A PANDEMIA E O TRABALHO REMOTO
Apresentação No início de 2020, fomos surpreendida(o)s com a necessidade de adoção de medidas de distanciamento social devido à pandemia de Covid-19 no Brasil. Hoje, nos aproximamos de 150 mil mortos, sem considerar a subnotificação, e teremos muito mais no futuro imediato. Isso significa que a necessidade de manutenção de várias medidas sanitárias, inclusive do distanciamento social, ainda é parte central da luta pela vida em uma situação histórica ímpar e aterradora. Infelizmente, sob as pressões do mercado, de obscurantistas e da extrema-direita genocida, estamos vendo uma série de medidas de flexibilização das propostas de distanciamento social. Também estamos vendo gestores de universidades, institutos federais e CEFET apenas preocupados em atingir metas e atender às pressões do MEC sem considerar o preço humano da pandemia ou sem problematizar que muitas dessas políticas, necessariamente, resultarão em uma elitização ainda maior do ensino superior. A conjuntura atual mostra que não é razoável esperar que, no curto prazo, as atividades presenciais em universidades, institutos federais e CEFET retornem. Nesse contexto, embora estejamos trabalhando de forma intensa em várias frentes, inclusive em ações de combate à pandemia e de assistência às necessidades decorrentes da crise provocada pela pandemia, temos sofrido pressões para engolirmos um arremedo de Educação à Distância que chamaremos aqui de “ensino remoto”.
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