Revista Varal do Brasil - ed 29 - mai/jun de 2014

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VARAL DO BRASIL - Maio de 2014

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ISSN 1664-5243

A IMPORTÂNCIA DE PRESERVAR A VIDA!

Ano 5 - Maio/Junho de 2014—Edição no. 29 www.varaldobrasil.com

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ISSN 1664-5243

LITERÁRIO, SEM FRESCURAS Genebra, Primavera de 2014 Edição no. 29 - Maio/Junho de 2014 bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmmmm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhhhhhhh hhhhhhhhhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejuebehadd dddddddddddddddddddddddddmnhee)pam+ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkkkkkk kkkkbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhhhh hhhhhhhhhhhhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejuebeha dddddddddddddddddddddddddddmnhee)pam+ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkkkk kkkkkkbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhh hhhhhhhhhhhhhhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejuebe hadddddddddddddddddddddddddddmnhee)pam+ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkk kkkkkkkkbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhh hhhhhhhhhhhhhhhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejue behadddddddddddddddddddddddddddmnhee)pam+ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkk kkkkkkkkkkbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb bbmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhh www.varaldobrasil.com

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EXPEDIENTE

BLOG DO VARAL

Revista Literária VARAL DO BRASIL NO. 29- Genebra - CH - ISSN 1664-5243 Copyright : Cada autor detém o direito sobre o seu texto. Os direitos da revista pertencem a Jacqueline Aisenman. O VARAL DO BRASIL é promovido, organizado e realizado por Jacqueline Aisenman Site do VARAL: www.varaldobrasil.com Blog do Varal: www.varaldobrasil.blogspot.com Textos: Vários Autores Ilustrações: Vários Autores Foto capa: © Erica Gevaert Fotolia Foto contracapa: © Jearu Fotolia Muitas imagens encontramos na internet sem ter o nome do autor citado. Se for uma foto ou um desenho seu, envie um e-mail aqui para a gente e teremos o maior prazer em divulgar o seu talento. Agradecemos sua compreensão. Revisão parcial de cada autor

Você pode contribuir com artigos, crônicas, contos, poemas, versos, enfim!, você pode escrever para nosso blog. Também pode enviar convites, divulgação de seus livros, pinturas, fotografias, desenhos, esculturas. Pode divulgar seus eventos, concursos e muito mais. No nosso blog, como em tudo no Varal, a cultura não tem frescuras! (www.varaldobrasil.blogspot.com) Toda contribuição é feita e divulgada de forma gratuita e deve ser enviada para o e-mail varaldobrasil@gmail.com

A revista VARAL DO BRASIL circula no Brasil do Amazonas ao Rio Grande do

Revisão geral VARAL DO BRASIL

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Jacqueline Aisenman A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita. A revista está gratuitamente para download em seus site e blog.

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Preservar a vida é nosso tema de maio. Preservar todas as formas de vida. Para tanto não há muito o que dizer. Há muito o que fazer. Jacqueline Aisenman Editora-Chefe Varal do Brasil

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ALCILENE MAGALHÃES

HAZEL SÃO FRANCISCO

ALDO MORAES

ALEXANDRA MAGALHÃES ZEINER

HEBE C. BOA-VIAGEM A.COSTA

HILDA MENDONÇA

ANA BEATRIZ CABRAL

INÊS CARMELITA LOHN

ANA ROSENROT

IRIS SAMPAIO

ANAXIMANDRO AMORIM

ISABEL VARGAS

ANTONIA ALEIXO FERNANDES

IVANE LAURETE PEROTTI

ANTONIO CABRAL

IZABELLA PAVESI

ASSENÇÃO PESSOA

J.C. BRIDON

BILÁ BERNARDES

JANIA SOUZA

CAMILA GOMES

JEREMIAS FRANCIS TORRES

CARLOS ALBERTO OMENA

JOSÉ CARLOS BRUNO

CÉLIA BERNARDO

JOSÉ HILTON ROSA

CÉSAR SOARES FARIAS

JOSÉ PAULO SIUVES

CLARA SZNIFER

JÚLIA REGO

CRISTINA CACOSSI

KLEBER NUNES

DEIDIMAR ALVES BRISSI

LIZ RABELLO

DINORÁ COUTO CANÇADO

LOURDES HOFSTETTER

DULCE RODRIGUES

LUCELITA MARIA ALVES

ELISA ALDERANI

LUIZ CARLOS AMORIM

EMÉRITA ANDRADE

MARCELO CSETTKEY

ESTHER ROGESSI

EVELYN CIESZYNSKI

MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA

FELIPE CATTAPAN

MARIA ARAÚJO

GAIÔ

MARIA LUÍZA VARGAS RAMOS

GUACIRA MACIEL

MARILINA BACCARAT DE A. LEÃO

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MARILU F. QUEIRÓZ

SÉRGIO L. ALVES MARTINS

MARIO REZENDE

SILVIO PARISE

MARLENE CERVIGLIERI

SONIA CINTRA

MARLUCE PORTUGAELS

SONIA NOGUEIRA

MARLY RONDAN

ULISSES TAVARES

MICHELLE ZANIN

VÓ FIA

ODENIR FERRO

YARA DARIN

OLIVEIRA CARUSO

RAI D’LAVOR

REGINA MÉRCIA S. SOARES

RENATA CARONE SBORGIA

ROBINSON SILVA ALVES

ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA)

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Tudo não é Azul

Quem dizia que tanto tinha e nenhum dia faltaria ararinha, que tudo está azul que nada acabaria, podendo usar todo dia levando agonia, matando alegria. Roubando a cor da vida, saiba que a ararinha não é mais azul. Como o azul sumiu indo atrás de muitas cores fora do Brasil, desbotando nossa bandeira de maneira que só irá ficar o borrado do nosso manto que olharemos com muito espanto as outras cores saindo de um país de outrora chamado Brasil. Por Marcelo de Oliveira Souza Do Livro Confissões Poéticas

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ESCASSEZ E DESIGUALDADE Por Rai D’Lavor Foto de Eddie Esteves

Não bastassem os desastres naturais Ainda temos de conviver Com as desigualdades sociais. Não é justo que um terço da humanidade Ainda tenha que sofrer e passar necessidade. Não podemos deixar Que tudo continue assim... Precisamos nos unir, E cada um fazer um pouquinho. Não podemos esperar nada Do Congresso Nacional Mas, podemos fazer algo... Para amenizar esse mal. Precisamos alertar Parte da população. Que só consegue ser lembrada No período da Eleição, Inclusive, os mais pobres Moradores do sertão. www.varaldobrasil.com

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KIKA Por Alcilene Magalhães Numa manhã de cara chuvosa andando pela rua, indo a feira como de costume, passando por varias casas e ao se aproximar de um lixeiro por descaso feito num beco, escutamos gemidos...um som de sofrimento meio que um pedido de socorro. Ao meu lado segurando minha mão estava meu filho que olhou pra mim e com aquele olhar pidão...disse: - Posso ficar mamãe...Eu prometo fazer tudo direito, ser obediente, fazer meus deveres e fazer todo o serviço necessário...Deixa mãe...eu quero tanto, tanto...Por favor. Eu sem palavras, sem querer... mas querendo, disse sim, afinal não tinha como dizer outra coisa...e todos ao meu lado olhando pra mim, dizendo sim com a cabeça e todos ao mesmo tempo sorriram quando disse “sim filho... pode”. Em casa quando chegamos foi aquela alegria. Mas antes de tudo um bom banho pra tirar a sujeira, o mau cheiro, e cuidar das feridas causadas pelas ferradas de formigas e outros bichos. Depois uma boa mamada de leite pra matar a fome, e ver a felicidade do ar de ternura, com que aquele bebê floresceu e agradeceu a vida. Mais um sobrevivente dos recém nascidos que fora abandonados na rua da amargura. Enfrentando sol, chuva e muita fome, aquele pequeno ser ganhou nova vida e um lar para crescer e ser feliz. Mas que nome dar ao recém chegado. Os nomes foram muitos, mas o vencedor foi KIKA que significa Campo de Batalha, uma guerreira que luta pela vida e pela busca do conhecimento. Nada mais justo ter este nome lindo, afinal conquistou ambos nesta nova família que a adotou. Eita menina de sorte...além de sobreviver ganhou um lar e muito amor, aprendeu coisas novas e ficou linda, seu apelido é Gisele Bündchen , tem um corpo magro como de uma modelo e é elegante. Mas seu sofrimento não para ai. Sofreu uma acidente e se machucou, foi para o hospital onde fez cirurgia, sofreu o pão que o diabo amassou, mas resistiu. Está aqui viva e cantando saúde. KIKA é uma cadela SRD, ela não tem raça definida, é uma vira lata achada no lixo que se superou e mudou seu destino. Um cão lindo que é membro da família e nos faz muito feliz. Quem dera outros como ela tivesse a mesma sorte de ser adotada por uma família que os amem tanto assim.

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ECOVOLUNTÁRIA Alexandra Magalhães Zeiner

Arte: Mãe das Florestas De Eichwaldmond

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Preservando a Natureza PARA TODOS SERES VIVOS REAL TESOURO NESTE MUNDO EM TODOS CONTINENTES SOMOS ABENÇOADOS EM TODOS PAÍSES RARIDADES DE REINOS VARIEDADE DE ESPÉCIES ATAVISMO NOS UNINDO E SEPARANDO DUALIDADE DIVINA ONIPOTENTE A NATUREZA

NOSSA MÃE, PRESENTEANDO A TODOS SERES TUDO DE MAIS PERFEITO UNIVERSALIDADE, UNIÃO REAL E IMAGINÁRIA EM TODO SEU ESPLENDOR ZELOSA MATRIARCA AMOROSA DEUSA

Por Alexandra Magalhães Zeiner

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O lago, O rio, O mar e o homem Por Aldo Moraes Chorei a beira do lago E respeitei sua promessa Aquilo mais parece o tempo Ritmo de um som que não passa E você ri e o rio sorri. Uma água que não vem E que não para (por seres só estática) Ao meu gosto ou a céu aberto Na miragem da mulher Que ainda não veio. O grito lança e corre o ar Na brisa, a ausência da verdade E sopra o vento da memória O mar, o mar, o mar! Chorei à beira do lago e guardei seu silencio Aguardei mais um tempo No futuro que nós construímos Para desfrutar e rever a cidade E você ri e o rio sorri E que não para E que mira o que sabe O desejo do sonho da menina Que ainda não veio Lança o grito e corre o ar Mansa a brisa No engano, a verdade Saudade do vento, no sopro a memória: olha O mar, o mar, o mar !

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Seja humano, proteja os animais!

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Orientais Por Ana Beatriz Cabral

No Japão, De longos telhados Nevados Vêm se acomodar Os corvos sagrados. Conversam ao raiar do dia E à luz do luar Não dizem nunca mais Mas até logos demorados E seus bicos amendoados Desenham ideogramas Pelo ar.

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CULTíssimo Por @n[ Ros_nrot

Quanto vale o progresso?Qual o preço pago por toda a humanidade pela devastação da Floresta Amazônica, a maior e mais importante floresta do planeta? Nada menos que a vida! É muito estranho ver que algumas pessoas creem que as questões ambientais não lhes dizem respeito, acham que o planeta sempre será capaz de recuperar-se dos frequentes ataques humanos e que todo o abuso é permitido na busca do luxo e do prazer e uma árvore centenária é mais útil enfeitando uma sala do que protegendo o ecossistema. Além dos quilômetros de mata que são devastados diariamente, a exploração humana, o trabalho semiescravo e a violência andam juntos, piorando a cada dia este triste panorama brasileiro. Infelizmente, as autoridades que deveriam ajudar a proteger esse patrimônio vital da humanidade cruza os braços ou permite que a exploração aumente e ainda rejeitam ajuda de países estrangeiros que se preocupam com este problema. Sempre houve muita pressão econômica para devastar a floresta para pastagem de gado, ignorando os estudos que comprovam que a colheita de produtos naturais, sustentáveis e renováveis como a borracha da floresta, frutas, castanhas e outros produtos são capazes de gerar receita e renda por um longo período de tempo, mas o desmatamento que deveria ser reduzido continua ocorrendo em ritmo acelerado e vem aumentado ao longo dos anos, apesar da coragem e da luta de homens e mulheres incansáveis que sacrificam suas vidas pelas de todos nós, mantendo vivo o legado do seringueiro e ecologista Chico Mendes, covardemente assassinado em nome da ganância dos poderosos, mas eternamente vivo nos corações daque-

les que lutam pelo fim do desmatamento e da exploração. Para todos aqueles que não conhecem ou tem poucas informações sobre a situação da Floresta Amazônica e sobre a obra de Chico Mendes em defesa das florestas tropicais, indico esse filme, que apesar de mostrar um ponto de vista estrangeiro – com todo mundo falando inglês e se comportando de forma americanizada – ele serve de alerta e fonte de conhecimento, mostrando que apesar de todas as dificuldades, as ameaças, o risco de morte, vale a pena lutar pelo que se acredita e por um mundo melhor, não de forma sonhadora, mas realista e possível como a Reserva Chico Mendes, fruto do sonho, da luta e da alma de um homem que tinha um compromisso com o meio ambiente e com a vida.

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Amazônia em Chamas (The Burning Season)−E.U.A. 1994− Foi produzido para a T.V. americana com a direção de John Frankenheimer e conta a história de Chico Mendes− lindamente interpretado por Raúl Julia em sua penúltima atuação – que desde a infância foi testemunha das atrocidades cometidas contra os seringueiros, explorados por seus patrões. Muito jovem, decidiu dedicar-se a uma luta por justiça e melhores condições para o povo de sua região. Sempre acreditando no poder do diálogo e na não violência, ele discutiu com criadores de gado, passou a liderar um sindicato e criou uma campanha internacional contra a devastação da floresta amazônica. Transformou-se então em uma figura de importância nacional, um herói para o povo e um perigo para seus inimigos, que o emboscaram e o mataram, esperando assim calar sua luta.

Para contato e/ou sugestões é só mandar uma mensagem: anarosenrot@yahoo.com.br

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A Viela Encantada Por Antonia Aleixo Fernandes Caminho estreito Sinto uma dor no meu peito E o coração a pulsar Sonho, envolta de flores encantadas Com perfume exuberante Sigo avante Inalando o perfume a exalar Perfume das rosas coloridas Das camélias e dama da noite Lá está! A viela encantada Colorindo e enfeitando nossas vidas Até o sol raiar. As matas e seus verdes variantes Verde claro Verde escuro Entre as colinas longínquas Fico a observar Pensado no presente futuro Como a Natureza vai estar Será que colheremos tanta beleza Criada pela Natureza Na correnteza do rio Ou do mar? Vislumbrando os peixes pulando Os passarinhos cantando Lindos cantos de amor A reprodução entre os seres Animais ou vegetais No ciclo da vida Somos todos iguais. Saudades de outrora Quando a aurora nascia; Saía com roupas na minha bacia A caminho do rio de águas cristalinas; Onde passava o dia! Sem poluição a exalar Preservemos a natureza Pois dela conquistaremos nossas riquezas Montanha, Céu e Mar!

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BOM DIA TOM WATTS Por Antonio Cabral Filho * Hoje eu acordei cumprimentando Tom Watts, que um pouco mais que eu empenha a vida inteira na luta contra injustiças, seja nos states ou em qualquer outro lugar. Ele, bem mais que eu, sabe que Bertolt Brecht morria pela dialética e não temos nada contra até porque nós dois temos cá nossos modos de também morrer pela dialética. Aliás, ambos apoiamos com o nosso melhor fervor o direito inalienável de cada um escolher a morte que bem entender, sobretudo os amigos do alheio. Mas todos nós sabemos, a sós ou na multidão, que em termos de dialética ela nos torna senhores dos nossos sonhos e escolhas e eu quase tanto quanto ele exponho nossa bandeira: NÓS LUTAMOS PELA VIDA!

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CONTEMPLAÇÃO Por Assenção Pessoa

Olhai e vede O belo da Natureza fecunda. Qual brilho de luz mais intensa Por todo o Universo penetra?

Olhai os lírios, as rosas, o verde Que brota da Terra ao nascer. Qual horizonte na sua essência Faz no pôr do Sol florescer?

Olhai e contemplai Os rios, mares, lagos fecundos. Qual lugar mais nobre do mundo Abriga a vida que brota da vida?

Olhai e agradecei A Deus, pela terra prometida. O ar que faz teu coração pulsar, O amor que emana a vida!

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Foto de José Pedro Leite da Silva

Montanhas de Minas Por Bilá Bernardes M. Angélica

Altas montanhas de Minas Visᾱo do infinito nas montanhas de Minas Pôr do sol nas montanhas de Minas Nascentes nas montanhas de Minas Descem rios nas montanhas de Minas Árvores em flores nas montanhas de Minas Estradas tortuosas nas montanhas de Minas Minério explorado nas montanhas de Minas Riquezas ocultas nas montanhas de Minas Ambiҫᾱo nas montanhas de Minas Verdes montanhas de Minas Infinitas montanhas de Minas Alegres montanhas de Minas Em destruiҫᾱo, montanhas de Minas Defesa das montanhas de Minas Tombamento das belezas das montanhas de Minas Socorro ὰs montanhas de Minas!!!

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ÁGUA: A ESSÊNCIA DA VIDA Por Camila Gomes

Tem muita gente que usa a água e a desperdiça sem parar e não tem consciência que um dia pode acabar.

Já vi muita gente jogando sujeira nas águas e poluindo muitos rios e não sabem o mal que estão fazendo para o nosso Brasil.

A água que bebemos pode um dia evaporar e embaixo da terra nos iremos morar.

O nordeste está sofrendo crianças e animais morrendo esperando a chuva chegar para um pouco de água o nordeste molhar e a sede da população acabar.

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PALAVRA CRÔNICA Por Anaximandro Amorim

A CULTURA DA VIOLÊNCIA Um jovem assassinado em plena terça-feira de carnaval, num balneário do sul capixaba, não deveria ser um caso banal. Dizem que ele era filho de um ex-prefeito de uma cidade do interior do Estado; dizem que ele tinha passagem pela polícia. Que seja. Mesmo assim, ainda acho que um jovem assassinado em plena terça-feira de carnaval, em qualquer lugar do Brasil, não deveria ser um caso banal. Sobretudo quando, segundos depois, todos os que se diziam chocados com a cena viraram as costas para o corpo e puseram-se a sambar em torno dele. Como se nada tivesse acontecido. Como se fosse um caso banal. Acho que, pior que a violência, é toda uma cultura que está sendo forjada em torno dela, nesses últimos anos. É ela que, surpreendentemente, anda preenchendo o vazio cultural do nosso país. Dizem que é por uma questão histórica, proveniente da nossa herança colonial. Se for verdade, não quereria herdar esse fardo. Prefiro a vida. No entanto, assisto, impressionado, ao crescimento do discurso de violência, de extermínio, com absurdos como "Volta 1964", "A favor da pena de morte" e outras falas eivadas de preconceitos. Claro: é muito mais fácil se livrar do diferente. É mais rápido. Por isso "bandido bom é bandido morto" e se "tá com pena, leva pra casa". E o pior: tem gente (aparentemente "esclarecida") que acha que tudo isso está certo.

Acuada e sem uma resposta eficaz desse mesmo Estado, a população faz valer da ferramenta mais fácil de se ter em mãos: a Lei de Linch. Sobretudo quando se tem a chancela de um setor midiático conservador, que, avocando-se de "Quarto Poder", praticamente, "autoriza" o exercício arbitrário das próprias razões, sem pensar nas consequencias: qualquer pena de morte sucumbe diante da possibilidade do erro, mais ainda quando feita por populares, sem direito ao contraditório e à ampla defesa. Pregar "bandidinhos" no poste é o mínimo. O problema é que é muito fácil falar dos outros. Mas, imagine, caro leitor, se os "condenados" em questão fossem alguém dos seus? O fato é que todo esse descaso contribui para uma visão distorcida do que se pensa ser "Direitos Humanos". Sempre gostei do tema e sempre tive de ouvir piadinhas semgraça do tipo "Direitos Humanos são pra defender bandido". Como se a coisa toda se reduzisse ao Direito Penal e ao crime de homicídio. (Segue)

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Porque, quando você negligencia condições mínimas de trabalho ao seu empregado; quando você o assedia moral ou sexualmente; quando você agride física ou psicologicamente sua companheira (e acha isso super normal), tudo isso é questão de Direitos Humanos. É como se houvesse um plano velado para sabotar a coisa toda, fazendo com que a Comissão sobre o tema se tornasse moeda de troca para políticos fanáticos, que têm como projeto de poder promoverse por um discurso de ódio, tão fácil à primeira vista, mas que, a longo prazo, contribui ainda mais para essa cultura. Antes que alguém se levante e diga "mas você nunca teve uma arma apontada na cabeça" ou coisas que o valham, gostaria de dizer que já fui, tive familiares e amigos vítimas da violência. Num dos países em que mais se violam Direitos Fundamentais como o nosso, todo mundo já o foi, direta ou indiretamente. Conheço essa dor. É revoltante. Mas é justamente por isso que escrevo esta crônica: esse nosso Contemporâneo é uma Era de tamanho individualismo que estamos retroalimentando essa cultura; achamos tudo normal. Como sambar em torno de um cadáver. Afinal, o carnaval que se tornou a nossa cultura de violência não pode parar. Porque bandido bom é bandido morto. E, se você estiver com pena, leva pra casa.

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MÃE NATUREZA Por Carlos Alberto Omena

Quão belo são as flores nos jardins que a nossa alma abrandam. São rosas ,violetas, cravos e jasmins, que as abelhas e borboletas a elas se regalam. Quão belo são as ondas do mar que na praia arrebentam como canção. Que belo é a luz do luar, que aos poetas e enamorados causam inspiração. E os raios de sol, quão belos são que iluminam nossos dias, dando-nos vida. Temos as frondosas arvores então dando-nos a fresca sombra após a lida. Dos pássaros também não esqueço não com seu suave canto majestoso. Das florestas, cachoeiras ,rios e ribeirão, completam assim o cenário maravilhoso. É tão bela a natureza, pena que o homem a vem destruindo acabando com toda essa beleza, graças a sua ganância, o planeta esta sumindo. Por isso bendigo a mãe natureza que de tão sábia é generosa. Triste do homem com sua avareza que a destrói, tornando-a impiedosa. Homem ,o que dela tiraste um dia a ela retornará pois a natureza é forte e resiste e no futuro ela nos cobrará.

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UM OLHAR SOBRE (ITAPAJÉ – CE.)

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CIDADE: que não te deixou aquém das renovações e das ino-

Por Célia Bernardo

Os meus 34 anos, nas idas e vindas em Educação, têm me rendido não só muitos olhares, mas também prazerosas convivências, já numa grata e satisfatória experiência de Gestora da Educação, em três municípios deste Estado, cujos sol, vento, mar, seca e serras fazem um complexo generoso, através dessa diversidade e adversidade da mãe natureza, à qual se unem as pessoas que, respeitosa e afetivamente me acolhem, a cada chegada e a cada estada. Em cinco meses, tenho a franqueza para externar os meus sentimentos, ao olhar a acolhedora Itapajé de várias altitudes, sob vários ângulos, em muitas posturas dos que só me observam, dos que comigo convivem e trabalham com o objetivo de fazer um processo educacional que vise à formação cidadã dos pequenos munícipes que, acolhidos nas nossas escolas com o intuito de receberem ensinamentos diversos e virtudes necessárias, precisam ser devolvidos à sociedade, como pessoas prontas e preparadas para a (re) construção de um contexto sócio-histórico-educativo -cultural que os leve à auto realização dos muitos sonhos, acalentados por eles e costurados com os fios da esperança que há em cada um. As ruas, aos poucos, vão se tornando meus caminhos, as pessoas têm se tornado parceiras, num trabalho, cuja visão nos favorece ver as realidades, analisá-las e retomálas para um recomeço, ao virmos que esse refazer é necessário e se torna um slogan de transformar a arte de ensinar com compromisso para todos, com a certeza de garantir à geração presente, um futuro promissor e decente. Olho-te, Itapajé, deitado numa cadeia de serras, numa dinâmica exaustiva de um vaivém que se repete, todos os dias, dentre as muitas ações que teus filhos constroem, através das múltiplas habilidades que as mãos costuram em bordados, em sapatos, na tessitura de textos, nas artes, onde todos se transformam em instrumentos de construção da boa e acolhedora terra do Frade de Pedra. Vejo-te, ainda, como berço de pessoas inteligentes, como o nascedouro de homens e de mulheres ilustres, cujas histórias não estão só na lembrança, nem no passado das pessoas; muitas assumiram formas em livros que narram, desde a 1ª cruz fincada, até o momento oportuno da chegada da ascensão tecnológica

vações necessárias, quando a globalização tornou-se uma grande e providencial exigência. Quando debruço meu olhar sobre ti, Itapajé, percebo uma mistura de vontades iguais e diferentes, o que, naturalmente, precisa ser respeitado e trabalhado, sobretudo se essas vontades dizem respeito ao progresso de que precisas, à valorização dos munícipes e à qualidade de vida como a maior responsabilidade social que dispensa quaisquer outros interesses, principalmente, quando estes não são coletivos. Como me olha o Frade de Pedra, em seu extravagante tamanho, sempre parado, inerte, porém, visivelmente observado e respeitado por todos, pela beleza da sua localização, como um monge que ora e implora com piedade e com fé, pelos seus conterrâneos que o têm como um histórico patrimônio, como uma marca turística, como um protetor que a natureza lhes deu. Certamente, o Frade de Pedra me olha, olha-nos, olha toda essa cidade, pois o seu tamanho lhe favorece um olhar em todas as direções e, para o momento atual, o seu olhar sobre essa cidade une-se ao meu e, se juntos pudéssemos externar o que ora sinto, a afirmação seria a mesma: Unam-se, itapajeenses, aconcheguem -se uns aos outros, porque, para se conquistar o progresso como qualidade de vida, esta é a única certeza: Somente JUNTOS, FAZEMOS MAIS. Professora Célia Bernardo, graduada em Letras, pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, especialista em Planejamento Educacional, natural de Aracati, com experiência docente, nas redes particular e estadual, em cursinhos pré-vestibulares, na Faculdade Vale do Jaguaribe e há dez anos, contribuiu como Secretária de Educação, nos municípios de Aracati, de Santa Quitéria e, atualmente, também é Secretária de Educação, no município de Itapajé. Seu slogan de trabalho é este: DO COMPROMISSO DE CADA UM NASCE A EDUCAÇÃO PARA TODOS.

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Preservação à mata nativa Eu defendo o seu uso cerimonial Por César Soares Farias

Eu, nascido no terceiro dia de fevereiro do ano de 1973, numa cidade litorânea do extremo sul brasileiro, e que atualmente ganha vida como funcionário público do estado gaúcho, escrevo para quem tiver olhos pra ler. A minha opinião, num primeiro instante, pode não significar muito, já que o meu número de seguidores em redes sociais é ínfimo e pertenço ao roll dos quase desconhecidos da face da Terra. Mesmo assim, não me furto em dizer aquilo que acredito. Assim sendo, quero deixar bem claro aquilo que eu defendo. Muito se tem distorcido, mas muito pouco se tem debatido sobre qual a melhor solução. Proibir radicalmente a maconha, trará paz e justiça social? Eu defendo o seu uso cerimonial. Assim o faço em coerência com meu estilo de vida. Isso eu declaro em favor dos pajés e rastas que sopram a fumaça pro alto. Aos políticos dessa minha terra, se quiserem dar-me importância, aqui vai a minha sugestão: Liberem, sem demora, o uso cerimonial da planta, para todos aqueles que consideram-na santa. Não faz sentido reprimir uma liberdade de culto que, ao final das contas, não prejudica ninguém. Basta que se tracem limites, para que ninguém imponha ao outro a sua própria verdade e as diferenças sejam respeitadas como partes de um grande todo. O que eu aqui falo, não tô mandando por recado. Esse sou eu e não mais ninguém .Defendo sem medo de estar errado. Afinal, quem é o culpado? É o usuário ou o traficante? Acima da relação comercial, tente entender, está o uso cerimonial.Uso daqueles que reverenciam as dádivas da planta e não a exploram como fonte de lucros fáceis. Respeito a Santa Kaya, que eleva a mente dos curandeiros da nação e é por isso que defendo o seu uso cerimonial. Defendo, porque sou grato a ela e uso porque os seus conselhos me guiam.

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Velho herói Por Clara Sznifer

Você foi a personagem capital dos dias fluidos de minha ingênua infância. Uma imagem de responsabilidade e confiança perpassa todos os meus dias e sinto hoje que você dividiu a paternidade com o meu pai natural. Sua autoridade carinhosa repartia com a minha mãe a missão educacional.. Por que será que você assumiu esta tarefa? Tudo aconteceu de maneira sutil e delicada. Talvez se devesse à imaturidade do meu pai que não parecia preparado para a função. Não havia conflito nem disputa de autoridade. Sinto que o meu irmão também compartilhava dos mesmos sentimentos. Sempre recordo os seus hábitos matinais, de levantar-se no meio da madrugada para o delicioso mergulho no mar da Bahia. Saia sem fazer alarde, às vezes acompanhado do meu irmão que achava maravilhosa esta transgressão. O silêncio das ruas, àquela hora, exercia um fascínio na sua mente de préadolescente. Nosso boxer, muito esperto, tentava acompanhá-lo mas nem sempre era bem recebido. Sua esperteza era tamanha que ele sabia o momento de pleitear a caminhada com os dois. Sempre que o passeio à praia se concluía no inicio da manhã, você se preparava para trabalhar como mascate andarilho pelas favelas e vielas de Salvador. Neste momento o esperto cãozinho não se atrevia a acompanhá-lo ao observar você retirar o chapéu da chapeleira. Sabia que nestas circunstâncias não era hora de compartilhar o passeio. Eu não conseguia driblar o ciúme que sentia da cumplicidade que havia entre você e o cão, de modo que não consigo esquecer o dia em que tentei furar o focinho dele. Não é para menos, o cão avançou para cima de mim e quase tive um dos olhos perfurado. Daí em diante, não conseguia entender por que o cão se tornava cada dia mais fiel a você e mais temeroso à minha companhia. Pouco a pouco você foi se apossando dos percalços e dos dramas que se sucediam na minha vida, tentando evitar que eu sofresse, mas que adquirisse segurança para conquistar a felicidade, já na adolescência. Hoje, sinto que se há um herói na vida de cada um, meu herói com direito a trono e coroa sempre foi e será você: meu rei avô Salomão.

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NO UNIVERSO DE GUACIRA MACIEL

SOBRE O ABORDO E O DIREITO À VIDA

A evolução da ciência nos encaminha a uma complexidade tão abrangente sobre todas as questões, que se tornou quase impossível ter certeza sobre o que quer que seja; por outro lado o debate e as discussões conceituais, como premissa, e a perda de identidade do próprio conceito, uma vez que, embora ele extrapole fronteiras semânticas e ofereça desdobramentos que podem atingir os aspectos sociais das questões, como uma produção da linguagem não parece atingir a complexidade dos sentimentos nem dos comportamentos imbuídos desses mesmos sentimentos, vindo reforçar e aprofundar o princípio da incerteza, que a própria ciência num movimento de convergência trouxe à discussão. O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro decidiu que a mulher tem direito a escolher interromper gestação de feto anencéfalo (uma história que já durava sete longos anos). A decisão foi tomada pelo placar de 8 votos a favor contra 2 desfavoráveis à ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), que defende a interrupção da gravidez nesses casos. Embora, em um momento, a discussão tenha tido seus rumos mudados com a compreensão dos filósofos de que este não se configura um debate “maniqueísta entre certo e errado”. Ai entra a minha indignação, porque parecem achar que a “vida humana, propriamente dita se constitui de as-

pectos fisiológicos e psicológicos”, e defendem a possibilidade da prática do aborto antes de o feto possuir sensiência, aliado ao fato de que dar respostas não é o objeto da Filosofia... Bem, a destruição das certezas pode mudar quase tudo...Mas se o ser humano é considerado um ser de "alta complexidade biológica", como assegurar que o feto não possa sentir, já que a existência de certezas é tão discutida? e já que se fala da possibilidade de sensiência nas discussões sobre a ética animal (o que acho muito pertinente), como não pensar nisso quanto aos fetos humanos, que têm “alta complexidade biológica”? como saber e estabelecer limites – uma região de trânsito, de existência negada – se um olhar além dele, “confirma a vida que o excede”? Sensiência, dizem alguns cientistas, até os artrópodos e moluscos têm, e sabe-se que muitos dos estudos que estão nos "livros de fisiologia humana sobre mecanismos celulares e bioquímicos da aprendizagem, foram conhecidos a partir de estudos em um molusco denominado Aplysia". Sendo assim, diante de sofisticados estudos sobre aprendizagem e memória, entendem alguns que organismos bastante simples demonstraram comportamentos que revelaram sentimentos e intenções. Por exemplo, a ameba “em uma placa Petri move-se em direção a algo que lhe é benéfico”. Estou querendo elucidar que, pelo que entendi, ter sensiência em seres humanos, e não humanos – embora volte aqui mais tarde para falar sobre a “ética animal”, e os direitos dos animais -, implica em ter consciência do sofrimento. (Segue)

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Fique claro que não estou afirmando que moluscos e amebas – organismos simples, embora com níveis de complexidade diferentes - tenham sensiência, mas que se eles demonstraram, através de pesquisas, possuir sentimentos e intenções, por que um feto humano, sendo um organismo de “alta complexidade biológica” não possuiria sensiência? Um feto é um organismo vivo nada simples, a sua natureza desde que começa a existir é altamente complexa, logo, para além dos seres mais simples como os citados acima, eles devem ter sentimentos e intenções...Haveria alguma forma de ter certeza que não é assim, ao deliberar sobre seu direito à vida? e qual seria ela? Sugiro um pouco mais de reflexão sobre a questão ou neste pais, o julgamento de valor também tornou-se uma ficção?

VARAL DO LIVRO 2014 Desde 2012 temos feito o Varal Especial do Livro. Este ano não será diferente! Envie seu texto, em prosa ou verso, para nosso e-mail. O tema é o Livro e você pode falar de: Livro, escritor, leitor, leitura, editores, edição, poetas, as diferenças e semelhanças entre os livros digitais e impressos, livrarias, bibliotecas e etc...

Há sempre muito o que dizer quanto o assunto é o livro! Envie para varaldobrasil@gmail.com

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Antes que da Terra acabem espetaculares Panoramas cobertos pela alva neve de inverno; Antes que se vá o majestoso e Reluzente verão, sob um generoso clima tropical com seus fulgores Esplêndidos, emitidos pelo maravilhoso efeito do nascer do Sol em sua senhoril mobilidade; Antes que o outono, Envolto pela névoa, verdadeira calmaria para toda alma, afaste-se, Recue com seus segredos, levando o horizonte que se colore de mil matizes Veladas pelo negro manto da noite, impedindo que se veja a Aura promissora que atravessa vastidões; Antes que a primavera, em sua aÇão mais pura, inebriante, renovadora, sob o efeito da mais perfeita doaçÃo de sua exuberante paisagem floral demostre fúria, no fragor do trovão Ou faça da tempestade seu ilimitado poder,

contribuamos com a natureza e junto Do Altíssimo, louvemos Sua bondade nela. Elevemos as mãos com fé, bendizendo o Arco-íris, símbolo da aliança com os homens,

a encantar-nos o coração e a Vista com suas cores ora suaves ora vibrantes, lembrando dessa Imensa e sublime ponte entre o Céu e a Terra, que nos Deleita, permitindo que a imaginação voe pelo universo belo, grande e... Amemos tudo o que pertence à ordem natural.

PRESERVAÇÃO DA VIDA Por Cristina Cacossi

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EXALTAÇÃO AO SONETO

Deidimar Alves Brissi

O mundo tem pressa, por isto os textos estão diminuindo. As músicas estão ficando rápidas, para não pensar e ouvir. Palavras esquecidas estão entrando em extinção, sumindo. Relações têm pressa, superficializadas como melhor convir.

O mundo está cheio de escritores que insultam a palavra. Já não querem mais escrever, apagar, esperar e corrigir. Já não querem mais garimpar o verbo e o burilar na lavra. Escreve-se hoje e publica-se agora, sem tempo para sentir.

Já não importa a palavra, o alexandrino e a concordância. Diz que é moderno e improvisa-se de qualquer mau jeito. Dizem que são intelectuais... e quem ainda pensa, obsoleto!

E enquanto ainda no mundo domina os brutos e a ignorância, Nós aqui, que amamos a palavra bem cuidada, com respeito, Saldamos o amigo quase fossilizado e esquecido, o soneto!

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Sociedade dos Poetas Cegos Por Dinorá Couto Cançado

Paira sobre o espaço de cultura o perigo de desabar uma árvore, já oca no tronco... A oficina de ler e criar, interagir e vir a ser não oferece segurança. A Biblioteca Braille este espaço de aprendizagem, inclusão e magia sofre o descaso: é vítima de desmandos. Além do prédio público exposto, seus usuários especiais temem pela integridade física e pelos poucos bens materiais que portam... Há necessidade imediata de medidas de preservação acessíveis reduzindo riscos a esses assíduos deficientes visuais. Um grito diferente em forma de ação se faz presente. Desmandos e descaso Queremos que fiquem no passado. De magia e de poesia nova história foi escrita na I Bienal Internacional de Poesia. Isso foi em Brasília, há seis anos. Grupos de deficientes visuais refletiram e discutiram, leram e criaram cuidados com o Planeta que os acolhe com os seres humanos e a cidadania com os animais em extinção com as queimadas... De lá pra cá, a forma de gritar ficou bem mais forte, mais organizada modificou-se, e surgiu a Sociedade dos Poetas Cegos.

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SOMOS ÚNICOS Por Dulce Rodrigues Na vida, não há duas coisas iguais. Nem os botões de rosa da mesma roseira, nem as laranjas duma mesma laranjeira, nem o par de gémeos que provém de um mesmo ovo fecundado que se dividiu em dois. Por isso, cada momento da nossa vida é único e não se repetirá nunca. E cada um de nós também é único, e é essa diferença que é a força do mundo e ajuda à sua evolução e sobrevivência. Porquê, então, nesta nossa curta passagem por esta terra, em vez de aproveitarmos o Amor que cada um pode dar ao seu semelhante, havemos de nos matar uns aos outros por um pedaço de terra, por um poço de petróleo, pelo facto de querermos provar que somos poderosos ? Será que o poder cega as pessoas e as faz crer que são imortais ? Às vezes penso que si. Todos os ditadores da História parecem ter sofrido dessa mesma doença. Ou será alucinação ? E quanto maiores foram as atrocidades que fizeram mais célebres se tornaram, como se o que é mau, mesmo terrível, é que fosse importante. Nunca nos preocupámos e protegemos tanto as crianças – pelo menos aparentemente – como nestas últimas décadas, e nunca elas foram provavelmente tão exploradas, maltratadas e infelizes. Todos os dias ouvimos falar de crianças que são brutalizadas física e psicologicamente no seio da própria família, e já novas redes pedófilas são desmascaradas, relativamente às quais podemos colocar a questão sobre o que ainda está para descobrir, se chegarmos a levantar completamente o véu que as encobre, evidentemente, pois as pressões exercidas são muito fortes – os que se encontram implicados nestes processos são geralmente pessoas muito influentes, que não pouparão os meios para conseguirem o seu objectivo de não serem desmascarados, ainda menos castigados. O Homem nasceu para ser livre, mas essa liberdade só será alcançada se as nossas atitudes forem responsavelmente tomadas nas nossas relações e deveres para com os outros. Quando percorremos os jornais, ouvimos as notícias na rádio ou as olhamos na televisão, damo-nos conta rapidamente de que vivemos num mundo em que os valores humanos se encontram completamente subvertidos. Recuso pensar que o mundo foi criado para que nele só lavre miséria e destruição ; para que os homens se matem uns aos outros em ódios e racismos ; para que crianças morram de fome enquanto outras se suicidam por excesso de bens materiais, tanto umas como outras carentes de Amor. Não sei se Deus existe ou não, se se chama Deus, Alá ou se tem outro nome, mas sinto a presença d’Ele em cada rosto de criança, em cada flor que nasce e dá fruto, em cada raio de Sol que nos aquece, quer o dia esteja cinzento, enevoado, de chuva ou de neve, ou radioso como hoje. Toda esta Beleza que nos é dada contemplar é um testemunho de Amor que devemos preservar para nossa própria sobrevivência.

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PONTO DE VISTA Jeremias Francis Torres

REVOLTA COM A PAISAGEM!

minada Atlit Yam, onde provavelmente teria habitado Noé e construído a tal arca. Ora, observando o comportamento animal para com seus “rivais” por sua sobrevivência, a diversidade deles, etc., por que minha avó não disse: “netinho isso aí é só um símbolo, a realidade é bem outra”... Mas, acredito que ela mesma, não tenha pensado seriamente sobre o assunto! Imagine-se lado a lado, andando juntos: leões, leopardos, guepardos, tigres, elefantes, etc... mas, nem no Juízo Final, se é que vai haver um! Isso é inconcebível! Inadmissível! Inaceitável! No entanto, nunca vi ou ouvi uma discussão sério sobre o assunto! A conclusão que se chega é a seguinte: “como foi possível levar isso a sério por tanto tempo?” Aconteceu alguma coisa sim, algo parecido com o que seria um chamado Tsunami, mas um DILÚVIO que inundara toda a Terra, é patético. E a história da pomba... Eu fui vítima de um conto muito mal contado! Imagine um leão perto de um javali! Um tigre próximo a uma vaca!

Correto. Veio com alguns anos de atraso, é verdade, mas, quando parei para recordar o fato, me revoltei! E não era pra menos! Talvez por um erro de interpretação e tradução, haja sido generalizado e de tal maneira, tudo tenha sido confundido no final! Quando eu era criança, na casa de minha avó paterna, havia pendurado na parede, uma quadro pintado, com a figura bíblica da “Arca de Noé!” Que lindo, um barco gigantesco de madeira, onde em pares, “todos” os animais da “Terra”, entravam para sobreviver, juntamente com a família do anfitrião! Tem coisa na Bíblia, verdadeiramente fantástica e assustador, mas, existem fatos narrados, que a simples primária investigação científica, caem por terra, por enquanto, esse, chamou minha atenção, existem outros! Todo esse “flash-back” de minha infância, veio à tona, quando assistia a um documentário sobre a “Arca de Noé”, e concluiu-se que houve em cerca de 8 mil anos atrás, um “Tsunami” no monte Etna, na Itália, provocando ondas de cerca de 40 metros de altura, por 25 quilômetros de extensão, o qual em seu percurso, foi destruindo tudo pela frente, assim, como houve na Indonésia em 2004! E a frente do Tsunami, ha- (Segue) via uma cidade, localizada numa ilha denowww.varaldobrasil.com

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E haja comida para garantir a sobrevivência de tantos bichos e seres humanos... Demorei para entender que esse fato, por mais que eu quisesse, é humanamente impossível! Às vezes a ilusão é melhor que a solução?! Sim, a verdade, às vezes acaba com o misticismo e o encanto do folclore que nunca poderiam ter prosperado, sem a fértil imaginação do artística que criou um quadro, por exemplo, e dera a vida a algo impossível ou não?!

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PRESERVAÇÃO DA VIDA Por Elisa Alderani

“Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida. E de mãos dadas Marcharemos todos pela vida verdadeira”. Fragmento do poema de Thiago de Mello

O poeta e escritor Thiago de Mello, escreveu um poema sobre os decretos que os homens deveriam seguir para conseguir uma vida serena e feliz. A confiança é um tema dificílimo de ser tratado, principalmente por quem já foi provado duramente em diferentes circunstancias pela traição. As Sagradas escrituras também nos falam: “Sejais astutos como serpentes e simples como pombas”. Talvez a falta de experiência, ou acreditar cegamente que todas as pessoas sejam sinceras, dependendo das circunstâncias ou conveniências, levam o homem a se enganar fatalmente com as escolhas. As consequências são a decepção e a insegurança. Confiança é conquista, é luta, é garra, é amor ao próximo. Sinceridade e perdão fazem parte deste processo de convivência humana. O homem não pode viver isolado, necessita de amigos, de calor humano, de alguém para confiar suas angustias e anseios. Ele precisa confiar em alguém para ser ajudado. Engana-se quando se acha autossuficiente. Como prioridade deve confiar em sim próprio e cultivar o autoconhecimento para valorizar-se e adquirir autoestima suficiente para realizar-se plenamente no decorrer da vida. Os decretos citados pelo poeta Thiago de Mello deveriam ser seguido pelos homens que buscam a Paz. A palavra confiança é realçada e comparada com a natureza da qual o Homem é parte integrante, como o vento e a palmeira, o ar e o céu. A relação com a criança é maravilhosa. Nada é mais lindo de que nos tornarmos como elas, pois são templos de inocência e pureza. Toda a criança precisa de exemplos de sinceridade e lealdade para tornar-se um adulto responsável. Uma Humanidade feliz é fruto de vida honesta, sem repressões desnecessárias.

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É possível acreditar, que deste esgoto a céu aberto, alguns famigerados de Jaboatão dos Guararapes - Jaboatão Velho - PE, pescam os coitadinhos engordados no lodo, para lhes aliviar a fome?

A MORTE DA VIDA Por EstherRogessi Na fria tarde de inverno, da varanda do meu quarto, no primeiro andar, contemplo a paisagem: pássaros alçam voos, no céu de cor cinza; outros bebericam das águas mortas do rio Jaboatão, que descem caudalosamente, arrastando às impurezas, de sua superfície. Às águas bailam, gingam, indo d'encontro às pedras explodindo, em chuviscos; homens pescam, lançam às redes, à procura dos pequeníssimos peixinhos, para lhes matar a fome aproveitando a época hibernal - quando às águas do início do inverno, represadas são liberadas, para que a barragem local possa conter as que ainda, virão. Logo ali, ao alcance dos meus olhos passa um rio, temporário, pois, o progresso que chegou à cidade, através das fábricas, o contaminou. E, o rio que no passado – dizem os mais antigos do lugar ter sido um lindo rio, de águas límpidas, no qual, lavadeiras se assentavam, por sobre às pedras, para lavarem roupas de ganho (ajuda para o sustento da família), e assentadas, com suas crianças abriam, às latas de leite vazias, usadas para armazenar o alimento, que lhes matariam a fome:farinha de mandioca, com carne-seca. Molhavam a farinha na água pura, e fria do rio, fazendo bolos, comendo-os e alimentando os seus pequeninos –, era digno de ser chamado: Cartão Postal de Jaboatão Velho/PE. Hoje, transformado em rio temporário; durante o verão exala o mau cheiro, proveniente dos dejetos das fábricas; às ratazanas vagueiam, sobre o seu solo rochoso, a cata de alimentos, oriundos do lixo, que muitos jogam ponte abaixo, sem que haja conscientização do grande mal que estão causando a eles próprios, e aos demais. A morte do rio Jaboatão – na cidade de Jaboatão Velho, PE – é resultante da ação de homens, que dão mais valor ao dinheiro do que à preservação da natureza; transformando uma fonte de vida, em morte iminente.

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REFLEXÕES CONTEMPORÂNEAS JÚLIA REGO

Fato preocupante nos dias de hoje é o aumento acelerado da violência, característica marcante dos grandes centros urbanos. Tema predominante de grande intensidade e repercussão na discussão de sociólogos, filósofos, antropólogos, psicanalistas, políticos, autoridades policiais, juristas, cientistas e religiosos, a violência adquiriu novas faces ao longo da história da humanidade, e, hoje, toma a todos de assalto em qualquer esquina, glamorosa, ou não, não raro dentro do próprio ambiente familiar, muitas vezes, ceifando vidas que ainda teriam uma longa estrada por caminhar. Se antes se justificava uma ação mais agressiva do indivíduo por conta da exaltação dos ânimos em determinadas situações, hoje se observa uma profusão de motivos banais para se cometer os mais bárbaros crimes de que se tem notícia. Desde os latrocínios, que levam à usurpação odiosa dos bens materiais adquiridos pelo outro, na maioria das vezes, com o suor do trabalho, às discussões mais banais, não se esquecendo dos incompreensíveis crimes passionais, quando se fica à mercê de outro semelhante, tão dessemelhante, não há chance de escolha. Entregam-se os objetos e o bem maior que possuímos: a vida. Observa-se uma tendência de retorno ao estado primitivo encontrado nos primórdios

da humanidade, quando o instinto da sobrevivência deveria prevalecer em detrimento de qualquer outro conceito moral que já pudesse existir. Numa sociedade onde prevalece a corrida pelos bens de consumo e pela ostentação das marcas, contraria-se a ideia de que quanto mais evoluído o homem se torna, mais altruísta ele pode ser, já que o que, realmente importa, é inserir-se nessa mesma sociedade através do domínio explícito, ou não, exercido sobre o outro, na busca da realização do seu prazer. Segundo Thomas Hobbes, o homem é o lobo do homem. Pensando dessa forma, o ato de viver adquire um risco a mais, nos dias de hoje, é preciso olhar o outro como um inimigo pronto a atacar sem dia e hora marcados, impulsionado, mais do que nunca, pelo desejo de inserção no meio social, não como cidadão, mas na condição puramente consumista, alicerçada no ideal de conquista do objeto do outro. E o que dizer, quando esse lobo se veste em pele de cordeiro e, em nome do amor, derrama sua fúria sobre o ente, supostamente, amado? As leis criadas pelos homens, ditas capazes de organizar o caos da convivência social, com o intuito de controlar as massas e preservar a própria humanidade, tornam-se ineficazes no momento em que o ser humano infringe as regras preestabelecidas, (Segue)

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deixando prevalecer o seu desejo de subjugar seu semelhante diante das mais diversas circunstâncias e pelos mais diversos motivos. Freud, ao refletir sobre a “violência” do viver humano, em todas as suas manifestações: violência do desejo, violência da cultura que castra o ser humano, submetendo-o a normas e padrões que frustram seus impulsos, violência dos sistemas autoritários que incorporam o despotismo do superego, nos faz pensar sobre o psiquismo humano que leva à necessidade de reduzir as tensões ao mínimo necessário para a sobrevivência. Ainda que considerada simplificadora e defensiva, a tendência universal e histórica é considerar a violência como inerente à natureza humana, gerada no encontro com a diversidade do outro. Violência e poder surgem como efeitos desse encontro que, por sua vez, constituem ou desconstituem a subjetividade. Assim, as motivações da violência não vêm apenas do mundo externo, como, a princípio, poder-se-ia pensar, mas também do próprio organismo humano. O aumento da tensão causada pelas exigências da sociedade contemporânea exacerba essa condição humana, originando um desprazer tal que, por sua vez, resulta numa elevada descarga psíquica que leva alguns indivíduos a buscar alívio a todo custo, o que explicaria a maioria das formas de agressividade com o intuito de dominar ou de tomar para si aquilo que não é seu de fato e de direito. A violência, seja lá com que face se mostre e em quais contextos se encaixem, deixa marcas profundas no ser humano, ainda mais se pensarmos que todos trazem dentro de si o instinto de preservação da vida. Tentar explicar, à luz das diversas teorias, as causas da violência desenfreada a que estamos submetidos nas sociedades contemporâneas é fácil, difícil é aceitar que, em pleno século XXI, quando o homem já atingiu seu status máximo de conhecimento tecnológico, a vida continue sendo tratada como moeda de troca para satisfação do caráter doentio de egos destrutivos.

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Sobre nós: Prevenção Madalena’s é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, CNPJ n° 12.001.998/0001-28 atuando na Suíça e no Brasil. Madalena’s é isento de quaisquer preconceitos ou discriminações relativas à cor, nacionalidade, credo religioso, classe social, concepção política – partidária ou filosófica, em suas atividades, dependências ou em seu quadro social.

Histórico: Na Suíça, no ano 2000, começamos a efetuar um trabalho de apoio e ajuda à mulheres e homens trabalhadores (as) do sexo, pessoas de diversas nacionalidades. E em vários cantões da Suíça romana e alemã, vimos a precariedade nas quais elas vivem sendo exploradas sexualmente, abusadas, humilhadas, tanto emocionalmente como fisicamente .Concluímos que existia uma real necessidade de socorro às vítimas em território Suíço. Sendo uma grande parte mulheres brasileiras, por esta razão, no dia dezesseis de março de dois mil e seis (16.03.2006), fundamos e registramos no Brasil a ONG “Prevenção Madalena’s” a fim de prevenir, informar e alertar diretamente nas escolas a juventude brasileira, através de filmes e palestras, sobre o perigo da exploração sexual e do tráfico de seres humanos, nos quais uma grande parte deles é vítima ao ir para Europa sem o devido preparo.

Nosso Objetivo: Na Suíça temos como objetivo defender os direitos humanos dos brasileiros (as) vítimas de abuso e maus tratos sexuais, do tráfico de seres humanos, da violência doméstica e da exploração laboral. Trabalhamos através de uma colaboração intermediária, estreita e leal, com as autoridades oficiais e as obras existentes. Promovemos e divulgamos a cultura brasileira através da música, filmes, literatura, dança etc... mediante execução direta de projetos, programas e planos de ações. No Brasil nosso objetivo é alertar e informar os jovens brasileiros o perigo que correm em aceitar propostas suspeitas de trabalho, Seja como babá, cozinheira, artista, ou uma simples proposta de casamento dentro do território nacional ou exterior. Incentivamos os jovens a estudar, obter uma formação profissional, vencer e viver no Brasil.

Onde desenvolvemos nossas ações: Na Suíça francesa e alemã, onde visitamos cabarés, saunas clubes, salões de massagem, bares entre outros pontos frequentados pela comunidade brasileira. No Brasil as ações são diretamente nas Escolas, aeroportos, rádios, jornais e televisão. Onde são apresentados filmes baseados em fatos reais, palestras, entrevistas e distribuição de panfletos em bares, praias, restaurantes, parques e discotecas, através dos quais os jovens são alertados e informados sobre o tema.

Público Alvo: Na Suíça, brasileiros (as) em situação regular ou não, e que se identifiquem como vítima de exploração sexual ou de trabalho, tráfico de pessoas e violência doméstica. Todos que tenham interesse em saber de seus direitos como ser humano. No Brasil, Jovens adolescentes estudantes, educadores, genitores, e a todos que interessar possam.

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3x3 Por Evelyn Cieszynski

trem trilho trincado me atrapalham trio triângulo tremido me atritam trinta minutos esperados triste tremor terremoto mantido

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Crônica de uma Finitude Por Felipe Cattapan A princípio não havia. Nem a via. Pressentiaa... e esquecia-a... O primeiro encontro: no curso primário, na aula de biblioteca; depois de algum almoço... (livres nos livros, encantados no colo daquele silêncio sem relógios, esquecíamos de constatar que a aula ou o texto já estavam acabando. Não acabavam – amanhã ou depois recomeçavam...). O gesto subversivo: definitivo como uma primeira pedrada. Uma colega desconhecida fechando o seu livro deliberadamente antes do final da aula e da história. Recusava-se a terminar. Evitava tudo o que lhe lembrasse o fim – (pois todo fim nos relembra o nada...). Pressentia, enfim, que a morte é o nada petrificado. Por fim, a minha primeira vez: evitando terminar, minha colega me evidenciava que tudo termina ou se extermina. Aprendi: toda negação corrobora; toda ausência pressupõe uma existência. Apreendi: ao me deparar com a finitude, a partir de agora ela também me pertencia... para sempre. E admiti: o termo “sempre” (quase sempre) se remete a uma quantidade de tempo insuficiente. Portanto desprezível. Algum tempo depois, a minha próxima lembrança: minha colega desencantada na aula de biblioteca... camuflando a sua calvície precoce... paradoxalmente explicitando aos meus olhos corrompidos a incontestável ausência dos seus cabelos... Em seguida, a sua ausência: eventual, ocasional, permanente. Seu lugar na biblioteca vazio... seu livro sempre presente na estante. Não me atrevi a ler o final... Afinal, a ausência das palavras: ... esqueci o seu nome... e o do livro. Concluí: as bibliotecas podem ser eternas - os seres humanos não. A ausência das lembranças simplifica o resto: perdi parentes e amigos, evitei os enterros; colecionei livros – tornei-me escritor. Para esquecer. Para esconder: cada texto meu é uma tentativa de se encantar o leitor antes que ele se depare com o seu final – talvez assim ele não constate que esta narrativa já está terminando... Vivo para negar a morte.

modificação. E assim seria até o fim. Que eu pressentia... e esquecia... Afinal, a primeira contradição: agora. Escrevendo este texto em forma de negação: o currículo da minha finitude, o relato de uma constatação. Hoje, a constatação; ontem, a informação. Gesticulada em forma de ação: um encontro literário com uma bibliotecária desconhecida. Em uma cidadezinha envelhecida. Cuja população decresce. A biblioteca: sem obras, em obras – (em breve será demolida). Evitamos as ruínas, conversamos pelo parque. Ao final, economizamos tempo cortando caminho pelo cemitério. Este cemitério: árvores ao invés de pedras!... uma prorrogação do parque, uma desmistificação de um mistério, uma inversão viva da minha ideia abstrata de cemitério. Situado no centro do lugarejo, integrava-se naturalmente à previsível harmonia do cotidiano: relembrava a todos nós que a morte é inesquecível – mas também que os mortos são o melhor adubo... Não finalizava. Fui paralisado por um gesto da minha conhecida. Paramos. Para reparar como tudo parava. Devagar, o mundo divagava: a natureza digeria, a sesta se demorava, o tempo descansava... Seu gesto continuou. Alisando o tempo. Me convidando a contemplar um espaço vazio entre duas sepulturas. Uma materialização geográfica do nada. Um vácuo verde. Vago. Vagando... A sua vaga: evacuada para lhe pertencer. O seu canto: um intervalo de tempo cavado no espaço; uma cova, um colo e um consolo; um silêncio atemporal que amanhã ou depois a absorverá. Uma antecipação em forma de chão. Este chão: sedimentação de uma livre escolha, continuação de uma tradição local. Ponto de referência, previsão de um futuro: todos os dias, a caminho da biblioteca, ela revê o seu fim. Optou por viver morrendo ali. Sem viajar nem escapar; sem fugir nem pressentir. Sorriu... Me movi. Nos despedimos. Ela permaneceu; eu me ausentei. Desapareci: fui esquecido, sumi . Voltei para casa e para a minha lembrança crônica: ... a aula de biblioteca. Inalterada, imaculada: me faz até esquecer que a cidadezinha de onde partira já está se extinguindo – bem como a sua biblioteca... e a sua bibliotecária... (Segue)

Vivia para renegar a morte. Até hoje. A princípio não houve (ou não vi) nenhuma www.varaldobrasil.com

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E decido terminar este texto antes que a minha calvície tardia devaste definitivamente a minha cabeça grisalha. Meu primeiro texto sobre a minha finitude. Creio que irei batizá-lo de “crônica”: é o gênero que - por tanto excluir, por tanto ausentar e omitir, por ser tão poroso quanto o esquecimento - talvez melhor sintetize esta tentativa de descrever a finitude... Pois se existir é admitir a própria finitude, escrever é escolher um nome próprio que a descreva. Reescrevendo-a. Talvez tenha sido isto o que a minha colega tenha tentado descrever ao desaparecer. Talvez não terminar esteja mais próximo do infinito por ainda estar incompleto; talvez o estado natural das coisas, dos homens e dos textos seja o parcialmente em branco. Talvez a pedra já contenha a sua perda. Não temo mais as frases excessivamente longas, sem pontuação. E, tentando evitar um gesto finalizador, acabo evitando o encontro e o encanto de um ponto final

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MANIFESTO: DESPERTAR DO SER Por Gaiô Verde é o vão opaco Que o tolhe Na escavação de si mesmo. Longeva é a maturação Se desvencilhando da dor, Caminho que o acolhe confesso Na escuridão. Mesmo que faça de tudo pra fugir de si Nos limites do absurdo, Se É e se encara em manifesto, Alma consciente Em busca do fundo. Do que preserva a vida Disciplina, garra, Toda a pobreza que o abarca Em longa aprendizagem, Paciente catarse Determinação. Se desinstala, Se incomoda, Desilude. Em consenso com o espírito No encontro indizível do ser Homem aflito, irmão, Se busca em harmonia E equilíbrio. Eis a pratica da evolução!

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O BATIZADO Por Hazel São Francisco Hoje é o Batizado. Hoje é o Batizado. Porta da Igreja, apinhada de gente Moças compondo o Coral Hinos e Cânticos. "Queremos Deus" Vela acesa na mão, oferta singela... Choro de menino. Festa de pais e padrinhos Óleo e água Fé e Gratidão pela Vida Pela vinda do Filho Na Comunidade Sofrimento e pobreza A gente sobrevive a gente cabocla, a gente morena. Querida de Deus.

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CENA MATINAL Por Hilda Mendonça Do livro: Caminho de Meus Andares Todo dia, bem cedinho Quando a cidade acorda, Lá vão os dois velhinhos... Pisando de mansinho, Com seus passos miudinhos... O velho e a velhinha dele. Segura o bracinho dela Como cavalheiro à moda antiga, Seguem juntos o caminho Com passinhos miudinhos, Pisando de mansinho o velho e a velhinha dele Conversam; como conversam! O velho e a velhinha dele Retomam seus assuntinhos De antevéspera, De trás anteontem, Como se novo assunto fosse! O velhinho e a velhinha Seguem juntos o caminho... Estico o meu ouvido curioso, Querendo ouvir do que falam A velhinha e o velhinho; Só consigo ouvir pouquinho Do eterno assuntinho... DESTINO DE TODOS NÓS.

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SEGUNDO PULMÃO

Por Inês Carmelita Lohn O ar era puro O sertão era molhado Tinha equilíbrio em tudo O clima era temperado. A ganância e o poder Entraram na mata fechada Levando em suas mãos Uma serra bem afiada. Deram nome de progresso Na própria destruição Focos de fogo na mata Árvores caídas no chão Têm clareira e fumaça E pouso pros aviões. Temos que unir nossas forças E salvar o segundo pulmão O planeta pede socorro E para evitar a tragédia Com nome de catástrofe final Devemos plantar árvores Até no vaso do nosso quintal.

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HISTÓRIA DO BRASIL SOB A ÓTICA FEMININA Hebe C. Boa-Viagem A. Costa

das pelo governo central, pois ficavam à

Anita Garibaldi A heroína de dois mundos

margem das decisões importantes e se sentiam exploradas. Foi o que deu margem

1821 – 1849

a que o Rio Grande do Sul se levantasse contra o poder imperial. Assim surgiu a

Três cidades disputam a naturali- Guerra dos Farrapos. dade de Ana Maria Ribeiro da Silva: Lagu-

Nesse ambiente, em 1839, é que

na (Mirim), Tubarão (Morrinhos) e Lages,

Anita encontrou o seu grande amor, Giu-

todas em Santa Catarina. A Itália adotou a

seppe Garibaldi. Quem era ele?

versão que aponta Tubarão posto que Mussolini, em 1932, a escolheu para colocação de um monumento em homenagem à insigne guerreira. Todavia é a primeira versão que é a mais difundida.

Garibaldi era um experiente guerreiro italiano, entusiasta das lutas de independência e liberdade. Estava no Brasil lutando ao lado dos farroupilhas. A jovem, sentindo-se correspondida, não hesitou em

Oriunda de família simples, Anita, como todos a chamavam, casou-se,

abandonar o lar e acompanhar o “gigante loiro”. (Segue)

aos 14 anos, com o sapateiro Manuel Duarte de Aguiar. As notícias sobre a sua vida conjugal são escassas e, muitas vezes, contraditórias. Não tiveram filhos e, ao que parece, Anita levava uma vida insossa, apagada, sem ter com quem trocar suas idéias, vivendo num ambiente bastante restrito. Nessa época – período da Regência – o Brasil experimentava uma instabilidade política muito grande. Muitas revoltas eclodiram em várias regiões do Brasil. Todas, de certo modo, se achavam preteriwww.varaldobrasil.com

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Em 1843, entretanto, a dispu-

Aí começou a sua grande aventura. A intré-

pida brasileira pegou em armas e passou a ta entre Oribe, apoiado pela Argentina, e participar ativamente dos combates. Certa

Frutuoso Rivera dá origem a uma guerra

vez, durante a batalha dos Curitibanos, ela civil no Uruguai. O casal não ficou indifefoi aprisionada pelos legalistas. Conseguiu rente ao acontecimento e tomou a decisão fugir atravessando o rio Canoas a nado e,

de lutar em favor da justiça, independência

por quatro dias, ficou escondida na mata

e liberdade Garibaldi e Anita se aliaram a

enquanto os inimigos a procuravam. Com

Rivera. Chefiando uma legião italiana con-

desenvoltura, era capaz de fazer funcionar seguiram derrotar Oribe. Em 1846 a fama o canhão. No combate das Forquilhas ga-

dos Garibaldi se espalhou além das frontei-

nhou o título de “bravos entre os bravos”.

ras sul americanas.

Não era só nas lutas que ela se destacava,

Enquanto isso, a Itália buscava

mas também por sua solicitude com os feri- sua unificação, mas experimentava muita dos e enfermos. E esses eram tantos! dificuldade. Sabedor dessa situação, Garibaldi resolveu voltar para sua pátria. Em 1847, Anita e seus três filhos (Rosita falecera, aos trinta meses, de difteria) embarcaram para a Itália. Lá, foi recebida como uma heroína. Pouco tempo depois, Garibaldi foi ao encontro da família.

Em 1840, Garibaldi se separou amigavelmente de Bento Gonçalves e foi com Anita e o filho Menotti para o Uruguai. Em 1842, em Montevidéu, eles se casaram (ela se diz solteira) e levavam uma vida simples e tranqüila. Tiveram mais três filhos: Ricciotti, Teresita e Rosita.

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Inicia-se uma nova saga. Anita continuou

Todas essas questiúnculas são

lutando ao lado do marido pela unificação

totalmente sem importância. Com tão pou-

da Itália. Na batalha de Gianicola ela se

co tempo de vida ela conseguiu tornar-se

destacou dando mostras, como sempre, de um mito, um exemplo de coragem que bem extrema bravura. Perto de Veneza que es- merece o título de heroína de dois mundos. tava sitiada pelos austríacos, Anita adoeceu. Estava grávida de seu quinto filho e ardia em febre. Garibaldi e amigos a carregaram, entre os pantanais, fugindo dos inimigos que os perseguiam com ordem de

Algumas homenagens: •

Em Ravena – Itália – Monumento em

sua memória; •

Tela de Fattori – Retrato de Anita - Mu-

fuzilá-los. Anita não resistiu e faleceu perto seu Risorgimento – Milão de Ravena no dia 4 de agosto de 1849. • Tela de Bouvier – Anita doente - Itália Foi sepultada na Itália. Afinal, onde deverá descansar em paz? Na ilha Caprera junto a • Monumento – 1932 – doado por MussoGaribaldi? Em Laguna, no Brasil? Em Gia- lini – Tubarão (SC) nicola em Roma? Alexandre Dumas registrou

Busto – 1913 – Belo Horizonte - (MG)

Estátua – 1964 – Laguna (SC)

as seguintes palavras de Garibaldi: Era Anita a mãe de meus filhos, a

Dois municípios catarinenses: Anita Garibaldi e Anitápolis (SC)

companheira da minha vida nas boas e más horas, a mulher cuja coragem tantas vezes desejei que fosse a minha. É interessante que sua saga serviu de inspiração para ideais contraditórios. O fascismo, na Itália; o integralismo direitista no Brasil e até núcleos comunis-

Para saber mais: COSTA, Hebe C. Boa-Viagem A. – Elas, as pioneiras do Brasil – A memorável saga dessas mulheres –Edit Scortecci – SP 2005

tas tiveram o seu nome. Luiz Carlos Prestes tanto a admirava que deu o nome de Anita à sua primeira filha. Muitos escritores têm pesquisado e estudado sua vida e, muitas vezes, dão origem a polêmicas referentes à: sua cidade natal, às razões de sua separação do primeiro marido, ao destino dele depois de abandonado, e assim por diante.

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Homem o presente da vida Por Iris Sampaio O nascimento de um ser humano é sempre um momento sublime que proporciona aos entes queridos, sorrisos, alegria e lágrimas de emoções. È neste momento que recebem de Deus as bênçãos para cumprir sua missão de brilhar na paz, na fraternidade, na caridade e no amor ao próximo e a natureza. Poderia ser tudo mais simples, mas o mundo em que se vivencia atualmente, tende a desviar o homem desta caminhada da paz, em virtude de momentos desagradáveis, de violência e de quebra dos valores que são arraigados na áurea e na alma de cada um. Homem, nunca se esqueça de que em seu interior tem uma força poderosa chamada Deus, que poderá ser acionada a qualquer momento para construção de um mundo melhor. E isto só depende de cada ser humano, de erguer sua bandeira de contribuição e participação na busca de um mundo digno para se viver com paz, justiça e solidariedade. As coisas não são fáceis como imaginamos, mas também não são impossíveis quando se tem fé e amor no coração. Basta caminhar passo a passo e poder dentro do universo de cada um: Servir e praticar a caridade ao próximo; Ajudar aos amigos nos momentos de turbulências; Proporcionar aos outros exemplos de como se viver ao lado da honestidade, da sinceridade, da humildade e do respeito ao próximo; Ser uma luz no caminho dos estão trilhando na escuridão. Ah! Com certeza tudo será mais belo e tudo terá mais sentido, especialmente para se cuidar e amar a natureza que tem inúmeras riquezas que contribuem para a sustentabilidade e felicidade de cada um, tais como: a melodia dos pássaros, o bailar das borboletas, a magia e o perfume das rosas como as margaridas e as orquídeas e muito mais, tudo a disposição do homem, mostrando que a vida é bela e tem todo um encantamento para se viver plenamente. Ah! E ao cair da noite, a luz das estrelas e da lua que penetra a alma e o coração do homem com o todo o poder do amor que Deus tem por cada um. Tudo isto foi criado pelo Ser Supremo para a felicidade do homem. Vamos em frente como ser humanos vencedores e em cada caminhada como pessoa, como profissional e como cidadão, sempre que for possível vamos espalhar a felicidade, a paz e o amor aos irmãos. Felicidade e Paz para o grande tesouro da vida – o homem.

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Partilha Universal Por Isabel C S Vargas

Aja com sabedoria, generosidade e dê o melhor de si. Copie o exemplo do solo, Que ao ser trabalhado, remexido, Muitas vezes aviltado Retribui dando flores

Terra: nossa casa, nosso quintal, nosso santuário

Ou saciando a fome dos homens e animais.

Planeta habitado por seres, Muitos deles alheios aos ditames a serem seguidos Para sobrevivência de todos. Como casa, necessita se cuidado, Como quintal, cultivado, Como santuário respeitado. Urge conscientizar as crianças. Inocentes, folhas em branco A espera de ensinamentos a preenchê-las. Espalhar conhecimentos úteis, Compartilhar boas energias, Semear amor, cuidado respeito, Fomentar a preservação. Para cada coisa colhida, plante outra. Não desmate, não polua os rios. Não aprisione animais, Não jogue resíduos industriais nos córregos, Não polua o ar, Não aterre os cursos de riachos, arroios, Eles tendem a voltar e reivindicar seu espaço. Colha o que a mãe terra oferecer, Com a suavidade de quem bebe o leite materno, Não colha além do necessário, Distribua o excedente, Preserve para as próximas gerações, Suas atitudes garantirão a sobrevivência Impedindo catástrofes, queimadas, Desmatamentos, destruição das geleiras Das camadas do ar. www.varaldobrasil.com

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MARSÚPIOS IDEOLÓGICOS: POLÍTICAS DE ALUGUEL “O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê.” Platão

Por Ivane Laurete Perotti

Na barriga do dragão acomodam-se pupas. Lindeiras e familiarizadas ao nicho deixam passar à sorrelfa a natureza mítica do ser reptiliano cambiado na intrincada acomodação da própria metamorfose. Artrópodes são fundamentais na conexão da cadeia alimentar. Dragões mitificam o poderio que circunjaz aos sistemas fundantes e prestam um serviço potencialmente coercitivo, tanto nos contos da carochinha, quanto no avançar da carruagem, ou do bonde, ou dos fatos na história contada. Coadunam-se ambos na ecológica separação dos poderes que constituem e caracterizam a organização de um status, salvo o temor pela equivalência metafórica no zeugma elíptico das expressões cognatas. Talvez, sem figuras, a linguagem não amadureça o pensamento abstrato, ou o pensamento abstrato não se revista de roupagem anuída: um eterno devir na referenciação do mundo percebido, quando percebido. Dragões cospem fogo e insetos provocam asco. Da pupa à imago, até que a borboleta nos prove a beleza da cor, vai-se um tempo no endurecimento das asas: um tempo nem sempre a contento. No reino das inferências, répteis e insetos pertencem a classes distintas, mas tornam-se aptos para acionar as inerências biológicas na mesma corrente de força com a qual as formações ideológicas fermentadas rezam seu curso: indeléveis e certeiras. Casulos hipotéticos abrigam ideias: sentidos cruzam-se em paralelo combinatório interligando seres e seres. São os laços da interação natural. Estabelecer a implicatura é só um fomento à base da observação plausível, nem sempre signo da imagem que corre sozinha. Mas, esta já é uma questão de distinta ordem: a consciência pode resultar da vontade política posta em ação. Pode! A depender do tempo de maturação, ou do fluxo de paciência envolvida. Dragões inexistem no seio da urdidura terrena. Sim? Pupas também! Os primeiros mantêm a força da crença instalada, enquanto os segundos, por livre e espontânea sobrevivência imagética, integram o agridoce universo quimérico do crescimento ordenado, planejado, sustentado em bolsões de ideias socializadas. Planejamentos casuístas à parte, nosso popular discurso cobra aluguel ao sujeito social atuante. E cobra em dobro do sujeito assujeitado à cessão de uso e gozo do papel de agente: pluralizações adquiridas. Não estamos longe dos mamíferos metatherios. As diferenças prováveis ou não, começam na extensão ventral das barrigas políticas que oferecem glândulas mamárias: mais conhecidas por tetas. O suprimento nutricional é o grande divisor do aleitamento indevido, fora do tempo e do saco vitelínico. Em outros termos, sustenta-se a barriga que sustenta o sustentado na cordilheira onírica dos devaneios idílicos: corrupção da realidade verossímil. Do que se alimentam os dragões? Do medo alheio! Do que se mantêm as pupas? Não se alimentam, permanecem em repouso, pois na ciência da transformação, é no estágio de larva que o futuro inseto se alimenta de matéria orgânica. Já pupa, ou crisálida, dorme em plácida esperança, um fialho tecido no serviço da ideologia dominante.

“Há quem passe por um bosque e só veja lenha para a fogueira.” Tolstoi

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Chuva bem-vinda! Por Izabella Pavesi Lentamente despertei na suave manhã chuvosa. Agucei o ouvido tentando ouvir os pássaros que em outros dias ensaiavam melodias empoleirados nos galhos da amendoeira. Adoro ouvir a chuva, embora pareça triste. Em muitas manhãs as rolinhas, os saís-azuis, e os pica-paus do campo vieram trazendo alegria com seus cantos lindos em meio à natureza dessa ilha, pulando de galho em galho, e nos fios dos postes de luz. Em amanheceres brilhosos eles vieram me saudar em algazarras febris. Quarta-feira de cinzas. No dia anterior, limpei as ervas daninhas do meu jardim, as danadinhas estão me dando trabalho, de tal forma que precisei replantar a grama que secou. O verão foi impiedoso, sol escaldante, temperaturas acima de 40 graus, tórridas tardes onde nem a água do mar trouxe alívio. E aconteceu que tudo secou: grama, os pés de pitanga, as hortaliças, as glicínias e as roseiras. Foi demais! Então, a chuva veio abençoada. Sua melodia ecoava pelo telhado, enchia a casa de ecos saudosos trazendo lembranças de tempos bons. Tomei café. Recostei-me no sofá. A melodia me despertou pra grandeza e beleza do nosso universo, a água puríssima caindo das cinzentas nuvens. Pela janela, eis que algo me chamou a atenção: os caramujos tóxicos em marcha apareceram no jardim. Que coisa medonha! Já tinham me incomodado no verão anterior. Eles devoraram canteiros de espinafre, couve e cebolinha, os pés de abóbora que floresciam e os brotos novinhos de plantas e flores. Só sobrou um pé de alecrim. Segundo informações do Portal Terra, esses caramujos ocupam terrenos baldios e áreas de cultivo de hortaliças, devastando toda a plantação, justamente as folhas com nutrientes. Essa espécie foi trazida clandestinamente da África como se fossem escargots, um molusco de alto valor comercial, há mais de 20 anos. Eles se reproduzem demasiado e é difícil exterminá-los. Virou um caso de saúde pública. Foi preciso muita paciência pra refazer meu jardim. Esse incidente me trouxe indagações: como sobreviveremos no futuro? Se as hortaliças, indispensáveis a boa alimentação e que já são insuficientes no planeta Terra, engordam os caramujos tóxicos ao invés de permitir que nos alimentemos, como vai ser o amanhã? Há alguns verões, nessa ilha e no litoral de Santa Catarina, esses bichos dizimam plantações de hortaliças, mutirões já foram feitos para acabar com essa praga, sem sucesso. Peguei a sombrinha, calcei sapatos e luvas, e com uma pá recolhi os bichos em sacos plásticos, coloquei sal e os incinerei,... única maneira de acabar com os moluscos venenosos. Fiquei realmente incomodada. Deu-me um desgosto. Nas feiras e mercados os produtos escasseiam, e o preço se torna inacessível para muitos. Outros atrativos aparecem para o consumidor desavisado: enlatados um tanto estranhos, aquelas coisas comestíveis que pouco nutrem nosso corpito necessitado. Resta-nos a consciência de que os bons produtos naturais estão rareando, e tomar alguma medida que fortaleça nosso cotidiano em termos alimentares. O equilíbrio sustentável urge! Cuidemos de nossa Terra, nosso planeta, nossa casa!

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"MUNDO NOVO" Por J. C. Bridon Canto a paz Canto um mundo Sem guerras, sem ódio E sem nenhuma discriminação. Canto a vida Que sublima os infinitos Na busca incessante Do eterno conhecimento. Canto um canto triste Repleto de esperanças Que possam subtrair os medos Que estão povoando por aqui.

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LITERATURA & ARTE

LUIZ CARLOS AMORIM

A NATUREZA E NÓS Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Começa mais um dia de sol, na Santa e bela Catarina, ainda que quente e com algumas nuvens rondando o horizonte, garantindo a chuva do final do dia. Promete ser quente como quase todos desse verão, calor exagerado e cada vez aumentando mais. Tão quente que eu às vezes não consigo dormir, mesmo com ventiladores ou ar condicionado. Os reflexos do descaso de nós, seres humanos, para com a natureza, já se torna palpável, com o aumento da temperatura e suas consequências, como tempestades, tornados, enchentes, secas. Não cuidamos do nosso meio-ambiente e estamos pagando por isso. E a conta seja bem cara: além dos enormes prejuízos materiais, como a destruição de cidades, muitas vidas estão sendo perdidas. Então começo a escrever essa crônica, para refletir sobre os resultados da falta de cuidado com o nosso planeta e tentar provocar atitudes que minimizem as consequências daqui pra frente. Já seria um passo muito importante cuidarmos da água, economizando-a, não jogarmos lixo e esgoto nos rios, pararmos de assassiná-los, que eles são vida, são a nossa vida. Mas há mais, há muita poluição que deveríamos repensar para diminuir, para que a nossa camada de ozônio não suma de vez, para que as calotas de gelo parem de derreter e não causem mais desequilíbrios no tempo e tragédias pelo mundo afora. Precisamos parar de ocupar áreas de risco e o poder público precisa fazer a sua parte, impedindo que se construa em solo que pode ser alcançado pela água da chuva ou que pode deslizar. Dá pra dormir pensando nisso? E a culpa não é do calor, da chuva, da natureza, mas do que o causou. Pois é, apesar do sol brilhante em quase todos os dias de verão, o futuro não me parece tão promissor. Precisamos começar a fazer alguma coisa, começar de algum ponto, como separar o lixo reciclável, em nossas casas, por exemplo, diminuindo o volume dele nas cidades, que polui e ocupa áreas imensas. Usando a água com parcimônia, com racionalidade, para que ela não falte. Não jogando lixo em qualquer lugar, que ele entope os esgotos e causa enchentes, que por sua vez faz com pessoas percam tudo, até a vida, às vezes. São coisas simples, mas que dão resultado, são o começo da redenção. Não é tudo, mas há que se começar, para podermos cobrar de nossos representantes no poder, que façam a sua parte e realizem ações maiores, como impedir que grandes empresas lancem seus resíduos, seu lixo, quase sempre tóxico, nos rios, no mar e em locais perto das nossas casas, e não autorizar a ocupação de áreas de risco ou de preservação. Apesar de tudo, do tempo desenfreado por culpa de nosso pouco caso com Mãe Natureza, ainda vivemos em um lugar abençoado. Até quando?

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Carrossel da Irmandade da Vida

sorri e todos se encantam com a mensagem das cores e o milagre da vida repete-se simples, constante, sem fim.

Por Jania Souza Tórrido vendaval esse amor aos sentidos Em borbulhas de amor, dedo da Criação

secreto segredo da abelha rainha

descerra névoa da escuridão na revelação dos dias.

imã na atração à beleza da diversidade da vida.

Seu sopro, berço suntuoso da vida abre as páginas da poesia escrita com a raridade e a perfeição ímpar do Idealizador da beleza da diversidade da vida. Formas multiplicam-se do uni ao pluri em bandejas, verdes matas cerradas desertos de areia, de sal, de gelo e até de almas... A vida espalha-se por terras, rios e ar na enchente de viventes sobre campos, oceanos, montanhas até nas profundezas desconhecidas por todos os mortais

Seu voo ébrio entre aromas sensuais e díspares polemiza luxúria no mágico distúrbio de infindos tons irresistível porta aos pecados humanos mundanos rico oceano em fulgor, variedade de infinitas espécies empréstimo ao brilho da harmonia do poder do universo. Nem mesmo os parcos jardins de espinhos e egoísmo ego (veneno aterrador a devastar a vida no ecossistema) conseguem destruir a força da restauração dos sábios dedos das crianças resistência aguerrida na preservação de todas as espécies.

donde se ouve o silêncio do canto das flores sepultura da paz, outrora reino do horizonte sem fim no abraço à eternidade em pleno arrebol de alegria infinda.

Ante a resposta dos vivos à necessidade da vida a Criação em sinfonia rejubila-se com a variedade diversa da vida numa beleza de encanto único, imperdível!

Gotas de orvalho são lágrimas de prazer sobre a magia debulhada da diversidade da vida. A passarada entoa convite à reflexão sobre caos no planeta.

Maravilha magnífica de todos os sentidos sensitivos a relação de baleias, homens, rouxinóis, andorinhas comunhão do cosmo com o carrossel da irmandade da vida.

O arco-íris, essência da própria felicidade, www.varaldobrasil.com

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Origem versus Destino... Por José Carlos Paiva Bruno Platão afirmou que as almas caem em corpos por castigo. Onde protesto e digo: a vida e o homem por si só, são siso das grandes afrontas e desafios ao inimigo. Razão pela qual discordo veemente dos comportamentos antinaturais: tatuar-se, drogar-se, perverter-se, como autoflagelo. A paz do corpo e espírito, saúde; vem do permanente encontro com Deus, que é também toda natureza presente. Para que milagres (intervenções do divino no terrestre) aconteçam, carecemos apenas merecê-los. Onde o meritório (certamente pós-purgatório) identifica-se naturalmente saudável, nada mais. Não pretendo aqui um tratado da virtude, tão somente auxiliar na busca do melhor caminho entre dois pontos, nossa familiar reta. Respeitando todos os pensadores, anteriores, contemporâneos e ulteriores, seus motivos formas e cores, até mesmo pretensas normas e retóricas... Da agonia de Sartre à perplexidade de Nietzsche. Afinal, as famílias existenciais e a sociedade organizada, definiram-se anteriormente em plano de amor, merecemos e optamos em estarmos aqui. Assim, do meu livre arbítrio alcanço o destino que quero. Vero verbo; escolho a superação de Santo Agostinho, mundano virtuoso, merecedor da Graça: toma e lê! Chove por aqui; arredores da Serra Bocaina. Manha das águas em retorno evaporação, sinonímia metáfora, consequência de nossa atitude ação. Quando olho pela janela esse verde molhado, lá adiante os cumes azul oxigênio, penso no Deus maravilhoso, soprador daquele barro Vida... Então, que seja atrevida felicidade! Desconheço qualquer talento oriundo – que é um vindo do fundo – da indiferença... Em prosa, sendo seja ou veja; oxalá vindo peregrino, porque despreza norma e medalha circunstância, apenas intensidade pureza da manjedoura infância. Esta que descobre a sabedoria, percorrendo a distância. Revendo a Peri Archõn de Orígenes, irremediavelmente reencontro sua triste mutilação. Volitiva crudelíssima autônoma, antagônica a do castigo de Sun Tzu (Arte da Guerra), engendrada via destino inveja. Este sem pés, aquele eunuco; onde rabisco arguto, sem ópio, sem ódio, ou perda desrespeito irreversível. Respeitando meu corpo alma e outrem, traduzidos templo e vontade divinos. Seja nossa inquietude – tempo – o verdadeiro desejo de melhorar...

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Preservação da vida Por José Hilton Rosa O sol levanta-me com o amanhecer O cheiro da brisa me rejuvenesce O horizonte me da prazer Descanso os olhos com a paisagem que renasce Canto com o canto das aves Chegam sem avisar, as araras Parece que viajaram em naves Rodaram o mundo e pousaram em Araras O dia é manso, sem prazo para passar Peço a Deus para a vida preservar Coloco aviso que aqui não pode mais caçar Quero entre as arvores passear Do mel das abelhas me alimentar A tosse do meu filho, com mel também vou curar

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BANDEIRA ESPERANÇA Por Paulo Siuves

Quando penso em todos os esforços de muitos por ai em prol de tantas bandeiras levantadas pelos quatro cantos da terra e sendo defendidas com lágrimas, suor e sangue, só respondidos por palavras e palavras... São tantas as palavras pelo ar que vão e vem como as ondas do mar e, às vezes, são tão bonitas e brilhantes como o pôr do sol que enchem os olhos, alguns olhos azuis, outros verdes como a esperança desses tantos que empunham essas bandeiras lavadas em lágrimas, lágrimas de quem vê as crianças pelas ruas, crianças que geram crianças e são rejeitadas, como se tivessem nascidas numa nação sem bandeira, uma bandeira molhada no suor de um povo sem terra, que marcha sob o sol e pede clemência, pede o direito de plantar e ter o orgulho de levantar uma bandeira, uma bandeira manchada de sangue dos animais que vão se extinguindo e dos homens que tentam evitar que os nomes desses animais sejam apenas lembranças, de tantas esperanças, lembranças de tantas bandeiras banhadas em lágrimas, suor e sangue...

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UM DIA Por Hiatus UM DIA O HOMEM, RESPIROU, E APRENDEU A IMPORTÂNCIA DO AR UM DIA O HOMEM, SOUBE OUVIR, DOS PASSAROS O BELO CANTAR UM DIA O HOMEM, PRESERVOU, ÁS ARVORES,SEU HABITAT UM DIA O HOMEM, CONTEMPLOU, O QUE NUNCA MAIS EXISTIRÁ UM DIA O HOMEM SE BANHOU, NAS ÁGUAS CRISTALINAS DO MAR UM DIA O HOMEM, AMOU, TODAS AS ESPÉCIES QUE HÁ UM DIA O HOMEM, FOI HOMEM. E APRENDEU A RESPEITAR A TERRA,Á ÁGUA, O AR. UM DIA.

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SERVIDÕES, ATALHOS E VEREDAS Por Maria Luiza Vargas Ramos Nem só de avenidas e praças é feito o caminho da gente. Tampouco apenas de linhas retas, ou vias de mão única. As estradas que nos conduzem aos sonhos, às metas ou ao que quer que queiramos atingir, muitas vezes são tortuosas, íngremes, recheadas de obstáculos. Se formos espertos, desviamos deles; caso contrário, vamos acumulando cicatrizes das quedas e arranhões. As pessoas muito ocupadas - e que quase sempre buscam essa super ocupação como fuga inconsciente de si mesmas - quase não param para pensar na vida e nas atitudes tomadas, nas escolhas feitas. Não sofrem muito, passam pela vida anestesiadas, com prazeres efêmeros e sempre adiando uma tomada de posição mais radical em relação a tudo. Por outro lado, há os que não vivem, apenas pensam seu viver. E vivem cobrando, de si e dos outros, por suas carências e latências não resolvidas. Algozes eternos, não se permitem saborear um momento se não estiver devidamente fundamentado e em acordo com sua forma de encarar a vida. Sofrem demais. Quase aos empurrões, vamos galgando postos, encurtando estradas, embrenhando-nos por servidões, procurando atalhos, nos perdendo nas veredas. Um dia paramos, seja pelo motivo que for, e aí começa a rodar o videoteipe da nossa trajetória por aqui. Os sustos são inevitáveis. Como conseguimos viver longe dos seres que mais amamos, adiando visitas, aguardando momentos propícios, como se nossa vida - e a deles - fosse eterna?! Como aceitamos tantas desculpas esfarrapadas para esse distanciamento, muitas delas forjadas por nós mesmos? Em nome de quê deixamos de acompanhar a velhice dos pais e dos avós, as conquistas dos filhos e o crescimento dos netos? Por que escolhemos a saudade como palavra principal do nosso dicionário? Você já reparou bem em suas mãos no Inverno? Mesmo de unhas feitas e bem hidratadas elas são uma ampulheta implacável do nosso tempo por aqui. Ou você é do tipo que consegue mentir até para si próprio (a)? Por que esquecemos tão rápido Luciano Pavarotti, por exemplo, e suportamos estoicamente tanto cantor ruim em nossos ouvidos, em nome de uma modernidade falsa e sem sentido? Por que o computador se tornou tão importante em nossas vidas, a ponto de nos tornarmos dependentes dele, mesmo que ele não tenha feito parte da nossa vida escolar e pessoal? Se através dele e do mundo virtual que ele descortina descobrimos reais afinidades, amizades verdadeiras, companheirismo, parceria, por que, no tempo certo e ao vivo, nos deixamos levar por valores tão superficiais, desgastados pelo tempo, desmentidos pelos anos? Mais uma vez, estamos enveredando por caminhos que preencham nossa existência, que nos forneçam respostas, que nos ajudem a suportar a caminhada. Sejamos, pois, as flores que margeiam a estrada, perfumando o trajeto e nos dando alento para seguir em busca do rumo certo, do que vale mesmo a pena, do que não pode ser deixado para depois.

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A ARTE DE MARCELO CSETTKEY

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A ARTE DE MARCELO CSETTKEY

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FALANDO DE CULTURA Marluce Alves Ferreira Portugaels

A Amazônia, segundo Euclides da Cunha!

O Falando de Cultura, nesta edição da revista Varal do Brasil, que tem como tema “Preservação da Vida”, aborda a Amazônia, segundo a visão do grande escritor brasileiro, Euclides da Cunha (1866-1909). Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, disse que “o sertanejo é, antes de tudo, um homem forte [...] a seca não o apavora [...] é um complemento à sua vida tormentosa”. Ele teria dito algo semelhante sobre o caboclo do interior da Amazônia, o amazônida, que lida, igualmente, com as adversidades da natureza, tivesse o grande escritor tido tempo de escrever o livro que planejara sobre a Amazônia, que ele descreveu nos escritos que deixou, como “... a última página, ainda a escrever-se, do Gênese”. Em carta ao seu amigo, Firmo Dutra, de 30 de setembro de 1906, ele diz, “Já comecei – finalmente – a alinhar Um paraíso perdido”.

de leitura obrigatória para todos aqueles que desejam conhecer essa região do mundo.

Em suas impressões sobre a Região Amazônica, Euclides escreve que “... o homem, ali, é ainda um intruso impertinente. Chegou sem ser esperado nem querido – quando a natureza ainda estava arrumando o seu mais vasto e luxuoso salão. E encontrou uma opulenta desordem... Os mesmos rios ainda não se firmaram nos leitos; parecem tatear uma situação de equilíbrio, derivando, tateantes, em meandros instáveis [...] sem que se saiba se tudo aquilo é bem uma bacia fluvial ou um mar profusamente retalhado de estreitos”. [...] “...a flora ostenta a mesma imperfeita grandeza. Nos meios-dias silenciosos – porque as noites são fantasticamente ruidosas – quem segue pela mata, vai com a vista embotada no verde -negro das folhas [...] ...a fauna singular e monstruosa, onde imperam, pela corpulência, os anfíbios, o que é ainda uma impressão paleozoica... [...] ...destarte a natureza é portentosa, mas incompleta. É uma construção estupenda a que falta toda a decoração interior... [...] ...a Amazônia é talvez a terra mais nova do mundo...”

Em 1986, em comemoração ao 80º aniversário da expedição de reconhecimento do alto Rio Purus (1905-1908), chefiada por Euclides da Cunha, saiu a 1a edição de “Um paraíso perdido”, contendo ensaios, estudos e pronunciamentos do grande escritor sobre a Amazônia. Esse livro, coordenado pelo escritor e historiador, Leandro Tocan- (Segue) tins, foi reeditado em 1994 (2a ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1994), sendo obra

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Nomeado, pelo Barão do Rio Branco, chefe da parte brasileira na Comissão Mista Brasileiro-Peruana para Reconhecimento do Alto Rio Purus, Euclides da Cunha parte do Rio de Janeiro em 13 de dezembro de 1904, pelo navio Alagoas, do Loide Brasileiro e chega a Belém do Pará em 25 de dezembro. Seguindo para Manaus, lá desembarca em 30 de dezembro e fica até o dia 5 de abril de 1905, quando parte para o Acre. Depois de passar seis meses viajando pelos rios e pela floresta amazônica, ele volta a Manaus em 23 de outubro. Finalmente, em 18 de dezembro Euclides da Cunha retorna ao Rio de Janeiro, pelo navio Brasil. Sua passagem pelas principais capitais do Norte do Brasil, Belém do Pará e Manaus, foi rica em experiências, sendo sua adaptação ao clima quente e úmido da região, principalmente em Manaus, um processo penoso. Suas impressões estão registradas nas muitas cartas que escreveu a seu pai e a amigos. De Belém, ele teve boa impressão, conforme relata a seu pai em carta de 30 de dezembro de 1904, “... nunca esquecerei a surpresa que me causou aquela cidade [...] ...não se imagina no resto do Brasil o que é a cidade de Belém, com seus edifícios desmesurados, as suas praças incomparáveis e com a sua gente de hábitos europeus, cavalheira e generosa”.

tejupar se achata ao lado de palácios e o cosmopolitismo exagerado põe ao lado do ianque espigado... o seringueiro achamboado...”. Durante a expedição de reconhecimento do Alto Purus, Euclides da Cunha, como intelectual refinado, fez observações importantes para a posteridade sobre a Região Amazônica que ele passou a conhecer tão bem. Conforme escreve o Professor Jacó César Piccoli, Presidente da Fundação de Recursos Humanos, Cultura e Desportos do Estado do Acre, Euclides da Cunha foi um brasileiro que compreendeu a Amazônia de sua época, pois conviveu com antíteses da realidade brasileira, ou seja, o árido sertão do nordeste (“Os Sertões”) e a rica e luxuriante selva amazônica, constatando que não obstante os ecossistemas diferentes, a sociedade brasileira está sempre dividida em patrões e empregados, seringalistas e seringueiros, fazendeiros e peões, colonizadores e colonizados, gerando relações históricas de domínio e exploração do homem. Os estudos que deixou no esboço do livro que iria escrever são de importante leitura para todos os que desejam conhecer a Amazônia e seus mistérios, uma vez que ela representa o futuro para o Brasil e para a Humanidade.

Sobre Manaus, onde ele passou bastante tempo esperando que o navio da expedição ficasse pronto para iniciar a viagem, ele faz observações interessantes sobre o povo e sobre o lugar, “... a gente é boa. Em que pese ao cosmopolitismo desta Manaus, onde em cada esquina range o português emperrado, ou rosna rispidamente o inglês e canta o italiano...” [...] ....Manaus, onde eu julgava ficar poucos dias, e onde estacamos de improviso, a braços com os maiores empecilhos na aquisição de meios de transporte... [...] ...caí na vulgaridade de uma grande cidade estritamente comercial... [...] cidade meio caipira, meio europeia, onde o www.varaldobrasil.com

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- Salva o Meio Ambiente!

Por Leonilda Yvonneti Spina Ama a Natureza e ela te agradecerá! Estende o olhar à tua volta... Ouve o trinar festivo dos pássaros, que saltitando entre o arvoredo começam bem cedo a saudar a manhã. Delicia-te com o verde à tua passagem! Pensa que essa paisagem de vida e cor merece maior respeito e valor. Contempla atentamente o rio, o mar... Reflete sobre a imensidão de vidas que ali estão a habitar; sobre o equilíbrio entre as espécies, que pela ação insensata do homem, um dia poderão se acabar! Matas e florestas, pulmões verdes da Humanidade, devem ser encaradas com maior seriedade. Das onças às capivaras, dos dourados às baleias; das antas aos quero-queros; das araras aos micos; das heras às bromélias; das orquídeas às vitórias-régias; dos ipês às araucárias; das seringueiras aos palmitais, todos são essenciais à Natureza.

Pensa mil vezes antes de poluir as águas, para evitar calamidades ou conflitos. O ar que respiras, o recebes de graça... - Precioso sopro de Deus em teu ser! Aspira-o e Lhe agradece a cada dia que passa, pela suprema dádiva de viver. Cuida da fauna, flora, rios e mares, fontes, riachos, cachoeiras, cascatas; praias, campos, bosques, florestas. Do Pantanal... Da limpidez do espaço, desta bendita Natureza em festa! Aqueles que detêm o poder, têm o dever de agir com maior rigor contra o desrespeito ao oceano, aos rios; zelar pelas reservas e santuários da ecologia e defender as áreas indígenas da atual selvageria. Faze tua parte, não te omitas... Ergue tua voz nas ruas, nas praças, nas cátedras, na imprensa, nas Casas de Leis! Cuida, porém, do meio em que vives, a começar pelas hortas, pomares, quintais, vales, jardins... hortos florestais. Deus fez deste país um paraíso! É preciso amar a Natureza, com a consciência de que protegê-la, preservando esta riqueza, é garantir da Humanidade o sustento!

Defender o Meio Ambiente é o único meio de, em sã consciência, preservar nossa própria sobrevivência.

- Salva o Meio Ambiente... Este é o momento!

Que será do amanhã com a poluição dos rios e mares, das matas as devastações desenfreadas, as tristes e ilegais queimadas? Deixa a tartaruga esconder os ovos na areia... Esquece o fascínio por bolsas e calçados de couro de crocodilos e jacarés! Não permitas que os leques dos avestruzes deixem de executar curiosas coreografias em seu habitat natural, para enfeitar luxuosas fantasias no carnaval... www.varaldobrasil.com

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PVWXVYZY [\]Y^_Y[W [Y` `\``a\` [\ Yb]cXVYdW` \ YefZYga\` *Todos os dias, saraus e momentos de encontro entre os autores e o público

QbYV]Y-F\fVY – 30 [\ AhVf^ (Ee]VY[Y LfiV\) 11h00-11h45 Isabel Cristina Albuquerque - Primeiros Frutos Jacqueline Aisenman - Sentimentos Confiscados e outros títulos 13h00-13h45

Henrique Bon - A Noite dos Peregrinos e outros títulos

14h00-14h45 Lúcia Amélia Brulhardt - Mada-Leninha e o Desaparecimento de Bubu - – Português/Francês Fernanda Liberato - Sulco 15h00-16h30 Marcelo Madeira - Apresentação musical dos áudio-livros infantis do autor sobre o folclore brasileiro 16h45-17h30 Angela Delgado - Ephemeris e outros títulos – Português/Francês Jania Souza - Rua Descalça e outros títulos Maria João Saraiva - Emigrei, chove música (...) e outros títulos 17h45-18h30 Dulce Rodrigues - Era uma vez uma casa e outros títulos Português/ Francês/Inglês Isabel Cristina Albuquerque - Primeiros Frutos

Qbfe]Y-F\fVY – 1º [\ MYfW 10h00-10h45 Antônio Cazão - E o mundo não acabou (...) e outros títulos Irma Galhardo – Epopeia Tocantinense e outros títulos 11h00-11h45 Samuel Pimenta - Geo Metria e outros títulos Fábio Kerouac - Um Poeta Brasileiro em Hamburgo Português/Alemão 12h00-12h45 Lúcia Laborda - Amor Silente e outros títulos Isis Dias Vieira - La Prière du Notre Père - Português/Francês 13h00-13h45 Dulce Auriemo - Espantaxim e o Castelinho Mágico e outros títulos Maria João Saraiva - Emigrei, chove música (...) e outros títulos 14h00-15h30 Luiz Ruffato - Tant et tant de chevaux e outros títulos - Português/ Francês 16h00-17h00 Lúcia Amélia Brulhardt – Leitura para crianças 18h00-19h00 Participação de Alice Ruiz, Cíntia Moscovich e Luiz Ruffato no palco principal Apostrophe com o tema : Literatura Brasileira Contemporânea.

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S\o]Y-F\fVY – 2 [\ MYfW 11h00-11h45

Sérgio Beija-Flor Poeta - A Dança das Flores - Português/Alemão Samuel Lira - Antologia da Academia de Letras de Camaragibe

12h00-12h45

Eliana Machado – Locos Brasilis e outros títulos Espanhol/Francês Lia Figueira - A Perna Imaginária

13h00-13h45

Diva Pavesi Jania Souza - Rua Descalça e outros títulos

14h00-14h45

Roselis Batistar - Rubra Carmesí e outros títulos - Português/Espanhol

15h00-15h45

Henrique Bon - A Noite dos Peregrinos e outros títulos Val Beauchamp - La Faute à Napoléon e outros títulos - Português/Inglês/Francês

16h00-16h45

Irma Galhardo - Epopeia Tocantinense e outros títulos Samuel Pimenta - Geo Metria e outros títulos

17h00-17h45

Sheila Mann - Culinária do Líbano a Israel Clara Machado - Almas Feridas e outros títulos

18h00-19h30

Luiz Ruffato, Alice Ruiz e Cíntia Moscovich- Português/Francês

19h45-21h30

VYVY^ Ae]W^cXfqW 4 em presença dos coautores Coquetel e música com a dupla Dulcineia Enferrujada

`rhY[W –3 [\ MYfW 10h00-10h45

Samuel Lira - Antologia da Academia de Letras de Camaragibe Eliana Machado – Locos Brasilis e outros títulos - Espanhol/Francês

11h00-11h45

Angela Delgado - Ephemeris e outros títulos - Francês/Português

12h00-12h45

Diva Pavesi Antonio Cazao - Vamos ser Felizes (...) e outros títulos Sérgio Beija-Flor Poeta - A Dança das Flores - Portuguê/Alemão

13h00-13h45

Sheila Mann - Culinária do Líbano a Israel Dulce Rodrigues - Era uma vez uma casa e outros títulos Português/Francês/Inglês

14h00-15h00

Animação especial com Clara Machado sobre o livro Almas Feridas (música e leitura dramática)

15h15-16h30

Cinta Moscovich - Por que sou gorda mamãe? e outros títulos

16h45-17h30

Val Beauchamp - La Faute à Napoléon e outros títulos – Português/Inglês/Francês Roselis Batistar - Rubra Carmesí e outros títulos - Português/Espanhol

17h45-18h30

Lúcia Laborda - Amor Silente e outros títulos Fabio Kerouac - Um Poeta Brasileiro em Hamburgo – Português/Alemão

DWZfeXW – 4 [\ MYfW 11h00-11h45

Lúcia Amélia Brulhardt - Mada-Leninha e o Desaparecimento de Bubu - – Português/ Francês Marcelo Madeira - Apresentação musical dos áudio-livros infantis do autor sobre o folclore brasileiro

12h00-12h45

Fernanda Liberato - Sulco Isis Dias Vieira - A oração do Pai Nosso - Português/Francês

13h00-13h45

Dulce Auriemo - Espantaxim e o Castelinho Mágico e outros títulos Lia Figueira - A Perna Imaginária

14h0-15h30

Alice Ruiz - Desorientais e outros títulos

16h00-19h00

Lfe[Y` L\e[Y` BVY`f^\fVY` : – Lançamento da antologia da REBRA com a presença de parte das coautoras Coquetel com música com Jolanda Giardiello e Marcelo Madeira

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DICAS DE PORTUGUÊS com Renata Carone Sborgia

O correto é: juízo A festa das datas do final do ano foi um “show”!!! Tenho certeza!!!

Regra fácil: : Conforme o Novo Acordo Ortográfico, devemos acentuar as vogais I e U dos hiatos quando forem sílabas sozinhas ou com S. Ex.: Ju-í-zo

Correto: show

e-go-ís-ta Regra Nova: Conforme o Novo Acordo Ortográfico, o alfabeto da Língua Portuguesa passa a conter 26 letras a ele, incorpoHiato: Quando as vogais se encontram em sílabas diferentes, embora estejam em rando-se K, W, Y. sequência. Usadas em casos especiais,como sigas, símbolos, unidades de medidas internacionais e palavras originárias de outras Línguas. PARA VOCÊ PENSAR: Maria comprou o convite da festa por “cinquenta” reais.

“Estou buscando o equilíbrio, estou tentando afastar o negativo. Não tenho espaço pra arquivar desamores, Irá à festa!!! dissabores. Regra Nova: Conforme o Novo Acor- Não tenho espaço para as dores. do Ortográfico, não se usa mais o trema em Deixei um pedaço reservado para o acaso. palavras da Língua Portuguesa. Um espaço pronto para ser usado. O acento só permanece em nomes próprios Mas que seja de sentimentos bons, de sene seus derivados de origem estrangeira. sações envolventes. Me anulei para o que cansa, me anulei para a falta de reciprocidade. Deixo o espaço aberto, para as boas energias e pra felicidade.” Pedro perdeu o “juizo”!!! Sil Guidorizzi Perdeu também a nova regra ortográfica!!!

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LUPA CULTURAL Por Rogério Araújo (Rofa)

meio literário, quais livros são considerados

E “Oscar” vai para... Você!

um grande sucesso? Os que ocupam a lista Assisti à cerimônia da grande festa de vendas e mais procurados dos jornais e do cinema em Hollywood com seu glamour revistas ou aquele que recebe crítica mais e todos “nos trinks” e sua moda de artista positiva? nem sempre usável por qualquer mortal. Um filme ou um livro pode ser comMas vestimentas à parte, o que mais prado por alguém influenciado pela mídia chama a atenção neste evento anual que que o taxará como o “melhor de todos” e, premia diversas categorias cinematográfi- na verdade, este leitor não concordar com cas é o aprimoramento das técnicas utiliza- essa classificação do grupo seleto especiadas, ainda mais com todo o aparato tecno- lizado. Mas aí já o adquiriu. (Segue) lógico atual. É emocionante observar os artistas, roteiristas, diretores e todos que nos bastidores fazem o filme chegar finalmente às telas. Demora anos, mas o fruto do trabalho de muitos que consegue obter o produto final que será, enfim, “apreciado” pelos espectadores. Uma academia que faz as indicações e na grande festa do cinema divulgam os vencedores da glamorosa estatueta. E o público, não diz nada e nem é consultado? O sucesso neste meio é medido pela bilheteria que arrecada e bate seus recordes ou pelos números de prêmios cinematográficos que recebe. Mas será isso algo real ou apenas marketing? E, do mesmo modo, analisando o www.varaldobrasil.com

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Qual

seriam,

então,

as

“obras-

Trabalhar a técnica sem se preocu-

primas” da sétima arte e da literatura? par com a emoção e toque artístico extreAquele que o espectador ou leitor teve mamente necessário para se obter um reacesso, “provou” e aprovou. Isso significa sultado mais completo. Pensar em prêmios que é uma análise oculta que nunca terá sem pensar no público-alvo para o qual é totalmente uma resposta. Afinal de contas, dirigida a obra de nada vale. não são para ele essas obras? Ou será que

Sobre isso disse Mário Quintana:

alguém faz alguma coisa já pensando em “Pegue sua xícara e leia a vontade: "Um bom poema é aquele que nos dá a impres-

reconhecimento e prêmios?

Receber um destaque na mídia ou são de que está lendo a gente... e não a ser condecorado com alguma medalha e gente a ele." títulos não é para qualquer um. Vale muito

Por essas e outras que um filme ao

as entidades que promovem o evento para ser roteirizado ou um livro ao ser escrito desaber da credibilidade deste “destaque ar- ve ser pensado em como o espectador e leitor irá assimilar e reagir a tudo que lhe é

tístico”.

No meio literário existe o “Prêmio Ja- exposto. A emoção que o causará. Este sim buti” que analisa os livros lançados no ano deve ser aprovar. anterior para saber os melhores em diver-

Depois desta análise sem pé nem

sas categorias. Muitas vezes o júri dá prê- cabeça, como alguns podem dizer, o impormios aos conhecimentos em detrimento aos tante é saber que o público que irá fazer da anônimos, mesmo que este superem em obra um sucesso ou fracasso. qualidade os outros. Polêmicas que são feitas por pura discriminação inexplicável.

Acontece até mesmo de algo feito para ter uma grande repercussão afundar sem a maior explicação. Talvez justamente por não ter sido pensado para o público, mas para os intelectuais de plantão. Fazer o melhor para mostrar suas ideias com a obra vale a pena e deve ser a prioridade. Fazer sucesso simplesmente pela fama e por prêmios e títulos que mais cedo ou mais tarde todos esquecerão, de nada valerá.

(Segue)

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Como disse Marilyn Monroe que sofreu justamente com isso: “Com a fama, você sabe, você pode ler sobre você, alguém dá ideias sobre você, mas o que é importante é como você se sente sobre si mesmo, de sobrevivência e de vida do dia a dia com o que surge”. E é uma grande verdade. “E o Oscar vai para...” aquela pessoa mais importante se a qual de nada adiantaria a produção cinematográfica de milhões e nem o gasto de horas queimando a cabeça na dança das palavras nas linhas: VOCÊ!” Um forte abraço do Rofa! * Escritor, jornalista, autor do livro “Mídia, bênção ou maldição?” (Quártica Premium, 2011), lançado na XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro (2011), Salão de Genebra, Suíça (2012), Expo América, em Nova York, EUA (2012) e na Feira de Frankfurt, Alemanha (2013); dentre participações em diversas antologias no Brasil e exterior; vencedor de prêmios literários e culturais; membro de várias academias literárias brasileiras e mundiais; menção honrosa no Prêmio Varal do Brasil de Literatura, com a crônica “O amor... é cego, surdo e mudo?!”; recebeu o Prêmio Diamonds Of Arts and Education Austrian 2013, em Viena, Áustria (2013). O que achou da coluna “Lupa Cultural” e deste texto? Contato: rofa.escritor@gmail.com

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A CADA ESTAÇÃO Por Lourdes Hofstetter

A cada estação o renascer de uma nova emoção. A natureza a cada dia nos revela lindamente o respeito e obediência na execução das tarefas que o criador lhe confiou para o início e fim de cada era. No inverno ela adormece, se fingindo de morta. Aquecida e alimentada das estações passadas. Na primavera se desperta toda iluminada e feliz, pronta pra renascer e florir. No verão ela se acalma, amadurece e acolhe os seus filhos e frutos que darão continuação a vida. No outono se recolhe, solta seus frutos, suas folhas, seus filhos que foram preparados para ficarem ou irem para outros continentes. Os que ficam se recolhem confiantes em sono profundo, necessário na recuperação de suas forças e beleza para breve renascer em: Uma primavera florida, um verão acolhedor, um outono colorido e um inverno de descanso, paz e amor.

Só os homens inquietos e capazes de pensar, que ao invés de se adaptarem e as mudanças aceitar, vivem sempre a reclamar. Seres, seres, seres pensantes, quando que irão entender? Que eu, tu, nós, vós, a natureza fazemos parte de um mesmo ser, vindos a terra com a mesma missão: germinar, nascer, crescer, garantir a continuidade da vida e morrer, para despertar novamente em um novo florescer! Sem essa consciência o que vemos? Rios e mares imundos e sem peixes, grandes áreas desnecessariamente desmatadas desabrigando a todos. Tendo como consequências: Invernos amemos, verões escaldantes, graças aos homens que com sua desobediência destroem o ciclo natural de tudo. Saibamos que a natureza, é como uma mãe cuidadosa que sem se importar de como se comportará seus filhos seguem simplesmente o seu instinto natural divino de: Procriar, cuidar, alimentar e orientar-lhes da melhor maneira possível.

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Framboesa, pêssego, pitanga!

A Águia e a Flor

Tão insanas quanto sensitivas. Qual gengibre que ordena: Saliva! Secreta! E em segredo, inunda!

Por Lucelita Maria

Enverga as asas e abarca a rainha dos raios em bicadas naquela que rege os ventos.

Salve! Salve!

Reverente, o mundo para...

E chega o entardecer, rosado!

Silêncio quase profano.

E a águia descansa em tons vermelhos, para deleite da sua acuidade visual.

Guerreira e regente das paixões vibra, imediata ao vôo da águia e o tempo é o agora, presente, instantâneo, subcutâneo, derme. Porém, não definitivo.

Tem a flor, que traz versos. Tão somente o que tem, para alimentar a sua envergadura.

Decisão nos olhos de rapina que cedem, submissos à flor. Ela que é a propulsora da vontade daquele que tem o céu nas asas. Ela que é devastadora na sua vontade imprevisível. Querendo, é branda, porém, totalizante. Ordem ditada, e há o entrelaçar de garras e pétalas, e voos rasantes nos confins, latins e afins. Ela é, e isso basta à águia. Rosa vermelha de alma coral, cujos sons não são conhecidos em terra. Para ouvi-la há de ter asas em revoada, sensíveis ao suspiro da flor, matizada em golfadas na cor cobre. Embora venha do estanho com nuances de cassiterita, na tentativa profana de se fundir ao ferro das garras da águia, e conhecer desejos de lírio, com texturas de polpa suave.

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É ASSIM QUE O MUNDO JAZ Por Marina Gentile

Silêncio dolorido, família em lágrimas, Sofrimento da mãe que se despediu, Silêncio do ambientalista que reclamava, Silêncio absoluto, todos vencidos pelo medo, No palco de homens movidos pela ambição.

E que se danem as grandes causas, E que se danem as causas ambientais. É assim que muitos homens agem, É assim que o mundo jaz.

Agindo em preservação da vida, mais um ambientalista foi calado.

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A MULHER E A ESTRELA Por Marilina Baccarat de Almeida Leão Por uma porta aberta, olhava a bela mulher de cabelos cor de fogo e mãos com dedos compridos, os olhos perdidos, buscando, no céu de fim de tarde, quando a noite já começava a cair, uma estrela. Aquela estrela, que sempre parecia aumentar o brilho, para que ela, encantada, pudesse estabelecer um diálogo com a Estrela. Ao encontrá-la, abriria um sorriso, daria uma boa noite à estrela e a conversa começaria, como qualquer outra, contaria do sol ou da chuva, da família e das amigas, quando cansasse, sentaria no batente da porta e respiraria fundo o cheiro do jasmim... Várias vezes, descreveu, para sua amiga estrela, o que era o aroma, só que não adiantava muito, pois a estrela não entendia...Descrevia a aspereza da terra e a maciez da grama, do gosto salgado da lágrima, do doce da fruta, do amargo do jiló, do gelado do sorvete. E então a confusão estava feita:- O que é sorvete? Sorrindo, a mulher dizia:- Esquece e me fala do que você vê. A estrela então dizia:Daqui, durante o dia, posso ver pouco, pois o sol me bloqueia, vejo nuances de cinza, pontos coloridos, indo e vindo, lentos ou rápidos demais, os ruídos são tantos que me confundo, houve uma vez que quase caí, um vento muito forte passou por mim, senti um cheiro estranho, minhas amigas, que estão aqui, há muito tempo, disseram que são aviões de guerra, senti o cheiro da morte, você já sentiu esse cheiro? A mulher respondeu que sim, mas, não queria falar sobre isso, era triste demais, não a morte em si, mas, sim, como se morre na guerra... Para aliviar a tristeza da voz, que sentiu da mulher, a estrela então começou a falar:agora mesmo vejo muito bem, você e seus cabelos vermelhos, o branco do que se chama jasmim, e muitas luzes, que, daqui, parecem iguais a mim. A senhora então sorriu com a gentileza dela e descreveu que, da terra, ela via a estrela com um enorme brilho, que a distância fazia com que ela parecesse uma fada ou um anjo. A estrela ficou feliz e disse que poderia vir à terra morar e ser vizinha da sua amiga, sentir os cheiros, a aspereza da terra, o gelado do sorvete e o perfume do jasmim, sentir a vida... Sábia, a mulher de cabelos vermelhos lhe explicou que, se ela viesse, maravilhoso seria, contudo, como conseguiria voltar ao céu? A estrela então respondeu que não poderia voltar, pois, na terra ficaria, mesmo que fosse jogada ao mar, onde nasce a lua. Ainda, assim, não retornaria e nem sequer estrela do mar se tornaria. Então a doce senhora lhe pediu que no céu ficasse e iluminasse as noites escuras, junto com a lua e no dia em que, do céu, ela visse um rasgão de luz, correria e a abraçaria, juntando assim o céu e a terra em poesia única, onde a grama macia a faria repousar sobre os olhos de suas companheiras do céu...E então, eternas, na terra, seria a mulher e a estrela.

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Cresci contigo...

Minha singela homenagem a minha querida Mãe. Eu não te pedi, Más aconteci... Desde o primeiro momento, Sofri, pois a rejeição. De teu corpo logo senti. Não te culpei, A natureza assim o fez! Depois, ali aninhado. Recebi todo o carinho de ti. Tudo ouvi e senti. Mas foi chegada à hora, E para este mundo tive que vir. A dor é muito grande, O medo e a insegurança, Dominaram-me Depois aninhado em teu peito, Pude sentir toda a paz do mundo No teu imenso amor... Cresci em ti e contigo E agora que partistes, Deixastes plantado em mim, O maior bem do mundo, O amor único e verdadeiro O teu Amor de Mãe! E creia-me com toda a paz Aninhada em teu peito, Para sempre ficarei, Pois cresci em ti... Por Marlene Bernardo Cerviglieri www.varaldobrasil.com

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Eu... Natureza Por Marilu F Queróz Sou como rouxinol Voo pela atmosfera. Canto mares e prados, sigo rumo distantes Pouso em firme estrela... Sou como vampiro Vago em caverna escura Procuro em vão o eclipse No abismo de minha alma Mas só vejo estalactites... Sou como cachoeira Me despenco do rochedo Esparramo, espirro dos lados Mas caio segura em meu leito E sigo rumo afora Sou tudo isso... Sol, poeira cósmica, céu Ciclone, oásis, tâmara Sou toda natureza, sou distante.

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O DILEMA DO CHICO

outras, terão sempre amizades duradouras e esperam que tolerem suas fraquezas com a mesma condescendência que agem com os

Por Mário Rezende

outros. É fácil confiar em pessoas tão bondosas e é essa ingenuidade que os fazem

“A dúvida está me consumindo. Se eu

vítimas dos embrulhões da vida. Os Chicos daquele lugar são tratados

pudesse revelar pra alguém...“ O nome dele é Chico. Todos são cha-

de maneira diferente dos que vivem em uni-

mados de Chico, porque não há distinção. É

dades pecuárias. É uma escola. Os porcos

assim que os tratadores os chamam: uns

que vivem em unidades pecuárias não con-

Chiquinho, outros Chicão. As fêmeas cha-

seguem desenvolver os seus comportamen-

mam de Chica. O lugar onde vivem é muito

tos naturais. Vivem em espaço de chão ci-

sociável. Aliás, são características dos por-

mentado, sem a oportunidade de fazer o que

cos a inteligência e a sociabilidade. Eles são

um porco mais gosta e necessita: explorar o

capazes de passar horas a brincar. Criam

ambiente e o solo, correr e banhar-se na la-

laços de amizade muito fortes e protegem-

ma para refrescar-se. Ao contrário do que os

se mutuamente. Reconhecem os seus ami-

humanos pensam, os banhos de lama são

gos, cumprimentam-se por contato nariz

atos de higiene e bem-estar. Não têm o sen-

com nariz ou emitindo sons característicos

tido negativo que lhes é atribuído, porque

de saudação. Usam o nariz para contatar os

são, por natureza, muito asseados. Tratam

outros, se conhecerem e explorarem o seu

da higiene uns dos outros em sinal de afeto

meio, por sua enorme capacidade olfativa. O

e sociabilidade.

nariz é a sua janela para o mundo. Estudos

Na escola eles podem fazer tudo que

recentes de cognição animal, inclusive, mos-

gostam e são alimentados com comida farta

traram que os porcos são mais inteligentes

e limpa. Um espaço para brincar e conviver,

que os cães e conseguem saber o que se

alimentar-se, criar amizades, fazer ninho e

passa pela cabeça dos outros porcos, co-

descansar. Podem acasalar de acordo com

nhecem os seus nomes, quando são nomi-

os padrões naturais, inclusive praticar o ritu-

nados pelo homem. Gostam de ouvir músi-

al próprio, pelo qual os machos atraem e

ca, de brincar com bolas e outros objetos e

conquistam as fêmeas. As porcas são mães

também gostam de receber massagens. São

cuidadosas e utilizam-se de uma quantidade

animais dóceis, talvez seja por isso que no

diversa de sons na comunicação com os fi-

calendário chinês, as pessoas nascidas sob

lhotes.

o signo de porco são classificadas como tipicamente boazinhas, buscam a harmonia, tentam evitar qualquer tipo de discussão e

(Segue)

não guardam ressentimentos. Por essas e

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Ao contrário, nas unidades pecuá-

um laboratório. O que os Chicos viram, dei-

rias, os leitões são logo separados das

xou-os assustados. Existiam diversos os-

mães e alojados junto com todos os outros,

sos espalhados pelas paredes, como se

com os quais não têm afinidade e, por isso,

fossem quadros e em cima de um balcão,

ficam chamando pelas mães com sons la-

em exposição, um esqueleto de um animal

mentosos, frequentes e distintos. As porcas

que tinha o formato, sem dúvida, de um

passam a maior parte de sua vida em celas

porco.

de gestação. Um espaço ínfimo que mal

O Chico ficou estarrecido com o que

lhes permite mexerem-se e são continua-

ocorreu em seguida: entrou um homem

mente engravidadas, até que sejam abati-

vestido com um avental branco, desejou

das. Os machos são castrados para engor-

bom dia às pessoas que estavam sentadas

darem, quando não são mantidos solitários

e disse: “hoje vocês vão conhecer o que eu

em pequenas celas a fim de lhes retirarem

considero essencial na profissão que esco-

o sêmen para ser usado em inseminação

lheram. Vão aprender a dissecar um por-

artificial.

co”. Pôs luvas cirúrgicas e uma máscara

Chico era um porco feliz. Só uma

sobre o nariz e boca e pediu a dois ho-

coisa misteriosa acontecia de vez em

mens,

que

pareciam

quando, que o deixava ao mesmo tempo

“Tragam o bicho”.

seus

auxiliares:

apreensivo e curioso. Alguns de seus ami-

Quando os homens foram em dire-

gos eram levados do chiqueiro e não volta-

ção à gaiola, eles entenderam quem eram

vam. Ninguém sabia o que acontecia com

os bichos. Agarraram o seu amigo, que co-

eles. Mas, não tardou, ele descobriu para

meçou a se debater e a grunhir muito alto,

onde iam os felizes Chicos.

desesperado. Imobilizaram suas pernas

Certo dia ele foi um dos escolhidos. Era uma manhã triste, fria, chuvosa e cin-

com cordas e o depositaram sobre uma bancada.

zenta. Ele e um dos companheiros foram

Chico nunca mais esqueceu a ex-

levados dentro de uma gaiola apertada e

pressão nos olhos do seu irmão: medo, an-

desconfortável, num carro sacolejante. O

gústia, terror, tudo misturado. Chico olhava

veículo parou depois de algum tempo e

a cena também com desespero, sabendo

passaram-se pelo menos quinze minutos

que teria o mesmo destino.

até que abriram a porta. Apareceram dois

“Pode parecer cruel.” – voltou a falar

homens cobertos com capas de chuva. Es-

o homem de avental branco. – “Mas é ne-

tava chovendo muito naquela hora. Foram

cessário, a fim de que o animal não sofra e

levados por um corredor comprido, cheio

grite menos, que lhe apliquemos choque,

de portas, todas fechadas. Os homens en-

para que fique atordoado.”

traram com a gaiola numa sala onde estavam sentadas algumas pessoas, parecia www.varaldobrasil.com

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Fez sinal para que um dos auxiliares

O Chico não viu mais nada, porque

encostasse dois cabos na cabeça do seu

os alunos se juntaram em volta do balcão,

companheiro, que ao contato dos fios, es-

impedindo-lhe a visão. Arriou a cabeça e

tremeceu e gemeu em agonia. Em seguida

sentiu escorrer lágrimas queimando-lhe os

pegou um punhal em uma gaveta e mostrou

olhos. Ele compreendeu tudo e ficou aguar-

para os alunos. “O estilete tem que estar

dando, resignado, a sua vez.

bem afiado para que atinja com facilidade a

“Agora os senhores vão passar para

jugular do bicho” – falou. Em seguida intro-

o outro ambiente, a cozinha, onde eu vou

duziu o punhal no pescoço do animal que

ensinar a preparar os mais deliciosos pratos

grunhiu de maneira que Chico nunca mais

com a carne. Como está chovendo muito e

vai esquecer. O grito pela dor da morte co-

faltou quase a metade dos alunos, não vejo

meçou alto e foi diminuindo até estertor, na

necessidade de utilizar o outro porco” - dis-

medida em que seu sangue escorria para

se o homem de avental branco, era um Pro-

uma bandeja, onde ficou a vida do seu com-

fessor, e deu instruções aos auxiliares para

panheiro, que jazia inerte sobre o balcão.

devolverem o Chico ao chiqueiro. Ele ainda

Chico assistiu, em estado de agonia,

olhou para trás, quando estavam passando

um ser igual sendo sacrificado, sangrando

pela porta e viu um amontoado de ossos

até morrer. Ele ainda viu o corpo do infeliz

sobre o balcão e deduziu que eram os res-

ser jogado em um caldeirão fumegante de

tos do seu companheiro.

água escaldante, com a finalidade, depois

Quando chegou de volta ao chiquei-

viu, de facilitar a retirada dos pelos que lhe

ro, evitou o contato com seus curiosos ami-

cobriam o corpo.

gos, que vieram, como de costume, encos-

“Agora que o porco está limpo, eu

tar os narizes no seu. Era a primeira vez

vou lhes mostrar como se extrai dele os pe-

que um deles voltava, estavam curiosos.

daços mais saborosos e como se aprovei-

Chico se afastou escondendo os olhos.

tam todas as partes. Esses porcos são es-

Passou a ser um porco triste e por isso evi-

peciais, porque há preocupação ambiental

tam levá-lo novamente. Assim ele assiste a

na criação deles: foram produzidos em fa-

cada semana, a partida de companheiros

zenda com certificado de manuseio humani-

seus, cujo destino só ele conhece e convive

tário. São porcos felizes, criados em liberda-

com a dúvida se deve ou não revelar aos

de, num ambiente limpo, para que, livres de

demais.

toxinas, tenham a carne macia e saborosa,

“Conto ou não conto? Eu realmente

para ser utilizada nos nossos restaurantes.

não sei o que fazer... Se eu revelar aos

Quase tudo é aproveitado, da cabeça ao

meus amigos, ora tão felizes, eles vão so-

rabo. É, segundo um dos meus princípios,

frer, também, com a expectativa.

uma maneira de justificar a morte do animal.

(Segue)

Aproximem-se, por favor.” www.varaldobrasil.com

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Eu não sei se é o melhor caminho vê-los tristes sabendo da verdade, ou enganados, desconhecendo o que lhes está reservado, mas felizes enquanto viverem. Será que vale a pena informá-los, torná-los tristes pra poupar-lhes a vida como a minha está sendo, como percebi? Até quando? Reviver o Velho Major, o da Revolução dos Bichos?* Vale a pena viver desse jeito? Se todos estiverem tristes, não será, também, o fim? Eu não consigo fingir que estou feliz... Talvez fosse a saída...

*A Revolução dos Bichos – Geoorge Orwel

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Trilogia:

HINO À SERRA DOS ÓRGÃOS Por Emérita Andrade I SUBLIME NATUREZA Este tumulto que o mundo modernoso consagra, Enfeitado de neon e aparelhos virtuais, Não vale a tua imagem, oh Serra! O teu sorriso é algo que planta beleza Na alma e no coração da gente- quando se vestem de sonhos... Todas as cidades têm o brilho enganoso- dos tesouros ofuscantes, que o homem, Se é tolo, se enfeitiça e deixa-se levar, Ante ao poder e o desejo de encontrar. Na ânsia da ascensão, nega o divino. E esquece que o sublime é: Brincar com as mariposas, correr com o jaguar, Sorrir do bem-te-vi, colher beijos no ar, Abraçar as nuvens e cantar ao luar, Onde os picos se vestem de neblina, E a água desliza mansa e cristalina... Onde os Deuses se banham e encantam. Enquanto ao teu redor os pirilampos ciciam E a natureza multiplica seu verdor. Por entre as tuas curvas, cantam as maritacas, A borboleta bolina a flor. Os androceus estremecem e fazem derramar, O pólen de um novo amor. É a natureza em festa, Enamorada de esplendor!

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II HORIZONTE

Girando na mente entre As pedras e dos rios, ao sol ou ao luar, vejo coisas. Tão simples, tão belas, tão minhas, Que me ponho a viver... Fantasia inocente, Que a menina sente Os beijos do vento... E se põe a cantar! Orfeu nem sabia, que nas penedias, Os filhos da África iriam criar Em terras galantes, com os seus atabaques, Fazendo voar... Para um novo horizonte, O bruto penar! Não permita meu Deus, que me matem os desejos, Sem que os muros da quinta eu possa mirar! Eu não sou estrangeira, sou poeta. Sou trigueira, Sou índia tapuia, sou filha dos rios, Que voltou à gruta nesta pedra. Do monte bebo água da fonte, Neste céu de calor... Nestas penhas onde os faunos Dedilham as avenas e as faias se debruçam em beleza sem par, Nos olhos o sorriso fica a desenhar. Eu logro captar esta paisagem, Este sorriso entre o céu e o mar, Em que a realidade, Com toda a incerteza, Fez uma beleza Imensa derramar...

Foto: (Ernesto V Castro) www.varaldobrasil.com

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III SONHAR Se qual Orfeu um dia eu pudesse Ter ali um momento de ventura, Por entre as brumas que da serra descem, Tu... Imagem pedestal dos meus cuidados, O Dedo de Deus onde ali contemplo, Toda a grandeza deste meu sonhar... Se os hélios quisessem contemplar meu corpo, Entre as águas correntes de floridos bordados... Certamente eu queria, Ser qual força terrena, Que as lágrimas estremecem, Nas nascentes pequenas, Meu sentir, meu querer, meu viver bandoleiro. Que abandono o meu canto, Pra outros mundos buscar... Onde os micos dourados se embrenham nas matas Em trapézios voando... Transportando esperança... Esta forma dantesca - são as serras Que cantam e se vestem de plumas Se cobrindo de verde Lembrando pra todos... Que se banhem com leite Jorrado das tetas das índias tupis... Onde Astreia sorrindo espalha as sementes, Pra fazer ressurgir entre as almas que sentem Uma justa harmonia Do viver... Do sonhar...

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Oração à Natureza

Silencioso ao encontro do oceano.

Por Yara Darin

Seja a beleza das matas Das montanhas e das cascatas Na paisagem que se descortina As surpresas nos caminhos.

Qual a importância da oração? A mim, ensina-me a Natureza

Confesso,

Seja caminhando pelo parque Ou nas alamedas de um bosque

Bendita seja a Natureza Que assim me faz nesta oração

Onde as borboletas coloridas

Conectar-me com Deus.

Dançam enquanto beijam flores.

Seja o nascer do sol Resplandecendo no horizonte Seja o saciar da água na fonte As estrelas no céu reluzente A lua em fase crescente.

Seja a flor do campo Em suas cores exuberantes Exalando perfume de alfazema Com sua angelical beleza.

Sejam as árvores frondosas Com suas copas e sombras Abrigando o gorjear dos pássaros Que cantam todas as manhãs.

Seja o mar esplendoroso Em grandes ondas espumantes Num vai e vem inconstante Seja o rio que corre sinuoso

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NATUREZA VIVA...E MORTA... Vamos pintar dois quadros e comecemos pintando as belezas da natureza do século dezoito e como era tudo belo e nem um pouco poluído, será uma paisagem viva, bem assim: um gramado natural e de um verde brilhante, pontilhado por árvores saudáveis, esbanjando clorofila que tornava o ar refrescante e leve e entre as árvores pintaremos canteiros cheios de flores de cores variadas que enchiam a atmosfera de perfumes deliciosos e para terminar colocaremos passeando felizes entre os canteiros, senhoras de beleza natural, rodeadas de crianças saudáveis brincando felizes e tudo isso coberto por um lindo céu azul, iluminado por um sol brilhante. Vamos agora pintar um quadro do nosso século vinte e um, será uma natureza morta, bem assim: uma extensão de terra seca, com uma depressão funda e desolada onde corria um rio caudaloso, que secou pela falta de chuvas causada pelo desmatamento sem controle e agora exibe somente areia e carcaças de peixes que morreram sufocados quando a água desapareceu e nas barrancas do falecido rio, pintarei árvores secas e desfolhadas que não produzem nem flores e nem frutos e espalhados em volta os restos de animais mortos de fome e sede e cobrindo tudo isso um céu cinza, escurecido pela poluição de gases emitidos por fabricas e milhões de carros. Admiremos os dois quadros na certeza que nos séculos vindouros, tudo será pior ainda, porque o homem na ganância por riquezas se esquece que não se come e nem se bebe dinheiro e que se medidas drásticas não forem tomadas pelos governantes, talvez nem existirão os séculos vindouros. Por Maria Aparecida Felicori {Vó Fia}

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te e sem oxigênio, nossa mamãe tem de

O mundo não vai acabar

cometer infanticídio para sobreviver. Uma boa notícia: o mundo não vai acabar. Portanto, relaxem místicos, apocalípticos e Em caso de dúvida, perguntem para o Deus de hoje, digo, o Google que tudo sabe, tudo desde

as

Do ponto de vista cármico ou cético, está certíssima.

pirados em geral.

vê,

É ela ou nós, essa a escolha de sofia.

calcinhas

das

bbbs

(bundudas, bonitas e burras) até os músculos dos bbbs (bonitões, babãos, bobões). Já aconteceram vários fins de mundo desde que o mundo é mundo. Inclusive aquele da chuva de meteoros que exterminou os dinossauros. Os dinos sumiram, mas os protohomens surgiram (sim, éramos ratinhos bem pequeninos) e a Terra se regenerou. Como disse o dinossauro James Lovelock, 88 anos, o cientista que levantou a bola do aquecimento global: “Gaia é uma vagabunda teimosa. Apanha mas volta remoçada.” Gaia, todos sabem, é nosso planeta, um ser biológico e com poderes de autocura. Igual as lagartixas, que perdem um rabo e fazem

Somos filhos ingratos e sem amanhã. Ah, ouvi ali do pessoal do fundão da sala de aula, mas estamos tomando todas as providências para evitar o pior. Reciclagem, sustentabilidade e consciência ambiental irão nos salvar no final e afinal. Acima destas três palavrinhas existem três palavrões: lucro, poder, egoísmo. Eu, tu, nós, eles, queremos é ter lucro. Pegamos a água gratuita da Gaiata, engarrafamos e vendemos. Pegamos seus fósseis apodrecidos (petróleo), refinamos e vendemos. Pegamos seus minérios e minerais, damos uma lapidada, e vendemos. Pegamos suas entranhas, evisceramos e vendemos suas tripas líquidas, petrificadas ou gasosas. Vendemos em um minuto o que a Gaiata levou milênios para gerar.

outro em seguida. Agora a má notícia: quem vai acabar somos nós, os pretensiosos, esquisitos e geniais

Como não existe almoço grátis, a dona do restaurante está cobrando a conta e enxotando a freguesia caloteira, ora.

bípedes humanos. Gaia não aguenta mais esses parasitas que, sem trégua, sugam seus recursos e a mandam para o pronto-socorro das galáxias

Os donos do poder querem apenas mais poder. Para eles mesmos e seus mesquinhos planos eleitorais ou ditatoriais, o resto é josta. Como tudo se entrelaça, eles ven-

com quadro grave de septicemia. A pobrezinha aguenta meteoros, tsunamis, terremotos, o diabo a quatro, mas não tem como suportar os ataques desses mamífe-

dem esperanças no atacado e varejo. Gaia, esperta, não assina essa precatória no mercado futuro.

ros estranhos. É nóis na fita, mano! Pela primeira vez em milhões de anos, desde que era uma criancinha de cabeça quen-

(Segue)

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Somos, em maior ou menor grau, macaquinhos pelados bem mesquinhos e folgados. Como quando anunciamos a tal sustentabilidade. Reciclamos até as garrafas pets, coisa que é impossível, pois plástico não é reciclável nunca. Você pode vestir uma saia ou uma camiseta feita de garrafas plásticas mas isso é titica perto das bilhões de garrafas jogadas fora. Temos de admitir, somos sinceramente hipócritas. Gaia não liga para nossa auto ilusão, nossos truquezinhos de marketing nos apresentando como protetores do planeta enquanto batemos a carteira da natureza. Como nós, seres viventes, ela quer apenas seguir seus impulsos de sobreviver e se perpetuar. Como nós, seres senscientes, ela coloca seu conforto antes de tudo. Como nós, seres evoluídos, ela tem a consciência genética e imperativa de se livrar das ameaças. A velha e sábia senhora está de saco cheio dos seus filhotes adeptos do rolezinho predador. Ela tem todo o tempo do mundo para se recuperar do aquecimento global, por exemplo. A gente, amontoado de frágeis e perecíveis células, não. Não sou eu que estou dizendo. É o divino Google, nosso conhecimento acumulado e oráculo disponível para a pergunta que não fazemos: a esperança é a última que morre? Talvez sim. A penúltima que morre sabemos: não é Gaia. Somos nós. Por Ulisses Tavares. Ele não é otimista nem pessimista. Realista. E, como a maioria, vive o hoje como se não houvesse amanhã. Coisas de poeta.

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Vida Por Michelle Zanin O que é a vida afinal? Para os filósofos, um enigma Para os espíritas uma passagem. Para mim, a vontade te viver. Não adianta estar respirando para se dizer que está vivo. Vida é mais do que isso. Vida é ser feliz. Vida é realizar as expectativas. Vida é sofrer. Vida é rir. Vida é chorar. Algo tão discutível. Algo tão abstrato. Algo tão concreto. Vida, uma coisa tão presente, Mas ao mesmo tempo ausente. Vida, conjunto de sentimentos Que impulsionam o ser.

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ÍCONES UNIVERSAIS, EXISTENCIAIS NO PLANETA! Por Odenir Ferro

quer mulher. As mulheres abortivas vivem abortadas de si mesmas. Tal quais as viúvas dos filhos que se perderam pelas contramãos cheias de vícios esparramados pela roleta russa maldosa e cheia de encantos malignos e dolosos espalhados pela vida, enquanto elas vão vivendo os dias, dentro das prisões emocionais inclementes de si próprias... Trágicas ou tragicômicas a chorarem as dores perceptíveis, salientes, nas memórias mais sublimes dos seus corações...

O que podemos, quando podemos, se tão inspirados somos, quando temos inerentes em nós, o direito e o dever de sermos amorosos, calorosos, complacentes – com a presença repleta de glória – dentro do contexto gradual amoroso e lírico das poesias vivas que se concentram indefinidas e indefinitivamente, dentro do teor histórico, clássico e sublime de cada infinita Mulher?! As mulheres têm o dom da persuasão. EnComo haveríamos de podermos, nós, míse- ganam a todos – muito embora – não poros humanos poetas emocionais consagra- dem (e nem devem) enganarem-se a si rem-lhes?! Sendo que elas já foram, são e mesmas. serão, magníficas Obras Existenciais, con- As Mulheres são os Ícones Universais, sagradas pela sabedoria definitivamente existenciais no Planeta! explícita, dentro dos parâmetros incógnitos Nós não sabemos das dores das mulheres de Deus?! – e nem, muito menos, das verdadeiras ra- Qual é a amplitude de surpresas resguar- zões dos seus risos – pois elas não confesdadas, que está no conteúdo de cada Mu- sam nem mesmos as dores e muito menos lher...? Se elas vivem surpreendendo- os risos, até para si mesmas... nos...! Recitarmos inflamados versos – enaltecen- Falamos delas? Nós falamos... E muito! do a beleza e as virtudes das Grandes MuPois também elas falam (e muito mais) de lheres, é fácil... Pois elas estão todas espanós! Somos os avessos dos inversos dos lhadas por aí... Espalhadas pelo Planeta versos reversos dos antagônicos sublima- afora... Elas já são e sempre foram e serão dos dos sufrágios melancólicos coerentes Elas! Todas definidas pela sua trajetória com a sublimação existente nos cálices sa- existencial vibrante, de tão brilhantes que grados da procriação que estão abençoa- são! Milhões de aplausos para Elas. Porque dos pelas vaginas que vão pela eterna exis- todas elas merecem! tência humana afora, procriando, procriando... Em amores tão incondicionais, quanto Mas... E as Grandes Mulheres que ficaram todo o trajeto feito, rumo afora, pela Huma- ocultadas... Silenciadas, mal tratadas... nidade! E o que dizermos dos valores dos Atormentadas, doídas, doidas, estupradas, enganadas, traídas... Uma, duas, três... MiAmores? lhões de vezes! As que foram diagnosticaSe os amores são todos muito bem associ- das com (doenças diversas, incuráveis) – o ados a elas todas? Inerentes em todas que podemos dizer, ou fazer por elas?! elas, tal qual pele e espírito – unificando a alma num único sagrado corpo reprodutor. - Qual é a extensão das nossas dores uniCujos resultados são os amores feitos, re- versais, relacionadas aos universos dolorifeitos, perfeitos, imperfeitos, ajustados, de- dos das míseras existências de milhões desajustados, avessos... Perenes ou perecí- las? veis, perante os versos dos incógnitos re- E o que podemos fazer para resolvermos, versos das trajetórias individuais, muito em- ou tentarmos encontrar alguma solução, bora, sempre tão universais... para sanar o desamor afligindo constanteNas tangentes resultantes dos amores sub- mente a todas elas? Enquanto elas são o mersos, majestosos, cristãos, satânicos, puro estado do amor, desejando apenas antagônicos e tão profundamente sublima- atenção, carinho e afeto? Tanto elas quandos – através dos abortivos sufrágios doen- to às milhares de crianças desajustadas, tios, dolorosos, dolosos, cabalísticos – des- jogadas pelas sarjetas sujas... truindo e destituindo a força moral de qual- (Segue) www.varaldobrasil.com

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Nas transversais amargas, nos perigos expostos das ruas escuras e das esquinas vertiginosas do Planeta... A todas elas, deixo aqui o meu profundo minuto de Luto Silencioso! ... Às milhares de mulheres que estão por aqui, além de milhões das que se foram... Desejando a todas as que vivem ainda, por aqui – nesta mísera social insociável Humanidade – que elas tenham algum conforto espiritual e físico! Para que possamos fazer do Amor Fraterno, algo real, substancial... E não somente meras guirlandas de quimeras razões emocionais utópicas!.

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PLANETA AZUL Por Marly Rondan Puro azul, tanto oxigênio... Luz, muita luz, e tanta água! Azul é o céu, mar e rio. Não há tão lindo planeta! Embaixo da terra, é o ouro. Tanta riqueza, tesouro... Alma azul – .canta o poeta .

Amor por nossa Mãe Terra, Zelar por nosso planeta Uma obrigação...é guerra! Luz Azul – canta o poeta!

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Água benta Por Oliveira Caruso

Cai a chuva sobre a capela. Lava a alma da gente passante. Reza gente suas preces naquela, em grande fervor, que segue adiante. Cai a água benzendo a cidade; sobram pecados na gente perdida. Sobram pecados somados na vida; outros buscam n’água a verdade. O espelho d’água reflete emoção de todo o sentir da gente carente, carente de estar dos pecados ardentes longe de fato. Com bom coração! Deixo que a água bem cuide de mim, levando consigo as árduas querelas, querelas às quais darei logo um fim! Deixo que a água expurgue o rancor, n’ação de despejo do fundo do peito, trazendo de volta paixão sem torpor!

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De enxurrada

Água que corre!!!

E também alaga Mas mesmo assim

Por Regina Régia

És preciosa Sim... água que corre

E tem que ser

Como o sangue nas veias

Respeitada!

Veias que leva a vida Tu és como o sangue Precioso liquido! Que fortalece Os campos As matas Os rios As florestas Que brota da terra Água que mata a sede Tanto constrói como destrói Precisamos de você Porque é a vida E sem você nós morremos Ou por você somos mortos! Você é um fenômeno da natureza Mas mesmo assim precisamos de você Liquido precioso Que nos traz alimento Sem você água Não somos nada! Você vem em forma De neblina De chuva

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samentos e ações que permeiam nossa natureza

Passeio Vital

humana. Meu corpo está leve, meu rosto inspira

Por Sergio Eduardo Del Corso Caminhando por um jardim percebo o quão belo é viver. Viver de verdade, não simplesmente viver, mas viver! Vejo as plantas, as flores e penso imediatamente que quando olhamos para pequenas sementes pousadas em nossas mãos, não imaginamos que se tornarão estes colírios para a alma. Vou seguindo e mais adiante: formigas desenvolvem a sua disciplina de equipe. Tão bem coordenadas. Sem conflitos, sem discussões, sem dúvidas, sem medos. Resolvo sentar em um dos bancos. Respirar o ar puro. Percebemos o oxigênio de duas maneiras: quando nos falta ou quando estamos totalmente relaxados. No banco deste jardim, elejo o segundo. Bate a brisa do vento de outono e com ela, de carona, vêm pensamentos bons e construtivos. E deixa-me um novo penteado em meus cabelos. Não quero ir a mais lugar nenhum. Permaneço por aqui. Segundos assim são anos suaves, serenos, carinhosos e bem vividos. Esqueci de dizer

beleza e meus pés querem dançar. Aproveito este devaneio tão real, levanto-me e prossigo. Há tantas cores: azul do céu, verde das árvores, vermelho das rosas e todo um arco-íris natural. Naturalmente. Um pequeno lago atravessa o jardim. E pensar que esta é a mesma água que circula por todos os continentes. Deu a volta no mundo e veio encontrar-me. Não cheguei atrasado, não, não. Estou no tempo da vida. De repente, um cachorro passa correndo por mim. Incrível: está perseguindo um gato. Traquinagens dos animais. Respiro mais fundo e lembro-me de algo. A pouca distância, diretamente ao meu encontro sorrindo: minha esposa. Tínhamos marcado justamente a esta hora. Abraço-a de uma maneira diferente e única. Somos amor. Meus olhos filtram: o jardim, os pássaros, as plantas, as flores, as formigas, as árvores verdes, a terra, o cachorro, o gato, o pequeno lago, o céu e a água azuis, mulheres, homens, crianças... minha esposa. Respiro vivamente!

que estava de olhos fechados. Abrindo-os, encena-se um teatro de dois pássaros bem na minha frente. Parecem enamorados. Estão brincando sem pensar em nada, apenas brincam. Crianças, em sua doce infância, somente sabem conjugar o verbo brincar. Na jornada da existência o estar relaxado, o respirar, o não pensar e o não fazer nada é viver intensamente. Intensamente, maravilhosamente. Mais acima o astro rei. Uma ideia: qual a distância entre mim e o Sol neste exato momento? Mais alguns segundos e... a resposta é: aquela que eu quiser. A Natureza possui este brilho eterno de estabelecer um relacionamento único com cada ser humano deste planeta azul. Azul da Terra. Porém, cuidado! A mãe Natureza funciona como um espelho: reflete todos os penwww.varaldobrasil.com

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Tempestade Por Silvio Parise Me fascina ver a natureza com todo o seu poder especialmente nesse momento cujo tempo, mudança e tormento observo nas árvores dançantes devido a força dos ventos que, indiferente e sem lamentos leva tudo num instante! E assim, calado fico pensativo à analisar o saber, poder e fúria que uma tempestade apresenta, momento cuja paciência francamente tem problemas em esconder suas emoções como, por exemplo, tentar sufocar o grito pelos horrores vistos transformados em lágrimas de pavor.

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SINFONIA Por Sonia Cintra

A mĂşsica do infinito embala todas as folhas que caem

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SER CARIOCA É Por Maria Araújo

Cidade Maravilhosa, Sobrevoar essa cidade provoca no espectador uma sensação maravilhosa de perceber que beleza, fidalguia e simplicidade podem andar juntas, significa apenas observar uma Obra Prima, onde a natureza se funde com a beleza arquitetônica emoldurada pela alegria e o colorido de ser " Carioca". O Rio e incomparável por ter suas praias mesclada com florestas e montanhas provocando nesse entrelaçado magico a sintonia com a perfeição, Rio onde brota o sorriso farto das crianças o desejo eterno dos amantes e a calmaria dos que se embriagam de amor por essa cidade. Ser carioca, e um estado de espirito

Carioca e hospitaleiro, ser carioca e curtir a anarquia organizada da Lapa, as portas abertas da Arte em Santa Teresa, e saber conviver alegremente com as diferenças sem preconceitos e curtir a eterna garota de Ipanema. Ser carioca e se emocionar com o entardecer, e a fé que amanhã será um novo dia com sol, sal e mar e as energias em sintonia com a felicidade de ser carioca Ser carioca e passear no Leblon de Manoel Carlos, Ipanema e curtir bossa nova de Tom e Vinicius, observar em Copa a beleza da mulher brasileira que encanta a todos no calçadão da orla marítima, perceber que a cidade caminhou, e que carioquice está em todos os lugares dessa cidade maravilhosa, como o amor pelo esporte do Maracanã até o e Engenhão, onde gatinhas antenadas curtem o Shopping o funk, mas também o teatro no Meier ser carioca e sentir que progredimos com mais alegria caminhando em direção a Madureira onde temos samba de primeira, Portela Império escolas de samba que se mesclam na Avenida com outras escolas para alegria dos foliões.

Ser carioca e sentir a vida de uma forma apaixonada, e ter consciência de que mora em um patrimônio da Humanidade abençoado pelo Cristo Redentor. Ser Carioca, e saber receber e compartilhar do espirito carioca com todos que aqui (Segue) chegam! Ser carioca, e curtir o amanhecer com o sol o céu e o mar, ser carioca e se reunir com a turma em um fim de tarde no Arpoador. Ser carioca e curtir a alegria do samba, carnaval e a magia embriagadora do MPB do Rock ser malandro, na ginga, no carinho e sorrir sempre como nosso Neguinho da Beija Flor! Ser carioca e se sentir feliz no churrasco na laje, ou comendo caviar na cobertura da Vieira Souto. Rio de Janeiro onde o sol beija o mar o ano inteiro Ser carioca, e se deliciar com os petiscos dos botequins com uma loura estupidamente gelada.

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Carioca, e ser Irreverente, e ter alegria contagiante dos moradores do Alemão, abençoados pela Igreja da Penha, ver o colorido das casas pelo teleférico um marco de desenvolvimento com respeito a comunidade trabalhadora. Ser carioca, e ter o erudito e o popular em várias regiões, representados por nosso ecletismo e por nossa miscigenação um arco Íris magnifico, que proporciona ao povo brasileiro a maior diversidade e a riqueza como identidade cultural Ser carioca e perceber a sua volta uma verdadeiro corredor cultural seja na Arquitetura com seus vários Museus, Centros Culturais, Teatros e casas de Shows, restaurantes, seja pela natureza com suas praias, florestas e montanhas Rio de janeiro sem sombra de dúvidas, por seu povo alegre e hospitaleiro. Essa cidade representa de todas as formas a alma feminina! Com certeza é uma cidade abençoada por Deus!

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LITERÁRIO, SEM FRESCURAS!

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Preservação da Vida Às vezes é angustiante ser livre, saber que está em nossas mãos o poder de decidir o melhor caminho, fazer escolhas e principalmente conviver com os resultados. A medida da nossa liberdade é inexata e isso costuma nos confundir. O caminho escolhido para trilhar inevitavelmente nos conduzirá a paisagens belas, jardins floridos, céu estrelado e tardes com arco-íris ou simplesmente a pântanos alagadiços e enlameados. A vida precisa ser preservada e nossas escolhas são capazes de conservá-la, torná-la sublime para nós próprios e para aqueles que amamos. A vida precisa ser resguardada, regada de luz e amor, porque está em nossas mãos o poder de valorizá-la ou depreciá-la. Preservar a vida é alimentar a matéria e a alma com o que de melhor o universo nos oferece e cabe a nós identificarmos nos escaninhos do dia-a-dia a melhor maneira de viver, evoluir e festejar o coração latejante em nosso peito.

Por Kleber Nunes

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neste minúsculo planeta. Somos dependen-

Preservação da Vida

tes cativos e escravos da natureza. Conservá-la, então, é nosso dever e responsabiliO direito a vida é sagrado, uno, uni- dade, a fim de termos o direito de usufruíversal para todos os seres, como lei natural la. e legal na preservação da vida.

O homem com inteligência, sabedo-

De acordo com o sistema em que ria irrequieta e curiosa devasta a mãe natufomos criados, necessitamos de outros se- reza: desgasta o solo, polui as águas, modires da mesma espécie e, outras espécies fica os genes, elimina aves, derruba a vede igual valor, animais, vegetais, sem des- getação, sem controle, procura a longevidaprezar a eficácia à nossa sobrevivência, de, acelera as células cancerígenas com dos inanimados, água luz, ar, minerais, ter- agrotóxicos, hormônios em excesso nos ra.

animais, e, tantos outros recursos prejudiciA terra é mãe por excelência, a ma- ais ao ser humano.

téria prima do ser humano, segundo relato

A degradação da vida está banaliza-

bíblico. Oferece com gratuidade: moradia, da, com doenças venéreas, contagiosas, alimento, vestimenta, calçado, medicação. crimes brutais, guerras pelo poder, irmãos São os condimentos da receita da qual fo- preparados para eliminar outro de igual esmos formados, proteínas, carboidratos, lipí- pécie, desrespeito, perda da dignidade, dios, glicídios, sais minerais, vitaminas.

desvalorização humana.

Com esta afirmação vemos que a

Preservar a vida é necessidade pri-

complexidade do nosso organismo depen- mordial a toda espécie, animal e vegetal. de exclusivamente do cuidado que temos para a conservação da natureza, pela cons-

Viver é rápido e mais rápido os cuidados e zelos para preservação da vida.

ciência dos nossos atos. O ciclo da vida é fraterno, ajuda e necessita de todo sistema para o equilíbrio ecológico:

o

Sol

um volume 1.300.000 vezes

Por Sonia Nogueira

possui maiores

do

que terra, nosso planeta, aquece, queima, evapora á água que limpa, mata a sede, inunda as cidades, umedece o solo, oferece o leito para navegação. Dante desta maravilhosa realidade imensurável, impossível seria sobreviver só

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BORBOLETA Por Maria Socorro de Souza Oh linda borboleta favorita Em voo rasante suave e livre Lança teu fascínio entre as flores Pousa no vermelho de minha alma No orvalho da alva em lindas vestes Finíssima beleza revoa no belo vale À luz do dia em cascata colorida Eloquente borboleta mim traz felicidade O teu amor poliniza o milagre da vida Prolífico radiante. O mais lindo sonho Tua metamorfose em conexão distinta Alimenta com doce néctar os meus lábios Fertilizando minha vida de saudade Evolução do meu destino Razão para continuar amando

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SOCORRO Por Luiz Carlos Amorim O verde pede socorro. Que será da natureza? Que será de nossos filhos? O que será do futuro? Plante uma árvore no seu coração. Pinte de verde a vida. Comece a colorir de esperança esta terra esquecida.

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Amando a DEUS e a sua Criação Por Rogério Araújo (Rofa)

DEUS orientou Adão para que cuidasse de sua criação: “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden, para o lavrar e o guardar” (Gênesis 2.15). Quem cuida de tudo que o Senhor criou é porque AMA sua obra e a Ele por consequência. Esse cuidado, zelo, carinho, por tudo que nosso Deus fez é algo que vale para todos nós. Ninguém está isento dessa tarefa. Devastar florestas pela ganância do dinheiro desse negócio; aprisionar animais silvestres e vender para contrabandista, não está certo pela sua ilegalidade e, também, por maus tratos aos animais que não merecem passar por isso. Em Gênesis 1.31 diz: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom...”. Tudo que o Senhor criou é perfeito. Por que o homem quer sempre estragar tudo? Onde ele coloca a sua mão “podre”, tudo se destrói. Quem preserva a natureza criada pelo Senhor, os verdes das matas, o azul dos mares, rios e oceanos, e a beleza das mais variadas espécies de animais dos aquáticos, terrestres e dos ares, certamente AMA A DEUS. As ações valem mais que palavras. Defender o verde com protestos, pura e simplesmente, é defender uma causa da “boca pra fora”, mas, agir de verdade, é que surtirá os maiores efeitos e agradará, e muito, ao nosso Criador. Seja um zelador de tudo que fez para esse mundo. Quem assim o fizer só tem a ganhar, pois quantos efeitos colaterais ocorrem para o próprio homem quando ele mesmo destrói tudo que vê pela frente? AME A CRIAÇÃO DE DEUS!!!

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Revista Varal do Brasil A revista Varal do Brasil é uma revista independente, realizada por Jacqueline Aisenman. Todos os textos publicados no Varal do Brasil receberam a aprovação dos autores, aos quais agradecemos a participação. Se você é o autor de uma das imagens que encontramos na internet sem créditos, façanos saber para que divulguemos o seu talento!

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VARAL DO BRASIL POR TODOS OS LUGARES, PARCERIAS VENCEDORAS!

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VOLTAREMOS EM JULHO COM O NÚMERO 30! PARTICIPE CONOSCO!

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