UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ANA CAROLINA M. VASCONCELOS
CENTRO DE ACOLHIDA PARA DEPENDENTES QUÍMICOS – COMUNITÀ CENACOLO
Mogi das Cruzes, SP 2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ANA CAROLINA M. VASCONCELOS
CENTRO DE ACOLHIDA PARA DEPENDENTES QUÍMICOS – COMUNITÀ CENACOLO
Trabalho de conclusão de curso I, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para conclusão do curso. Prof. Orientador: Martha Lucia Cardoso Rosinha
Mogi das Cruzes, SP 2019
Ana Carolina Mendes De Vasconcelos
CENTRO ACOLHIDA PARA DEPENDENTES QUÍMICOS – COMUNITÀ CENACOLO: Trabalho de conclusão de curso I, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para conclusão do curso.
Aprovado em.......................................................................
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________ Prof.ª Orientadora: Martha Lucia Cardoso Rosinha UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – UMC
___________________________________________________________ Prof.º: __________________________________ UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – UMC
___________________________________________________________ Convidado (a): __________________________________ UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC
DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha mãe Maria José, meu pai James Allan meu irmão Alan e em memória a minha avó Espedita.
AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, pois sem ele não teria a oportunidade de conhecer sobre o tema escolhido, por me proporcionar sabedoria e por me dar forças junto a minha família em cada etapa desse momento tão importante na minha vida. Minha mãe Maria José, que sempre me apoiou e acreditou em mim, a meu pai James Allan que me ajudou a realizar meu sonho profissional financeiramente, meu irmão Alan, por toda ajuda, força e sempre me incentivar a seguir em frente, minha avó Espedita que mesmo não estando mais entre nós sentiria muito orgulho e gratidão por esse ciclo que está se encerrando. Aos Padres Aldo, Stefano, Eugênio, Massimo e a freira Madre Elvira, pois sem eles eu não teria conhecido sobre a Comunidade, e por toda força e apoio que me deram em cada momento. Aos meus amigos de classe, especialmente Jennifer e Bianca e Aline, por terem sido sempre pacientes e me dado tanto apoio desde os nossos primeiros projetos juntas. Aos Arquitetos Saulo Barboza e Carol Francatto, pela nova oportunidade de estágio e auxilio com dúvidas projetuais referente ao tema escolhido, pela amizade e companheirismo. Aos professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, por todo conhecimento que me foi concebido, especialmente a minha orientadora Martha Rosinha, por sua dedicação em cada momento, ajudando-me na elaboração deste trabalho, incentivando-me e colaborando de formas positivas no desenvolvimento de minhas ideias.
“Das trevas para a luz”. (Comunità Cenacolo).
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE MAPAS
SUMÁRIO
GERAL ............................................................................................................. 20 ESPECÍFICOS ................................................................................................. 20
DROGAS E A DEPENDÊNCIA QUÍMICA ........................................... 23 ÁLCOOL .............................................................................................. 26 CIGARRO ............................................................................................ 27 MACONHA .......................................................................................... 28 LANÇA PERFUME .............................................................................. 30 LSD ..................................................................................................... 31 ANFETAMINA...................................................................................... 32 COCAÍNA E CRACK ........................................................................... 32 ECSTASY ............................................................................................ 34 OPIÓIDES ........................................................................................... 36 ANFETAMINAS ................................................................................... 37 BENZODIAZEPINICOS....................................................................... 39 TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA .................................. 41 ABORDAGENS MÉDICO-FARMACOLÓGICAS ................................ 41 ABORDAGENS PSICOSSOCIAIS ...................................................... 41 ABORDAGENS SOCIOCULTURAIS .................................................. 42 ABORDAGENS RELIGIOSAS ............................................................ 42 INSTITUIÇÕES DE APOIO................................................................. 42 COMUNITÀ CENACOLO .................................................................... 43 A METODOLOGIA DE RECUPERAÇÃO ........................................... 45 A HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE DE TRATAMENTO ..................... 47 CENTRO DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL / OTXOTORENA ARQUITECTOS. .............................................................................................. 48 CENTRO PSIQUIÁTRICO FRIEDRICHSHAFEN / HUBER STAUDT ARCHITEKTE................................................................................................... 52 SISTER MARGARET SMITH ADDICTIONS TREATMENT CENTRE 57
CREDEQ – CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA E EXCELENCIA EM DEPÊNCIA QUÍMICA ................................................................................ 62 ANÁLISE GERAL ................................................................................ 67 COMUNITÀ CENACOLO FRATERNIDADE AMBRA MARIA .............. 67 COMUNITÀ CENACOLO FRATERNIDADE SANTA TERESINHA ...... 75 COMUNITÀ CENACOLO FRATERNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS ..............................................................................................................82 CIDADE................................................................................................. 88 CLIMA ................................................................................................... 90 DADOS DEMOGRÁFICOS ................................................................... 90 LIMITES ................................................................................................ 90 HIDROGRAFIA ..................................................................................... 91 SÓCIO CULTURAL ............................................................................... 91 HISTÓRIA ............................................................................................. 91 ANÁLISE DO TERRENO ...................................................................... 92 TERRENO............................................................................................. 93 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ...................................................... 94 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ............................................................ 96 CHEIOS E VAZIOS ............................................................................... 97 GABARITO DE ALTURA....................................................................... 98 SISTEMA VIÁRIO ................................................................................. 98 EQUIPAMENTO URBANO ................................................................... 99 IMPACTO DE VIZINHANÇA .............................................................. 100 PLANO DIRETOR PREFEITURA MUNICIPAL DE SUZANO ............. 101 ZONAS ESPECIAIS ............................................................................ 101 LEI COMPLEMENTAR Nº025/96 – PLANO DE ZONEAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO SUZANO.................................................................. 101 ZONAS DE USO ................................................................................. 101 DAS EDIFICAÇÕES EM GERAL ........................................................ 102 DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS ................................................. 102 LEI COMPLEMENTAR Nº 15.913/15 – ÁREA DE PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊ CABECEIRAS ........ 103 DAS DEFINIÇÕES E DOS INSTRUMENTOS .................................... 103
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.257/15 – CÓDIGO ESTAUDUAL DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EMERGÊNCIAS ............................... 104 DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EMERGÊNCIAS ................ 104 NBR 9050 – ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS .................................................................... 105 MANOBRA ........................................................................................... 105 VAGAS DE ESTACIONAMENTO ........................................................ 105 CIRCULAÇÃO ..................................................................................... 106 PORTAS .............................................................................................. 106 SANITÁRIOS ....................................................................................... 106 NBR 9077 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ............................................... 108 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ................................................................. 108 ACESSOS............................................................................................ 108 PORTAS .............................................................................................. 108 ESCADAS ............................................................................................ 109 DECRETO Nº12.342/78 – CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES .... 109 DIMENSÕES MINIMAS DO COMPARTIMENTOS.............................. 109 ILUMINAÇÃO....................................................................................... 110 ESPECIFICAÇÕES CONSTRUTIVAS GERAIS .................................. 111 HABITAÇÕES COLETIVAS ................................................................. 111 LOCAIS DE REUNIÃO PARA FINS RELIGIOSOS .............................. 111 REFEITÓRIOS..................................................................................... 112
MATERIAIS UTILIZADOS.................................................................... 115 VIDRO ................................................................................................. 115 FORMAS ORGÂNICAS ....................................................................... 115 MADEIRA............................................................................................. 117 BAMBU ................................................................................................ 118 CONCRETO ........................................................................................ 119 PEDRAS .............................................................................................. 120 PAISAGISMO ...................................................................................... 120 PISO GRAMA ...................................................................................... 121 TETO JARDIM ..................................................................................... 122 PARTIDO URBANISTICO.................................................................... 122
AGENCIAMENTO ................................................................................... 123 ORGANOGRAMA ................................................................................... 124 FLUXOGRAMA ....................................................................................... 124 SETORIZAÇÃO ...................................................................................... 125 PROGRAMA DE NECESSIDADES ........................................................ 127 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................130 12. ANEXOS – ESTUDOS PRELIMINARES...................................................136 PRANCHA 1 - IMPLANTAÇÃO PRANCHA 2 - PAVIMENTO TÉRREO PRANCHA 3 - PAVIMENTO SUPERIOR E RESERVATÓRIO PRANCHA 4 - COBERTURA PRANCHA 5 - CORTE AA PRANCHA 6 - CORTE BB PRANCHA 7 - CORTE CC E DD PRANCHA 8 - ELEVAÇÃO 1 PRANCHA 9 - ELEVAÇÃO 2 PRANCHA 10 - ELEVAÇÃO 3 E 4 PRANCHA 11 - MAQUETE ELETRÔNICA - PERSPECTIVAS PRANCHA 12 - MAQUETE ELETRÔNICA - PERSPECTIVAS PRANCHA 13 - MAQUETE ELETRÔNICA - PERSPECTIVAS
RESUMO O trabalho a seguir visa realizar um projeto arquitetônico de uma fraternidade que ajudara jovens moças que possuem algumas complicações tais como dependências químicas, depressão ou até mesmo aquelas que não encontram um sentido na vida e estão em busca de algo maior. O mesmo se localizará na cidade Suzano. O projeto tem como intuito principal dar continuidade nas fraternidades existentes ao redor do mundo, conhecidas como Comunità Cenacolo. Entretanto, no Brasil encontram-se somente casas masculinas não atendendo a necessidade do nosso país quando se trata desse tipo de complicação. Desta forma, o espaço criado fornecerá os ambientes necessários para auxiliar através da arquitetura existente na recuperação das moças de acordo com as fraternidades presentes no mundo.
Palavras Chave: Projeto arquitetônico, fraternidade, Comunità Cenacolo.
ABSTRACT The following work aims to realize an architectural project of a fraternity that helps young girls who have some complications such as chemical dependencies, depression or even those that do not find a meaning in life and are in search of something bigger. The same will be located in the city of Suzano. The main purpose of the project is to give continuity to fraternities existing around the world, known as ComunitĂ Cenacolo. However, in Brazil there are only men's houses, not meeting the need of our country when it comes to this type of female complication. In this way, the space created will provide the necessary environments to assist through the existing architecture in the recovery of the girls according to the present fraternities in the world.
Keywords: Architectural design, fraternity, ComunitĂ Cenacolo
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INTRODUÇÃO
O uso de drogas é um dos maiores enigmas sociais da atualidade de inquietude mundial. Dentre os acontecimentos sociais, o consumo em excesso de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, geram como nenhum outro, muitos custos à justiça e à saúde, sem falar nas dificuldades familiares que ocasionam. Portanto, a reabilitação dos usuários deve ocorrer de forma segura e eficaz, oferecendo a recuperação através de ambientes que possuam uma estrutura com alto suporte para atender todas as necessidades em cada etapa de seu tratamento. Através destes fatos, objetiva-se dar continuidade a um centro de acolhida existente para dependentes químicos nomeada Comunità Cenacolo, cuja composição arquitetônica esteja embasada não só na legislação pertinente, mas também nos preceitos de uma arquitetura humanizada que auxilie na recuperação de seus usuários. A Comunitá Cenacolo é um centro de acolhida para usuários de drogas ilícitas e licitas localizada em 20 países ao redor do mundo, que tem como foco principal não somente a desintoxicação, mas a recuperação dos usuários para o redescobrimento do verdadeiro significado da vida, através do trabalho, contato profundo com a espiritualidade e momentos de amizade e compartilha. O projeto se localizará na cidade de Suzano, na região do Alto Tietê, onde podemos encontrar os índices mais altos de tráfego de drogas de toda a localidade. O mesmo terá como intuito principal a reabilitação de jovens do sexo feminino, devido a inexistência, despreparação e não importância devida para recuperação das mesmas. A implantação de um centro de reabilitação como este terá grande impacto positivo territorial, pois abrangerá a área mais prejudicada estatisticamente pelo uso de drogas, e além de auxiliar na recuperação pessoal de cada indivíduo, os ajudara na etapa de recolocação na sociedade.
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OBJETIVOS
GERAL O objetivo deste trabalho é dar continuidade nas comunidades Cenacolo existentes ao redor do mundo, através da criação de uma fraternidade que auxiliara na recuperação de dependentes químicos do sexo feminino na região do Alto tietê em Suzano, a qual atualmente se encontra inexistente em nosso país. A finalidade principal da execução desse projeto é abandonar o conceito de clínica de recuperação para dependentes químicos, onde o tratamento acontece por meio de profissionais da saúde através de medicamentos controlados para desintoxicação do paciente.
ESPECÍFICOS
•
Propor uma edificação adequada as necessidades do tratamento de reabilitação;
•
Possuindo espaços verdes, contato com a natureza em momentos de espiritualidade e descontração;
•
Desenvolver ambientes humanizados, motivando os indivíduos em processo de tratamento.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
A dependência química tem causado grandes preocupações na sociedade em questões que apresentam risco a saúde, segurança e educação. Seu uso legal ou ilegal tem acarretado em diversas consequências desastrosas. Dentre elas, muitas por intermédio judicial ou saúde física e psicológica, vale ressaltar
21 também as adversidades familiares que acontecem em decorrer ao uso abusivo dessas substâncias. No mundo todo, segundo a UNODC (2017), foram realizadas pesquisas que afirmam que 200 milhões de pessoas ou 4,8% da população nas idades de 15 até 65 anos fazem uso de algum tipo de droga ilícita. Dentre esses 200 milhões de pessoas ao redor do mundo, mais da metade consomem as substâncias pelo menos uma vez por mês, totalizando aproximadamente 25 milhões de dependentes químicos no mundo. De acordo com G1 Mogi das Cruzes, (2017), pesquisas indicam que Suzano e Itaquaquecetuba representam 35% do tráfico de drogas do alto Tietê, e foram relatados cerca de 848 casos até o segundo bimestre de 2017, sendo conceituadas como as cidades com maior índice de uso e tráfico de drogas da região. “Estudos epidemiológicos com populações específicas ou com a população em geral em diferentes países têm mostrado que a taxa de consumo de drogas é mais elevada entre os homens. Entretanto, vem sendo registrada a diminuição da proporção entre homens e mulheres para as drogas de um modo geral e a predominância do uso de
medicamentos,
mais
especificamente
benzodiazepínicos,
estimulantes e orexígenos, pela população feminina.” (OLIVEIRA; NASCIMENTO; PAIVA, 2007).
Nesse sentido, reconhece-se que as mulheres dependentes de substâncias psicoativas constituem um subgrupo diferenciado, com características e necessidades próprias, tanto para diagnóstico como para tratamento. (OLIVEIRA; NASCIMENTO; PAIVA, 2007) Diante das análises apresentadas, podemos considerar que com o passar dos anos o consumo de álcool e drogas cresceu absurdamente em todo o mundo e também na região avaliada. É notável que somente a conscientização acaba não sendo o suficiente e ter um dependente químico no núcleo familiar hoje, vem se tornando cada vez mais comum. Portanto, a escolha do tema Comunità Cenacolo se deu através de um familiar ter portado a necessidade de vivenciar essa experiência em uma das fraternidades que está localizada no distrito de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes. Desde então, participando e vivenciando profundamente como as pessoas são
22 e vivem nesse espaço, surgiu a necessidade de procurar saber mais sobre o tema, como onde começou, e assim ocorreu o desejo de que mais pessoas conheçam sobre esse lugar e a possibilidade de ser projetada uma fraternidade feminina na região do Alto Tiete em Suzano, que ajudará não somente aqueles que estão em fase de recuperação, mas também seus entes próximos, pois em grande parte os problemas com dependência química surgem dentro do próprio núcleo familiar. A realização do projeto de outra forma é uma chance de recuperação da guarda judicial para as mães que tem seus filhos sobre a proteção das Missões da Comunidade por serem dependentes químicos, sendo assim o tratamento vai auxiliar na recuperação não somente de uma mulher viciada, mas sim da vida de uma criança e a união de diversas famílias.
PROBLEMATIZAÇÃO
Mediante a implantação do projeto pode-se identificar algumas dificuldades para realização do mesmo, a primeira pode ser considerada a escolha do terreno, pois a Comunidade não é uma associação governamental e conta com colaboradores para arrecadação de fundos para seu sustento, tanto quanto para abertura de novas fraternidades. Além disso, a implantação deve ser feita em uma área pouco afastada do centro comercial e urbano da cidade, portanto deve ter acesso fácil para rodovias e edifícios comerciais e emergenciais que atendam às necessidades dos jovens que viverão neste centro de reabilitação. A segunda e mais relevante é a procura por reabilitação vindo das usuárias de drogas. As mulheres possuem um grau acima de independência comparado ao sexo masculino, sendo assim muitas delas não optam pela escolha de reabilitação e acabam vendendo seus corpos, tendo casos com traficantes ou com quem lhes concedam as drogas. Regularmente contraem doenças sexualmente transmissíveis e em grande parte dos casos engravidam pela necessidade nos momentos de abstinência, trazendo ao mundo vidas que provavelmente nascerão com consequências criadas pelo vício e ficarão à mercê de orfanatos e da ordem judicial.
23 Ainda assim há casos onde as mesmas não reconhecem que o consumo de drogas é uma grande adversidade e acham que podem parar de utilizar sozinhas ou com o tempo. Para mulher é ainda mais difícil se deixar reabilitar, pois o julgamento e o preconceito são maiores em comparação com o sexo masculino, dificultando o processo até a ida a triagem e aceitação para sua recuperação. “As mulheres usuárias de drogas enfrentam barreiras de ordem estrutural; sistêmica; social, cultural e pessoal na busca e permanência de tratamento. As barreiras sistêmicas refletem a falta de habilidade para identificação da diferença de gênero, tanto por parte de pesquisadoras(es) e formuladores de política em saúde, como por parte da população feminina, para influenciar as políticas e decisões sobre alocação de recursos para programas que respondam a necessidades especificas de mulheres.” (OLIVEIRA; NASCIMENTO; PAIVA, 2007).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
DROGAS E A DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Segundo Ribeiro (1995), o caso do uso de drogas não é um acontecimento novo e sim, milenar e mundial. Ocorre desde o início do século XIX no decorrer da comercialização e das guerras do ópio. Na Inglaterra se generalizou o uso do ópio com fins medicinais, assim como também dos anestésicos. O uso com fins recreativos e não medicinais vem se conservando durante séculos, porém a dependência foi um fator importante para que as drogas se tornassem um problema social. Para se ter uma ideia, em meio a Guerra de Secessão nos EUA (1860-1865) soldados americanos se tornavam dependentes de morfina, valendo-se da facilidade de acesso. No passado, de acordo com Pratta (2006), as drogas eram utilizadas com propósitos religiosos, medicinais, culturais e eram aplicadas como elementos de integração, de conexão social e emocional da população, usados em rituais. Atualmente, a droga é uma problemática social, um componente de desagregação com o uso individualizado e abusivo, a quantidade e a facilidade
24 de acesso podem ser os fatores que contribuem para essa mudança com o passar do tempo. O seu uso provoca muitas vezes efeitos positivos a princípio, como bem-estar, coragem e felicidade. Porém, os efeitos a longo prazo podem ser graves, principalmente quando utilizadas por muito tempo. Segundo Cisa (2019), quando há comparações entre homens e mulheres relacionados ao consumo de álcool e drogas no Brasil e no mundo, generalizando, nota-se que os homens consomem mais em comparação as mulheres. Portanto, com o passar dos anos, fatores culturais e sociais sofreram rápidas e extremas mudanças, e a preocupação referente ao consumo de álcool e drogas se tornou um fator imensamente presente nos dias atuais. Em diversos países, o consumo de álcool e drogas por mulheres está quase que igualitário em relação ao sexo masculino, provocando danos ainda maiores para elas pela sua vulnerabilidade a consequências negativas no ato de ingerir qualquer tipo de drogas. “Segundo o relatório nacional divulgado em 2014, houve aumento importante do consumo de álcool entre as mulheres ao longo dos anos anteriores. Como se pode verificar na tabela abaixo, entre os anos de 2006 e 2012, houve aumento tanto no uso regular como no BPE (Beber Pesado Episódico), que foi definido para mulheres como o uso de quatro ou mais doses em aproximadamente 2 horas.” (CISA 2019).
Tabela 1 – Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD II)
Fonte: Álcool e mulheres: cenário Atual – Cisa.
Entre os principais resultados, verifica-se que o álcool é a substância mais utilizada entre universitários de ambos os sexos, com aproximadamente 90% tendo relatado consumo na vida. (CISA 2019).
25 Gráfico 1 – Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras.
Fonte: Álcool e mulheres: cenário Atual – Cisa.
“Estudo realizado com adultos da Região Metropolitana de São Paulo mostrou que aproximadamente 22% dos entrevistados eram abstêmios (32% das mulheres e 9% dos homens), 18% fizeram uso pesado de álcool nos últimos 12 meses (26% dos homens e 10% das mulheres). O maior consumo de bebidas alcoólicas entre mulheres esteve relacionado a maior grau de instrução e melhores condições econômicas. Embora homens sejam duas vezes mais propensos a fazer uso pesado de álcool que mulheres, houve semelhança entre proporção e tipos de problemas decorrentes do uso, quando trata-se de beber pesado (problemas interpessoais, danos não intencionais, prejuízos sociais, uso continuado apesar dos problemas). Os autores esclarecem que com a mudança do papel da mulher na sociedade e o direcionamento para uma igualdade entre gêneros - na qual as mulheres estão investindo mais em educação, trabalhando fora de casa, adotando hábitos anteriormente vistos como masculinos, aumentando o consumo de bebidas alcoólicas, as diferenças em relação às consequências do uso do álcool diminuem. Além disso, o aumento de consumo da bebida pelas mulheres pode estar associado ao estresse da dupla jornada de trabalho diário.” (CISA, 2019).
Portanto, Cisa (2019) relata que nos últimos anos estão havendo mudanças entre os gêneros, onde a sociedade aceita melhor o uso de elementos químicos pela mulher. Exibindo um cenário novo, onde é preciso direcionamento para medir os problemas já identificados e os novos a surgir. Porém é preciso maior
26 conscientização da população em massa e investimentos em programas de prevenção e reabilitação adequada para esse grupo. Abaixo pode-se notar alguns tipos de drogas utilizadas por grande parte da sociedade e suas sensações, consequências e dependências.
ÁLCOOL
Possui forma de digestão oral que pode durar de 2 até 4 horas dependendo da quantidade ingerida. Contém dependência psicológica alta e física moderada. Pode ser adquirido em bares, supermercados, baladas, lanchonetes e seus derivados. Figura 1 – Álcool
Fonte: Drogas: efeitos, sensações, tempo de duração e abstinência – Fala universidades.
“O Álcool consumido de forma moderada, em curto prazo, causa euforia, quebra das inibições, relaxamento, depressão e diminuição da consciência. Já em maiores quantidades pode causar náusea e inconsciência. O consumo de álcool a longo prazo pode causar obesidade, psicose, impotência sexual, úlceras, danos cerebrais e hepáticos, além de poder levar à morte. Quando o álcool chega ao cérebro, ele estimula os neurônios a liberar serotonina, que desregula as sensações de prazer, humor e ansiedade. Por isso, o álcool deixa as pessoas desinibidas e eufóricas. Em seguida, o álcool inibe a liberação de glutamato, que por sua vez inibe o trabalho dos
27 neurônios e faz com que o corpo perca sua coordenação motora. Causa ansiedade, depressão, fadiga, oscilações de humor e falta de clareza de raciocínio.” (FALA UNIVERSIDADES, 2017).
CIGARRO
Possui forma de digestão oral que pode durar de 30 minutos até 4 horas. Abrange grande dependência física e psicológica. Pode ser adquirido em bares, supermercados, baladas, lanchonetes e seus derivados. Figura 2 – Cigarro
Fonte: Drogas: efeitos, sensações, tempo de duração e abstinência – Fala universidades.
” Em curto prazo e em quantidades moderadas, o cigarro causa relaxamento e contração dos vasos sanguíneos. Em grandes quantidades, pode causar dores de cabeça, perda de apetite e náusea. Em longo prazo, prejudica a respiração, pode causar doenças cardíacas, diferentes tipos de câncer e pode levar à morte. Ao entrar em contato com os vasos capilares dos pulmões, a nicotina se mistura com o sangue já oxigenado, chega até o coração e consequentemente é bombeada para todo o corpo. Este processo é tão rápido que atinge o cérebro entre 6 e 10 segundos. No cérebro, as moléculas da nicotina se prendem aos neurônios, inicialmente os deixando relaxados, mas posteriormente agitando-os e fazendo com que seja necessária uma nova dose de nicotina para acalmá-los. Causa oscilação de humor, tremor, aumento de suor, aumento de apetite, aperto no peito e tosse, secreção nasal, insônia e prisão de ventre”. (FALA UNIVERSIDADES, 2017).
28 Tabela 2 – Uso do Tabaco
Fonte: Tabaco – OBID.
Tabela 3 – Riscos e benefícios relacionados a parar de consumir.
Fonte: Tabaco – OBID.
MACONHA
Possui forma de digestão oral que pode durar de 30 minutos até 4 horas. Apresenta dependência psicológica moderada e nenhuma dependência física. Pode ser adquirido com traficantes, clinicas especializadas, baladas e seus derivados. Figura 3 – Maconha
Fonte: Drogas: efeitos, sensações, tempo de duração e abstinência – Fala universidades.
29 Tabela 4 – A maconha é a droga ilícita mais usada mundialmente.
Fonte: Maconha – OBID.
“Consumida em quantidades moderadas causa relaxamento, quebra das inibições, alteração da percepção, euforia e aumento de apetite. Em grandes quantidades pode causar pânico. O consumo a longo prazo pode causar fadiga e psicose. A maconha, especialmente aquelas com alto teor de THC, fazem o mesmo caminho do cigarro no organismo. Ao adentrar os pulmões e entrarem em contato com o sangue, chegam ao coração e causa um aumento do batimento cardíaco. Em um curto espaço de tempo chega ao cérebro, atinge os neurônios e diminui a pressão sanguínea, pois dilatam os vasos. Este é o motivo da vermelhidão nos olhos. Causa oscilação de humor podendo chegar à depressão, insônia, diminuição do apetite, perda de peso e dores musculares, com desconforto físico e arrepios.” (FALA UNIVERSIDADES, 2017).
Tabela 5 – Efeitos maconha curto e longo prazo.
Fonte: Maconha – OBID.
30 LANÇA PERFUME
Possui forma de digestão oral/nasal que pode durar de 30 segundos até 30 minutos. Apresenta dependência psicológica moderada e nenhuma dependência física. Pode ser adquirido com traficantes, baladas e seus derivados. Figura 4 – Lança Perfume
Fonte: Lança Perfume - PROERD.
“Consumida em quantidade moderada, o lança-perfume causa excitação, alucinação, formigamento nas extremidades do corpo e ruídos nos ouvidos. Em grandes quantidades pode causar desmaios, déficit de atenção, dificuldades de concentração e lesões no fígado. O lança-perfume age diretamente no sistema nervoso central. Quando inalado, faz o mesmo caminho do cigarro: a partir dos pulmões ele vai para o sangue, que é bombeado para o cérebro. Já no cérebro, a substância entra em contato com os neurônios, que não se recompõe quando destruídos e aumentam os batimentos cardíacos em até 180 por minuto. Assim que inalada, esta droga age entre 5 e 10 segundos. Embora com intensidade baixa, causa agitação, ansiedade, tremores, insônia
e
necessidade
UNIVERSIDADES, 2017).
extrema
da
substância.”
(FALA
31 LSD
Possui forma de digestão oral que pode durar de 1 até 8 horas. Dispõe dependência psicológica baixa e nenhuma dependência física. Pode ser adquirido com traficantes, baladas e seus derivados. Figura 5 – LSD
Fonte: Drogas: efeitos, sensações, tempo de duração e abstinência – Fala universidades. “Em quantidades médias causa alteração da percepção visual, alucinações e até pânico. Em maiores quantidades, podem levar o usuário a exaustão, tremores e vômito. Em longo prazo pode causar psicose. Ao ser ingerido, o LSD causa alterações na atividade do córtex visual e aumenta a comunicação desta região do cérebro com outra área
conhecida
como parahipocampo.
O
parahipocampo
está
diretamente associado à capacidade de formar imagens na mente e na memória pessoal. É daí que surgem as alucinações e o aumento da percepção visual.” (FALA UNIVERSIDADES, 2017).
Tabela 6 – Principais Efeitos LSD
Fonte: Alucinógenos – OBID.
32 ANFETAMINA
Possui forma de digestão oral que pode durar de 1 até 8 horas. Contém dependência psicológica alta e nenhuma dependência física. Pode ser adquirido com traficantes, baladas e seus derivados. Figura 6 – Anfetamina
Fonte: Drogas: efeitos, sensações, tempo de duração e abstinência – Fala universidades.
“A curto prazo, em quantidades médias, causa excitação, euforia e diminuição de apetite. Já em maiores quantidades, pode causar inquietação, irritabilidade, insônia, desarranjos estomacais e convulsões. Em longo prazo, pode causar problemas dermatológicos, subnutrição, alucinações e psicose. A anfetamina promove alterações nos neurotransmissores do cérebro chamados dopamina e serotonina, o que deixa o usuário mais alerta e traz sensação de bem-estar. Também deixa o usuário mais comunicativo e com melhor desempenho intelectual. Causa ansiedade, fadiga, paranoia, variações de humor e depressão.” (FALA UNIVERSIDADES, 2017).
COCAÍNA E CRACK
Possui alta dependência física e psicológica. Pode ser adquirido com traficantes, baladas e seus derivados.
33 Figura 7 – Cocaína e Crack
Fonte: Cocaína e Crack – OBID.
Figura 8 – Forma de Digestão Crack e Cocaína.
Fonte: Crack e Cocaína – OBID.
“A cocaína e o crack são estimulantes do SNC, e por isso, seu consumo provoca aceleração da velocidade do pensamento, inquietação psicomotora (dificuldade para permanecer parado, até quadros mais sérios de agitação), aumento do estado de alerta e inibição do apetite. Quando consumidos, é comum o usuário relatar sensações de euforia e grandeza, lhe proporcionando grande energia. Já quando o efeito cessa, o relato mais comum é a sensação de tristeza, melancolia profunda e desesperança, o que
34 acaba contribuindo para a recorrência do uso em um curto espaço de tempo.” (OBID, 2018).
Tabela 7 – Sintomas causados pelo Crack e Cocaína.
Fonte: Crack e Cocaína – OBID.
Tabela 8 – Fases de abstinência Crack e Cocaína.
Fonte: Crack e Cocaína – OBID.
ECSTASY
Possui forma de digestão é a oral (ingerida), mas a droga também pode ser macerada e aspirada que pode durar de 4 a 8 horas. Dispõe de alta dependência física e psicológica. Pode ser adquirido com traficantes, baladas e seus derivados.
35 Figura 9 – Ecstasy
Fonte: Ecstasy – OBID.
Após a sua utilização, o ecstasy provoca agudamente uma sensação de euforia, aproximação com os outros, aumento da capacidade perceptiva sensorial, principalmente visão e tato, uma sensação de extremo bem-estar, redução do medo, aumento das emoções, diminuição da agressão e melhora das capacidades comunicativas. A indução de alucinação ocorre em doses altas do uso da substância (em torno de 300 mg ou mais). O início do efeito começa cerca de 20 minutos após a ingestão do comprimido e pode durar por até 8 horas, o que favorece a capacidade de dançar em festas por longos períodos de tempo. Os sintomas de abstinência incluem fadiga, perda de apetite, sintomas depressivos e problemas de concentração.” (OBID, 2018).
Tabela 9 – Efeitos agudos, tardios e abstinência do Esctasy.
Fonte: Ecstasy – OBID.
36 OPIÓIDES
Mais conhecidos como derivados da morfina, ou heroína, podem ser injetadas ou inaladas. Apresenta alta dependência física e psicológica. Pode ser adquirido com traficantes, e clinicas clandestinas. Figura 10 – Opióides
Fonte: Opióides – OBID.
Tabela 10 – Classificação geral Opiáceos.
Fonte: Opióides – OBID.
“Os opioides são comumente prescritos pelo seu efeito analgésico ou pelas suas propriedades de alívio da dor. A morfina, por exemplo, é frequentemente usada antes e após procedimentos cirúrgicos para aliviar a dor severa. Codeína, por sua vez, é muitas vezes prescrita para dor de média intensidade. Mesmo em doses analgésicas, os opioides produzem alterações mentais, principalmente
37 diminuição da ansiedade, sonolência e sensação de tranquilidade. Entretanto, parece haver diferenças importantes de efeitos entre os indivíduos: há experiências que vão da euforia, marcadas por sensação de prazer, devaneios e distanciamento dos problemas, à sensação de mal-estar psíquico, com irritabilidade, tristeza e sonolência excessiva. Imagens oníricas são bastante frequentes, qualquer que seja o padrão de humor predominante. Esses efeitos tendem a diminuir ou mesmo desaparecer com o uso frequente.” (OBID, 2018).
Tabela 11 – Sinais e Sintomas causados pelos Opióides.
Fonte: Opióides – OBID.
ANFETAMINAS
As anfetaminas mais conhecidas comercializadas com intuito médico, e são consumidas via oral através de comprimidos, e possui duração total de 4 a 6 horas. Os comprimidos de liberação lenta têm um pico de efeito em 4 a 7 horas e podem chegar a uma duração de 12 horas. Possuem alta dependência física e psicológica. Pode ser adquirido em clinicas clandestinas ou sob prescrição médica.
38 Figura 11 – Anfetaminas
Fonte: Anfetaminas – OBID.
Muitos dos usuários são mulheres que usam a anfetamina com o intuito de perder peso, visto que ela tem um efeito anorexígeno, porém acabam se tornando dependentes da substância. (OBID, 2018). “As anfetaminas são estimulantes do SNC e causam agudamente sintomas de prazer e euforia. Além disso, podem causar inquietação, ansiedade, redução do apetite, aceleração da fala e do pensamento, irritabilidade, dilatação da pupila, taquicardia, elevação da pressão arterial, cefaleia, tremores, calafrios e labilidade emocional. Há um risco de ocorrer eventos cardiovasculares como infarto e arritmias, especial mente em pessoas com história prévia de problemas cardíacos.” (OBID, 2018).
Tabela 12 – Sinais e Sintomas causados pela anfetamina.
Fonte: Anfetamina – OBID.
39 Tabela 13 – Sinais e Sintomas de abstinência da anfetamina.
Fonte: Anfetamina – OBID.
BENZODIAZEPINICOS
São utilizados pela via oral na forma de comprimidos, mas também há apresentações líquidas (gotas) e injetáveis. Oferecem alta dependência física e psicológica. Pode ser adquirido em clinicas clandestinas ou sob prescrição médica. Figura 12 – Benzodiazepinicos.
Fonte: Benzodiazepínicos – OBID.
Tabela 14 – Uso na vida de benzodiazepínico.
Fonte: Benzodiazepínicos – OBID.
40 “Os
benzodiazepínicos
possuem
basicamente
cinco
propriedades farmacológicas: sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, relaxantes musculares e anticonvulsivantes. Apesar de geralmente bem tolerados, os benzodiazepínicos podem apresentar efeitos colaterais, principalmente nos primeiros dias a pessoa sente-se normalmente sonolenta e com incoordenação motora, mas, conforme o corpo se habitua com os efeitos da droga, essas sensações desaparecem. Desse modo, os pacientes devem ser orientados a não realizarem tarefas capazes de expô-los a acidentes, tais como conduzir automóveis ou operar máquinas.” (OBID, 2018).
Tabela 15 – Efeitos colaterais dos benzodiazepínicos.
Fonte: Benzodiazepínicos – OBID.
Tabela 16 – Sinais e sintomas de abstinência por benzodiazepínico.
Fonte: Benzodiazepínicos – OBID.
41 TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Diante de mediações e dos desenvolvimentos apropriados ao tratamento, além de suas mudanças intencionais, os diversos tipos de consumos de drogas têm possibilidades de serem alterados. Sendo assim, de acordo com Rigotto (2002), as definições de novas buscas pessoais levam o usuário ir a procura intensa por sua recuperação. A busca por reabilitação deve partir a princípio do próprio usuário para que a recuperação do mesmo tenha grande eficácia, ainda que essa seja uma vontade transitória ou superficial. Vale ressaltar que qualquer tipo de hospitalização deve ser evitado ao máximo e utilizada somente em estados críticos ou quando há extrema necessidade de proteger o usuário e as pessoas a sua volta. As classificações de tratamentos dos dependentes químicos se separam em quatro modalidades e seus meios de abordagem, são eles:
ABORDAGENS MÉDICO-FARMACOLÓGICAS
Acontecem por meio da desintoxicação, tratamento de doenças ocasionadas pelo vicio através de internação hospitalar, tratamento psiquiátrico tradicional e uso de drogas psiquiátricas. Portanto existem fragilidades, pois quando esses medicamentos agem no sistema nervoso central, podem causar dependência física ou psíquica. Levando em consideração, o uso dos mesmos para um dependente químico, só irá inverter o tipo de dependência em que ele se encontra, fazendo o processo de desintoxicação das drogas ilícitas, mas se tornando dependente de outra; ABORDAGENS PSICOSSOCIAIS
Psicoterapias psicanalítica, de apoio, de orientação familiar sistêmica e, de grupo, assim como terapia comportamental. A terapia em si é um ponto positivo em um processo de recuperação, porém quando relacionado ao uso de drogas, o mesmo não é tão eficaz no processo de desintoxicação, pois o
42 dependente precisa de um incentivo fora da sala de terapia e muitas vezes não o encontra do outro lado;
ABORDAGENS SOCIOCULTURAIS
Realizadas pelas Comunidades Terapêuticas e Grupos de ajuda, N. A. – Narcóticos Anônimos e A. A. - Alcoólicos Anônimos. Assim como a abordagem acima, não é eficaz quando feita sem um intuito a mais;
ABORDAGENS RELIGIOSAS
O foco principal se baseia na doutrina religiosa e no aconselhamento espiritual, porém pode incluir o trabalho de médicos, psicólogos e assistentes sociais como apoio (REZENDE, 2000). A metodologia adotada é a mais eficaz, pois trata o físico, psicológico e espiritual ao mesmo tempo, tendo maior probabilidade na recuperação, portanto, dependendo da doutrina e religião adotada muitas pessoas não aceitam o estilo de tratamento.
INSTITUIÇÕES DE APOIO
Conforme Pinho (2008), até o ano de 2002 a saúde pública brasileira não dava a devida importância a prevenção e ao tratamento de usuários de bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas ilícitas. O tratamento ocorria através de uso de medicamentos controlados, disciplinas, ou pela marca religiosa moral, causando isolamento social e diversos tipos de problemáticas na fase de recuperação. Pinho (2008). Relata que em 2003, uma Política Nacional Específica para Álcool e Drogas foi formulada pelo Ministério da Saúde, tendo como finalidade prevenir, tratar e reabilitar os usuários. A principal proposta de tratamento se tornou os Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (CAPSad) que foram implantados em todo país, dando preferência às grandes regiões metropolitanas com relevantes indicadores epidemiológicos, tendo por meta oferecer atividades terapêuticas e preventivas à sociedade.
43 O conhecimento dos CAPSad e de toda a política nacional surgida com eles, de acordo com Pinho (2008), propõem a estruturação de um trabalho mais perto do convívio social do público assistido, dando o auxílio necessário à saúde, benefícios sociais, esporte, lazer, cultura, moradia, trabalho, educação, entre outros, portanto, refere-se a uma rede de assistência baseada em dispositivos extra-hospitalares de atenção psicossocial tendo como objetivo, além da reabilitação, a reinserção social.
COMUNITÀ CENACOLO
Em 16 de Julho de 1983 a Comunità Cenacolo ganhou vida, sendo uma resposta de Deus para os jovens desesperados, tristes e desapontados que sofriam com a dependência química e buscavam alegria e o verdadeiro sentido da vida. Depois de muitos anos, rezando e esperando, Madre Elvira, que na época era apenas mais uma freira de seu convento, sentiu em seu coração o desejo de doar sua vida para os jovens solitários e marginalizados de sua época. Sendo assim, o responsável pela cidade de Saluzzo, localizada no norte da Itália, concedeu a ela as chaves de uma casa em uma vila isolada e abandonada, que através de auxílios financeiros da população, muito sacrifico e oração, pode dar início a este projeto que atualmente ajuda milhares de jovens no mundo todo. Figura 13 – Os primeiros Passos
Fonte: Autor, 2019.
44 Figura 14 – Casa Madre; Saluzzo - Itália
Fonte: Autor, 2019.
Com o passar do tempo o número de rapazes batendo nas portas da Comunidade cresceu, e foi necessário a abertura de outras casas para recebelos. “Para aqueles que batem em nossas portas, um estilo simples e familiar de vida comunitária é proposto: acolhimento livre como sinal de amor verdadeiro; amizade sincera como fundamento das relações humanas e do amor fraterno; a redescoberta do trabalho vivido como dom e compromisso de amadurecer nas responsabilidades da vida; oração e fé em Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou por nós, como resposta à necessidade de amor infinito que vive no coração humano. Acreditamos que a vida cristã, em sua plenitude, é a verdadeira resposta para toda inquietude do coração, e que somente aquele que criou o homem pode reconstruir seu coração perdido e ferido por experiências
que
o
iludiram,
enganaram
e
desapontaram.”
(COMUNITÀ CENACOLO, 2019).
Outras casas nasceram, primeiro na Itália, e depois em outros países. Esses mesmos jovens renasceram para uma vida nova, deixando de lado todo seu passado obscuro, e se tornando os primeiros missionários, doando suas vidas
45 gratuitamente para ajudar outras pessoas que passaram pelas mesmas dificuldades. “A Comunidade deseja não apenas ser um local de recuperação e assistência social, mas uma "escola da vida", uma "grande família" onde a pessoa acolhida possa sentir-se "em casa" e assim recuperar sua dignidade, a cura de feridas, paz no coração, a alegria da vida e o desejo de amar.” (COMUNITÀ CENACOLO, 2019).
Atualmente, existem 71 fraternidades presentes em 20 países do mundo: Itália 25 fraternidades, Áustria 1, Bósnia e Herzegovina 2, Croácia 7, França 5, Inglaterra 1, Irlanda 1, Polônia 4, Portugal 1, Eslováquia 1, Espanha 2, Estados Unidos 4; Argentina 4, Costa Rica 1, Brasil 5, México 1, Peru 3, Paraguai 1, África-Libéria 1, Filipinas 1. As mesmas acolhem jovens, homens e mulheres marginalizados, moradores de rua com problemas relacionados a droga, quem tem o desejo de renascer e descobrir o verdadeiro significado da vida. Pessoas que querem viver uma experiência em comunidade, rezando, se sacrificando, compartilhando e servindo. Crianças de rua que agora vivem nas casas chamadas missões, localizadas no Brasil, México e Peru. Jovens, rapazes e moças, famílias e religiosos consagrados da Cenacolo, compartilhando entre eles a jornada se tornarem novos na vida do amor.
A METODOLOGIA DE RECUPERAÇÃO
A recuperação na Comunitá Cenacolo se dá por meio de um estilo de vida que é seguido por todas as fraternidades existentes ao redor do mundo, ela acontece com base fundamental guiada pela espiritualidade onde a rotina se dá pelo início do dia, onde os jovens se levantam as 6:00 da manhã de segunda a sábado para um momento de espiritualidade, em seguida ocorre em alguns dias da semana a compartilha, onde relatam seu testemunho de vida ou algo em que
46 viveram na semana. Após, todos se reúnem no refeitório para o café da manhã e distribuição das tarefas diárias, onde é decidido qual trabalho cada um ficará responsável durante o dia, isso inclui obrigações domésticas como limpeza da casa, lavagem de roupas, cozinha, plantio e colheita na horta, marcenaria, artesanato entre outros. As obrigações se dão até 12:00, onde todos se reúnem novamente no refeitório para almoço. Após a limpeza, se reúnem para um outro momento de espiritualidade que é realizado caminhando, seja dentro do espaço ou muitas vezes fora. Assim que retornam, voltam para seus afazeres estipulados no início do dia, que terminam as 18:00, momento em que se organizam para regressar a capela para um instante de oração, depois retornam ao refeitório para a janta e um momento livre, onde se pode conversar, tocar, jogar até as 21:00, onde ocorre a oração final e todos devem se locomover até os alojamentos para o descanso. Essa rotina acontece de segunda à sábado, podendo haver alterações com a realização da santa missa, ou algum momento de lazer estipulado pelo responsável. Normalmente sábado à noite pode-se assistir algum filme relacionado a fins religiosos ou estrangeiros que não incentivem o uso de elementos químicos. Domingo a rotina é similar, porém com mais liberdade, menos trabalho e mais tempo livre. Dias de santos católicos são considerados feriados dentro de Comunidade, ou seja, dia de festa onde a rotina é similar à de domingo. Vale ressaltar que o estilo de vida é válido para todos em Comunidade, independente da faixa etária ou crença religiosa, assim, sendo comunicado a anteriormente no processo de triagem. A Comunidade estipula uma permanência mínima de 3 anos para os dependentes, onde os encontros com os familiares ocorrem somente de 4 em 4 meses, sem haver contato absoluto durante esse período, um caminho longo, mas que de acordo com Madre Elvira, muitas vezes ainda não é o suficiente para a recuperação total de uma pessoa, pois a desintoxicação ocorre em até 9 ou 10 meses, porém o renascimento interior leva uma demanda maior de tempo. Portanto, após o período estimado, o jovem tem poder de escolher deixar a fraternidade, permanecer ou até mesmo doar sua vida assim como muitos missionários e consagrados fizeram em compaixão por amar e servir ao próximo.
47 A HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE DE TRATAMENTO
Humanizar é estar coerente com os valores. A solidariedade também está associada à humanização e como força motora está a pré-ocupação. Como fundamento da humanização, encontra-se a dignidade humana. (WALDOW; BORGES, 2011). De acordo com Vasconcelos (2004), a influência do ambiente no bemestar dos pacientes é comprovada através da ciência, tanto porque a humanização está diretamente ligada a psicologia ambiental e esta, por sua vez, age na forma como em que indivíduo percebe os elementos que compõe o espaço. A percepção destes elementos se reflete no comportamento e nas atitudes que o mesmo dá em resposta aos estímulos sensoriais provocados. Tais como: a cor, os revestimentos, as texturas, o mobiliário e decoração, a iluminação, o uso de vegetação, dentre outros. Portanto, a humanização de ambientes consiste no objetivo e qualificação do espaço construído a fim de transmitir ao homem, o foco principal do projeto, que é o conforto físico e psicológico, para a realização de suas atividades, através de condições ambientais que provocam a sensação de bem-estar. Vasconcelos (2004) relata também, que entre muitos outros benefícios, a luz influencia na regularização de estresse e fadiga. Em ambientes de recuperação, quando se é proposto uma combinação de iluminação natural e também ventilação, se pode alcançar e satisfazer o bem-estar dos pacientes. A luz natural é sempre a melhor solução para o interior de qualquer que seja a edificação, porque contribui positivamente na disposição e no humor das pessoas, podendo ser utilizada por meio de janelas, átrios e zenitais. Logo, utilizando os princípios abordados sobre a humanização em um centro de reabilitação para dependentes químicos na região proposta no Alto Tietê em Suzano, será possível realizar a criação de um ambiente que auxilie no tratamento dos usuários, como peça chave a arquitetura, contribuindo com cada etapa na formação deste espaço.
48
ESTUDO DE CASO
CENTRO
DE
REABILITAÇÃO
PSICOSSOCIAL
/
OTXOTORENA
ARQUITECTOS. Figura 15 – Vista Frontal Centro De Reabilitação Psicossocial
Fonte: Pedro Pegenaute – Archdaily.
Figura 16 – Implantação
Fonte: Otxotorena Arquitectos – Archdaily.
49 FICHA TÉCNICA Arquitetos: Otxotorena Arquitectos Localização: Alicante, Espanha Categoria: Centro de Reabilitação Arquiteto Responsável: Juan M. Otxotorena, José L. Camarasa Arquiteto Colaborador Gloria Herrera, Jorge Ortega Área 16657.0 m² Ano do Projeto: 2014
O edifício foi projetado para fins sociais e de saúde, construído na região de San Juan de Alicante na Espanha. O mesmo visa atender as necessidades derivadas das duas entidades que se encontram no mesmo terreno. Sendo uma residência que trata indivíduos com distúrbios mentais crônicos e não precisam de hospitalização e o outro é um centro de reabilitação social para aqueles que possuem distúrbios mentais graves. O edifício possui volumetria retangular que proporciona uma estrutura para áreas com diferentes funções, possuindo extremo contato com a natureza e quebrando estereótipos contendo apenas um andar, contém um vão central mais largo que proporciona grandes atividades sociais. Possui uma entrada, estacionamento, salas ligadas a uma área externa verde interativa, concebendo privacidade, mas também tornando o espaço calmo e agradável. Prevê iluminação natural para os ambientes internos e possui sistema de brises que ajudam na moderação dos raios solares dentro dos ambientes Figura 17 – Detalhamento Brises Centro De Reabilitação Psicossocial
Fonte: Pedro Pegenaute – Archdaily.
50 Figura 18 – Planta Baixa centro de reabilitação psicossocial.
Fonte: Otxotorena Arquitectos /Archdaily – Editado.
Figura 17 – Cortes e Vistas Centro De Reabilitação Psicossocial
Fonte: Otxotorena Arquitectos – Archdaily.
51 Figura 18 – Recepção Centro De Reabilitação Psicossocial
Fonte: Pedro Pegenaute – Archdaily.
Figura 19 – Circulação Interna Centro De Reabilitação Psicossocial.
Fonte: Pedro Pegenaute – Archdaily.
Tabela 17 – Análise Swot Centro De Reabilitação Psicossocial.
Fonte: Autor, 2019.
52
CENTRO PSIQUIÁTRICO FRIEDRICHSHAFEN / HUBER STAUDT ARCHITEKTE
Figura 20 – Fachada Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Werner Huthmacher – Archdaily.
Mapa 1 – Implantação Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Google Earth – Editado.
53 FICHA TÉCNICA Arquitetos: Huber Staudt Architekten Localização: Röntgenstraße 8, 88048 Friedrichshafen, Alemanha Equipe de Projeto:Julian Arons, Magdalena Falska, António Henriques, Christian Huber, Leander Moons, Jördis Petzold, Joachim Staudt, Sofia Theodorou Área: 3274.0 m2 Ano do projeto: 2011 Fundado em 2011 o Centro psiquiátrico está localizado no campus do Hospital de Friedrichshafen que foi construído em 1960. Tendo conceito análogo assim como todo centro de reabilitação, que é promover espaços que transmitam bem-estar e conforto não remetendo a clausura de um centro médico. Figura 21 – Vista Expandida Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Werner Huthmacher – Archdaily.
Seu terreno possui curvas de níveis, portanto foram dispostas duas entradas principais em diferentes pisos, oferecendo a visão para o exterior entre a nova e a antiga construção já existente, convidando os pacientes a relaxarem observando a vista á fora. O edifício acompanha a inclinação natural do terreno e se restringe a um grande pátio verde aproveitando o contorno natural do lote, portando pode ser visto na paisagem e permite belas vistas tanto de seu interior quanto interior. Seu programa conta com salas de terapia, quartos que através das cores dos ambientes auxiliam no humor e no processo de terapia dos pacientes, além de
54 terem acesso ao jardim de convivência proporcionando iluminação e ventilação natural em seus aposentos. Figura 22 – Pateo Verde Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Werner Huthmacher – Archdaily.
A iluminação e ventilação natural colaboram com o conceito terapêutico onde o edifício tenha aparência de um ambiente acolhedor com referências residenciais e hoteleiras, em que os pacientes se sintam bem com espaços em cores suaves remetendo tranquilidade, paz e harmonia. A utilização da iluminação natural agrega não somente no bem-estar dos pacientes, mas também auxilia nos destaques do materiais de madeira e concreto, utilizados internamente e externamente para concepção do projeto. Figura 23 – Circulação Interna Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Werner Huthmacher – Archdaily.
55 Figura 24 – Sala Multiuso Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Werner Huthmacher – Archdaily.
Figura 25 – Circulação Interna Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Werner Huthmacher–Archidaily.
56 Figura 26 – Planta Baixa Pav. Térreo Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Huber Staudt Architekten/ Archdaily – Editado.
Figura 27 – Planta Baixa Superior Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Huber Staudt Architekten/ Archdaily – Editado.
57 Figura 28 – Corte Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Huber Staudt Architekten –Archdaily.
Tabela 18 – Análise Swot Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Fonte: Autor, 2019.
SISTER MARGARET SMITH ADDICTIONS TREATMENT CENTRE
Figura 29 – Fachada Sister Margaret Smith
Fonte: Form Architecture – Sister Margaret Smith Addictions Treatment Centre.
58 Mapa 2 – Localização Sister Margaret Smith
Fonte: Google Maps – Editado.
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Kuch Stephenson Gibson Malo Architects and Engineer + Montgomery Sisam Architects Localização: Thunder Bay, ON, Canada Categoria: Centro de Reabilitação Área 5.200m² Ano do Projeto: 2009
O projeto foi concebido com intuito de que a influência da arquitetura e a paisagem em volta auxiliassem no processo de recuperação dos usuários do centro de reabilitação. Desta forma o mesmo apresentam uma grande variedade de espaços que oferecem relação com a paisagem e meio ambiente, propondo ambientes que remetam a verdadeira cura que as pessoas que visitam o local buscam, através também da iluminação natural e ventilação amena que foram adotadas como conceito com intuito de favorecer a permanência e conforto térmico e visual do espaço.
59 Figura 30 – Vista fachada Sister Margaret Smith
Fonte: Tom Arban – Archdaily.
O edifício propõe tratamentos internos e também os não residências, oferecendo diferentes opções para aqueles que o buscam, além disso está implantado em uma área rural oferecendo grande contato com a natureza, lazer e trabalho. Oferecendo atividades tranquilas e contato sereno com a sociedade. Possui um salão principal, identificado como sala de recuperação, com grandes janelas e cobertura com formato diferenciado, oferece iluminação com grandes fluxos naturais representando algo semelhante a paz e esperança. Conta também com espaços para terapia, um ginásio e ambiente para meditação e espiritualidade, onde os internos são introduzidos a um local calmo e acolhedor.
Figura 31 – Espaço Sagrado Sister Margaret Smith
Fonte: Tom Arban – Archdaily.
60 Como o intuito principal era a grande iluminação em grande parte dos ambientes, o projeto foi pensado de forma com que ficasse em torno de dois campos paisagísticos fazendo com que a luz pudesse penetrar cerca de 75% dos espaços pelos pacientes residenciais e não residenciais, fornecendo ambientes seguros sem deixar de lado a privacidade que cada um deles necessita. Figura 32 – Circulação Interna Sister Margaret Smith
Fonte: Form Architecture – Sister Margaret Smith Addictions Treatment Centre.
Seu programa residencial conta com quartos femininos, masculinos e adolescentes sendo eles privativos. O não residencial conta com salas de terapia particulares e em grupo, ginásio, sala espiritual, artesanato e administração. O setor residencial juvenil conta com alojamentos que dão acesso a uma sala de estar, oferecendo um espaço aconchegante com conceito familiar. Possui também uma área ambulatorial que conta com escritório de aconselhamento salas de terapia em grupo e um ambiente sagrado, apoio a administração e pátios ao ar livre.
61 Figura 33 – Pátio ao ar livre Sister Margaret Smith
Fonte: Tom Arban – Archdaily.
Figura 34 – Quadra de esportes Sister Margaret Smith
Fonte: Tom Arban – Archdaily.
62 Figura 35 – Planta baixa Sister Margaret Smith Addictions Treatment Centre
Fonte: Kuch Stephenson Gibson Malo Architects and Engineer + Montgomery Sisam Architects/ Archidaily – Editado.
Tabela 19 – Análise Swot Sister Margaret Smith Addictions Treatment Centre
Fonte: Autor, 2019.
CREDEQ – CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA E EXCELENCIA EM DEPÊNCIA QUÍMICA Figura 36 – Fachada Principal CREDEQ
Fonte: Banco de Imagens – CREDEQ.
63 Mapa 3 – Localização CREDEQ
Fonte: Google Earth – Editado.
FICHA TÉCNICA Localização: Aparecida de Goiânia, Goiás Categoria: Centro de Reabilitação Arquiteto Responsável: Luiz Botosso Área 10.000m² Ano do Projeto: 2016
O centro de excelência em reabilitação para dependentes químicos CREDEQ está localizado no município de Aparecida de Goiânia, na área rural do Complexo Prisional em um lote de 99 mil m² contando com 10 mil m² de área construída. É uma obra social que atende todo tipo de perfis de usuários de drogas. Sua implantação foi planejada com o intuito de prever ambientes que atendesse as necessidades de seus pacientes, dispostos entre ambulatórios, setor de tratamento adulto, infantil, adolescentes, apoios, recepção, dois ambulatórios, farmácia, setor tecnológico, duas áreas de desintoxicação, oito Unidades de Terapias Residenciais, seis canis, um refeitório, três áreas de convivência aos pacientes, em seus respectivos núcleos, dois auditórios de musicoterapia, piscinas, quadra poliesportiva, campo gramado de futebol, além
64 de estacionamentos, almoxarifado e setor reservado a administração dos terceirizados. As áreas distintas de tratamento por faixa etária se interligam através de um grande pátio parcialmente aberto, que se comunica com a vista para a natureza e lazer proporcionando momentos de integração e tranquilidade. O núcleo destinado ao tratamento infantil também possuí uma área destinada para o seu familiar ou responsável. Figura 37 – Pateo CREDEQ.
Fonte: Banco de Imagens – CREDEQ.
Figura 38 – Entrada Dormitórios CREDEQ
Fonte: Secretaria do Estado de Saúde de Goiás – CREDEQ.
65 Figura 39 – Sala de Atividades CREDEQ
Fonte: Fonte: Secretaria do Estado de Saúde de Goiás – CREDEQ.
Figura 40 – Núcleo de recuperação CREDEQ
Fonte: Secretaria do Estado de Saúde de Goiás – CREDEQ.
O projeto arquitetônico oferece áreas verdes, esportivas (quadras e piscinas) e destinadas ao lazer e recreação, além de uma biblioteca, sala de computação e praças de convivência. O objetivo é fazer com que os internos sejam acolhidos num ambiente confortável e arejado, e com condições para sua reinserção social. O projeto prevê além de áreas verdes com quadras esportivas e piscinas voltadas ao lazer e recreação, uma biblioteca, sala de computação e praças de convivência. Com conceito de que os internos sejam acolhidos num ambiente tranquilo, calmo e confortável, favorecendo-os nesta fase de recuperação e auxiliando na sua reinserção social.
66 Figura 41 – Implantação aérea CREDEQ
Fonte: Banco de Imagens – CREDEQ.
Figura 42 – Setorização CREDEQ
Fonte: Fonte: Banco de Imagens /CREDEQ – Editado.
Tabela 20 – Análise Swot CREDEQ
Fonte: Autor, 2019.
67 ANÁLISE GERAL Tabela 21 – Comparativo Análises Swot
Fonte: Autor, 2019.
VISITAS TÉCNICAS
Em seguida serão apresentadas visitas técnicas realizadas para melhor entendimento dos espaços determinados, para obter-se dados, parâmetros e contribuições necessárias para a proposta do projeto a ser realizado.
COMUNITÀ CENACOLO FRATERNIDADE AMBRA MARIA Visita realizada em 3 de Janeiro de 2019. Dados da Comunità Cenacolo – Fraternidade Ambra Maria: Data de abertura: 1992 Endereço de construção: Via Spinetta, 190 – Spinetta (CN) - Itália Autor do Projeto: Inexistente. Figura 43 – Fachada Lateral Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autoria Própria (2019).
68 Figura 44 – Croqui Implantação e Térreo Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
Figura 45 – Croqui 1º e 2º Pavimento Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
69 Figura 46 – Foto na Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
Figura 47 – Vista lateral direita Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
A Comunitá Cenacolo – Fraternidade Ambra Maria, está localizada em Spinetta, um distrito de Cuneo na Itália. A mesma, a princípio não era destinada para o uso atual. A casa pertencia a uma moça chamada Ambra Maria, que no
70 auge de sua vida descobriu que tinha contraído AIDS, sabendo do que a esperava no futuro, antes de partir deixou a casa como providência para a Comunidade Cenacolo, para abertura de uma nova Fraternidade. Inicialmente a fraternidade alojou um grupo de crianças para o projeto da missão, após um período se transformou no segundo lar feminino para recuperação da Comunità Cenacolo. Atualmente nesta casa, vivem cerca de 15 garotas experimentando suas jornadas de renascimento. Nesta fraternidade existem espaços de descontração tais como uma oficina, onde as meninas realizam artesanatos que dão apoio as missões, uma quadra de vôlei onde praticam esportes no tempo livre, a sala de jantar/estar onde se assistem alguns filmes e ocorrem em algumas épocas do ano a cozinha compartilhada, onde todas se juntam para cozinharem pratos típicos de seus países. A edificação em si não foi construída para ser uma casa de reabilitação, portando houveram alguns ajustes para que a mesma pudesse se adaptar para atender as necessidades daquelas pessoas que passariam a frequentar o local. O conceito principal adotado é a abandonar a concepção de clínica de reabilitação, onde as pessoas ficam limitadas a um quarto, algumas distrações e medicamentos controlados. A Comunidade pretende não ser somente um local para recuperação para esses jovens, mas sim uma “escola da vida”, onde as pessoas tenham a possibilidade de sentir-se em um ambiente familiar, sentir-se em casa e desta forma recuperar a dignidade que foi perdida, buscar a cura de suas feridas, ter paz em seus corações, alegria de viver e o desejo de amar. Desta forma, a arquitetura utilizada tem como estilo a Italiana toscana, possuindo paredes grossas com pedras rústicas, com portas e janelas de madeira. Dispondo de formas simples, grandes jardins e pinturas claras que remetem a vida tranquila do interior, tendo como intuito principal transmitir o aconchego das casas de campo através de ambientes rústicos e extremamente confortáveis. Seu terreno possui grande parte de área permeável contando com um imenso jardim com vista para as montanhas, havendo, portanto, um grande espaço para lazer e distração.
71 Analisando de forma geral, a reabilitação de uma casa unifamiliar para um projeto como este que abrange uma população acima daqueles que utilizavam é um tanto quanto peculiar, porém a forma como foram dispostos os ambientes auxiliaram demasiadamente para atender as necessidades dessas pessoas, o tamanho da propriedade também foi de suma importância para que isso ocorresse da forma desejada. A localização, vizinhança e o contato com a natureza que sucede no local auxilia, todavia no processo de recuperação. Porém temos alguns contras em relação a alguns ambientes, tais como: •
Capela: por se encontrar no último andar possuí difícil acesso para pessoas com algum tipo de deficiência física, e em alguns casos suas dimensões não atendem a quantidade de pessoas que a utilizam.
•
Oficina: atende todas as atividades realizadas, porém não possuí um lavabo próprio, portanto quem o utiliza deve andar até o 1° pavimento da residência para ter acesso ao mesmo.
•
Área de Serviço: é localizada no lado externo do edifício, possuindo um difícil acesso, e quem a utiliza deve-se locomover sem uma cobertura, sendo assim em dias de nevada, ou chuvas acaba se tornando uma atividade desagradável.
•
Depósito/ Despesa: se encontra no lado externo, no subsolo, uma atividade que complica a movimentação e reposição dos alimentos pela locomoção até o local.
•
Sala de jantar: possui janelas pequenas, que impedem a circulação de ar e a iluminação natural no ambiente.
•
Escada: possui acesso somente externo, portanto o acesso dos dormitórios para o refeitório se dá pelo lado de fora da casa.
Em síntese, notamos que apesar das adaptações ainda existem alguns ambientes que dificultam certos tipos de atividades, porém o projeto em si atende grande parte das necessidades das mulheres que vivem no local.
72
Figura 48 – Área de Serviço Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
Figura 49 – Despensa Externa Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
Figura 50 – Dormitório 2 Fraternidade Ambra Maria
73
Fonte: Autoria Própria (2019).
Figura 51 – Dormitório 3 Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
74 Figura 52 – Capela Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
Figura 53 – Quadra de Vôlei e Oficina Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
Figura 54 – Horta Fraternidade Ambra Maria
Fonte: Autor, 2019.
75 COMUNITÀ CENACOLO FRATERNIDADE SANTA TERESINHA Visita realizada em 17 de Fevereiro de 2019. Dados da Comunità Cenacolo – Fraternidade Santa Terezinha: Data de abertura: 2010 Endereço de construção: Estrada Mogi Taiaçupeba Km 72, Mogi das Cruzes – São Paulo Autor do Projeto: Inexistente. Figura 55 – Fachada Principal Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
Mapa 4 – Vista Aérea e Implantação Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Google Maps – Editado.
76 Figura 56 – Planta Baixa Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Eng. Segurança Robson C. Sant’ana – Editado.
Figura 57 – Corte Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Eng. Segurança Robson C. Sant’ana – Editado.
Figura 58 – Croqui Capela Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
A Casa Santa Teresinha, localizada no Distrito de Taiaçupeba em Mogi das cruzes fica ao lado da Missão Nossa Senhora da Ternura (orfanato destinado as crianças que a comunidade acolhe), em uma parte do terreno que
77 inicialmente não possuía nenhum tipo de uso. Esta casa recebe cerca de 25 a 30 jovens. É o segundo lar para reabilitação da Comunidade no Brasil, depois do de Jaù! Nunca faltam trabalho graças à criação de animais (vacas, cavalos, porcos, galinhas) a horta, marcenaria e lenharia. A oração marca os dias em uma simples, mas bela capela de grandes janelas que se pode admirar a criação de Deus na exuberante natureza brasileira. Diferente da visita apresentada acima, a fraternidade Santa Teresinha acolhe ao invés de moças, rapazes. Sendo assim a disposição dos ambientes acabam se tornando mais práticas e simples. Na fraternidade existem espaços de descontração tais como uma sala de jogos onde os rapazes compartilham momentos de amizade e tranquilidade uns com os outros, uma quadra de futebol e uma de vôlei onde praticam esportes no tempo livre, a sala de jantar/estar onde se assistem alguns filmes algumas vezes por semana de acordo com as regras estabelecidas. Ao contrário da Fraternidade Ambra Maria, a Santa Teresinha foi construída já com o intuito de ser uma casa de reabilitação, mas ainda sim houveram alguns ajustes após sua construção para atender as necessidades dos rapazes. A capela é um exemplo, foi construída algum tempo depois para que pudessem a utilizar dentro da própria casa sem ter que andar até a outra capela da Missão, localizada a 5 minutos a pé da fraternidade masculina. O conceito desta fraternidade é basicamente o mesmo da Ambra Maria, a única coisa que difere são os sexos as serem tratados, pois a Comunidade é a mesma, tanto em concepção quanto em suas regras, seja aqui no Brasil, na Itália ou em qualquer lugar do mundo, seus cronogramas e rotinas são os mesmos onde quer que a fraternidade esteja, e seu intuito sempre será ser mais que um lugar de recuperação, e sim uma escola de vida onde os jovens possam recuperar suas dignidades e saírem prontos para encarar a vida do lado de fora, com paz em seus corações, alegria de viver e o desejo de amar. Como partido na maioria das fraternidades, Santa Teresinha também conta com o Arquitetura estilo Italiana Toscana, contendo paredes grossas com pedras rústicas, com portas e janelas de madeira. Contendo volumetria simples, grandes jardins e pinturas claras que remetem a vida tranquila do interior, o que auxilia quase que 100% na reabilitação do indivíduo.
78 Vale ressaltar que tanto a Fraternidade quanto a Missão está construídas no mesmo terreno, porém os rapazes não tem contato com as crianças a não ser quando são dispostas atividades tais como a missa, onde todos participam juntos, tanto os rapazes, crianças e voluntários, ao contrário os mesmos ficam separados e vivem em ambientes diferentes. O terreno além de abrigar a Fraternidade e a Missão, possui grande parte de área permeável contando com um imenso jardim com vista para um lago, playground, quadras de futebol, vôlei e tênis, havendo, portanto, um grande espaço para lazer e distração tanto para os rapazes quanto para as crianças que vivem no local. De acordo com a quantidade de jovens que utilizam o espaço, e também com as outras casas da Missão que se encontram no mesmo terreno pode-se analisar de forma geral que a mesma atende as necessidades dos jovens que estão em tratamento, através dos ambientes dispostos, contato com a natureza e com a metodologia de recuperação oferecida pela comunidade. O tamanho do terreno também ajuda positivamente na disposição das casas e separação da missão e da fraternidade, a localização onde está inserido supre as filosofias impostas pela comunidade onde sua região se encontra longe do centro urbano, porém possui fácil acesso, auxiliando no processo de recuperação. Contudo ainda há ambientes que poderiam adequar-se mais as necessidades dos rapazes, tais como como os dormitórios, que suprem as necessidades, portanto se deveria ter uma metragem quadrada maior, para transmitir mais conforto e aconchego e quem sabe receber ainda mais jovens. Em síntese, pode-se notar, que o projeto em si atende as necessidades dos rapazes que vivem no local, auxiliando em sua recuperação e os preparando para a reinserção na sociedade.
79 Figura 59 – Alojamento 2 Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
Figura 60 – Vestiário 2 Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
Figura 61 – Sala de Jogos/Refeitório Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
80 Figura 62 – Cozinha Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
Figura 63 – Horta Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
Figura 64 – Viveiro animais Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
81 Figura 65 – Marcenaria Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
Figura 66 – Capela Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
Figura 67 – Quadra de Futebol Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
82 Figura 68 – Quadra de Vôlei Fraternidade Santa Terezinha
Fonte: Autor, 2019.
COMUNITÀ CENACOLO FRATERNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS Visita realizada em 16 de Março de 2019. Dados da Comunità Cenacolo – Fraternidade São Francisco de Assis: Data de abertura: 2001 Endereço de construção: Estrada Saldanha Km4, Dois Córregos, Brasil. Autor do Projeto: Inexistente. Figura 69 – Foto na Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
83 Figura 70 – Vista frontal Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
Mapa 5 – Implantação Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Google Earth – Editado.
A fraternidade São Francisco de Assis fica localizada no interior de São Paulo na cidade de Dois Córregos, cerca de 290km da Capital Paulista. Foi a primeira casa da Comunità Cenacolo construída no Brasil. No início era uma edificação pequena e remota, porém com o passar dos anos foi ganhando ainda mais vida. Atualmente é cercada por grandes áreas verdes e
84 muito conhecida por sua plantação de café espessa, que é um meio também de envolver os jovens no trabalho pelo jardim e plantação, cujo os frutos são tidos como providência para grande parte de seu sustento. Atualmente vivem cerca de 50 rapazes nesta fraternidade, além daqueles que estão caminhando para entrar em direção a uma nova vida. Na seguinte fraternidade encontram-se espaços para distração dos rapazes, como uma marcenaria, onde se produzem gaiolas para pássaros com intuito de arrecadar fundos para o mantimento da casa, uma quadra de futebol, sala de jogos e espaço para assistir filmes quando permitido. Nota-se que a edificação possui design e arquitetura simples, sendo projetada para fins de recuperação, porém deixando alguns espaços e atividades a desejar pelo não planejamento futuro, não pensando em uma expansão a longo prazo. O conceito adotado pela comunidade é nada menos que renascimento, onde a pessoa através dos ambientes propostos possa ter um encontro com a espiritualidade e seja capaz de enxergar seu valor e passar também a valorizar as pessoas ao seu redor. Desta forma, a fraternidade propôs um local muito afastado com intuito de que os jovens consigam ter contato profundo com eles mesmos através do trabalho, amizade, espiritualidade e assim possam cada dia mais redescobrir o sentido da vida. Para realização da ideia que a comunidade propõe, foi utilizada uma arquitetura simples e padrão como se pode notar nas outras fraternidades, com uso de pinturas claras, paredes com espessuras mais rígidas, portas e janelas de madeira, integração de ambientes através de vidro e grandes jardins com espaços verdes remetendo a vida calma de quem mora no campo. Em suma, nota-se que a fraternidade possui um ótimo conceito e partidos que fazem o mesmo se realizar, apesar de haver algumas controvérsias em ambientes que tornam a locomoção pouco desagradável como a distância entre os alojamentos a capela e a cozinha, que poderiam ser pensados de uma outra forma, oferecendo melhor acesso não somente para os rapazes e sim todos que utilizam o espaço.
85 Figura 71 – Vista frontal alojamentos Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
Figura 72 – Vista interna alojamentos Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
Figura 73 – Vestiários Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
86 Figura 74 – Refeitório Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
Figura 75 – Cozinha Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
Figura 76 – Capela Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
87 Figura 77 – Espaço para eventos Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
Figura 78 – Escritório Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
Figura 79 – Entertenimento e escritório Fraternidade São Francisco de Assis
Fonte: Autor, 2019.
88
ÁREA DE INTERVENÇÃO
CIDADE
A cidade escolhida para realizar o projeto de centro de acolhida para dependentes químicos, está situada a leste de São Paulo, a 45 quilômetros da capital. Suzano é um dos 39 municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, com área de 206,236 km². Diretamente pela cidade, passam as rodovias Índio Tibiriçá e Henrique Eroles. A mesma tem acesso indireto à Ayrton Senna, Mogi-Dutra e consequentemente a própria Dutra.
Mapa 6 – Localização do Terreno
Fonte: Prefeitura Municipal de Suzano- Mapa de Zoneamento – Editado.
89 Mapa 7 – Detalhamento da área a ser trabalhada
Fonte: Calc Maps – Recreio Internacional - Editado.
Mapa 8 – Topografia do Terreno
Fonte: Tophografic Map – Suzano- Editado.
A população municipal total apontada pelo IBGE de Suzano em 2018 é de 294.638 pessoas. Existe um número proporcionalmente semelhante de
90 homens e mulheres no total do município. Nos números por distritos esta relação se mantém semelhante. Gráfico 2 – População no último censo em Suzano.
Fonte: IBGE – Suzano.
CLIMA
O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. A média de temperatura anual gira em torno dos 18°C, sendo o mês mais frio Julho (Média de 14°C) e o mais quente Fevereiro (Média de 22°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1400 mm.
DADOS DEMOGRÁFICOS
Sua demografia aponta Índice de Desenvolvimento Humano: 0,775 Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 13,9 Expectativa de vida (anos): 71,06. A cidade fica a 12 km de Mogi das Cruzes, 34 km da capital São Paulo e 46 km de Santos.
LIMITES
Seus municípios limítrofes são Itaquaquecetuba a norte, Mogi das Cruzes a leste, Santo André a sul, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires a sudoeste e Ferraz de Vasconcelos a oeste e Poá a noroeste.
91 HIDROGRAFIA
Referente a hidrografia, conta com importantes rios, são eles Rio Tietê, Rio Uma, Rio Guaió e Rio Taiaçupeba.
SÓCIO CULTURAL
Suzano é um dos municípios brasileiros que mais receberam influência da cultura japonesa, por causa da Imigração japonesa no Brasil. Atualmente, a colônia japonesa representa cerca de 10% da população suzanense. Depois de desembarcarem do Kasatu Maru, primeiro navio de imigrantes japoneses a ancorar no Brasil, os 781 estrangeiros se distribuíram em várias regiões do estado de São Paulo. Os primeiros japoneses a se instalarem em Suzano foram Kisaku Haguihara e Noriyuki Oshima e dedicaram-se à agricultura. Daí por diante os japoneses tiveram intensa participação na história de Suzano, seja na cultura, economia ou política. Cultura nordestina Em Suzano, como em todos os municípios da Região Metropolitana de São Paulo, boa parte da população residente tem origem nordestina. Um exemplo desta influência é a Festa Nordestina em Suzano, que em 2009 reuniu cerca de 16 mil pessoas para prestigiar as comidas típicas (tapioca, buchada de bode, baião de dois, bobó de camarão, favada, feijão tropeiro, sarapatel e caldo de mocotó) e shows de música regional.
HISTÓRIA
Assim como algumas cidades do Alto Tietê, Suzano incialmente era morada de alguns índios de uma tribo chamada guianás. Porém com a chegada dos colonizadores, foram expulsos e as terras, por meio deles foram ocupadas. Sua localização já era conhecida desde o século 16, onde já aconteciam incursões a caça de índios e de ouro com a população que vinha das regiões litorâneas, inicialmente São Vicente. Após uma demanda de tempo, com os povoados de São Paulo de Piratininga, São Miguel Paulista e Itaquaquecetuba,
92 tornaram a região mais conhecida, possuindo a agricultura como atividade principal. A cidade ficava localizada entre dois dos rios mais importantes da região, Taiaçupeba e o Guaió, que são dois dos afluentes do rio Tietê que cortam Suzano. Incialmente Suzano era um dos distritos de Mogi das Cruzes, entretanto, com o passar do tempo foi garantindo sua independência pessoal, até que foi decido seu desmembramento para se tornar uma cidade autônoma. Sua emancipação política ocorreu no final da década de 1940, e desde então destaca-se na Região Metropolitana de São Paulo por ser um polo industrial, especialmente do setor químico. Quando se tornou município, Suzano já continha cerca de 563 indústrias e 5.274 empresas, juntando a isso o fato de ter um setor comercial diversificado, com centros comerciais nos distritos de Boa Vista e Palmeiras, além do Centro. O crescimento industrial de Suzano foi causado no passado em razão de possuir áreas acessíveis para a inclusão de empresas, e ter acessos a grandes rodovias que dão acesso ao interior e litoral de seu Estado. Na cidade pode-se observar com evidência a produção agrícola e floral, assim como o esporte. A cultura japonesa, tanto quanto como na antiga cidade a que pertencia, Mogi das Cruzes, possui uma extraordinária influência da cultura, havendo recebido diversas famílias vindas do Japão em um movimento migratório. Atualmente, essa população faz parte da economia política da cidade, auxiliando em seu crescimento e desenvolvimento financeiro. Nos dias atuais, a maior problemática enfrentada pelo município acontece decorrente a explosão populacional desenfreada em Suzano e toda grande São Paulo.
ANÁLISE DO TERRENO
O terreno está localizado no bairro Recreio Internacional em Suzano, São Paulo, com o acesso feito pela estrada Keida Harada. O local foi escolhido devido sua localização se encontrar afastada do centro urbano da cidade,
93 provendo uma vizinhança tranquila e amena como solicita a filosofia da Comunità Cenacolo. O mesmo possui um perfil com apenas uma curva de nível, com vegetação rasteira e sem construções existentes, colaborando no processo de reabilitação. Por se encontrar distanciado da área central da cidade, podemos encontrar tanto potencialidades citadas acima, quanto algumas fragilidades tais como o acesso da Estrada Keida Harada que cede acesso para a Estrada da Duchen, o mesmo se dá por meio de um caminho pavimentado para um não pavimentado, onde o alcance não é tão apropriado pela falta do asfalto e também a distância a se percorrer em busca de equipamentos urbanos. Há também um centro comercial pequeno, cerca de 5 minutos de carro do lote que atende as necessidades mínimas de uma vila. O centro de Suzano se encontra cerca de 17 KM, somando 25 minutos aproximadamente de transporte público ou privado.
TERRENO Mapa 9 – Terreno
Fonte: Calc Maps - Editado.
94 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Figura 80 – Vista frontal do terreno
Fonte: Autor, 2019.
Figura 81 – Estrada da Duchen
Fonte: Autor, 2019.
95 Figura 82 – Avenida Canadá
Fonte: Autor, 2019.
Figura 83 – Saída Estrada de Duchen dando acesso a Estrada Keida Harada
Fonte: Autor, 2019.
Figura 84 – Transporte público que da acesso a região
Fonte: Autor, 2019.
96 Figura 85 – Pequeno centro comercial que atende a região
Fonte: Autor, 2019.
Figura 86 – Represa de Taiaçupebepa Rodovia Indio Tibiriçá
Fonte: Autor, 2019.
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Endereço: Estrada da Duchen, Suzano - SP. Dimensionamento: 176x 108 x 112 x 54 = 10.309m² Zoneamento: Z10 – Zona rural dentro de área a Proteção aos Mananciais Descrição: R1 (Residencial Unifamiliar); R2 (Residencial Multifamiliar); R3 (Conjunto Residencial); C1 Comércio Varejista De Âmbito Local, é o estabelecimento de venda direta ao consumidor de produtos relacionados ou não com o uso residencial, com área construída máxima de 150,00 m² acima
97 disso passa a ser enquadrado como "C2"; S1 SERVIÇOS DE ÂMBITO LOCAL; S1 são aqueles destinados à prestação de serviços à população, que podem adequar-se aos mesmos padrões de Usos Residenciais, no que diz respeito às características de ocupação dos lotes, de acesso, de tráfego, de serviços urbanos e aos níveis de ruídos, de vibrações e de poluição ambiental, com área construída máxima de 150,00 m2, acima disso passa a ser enquadrado como "S2" e E (Estabelecimentos Institucionais) e classificam-se como espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou Administração Pública, que tenham espaço direto, funcional ou espacial, com o Uso Residencial. Taxa Permeável: 80% = 8,247m² Taxa de Ocupação: 20% = 2.062 m² Coeficiente de Aproveitamento: 0,2 Recuos Mínimos: Frente: 5,00m; Laterais (de ambos os lados): 3,00m; Fundos: 3,00m.
CHEIOS E VAZIOS
Mapa 10 – Cheios e Vazios
Fonte: Google Earth- Recreio Internacional - Editado.
98 GABARITO DE ALTURA
Pela área do terreno se encontrar em uma região rural, destinada principalmente a residências com uso para lazer como chácaras e sítios e algumas edificações de moradia continua, seu gabarito consiste em no máximo um ou dois pavimentos em toda a região por opção da polução que ocupa o local.
SISTEMA VIÁRIO
O sistema viário do entorno se dá pela estrada Keida Harada, que tem acesso pela Rodovia Indio Tibiriça, sendo a rota realizada por quem vai de encontro a fraternidade pelo centro de Suzano. Sendo a melhor alternativa pra quem dirige-se por meio de transporte particular. Para aqueles que irão se locomover de transporte público há uma linha de ônibus que parte do centro de Suzano, havendo uma parada próxima a estrada da Duchen, onde o loteamento se encontra. Entretanto, deve se caminhar cerca de 10 minutos até o destino desejado. Mapa 11 – Mapa de Linhas de Ônibus da Região
Fonte: Google Maps – Editado.
99 As vias ao redor do terreno são vias locais, estradas sem pavimentação e algumas coletoras que levam o fluxo de automóveis até o centro da cidade, e até para cidades vizinhas. Mapa 12 – Mapa de Viário da Região
Fonte: Google Maps – Editado.
EQUIPAMENTO URBANO
Mapa 1 – Equipamentos Urbanos da região
Fonte: Google Maps (Editado).
100 IMPACTO DE VIZINHANÇA
Como se pode notar, o lote escolhido fica localizado no sul da cidade, em uma área rural quase que deserta, onde as 90% das construções são destinadas a residências unifamiliares, sítios e chácaras. Portanto, os impactos de vizinhança causados pelos edifícios projetados serão quase mínimos, vale ressaltar que também que o local faz parte da área de preservação ambiental, limitando construções que causam danos ao solo e ao entorno. Mapa 13 – Área de impacto.
Fonte: Google Maps (Editado).
Sendo assim, o projeto a ser pensado visa de acordo com as diretrizes impostas, respeitar os usos destinados à área, proporcionando, por meio da sustentabilidade e elementos que remetam apreço pela localidade.
LEGISLAÇÃO
A seguir serão apresentadas as normas técnicas exigidas para melhor entendimento dos espaços apresentados no projeto, com intuito de alcançar parâmetros e percepções necessárias para a proposta a ser realizada.
101 PLANO DIRETOR PREFEITURA MUNICIPAL DE SUZANO
ZONAS ESPECIAIS
Classificadas como zonas especiais, consistem em porções do território com diferentes características ou com destinações especificas que requerem normas próprias de uso e ocupação do solo, estando situadas em qualquer macrozona do município. Dentre as zonas criadas, o loteamento definido se encontra dentro das ZEIS, que são as zonas especiais de interesse social. São destinadas prioritariamente a recuperação urbanística; regularização fundiária e a produção de habitação de interesse social HIS e ou habitação do mercado popular HMP, sendo incluída a recuperação de imóveis degradados e a provisão de equipamentos sociais e culturais, espaços públicos e serviços de comércio local.
LEI COMPLEMENTAR Nº025/96 – PLANO DE ZONEAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO SUZANO
ZONAS DE USO
A zona de uso a qual será inserido o projeto é a Z-10, considerada zona rural dentro da área de Proteção aos Mananciais, sendo distinguida como área contida entre os divisores de águas do escoamento superficial que contribuem aos mananciais e favorecem os cursos e reservatórios de água e demais recursos hídricos de interesse da região do Alto Tietê e região metropolitana da grande São Paulo. Além disso, o mesmo encontra-se em zona rural, considerada uma porção do território da cidade não abrangida pela zona urbana. Suas permissões consistem em atender as seguintes categorias: R1 (Residencial
Unifamiliar);
R2
(Residencial
Multifamiliar);
R3
(Conjunto
Residencial); C1 Comércio Varejista De Âmbito Local, é o estabelecimento de venda direta ao consumidor de produtos relacionados ou não com o uso residencial, com área construída máxima de 150,00 m² acima disso passa a ser
102 enquadrado como "C2"; S1 SERVIÇOS DE ÂMBITO LOCAL; S1 são aqueles destinados à prestação de serviços à população, que podem adequar-se aos mesmos padrões de Usos Residenciais, no que diz respeito às características de ocupação dos lotes, de acesso, de tráfego, de serviços urbanos e aos níveis de ruídos, de vibrações e de poluição ambiental, com área construída máxima de 150,00 m2, acima disso passa a ser enquadrado como "S2" e E (Estabelecimentos
Institucionais)
e
classificam-se
como
espaços,
estabelecimentos ou instalações destinadas à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou Administração Pública, que tenham espaço direto, funcional ou espacial, com o Uso Residencial.
DAS EDIFICAÇÕES EM GERAL
A execução de qualquer obra deve satisfazer as normas compatíveis com seu uso na construção, atendendo os requisitos exigidos pela ABNT em relação a cada caso, bem como atender as disposições contidas do Código Sanitário Estadual. Toda edificação deverá obedecer ao recuo mínimo de 5,00 de frente. O edifício não poderá ter altura superior a 04 vezes a largura da via que faz frente nem número de pavimentos superior a zona em que está inserido.
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
É definida como aquela que é destinada exclusivamente à moradia constituída de dormitório, sala, cozinha, banheiro, circulação e dependência de serviço. A habitação unifamiliar abrange a edificação para uso residencial individual, com intuito direto à moradia.
103 LEI COMPLEMENTAR Nº 15.913/15 – ÁREA DE PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊ CABECEIRAS
DAS DEFINIÇÕES E DOS INSTRUMENTOS
O loteamento está localizado dentro da AOD – Área de ocupação dirigida, que abrange o espaço para consolidação ou implantação de usos urbanos e rurais, desde que sejam atendidos os parâmetros que assegurem a manutenção das condições ambientais devidas à produção de água em quantidade e qualidade para o abastecimento das populações atuais e futuras. As AOD compreendem diversas subáreas, dentre elas a que o terreno está inserido é a SCA, considerada como subárea de conservação ambiental, sendo ocupada predominantemente com cobertura vegetal natural ou com usos agropecuários, agronegócios, bem como outros usos compatíveis com a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas de importância sócio ambiental e paisagística.
Figura 87– Área de ocupação dirigida
Fonte: Sim Emplasa – Recreio Internacional – Lei estadual 15913/15.
104 Tabela 22 – Parâmetros Urbanísticos da APRM – ATC
Fonte: Lei Nº 15.913, de 02 De Outubro De 2015 – Editado.
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.257/15 – CÓDIGO ESTAUDUAL DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EMERGÊNCIAS
DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EMERGÊNCIAS
As
edificações
devem
ser
classificadas
de
acordo
com
suas
características arquitetônicas, da carga de incêndio, da natureza de suas ocupações, riscos e ocupações das seguintes medidas gerais de segurança contra incêndios e emergências. Portanto, a construção deve conter restrição ao surgimento de incêndios; detecção e alarme, saída de emergência; acesso e facilidades para operações de socorro; proteção estrutural em situações de incêndio; administração da segurança contra incêndio e extinção e controle de incêndio. Além disso, é necessário que o edifício seja utilizado com fim de acordo para qual foi projetado, conter as providencias necessárias para adequação da
105 construção e das áreas de riscos de acordo com as exigências técnicas de dispõem o regulamento de segurança contra incêndios das edificações e áreas de riscos no Estado de São Paulo. O mesmo deve ser mantido de acordo com as medidas de segurança necessária contra incêndio em condições de utilização, provendo de manutenção adequada.
NBR 9050 – ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS
Na edificação, as rotas de ligação devem ser acessíveis, e também suas áreas de usos comuns. Suas entradas não podem ser superiores a 50m de distância. A entrada principal tem como dever atender todas condições de acessibilidade do público alvo do edifício.
MANOBRA
A NBR 9050 determina que as medidas necessárias de manobra para cadeira de rodas deve ser de 1,20x1,20 quando se tem uma rotação de 90º; 1,50x1,20 para 180º e um círculo de 1,50Ø quando deseja realizar o giro
360º. O posicionamento mínimo necessário para cadeira de rodas em espaços confinados deve ser de 1,20x0,90.
VAGAS DE ESTACIONAMENTO
As vagas de estacionamento devem ser sinalizadas e demarcadas com o símbolo de acesso, aplicado na vertical e horizontal. As mesms precisam ser colocadas em uma altura livre de 2,10m e 2,50m em relação ao solo.
106 CIRCULAÇÃO
A circulação deve ser dimensionada de acordo com o fluxo de pessoas, garantindo uma faixa livre sem barreiras ou obstáculos, adotando como largura mínima 0,90 para corredores de uso comum com extensão de até 4,00 metros; 1,20m para extensão até 10 metros; 1,50m para extensões superiores a 10,00 metros; 1,50m para corredores de uso público e maior que 1,50m para locais de grande fluxo.
PORTAS
As portas necessitam possuir vão livre de no mínimo 0,80m de largura por 2,10 de altura, quando adotadas portas de duas folhas, ao menos uma delas devem possuir vão livre de 0,80m. Devem ter condições de serem abertas com um movimento simples, e suas maçanetas devem ser alavancadas, instaladas em uma altura de 0,80m a 1,10m. É indicado que as mesmas tenham um revestimento do lado externo resistente a impactos de bengalas, muletas ou cadeira de rodas, somando uma altura de 0,40m a partir do piso.
SANITÁRIOS
Para sanitários é preciso que haja um puxador horizontal associado a maçaneta ao lado de fora da abertura e deve ser localizado a uma distância de 0,10m da dobradiça, com comprimento de 0,40m e diâmetro de 35mm a 25mm, instalado a 0,90m do piso. Os mesmos necessitam estar em uma rota acessível próximo a circulação principal ou integradas as demais unidades sanitárias facilitando em casos de emergência. Devem possuir entrada independente, possibilitando a entrada de um acompanhante do sexo oposto.
107 Tabela 24 – Número mínimo de sanitários acessíveis
Fonte: NBR 9050 – Sanitários, banheiros e vestiários.
Figura 88 – Área de aproximação para uso do lavatório
Fonte: NBR 9050 – Sanitários, banheiros e vestiários.
108 NBR 9077 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA Devem ser calculadas em função da população da edificação, levando em consideração o número de pavimentos da edificação. Suas rampas e escadas são dimensionadas de acordo com o pavimento de maior público, o qual determina a largura mínima para os lanços que correspondem aos demais pavimentos, considerando o sentido da saída. As larguras mínimas a serem adotadas nas saídas de emergências consistem em 1,10m correspondente a duas unidades de passagem e 55cm para as ocupações em geral.
ACESSOS
Os acessos devem permitir o escoamento fácil de todos ocupantes do edifício, ter pé direito mínimo de 2,50m sem obstáculos, mesmo que estejam fora de uso, dificultando a saída do prédio. Em edificações térreas o percurso máximo para locomoção a saída não deve ultrapassar 40,00m.
PORTAS
As portas das rotas de saídas necessitam sempre abrir no sentido do trânsito de saída, facilitando o escoamento da população. Devem possuir vão de luz em até 75mm de cada lado em suas golas. Suas dimensões variam entre 0,80cm para uma unidade de passagem; 1,00m para duas e 1,50 em duas folhas para três unidades de passagem. Para antecâmaras a portas devem ser do estilo corta fogo, providas de dispositivos mecânicos, de modo que permaneçam fechadas, mas não trancadas no sentido do fluxo de saída dos pedestres.
109 ESCADAS
Quando não enclausuradas devem oferecer elementos estruturais resistente ao fogo de no mínimo 2 horas; ter piso dos degraus e patamares revestidos com materiais resistente a propagação de chama e ser dotadas de corrimãos. Sua largura deve ser proporcional ao número de pessoas que a utilizam. Suas especificações consistem em degraus sempre com a mesma altura e a mesma largura oferecendo maior segurança e conforto. As dimensões que garantem o conforto nas escadas são: largura livre mínima de 1,20m, inclusive nos patamares; altura do espelho do degrau entre 16cm e 18cm; largura do piso do degrau entre 28cm e 32cm; mudança de direção, no máximo, a cada 3,20m de altura. Em relação aos corrimãos e guarda-corpos é obrigatória a instalação de corrimãos e guarda-corpos nos dois lados das rampas e escadas fixas. Eles devem ser construídos em materiais rígidos, firmemente fixados à parede ou às barras de suporte, oferecendo condições seguras de utilização. Seu cálculo se dá pela fórmula de Blondel que estabelece de forma empírica as medidas da largura do piso em função do espelho e vice-versa. Figura 89 – Fórmula de Blondel
Fonte: NBR 9077 – Escadas.
DECRETO Nº12.342/78 – CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
DIMENSÕES MINIMAS DO COMPARTIMENTOS
Os compartimentos não deverão ter áreas e dimensões mínimas aos valores estabelecidos nas normas especificas para as respectivas edificações de que fizerem parte.
110 As salas em habitações devem ter 8,00m²; sala para escritórios, comércios ou serviços 10,00m²; dormitórios 8,00m²; dormitórios coletivos 5,00m² por leito; quarto de vestir quando conjugados aos dormitórios 4,00m²; cozinhas 4,00m²; compartimentos sanitários contendo bacia sanitária e lavatório, 1,50m² com dimensão mínima de 1,00m, contendo bacia sanitária e área para banho com
chuveiro,
2,00m² com
dimensão mínima de 1,00m;
celas em
compartimentos sanitários coletivo para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20m² com dimensão mínima de 1,00m; vestiários 6,00m². Corredores e passagens em habitações unifamiliares a unidades autônomas de habitações multifamiliares devem ter dimensão de 1,20m quando de uso comum ou coletiva e 0,90m quando forem de uso restrito. Os pés direitos não poderão ser inferiores aos estabelecidos nas normas especificas para a seguinte edificação. Salas e dormitórios não devem possuir pés direitos inferiores a 2,70m; garagens, 2,30m e demais compartimentos 2,50m; outros locais de trabalho devem conter pé direito de 3,00m, podendo ser permitidas reduções até 2,70m; salas de espetáculo, auditórios e outros locais de reuniões, 6,00m, podendo ser permitidas reduções até 4,00m em locais inferior a 250,00m²; em armazéns e depósitos residenciais, 3,00m.
ILUMINAÇÃO
Á área iluminante dos compartimentos deverá atender no mínimo 1/5 da área do piso em locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura, e atividades similares; 1/8 da área do piso em locais de descanso, como dormitórios, estar, cozinha, e compartimentos sanitários. Deve ser adequada ao trabalho executado, evitando ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos.
111 ESPECIFICAÇÕES CONSTRUTIVAS GERAIS
Toda construção deve ser perfeitamente isolada de umidade e emanações provenientes do solo, mediante a impermeabilização entre os alicerces e paredes e tudo que remete a penetração de umidade. As paredes devem ter espessuras e revestimentos suficientes para atender as necessidades de resistência, isolamento térmico, acústico e impermeabilidade, segundo a posição e materiais adequados. Sua cobertura deve ser feita com materiais impermeáveis, incombustíveis e maus condutores de calor.
HABITAÇÕES COLETIVAS
As instalações sanitárias devem ser separadas por sexo, com acessos independentes; conter para cada sexo no mínimo uma bacia sanitária, um chuveiro em box e um lavatório para cada grupo de 20 leitos do pavimento que servem e nos pavimentos sem leito, devem haver no mínimo uma bacia sanitária e um lavatório para cada sexo. Locais destinados ao armazenamento, preparo, manipulação e consumo de alimentos deverão atender as exigências para estabelecimentos comerciais de alimentos no que aplicáveis. Deverão ter área para recreação, lazer, não inferior a 10% da área edificada. O espaço previsto deverá conter espaço coberto destinado a lazer, não inferior à sua quinta parte e o seu restante será arborizado ou ajardinado, destinado a atividades esportivas.
LOCAIS DE REUNIÃO PARA FINS RELIGIOSOS
Destacam-se os templos religiosos, salões de culto e salões de agremiações religiosas. Os mesmos necessitam possuir aberturas de ingresso e saída em número de 2, não terão largura inferior a 2,00m, devem abrir para o lado de fora e serem autônomas; possuir pé direito não inferior a 4,00m; área do
112 recinto dimensionada segundo a lotação máxima prevista e possuir ventilação natural ou por dispositivos mecânicos capazes de proporcionar suficiente renovação de ar no exterior.
REFEITÓRIOS
Devem ter piso revestidos com material resistente liso e impermeável; forro de material adequado; parede revestidas com materiais lisos, lavável, resistente e impermeável até a altura de 2,00m no mínimo; fornecer agua potável; lavatórios individuais e coletivos e cozinha no caso de refeições preparadas no estabelecimento ou local adequado, com fogão, estufa ou similar.
PERFIL DO USUÁRIO
A Comunità Cenacolo acolhe diversos públicos além dos dependentes químicos marginalizados e moradores de rua com problemas relacionados a droga, pois sua proposta visa muito mais do que apenas e desintoxicação do físico pessoal. A Fraternidade projetada terá como intuito principal alcançar jovens com idade superior a 18 anos de idade que vivem sobre o tormento que é o vício das drogas e aquelas que não possuem nenhum tipo de dependência, porém perderam o sentido da vida. O mesmo objetiva receber assim como, as mães das crianças que vivem no abrigo da missão localizada no Distrito de Taiaçupeba em Mogi das Cruzes, para que sejam capazes de redescobrir o verdadeiro sentido de viver e consigam também lutar pela guarda de seus filhos e sua reinserção na sociedade. A Comunidade também recebera jovens adolescentes, e adultos que queiram viver uma experiência comunitária sem tempo estimado, rezando, se sacrificando, compartilhando e servindo. Contara igualmente com a presença dos missionários, aqueles que deixam suas vidas em função de auxiliar na recuperação do próximo e inclusive
113 com os consagrados (freiras e padres), que depois de viverem uma experiência em comunidade sentiram em seus corações o chamado para a consagração a serviço de todas as fraternidades existentes no mundo. São propostos dois encontros mensais somente para as famílias daqueles que estão em tratamento, para auxiliar no processo de recuperação, pois a comunidade direciona a conversão não somente daquele que está vivendo a vida comunitária, mas sim a sua família também, para que possam saber se portar nos encontros com o familiar interno, e estejam aptos a receber a pessoa da forma correta quando sua hora de retornar a casa chegar. Há ainda os amigos de Comunidade, aquelas pessoas de diversas idades e que não tem nenhum familiar vivendo em fraternidade, porém participam dos encontros e ofertam diversas categorias de providências para a manutenção das casas, assim como alimentos, produtos de higiene pessoal, quantias em dinheiro ou até mesmo gestos simples como ajudar em alguma tarefa da casa, levar aqueles que vivem em comunidade em algum lugar quando necessário, e até mesmo passar ou costurar roupas.
CONCEITO
A concepção a ser transmitida no projeto é de renascimento, onde as jovens se despertem para uma vida nova, e encontrem o verdadeiro significado de viver. Tendo em vista que os ambientes arquitetônicos propendem possuir grande influência em qualquer tipo edificação para fins de reabilitação, é extremamente importante arquitetar de acordo com todos fenômenos estimados para obter o efeito almejado. A capela é um ótimo exemplar na Comunità Cenacolo, pois é onde 90% do tratamento ocorre pela metodologia espiritual aplicada, portanto, a proposta é de que seja um lugar de meditação que possua o contato e integração com a natureza, porém, haja isolamento do meio urbano existente transmitindo paz, união, conforto, concentração, liberdade e total conectividade em todos os momentos propostos pela comunidade.
114 Do mesmo modo, deve-se pensar nos locais onde serão realizadas tarefas, como a cozinha, lavanderia, oficina, alojamentos e todos os outros ambientes de uma residência unifamiliar, fazendo como que as moças sintam-se em casa, trazendo sensações de acolhimento e tranquilidade para que não sejam propagados efeitos de um espaço para tratar uma doença, e sim para a recuperação pessoal e reinserção na sociedade. Nos ambientes de lazer, devem ser propostos espaços com intuitos recreativos e distrativos, que influenciem no processo imaginativo e fortifique os laços de amizade concebidos no centro de reabilitação. O lado exterior do centro por outro lado, é igualmente significativo no processo de reabilitação, pois são dispostas atividades também ao lado de fora, como na horta, e até em momentos de lazer, onde se deve ser exibido a vida calma do campo, propondo espaços que disponham a integração com a natureza, pois o contato com a mesma e suas diversas cores tem o poder de causar inúmeras sensações para aqueles que a apreciam, auxiliando no humor, disposição e sentimentos. Contudo, a Comunità se trata de um projeto que não conta com fins governamentais, portanto, serão propostos elementos sustentáveis, para diminuir custos financeiros, através das novas tecnologias que auxiliam através da natureza , tal como o reuso de água, agindo também como incentivo contato e cuidado com o meio ambiente, tanto para integração quanto auxilio no processo de reabilitação.
PARTIDO ARQUITETÔNICO
As referências projetuais do centro de reabilitação para dependentes químicos se aplicará no tipo e forma da construção, fazendo com que o mesmo transmita todas as sensações que o conceito propõe, auxiliando em todo processo de Ressureição. Sem deixar de lado o ambiente de recuperação humanizado da edificação, propondo ao usuário intensa relação com o ambiente externo e todos seus componentes, sendo eles: luz, vegetação, ventilação, paisagem agradável, etc.
115 MATERIAIS UTILIZADOS
Desta forma, para realização do mesmo serão utilizados materiais para a execução daquilo que se espera alcançar com o projeto.
VIDRO
A utilização de vidros terá o objetivo de intensificar o conceito de liberdade, e conexão com a natureza através de suas transparências. Contará também com jardins ao centro do edifício fazendo com que as moças se sintam sempre em contato com a natureza, criando locais contemplativos, além de contar com um belo paisagismo no entorno de todo o edifício.
Figura 90 – Capela Comunità Cenacolo México
Fonte: Autoria Padre Eugênio – Comunità Cenacolo Mexico (2019).
FORMAS ORGÂNICAS
As formas orgânicas terão como principal objetivo valorizar a interação das mulheres e visitantes da fraternidade com o meio ambiente e a relação de
116 busca por Deus, enfatizando todos aspectos naturais como a iluminação, seus materiais, traços e funções do projeto a ser transmitido.
Figura 91 – Bosjes Chapel
Fonte: Casa Vogue – Capela com formato escultural imita curvas das montanhas.
Figura 92 – Casa Concha
Fonte: Universal UOL – Arquiteto japonês projeta casa-concha de concreto em meio à floresta
117 MADEIRA
O uso da madeira no projeto tem intuito de transmitir acolhida e aconchego, fazendo com que as pessoas no local se sintam em um ambiente familiar. Inserido na fachada e em coberturas do edifício, trará sensações desejadas além de contribuir para o design e integração com a natureza. Figura 93 – Fachada casa de madeira.
Fonte: Constuindodecor - 15 Fachadas de Madeira modernas e elegantes.
Figura 94 – Madeira Curvada
Fonte: Pinterest – Engenharia Civil – UPF
118 BAMBU
Todos os ambientes contarão com iluminação e ventilação natural, gerando contato com o ambiente exterior, sendo fundamental para garantir o conforto visual, térmico e psicológico a todos. Sempre pensando nas necessidades individuais, contara com elementos decorativos que auxiliarão nesse controle de entrada de sol como os brises, O bambu além de ser pensado como material sustentável é um ótimo elemento arquitetônico assim como a madeira, que remete conforto e integração com a natureza. Será utilizado como fonte de decoração e brise para o controle da insolação dentro dos ambientes do edifício. Figura 95 – Fachada com brise em bambu
Fonte: Ariel Huber / EDIT images – Archdaily – The Riparian House.
119 CONCRETO
O concreto aparente terá a função de deixar a fachada com um tom sofisticado, simples e alternativo que unindo com tons de madeira e os brises em bambu concedera uma combinação harmoniosa e convidativa para o público alvo da edificação. Figura 96 – Fachada em concreto aparente
Fonte: Casa e construção – Concreto aparente.
Figura 97 – Residência NGA
Fonte: Archdaily – NGA House / Sanuki Daisuke architects.
120 PEDRAS
O uso das pedras decorativas vão ser uma grande estratégia para deixar o ambiente mais bonito e aconchegante. Existem diversos tipos que poderão ser utilizados tanto como revestimento de ambientes internos quanto externos nas fachadas ou até mesmo para criar caminhos e compor decoração de jardins. Figura 98 – Pedras decorativas para fachadas.
Fonte: Constuindodecor – Pedras Decorativas.
PAISAGISMO
O paisagismo proposto proverá funções estéticas além de conforto sonoro e visual através de barreiras vegetais, fazendo com que as moças se sintam instigadas através de formas e caminhos diferenciados. O centro também contará com cores vibrantes trazendo mais cor e vida e para o espaço, estabelecendo um equilíbrio entre a mente e as emoções, integrando ambientes internos como externos auxiliando nas etapas de recuperação através dos momentos de oração e contato com a natureza.
121 Figura 99 – Paisagismo.
Fonte: Achello – Link the City to Nature.
PISO GRAMA
A utilização do piso grama tem como intuito principal a preocupação com ecologia, pois o mesmo é composto por materiais não poluentes, seus impactos ambientais são baixos, possui custo benefício médio e a longo prazo, melhor conforto e isolamento térmico e além disso, auxilia na etapa de escoamento das águas pluviais. Figura 100 – Piso Grama
Fonte: Rhino Pisos – Rhino Grade.
122 TETO JARDIM
O teto jardim além de ser um elemento sustentável e tornar o projeto muito mais despojado, contemporâneo e confortável termicamente, além de equilibrar a relação das mulheres com o meio ambiente, possuirá intuito de captar também, águas da chuva para reuso com intuito de regar as plantas de seu uso, tanto como horta e também outros fins. Figura 101 – Teto Jardim
Fonte: Arquidecor – Tua casa – Telhado Verde.
PARTIDO URBANISTICO
A área escolhida para a inserção do centro de reabilitação, se deu por meio de sua localização se encontrar afastada do centro urbano do município determinado, primeiramente pela filosofia adotada como preferência pela comunidade, onde o tratamento ocorre de forma adequada quando localizado em região de pequena influência urbana, onde os dependentes possam ter maior contato com a natureza durante os momentos de espiritualidade, trabalho e também lazer.
123 Como proposta de melhoria e intervenção, pode-se sugerir a pavimentação ecológica da Estrada de Duchen, onde se encontra o terreno, pois a mesma possui um acesso complicado devido a não pavimentação da via. Portanto com a implantação desse tipo de intermédio, o acesso a fraternidade se daria com mais facilidade tanto para quem o visitara de transporte privado, quanto o caminho que se faz do ponto de ônibus mais próximo a pé até o local. Há, todavia duas paradas de ônibus que são distantes da Estrada de Duchen, dificultando o acesso para aqueles que vão de encontro a fraternidade por meio de transportes públicos. Sendo assim, a proposta de um ponto de ônibus mais próximo à entrada da comunidade facilitaria a trajetória de muitas pessoas que buscam chegar ao destino do centro de reabilitação.
DESENVOLVIMENTO PROJETUAL AGENCIAMENTO Tabela 25 – Agenciamento
Fonte: Autor, 2019.
124 ORGANOGRAMA
Tabela 26 – Organograma
Fonte: Autor, 2019.
FLUXOGRAMA
Tabela 27– Fluxograma
Fonte: Autor, 2019.
125 SETORIZAÇÃO
O estudo de setorização foi realizado visando analisar conceito, partido e programa de necessidades de acordo com as diretrizes de construção impostas referente ao loteamento selecionado. Com o mesmo pode-se analisar e criar uma base semelhante do que a proposta do projeto visa alcançar e apresentar a relação do edifício com o terreno. No primeiro estudo, foram locados blocos de cores mistas identificando os setores de acordo com o agenciamento do projeto, no qual foram dispostos inteiros em um único pavimento, como forma de um primeiro pensamento, alojando todas as necessidades em um único nível. Portanto, após análises e estudos mais profundos, notou se que um único pavimento não atenderia da melhor forma aquilo que o conceito solicita.
Figura 102 – Estudo de Setorização 1
Fonte: Autor, 2019.
Um segundo estudo foi criado, analisando com mais intensidade as necessidades de acordo com o conceito e sensações a serem propagadas.
126 Desta forma, pode-se compreender melhor a relação do terreno com o centro de reabilitação, criando ambientes harmônicos, com grandes espaços verdes e iluminação natural, auxiliando demasiadamente no processo de reabilitação. Sendo assim, foi pensado um edifício com dois pavimentos, devidos por setor público e privado, onde o espaço social se localiza inteiramente no térreo contando com auditório, refeitório, sala de leitura, oficina, quadras, capela entre outros, contando com a área privativa no pavimento superior, onde se estabelecem os alojamentos com seus respectivos sanitários e a administração da fraternidade. Oferecendo muito mais conforto e privacidade para todo o público alvo, sendo a melhor alternativa projetual, distribuindo os ambientes da melhor forma para a implantação do edifício. Figura 103 – Estudo de Setorização 2
Fonte: Autor, 2019.
127 PROGRAMA DE NECESSIDADES Tabela 28 – Programa de Necessidades
REFEIÇÕES E SERVIÇOS
ADMINISTRA TIVO
SETOR
AMBIENTE
FUNÇÃO
Escritório
Administração da fraternidade
2 pessoas
Natural e artificial
Refeitório
Fazer refeições
40 pessoas
Natural e artificial
Cozinha
Preparar refeições
2 pessoas
Natural e artificial
Despensa
Armazenar Alimentos
1 pessoa
Natural e artificial
Lavanderia
Lavar roupas
1 pessoa
Natural e artificial
2 pessoas
Natural e artificial
DML
HIGIENE
Horta
Armazenar produtos de limpeza e materiais de cuidado com a horta Plantio e colheita de vegetais para as refeições
POPULAÇÃO ILUMINAÇÃO
3 pessoas
Natural
Oficina/ Sala Multiuso
Local para confecção de artesanatos
30 pessoas
Natural e artificial
Reservatório de água
Armazenar água
1 pessoa
Natural
Sanitários
Higiene pessoal
20 pessoas
Natural e artificial
Banheiro Hóspedes
Higiene pessoal
1 pessoa
Natural e artificial
Banheiro Responsável
Higiene pessoal
1 pessoa
Natural e artificial
Banheiro Visita
Higiene pessoal
4 pessoas
Natural e artificial
Vestiário
Troca de roupa de trabalho para roupa comum.
30 pessoas
Natural e artificial
CONFORTO TÉRMICO
ÁREA MINIMA
Priorização da ventilação natural.
10,00m²
Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural. Não há necessidade Priorização da ventilação natural.
Não há necessidade
Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural. Não há necessidade Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural.
60,00m²
30,00m²
10,00m²
10,00m²
12,00m²
100,00m²
40,00m²
30,00m²
20,00m²
4,00m²
4,00m²
12,00m²
30,00m²
SOCIAL
Mínimo 8 pessoas por alojamento
Natural e artificial
Priorização da ventilação natural.
40,00m²
4 pessoas
Natural e artificial
Priorização da ventilação natural.
20,00m²
Dormitórios
Espaço para descanso
Dorm. Hóspede
Espaço para descanso
Dorm. Responsável
Espaço para descanso
1 pessoa
Natural e artificial
Quadra de Vôlei
Pratica de Esporte
-
Natural
Sala de Leitura
Ler
10 pessoas
Natural
Estacionamento
Local de parada para veículos
30 vagas
Sala Multimidia
Área destinada para ver filmes, e retiros com as famílias.
Capela
Local destinado as rezas realizadas na rotina de tratamento
LAZER
ALOJAMENTOS
128
Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural. Priorização da ventilação natural.
162,00m²
Natural e artificial
Não há necessidade
375,00m²
80 pessoas
Artificial
Priorização da ventilação natural.
100,00m²
80 pessoas
Natural e artificial
Priorização da ventilação natural.
100,00m²
TOTAL APROXIMADAMENTE DE ÁREA CONSTRUÍDA:
Fonte: Autor, 2019.
16,00m²
30,00m²
674,00M²
129
CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando todas as informações que contribuíram na elaboração desse trabalho, considera-se que a problemática voltada ao consumo de drogas referente ao sexo feminino vem se tornando um fator muito preocupante com o passar dos anos, acarretando em diversas questões familiares e sociais. Em razão de que sua reabilitação é dificilmente detectada quando comparada com o gênero masculino, no qual possuem diversas associações e centros psicossociais acessíveis na sociedade. Diante disso, é notável a carência e precariedade em nosso País quando o assunto é dependência química, ainda mais quando falamos do sexo feminino, na qual se deve ter maior cautela e preparo para atende-las. Sendo assim, acredita-se que objetivo dessa pesquisa foi alcançado, pois os dados apresentados apontam que além da Comunitá estar regularmente perante as leis de nosso país, acolherá jovens que necessitam de auxilio em seu processo de reinserção na sociedade, acolhendo pessoas sem a intervenção através de profissionais da saúde, medicamentos ou terapias, pois as mesmas além de não fazerem parte de sua filosofia, não são obrigatoriamente necessárias, pois cada caso possui sua particularidade e necessidade conforme o Ministério da Saúde de nosso país. Portanto, vale ressaltar que para adentrar a Comunitá o indivíduo deverá estar sob condições físicas e psicológicas estáveis para melhor processo de tratamento. Com os resultados alcançados, verifica-se a importância de um Centro de Acolhida perante a sociedade, que no caso da Comunitá, prestara auxilio não somente para aquele que sofre com a dependência química, mas sim para sua família, além de seu meio social, pois a mesma trabalhará além do auxílio no processo de reabilitação, todo o caráter, emoções, sentimentos e valores que foram perdidos, para que depois de muito sacrifício, oração e trabalho a pessoa deixe a Comunità sabendo lidar com os desafios que serão encontrados novamente ao lado de fora, sem deixar de lado tudo aquilo que viveu no tempo proposto e auxiliando a sociedade em que será reinserido de formas a somar através de tudo aquilo que por meio de uma dificuldade, pode encontrar o verdadeiro sentido de viver, renascendo para uma vida nova.
130
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133 SÃO PAULO (Município) Decreto n. 025/96 De 01 De Março De 1996, Uso ocupação e Parcelamento do Solo, p. 2-5,18-19, 20. mar. 1996.
SÃO PAULO (Estadual) Decreto n. 15.913 De 02 De Outubro De 2015, Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais do Alto Tietê Cabeceiras - APRMATC, p. 3-5, 22. out. 2015.
SÃO PAULO (Estado) Decreto n. 1.257/15 De 06 De Janeiro De 2015, Proteção Contra Incêndios E Emergências, p. 4. jan. 2015.
SÃO PAULO (Estado) Decreto n. 12.342 De 27 De Setembro De 1978, Código De Obras E Edificações, p. 7-9, 30, 11-12, 15-17, 25-26, 34. set. 1978.
UNODC.
Drogas:
informações
adicionais.
Disponível
em:
<https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/drogas/informacoes-adicionais.html>. Acesso em: 08 fev. 2019.
UOL. Drogas lícitas e ilícitas dependência química. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drogas-licitas-e-ilicitas/dependenciaquimica>. Acesso em: 10 fev. 2019.
VASCONCELOS, Renata Thaís B. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/ exterior. Tese [Mestrado]. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em arquitetura e urbanismo. Florianópolis, 2004. Disponível em: <http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/cp047183.pdf>. Acesso em: 23 de Fev. 2019.
WALDOW, Vera Regina; BORGES, Rosália Figueiró. Cuidar e humanizar: relações e significados. Acta Paul Enferm, R. Félix da Cunha, 533 - Floresta Porto Alegre - RS - Brasil, p. 416, 05./fev. 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v24n3/17.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2019.
134
ANEXOS â&#x20AC;&#x201C; ESTUDOS PRELIMINARES
49,6 9
Re 3,0 cu 0 oL ate ral
,56 29 +0,15
,90 27
+0,15
5,55
+0,15
3,00
RA PAÕES ÇO Ç S PA RA NA ES LEBTER CE EX ,15 +0
PISOGRAMA
2 3,1
23,14
15,89
+0,15
7,40
30,77
6,56
HORTA
+0,15
54,00
21,86
ENTRADA CAPELA
+0,15
4,85
+9.65
TELHA TETRAPA CK, INC. 10%
-0,45
,66 11
+0,80
ESPELHO D'ÁGUA
,34 15 +0,15
+0,15
DECK MADEIRA PLASTICA
3,00
PISOGRAMA
2,50
+0,15
14,45
ENTRADA SECUNDÁRIA
+0,15
9,85
3,64 5,37
,11 13
2,50
2,50
+0,15
PISTA DE CAMINHADA
4,14
101,19
7 2,7
,99 11
+0,15
01
Implantação
1:350
Estudos Preliminares
FOLHA CONTEÚDO
10/06/2019
DATA ESCALA FASE PROJETO
Martha Lucia Cardoso Rosinha
PROFº ORIENTADOR
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos 111.511.047-19
RGM
13,49 7,00 1,53 4,27
4,43
TELHADO VERDE, INC. 2% +6.50
10,45
TELHA TETRA PACK, INC. 10% +9.81
25,33
27,43
5 29,0
85,53
+0,15
ENTRADA PRINCIPAL
5,00 Recuo Lateral BARREIRA DE ARBUSTOS
COBERTURA EM CONCRETO PRE MOLDADO
17,59 ENTRADA CAPELA
+0,15
ENTRADA TERCIÁRIA
DECK MADEIRA PLASTICA
TELHADO VERDE, INC. 2%
TELHADO VERDE, INC. 2%
PISOGRAMA
TELHADO VERDE, INC. 2% +6.50
2,08
PISOGRAMA
+0,15
,51 23 ,56 28
+0,15
PISOGRAMA
0 18,2
20 ,80
9,80
ALUNO
Endereço: Bairro Recreio Internacional, Suzano SP. Zona: Z10 – Zona rural dentro de área a Proteção aos Mananciais Área: 10,309m² TO: 20%= 2,062m², ocupa-se 9%= 927m² CA: 0,2, ocupa-se 0,1 TP: 80%= 8,247m², ocupa-se 88%= 9,071m²
73,89 1 25,4
25,25 5,00 Recuo Frontal
Informações do Terreno
7 3,1
17 ,19 3 21,4 +0,15
PISO INTERTRAVADO
1,5 7
PISOGRAMA
2,8 0
4
13,20 2,52
3,02
+0,15
1 3,0
2,8 0 1
2 3
5
7
10
27 ,95
6 31,6
2,18
176,00 ENTRADA
6
8 9
11 12
14
1,5 0
19,04
17 18 19
22 23 24
27 13
15
16
+0 ,15
2,68
1,50 17,64
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
N
25
28 29 30
32
15 ,09
11,81 1,50
17,16
6,83 +0 ,15
10,18
31
1,90
33
24 ,09
Implantação 1:350 1
1,77 9,52 1,87 27,71
25, 38
10 8,0 0
+0 ,15
+0 ,1 0
Re 5,0 cu oL 0 ate ral
22, 01
6,95 3,04 +0 ,1 0
5,0 0
50,1 1
20 21
1, 50
112 ,00 5,0 0
ESTRADA DA DUCHEN
3 2,1
ENTRADA ,36 23
Mapa de Portas 2 1,76
3 4
5
0,98
7
6
2,40
2,85
8
9
AA
1
2,30
1,69
10
3,45
11
2,22
12
1,63
Elev. 6
2,22
13 1,18
PC3
A
14
15 3,06
JA4
JA3
A
A: 69,76 m2
B
5,15
Oficina / Sala Multiuso
JA2
5,08
JA2
5,15
10,15
B
+0,20
JA6 Desce
2,25
6,46
5,00
1,96
1,38
14
JA1
1,22
13
Vestiário +0,18
4
PC2
PC2
1,38
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
P.c.D
. Abrir Simples
Alumínio; Mad... 0,92×2,10
PM3
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
0,92×2,10
PA2
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
1,00×2,10
PC1
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,20×2,10
PC2
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,50×2,10
PC3
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,50×2,65
PV1
. Pivotante
Alumínio; Vidro
2,00×2,10
PC4
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,00×2,10
PG1
. Abrir Dupla
2,50×2,10
PC5
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,50×2,50
PC6
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,50×3,50
PC7
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
3,00×2,10
0,90×2,10
Madeira
5,08
Material
2,00
Pivotante
PM2
3,25
Alumínio; Vidro
JA1
. 0,60×0,60
2,00
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA1
. 0,60×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA2
. 4,50×2,30
0,30
Correr E...
Alumínio; Vidro
JA2
. 4,50×2,30
0,30
Correr E...
Alumínio; Vidro
JA3
. 1,50×2,30
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA4
. 2,50×2,30
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA5
. 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA6
. 1,20×1,50
1,10
Correr 2 ...
Alumínio; Vidro
JA7
. 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA8
. 1,50×1,80
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA8
. 1,50×1,80
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA9
. 3,20×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA10 . 4,55×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA11 . 1,50×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA12 . 1,30×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA12 . 1,30×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA14 . 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA15 . 4,58×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA16 . 4,49×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA17 . 3,61×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA18 . 4,49×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; PVC
JA19 . 1,54×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA20 . 2,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA21 . 1,30×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA22 . 1,30×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA22 . 1,30×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA23 . 1,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA24 . 4,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA25 . 2,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA26 . 6,20×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
2,91
E 1,58
2,83
JA8
PC1
1,73
PC4
P.c.D
F
1
F
2
1,18
1,18
DD
4,09
PM2
Corte
3,70
PM2
21,28
P.c.D
0,60
10,13
2,06
0,99
JA1
JA1
JA1
1,00 JA1
1,37
2,24
1,38
1,38
1,38
1,00
1,00
1,00
1,00
JA1
JA1
JA1
JA1
JA29
PC5
JA29
A
A
H 1,65
0,81
PA2
1,65
JA1
0,81
1,38
+0,18
G
+0,18
1,38
A: 4,10 m
1,38
2
0,60
2,24
3,27
W.C P.c.D
+0,18
2,02
PC5
Refeitório
A: 13,31 m2
3,25
A: 12,03 m2
A: 101,27 m2
WC Feminino
1,39
WC Masculino
+0,20
4 Elev.
2
A: 131,12 m
EE
3,48
PG1
PG1
Sala Multimídia
A: 155,32 m2 +0,20
+0,22
Capela
EE
Corte
Corte
JA8
3,48
6,35
10,15
6,35
I
6,30
PC5
7,30
Jardim Vertical
PV1 PC7
3,29
10,01
J
J Entrada Principal +0.15
B
B JA29 PC6
JA9
JA29
JA10
4,79
5,17
+0,18
1,73
5,17
Cozinha
A: 41,66 m2
1,73
21,28
15,30
PM3
3,69
PM3
2,15
-87,70
2
K PM2
Capela 1:200
PA2
PM2
DD
Corte
1
8,30
5,00
S
+0,20
1 4E(0,16 m) 3P(0,32 m)
1 2 3
A: 17,91 m2 +0,20
+0,20
D.M.L
A: 10,42 m2 S
Despensa
4,85
A.S
A: 10,48 m2
4,85
3 5,00
PA1
. 0,60×0,60
D BB
Sobe
1
1,73
0,82×2,10
Madeira; Não ... 0,82×2,14
. Tamanho ... Peitoril Abertura
JA1
3,70
2
5,00
5,00
Madeira
. Abrir Simples
JA1
1,22
+0,22
3
2,16
. Abrir Simples
PM2
ID
5
BB
K
PM2
Mapa de Janelas
JA1
A: 31,70 m2
1,38
6
A: 24,99 m2 +0,20
4,96
1,38 1,22
7
I
0,72×2,10
JA1
8
Dormitório Acessível
H
Madeira
4E(0,16 m) 3P(0,32 m)
9
1,15
JA18
10
A: 24,99 m2 +0,20
5,08
Sala de Leitura 18E(0,18 m) 17P(0,30 m)
P.c.D
5,00
JA7
5,00
2,40
JA1
11
4,95
12
5,08
JA1
Banheiro P.c.D +0,18
G
LxA
. Abrir Simples
15
A: 4,43 m2
E
Material
PM1
17
16
D
C
1,35
18
1,22
2,60
JA1
. Abertura
D
C
JA1
10,15
JA6
ID
2 3
4
D
4
PM2
ML
PM2
JA12
JA1
JA11
L +0,80
1,80
1,80
JA12
3,00
L
10,15
M
M AA 1,76
1
2
0,98
2
3 4
2,40
2,85
5
2,30
6
2 Elev.
1,69
7
9,65
Bambu
8
3,45
2,22
9
1,63
10
Moldura em Concreto
2,22
11
1,18
12
3,06
13
14
15
Pavimento Térreo 1:200
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
N
ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Pav. Térreo
ESCALA 1:200
DATA
10/06/2019 FOLHA
02
Mapa de Portas
Elev. 6
3 4
5
7
6
8
9
10
1,76
0,66
0,32
2,40
3,40
1,75
11
12
13
14
15
1
2
3 4
5
7
6
8
Moldura em Concreto
1,69
3,45
2,22
1,63
2,22
1,18
1,20
1,86
1,76
0,66
0,32
2,40
3,40
1,75
9
Elev. 6
AA
2
AA
1
1,69
3,45
10
2,22
11
1,63
12
2,22
13
1,18
14
1,20
15
1,86
Painel em Madeira Carvalho
1,16
A
1,16
A
Alojamento Aloj. 4 JA24
JA24
A: 25,68 m2
3,18
3,18
3,10
3,18
+3,35
8,29
PM1
B
A
3,18
1,16
1,38
1,16
1,38
1,38
1,38
1,16
1,38
1,16
1,38
1,16
1,38
A
B
5,00
B
B
5,00
JA6
2,42
1,98
1,98
C
17
3,35
3,35
C
C
16
15
Reservatório
1,50
1,50 0,94
3,93
3,93
D
1,42
H
JA1
H
H
JA28
1,74
JA1
+3,35 Alojamento 3
6,88
A: 45,06 m2
1,73
G
I
+3,35
1,74
5,00
1,52
1,52
G
1,90
PM1
G
1,74
PM1
H
F
1,90
1,87
1,90
A: 16,26 m2 +3,35
F
Clarabóia - Iluminação Zenital
Escritório
A: 22,77 m2
1,75
PM1
Banheiro Aloj. 1
E
1,90
2,85 3,25
3,00
BB
+6,50
+3,35 JA27
1,37
F
1,52
A: 9,80 m2
Moldura em Concreto
6,85
PA2
BB
E
1,73
1,60 Sanitários
1,38
1,38
1,38
1,38
+3,35
1,27
1,27
1,16
3,27
1,16
1,14
E
1,60
1,38
1,38
3,10
1,60
6,55
1,74
D
1,73
Sobe
8,29
1,06
PM1
I
I
I
3,39
3,39 PM1
PM1
3,39
4,85
J
3,39
A: 24,85 m2
5,00
JA20
Alojamento 1
8,30
J
J
J
JA19
PM1
5,17
+3,35
5,17
5,17
5,17
JA17
JA18
Moldura em Concreto
Alojamento 2
6,62
A: 56,18 m2
JA16
K
K
5,00
5,00
1,38
Painel em Madeira Carvalho
L
L
1
4
0,66
2
0,32
3 4
2,40
3,40
5
Madeira
0,82×2,10
. Abrir Simples
Madeira; Não ... 0,82×2,14
PA1
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
P.c.D
. Abrir Simples
Alumínio; Mad... 0,92×2,10
PM3
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
0,92×2,10
PA2
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
1,00×2,10
PC1
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,20×2,10
PC2
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,50×2,10
PC3
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,50×2,65
PV1
. Pivotante
Alumínio; Vidro
2,00×2,10
PC4
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,00×2,10
PG1
. Abrir Dupla
2,50×2,10
PC5
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,50×2,50
PC6
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,50×3,50
PC7
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
3,00×2,10
0,90×2,10
Madeira
ID
. Tamanho ... Peitoril Abertura
Material
JA1
. 0,60×0,60
2,00
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA1
. 0,60×0,60
2,00
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA1
. 0,60×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA2
. 4,50×2,30
0,30
Correr E...
Alumínio; Vidro
JA2
. 4,50×2,30
0,30
Correr E...
Alumínio; Vidro
JA3
. 1,50×2,30
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA4
. 2,50×2,30
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA5
. 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA6
. 1,20×1,50
1,10
Correr 2 ...
Alumínio; Vidro
JA7
. 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA8
. 1,50×1,80
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA8
. 1,50×1,80
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA9
. 3,20×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA10 . 4,55×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA11 . 1,50×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA12 . 1,30×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA12 . 1,30×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA14 . 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA15 . 4,58×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA16 . 4,49×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA17 . 3,61×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA18 . 4,49×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; PVC
JA19 . 1,54×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA20 . 2,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA21 . 1,30×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA22 . 1,30×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA22 . 1,30×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA23 . 1,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA24 . 4,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA25 . 2,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA26 . 6,20×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
M
M
L
1,75
6
AA
M
AA
M
1,76
. Abrir Simples
PM2
1,80
1,09
1,80
1,38
1,09
1,80
1,09
1,80
1,09
1,38
1,38
1,38
1,38
1,38
D
1,09
5,00
JA15
JA15
S
A: 25,74 m2
1,09
K
D
+3,35 Banheiro Alojamento 1
1,09
K
PM1
S
5,00
8,30
L
PM2
Mapa de Janelas
1,52
PM1
1
A: 20,24 m2
JA21
1,52
D BB
1,14
2,07 1,38
1,06
Banheiro Aloj. 3
G
0,72×2,10
3
2
+3,35
F
Madeira
25.000
4
PM1
1,06
1,38
1,38
1,73
1,06
1,38
1,06
LxA
. Abrir Simples
5
5,00 1,00
5,00
Material
PM1
6
PM1
5,00
PM1
BB
1,06
6,88
8
7
D
E
9
JA26
18E(0,18 m) 17P(0,30 m)
10
PM5
PM5
6,74
2,78
A: 24,99 m2
A: 57,23 m2 3,93
3,87
JA22
5,00
3,93
A: 19,34 m
+3,35
Alojamento 4
11
Dorm. Hóspedes
1,65
1,14
12
2
A: 34,41 m2 +6,50
+3,35
13
+3,35
2,93
2,78
14
Dorm. Responsável
. Abertura
18
1,14
C
JA1
Desce
JA1
+3,35
1,98
1,74
1,98
PM2
JA23
JA25
Moldura em Concreto
ID
1,69
7
2 3,45 Elev.
8
2,22
9
1,63
10
2,22
11
1,18
12
1,20
13
1,86
14
1,76
15
Pavimento Superior 1:200
1
0,66
2
0,32
3 4
2,40
3,40
5
1,75
6
2 Elev. 3,45
1,69
7
8
2,22
9
1,63
10
2,22
11
1,18
12
1,20
13
1,86
14
15
Reservatório 1:200
5
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
N
ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares
ESCALA 1:200
CONTEÚDO
Pav. Superior / Reservatório
DATA
10/06/2019 FOLHA
03
Mapa de Portas
BB
TELHADO VERDE, INC. 2%
+6.50
TELHADO VERDE, INC. 2%
+6.50
+6.50
TELHADO VERDE, INC. 2%
. Abertura
Material
LxA
PM1
. Abrir Simples
Madeira
0,72×2,10
PM2
. Abrir Simples
Madeira
0,82×2,10
PM2
. Abrir Simples
Madeira; Não ... 0,82×2,14
PA1
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
P.c.D
. Abrir Simples
Alumínio; Mad... 0,92×2,10
PM3
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
0,92×2,10
PA2
. Abrir Simples
Alumínio; Vidro
1,00×2,10
PC1
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,20×2,10
PC2
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,50×2,10
PC3
. Correr 1 Folha
Alumínio; Vidro
1,50×2,65
PV1
. Pivotante
Alumínio; Vidro
2,00×2,10
PC4
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,00×2,10
PG1
. Abrir Dupla
2,50×2,10
PC5
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,50×2,50
PC6
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
2,50×3,50
PC7
. Correr 2 Folhas Alumínio; Vidro
3,00×2,10
Madeira
0,90×2,10
Mapa de Janelas
+9.65
TELHA TETRAPA CK, INC. 10%
AA
AA
TELHADO VERDE, INC. 2%
+6.50
TELHA TETRA PACK, INC. 10%
+9.81
6
ID
ID
. Tamanho ... Peitoril Abertura
Material
JA1
. 0,60×0,60
2,00
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA1
. 0,60×0,60
2,00
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA1
. 0,60×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA2
. 4,50×2,30
0,30
Correr E...
Alumínio; Vidro
JA2
. 4,50×2,30
0,30
Correr E...
Alumínio; Vidro
JA3
. 1,50×2,30
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA4
. 2,50×2,30
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA5
. 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA6
. 1,20×1,50
1,10
Correr 2 ...
Alumínio; Vidro
JA7
. 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA8
. 1,50×1,80
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA8
. 1,50×1,80
0,30
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA9
. 3,20×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA10 . 4,55×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA11 . 1,50×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA12 . 1,30×1,05
1,10
Basculante Alumínio; Vidro
JA12 . 1,30×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA13 . 1,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA14 . 2,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA15 . 4,58×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA16 . 4,49×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA17 . 3,61×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA18 . 4,49×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; PVC
JA19 . 1,54×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA20 . 2,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA21 . 1,30×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA22 . 1,30×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA22 . 1,30×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA23 . 1,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA24 . 4,50×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA25 . 2,50×1,05
1,25
Pivotante
Alumínio; Vidro
JA26 . 6,20×1,05
1,10
Pivotante
Alumínio; Vidro
Cobertura 1:200
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
N
ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Cobertura
ESCALA 1:200
DATA
10/06/2019 FOLHA
04
Platibanda H=0,95
Telha Tetra Pack, inc= 10%
Madeira Plástica
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
2,09
4,93
A
Platibanda H=0,80 Clarabóia +6,50
2,14 3,00
1,10
Circulação +3,35
1,05
0,86 Circulação +3,35
3,00
3,00
Guarda Corpo H=1,20
3,00
3,15 1,10
Det.2 Telhado Verde
Banheiro Aloj.1 +3,35
Moldura em Concreto
Alojamento 1 +3,35
2,45
+0,22
+0,20
+0,20
Refeitório
+0,20
+0,20
Circulação Externa +0,15
0,23
Oficina
3,00
Det.1 Escada
3,00
0,33
1,23
Moldura em Concreto
+6,50
0,83
Reservatório
2,25
Moldura em Concreto
0,85
Platibanda H=0,80
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
Corte 1:100
0,175
AA
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
Madeira Plástica
ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
Vegetação Terra Tecido Permeável Sistema de Drenagem Barreira com Raizes Vegetação
0,28
Laje
Det.1
Escada 1:20
Det.2
Telhado Verde 1:10
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Corte AA
ESCALA 1:100,1:20, 1:10
DATA
10/06/2019 FOLHA
05
Telha Tetra Pack, inc= 10%
Platibanda H=0,95 0,87
+11,58 4 Cobertura Cx. D`água
1
2 34
1
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
215
Guarda Corpo H=1,30
Platibanda H=0,80
Platibanda H=0,80
Telhado verde, inc= 2%
Telhado verde, inc= 2%
0,86
Moldura em Concreto
+6,50 Det.2 Telhado Verde
0,82
+6,50
0,82
Reservatório
0,82
+6,50
Madeira Plástica
2 34
5
6
8
1,13
Madeira Plástica
+3,35 2 Pavimento Superior
10
11
0,95
12
3,00
2,10
0,65 2,35 3,00
Oficina/Sala Multiuso +0,20
9
Concreto Pré Moldado
1,05
3,00
3,00 0,35
Circulação 0,20
2,65
3,00
0,50
1,05 1,10
7
+3,35
2,50
1,65 0,33 1,08
+0,20
Sala de Leitura
1
2,18
3,00 Circulação +3,35 0,85
+3,35
3,00
Dorm. Acessível +0,20
1
2,18 Circulação
0,89 2,16
3,00
1,03
1,65 0,33
+3,35
3,00
2,14
3,00
1,10
Guarda Corpo H=1,20
Dorm. Hóspedes
+6,50 3 Pavimento Cobertura
Vestiários
13
+0,20 ±0,00 1 Térreo 0 Pavimento Terreno
+0,20
14
215
Corte 1:100
0,175
BB
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
Madeira Plástica
ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM Vegetação Terra Tecido Permeável Sistema de Drenagem Barreira com Raizes Vegetação
0,28
Laje
Escada 1:20
Det.2
Telhado Verde 1:10
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Det.1
PROFº ORIENTADOR
Corte BB
ESCALA 1:100,1:20, 1:10
DATA
10/06/2019 FOLHA
06
1
2
A
B
Concreto Pré Moldado Concreto Pré Moldado Madeira Plástica
2,18 5,73
3,50
3,00
3,81
+0,20
0,28
2,50
2,50
2,50
3,00 0,28
Capela
1
CC
3,23
2,28 1,78
6,56
1,57
4,07
Madeira Plástica
Capela
2
Corte 1:125
+0,20
A
B
Corte 1:125
DD
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Corte CC e DD
ESCALA 1:125
DATA
10/06/2019 FOLHA
07
1
2 34 1 5
6
7
8
9
10 11
12 13 14 15 2
Madeira Plástica Pintura Cimento Painel em Madeira Carvalho Moldura em Concreto
Moldura em Concreto Moldura em Concreto
Brise em Bambu
1 1
2 34 1 5
6 Elevação 1:100
7
8
9
10 11
12 13 14 15 2
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Elevação 1
ESCALA 1:100
DATA
10/06/2019 FOLHA
08
15 2 14 13 12
11 10
9
8
7
6
5 1 43 2
1
Madeira Plástica Painel Madeira Carvalho
Pintura Cimento Moldura em Concreto
Concreto Pré Moldado
Pintura Cimento Madeira Plástica Moldura em Concreto
Vidro Temperado
15 2 14 13 12
2
11 10
9
8
7
6
5 1 43 2
1
Elevação Escala: 1:200
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Elevação 2
ESCALA 1:200
DATA
10/06/2019 FOLHA
09
Pintura Preto Marfim Madeira Plástica
M
L
K
J
I
H
G F
E D
C
B
A
B
A
B
A
Pintura Cimento Madeira Plástica
Pintura Preto Marfim
M
L
Moldura em Concreto
Moldura em Concreto
Moldura em Concreto
K
J
I
H
G F
E D
6
5
C
B
A
Elevação
3
Escala: 1:200
15 14 13 12
11 10
9
8
7
43 2
1
Madeira Plástica Pintura Cimento
Moldura em Concreto
Moldura em Concreto
Painel de Madeira Carvalho
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
15 14 13 12
11 10
9
8
7
6
5
43 2
1
ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
4
Elevação Escala: 1:200
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Elevação 3 e 4
ESCALA 1:200
DATA
10/06/2019 FOLHA
10
Fachada
Espaço para celebrações Externas
Fachada Posterior
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Perspectivas
ESCALA S/E
DATA
10/06/2019 FOLHA
11
Capela
Capela
Fachada Posterior
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Perspectivas
ESCALA S/E
DATA
10/06/2019 FOLHA
12
Área para Lazer e Encontro com as Famílias
Capela
Fachada Posterior
Centro de Acolhida Para Dependentes Químicos - Comunità Cenacolo UMC - Universidade de Mogi das Cruzes ALUNO
Ana Carolina Mendes de Vasconcelos
RGM
PROFº ORIENTADOR
Martha Lucia Cardoso Rosinha
111.511.047-19
FASE PROJETO
Estudos Preliminares CONTEÚDO
Perspectivas
ESCALA S/E
DATA
10/06/2019 FOLHA
13