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SÁBADO E DOMINGO 22 e 23 de dezembro de 2012
GERAL
Gazeta do Sul
SANTA CRUZ
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Protótipo para uso na coleta de materiais recicláveis começa a ser testado na próxima semana
■ ■ A Secretaria Especial
dos Direitos dos Animais (Seda), de Porto Alegre, lançou uma campanha institucional para combater o abandono de animais durante o verão. “As pessoas vão à praia e não querem mais seus animais. Além do abandono nas rodovias, as áreas verdes também servem de local preferencial para descartar cães e gatos”, diz a coordenadora de medicina veterinária da Seda, Márcia Gemerasca. A intenção é educar a população, conscientizando as pessoas sobre a adoção e a posse responsáveis. No verão passado, houve uma redução de quase 50% no abandono, segundo dados da Concessionária Triunfo/Concepa. ■
EMPREGO
■ ■ A economia brasileira gerou 46.095 postos de trabalho com carteira assinada em novembro, segundo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo de vagas veio melhor do que o esperado pelo mercado, cuja previsão era de 15 mil novos postos. Em outubro, haviam sido criados 66.988 empregos, sem ajustes, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em novembro de 2011, foram 42.735, também sem ajustes. Dentre os setores que criaram mais oportunidades formais estão o comércio, com 109.617 (+1,27% ante ao mês anterior) e os serviços, com 41.538 postos (+0,26%). ■
Cavalo de Lata avança pelas ruas Michelle Treichel michelle@gazetadosul.com.br
Rodrigo Assmann
ANIMAIS
A Cooperativa dos Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) começa a testar na próxima semana um protótipo diferenciado para coleta de materiais recicláveis na cidade. O modelo chamado Cavalo de Lata foi apresentado para a comunidade no final da tarde de quinta-feira, na Praça da Bandeira. Idealizado pelo casal Jason Duani Vargas e Ana Paula Knak, o proje-
Na tentativa de encontrar soluções para o trânsito e para os catadores e contra os maus-tratos a cavalos, ideia nasceu em 2012 to tem como objetivo desenvolver um utilitário leve, barato e de manutenção simples. A proposta do Cavalo de Lata nasceu a partir da junção de talento e paixão. Vargas é engenheiro de Produção e Ana Paula é publicitária e defensora dos animais. Na tentativa de encontrar soluções sociais para o trânsito e para os catadores e contra os maus-tratos a cavalos, a ideia do protótipo nasceu em 2012.
■ ■ Veículo
atinge velocidade de 20 quilômetros por hora e tem capacidade para transportar 350 quilos
“Conheci alguns modelos elétricos no exterior e procurei criar algo diferenciado, com identidade própria”, explica Vargas. O sonho do casal foi abraçado pela família Hoelzel, que patrocinou a causa. No contexto de um mundo
sustentável, o Cavalo de Lata procura contribuir com a inclusão social e valorização dos trabalhadores da Coomcat. Além disso, busca uma solução para o trânsito, já que a velocidade limitada possibilita mais segurança para todos. Sem a utilização de tração
animal, evita-se também acidentes com cavalos soltos nas vias públicas. O projeto ainda vai ao encontro do combate aos maustratos de equinos e em favor da saúde pública, pois a eliminação das fezes pelas ruas evita a disseminação de doenças.
Autonomia de 60 quilômetros O Cavalo de Lata é feito com aço carbono, pesa 180 quilos e tem capacidade para transportar 350 quilos. Atinge velocidade máxima de 20 quilômetros por hora, com freio a disco nas quatro rodas e suspensão a molas com amortecedor. O motor elétrico, movido por duas baterias, evita a necessidade de esforço físico, embora haja pedais para auxiliar na tração. A autonomia é de 60 quilômetros, enquanto o tempo de recarga está estimado entre seis a oito horas. Depois dos primeiros testes em Santa Cruz do Sul, que devem começar na próxima semana, a intenção é levantar o que pode ser melhorado no Cavalo de Lata para efetivar sua homologação. A produção em escala será o próximo passo. Estimase que o valor deva girar entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. “Hoje o governo federal tem condições de custear esse investimento para a cooperativa. A iniciativa privada também pode financiar a construção dos modelos”, diz.
Exemplo de Porto Alegre Na Capital gaúcha, por meio de termo de compromisso firmado entre Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul, os cavalos têm atenção especial. Os equinos resgatados, vítimas de maus-tratos ou abandono, após tratamento e identificação com microchip, podem ser adotados por entidades juridicamente reconhecidas. Entre 2010 e 2012, 227 animais foram encaminhados para adoção, segundo a Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda). O trabalho de proteção congrega várias frentes do poder público municipal. Em parceria com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Capital, a EPTC realiza blitze de fiscalização e averigua denúncias encaminhadas pelo telefone 118. ■