Mídia gazeta do sul 8 04 2014

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TERÇA- FEIRA 8 de abril de 2014

Gazeta do Sul

panorama@gazetadosul.com.br Jeniffer Gularte

DO LEITOR

Pedro Garcia

pedro.garcia@gazetadosul.com.br

Max Shopping

Racismo e igualdade “NĂŁo hĂĄ saber mais ou saber menos: hĂĄ saberes diferentes.â€?

(Paulo Freire) Racismo ĂŠ um comportamento supremacista e isso nĂŁo ĂŠ do centrismo africano. Ponto.

O assunto cotas raciais sempre desperta rancores adormecidos em uma sociedade racista como a nossa. Ultimamente vejo opiniþes sobre açþes afirmativas para a comunidade negra vindo de pessoas que não convivem conosco e opinam sobre o assunto sem propriedade. Algumas delas deveriam assumir seu racismo quando tentam desorientar a comunidade negra no patÊtico esforço de reversão da discriminação racial. Deveriam estudar mais sobre cotas raciais para depois, então, expressar opinião sem rancor com argumentos pelo menos um pouco qualificados.

Comparar as mazelas do nosso povo indígena, que Ê dividido em inúmeras etnias e possui tratamento diferenciado entre todos os grupos raciais no Brasil, com a comunidade negra brasileira, que não Ê uma etnia e em sua maioria vive nas periferias urbanas, Ê pura demonstração de falta de conhecimento sobre o assunto. Ou Ê sacanagem.

Açþes afirmativas para negros não Ê coisa da atualidade, mas sim uma política de reparação histórica que segue um compasso iniciado nos Estados Unidos no calorão dos movimentos civis, na dÊcada de 1960, com o presidente John Kennedy (democrata), um dos maiores personagens da história mundial do sÊculo 20.

No Brasil, a cultura das cotas raciais iniciou com a lei 5.465, de 3 de julho de 1968, a Lei do Boi, que beneficiava os filhos dos fazendeiros brancos, com reserva de 50% de vagas em instituiçþes de ensino superior da Agricultura e Veterinåria. Essa lei foi criada no governo do presidente Costa e Silva (Arena). O presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) direcionou a política das açþes afirmativas para a comunidade negra, por meio do Grupo de Trabalho Interdisciplinar (GTI), em 1995, ano dos 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares. Depois, o presidente Luiz Inåcio Lula da Silva (PT) deu continuidade a tudo isso.

NĂŁo venham com artigo da nossa Constituição falando em igualdade, pois nĂŁo somos todos iguais coisa nenhuma e, de perto, nem gĂŞmeos sĂŁo iguais. Tranquilo na nossa sociedade ĂŠ ser homem, branco, hetero, rico e catĂłlico. Agora imaginem ser mulher, negra, lĂŠsbica, pobre e afro-umbandista (ou ateia). Tratar todas as pessoas com igualdade ĂŠ compactuar com injustiças histĂłricas. Estudem um pouco sobre a imigração no Sul do Brasil e, apĂłs, imaginem e comparem como os negros começaram a se virar no dia 14 de maio de 1888. Com diz o cantor LobĂŁo: “A favela ĂŠ a nova senzala.â€?

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Moacir Fanfa Coordenador do Centro Cultural Valeu Zumbi Envie textos, com ou sem fotos, para o e-mail leitor@gazetadosul.com.br. Não serão aceitas cartas que não contenham nome completo, CPF, endereço residencial e telefone para contato. As cartas só serão publicadas após confirmação da autoria. A Gazeta do Sul se reserva o direito de realizar uma seleção prÊvia, resumir e/ou suprimir partes antes da publicação.

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â– â– ResponsĂĄvel pelo Max Shopping Center, de Santa Cruz do Sul, o empresĂĄrio Roque Dick nega os comentĂĄrios de que o local estaria sendo vendido para um grupo de empresas.

Ressalta que Ê normal haver interessados em negociaçþes com o empreendimento, mas frisa que não houve nenhuma especulação recente.

Funcultura ■■De autoria do Executivo, o projeto de lei que cria o Fundo Municipal de Cultura (Funcultura) foi aprovado por unanimidade ontem à noite pela Câmara de Vereadores. Por meio dele a Prefeitura pretende prestar apoio financeiro, em caråter suplementar, aos projetos culturais e às obras e serviços necessårios à criação, à recuperação e à conservação dos equipamentos culturais do Departamento Municipal de Cultura. Pela lei, o Funcultura serå gerido pelo departamento, mas uma comissão serå criada para avaliar e selecionar os projetos que serão apoiados. ■■Falando em cultura, tambÊm foi aprovada a cedência do Centro de Cultura Francisco Frantz e do vagão de trem a terceiros, mediante contrato de concessão remunerada de uso. Os objetivos são atrair uma empresa para a instalação de serviço relacionado a gêneros alimentícios, como um cafÊ, e ampliar o uso do local, situado na Rua Ernesto Alves, Centro de Santa Cruz. Pela lei, a concessão deverå ter prazo måximo de cinco anos.

Ana Paula Knak/Divulgação/GS

Oficina com o Cavalo de Lata ■■O Programa Trânsito Vida promoveu uma oficina de trânsito, por meio do projeto Transformando o Lixo em Solidariedade, com integrantes da Cooperativa de Catadores de Materiais Reciclåveis (Coomcat). A atividade ocorreu no final de março, no campus da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com o uso do Cavalo de Lata, veículo em teste na cooperativa, para dar noçþes de boas pråticas e segurança no trânsito. A iniciativa teve apoio do CFC Intelligence, Kopp Tecnologia e Secretaria de Transportes e Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul.

3711-3404 8158-6099 / 8149-1203 / 9636-0776 / 8271-6691/ 9697-9857 www.imobiliariametha.com.br

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