Portfolio

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PORTFOLIO ACADEMICO

ARQUITECTURA ANA SOFIA DIAS

2005-2010


PERFIL & CURRICULUM

IDENTIFICAÇÃO Nome: Ana Sofia Fernandes Dias Nascimento: 30 de Abril de 1986 Morada: Rua Norton de Matos, nº 386 4760-157 V.N. de Famalicão Portugal Telefone: 00 351 933305988 E-mail: anasofiadias.arq@gmail.com

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 2011/Actualidade: Colaboração em part time, com a empresa Lusicopia - Centro de cópias, com a função de operadora de cópias, e coordenadora de imagem e design FORMAÇÃO ACADÉMICA 2009/2010: Dissertação de mestrado sobre o tema: “Arquitectura e vivência do espaço público”. 2005/2010: Mestrado em Arquitectura pela FAA ULF - Faculdade de Arquitectura e Artes - Universidade Lusíada Famalicão APTIDÕES Línguas: Português (elevado) Inglês, Espanhol, Francês (básico) ®

Microsoft Office Autodesk AutoCAD

®

Sketchup Pro™ with plugin SU Podium ®

Adobe Photoshop ®

Adobe Indesign ®

®

®

®

Adobe Acrobat Pro

®

Corel Draw

®

Graphisoft AchiCAD


ÍNDICE

PÁGINA

GALERIA DE ARTE

03

V. N. DE FAMALICÃO

PÁGINA

05

HABITAÇÃO UNIFAMILIAR

PÁGINA

07

HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR

PÁGINA

09

HOTEL-BUSINESS CENTER 5*

PÁGINA

15

BIBLIOTECA MUNICIPAL

PÁGINA

REQUALIFICAÇÃO URBANA

25

2006

V. N. DE FAMALICÃO 2006

V. N. DE FAMALICÃO 2007

LEÇA DA PALMEIRA 2008

V. N. DE FAMALICÃO 2009

COIMBRA 2010


GALERIA P R A Ç A

D.

M A R I A

I I

-

V.

DE

N .

D E

ARTE

FA M A L I C Ã O

-

2 0 0 6

Memória descritiva: Inserido num contexto urbano consolidado e central da cidade, o edifício da Galeria de Arte, foi pensado para devolver identidade à Praça, que ao longo dos tempos se foi perdendo, devido à introdução de edifícios em altura, descontextualizados do restante tecido construído. O edifício da Galeria de Arte, implantado no lote do edifício da “Galeria Cidadela”, possui 60m de comprimento e 10m de largura, e tem como premissa principal, estabelecer a ligação e manter a passagem e o percurso já existente, acentuando o movimento quotidiano, criando uma relação de proximidade entre duas zonas opostas da cidade, (a Praça Dona Maria II e a Rua D. Fernando II) unificando-as, fortalecendo assim, todo o conjunto construído, e criando diálogo e equilíbrio com a escala da Praça D. Maria II. Deste modo, o edifício da Galeria de Arte, possui no seu conteúdo programático todo um percurso expositivo, que se desenvolve ao longo dos pisos superiores, num trajecto contínuo por rampas. Ao nível do rés-do-chão/piso -1, o edifício possui um bar de apoio à Galeria (anexo à recepção); uma área de espectáculos para exibição de performances artísticas e ainda a zona administrativa. Em suma, o Edifício procura dinamizar e enriquecer ainda mais, toda a sua envolvente, relacionando-se e aproximando-se da mesma, enriquecendo toda a cidade na sua vertente artística e cultural.

Alçado esquemático da fachada principal do edifício da Galeria de Arte (virado para a Praça D. Maria II)

Esquema funcional da proposta: A vermelho o percurso expositivo da galeria de arte, e a azul o percurso de passagem e ligação entre a Alameda Dª.Maria II e a Rua D.Fernando II.

3


Entrada (Alameda Dª. Maria II) Percurso da exposição Acessos verticais Entrada (D. Fernando II) Zona administrativa

Sanitários públicos Bar Recepção Zona de espectáculos Diagrama do conteúdo programático

4


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR MONTE

SANTA

C ATA R I NA

-

V.

N.

DE

FA M A L I C Ã O

-

2006

Memória descritiva: Inserida no monte de Santa Catarina, a poucos quilómetros de Famalicão, numa parcela de terreno de acentuada inclinação e densamente arborizada, a proposta pensada para responder às necessidades de uma família multigeracional, apresenta-se como um volume geométrico simples, cujo objectivo da sua implantação é ressaltar todas as qualidades do meio onde se insere. O projecto vai ao encontro do lugar, tirando partido da irregularidade topográfica, erguendo-se sobre pilares, intervindo o menos possível com o ecossistema. A madeira é o principal elemento construtivo, ligando a paisagem à habitação, permitindo que com o passar do tempo, esta se assuma num colorido mais natural, camuflando-se com as tonalidades do meio envolvente. Contribuindo para esta metamorfose, foi pensada para o seu exterior, uma caixa de ripas de madeira que envolve o corpo principal, remontando para a verticalidade dos troncos das arvores, estendendo-se materialmente para o interior da habitação. A entrada faz-se através de uma ponte, que nos conduz ao interior, este organiza-se em duas áreas distintas, a área comum (cozinha, sala de jantar e de estar), que se desenvolve programaticamente em redor da lareira, seguindo-se a área privada, onde o acesso é feito por um corredor, que distribui do lado direito os quartos e do lado esquerdo os wc’s e closets. O grande plano da fachada posterior, permite a comunicação directa com a natureza envolvente, atraindo todo o verde exterior, para o interior da habitação através da varanda, sendo esta, mais um elemento de ligação entre a zona comum e privada da casa. Todo o projecto foi pensado como simbiose de diálogo e equilíbrio entre o meio natural e o objecto arquitectónico, sendo nesta harmonia de união e simplicidade que reside a poética da proposta.

A

5

1

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2

10

6

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6 10

7 4

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8

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A’

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

5

A’

A

-

Entrada Cozinha Sala de Jantar Sala de estar Alpendre WC Corredor Quarto Suite Closet

Planta e Corte transversal

5


Vista sobre a entrada do edifício - Fotomontagem

Vista sobre o alçado posterior, e a relação que establece com a natureza envolvente - Fotomontagem

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HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR P R A Ç A

D.

M A R I A

I I

-

V.

N .

D E

FA M A L I C Ã O

-

2 0 0 7

Memória descritiva: Com o desafio de criar um edifício de habitação colectiva, a essência do projecto procura interpretar as características e necessidades do local, enriquecendo toda a envolvente e completando a legibilidade e diálogo com a urbanidade presente. O local para implantação deste edifício, localiza-se na zona Sul da Praça D.Maria II, uma área esquecida e degradada da restante envolvente. Caracterizada sobretudo por ser um local ligado ao comércio, de baixa escala e densidade, desenquadrando-se da urbanidade existente na Alameda D.Maria II. A implantação do edifício, estende-se num lote de 45m de comprimento, que termina no ângulo formado com a Rua do Ferrador, abrangendo a demolição de quatro construções devolutas, deixando os restantes edifícios, preservando a memória e essência dos mesmos. De forma a criar um todo, entre a nova construção e o pré existente, optou-se por criar um edifício de rés-do-chão mais três pisos, aproximando-se da leitura da rua, e dos restantes edifícios em anexo. Referente ao conteúdo programático e tipológico, o rés-do-chão destina ao comércio e os restantes três pisos superiores, a apartamentos de tipologia T2 e T3. Procurando-se assim, relacionar as tipologias de uso envolventes conciliando-as com as necessidades actuais da sociedade. Para complementar o projecto, foi pensado um parque de estacionamento subterrâneo, bem como a criação de uma zona de lazer, um pequeno pátio/jardim, privado aos habitantes do edifício, localizado nas traseiras do edifício, ao nível do rés-do-chão. Em suma, pretendeu-se com este projecto, alterar o panorama existente, incentivando a vivência e dinamizando esta área da Praça, habitando e promovendo o movimento e a vivência quotidiana.

Praça D.Maria II

6 2

1

3

6

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5

5

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4

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5

5

4 5

6

1 - Sala de estar 2 - Sala de jantar 3 - Cozinha

7

9 5

1

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9 5

2

3

2

7

3

1 3

5 6

4 - WC 5 - Quarto 6 - Varanda

7 - Acessos verticais 8 - Hall de distribuição 9 - Escadas de emergência

Planta dos pisos 1,2 e 3 - Nos extremos localizam-se os apartamentos com tipologia T3 , no centro os de tipologia T2

7


Diálogo do edifício de Habitação multifamiliar com a sua envolvente - Fotomontagem

Vista sobre o alçado principal do edifício de habitação multifamiliar - Fotomontagem

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HOTEL-BUSINESS CENTER 5* LU G A R

DA

B O A

N O VA

-

L E Ç A

DA

PA L M E I R A

-

2 0 0 8

Memória descritiva: Situado no Lugar da Boa Nova, em Leça da Palmeira, o edifico do hotel e centro de negócios, visa sobretudo dar vida a um local desfavorecido, transformando-o num lugar de cariz mais urbano, estabelecendo uma ligação de uniformidade à paisagem. A proposta propõe estabelecer a união entre a forte dualidade existente no local, caracterizada pela vertente industrial e de negócios, trasmitida pela proximidade à refinaria da Petrogal, ao Porto de Leixões e ao Parque de Exposições Exponor, e pela vertente turística e de lazer, estabelecida pela conexão directa com a natureza, que nos é transmitida pela proximidade à praia e ao mar. A linguagem do edifício surge de uma analogia formal e de uma relação imagética “estilizada” que faz a ligação do elemento natural, estrela-do-mar, à sua forma, aliando-a ao programa e uso do edifício de cariz empresarial e de negócios. Programaticamente, o edifício desenvolve-se em três níveis. No piso -1, encontram-se os serviços técnicos e de apoio ao hotel (como a lavandaria, os armazéns e arrumos, a sala de estar e balneários dos funcionários), bem como o parque de estacionamento, e uma zona pública, dedicada ao lazer (com piscina, spa e sauna). No piso 0, temos a entrada principal, a área administrativa, e todas as outras infra-estruturas de cariz público e empresarial, como o restaurante, o café concerto e a sala polivalente. Os quartos, localizamse no piso 1, que se destina à área mais privada e íntima do hotel. A proposta transporta assim, um forte sentido de ligação e de diálogo com paisagem envolvente, tornando-se numa mais-valia para Leça da Palmeira.

Enquadramento formal - Maqueta de apresentação, escala 1:200 - cartão bristol, poliestireno expandido e PVC

9


Axonometria dos espaços públicos e privados do hotel

Entrada

Zona privada (interdita aos hóspedes)

Saídas de emergência

Zona pública

Acessos verticais públicos

Piscina

Zona privada (quartos)

Acesso vertical privado (interdito aos hóspedes)

Jardim interior

10


1

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3 A’

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1

Planta piso 0 1 2 3 4 5 6 7

-

11

Escadas de emergência Saída de emergência Área Administrativa Foyer Sala polivalente Palco do bar/café concerto Bar/Café concerto

8 9 10 11 12 13 14

- Copa do bar/café concerto - WC Feminino - WC Masculino - Acessos verticais - Recepção - Lobby - Entrada

15 - Restaurante 16 - Copa 17 - Cozinha 18 - Quarto 19 - Arrumos 20 - Serviço de quartos 21- Sala dos funcionários


18

18 1

18

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18

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18

18 18

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A’ 18

19

18

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4

18 18 18

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A

21 18 20

18 18 18

18

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18 18 18

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18 18 18 18

18

18

1

Planta piso 1

Corte A-A’

12


Vista interior do foyer do piso 1 - Fotomontagem

Vista interior do lobby e recepção - Fotomontagem

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Diálogo formal do edifício com a envolvente (vista da avenida Coronel Hélder Ribeiro) - Fotomontagem

Diálogo formal do edifício com a envolvente (vista da praia) - Fotomontagem

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B I B L I OT E C A M U N I C I PA L P R A Ç A

D.

M A R I A

I I

-

V.

N .

D E

FA M A L I C Ã O

-

2 0 0 9

Memória descritiva: Pensado para um local central na cidade, o projecto da biblioteca propõe consolidar toda a identidade da praça D. Maria II, que actualmente se apresenta com duas realidades destintas. De um lado, vemos o seu tecido construído bem delimitado e de forte cariz urbano. No outro extremo, encontra-se uma área degradada, de cariz mais periférico e rural. Desta forma, o edifício da biblioteca, procura dar resposta a uma necessidade de intervenção urbana, que reestruturará toda a vivência e urbanidade da praça. Após a compreensão e esquematização do amplo programa, e seguindo uma volumetria geométrica, marcadamente horizontal, surge o edifício da biblioteca. Este desenvolve-se em três pisos e cada piso “absorve” individualmente uma parte do programa, podendo os três pisos trabalhar como um todo (durante o horário diurno), ou de forma independente (durante o período nocturno, e sazonalmente para exposições). A entrada principal é feita ao nível do rés-do-chão, onde se encontra também a recepção, a sala de exposições, a sala polivalente, os wc’s e o bar de apoio (que comunica com a praça através da esplanada). No piso 1, localizamse todos os serviços públicos relacionados com a biblioteca, nomeadamente a zona de atendimento, a secção de adultos, a secção infanto-juvenil e wc’s. No piso -1, situam-se as áreas privadas do edifício, como a administração, manutenção, depósitos e sala dos funcionários. Na mesma cota, localiza-se também o parque de estacionamento. Materialmente o edifício é essencialmente em betão branco aparente, no piso 1 as fachadas são também complementadas por painéis deslizantes em HPL, coloridos e assimétricos, estabelecendo uma analogia aos livros dispostos nas estantes, transmitindo à praça uma nova realidade: a cor. Em suma, a base conceptual do projecto, baseou-se na elaboração de um edifício reestruturador de toda a vivência e urbanidade da praça D. Maria II e a sua envolvente.

Relação da proposta com a Praça D. Maria II - Maqueta de estudo, escala 1:500 - cartão bristol

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Enquadramento formal - Maqueta de apresentação, escala 1:200 Cartão espuma kline, cartão bristol, PVC e gipsofilas

Enquadramento formal - Maqueta de apresentação, escala 1:200 Cartão espuma kline, cartão bristol, PVC e gipsofilas

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Planta de localização

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20 2

Planta piso -1 1 2 3 4 5 6 7

-

Acessos verticais públicos Entrada para o piso -1 Cabine do segurança Estacionamento para motociclos Estacionamento privado Estacionamento público Cais de apoio à biblioteca

8 9 10 11 12 13 14

-

Manutenção Depósito Gabinete de trabalho Acessos verticais privados Arrumos Sala de informática Átrio de distribuição

15 16 17 18 19 20 21

-

Servidor informático Sala dos funcionários WC Masculino (privado) WC Feminino (privado) Gabinete administrativo Sala de reuniões Pátio (privado)

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11 11

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1 25 A

A’

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27 28

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31 2

Planta piso 0 1 - Acessos verticais públicos 2 - Entrada para o piso -1 11 - Acessos verticais privados 12 - Arrumos 22 - Cais de apoio à sala de exposições 23 - Sala de exposições 24 - Sala polivalente 25 - Recepção 26 - Lobby

19

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-

Entrada principal Bar WC Masculino (público) WC Feminino (público) Esplanada Escada de emergência Secção Infanto-juvenil Sala do conto Bebéteca

36 37 38 39 40 41 42 43 44

-

Consulta local Empréstimo Multimédia Atelier de expressão Atendimento Reprografia Secção de Adultos Periódicos Auto-formação


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Planta piso 1

Corte A-A’

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0.0

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34 35 15 36 6 37 38 33 24 16 25 39 6 40 41 33

1 2 3 4 5 6 7

-

21

Vidro duplo Caixilharia em alumínio Platibanda em betão branco Rufo metálico Camada de forma Impermeabilização Lajeta em betão branco

8 - Isolamento - P. extrudido de 3cm 9 - Gesso cartonado tipo “Pladur” 10 - Parede em alvenaria de tijolo de 15cm 11 - Mármore crema marfil 12 - Argamassa de assentamento 13 - Parede em alvenaria de tijolo de 11cm 14 - Seixos rolados

15 - Manta geotêxtil 16 - Isolamento - P. extrudido de 6cm 17 - Camada de forma 18 - Laje maciça de betão armado 19 - Caixa-de-ar 20 - Fixador metálico 21 - Suporte de fixação em metal


14 15 16 6 17 18 19 16 20 9

3 4

8.5

4.0

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0.0

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Corte construtivo A-A’

22 23 24 25 26 27 28

-

Calha metálica Painel deslizante em HPL Soalho de madeira em riga Barrotes de madeira Perfil em I metálico Betão armado Perfil em I metálico, em vista

29 - Parede exterior em betão branco 30 - Laje fungiforme 31 - Micro cubos de calcário de 5x5cm 32 - Caixa de areia 33 - Solo compacto 34 - Dreno 35 - Camada drenante envolvida em geotêxtil

36 - Lamina drenante 37 - Sapata de betão armado 38 - Betão de limpeza 39 - Betonilha armada 40 - Camada de regularização 41 - Caixa de brita 42 - Escoamento de águas pluviais

22


Vista interior da zona de consulta local, na secção de adultos - Fotomontagem

Vista interior da recepção e lobby - Fotomontagem

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Vista sobre a entrada principal da bilbioteca (lado poente) - Fotomontagem

Vista sobre a entrada principal da biblioteca (lado nascente) - Fotomontagem

Diålogo formal do edifício com a praça D. Maria II - Fotomontagem

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REQUALIFICAÇÃO URBANA

A V. C I D A D E A E M I N I U M / A V. M A R G I N A L - C O I M B R A - 2 0 1 0

Memória descritiva: O trabalho realizado no último ano do curso, desenvolveu-se em duas vertentes distintas, mas complementares uma à outra, a elaboração de uma dissertação de mestrado, e a aplicação do tema abordado na dissertação, à prática projectual. Com a investigação que se expôs, pretendemos reflectir sobre o tema: “Arquitectura e vivência do espaço público”, abordando a vivência do espaço público e a importância do desenho arquitectónico, como potenciador de um espaço vivencial, focando principalmente aspectos inerentes ao conforto, mobilidade e acessibilidade. Iniciamos o estudo, reflectindo sobre a definição e a importância do espaço público na cidade, bem como a sua contextualização histórica. A investigação assenta assim, no fenómeno social do «viver o espaço público» e nos factores que potenciam e condicionam essa mesma vivência, nomeadamente os diferentes critérios qualitativos (gerais e específicos), que regem o bom desenho do espaço público, que nos permitem projectar espaços públicos confortáveis, e acessíveis a todos, dignos de vivência, compreendendo desta forma, como a arquitectura, o urbanismo e o design se tornam indissociáveis à criação de um espaço público vivencial. Por fim, o estudo incidiu sobre a análise da resposta arquitectónica à requalificação urbana de um espaço público na cidade de Coimbra, com qualidade vivencial, e acima de tudo inclusivo, onde se mostra que através de uma metodologia interventiva é possível caracterizar e transformar espaços devolutos, inadequados à acessibilidade e mobilidade humana, ajustando-os às novas necessidades vivenciais e à identidade do local.

IDENTIDADE

CONTINUIDADE

PERMEABILIDADE

CONFORTO

ACESSIBILIDADE

INCLUSÃO SOCIAL

LEGIBILIDADE

DIVERSIDADE

DURABILIDADE

SUSTENTABILIDADE

ELEMENTOS NATURAIS

EXPRESSÃO ARTISTICA

COMUNICAÇÃO

MOBILIÁRIO URBANO

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

INFRA-ESTRUTURAS

Critérios qualitativos gerais e específicos, que regem o bom desenho e projecção do espaço público - Mosaico

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O B J E C TO D E E S T U D O : E S PA Ç O P Ú B L I C O V I V E N C I A L

A R Q U I T E C T U R A

E

V I V Ê N C I A

D O

E S PA Ç O

P Ú B L I C O

DEFINIÇÃO: Segundo o arquitecto Pedro Brandão, o espaço público vivencial é: “Toda a área, em princípio exterior e não edificada, de livre acesso, e usos colectivos”, sendo a designação de vivencial, atribuída aos espaços que pelos seus atributos e características, potenciam e evidenciam o seu uso, usufruto e apropriação pelo homem.

IMPORTÂNCIA PARA A CIDADE: O espaço público permite o encontro, a permanência e os acontecimentos sociais, relacionando directamente o homem com a cidade. Mantem as cidades habitadas e em constante movimento. Realizam-se nele, todas as deslocações, e actividades urbanas, sendo que é um elemento caracterizador da imagem da cidade, atribuindo-lhe uma identidade própria, contribuindo para a sua competitividade, desenvolvimento e história. CONTEXTUALIZAÇÃO: Após a revolução industrial, o espaço público passou a assumir-se como canal de suporte ao automóvel, alterando a morfologia da cidade, deixando em segundo plano a vivência humana e a socialização. Com o movimento moderno, o fluxo automóvel disparou, surgindo inúmeros problemas, que contribuiram para a diminuição da qualidade de vida e degradação dos espaços nas cidades. IMPORTÂNCIA DO DESENHO: Tornou-se assim necessario revalorizar as funções do espaço público, respondendo às actuais exigências humanas, cativando as pessoas para o seu uso. Segundo Pedro Brandão “(…) o desenho que serve o seu objectivo, é sustentável, eficiente, coerente e flexível, corresponde às expectativas e necessidades dos utilizadores e fornece espaços aptos a serem apropriados, estimados e usufruídos pelas suas comunidades (…)”. ENSAIO PROJECTUAL: Após se perceber a importância do desenho na projecção de um espaço público vivencial, devemos assimilar quais são os critérios qualitativos que regem esse mesmo desenho, para posteriormente se desenvolver o ensaio projectual. Assim, apresentamos de seguida, a requalificação urbana da Av. Cidade Aeminium/Av. Marginal, que procura por em prática, todo o estudo da “Arquitetura e vivência do espaço público”. Síntese da dissertação de mestrado, com o tema: “Arquitectura e vivência do espaço público”

26


1

27

2

3

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1

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1

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14

1 - Estação de metro 2 - Praça com zona de apoio, zona de restauração. WC’s públicos, incluindo WC adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Quiosque (Zona A) 3 - Ciclovia 4 - Espaço de interacção com solo em diferentes altimetrias 5 - Percurso pedonal, em ponte, sobre o rio 6 - Espaço cénico bosque 7 - Rua do Arnado, rua pedonal de ligação ao centro de Coimbra 8 - Praça com zona de Apoio, zona de restauração. WC’s públicos, incluindo WC adaptado para pessoas com mobilidade reduzida (Zona B) 9 - Espaço de contemplação da paisagem com ligação ao rio 10 - Nichos 11 - Espaço com jardim 12 - Área de merendas,e zona de lazer 13 - Espaço de contemplação da paisagem de cota inferior ao percurso principal, com maior proximidade ao rio 14 - Praça com zona de Apoio, zona de restauração. WC’s públicos, incluindo WC adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Quiosque (Zona C)

Planta da proposta de intervenção para a Av. Cidade Aeminium/Av. Marginal Esquema de intenções

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A

A’

BAR

WC’s

QUIOSQUE

Planta e corte A-A’ da Praça com zona de apoio (zona c) Ver planta da proposta de intervenção, número 14

B

Planta e corte B-B’ da área de merendas,e do espaço de cota inferior ao percurso principal Ver planta da proposta de intervenção, números 12 e 13

29

B’


C’

C

1a

1a

Planta e corte C-C’ do espaço com solo de diferentes altimetrias e ponte pedonal sobre o rio Ver planta da proposta de intervenção, números 4 e 5

WC’s

1a

D

D’

1a

Planta e corte D-D’ da área dos nichos (1a),e do espaço de contemplação da paisagem com ligação ao rio Ver planta da proposta de intervenção, números 9 e 10

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Formato digital in: http://issuu.com/anasofiadias.arq/docs/portfolio


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