ANA PAULA MARRA DE SOUZA
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: UMA NOVA PERSPECTIVA
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO UNISEB TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: UMA NOVA PERSPECTIVA
AUTOR: ANA PAULA MARRA DE SOUZA ORIENTADOR: MARCELA CURY PETENUSCI
RIBEIRÃO PRETO 2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO UNISEB TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: UMA NOVA PERSPECTIVA
Caderno final de desenvolvimento do Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Estácio UniSeb da cidade de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo
RIBEIRÃO PRETO 2016
Agradecimentos, Agradeço a minha orientadora Profa. Ms. Marcela Cury Petenusci pela dedicação comigo, e com o desenvolvimento do trabalho ao longo do ano. Agradeço a todos os professores que contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho, e especialmente, pela dedicação ao longo dos cinco anos, que fez toda diferença na minha formação como Arquiteta e Urbanista. Agradeço aos meus pais, que sem eles, esse sonho não seria possível de se tornar realidade. ...
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO E OBJETIVO
FUNDAMENTAÇÃO 5 -BREVE HISTÓRICO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL -Leitura Projetual: Conjunto Habitacional de Pedregulho -HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL CONTEMPORÂNEA NO BRASIL E NO MUNDO -Leitura Projetual: Conjunto Habitacional Centre Village -Leitura Projetual: Conjunto Habitacional, Comércio e Estacionamentos -Plano de Habitação de Interesse Social -CONCEITUAÇÃO -Leitura Projetual: Casa Grelha
ÁREA DE ESTUDO
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DIRETRIZES PROJETUAIS
45 O PROJETO -Dados projetuais -Planta de Situação -Implantação -Plantas
BIBLIOGRAFIA
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APRESENTAÇÃO E OBJETIVO
A habitação de interesse social é um tema de grande relevância nos dias atuais, devido à extrema carência de moradia destinada à população de baixa renda. Graças à segregação espacial e social que o mercado imobiliário do sistema capitalista que vivemos impõe, sendo restrito às camadas de renda mais alta, e à falta de investimentos públicos na questão da habitação, cresce a produção informal, pessoas morando em assentamentos irregulares, em condições de insalubridade, como as construções em favelas, à beira de esgotos, em áreas de proteção ambiental, ou mesmo pelas ruas, como encontramos com facilidade por aí nas grandes e médias cidades, já que as pessoas precisam morar em algum lugar, seja onde for, de acordo com Ermínia Maricato (2009). Ribeirão Preto, município localizado no estado de São Paulo, uma cidade de porte médio, não escapa desse problema. O número de assentamentos irregulares vem crescendo, e inclusive, um caso de maior relevância, que pode ser citado como exemplo, é o assentamento instalado próximo ao único aeroporto da cidade, que impede o crescimento do mesmo. A favela do aeroporto já foi tentativa de remoção, e sem sucesso, por vários fatores, como a segregação sócio espacial, a falta de mobilidade, devido à localização por muitas vezes estar em áreas de urbanização não consolidada, já que o poder público busca por áreas com terras de menor valor, e à falta de equipamentos públicos como escolas e creches. Isso porque a questão da habitação ainda é tratada apenas como uma questão de moradia, e não como uma questão social, econômica e cultural. Desse modo, o projeto de um Conjunto Habitacional de Interesse Social como tema do Trabalho Final de Graduação, no município de Ribeirão Preto – SP, que incorpore valores de sustentabilidade ambiental, social e econômica, proporcionando um resgate da vizinhança, respeitando o contexto cultural, econômico e social dos usuários ao qual será destinado, tem grande relevância social e econômica, pois será produzido para a sociedade de baixa renda, possibilitando a inclusão social da mesma, já que o modo como o tema é tratado atualmente pelo governo é com total descaso, e permitirá o desenvolvimento sustentável da comunidade, oferecendo-lhes um meio de renda e apoio à vida cotidiana.
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BREVE HISTÓRICO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL
FUNDAMENTAÇÃO
No Brasil, antes o período Vargas (1930-1954), a produção habitacional era única de iniciativa privada, com forte produção de casas de aluguel, conforme relata Nabil Bonduki (1994), não havendo qualquer meio de financiamento para adquirir casa própria. Desse modo, para atender as necessidades da população, surgiram no mercado os mais variados tipos de moradias para diferentes classes sociais, com destaque à produção dos cortiços, moradias insalubres, que visavam à máxima economia de terrenos e materiais na produção, mas que era o mais acessível à massa trabalhadora, já que os preços dos aluguéis eram elevados e o governo não interferia no mercado. O Estado da República Velha julgava que a produção de moradias pelo Estado desfavoreceria o mercado imobiliário e o da construção civil, defendendo assim, o incentivo à iniciativa privada para tal produção, o que deu destaque para a construção das Vilas Operárias. As Vilas Operárias eram consideradas pelo Estado modelos à serem estimulados, pois não exigia a intervenção do poder público, já que era de iniciativa privada, garantia a salubridade, que era uma preocupação nos cortiços, e era um meio de manter os trabalhadores sobre controle (tanto no sentido ideológico, político e moral), devido sua conformidade espacial, mantendo-os sempre sob supervisão. Quando entra o período Vargas, a questão habitacional é assumida como uma questão social pelo Estado e pela sociedade. Os conjuntos habitacionais de interesse social produzidos em maior escala pelo Estado ocorrem em 1937, quando foram criadas iniciativas relevantes, como as carteiras prediais dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), e logo depois em 1946, a instituição da Fundação da Casa Popular, como formas de estimular o acesso à casa própria. A qualidade de intervenção recorrente da Casa Popular não foi tão significativa quanto à das IAPS, que gerou a primeira produção habitacional proveniente do poder público. Mas o instituto funcionava com uma reserva do retorno dos investimentos de habitações populares, que era adquirido por meio de duas formas, pelo recebimento de aluguel das moradias produzidas, ou por meio dos financiamentos de construção ou obtenção da casa própria, porém, com o valor dos alugueis congelados pela Lei do Inquilinato, e uma prestação de financiamento fixa perante a inflação alta do país, não demorou para o instituto sem retornos perdesse suas reservas, e finalizasse a produção de habitação social. Diante à crise habitacional, e ao incentivo que o governo deu, regulamentando a aquisição de lotes ou construções a prestações, surgiram novas modalidades habitacionais que elevaram o número de edificações nas periferias das grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. Essas novas formas procuravam reduzir, ou eliminar, a conta fixa mensal da moradia, por meio de autoconstruções nas periferias das cidades, que diferentemente de
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hoje, em que essas áreas estão valorizando com a chegada dos condomínios fechados, eram lotes à valores mais baixos, justamente por estarem afastados no núcleo urbano, da urbanização consolidada, desprovidos de infraestrutura urbana, ou até mesmo construções em lotes que eram irregulares, dando surgimento às favelas. A falta de infraestrutura urbana nessas áreas não foi impedimento para o crescimento do número de famílias morando nelas, como hoje vemos nas grandes cidades que estão abarrotadas de favelas, tanto até nas cidades médias, e essa situação se desenrola até os dias atuais, partindo da ação do próprio Estado mesmo, com casos em que muitos conjuntos habitacionais são “jogados” em áreas com urbanização precária. Assim, na produção do período moderno no Brasil ainda há uma ausência de preocupações sociais de modo geral nas habitações sociais. Como exceção, temos alguns destaques da década de 50, que são de extrema importância na realização arquitetônica no país, como o Conjunto Residencial de Pedregulho e da Gávea, localizados no Rio de Janeiro, projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, que demonstra claramente uma preocupação social, relacionando muito bem arquitetura e funcionalidade, e declarou sobre o projeto “A função habitar não se resume na vida de dentro de casa. Estende-se em atividades externas, compreendendo serviços e instalações complementares que proporcionam ao habitante as facilidades necessárias à vida de todo o dia...”. Pedregulho integra habitação aos serviços cotidianos, possuindo infraestrutura, equipamentos e moradia em um mesmo lugar. É uma unidade habitacional autônoma, provida dos serviços comuns necessários as atividades diárias de seus habitantes, contando com lavanderia coletiva, serviços públicos, centros comerciais, jardim-de-infância, maternal, berçário, escola primária, quadras esportivas, ginásios, piscina, centro sanitário. O programa do conjunto foi estabelecido após levantamento das condições existentes do local e censo dos futuros moradores, tudo foi planejado para o maior conforto das famílias, ou seja, respeitou contexto social, econômico e cultural dos futuros moradores. No complexo, cada edifício é definido por um volume simples, onde a forma indica a diferença de funções, sendo articulados entre si, gerando relações espaciais que potencializam espaços não edificado. Neste projeto houve uma enorme preocupação com a qualidade de vida dos moradores, como proporcionar uma vista agradável dos apartamentos, ou um contato próximo com a arte também, inserindo painéis de Burle Marx e Candido Portinari.
CONJUNTO HABITACIONAL DE PEDREGULHO Objeto de leitura: Conjunto Habitacional para populçao de baixa renda Nome da obra: Conjunto Habitacional Prefeito Mendes de Moraes - “Pedregulho” Autor: Affonso Eduardo Reidy Ano do projeto: 1947 Ano de construção: 1947 - 1952
FUNDAMENTAÇÃO
Local: bairro industrial de São Cristóvão, Rio de Janeiro, Brasil
Foi projetado com a finalidade de abrigar funcionários públicos de baixa renda, sendo assim, localizado à prefeitura, próximo trabalho, e de grandes vias de circulação, transporte. Sua principal característica é
integrar moradia aos serviços cotidianos, o con-
ceito da ‘rua’ (infraestrutura), da ‘escola’ (equipamento), e da ‘casa’ (habitação). Imagem 1: Bloco de apartamentos A. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulhoaffonso-eduardo-reidy.
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O PROGRAMA
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2 2 7 6 13’
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9 14 10 Rua Cap. Felix
Imagem 2: Implantação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy editado pela autora. Legenda: 1 - Bloco de apartamentos A 2 - Bloco de apartamentos B 3 - Bloco de apartamentos C 4 - Escola primária 5 - Ginásio 6 - Piscina 7 - Vestiários
8 - Centro de saúde 9 - Lavanderia 10 - Mercado de comércio 11 - Playground 12 - Creche 13 - Passagem subterrânea 14 - Edifícios públicos
O programa do conjunto conta com equipamentos de apoio à vida cotidiana dos moradores, para que seja viável a permanência deles no local, com toda infraestrutura necessária para isso, incluindo serviços, lazer e esporte, até educação e saúde. Os únicos blocos que não foram construídos foi o Bloco de apartamentos C, e a passagem subterrânea, todo o resto do complexo foi construído. OS APARTAMENTOS BLOCO A
A
B
Imagem 3: Apartamentos duplex de 2 dormitórios. Fonte: http://pt.slideshare.net/mdtrindade/ed-pedregulho-affonso, editado pela autora
Legenda: A - Pavimento inferior B - Pavimento superior 1 - Corredor de acesso 2 - Cozinha 3 - Sala de estar/jantar 4 - Banheiro 5 - Dormitório
FUNDAMENTAÇÃO
O bloco A possui 260m de extensão, 7 pavimentos, contendo 272 apartamentos, com diferentes tipologias, com duplex de 2 e 1 dormitórios, e simples de 1 dormitório. As plantas são resolvidas a partir de um programa universal, com espaços minimos, sendo adquavel ao uso de cada morador, seguindo o conceito da “máquina de morar”, de Le Corbusier.
Área molhada Área social Área íntima Circulação Circulação vertical
Os apartamentos foram projetados com espaços bem racionalizados, para incentivar assim, o uso das áreas externas, oferecidas pelo complexo.
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Em 1964 foi criado o BNH, Banco Nacional de Habitação, com a intenção de produzir habitações em massa para atender à crise habitacional que só vinha crescendo, por meio de financiamentos, e também, criar empregos vinculados ao setor da construção. A construção de conjuntos habitacionais teve crescimento considerável, importante para cessar um pouco da carência do mercado, principalmente nas grandes cidades, apesar de ter grande enfoque nas camadas de renda média e alta. Mas, com o agravamento da crise econômica no país, a inflação em alta, o Banco fechou em 1986, repassando suas atribuições para a Caixa Econômica Federal. Porém, a Caixa não atuava em programas habitacionais, sendo assim, até 1989, o país permaneceu sem nenhuma política habitacional, o que contribuiu ainda mais para o crescimento periférico das cidades, e das favelas, como já dito anteriormente, os números de edificações informais só cresciam. Já mais recentemente, em 2009, foi criada a maior ação do governo para tentar superar o déficit habitacional, o Programa Minha Casa Minha Vida, uma parceria do Governo Federal com a Caixa Econômica Federal, que tem como objetivo incentivar a produção e a aquisição de habitações para famílias de baixa renda, estimulando o investimento no setor da construção, e consequentemente, a criação de empregos. Este programa perdura até os dias atuais, com forte produção habitacional, ainda que do seu modo, é melhor que nada. Mas toda a produção nunca foi suficiente para a real demanda da sociedade do país, e de acordo com Ermínia, “não há como responder às demandas de moradia da população de baixa renda (ainda que hipoteticamente exista interesse governamental) se o mercado não responde às necessidades da classe média” (MARICATO, Ermínia, 2009, p. 37) afirmando que o mercado privado não consegue nem anteder à população de classe média, sendo comum famílias de classe média morando nas favelas, além de que a questão habitacional é tratada apenas como quantidade, e não como qualidade, não atendendo às necessidades dos moradores, nem respeitando o contexto cultural, social e econômico deles, ignorando assim outros fatores que são essenciais na produção para cessar a carência habitacional.
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL CONTEMPORÂNEA NO BRASIL E NO MUNDO
Imagem 4: Habitações do MCMV. Fonte: http://www.minhavidaminhacasa.com/inscricao-go-minha-casa-minha-vida-2015
Imagem 5: Habitações do MCMV. Fonte: http://politicabahia.com/pf-faz-operacao-na-bahia-para-combater-fraude-de-r-220-milhoes-no-minha-casa-mi nha-vida/.
FUNDAMENTAÇÃO
Atualmente, a produção de habitação de interesse social no Brasil se dá por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, com financiamento pela Caixa Econômica Federal (CEF). Os projetos podem ser privados em parceria ou não com o estado/município, entre outros, sendo analisado pela CEF, com algumas regras (de valor nacional) à serem cumpridas, como funcionalidade e segurança do projeto arquitetônico, avaliação do valor de mercado, entre outros itens. Há uma enorme crítica sobre o programa, que é o padrão de morar que ela implica ao espaço físico, sendo o mesmo padrão para os moradores de todas as regiões do país. A unidade habitacional segue o modelo de necessidades universais, o que é ultrapassado nos dias de hoje, pois além de existirem culturas e modos diferentes de viver nas várias regiões do país, o conceito de família nuclear já não existe mais, hoje, existem famílias de diversas conformidades, com diferentes modos de viver. Essa “repetição” do modelo europeu do séc. XX já não se adequa aos dias atuais, mas mesmo assim, continua sendo reproduzido, tornando a produção formal de moradia social apenas uma repetição de modelos, com soluções ultrapassadas, sem contar que nas regras impostas pela CEF, não há nenhuma no que diz respeito ao projeto do espaço comum, permitindo que o espaço público seja apenas um “exterior”, e não pensado como uma extensão da habitação, enclausurando assim os moradores dentro de suas casas. Ainda há uma crítica sobre se a modalidade da casa própria seria o melhor para a população de baixa renda, e que outras modalidades, como o aluguel deveriam ser oferecidos à essa população, que muitas vezes, não tem emprego e nem renda permanentes, pois ter direito à moradia não significa necessariamente ter casa própria, como afirma Raquel Rolnik em entrevista (2009).
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Como um exemplo de produção habitacional contemporânea diferenciado, temos na Inglaterra uma associação habitacional sem fins lucrativos, a A Maritime Housing Association, com um enorme estoque de habitações, que atua na região noroeste, em parceria com o setor público, privado ou comunitário, produzindo casas de aluguel para população de baixa renda. Sua produção vai além de apenas a casa para morar, há toda uma preocupação em garantir o desenvolvimento sustentável da comunidade que atua, atendendo as necessidades econômicas e sociais dos usuários, garantindo o acesso de todos ao lazer, educação, cultura e emprego, com empreendimentos de uso múltiplo, defendendo a qualidade de vida e o acesso à cidade. No Canadá, uma produção recente de um pequeno conjunto habitacional também pode ser destacada, o Centre Village, da 5468796 Architecture e Cohlmeyer Architecture Limited. O conjunto é um micro-vila que busca que resgatar as relações de vizinhança, incentivar as relações sociais entre os moradores, e relação entre a cidade como extensão da habitação, por meio de criação de mais espaços públicos e menos espaços privados, com pátios internos e acesso livre ao público. Além de sua preocupação estética, dando destaque a arquitetura do conjunto.
CONJUNTO HABITACIONAL CENTRE VILLAGE Objeto de leitura: Conjunto habitacional para população de baixa renda Nome da obra: CENTRE VILLAGE Autor: 5468796 Architecture e Cohlmeyer Architecture Limited Ano do projeto: 2010 Local: Winnipeg, MB, Canadá - Ruas Balmoral St e Kennedy St Terreno: 6 lotes / Área edificada: não encontrado Número de pavimentos: 3 / Sistema construtivo: concreto
O projeto foi implantado em um vazio urbano de um bairro degrado, mas com urbanização já consolidada, a fim de revitalizar o local, resgatando também o conceito de vizinhança.
FUNDAMENTAÇÃO
Imagem 6: Fachada principal. Fonte: http://www.archdail y . c o m . b r / 1 2 7 0 9 1 / c e n t r e - v i l lage-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-architecture-li mited.
O projeto residencial é uma micro-vila de 25 unidades de habitação, encomendado por uma cooperativa que atende famílias de baixa renda, ajudando na revitalização de bairros degradados, como este em que foi inserido. A intenção era trazer o conceito de comunidade para o cotidiano dos moradores, fazendo que o espaço público fosse um espaço de convívio social, uma extensão da habitação, por isso, entre as habitações foram deixados espaços públicos permeáveis, com pátios internos, que também permitiu um maior conforto ambiental ao projeto. Para que os espaços livres fossem possíveis, os arquitetos utilizaram de tamanhos mínimos de cômodos, mas suficientes para viver, com módulos que se repetem, verticalizando-os em 3 pavimentos, e distribuindo-os pelo terreno, que conta com 6 lotes.
Imagem 7: Croqui de estudo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/127091/centre-village-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-arc hitecture-limited.
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Parte do lote que em que foi implantado possui acesso pelos dois lados da rua do quarteirão, e a escolha dos arquitetos foi fazer desta área permeável, de uma lado para outro, com acesso livre ao público.
Legenda: Privado Semiprivado Público
Na parte do lote que não tem conexão com o outro lado da rua, os blocos dos edifícios foram dispostos de modo a deixar um pátio interno, um espaço semiprivado, que tem acesso livre também, porém, é mais reservado aos moradores. Imagem 8: Implantação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/127091/centre-village-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-arc hitecture-limited, editado pela autora.
O lote que possui conexão com os dois lados da rua, lado esquerdo, possui acesso livre de pedestres e também para veículos dos moradores, com amplo espaço, convidativo para a passagem de pessoas. Já a outra parte do lote que possui lado para apenas uma rua, o acesso é somente para pedestres, sendo livre, sem barreiras, porém, mais estreito, o que é restritivo, fazendo dessa área menos permeável que a outra com amplo acesso.
ACESSOS Legenda: Pedestres e veículos Pedestres
Imagem 9: Implantação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/127091/centre-village-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-a rchitecture-limited, editado pela autora.
FUNDAMENTAÇÃO
Imagem 10: Fachada rua Balmoral St. Fonte: http://www.e-architect.co.uk/canada/centre-village-winnipeg, editado pela autora.
Os módulos compactos empilhados foi o que permitiu que sobrasse mais espaço livre para área externa, evitando assim também um único bloco maciço. Na foto acima observa-se a repetição dos mesmos. O destaque fica por conta das janelas com molduras laranjas, dispostas “desorganizadamente”, diferenciando o conjunto entre as construções existentes, e assim como os módulos, observa-se a repetição delas.
Imagem 11: Repetição das janelas. Fonte: http://www.archd a i l y . c o m . b r / 1 2 7 0 9 1 / c e n t r e - v i l lage-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-architecture -limited, editadp pela autora.
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OS APARTAMENTOS
Os apartamentos podem ser encontrados em diversos tamanhos, de 35m², possuindo apenas 1 dormitório, até o de 81m², com quatro dormitórios, atendendo os diferentes tipos de famílias. Cada unidade é feita a partir da junção de módulos compactos de 2,40x3,60m, e de 4,25x3,60m, mais amplo, que fica em balanço, permitindo uma vista mais ampla. A imagem ao lado mostra os diversos modos de empilhamento dos módulos, gerando diversas configurações espaciais. Imagem 12: Empilhamento dos módulos. Fonte: . http://www.archdaily.com.br/127091/centre-village-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-ar chitecture-limited.
Imagem 13: Plantas. Fonte: http://www.archdaily.com.br/127091/centre-village-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-architecture-limited, editado pela autora. Legenda:
Acesso Vertical externo
O acesso às unidades se por dois modos, pelo térreo, ou por uma escada externa individual, quando a unidade se encontra no segundo pavimento, não havendo nenhuma cobertura. Não há elevadores, o único modo de circulação vertical são as escadas estreitas, tanto interna, quanto externamente. As diferentes configurações dos apartamentos estão misturadas em sua distribuição, não havendo qualquer separação por tipo, o que reforça a ideia de sociabilidade do projeto.
O tamanho mínimo dos apartamentos incentiva à sustentabilidade, pois sendo menores, se consome menos energia e se gera menos resíduos, defendem os arquitetos. Além do mais, todos são bem iluminados e ventilados, graças ao espaço livre externo que foi gerado. Com os cômodos de tamanhos extremamente reduzidos, predomina a verticalidade, por meio de empilhamento, portanto, o fluxo predominante é vertical, por meio das escadas internas, já que em um mesmo pavimento se encontram no máximo dois cômodos.
FUNDAMENTAÇÃO
O modo de acesso às unidades que estão no segundo pavimento é por meio de uma escada externa, sem cobertura alguma. A escada é estreita, e de um material diferente do edifício, recebendo assim um des-
taque visual.
Imagem 14: Escada. Fonte: h t t p : / / w w w . a r c h d a i ly.com.br/127091/centre-village-slash-5468796-architecture-plu s-cohlmeyer-architecture-limited, editado pela autora.
Na Espanha, o grupo ONL projetou um interessante conjunto habitacional privado para repor habitações que foram desapropriados. Além das habitações, o conjunto conta com comércios no pavimento térreo, e uma área de lazer voltada para o interior do edifício, mas aberta ao público, gerando um espaço de sociabilidade. 17
CONJUNTO HABITACIONAL, COMÉRCIO E ESTACIONAMENTOS Objeto de leitura: Conjunto multifuncional privado Nome da obra: Bloco 60 casas, lojas e estacionamento Autor: ONL arquitectura - Joan Nogué , Txema Onzain , Félix López Ano do projeto: 2008 - 2009 Local: c/ Ciències 10-18, l'Hospitalet de Llobregat, Barcelona, Espanha Área edificada: 10,613.17 m² Número de pavimentos: 5 / Sistema construtivo: estrutura metálica
Imagem 15: Fachada interna. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura.
O projeto foi implantado em um bairro para repor uma habitação que foi desapropriada. O conjunto conta com comércios e estacionamento, além das moradias, incorporando estética à funcionalidade.
FUNDAMENTAÇÃO
O projeto multifuncional é um conjunto que possui além das moradias, comércio e estacionamento. Foi encomendado repor o número de habitações do local que foram desapropriadas, para que houvesse a ampliação de um Equipamento Ferial, com inserção de pavilhões. O projeto procurou gerar um espaço protegido entre os pavilhões e o bloco do edifício, para que fosse usado pela comunidade com segurança, gerando assim um espaço de sociabilidade.
Imagem 16: Fachada principal. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitaciona l c o m e r IMPLANTAÇÃO cio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura. IMPLANTAÇÃO Legenda: Privado Semiprivado Público
Imagem 17: Implantação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela autora. Implantação. Fonte: Archdaily, editado pela autora.
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O acesso ao lote não possui barreiras físicas para não moradores, portanto, qualquer um tem acesso. O bloco do edifício foi colocado de modo a formar uma barreira para o espaço interno, tornando-o uma praça semiprivado, pois mesmo sendo público, ficou mais reservado aos moradores. O playground instalado nessa praça interna reforça a ideia de sociabilidade. Imagem 18: Praça interna. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura.
Legenda: Recreação e permanência Permanência Passagem Acessos ao lote
Imagem 19: Implantação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela autora.
Imagem 20: Praça interna. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela autora.
diferenciação
Os espaços com diferentes funções foram diferenciados por meio da cor dos pisos, como no caso na área de recreação, ou por elementos físicos, como a área de passagem.
O EDIFÍCIO
Legenda: Zona de descanso
A distribuição dos usos no edifício habitacional é relacioZona de estar nada ao uso do espaço no solo, interferindo assim também Semiprivado na sua estética. Público As zonas de descanso, como quartos, foram disposta para a rua, desse modo, como uma barreira, sua fachada é maciça, evitando muito contato entre rua e interior. Já a zona de estar, foi disposta para a praça interior, um lugar Imagem 21: Implantação. Fonte: http://www.archdai- mais tranquilo e privado, ly.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela assim, sua fachada é leve e vazada, aberta para o exterior. 21 autora.
FUNDAMENTAÇÃO
Pintura para dos espaços
HABITAÇÃO COMÉRCIO
Imagem 22: Fachada externa. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela autora.
O comércio fica em toda a base do edifício, no pavimento térreo, com acesso somente pela face exterior, da rua. Em cima, 5 blocos separados por um vão de 3m entre cada, ficam as habitações, contando com 4 andares. A separação dos blocos fornece um ritmo à fachada.
Imagem 23: Elevação interna. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela autora.
Imagem 24: Fachada externa. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitec tura.
A fachada exterior é maciça, de uma única cor, neutra, ficando quase imperceptível na paisagem, a não ser pelo seu material, metálico, que a diferencia, dando-a elegância e destacando-a.
OS APARTAMENTOS
Legenda:
apartamentos
FUNDAMENTAÇÃO
Imagem 25: Fachada interna. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitac i o n a l - c o m e r cio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura.
A fachada interior é leve e vazada. O fechamento das sacadas se dá por painéis metálicos vazados corrediços, ou seja, que podem se deslocar, permitindo diferentes configurações ao edifício ao longo do dia e das estações do ano. O destaque se dá pelo colorido das paredes atrás dos painéis, conferindo um ar ainda mais leve ao projeto, diferenciando-o da paisagem, e de sua fachada exterior. varanda
Imagem 26. Planta pav. tipo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela autora.
Os apartamentos ficam dispostos em cinco blocos separados na face exterior, contendo 3 apartamentos por bloco. Na face interior são ligados pela varanda, porém, a varanda é individual, não há circulação entre um apartamento e outro. Todos os apartamentos possuem sua área de estar na face interna, porém, nem todos encostam na face externa. Possuem tamanhos e configurações diferentes, facilitando atender assim às necessidades de cada usuário. fachada externa Legenda:
fachada interna
Imagem 27. Planta pav. tipo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura, editado pela autora.
Apartamento 1
Cozinha
Apartamento 2
Estar
Apartamento 3
Varanda
Dormitórios Banheiros
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O Ministério das Cidades possui um manual de orientação para elaboração de Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS), no qual cada município deve elaborar o seu de acordo com as especificidades e demandas do local, mostrando o diagnóstico da situação habitacional, quais são os programas em desenvolvimento e então as estratégias de ação. O PLHIS do município de Ribeirão Preto possui dados até o ano de 2008/2010, sendo assim, já está um pouco desatualizado. De acordo com os dados de 2010 do cadastro habitacional da Cohab (que também atua pelo programa Minha Casa, Minha Vida), tem-se que 88% dos 67.602 inscritos possuem renda de 0 à 3 salários mínimos, e que 38% tem como condição de moradia o aluguel, e 40% outros. Até essa data, os Programas Habitacionais em Desenvolvimento na cidade eram o “Carta de Crédito Associativo” que como fonte de recursos utiliza o FGTS, o “Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, que tem como fonte o Governo Federal, que libera financiamentos por órgãos como Caixa Federal e COHAB, e o Governo do Estado, com fonte do SEHAB E CDHU, tendo como o mais atuante o Programa MCMV, seguido pelo Governo do Estado. (PLANO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE RIBEIRÃO PRETO, 2010) O programa Minha Casa, Minha Vida produz habitações tanto horizontais, como verticais, e na maioria, aqui na cidade, a produção é feita por empresas privadas (que visam o lucro, já que hoje a procura pela casa própria tem uma grande demanda, mesmo que nas classes mais pobres), que tem como fonte o Governo Federal, o que permite as classes mais pobres adquirirem a casa própria com financiamento. O problema é que essas empresas privadas que visam somente o lucro, cumprem apenas os mínimos dos requisitos para se adequarem ao programa, utilizando de matérias e técnicas construtivas de baixa qualidade, com plantas “padrões”, sem nenhuma preocupação de funcionalidade, conforto ou estética, gerando assim espaços apertados, perdidos e desconfortáveis, podendo-os comparar à uma “caixa-estufa”, e com muitos problemas construtivos. O MCMV atinge o público com faixas de renda entre 0 a 10 salários mínimos, tendo este que se enquadrar nos pré-requisitos estabelecidos pelo programa.
CONCEITUAÇÃO SUSTENTABILIDADE No dicionário, a palavra “sustentabilidade” significa sustentar, conservar ou favorecer algo ou alguém. Na prática, sustentabilidade se aplica a capacidade que um indivíduo e suas ações tem de se manter em um ambiente sem causar impactos a ele.
A sustentabilidade possui três pilares em que está apoiada, o social, econômico, e o ambiental, que deve ser a sua base, havendo uma integração equilibrada entre os três, ou seja, está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico, social e cultural, e não somente ao ambiental. Mas sustentabilidade é diferente de desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade pode-se entender como um valor, que é aplicado à uma política, e o desenvolvimento sustentável, é o resultado provocado por ações de políticas sustentáveis, de acordo com Isabel Oliveira, Marcelo Montaño, e Marcelo Souza (2009). DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O desenvolvimento sustentável é uma proposta que buscar conciliar o desenvolvimento econômico e as necessidades sociais, que são de processos temporais curtos, à conservação ambiental, que atinge uma escala temporal maior, equilibrando assim os impactos das ações humanas sobre a natureza, ou seja, é um conceito de desenvolvimento que busca alcançar as necessidades atuais da sociedade, sem comprometer as gerações futuras. Isabel Oliveira, Marcelo Montaño, e Marcelo Souza (2009, p. 7-8), afirmam que “o desenvolvimento sustentável tem sido construído em torno de um processo de desenvolvimento que objetiva um crescimento econômico estável com distribuição equitativa de renda, com melhoria das condições de vida da população como um todo, respeitando os limites estabelecidos pelas condições biofísicas e sócio-culturais dos diversos locais.” O desenvolvimento sustentável aplicado na sociedade visa oferecer suporte para que a mesma consiga se manter, sustentar e continuar no ambiente em que vive, como por exemplo em programas educacionais, ou que ensinam algum ofício, como em artesanatos por exemplo, para que a pessoa possa ter um trabalho, se sustentar, ou seja, são programas, atividades, voltados ao bem-estar social, acompanhando o desenvolvimento econômico 25
FUNDAMENTAÇÃO
Pode-se definir que o termo sustentável se aplica a tudo que conseguimos realizar, produzir, sem agredir ao meio ambiente, mesmo que explorando seus recursos naturais, garantido assim, a conservação do ambiente à longo prazo para uso das gerações futuras.
dessa sociedade. O conceito de sustentabilidade aplicado à arquitetura visa diminuir ao máximo o impacto da construção causado ao meio ambiente. Através da racionalização da construção, pode-se diminuir os resíduos gerados, como também utilizar dos próprios meios naturais para diminuir os impactos ambientais dos processos de produção de materiais. No que se refere ao uso de energias tanto para o processo de obra como para o funcionamento e uso dos espaços propostos, pode ser implantado um próprio sistema de captação de energia solar na construção, diminuindo assim o uso de energia advindos do sistema hidrelétrico (que causa grande impacto ambiental). Pode-se também implantar sistemas de reaproveitamento de águas pluviais e de uso da casa, evitando assim o desperdício de água, e várias outras formas de aplicação da sustentabilidade. SISTEMAS CONSTRUTIVOS Para realização de um projeto sustentável, a escolha do sistema construtivo é de extrema importância para tal qualificação, já que a construção civil gera muitos resíduos, e consequentemente, grande impacto no meio ambiente. Para isso, materiais e métodos que gerem a menor quantidade de resíduos possíveis, que são de fácil acesso economicamente, ajudem no conforto ambiental, e se enquadrem em um projeto flexível, serão priorizados para utilização no projeto. Alguns exemplos serão apresentados a seguir. FORMAS RECICLÁVEIS PARA ESTRUTURAS
São formas de papelão (concretubos) para estuturas, 100% recicláveis, e não necessitam de impermeabilização. Imagem 28: Forma reciclável. Fonte: http://sustentarqui.com.br/produtos/formas-reciclaveis-para-estruturas/.
BLOCO ESTRUTURAL DE REJEITO DE MINÉRIO DE FERRO
BLOCO DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO Os blocos são produzidos com uma mistura de cimento, cal, areia, água e pó de alumínio. Possui 20% apenas do peso do concreto armado, assim, economizando no transporte, na estrutura e na fundação, o que faz com que gere menos resíduos do que uma alvenaria comum. É isolante acústico e térmico, reduzindo assim o consumo de energia com climatização, além de apresentar facilidade na instalação elétrica e hidráulica.
FUNDAMENTAÇÃO
Imagem 29: Bloco estrutural. Fonte: http://sustentarqui.com.br/produtos/bloco-estrutural-de-rejeito-de-minerio-de-ferro/.
São blocos feitos com rejeitos de minérios de ferro, possuindo função estrutural devido à sua alta resistência à compressão. O material (rejeito de minério de ferro) é encontrado em abundância em barragens de mineração de ferro, e sua reutilização contribui para o meio ambiente, sendo utilizado um pouco de cimento, mas em uma proporção de 10% contra 90% de rejeito.
Imagem 30: Bloco. Fonte: http://www.construp o r . c o m . b r / i n d e x .php?p=item2-1.
SISTEMA WOOD FRAME O sistema utiliza de materiais renováveis, é de rápida execução, reduz em 85% os resíduos da obra, proporciona alta segurança aos trabalhadores no canteiro de obras e é aprovado pelo programa Minha Casa Minha Vida, com uma alta qualidade acústica e térmica, reduzImagem 31: Sistema Wood Frame. Fonte: http://- indo assim o uso de climatizadores. sustentarqui.com.br/produtos/sistema-construtivo-woodframe/.
27
SISTEMA CONSTRUTIVO EM EPS
Imagem 32: Sistema EPS. Fonte: http://sustentarqui.com.br/produtos/sistema-construtivo-em-eps/.
O sistema utiliza muito menos ferro e cimento que um sistema convencional, reduzindo assim o impacto ambiental causado pelos processos de extração e produção. Sua montagem gera poucos resíduos, e o pouco que é gerado é 100% reaproveitável. Por ser leve facilita o transporte, e apresenta também facilidade nas instalações elétrica e hidráulica, sendo também um bom acústico e térmico, reduzindo o uso de climatizadores.
SISTEMAS ECOLÓGICOS Da mesma que os sistemas construtivos, os sistemas que contemplam a diminuição de gastos energéticos para uso dos espaços propostos devem ser incorporados a propostas de arquitetura sustentável, conforme exemplos apresentados a seguir. TRATAMENTO DE ESGOTO
Imagem 33: Ecofossa. Fonte: http://sustentarqui.com.br/produtos/ecofossa/.
A ecofossa é um sistema ecológico de tratamento de esgoto que pode implantado em projeto residenciais, que não utiliza energia elétrica e nem produtos químicos, apenas um reator que maximiza as ações de bactérias que produzem a reação. Depois de tratada, a água inócua é devolvida ao solo, sendo rica em nutrientes, pode ser usada para irrigação e adubação, sem causar nenhum problema de poluição ao lençol freático. Esse sistema é ótimo para ser usado por exemplo em um conjunto habitacional, onde o fluxo de esgoto é grande, e com o tratamento, reduz o impacto ambiental, devolvendo a água limpa para seu ciclo natural, além de ajudar na irrigação de uma horta comunitária, por exemplo. A reutilização de água de chuva consiste em filtrar a água da chuva que escorre pela calha e vai para o reservatório, devolvendo-a para consumo. Porém, ela não é potável, portanto seu uso deve ser feito somente para descargas, lavar roupas e chão, e irrigação de plantas. O reaproveitamento da água de chuva pode reduzir até 50% o consumo de água da casa, que além de contribuir para o meio ambiente, ajuda a reduzir os gastos com o abastecimento.
FUNDAMENTAÇÃO
CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA
Imagem 34: Sistema de captação de água. Fonte: http://gtres.ind.br/reaproveitar-agua-da-chuva/.
PAINEL SOLAR FOTOVOLTAICO Esse sistema permite a transformação de energia solar em energia elétrica limpa, e em um local com grande exposição ao sol como o que vivemos, a geração é grande, podendo ser até distribuído para a rede o que sobra, fazendo com que os moradores economizem na conta de luz, além de contribuir para o meio ambiente, já que os sistemas de geração de energia utilizados atualmente agridem o meio ambiente.
Imagem 35: Painel solar. Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Rev i s t a / C o m mon/0,,EMI334255-17770,00-COMPENS A+INSTALAR+UM+PAINEL+SOLAR.html.
29
REFERÊNCIAS PROJETUAIS BAIRRO SCHLIERBERG EM FRIBURGO, NA ALEMANHA, COM PAINÉIS SOLARES O escritório do arquiteto alemão Rolf Disch concebeu um projeto que conta com 60 habitações para o bairro, e em cada uma foi instalado um painel solar fotovoltaico, que produz energia a partir do sol, e ainda distribui para a rede da cidade o que sobra. O conjunto chega a produzir cerca de quatro vezes mais energia do que consome, desse modo, contribui para a preservação do meio ambiente, já Imagem 36: Bairro Schlierberg. Fonte: http://w- que por ser uma fonte de energia limpa, sendo ww.archdaily.com.br/br/778147/schlier- evitado o consumo de duzentos mil litros de b e r g o b a i r - petróleo e a emissão de quinhentas toneladas ro-alemao-que-produz-quatro-vezes-mais-ener de CO2 na atmosfera por ano, advindos do gia-que-consome-com-paineis-solares. processo de extração e produção de energia. SHOPPING EM SÃO PAULO, NO BRASIL, COM HORTA COMPOSTEIRA O shopping Eldorado em São Paulo implantou em sua cobertura uma horta composteira, utilizando como adubo o resíduo dos alimentos gerados na praça de alimentação do próprio shopping, que serve mais de dez mil refeições por dia. A produção da horta é utilizada na cozinha dos restaurantes do shopping, e a colheita pode ser levada para casa pelos funcionários. O sistema capta a água da chuva que depois é utilizada nos banheiros do local, além de reutilizar mais de cem mil litros de água dos climatizadores. Além de tudo, a horta, por estar na cobertura, é um excelente isolante térmico, fazendo com que o shopping economize no consumo de energia.
Imagem 37: Horta da cobertura. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/782874/shopp i n g - d e - s a o - p a u lo-vence-premio-de-sustentabilidade-com-hor ta-e-composteira-em-sua-cobertura.
HOTEL I-SLEEP EM ZARAGOZZA, NA ESPANHA, COM CONFORTO AMBIENTAL
FUNDAMENTAÇÃO
O hotel, entre várias de seus atributos, possui no teto uma claraboia, que além de oferecer iluminação natural, possui entrada para ventilação natural, fazendo com que no verão o ar quente saia e no inverno o ar quente não saia, deste modo, economizando com luz e climatizadores. Foram utilizados também brises na fachada que recebe maior incidência de luz solar, impedindo os raios solares diretos, amenizando assim a temperatura interna. Imagem 38: Esquema de troca de ar no verão. Fonte: h t t p s : / / p r o y e c t o s 4 e t s a . w o r d p r e s s . c o m / 2 0 1 2 / 0 1 / 2 8 / h otel-i-sleep-ao-luis-de-garrido-zaragoza-2008/.
Imagem 39: Esquema de troca de ar no inverno. Fonte: h t t p s : / / p r o y e c t o s 4 e t s a . w o r d p r e s s . c o m / 2 0 1 2 / 0 1 / 2 8 / h otel-i-sleep-ao-luis-de-garrido-zaragoza-2008/.
31
CASA GRELHA Objeto de leitura: Habitação Nome da obra: Casa Grelha Autor: FGMF Arquitetos, Fernando Forte, Lourenço Gimenes and Rodrigo Marcondes Ferraz Ano do projeto: 2008 - 2009 Local: Mantiqueira Mountains - Minas Gerais, Brasil Área : 3123.0 m² Número de pavimentos: 2 / Sistema construtivo: estrutura em madeira
Imagem 40: Casa Grelha. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-18458/casa-grelha-fgmf.
O projeto foi implantado em um local de mata virgem, elevado do solo sob uma estrutura de madeira modular, como uma grelha, que cria núcleos e caminhos conectados.
A grelha foi situada em um vale, dando acesso à pedestres tanto por cima, sendo uma continuidade do terreno, como por baixo da casa ou seu meio. A estrutura em algumas parte é ocupada por ambientes fechados, e em algumas ambientes meio ou totalmente vazados, o que permite maior contato com a área externa e a vegetação local, garantindo assim também maior conforto ambiental ao projeto.
Imagem 42: Circulação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-18458/casa-grelha-fgmf/5745515be58ece858d000001-casa-grelha-fgmfcasa-principal-diagramas-sustentabilidade Legenda:
FUNDAMENTAÇÃO
Imagem 41: Casa Grelha. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-18458/casa-grelha-fgmf/57455333e58ece0d2800000e-casa-grelha-fgmf-foto
Imagem 43: Usos. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-18458/casa-grelha-fgmf/5745515be58ece858d000001-casa-grelha-fg mf-casa-principal-diagramas-sustentabilidade Legenda: social+serviços+casal
passagem sob a grelha
filhos
passagem através da grelha
deck+pergola+cobertura de vidro
passagem sobre a grelha
deck+cobertura retrátil
33
Imagem 44: Corte Longitudinal. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-18458/casa-grelha-fgmf/574551b7e58ece0d28000004-casa-grelha-fgmf-casa-principal-corte-longitudinal, editado pela autora. A disposição dos ambientes criam espaços Legenda: vazio cheio
cheios e vazios na grelha, o que favorece o conforto térmico, e a permeabilidade visual, que permite melhor visualização da bela vista do local.
0
1km
ÁREA DE ESTUDO
O terreno escolhido para o projeto se localiza na zona norte do município de Ribeirão Preto - SP, em uma área de urbanização já consolidada do bairro Campos Elíseos. O bairro está na zona de uso misto, inclusive o terreno, contendo algumas áreas na zona de interesse social, necessitando de requalificação em vários pontos. A ocupação da área é intensa, mas a densidade populacional é média.
N
Imagem 45: Localização do terreno no mapa de Ribeirão Preto. Fonte: Google Maps, editado pela autora. Terreno localizado na Av Eduardo Andréia Matarazzo, com face para a Rua Pernambuco também. Rua Pernambuco
Av Eduardo Andréia Matarazzo
35
USO DO SOLO A área é predominantemente residencial no interior de suas quadras, com uma densidade média bruta populacional de 123,79 hab./ha, conforme dados do Censo Demográfico Populacional do IBGE 2010.
0 Imagem 46: Mapa de uso do solo. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, editado pela autora. Delimitação do terreno escolhido. Comércio
Instituição
Prestação de serviços
Vazio
Residência
100m
N
GABARITO No entorno predomina edificios de pavimento térreo, sem nenhum edifício alto com mais de 5 pavimentos.
Camping do Claudinho
100m
N
ÁREA DE ESTUDO
0 Imagem 47: Mapa de gabarito. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, editado pela autora. Delimitação do terreno escolhido. Térreo 2 pavimentos 3-5 pavimentos
37
FIGURA-FUNDO Nota-se que os lotes do entorno são altamente ocupados, com recuos mínimos, e ainda conta com alguns poucos vazios.
0 Imagem 48: Mapa de figura-fundo. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, editado pela autora. Delimitação do terreno escolhido.
100m
N
EQUIPAMENTOS O entorno imediato possui equipamento de lazer como o Clube Palestra Italia, mas nenhuma praça ou área livre, bem como nenhuma creche para uso da população, ou equipamentos de abastecimento em escala de vizinhança.
E P P P P
P
0
100m
N
E Estado M Município P Particular
Imagem 49: Mapa de equipamentos. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, editado pela autora. Ensino Superior Delimitação do terreno escolhido. Escala da cidade Ensino primário/Infraestrutura fund./médio Saúde Abastecimento Escala do bairro Ensino Profissionalizante Esporte e lazer
ÁREA DE ESTUDO
M P
39
HIERARQUIA VIÁRIA As vias que margeiam o terreno tem caráter de via arterial, como a Av. Eduardo Andréia Matarazzo, com fluxo intenso de veículos, via coletora, que é a Rua Pernambuco, que também tem um grande fluxo de veículos, e por trás uma via local, sem saída, tranquila e com baixo fluxo.
3
1 2
0 Imagem 50: Mapa de hierarquia viária. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, editado pela autora. 1 Av. Eduardo Andréia Matarazzo Delimitação do terreno escolhido. 2 Rua Pernambuco Via arterial Via coletora
3
Rua Antônio Gouvêia
100m
N
O TERRENO O projeto inclui um terreno vazio, e duas apropriações, de um galpão , e o outro é uma parte do terreno do Daerp que não tem nenhum uso, portanto, são áreas subutilizadas.
1
3
0
100m
ÁREA DE ESTUDO
2
N
Imagem 51: Terreno. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, editado pela autora. Delimitação do terreno escolhido.
1
Av. Eduardo Andréia Matarazzo
Parte do Daerp
2
Rua Pernambuco
Galpão abandonado
3
Rua Antônio Gouvêia
41
CARACTERÍSTICAS GERAIS O terreno possui leve declive, fazendo com que o projeto siga suas curvas suaves. As restrições urbanísticas são generosas, com o gabarito podendo ultrapassar 10 metros de altura.
*513
*512
*514 *515 *514
*513
*512
N
Imagem 52: Topografia. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, editado pela autora. Delimitação do terreno.
Rio.
0
50m
100m
1
d
b c 0
2
100m
N
1
Av. Eduardo Andréia Matarazzo
2
Rua Pernambuco
3
Rua Antônio Gouvêia
ÁREA DE ESTUDO
3
Imagem 53: Recorte da área de estudo. Fonte: Google Maps, editado pela autora.
a
Imagem 57: Foto fachada. Fonte: Google Maps.
Imagem 56: Foto fachada. Fonte: Google Maps.
Imagem 55: Foto fachada. Fonte: Google Maps.
Imagem 54: Foto fachada. Fonte: Google Maps.
A taxa de ocupoação máxima é de 70%, e os recuos obdecem a lei onde o recuo é igual a altura divido por 6 (R=H/6), sendo no mínimo de 2m o recuo. O pé direito mínimo exigido para habitção de interesse social é de 2,50m.
43
A proposta deste trabalho é o desenvolvimento do projeto de uma Habitação de Interesse Social, que se baseia em três conceitos: RESGATE DE VIZINHANÇA, SUSTENTABILIDADE e FLEXIBILIDADE. Uma parte do terreno será destinada para área institucional, e a outra para a habitação. Com áreas livres comuns por toda a extensão do conjunto, criando pátios, o projeto busca incentivar o convívio social entre os moradores, e também, o uso do próprio conjunto, que é a extensão da habitação. O térreo livre, com comércios e serviços em escala de vizinhança também reforça esse conceito, permitindo que o conjunto seja uma extensão da rua, por ter livre acesso à qualquer pedestre, fazendo com que o térreo seja uma praça pública, para o trânsito e uso de todos. A sustentabilidade se incorpora no uso dos materias, e no espaço destinado à uma horta para os próprios moradores, permitindo que eles plantem alguns de seus próprios alimentos, e tenham a partir deste também uma possibilidade de renda, e incentiva que todo o lixo orgânico produzido pelos próprios usuários seja reutilizado na adubação da horta. O conceito base da unidade habitacional é a flexibilidade que ela proporciona aos seus usuários. Com apenas as áreas molhadas definidas, a ausência de paredes internas permite a organização interna de acordo com o que cada usuário deseja, fazendo com que a unidade seja adaptável, flexível.
MATERIAIS
ESTRUTURA METÁLICA EM ALUMÍNIO -Permite grandes vãos -Mais leve que o aço: economiza na fundação, facilita fabricação, transporte e montagem -Fabricação industrial: reduz mão de obra e entulhos gerados em canteiro de obras -Tempo de obra menor do que o método convencional: reduz quantidade de entulhos gerados em canteiro de obras -Grande resistência à corrosão ambiental: maior durabilidade LAJES EM CONCRETO PROTENDIDO -Permite grandes vãos entre os pilares FECHAMENTOS EM PAINEL DE ISOPOR -Termoacústico: melhora o conforto ambiental no interior da habitação, diminuindo o uso de climatizadores -Fácil montagem: o que também facilita no momento da ampliação, reduz entulhos gerados em obra e mão de obra -Facilita as instalações elétricas e hidráulicas 45
DIRETRIZES PROJETUAIS
PARTIDO PROJETUAL
DADOS PROJETUAIS
O PROJETO
-Área total terreno: 10.176,34 m² -Área institucional: 3.228,63 m² -Densidade populacional: 630 hab/ha -Unidades habitacionais: 110 -Pavimentos: 7 -Características: Térreo livre, Horta comunitária na cobertura, Terraços e áreas de convívio social, unidade habitacional flexível e possível de ampliação
47
O PROJETO
SITUAÇÃO S/ ESC.
16
x 0,175
8
9
= 2,800
7 6 5
18
x 0,167
= 3,000
4 3 2 1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
CAIXA D'ÁGUA
4
3
x 0,167
3,000
8
4
7
3
6
2
1
=
18
8
7
6
= 3,000
5
x 0,167
5
18
18
2
1
1 16
17
9 15
18
14
10
11
12
13
10
14
11
15
12
16
13
17
9
3
3 4
x 0,167
18
8
7
6
= 3,000
5
18
2
1
CAIXA D'ÁGUA
10
11
12
13
14
15
16
17
9
2
N
1
9. Av. Eduardo Andréia Matarazzo
2
Rua Pernambuco
3
#Contact Address1 Rua Antônio Gouvêia #Contact City
#Contact Company
#Contact Country #Contact Postcode
COBERTURA (4)
1:1000
Área Institucional Modified by
Date Drawing Name
Checked by
Date
COBERTURA (4)
Drawing Status
49
IMPLANTAÇÃO ESC.: 1:750
1 2
Av. Eduardo Andréia Matarazzo Rua Antônio Gouvêia Acesso ao terreno
16
x 0,17
5=
2,80
1
8
9
0
7 6 5 0
4
18
x 0,16
7=
3,00
3 2 1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
1 2
3 4 3,00
5
x 0,16
7=
8
4
7
3
0
5
3,00
0
18
8
7
7=
6
x 0,16
6
18
18
2
1
CAIXA D'ÁGUA
16
17
9 15
18
14
10
11
12
13
10
14
11
15
12
16
13
17
9
2
3,00
5
7=
4
3
x 0,16
18
8
7
0
6
18
2
1
CAIXA D'ÁGUA
10
11
12
13
14
15
16
17
9
N
9.
COBERTURA (4)
1:750
PLANTA TÉRREO ESC.: 1:750
K J
L G
O
M
I
P
N
0,00
F
A
H
B
O PROJETO
AMPLIAÇÃO 1
16
x 0,17
5=
Q
2,80
0
9
R 8 7 6 5 0
4
E
7=
3,00
3 2
x 0,16
S
18
1
10 11 12 13 14 15 16 17
10 ,00 0
18
10 ,00 0
D +1,00
3 4 5
1 2
3,00
0
7 8
4 5
3,00
8
7
0
6
7=
x 0,16
7=
3
x 0,16
6
18
18
2
1
10 ,00 0
C
18 17 16 15
18
14 13
17
12
16
11
15
10
14 13 12 11
2
1
10 ,00 0
10
4
3
x 0,16
5
3,00
8
7
0
6
7=
F
I
H
G
B
12
13
14
15
16
17
9
11
O
10 ,00 0
10 ,00 0
10 ,00 0
P
10 ,00 0
10 ,00 0 +3,00
N
10 ,00 0
A
Q
10 ,00 0
R
10 ,00 0
S Área destinada para comércio e serviços
1.
9
D
10
M
18
10 ,00 0
10 A ,00 0
18
L
9
10 ,00 0
K
10 ,00 0
+2,00
10 ,00 0
B
J
E
D
C
B N
A
Estacionamento
TERRENO (2)
Circulação vertical
51
1:750
AMPLIAÇÃO 1 ESC.: 1:150
N
O PROJETO
IMAGEM TÉRREO
53
SUBSOLO ESC.: 1:400
J O I
P
N Q
R
S
J
I
N
SUBSOLO
Detail
1:400
PRIMEIRO/SEGUNDO PAVIMENTO ESC.: 1:750
Circulação/Permanência Ampliação 2
Módulo de ampliação Salas de estudos/biblioteca com fechamento em vidro
K J
L I
P
00
B
O
M
1,4
G
F RG
N
F
A
H
O PROJETO
Unidade Habitacional
W
AP2 QUARTOS 16
x 0,17
5=
Q
2,80
0
R 8
9
ESTUDOS
7 6 5 0
4
E
7=
3,00
3 2
x 0,16
S
18
1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
J D
I
C 3 4 5 7
4
8
5
8
7
0
6
1 2
3,00
0
3,00
6
7=
x 0,16
7=
3
x 0,16
2
1
H 18 18
18
B
G
15
18
16
17
9
14
10
11
12
10
13
11
14
12
15
13
16
17
9
ESTUDOS
K F
7=
4
3
x 0,16
3,00
5
18
18
8
7
0
6
LEITURA
2
1
A
B
11
12
13
14
15
16
17
9
10
M
E N
D
O
Ampliação 3
C 5,0 Q 00
5,0 00
P
A
L
B
2,5 00
R
S
A
55
AMPLIAÇÃO 2 ESC.: 1:150
F RG
W
ampliação 2
Detail
1:15
3,0 00
5
0,1 67 =
18
8
7
6
18 x
4
3
2
1
O PROJETO
AMPLIAÇÃO 3 ESC.: 1:100
10
11
12
13
14
15
16
17
9
AMPLIAÇÃO 3
Detail
1:100
57
TERCEIRO PAVIMENTO ESC.: 1:750
Circulação/Permanência Unidade Habitacional Módulo de ampliação
Ampliação 4
Salas de estudos/biblioteca com fechamento em vidro Área verde
K J
L G
B
O
M
I
P
N
F
A
H
16
x 0,17
5=
Q
2,80
RG
W
0
F
R
8
9
RECREAÇÃO
7 6 5 0
4
E
7=
3,00
3 2
x 0,16
S
18
1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
J D
I
C 5
3,00
0
8 5
3,00
8
7
0
6
7=
4
7
6
1 2
4
3
x 0,16
7=
3
x 0,16
2
1
H 18
18
18
B
G
18
15
16
17
9
14
10
11
12
13
10
14
11
15
12
16
13
17
9
ESTUDOS
K F
7=
4
3
x 0,16
3,00
5
18
18
8
7
0
6
LEITURA
2
1
A
11
12
13
14
15
16
17
9
10
M
E N
D
O C
P Q A
L
B
R S
A
B
O PROJETO
AMPLIAÇÃO 4 ESC.: 1:100
59
QUARTO PAVIMENTO ESC.: 1:750
Circulação/Permanência Unidade Habitacional Módulo de ampliação Salas de estudos/biblioteca com fechamento em vidro Área verde
K J
L G
B
O
M
I
P
N
F
A
H
16
x 0,17
5=
Q
2,80
0
9
R 8 7 6 5 0
4
E
7=
3,00
3 2
x 0,16
S
18
1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
J D
I
C 3 4 5
1 2
3,00
0
8 5
3,00
8
7
0
6
7=
4
7
6
x 0,16
7=
3
x 0,16
2
1
H 18
18
18
B
G
18
15
16
17
9
14
10
11
12
13
10
14
11
15
12
16
13
17
9
ESTUDOS
K F
7=
4
3
x 0,16
3,00
5
18
18
8
7
0
6
LEITURA
2
1
A
11
12
13
14
15
16
17
9
10
M
E N
D
O C
P Q A
L
B
R S
A
B
QUINTO PAVIMENTO ESC.: 1:750
Circulação/Permanência
O PROJETO
Unidade Habitacional Módulo de ampliação Salas de estudos/biblioteca com fechamento em vidro
K L
G
B
Área verde
J O
M
I
P
N
F
A
H
16
x 0,17
5=
Q
2,80
0
9
R 8 7 6 5 0
4
E
7=
3,00
3 2
x 0,16
S
18
1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
J D
I
C
DET PLANTA AP
5
3,00
0
8 5
3,00
8
7
0
6
7=
4
7
6
1 2
4
3
x 0,16
7=
3
x 0,16
2
1
H 18
18
18
B
G
18
15
16
17
9
14
10
11
12
13
10
14
11
15
12
16
13
17
9
ESTUDOS
K F
3,00
5
7=
4
3
x 0,16
18
8
7
0
6
18
2
1
A
B
11
12
13
14
15
16
17
9
10
M
E N
D
O C
P Q A
L
B
R S
A
61
SEXTO PAVIMENTO ESC.: 1:750
Circulação/Permanência Unidade Habitacional Módulo de ampliação Salas de estudos/biblioteca com fechamento em vidro Área verde
K J
L G
B
O
M
I
P
N
F
A
H
16
x 0,17
5=
Q
2,80
0
9
R 8 7 6 5 0
4
E
7=
3,00
3 2
x 0,16
S
18
1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
J D
I
C 5
3,00
0
8 5
3,00
8
7
0
6
7=
4
7
6
1 2
4
3
x 0,16
7=
3
x 0,16
2
1
H 18
18
18
B
G
18
15
16
17
9
14
10
11
12
13
10
14
11
15
12
16
13
17
9
ESTUDOS
K F
3,00
5
7=
4
3
x 0,16
18
8
7
0
6
18
2
1
A 11
12
13
14
15
16
17
9
10
M
E N
D
O C
P Q A
L
B
R S
A
B
COBERTURA ESC.: 1:750
Circulação/permanência
O PROJETO
Caixa d’água Horta comunitária
K J
L G
B
O
M
I
P
N
F
A
H
16
x 0,17
5=
Q
2,80
0
9
R 8 7 6 5 0
4
E
7=
3,00
3 2
x 0,16
S
18
1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
J
CAIXA D'ÁGUA
D
I
C 5
3,00
0
8 5
3,00
8
7
0
6
7=
4
7
6
1 2
4
3
x 0,16
7=
3
x 0,16
2
1
H 18
18
18
B
17 18
15
16
G
14 13
17
12
16
11
15
10
14 13 12 11 10
K
CAIXA D'ÁGUA
F
3,00
5
7=
4
3
x 0,16
18
8
7
0
6
18
2
1
A
B
11
12
13
14
15
16
17
9
10
M
E N
D
O C
P Q A
L
9
9
B
R S
A
63
+21,00
O PROJETO
CORTE AA ESC.: 1:600
+18,00 +15,00 +12,00 +9,00
+3,00 2,214
0,150 2,373
0,476
+6,00
0,00
0,150 2,373
0,476
-2,80
A
1:600 2,214
Building Section (1)
Building Section (1)
CORTE BB ESC.: 1:600
1:600
0,150
1,097
+18,00 0,100
2,214
2,214
+15,00
0,450 0,150
+21,00
+12,00 +9,00
0,100
2,214
2,214
Building Section (1)
0,00 -2,80
0,150
1,097
+3,00
0,450 0,150
+6,00
1:600 65
B
Building Section (1)
1:600
FACHADA AV ED. MATARAZZO
PERSPECTIVA AV ED. MATARAZZO
O PROJETO
PERSPECTIVA
67
PERSPECTIVA TERRAÇO
O PROJETO
VISTAS INTERNAS CIRCULAÇÃO
69
TÉRREO
UNIDADE HABITACIONAL O PROJETO
A unidade habotacional foi criada a partir da modulação proposta para o projeto, com módulos de 5x5m, desse modo, a junação de dois módulos cria uma unidade básica padrão, com a possibilidade de ampliação utilizando mais um módulo para isso. Dentro de cada unidade, as áreas molhadas são as únicas definidas, em uma parede hidráulica, sendo todo o resto da unidade livre de paredes, desse modo, a unidade é totalemnte flexível ao uso que cada morador quiser dar. PLANTA BAIXA - s/ esc.
1,500
10,00
4,900
5,00
1,669
5,00
5,00 área molhada
módulo de ampliação LAYOUT - OPÇÃO 1 - s/ esc.
DET PLANTA AP QUARTO
ESCRITÓRIO
AP 1 QUARTO
F
BNHO
W (3) Detail
RG
COZINHA SALA JANTAR
1:100
LAVANDERIA SALA ESTAR
Detail (3)
1:50
71
LAYOUT - OPÇÃO 2 - s/ esc.
QUARTO 1
W
RG
F
BNHO
COZINHA SALA JANTAR
SALA ESTAR
QUARTO 2
AP2 QUARTOS
QU
LAVANDERIA
ES
Detail (4)
AP 1 QUARTO
1:50
LAYOUT - OPÇÃO 3 - s/ esc.
F
RG
BNHO
QUARTO 1 QUARTO
LAVANDERIA
COZINHA F
BNHO
W
RG
QUARTO 2
W
LAVANDERIA
COZINHA
SALA JANTAR
SALA ESTAR
SALA JANTAR
QUARTO 2
QUARTO 3
SALA ESTAR
1
QUARTO 3
AP AMPLIADO
GSPublisherEngine 0.1.100.100
AP AMPLIADO
Detail
Detail (1)
1:50
1:100
F
RG
O PROJETO
NHO
IMAGENS UNIDADE HABITACIONAL MODELO
W
COZINHA SALA JANTAR
LAVANDERIA SALA ESTAR
Detail (3)
1:50
73
2
75
O PROJETO
- Amanda Marton. "Shopping de São Paulo vence prêmio de sustentabilidade com horta e composteira em sua cobertura" [El mall que en su techo tiene un huerto y reaprovecha las sobras de su patio de comida] 01 Mar 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado 01 Mai 2016. <http://www.archdaily.com.br/br/782874/shopping-de-sao-paulo-vence-premio-de-sustentabilidade-com-horta-e-composteira-em-sua-cobertura> -BONDUKI, N. G.. Origens da habitação social no Brasil. Análise Social, vol. xxix (127), p. 711-732, 1994 (3.°). -BOTEGA ,L. R. A política habitacional no brasil (1930-1990). 2 ed. [S.l., s.n.] 2008. -“Bloco 60 casas, lojas e estacionamento” [Bloc de 60 habitatges, locals i aparcament]. ONL Arquitectura. Acessado 6 Abr 2016. <http://www.onl.cat/work/more_info/?work_id=26>
BIBLIOGRAFIA
- Casa Grelha / FGMF Arquitetos" [Grid House / FGMF Arquitetos] 01 Jan 2012. ArchDaily Brasil. (Trad. Sambiasi, Soledad) Acessado 9 Nov 2016. <http://www.archdaily.com.br/18458/casa-grelha-fgmf> - Centre Village / 5468796 Architecture + Cohlmeyer Architecture Limited" [Centre Village / 5468796 Architecture + Cohlmeyer Architecture Limited] 11 Jul 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo) . Acessado em 31 Mar 2016. <http://www.archdaily.com.br/127091/centre-village-slash-5468796-architecture-plus-cohlmeyer-architecture-limited> -"Conjunto habitacional, comércio e estacionamentos / ONL Arquitectura" [Bloque de 60 Viviendas, Locales y Aparcamiento / ONL Arquitectura] 02 Jan 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Fernandes, Gica) Acessado 06 Abr 2016. <http://www.archdaily.com.br/88081/conjunto-habitacional-comercio-e-estacionamentos-slash-onl-arquitectura> - Constanza Martínez Gaete. "Schlierberg: o bairro alemão que produz quatro vezes mais energia que consome" 04 Dez 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 01 Mai 2016. <http://www.archdaily.com.br/br/778147/schlierberg-o-bairro-alemao-que-produz-quatro-vezes-mais-energia-que-consome-com-paineis-solares> -Construpor. “Bloco de Concreto Celular Autoclavado”. Construpor. Acessado 28 Mar 2016. < http://www.construpor.com.br/index.php?p=item2-1> - Gtres. “Que tal reaproveitar a água da chuva?”. Gtres. Acessado 02 Mai 2016. <http://gtres.ind.br/reaproveitar-agua-da-chuva/> -Igor Fracalossi. "Clássicos da Arquitetura: Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho) / Affonso Eduardo Reidy" 02 Dez 2011. ArchDaily Brasil. Acessado 15 Mar 2016. <http://www.archdaily.com.br/12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy>
77
- Karissa Rosenfield. "When "Designer" Social Housing Goes Wrong: The Failures of Winnipeg's Center Village Project" 05 Jan 2016. ArchDaily. Acessado em 31 Mar 2016. <http://www.archdaily.com/779899/when-designer-social-housing-goes-wrong-the-failures-of-winnipegs-center-village-project/> -LARCHER, J. Princípios para expansão de habitações de interesse social sob a ótica dos sistema construtivo. 2005. 151 f. Dissertação (Mestrado em Construção Civil) - Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná. Paraná, 2005. - Lessandro Lessa Rodrigues. “A HABITAÇÃO SOCIAL DEVE SER MAIS DO QUE UMA CASA“. Arco Projeto Design. Acessado 25 Mar 2016. < https://arcoweb.com.br/projetodesign/artigos/artigo-a-habitacao-social-deve-ser-mais-do-que-uma-casa-01-08-2003> -MARICATO, E. Por um novo enfoque teórico na pesquisa sobre habitação. Cadernos metrópole (PUCSP), v.21, p.33-52, 2009. - NASCIMENTO, Denise Morado; TOSTES, Simone Parrela. “Programa Minha Casa Minha Vida: a (mesma) política habitacional no Brasil”. Arquitextos, São Paulo, ano 12, n. 133.03. Vitruvius. Acessado 15 Mar 2016. <http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3936> -NASCIMENTO, F.B.. Historiografia e Habitação Social: Temas e Lugares por Meio dos Manuais de Arquitetura Brasileira. Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, n. 16, 2012. -OLIVEIRA, Isabel Silva Dutra de; MONTAÑO, Marcelo; SOUZA, Marcelo Pereira de. Avaliação Ambiental Estratégica. São Carlos: Suprema, 220 p., 2009. -“O que é sustentabilidade”. Significados. Acessado 05 Mai 2016. <http://www.significados.com.br/sustentabilidade/> -Parejocelestino. “Hotel I-sleep, Aº Luis de Garrido (Zaragoza 2008)” 28 Jan 2012. Proyectos 7 / Proyectos 8. Acessado 01 Mai 2016. <https://proyectos4etsa.wordpress.com/2012/01/28/hotel-i-sleep-ao-luis-de-garrido-zaragoza-2008/> - Raja Moussaoui. "Crime in the community: when 'designer' social housing goes wrong " 04 Jan 2016. The Guardian. Acessado em 31 Mar 2016. <http://www.theguardian.com/cities/2016/jan/04/crime-community-designer-social-housing-winnipeg> - Redação Galileu. “Compensa instalar um painel solar?”. Galileu. Acessado 28 Mar 2016. <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI334255-17770,00-COMPENSA+INSTALAR+UM+PAINEL+SOLAR.html>
- Redação Sustentarqui. “Bloco Estrutural de Rejeito de Minério de Ferro” 16 Out 2013. Sustentarqui. Acessado 28 Mar 2016. <http://sustentarqui.com.br/produtos/bloco-estrutural-de-rejeito-de-minerio-de-ferro/> - Redação Sustentarqui. “Formas recicláveis para estruturas” 05 Out 2013. Sustentarqui. Acessado 28 Mar 2016. < http://sustentarqui.com.br/produtos/formas-reciclaveis-para-estruturas/> - Redação Sustentarqui. “Sistema Construtivo em EPS” 18 Mar 2014. Sustentarqui. Acessado 28 Mar 2016. <http://sustentarqui.com.br/produtos/sistema-construtivo-em-eps/> - Redação Sustentarqui. “Ecofossa” 03 Set 2014. Sustentarqui. Acessado 28 Mar 2016. <http://sustentarqui.com.br/produtos/ecofossa/> - Redação Sustentarqui. “Sistema Construtivo Woodframe” 10 Abr 2014. Sustentarqui. Acessado 28 Mar 2016. <http://sustentarqui.com.br/produtos/sistema-construtivo-woodframe/>
BIBLIOGRAFIA
- Reidy-ofilme. “REIDY e o Complexo Habitacional PEDREGULHO“ 24 Out 2011. Reidy a construção da utopia. Acessado 25 Mar 2016. <http://reidy-ofilme.blogspot.com.br/2011/10/reidy-e-o-complexo-habitacional.html> -“Sustentabilidade”. Sua pesquisa.com. Acessado 05 Mai 2016. <http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabilidade.htm> -“Sustentabilidade”. Brasil Sustentável. Acessado 05 Mai 2016. <http://www.brasilsustentavel.org.br/sustentabilidade> -“Sustentabilidade social”. Sua pesquisa.com. Acessado 05 Mai 2016. <http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/sustentabilidade_social.htm> -5468796 Architecture. " Centre Village ". 5468796 Architecture. Acessado em 31 Mar 2016. < http://www.5468796.ca/#centrevillage >
79