mais belas do mundo. Com essa preocupação, Affonso Reidy fez o possível para que o edifício não se tornasse algo desconcertante na paisagem. Sua estrutura vasada e transparente permite a visão contínua da paisagem e dos jardins projetado por Burle Marx, assim como o perfil horizontal do edifício destoa das montanhas ao fundo. “O exterior é sempre um interior”, assim dizia Le Corbusier sobre integrar a paisagem ao interior do edifício. E assim fez Reidy ao optar por soluções transparentes que fazem da natureza parte do panorama oferecido ao visitante. Junto com a transparência, a iluminação natural pode beneficiar a as obras expostas, propondo sentido de movimento ao ambiente. A estrutura livre e dinâmica contemplada pela iluminação zenital, compõem o objetivo do Museu de Arte Moderna, o qual é composto por uma área de 130 metros de extensão por 26 metros de largura, sendo completamente livre de colunas, o pé direito varia entre 8 metros, 6,40 metros e 3,60 metros de altura. O jardim, com o intuito de integrar a vista à paisagem, ao mesmo tempo se mantendo

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Foto MAM-RJ

as características de um parque. Um jardim que conta com intenso movimento, a solução veio por Burle Marx, criando uma área de interesse onde há exposições de esculturas ao ar livre, pátios com fontes, e um gramado que conduz gentilmente o visitante à baía. Sem dúvida podemos concordar com Chateaubriand, quan-

do ele diz: “O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro faz parte da imagem da nossa cidade”. Além de fazer parte da cidade, tem maior valor ainda à história artística brasileira do século XX. Com amor e humildade às criações artísticas, o museu se dedica ao povo e à cultura, cumprindo assim com o compromisso previsto pelo seu arquiteto.

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Foto pilares em V, MAM-RJ



Cronologia

1948 3 de maio | É instalado provisoriamente em uma das salas do Banco Boavista, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, oficializado como entidade civil. Neste mesmo ano, é assinada a ata inaugural do museu, tendo como Presidente Raymundo de Castro Maya e Presidente de Honra, Gustavo Capanema. O período pósguerra favorece a aquisição de obras de artistas europeus

como Pablo Picasso, Wassily Kandinsky e Paul Klee para o museu. 1952 15 de janeiro | O Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro é transferido para o térreo do atual Palácio Gustavo Capanema. Na mesma época, o arquiteto Affonso Eduardo Reidy elabora o anteprojeto da sede do museu. 1953 3 de janeiro | Foi publicado no Diário Oficial o termo de doação do terreno para elaboração do museu, a aprovaçao da demarcação do terreno também foi publicada no Diário Oficial, no dia 1 de julho. 1954 9 de Dezembro | O Presidente da República João Café Filho crava a estaca fundamental da sede do museu em 09 de dezembro 1954 – início da construção do Bloco Escola, e em junho de 1956 se inicia as obras do Bloco de Exposições. 1958 17 de janeiro | O Presidente Juscelino Kubitschek planta a primeira de uma série de 48 palmeiras nos jardins do museu. Em 27 de janeiro é inaugurado o Bloco Escola com a presença do Presidente Juscelino Kubitschek. Este bloco passa a ser a sede do Museu de Arte Moderna. A mostra inaugural apresentou trabalhos do pintor inglês Ben Nicholson

e de nove escultores britânicos contemporâneos. 1962 O projeto da Passarela Paulo Bittencourt é elaborado por Reidy com a colaboração do engenheiro Sidney Santos. O projeto de urbanização do Aterro do Flamengo volta a ser elaborado pelo grupo de trabalho presidido por Maria Carlota de Macedo Soares, tendo Reidy como urbanista. 1963 22 de agosto | A passarela é inaugurada em, oito meses após o início das obras. 1965 12 de outubro | É informalmente inaugurado o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes (Aterro do Flamengo). Em julho do mesmo ano, o MAM é tombado juntamente com o Parque do Flamengo pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). 1967 Abril | A marquise do Bloco de Exposições é demolida, e em 30 de outubro é inaugurado o Bloco de Exposições com uma retrospectiva de Lasar Segall. As fundações e a marquise do Teatro já haviam sido reconstruídas. 1978 8 de julho | Ocorre um incêndio que provoca grandes danos no Bloco de Exposi-

ções, grande parte da coleção do museu e toda as telas da mostra “Arte Agora III – América Latina: Geometria sensível”, foram destruídas. 1982 Reabrem o Bloco de Exposições após longos trabalhos de restauro. 1990 É criado o Galpão das Artes, anexo ao Museu de Arte Moderna no local previsto por Reidy e onde funcionava o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC). 2000 É inaugurado a Sala Carmem Portinho, no segundo andar do Bloco de Exposições. 2006 As obras de construção do Teatro são retomadas em 15 de agosto de 2005, inaugurado em 10 de novembro de 2006. 2008 É inaugurada a exposição permanente Do Modernismo à Abstração Informal – Gilberto Chateaubriand MAM RJ, que abrange a produção artística da primeira metade do século XX no Brasil. 2010 O MAM acolhe III Fórum da Aliança de Civilizações em suas instalações.

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Foto MAM-RJ


O Edifício O edifício é sustentado por quatorze pórticos em concreto armado aparente posicionados a dez metros de distância entre si e formados por uma viga superior, dois pilares principais inclinados ao exterior e dois pilares menores inclinados ao interior que formam um V com os primeiros. Os pilares em V têm comprimento total de oito metros e meio. Em seção transversal, os pórticos apresentam um formato trapezoidal.

Uma escada curva em concreto aparente é destaque em meio à planta livre do pavilhão. Seu diâmetro mede nove metros e sessenta centímetros. Os dois edifícios anexos ao pavilhão de exposição separamse dele através de dois jardins diferentes. O primeiro é composto por dois retângulos que conformam um L. Nele estão o bar e o restaurante. O segundo possui contorno irregular e abriga o teatro.

O museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro de Affonso Eduardo Reidy se torna muito mais bonito pela relação que se tem como entorno. Mesmo sendo um grande prédio instalado em meio a um parque, os limites se respeitam e é possível notar o envolvimento entre o jardim e o bloco: eles se complementam em todo o projeto. Os vãos livres e a estrutura vazada dão para a obrauma sensação de leveza mesm

com todo o prédio sendo de concreto aparente, pois a iluminação e ventilação natural são muito características no projeto. O privilégio da localização também não pode passar e branco: localizado no parque do Flamengo, a vista de qualquer ângulo do museu é apaixonante. O paisagismo de Burle Marx é extremamente convidativo, e como muitos fazem, sentar na área térrea para apreciar o jardim e o parque em torno do prédio vale a pena.

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Corte, MAM-RJ

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Planta, MAM-RJ


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Foto Escada do pavimento superior, MAM-RJ

< Foto Escada

pavimento tĂŠrreo, MAM-RJ

< Foto pilar em V, MAM-RJ


O legado de Affonso Reidy

ALFRED AGACHE De Alfred Agache, Reidy herda uma visão técnica da cidade - baseada na busca de uma metodologia e de “instrumentos” para dominar seus problemas. LE CORBUSIER De Le Corbusier, Reidy herda uma visão poética, baseada na busca de uma nova concepção, um novo programa, uma nova ideia.

Affonso Eduardo Reidy sintetiza em suas obras grande parte das preocupações existentes na introdução arquitetura moderna do Brasil, mesclou em seus projetos pontos muito marcantes tanto de Le Corbusier (5 pontos para uma nova arquitetura), quanto de Alfred Agache. Arquiteto formado pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de janeiro em 1930, participou do grupo dirigido por Agache para a remodelação do Rio de Janeiro e do grupo que projetou, junto com Le Corbusier, o edifício do Ministério da Educação. Em 1932, integrouse como arquiteto chefe da Prefeitura do Distrito Federal do Rio de Janeiro, permanecendo neste cargo até final da década de 50. Reidy atuou como arquiteto em uma época que o país estava sofrendo um processo geral de renovação, isto influenciou muito em sua carreira. Como teve grande contato com o poder político desde o início de sua carreira, Reidy se caracteriza um exemplo de “intelectual orgânico” – técnico eficiente, capaz de responder sistematicamente aos preceitos formais, funcionais, construtivos urbanísticos e sociais na arquitetura como agente transformador da realidade. Reidy tem grandes semelhanças com Le Corbusier: considera o trabalho preciso, técnico para a produção de uma obra arquitetônica que emociona. Por ser determinado, e muito técnico, se destaca por ter suas obras sempre relacionadas à

consciência social, ao compromisso arquitetônico com seus ideais e a responsabilidade com a edificação da obra. Apesar destas influências, suas obras são valorizadas pelo modo como foram desenvolvidas e adaptadas à realidade dos locais onde foram construídas. Sempre utilizou um pequeno número de elementos que se repetem em cada um de seus projetos, porém cada criação sua era única e estudada diretamente para aquele local de implantação. Seu repertório vai gradativamente sendo aperfeiçoado de acordo com o tipo de projeto e adaptando-se às relações formais e funcionais, assim como entre todos os elementos do entorno. Sua maneira de projetar enfocando resolver o maior número possível de temas arquitetônicos e de tratar os problemas como se fossem únicos e precisassem de soluções especiais, além de seu domínio da escala urbana, produziu obras modernas totalmente integradas à cidade tradicional.

Affonso Eduardo Reidy 1909- 1964

Affonso Eduardo Reidy, nasceu em Paris no ano de 1909. Embora nascido em Paris, cresceu e viveu toda sua vida no Rio de Janeiro. Ele iniciou sua carreira ainda estudante, sendo estagiário do urbanista francês Alfred Agache e assistente de Gregori Warchavchik. Formação, 1930 Reydi se formou arquiteto pela Escola Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro) em 1930. Trabalhou como funcionário público concursado da Prefeitura do Distrito Federal e como professor universitário logo após sua formação. Primeiro projeto, 1931 Venceu o concurso para a construção do Albergue da

Boa Vontade em 1931, junto Gerson Pompeu Pinheiro (1910-1978). Este foi seu primeiro projeto construído, e uma das primeiras obras do modernismo no Rio de Janeiro.

Pedregulho, 1946 Criou os projetos dos conjuntos Habitacional Pedregulho – 1946 – e devido a este projeto ganhou o prêmio na Bienal Internacional de São Paulo.

Edifício Palácio Gustavo Capanema, 1936 Participou em 1936, da equipe responsável pelo projeto do Ministério de Educação e Saúde do Rio de Janeiro (Palácio Gustavo Capanema), liderado por Lucio Costa, onde também pode trabalhar com Oscar Niemeyer. Ele também foi chefe da Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras e diretor do Departamento de Habitação Popular e do Departamento de Urbanismo por 30 anos até se aposentar.

Aterro do Flamengo, 1964 Reydi coordenou o projeto de urbanização do Centro do Rio de Janeiro, base para o desenvolvimento do Aterro e Parque do Flamengo em 1964. Dentre todas as suas participações na arquitetura, podemos dizer que sua maior obra é do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) -1953, a primeira obra em concreto aparente no país e uma peça fundamental da arquitetura moderna brasileira.


Museu do Amanhã, Rio de Janeiro 2015

Localizado no píer da Praça Mauá, recém revitalizada, e em frente ao MAR o Museu do Amanhã faz parte da operação urbana Porto Maravilha, lançado pela prefeitura do Rio de Janeiro em função de resgatar o patrimônio da região portuária do rio de janeiro. A zona portuária do rio a muito tempo já estava degradada, e o término da construção da perimetral na década de 70, tendo sido uma área com grande presença, e consequente influência dos povos africanos, que chegavam no Brasil.

A vinda das olimpíadas do Rio de Janeiro, e da Copa do mundo no Brasil, por sua vez trouxeram investimentos em massa para o Rio de Janeiro, principalmente aqueles que visavam aprimorar a infraestrutura urbana, com equipamentos e que visavam o paisagismo da cidade. A via perimetral que começava na praça Mauá, localização do Museu do amanhã, e chegava até a Avenida Francisco Bicalho, foi demolida para dar lugar ao projeto de reestruturação urbana do Porto Maravilha, que visava a requalificação do espaço, que já estava um tanto degradado. O conceito do projeto foi feito pelo arquiteto Santiago Calatrava, e tem sua estrutura baseada em uma espécie de bromélia encontrada no jardim botânico do rio de janeiro. O edifício teve seu projeto concluído em 2010 e sua conclusão se deu em 2015 sendo o primeiro edifício no pais a receber certificação LEED OURO o projeto prevê a reutilização de água, faz uso da iluminação natural e uso de energia gerada a partir de placas fotovoltaicas, para a execução foram utilizados principalmente matérias primas encontradas próximo a edificação, e que tivessem características não nocivas ao meio ambiente. O projeto conta com uma cobertura com balanço de aproximadamente 70m servem de abrigo ao visitante, tanto quando uma extensão do edifício que convida o público


a conhecer o local. Com sua arquitetura monumental, o edifício conta com uma estrutura metálica de cobertura de 338m de comprimento, a mesma suporta mais de 1000 aletas com painéis fotovoltaicos que ao ano produzem 247,90MWh, estas se movem em função do movimento do sol, para melhor captação. O museu se integra com a parte externa através de caixilhos que também fazem a luz do sol permear pelo museu, dimi-

nuindo o uso de luz artificial dentro do museu. O paisagismo no entorno do museu foi feito pelo escritório de Burle Marx que inseriu espécies nativas, entre elas a icônica Bromélia que faz referência ao próprio museu, como a principal fonte de inspiração do arquiteto. O paisagismo é composto ainda por grandes espelhos d’água que cercam o museu, e que refletem o mesmo, causando maior sensação de monumentalidade.

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Foto fachada posterior, Museu do Amanhã

< Foto corredor

esterno, Museu do Amanhã

v Corte e planta do Museu do Amanhã

v Foto fachada

lateral, Museu do Amanhã



Localização O museu está situado em frente a praça Mauá que acaba de passar por um projeto de revitalização, feito pelo escritório Bernardes e Jacobsen arquitetura, também responsável pela requalificação do Museu de Arte do Rio. O acesso ao museu pode ser feito de terça a domingo, das 10h ás 17h e os ingressos devem ser comprados pelo site do próprio museu e custa R$20,00 reais por pessoa, no site do museu também é possível adquirir em conjunto um ingresso que permite também o acesso ao Museu de Arte do Rio por R$30,00.

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Foto fachada frontal, Museu do Amanhã

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Foto externa, Museu do Amanhã


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Foto corredor interno, Museu do AmanhĂŁ


Santiago Calatrava 1951

No então ano de 1981, Clatrava concluí o seu doutorado na área de arquitetura, na mesma escola e passa a professor-assistente na ETH de Zurique. Calatrava chegou a construir mais de quarenta ao redor do mundo. Na Espanha, a “Ponte del Alamillo”, no Canadá, a “Ponte da Paz” e na Argente, Buenos Aires, sobre o Rio de Prata a “Punte de la Mujer”. Com obras que unem a racionalidade e a poesia, cresceu relativamente rápido, sendo que logo em 1981, abriu o seu escritório em Zurique, em 1989 outro em Paris, em 1991, em Valência e 2004 em Nova Iorque. Um dos arquitetos mais polêmicos de arquitetura contemporânea, e envolvido em uma série de casos e processos devido a falhas estruturais encontradas em seus projetos, que são caracterizados por terem uma plástica inigualá-

Nascido em Valencia na Espanha, em julho de 1951, Santiago Calatrava Valls completou sua graduação em arquitetura na escola técnica superior de arquitetura de Valencia, seguido por sua pós-graduação em Urbanismo, em 1974. Na Suíça produz uma série de estudos sobre Pontes Alpinas, quando ainda estudava engenharia civil na Eidgenössische Technische Hochschule Zürich (ETH de Zurique), onde se forma no ano de 1980. Os estudos retratados, acaba fazendo parte de um dos seus primeiros projetos como profissional.

vel, realizando feitios impressionantes em edificações ao redor do mundo. Calatrava é responsável por uma arquitetura tecnológica, introduzindo soluções dinâmicas aos projetos e compondo organizações surrealistas, inspiradas nas formas naturais. Como um engenheiro, Santiago Calatrava sempre mostrou notável técnica para as resoluções estruturais de seus projetos, de maneira a almejar altos níveis de sofisticação aos perfis estruturais e a justaposição dos materiais, pensada para a sua arquitetura. Podemos dizer que o conjunto de sua formação lhe deu grande experiência para que pudesse chegar, no que hoje é a arquitetura com linguagem de Calatrava. Sua meta é alcançada ao ponto que através de seu imenso talento, consegue unir arte, engenharia e arquitetura.


Cidade das Artes, Rio de Janeiro 2013

Localizada no encontro de duas vias principais do Rio de Janeiro, e em um novo centro de concentração de renda, a Cidade das Artes antiga cidade da Musica, foi inaugurada inicialmente em 2012 ainda em obras. Sua execução passou por períodos difíceis, tendo sido paralisada para que fossem investigados os gastos feitos com o edifício. Sua arquitetura monumental com um entorno composto principalmente de rodovias,

faz com que seja intitulado um Elefante Branco dentro da cidade do rio de janeiro. Por estar situado no encontro de duas rodovias o edifício tem difícil acesso para pedestres, sendo assim pouco movimentado. Projetado para ser sede da Orquestra Sinfonica Brasileira, o edifício teve seu projeto feito para abrigar salas de apresentação de orquestra de câmara, operas, peças de teatro e até cinema, tendo a única sala de apresentações no mundo com tais características. Seu programa foi todo levantado junto com a equipe da OSB e junto também dos responsáveis da prefeitura do rio de janeiro. Ao chegar na Cidade das Artes, já é possível se deparar com a escala monumental do edifício, que desde longe já rouba o papel das montanhas e do seu entorno, chamando atenção de quem está passando. Seu térreo completamente aberto e com pequenos rasgos nas lajes que deixa vazarem pequenos feixes de luz que compõem o paisagismo em conjunto com os desenhos feitos com pedra portuguesa e areia. Ainda no térreo é possível se encantar com o encontro das paredes que saem do chão e ajudam a compor a estrutura do edifício sustentando as lajes o encontro dessas paredes que são dotados de uma plástica que permite ao edifí-

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Foto pavimento térreo, Cidade das Artes

cio roubar a cena e se fixar no cenário urbano carioca como o monumento que é. O térreo é aberto e convidativo com grandes aberturas e uma relação de cheios e vazios que proporciona a sensação de que o edifício flutua no local, sustentado por folhas

de concreto. suas escadas são largas e acompanham a linguagem do edifício, tem linhas orgânicas assim como as duas rampas do edifício. Que percorrem curvas que levam aos andares superiores do edifício. No primeiro nível é possível acessar a bilheteria, a sala de concertos de câmara, e o

auditório principal. Este nível é dotado de grandes aberturas, que permitem ver apresentações que ocasionalmente ocorrem no térreo, e que tem um ambiente com potencial acústico projetado para tal, assim como também tem pequenos rasgos que auxiliam o conforto acústico do projeto.

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Foto escada pavimeto térreo, Cidade das Artes


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Foto pavimento tĂŠrreo, Cidade das Artes

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Foto pavimento superior, Cidade das Artes

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Foto pavimento superior, Cidade das Artes


Localização O acesso ao edifício se faz principalmente de carro, o acesso por transportes públicos é possível, mas de difícil acesso. Próximo ao edifício foi feita uma estação de BRT que apesar de estar bem conservada, devido a sua recente inauguração para as olimpíadas, as estações localizadas na Barra da Tijuca e no entorno estão subutilizadas, por ser uma área longe do centro e de difícil acesso. Para visitar o local não há necessidade de comprar ingresso, a entrada é gratuita, diariamente ocorrem apresentações de diversos tipos no local, com ingressos à venda no site, os ingressos variam de preço de acordo com o tipo de apresentação.

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Foto rampa de acesso, Cidade das Artes

< Foto detalhe da fachada, Cidade das Artes

v foto panorâmica do paisagismo, Cidade das Artes



Christian de Portzamparc 1944

Nascido em Casablanca, Marrocos em 1944, em Paris estudou na École des beaux-arts, onde concluiu seu curso em 1969. Casado com uma Brasileira, Elizabeth Portzamparc, tem dois filhos que moram no Brasil. Portzamparc é casado com uma carioca, e ama o Rio de Janeiro. Sempre está no Brasil e gosta de revezar entre Ipanema, Inhotim e Nordeste. Atualmente eles ficam temporada de 6 meses no Brasil, com um apartamento alugado em Ipanema, e os outros 6 meses ficam em Paris. Foi convidado em 2002 pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, a criar um projeto que envolvesse uma de suas paixões: A Música. A Cidade da Música, projetada por Portzamparc, ficou orçada em mais de 500 milhões, a obra ficou paralisada por 2 anos e quando retomada foi rebatizada de Cidade das Artes.

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Plantas dos pavimentos, Cidade das Artes

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Foto pavimento superior, Cidade das Artes

Christian de Portzamparc é um dos mais notáveis arquitetos contemporâneos da nossa época, responsável por obras ao redor do mundo, tendo como exemplos a Cidade da Música (atual Cidade das artes) do Rio de Janeiro, localizada na Barra da Tijuca, a Cité de la Musique em Paris na França, uma Loja conceito da Dior em Seul, dentre tantos outros. No mundo Christian é conhecido por seu amplo conhecimento em projetos de salas de concerto, tendo participado de vários projetos cujo programa de necessidades tinha como principal foco as salas de concerto. O arquiteto recebeu o prêmio Pritzker em 1994, por um conjunto de obras significativas de sua carreira, afinal, todas as obras do arquiteto são de grande impacto e com muita personalidade.


REFERÊNCIAS

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CASA DE VIDRO

ArchDaily. Em foco: Affonso Eduardo Reidy. Disponível em: <http://www. archdaily.com.br/br/775125/em-foco-affonso-eduardo-reidy>. Acesso em 01 de novembro de 2016.

ALMEIDA LIMA, Z. R. M. Valores à mostra: o legado de Lina Bo Bardi. Revista Risco, revista de pesquisa em arquitetura e urbanismo do instituto de arquitetura e urbanismo da USP. Volume 20, 2014.

MUSEU DO AMANHÃ

OLIVEIRA, O. Lina Bo Bardi: Obra Construída. São Paulo. Editora 2G Books. 2014.

Arquipélago. LEGADO ETERNO DE UM CENTENÁRIO. Disponível em: <http://arquipelago.in/?p=1092>. Acesso em 5 de novembro de 2016. SAAD, S. S. Os herdeiros de Lina Bo Bardi. Disponível em: <http://arquimuseus.arq.br/seminario2014/transferencias/_lina_bo_bardi/_lina_bo_bardi-silverio_saad.pdf>. Acesso em 5 de novembro de 2016. Enciclopédia Itaú Cultural. LINA BO BARDI. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1646/lina-bo-bardi>. Acesso em 5 de novembro de 2016. Arquitextos. A CASA DE VIDRO DE LINA BO BARDI. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.004/980>. Acesso em 5 de novembro de 2016. Archdaily. CLÁSSICOS DA ARQUITETURA: CASA DE VIDRO/ LINA BO BARDI. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-12802/classicos-da-arquitetura-casa-de-vidro-lina-bo-bardi>. Acesso em 5 de novembro de 2016. Instituto Lina Bo e P.M. Bardi. CASA DE VIDRO. Disponível em: <http://institutobardi.com.br/?page_id=11>. Acesso em 5 de novembro de 2016.

MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO

MAM: Sua história, seu patrimônio / Elizabeth Cartoia Varela (Organizadora). Rio de Janeiro: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2014. MAM RIO.Site Oficial. Disponível em: <http://mamrio.org.br/wp/museu/ apresentacao/>. Acesso em 07 de novembro de 2016.

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CIDADE DAS ARTES

ArchDaily. Museu do Amanhã de Snatiago Calatrava é eleito o melhor destino cultural da América do Sul. Disponível em: <http://www.archdaily. com.br/br/tag/santiago-calatrava>. Acesso em 17 de novembro de 2016. Snatiago Calatrava. Biography. Disponível em: <http://www.calatrava. com/biography.html>. Acesso em 17 de novembro de 2016. Santiago Calatrava. Publications. Disponível em: <http://www.calatrava. com/publications.html>. Acesso em 17 de novembro de 2016. CARVALHO, D. História da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Editora Biblioteca Carioca. 1990.


PRISMA REVISTA DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO EDITORIAL: Casa de Vidro - Lina Bo Bardi: Ana Paula Alves Mendes Mariana Nakagawa Nayara Romão da Silva Museu de Arte Moderna do RJ Affonso Eduado Reidy: Ana Paula Alves Mendes Mariana Nakagawa Nayara Romão da Silva

Museu do Amanhã - Calatrava: Eduardo Costa Lopes dos Santos Francisco Kazuo Daido Gonçalves Victor Luis Lopes Freitas Cidade das Artes - Portzamparc: Eduardo Costa Lopes dos Santos Francisco Kazuo Daido Gonçalves Victor Luis Lopes Freitas

FOTOS DO MIOLO: Ana Paula Alves Mendes Eduardo Costa Lopes dos Santos Francisco Kazuo Daido Gonçalves Mariana Nakagawa Nayara Romão da Silva Victor Luis Lopes Freitas

Novembro / 2016



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