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Ano I - Edição nº 5 - Março/Abril 2013
CERVEJARIAS EM NOVA FRIBURGO Empresários afirmam que a cidade tem potencial para se tornar um dos maiores polos do país. União pode fazer toda a diferença! Pág. 08
DAVID MASSENA O escritor lança Amiga Amélia, seu primeiro livro Infantojuvenil Pág. 06
CLAUDIO NUCCI Um papo sobre sua carreira, a evolução cultural dos últimos tempos e seus novos projetos
Doces, Salgados, Tortas Artesanais Doces Diet & Salgados Integrais Encomendas para Festas e Eventos Rua Monte LĂbano, 10 | Centro | Nova Friburgo | Tel.: (22) 2522-8640
Andre Kovalski
O “Inquieto”
David Massena por Flavia Zambrotti
TV, Teatro, Ballet, Jornal, Cultura, Literatura, Carnaval, Política... Um passeio pelo múltiplo universo do jornalista, escritor e atual s u b s e c r e t á r i o d e R e l a ç õ e s P ú b l i c a s d e N o va F r i b u r g o
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avid chega ao café bistrô no horário marcado. Me da um forte abraço, senta e pede ao dono que lhe prepare "algo rápido, saudável e que sirva como almoço". "Desculpa a correria, Flavia. Mas estou vindo de um compromisso, e às 14 horas tenho que estar na Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia. Ministro a aula de Comunicação e Cultura no curso de Atualização Cultural." Ele inicia nossa conversa dizendo que se define em uma palavra: Inquietude. Jornalista provisionado, formado em Direito, David nasceu em Cataguases MG, mudou-se para Nova Friburgo ainda criança com a família, devido a transferência de seu pai pelo Banco do Brasil. Adotou a cidade como sua.
6 DAVID MASSENA
"Parafraseando Drummond, Cataguazes é apenas um retrato na parede", brinca David.
“Até um simples bolo tem que ter história. Cabe a nós registrar história em tudo o que fazemos” Iniciou cedo sua carreira. Aos 11 anos entrou para um curso de teatro e aos 13 já ganhava seu primeiro prêmio, foi vencedor do Troféu Glauce Rocha de melhor ator num festival estadual . Aos 15, entrou para a escola de balé da excêntrica bailarina Regina Branco Wilkes. Trabalhou em diversos estúdios e academias, tornando-se assim o bailarino e o professor de dança mais conhecido da
geração de 80 em Nova Friburgo. A arte o levou a TV. Foi bailarino da Rede Globo, da antiga TVS (atual SBT) e atuou em vários programas de humor, aberturas de novelas, tendo seu ápice como ator na segunda versão da famosa novela de Janete Clair "Selva de Pedra", onde r e p r e s e n t o u To n i c o, c u n h a d o d o personagem Cristiano Vilhena, protagonizado pelo ator Tony Ramos. Sua indiscutível elegância, disciplina, olhar estético e veia artística o conduziram a outras áreas. Desfilou como modelo e tomou gosto pelo mundo da moda. Produziu desfiles, foi maquiador requisitado em concursos de beleza e coordenou o setor de estilo da Santista. Foi desenhista dos ateliês de Ney Galvão, Clodovil e da Rakan Tecidos.
Divulgação
foi ansiosamente aguardada e a Lei do Artista de Rua.
O livro Amiga Amélia pode ser encontrado na Livraria Arabesco por R$ 30,00
Em paralelo ao mundo das artes, David excursionava pelo mundo da escrita. Em 1977 em plena ditadura militar, escrevia para o extinto Diário de Nova Friburgo. Em 1979 era responsável pela coluna de moda do jornal A Folha. E desde 1984 faz parte da equipe do jornal A Voz da Serra, sendo hoje o colunista social mais antigo da cidade. A constante inquietude, que ele reconhece e se descreve, o levou à OAB-RJ como assessor de imprensa e chefe do De par tamento de Jor nalismo, onde trabalhou com a renomada jornalista e escritora Ana Arruda Callado, o professor Nilson Lages, Daniel Welman, Sonia Miranda. Desse contato com a Lei nasceu o desejo de cursar Direito. Assim o fez, bacharelando pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro em 1996.
Do amor pela memória e de uma conversa com a amiga Rosangela Fumanchú, nasceu o projeto "Nova Friburgo: Da Geração Bendita à Capital da Moda Íntima". Em sua primeira obra, ele retornou aos anos 1970, onde narrou o apogeu cultural da cidade. O segundo livro "Até Quarta-Feira", foi resultado de quatro anos e meio de pesquisa sobre a história do Carnaval Friburguense. Sua mais recente criação nas livrarias destina-se ao público infantojuvenil. A obra "Amiga Amélia", inspirada em sua sobrinha Thaís, conta a história de uma menina e sua amiga imaginária. O livro aborda temas atuais como o bullying e o trabalho infantil.
“Tenho muitos projetos para Nova Friburgo. Eu quero sempre poder fazer mais pela cidade!” "Até um simples bolo tem que ter história. Cabe a nós registrar história em tudo o que fazemos", diz o escritor.
E ele não para por aí. O próximo projeto literário já está no forno em uma editora espanhola. "Confete e Serpentina", trata-se de mais uma obra infanto-juvenil e aborda o tema Carnaval. E a tal inquietude impera mais uma vez. "Tenho muitos projetos para Nova Friburgo. Eu quero sempre poder fazer mais pela cidade", enfatiza. David é múltiplo e não pode ser definido em uma só palavra. Seu dinamismo abre um leque para outros tantos adjetivos que podem ser dados ao grande amigo, ex bailarino, que até hoje caminha com a elegância que só pertence aos que sofreram nas sapatilhas. Curiosidade, generosidade, aleg ria, conhecimento, competência, inteligência, amizade, a lista é longa... O não friburguense, mais friburguense que existe, é personagem ilustre, único e vital em nossa cidade. David é hoje subsecretário de relações públicas na prefeitura de Nova Friburgo, presta assessoria de imprensa e consultoria para empresas locais. Casado há 27 anos com Cláudia Badaró, ex-bailarina, professora de educação física e ginástica rítmica. Pai de Isadora, jornalista, assessora de imprensa da Ideallize (assessoria para atletas) e Caio estudante de direito da UFRJ. Acervo Pessoal
Acervo Pessoal
Com o saudoso amigo Laércio Ventura, em comemoração dos 30 anos do Jornal A Voz Da Serra
Cia. Joyce Kerman, São Paulo 1984
No ano de 1997, David fixou residência com a família em Nova Friburgo para assumir a Secretaria de Comunicação a convite do então prefeito Paulo Azevedo. Retornou à administração pública assumindo o mesmo cargo na gestão do Prefeito Dermeval Barboza Neto. Em seguida, tornou-se Secretário de Cultura do Prefeito Sergio Xavier, onde conquistou com a equipe, a aprovação da Lei do Sistema Municipal de Cultura que por longos 15 anos
Rede Globo
Acervo Pessoal
Em Selva de Pedra, Rede Globo - 1986
Em Alzira Power, de Antonio Bivar - 1988
Acervo Pessoal
A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado - 1975
Cervejas Artesanais
Empresários do setor se unem para t o r n a r N ov a Fr i b u r g o u m a r e fe r ê n c i a
G
randes parcerias geram grandes amigos e grandes marcas. A cerveja artesanal, como todo artesanato no Brasil, sofre as restrições para a produção em larga escala, mas vem se destacando significativamente nesse novo nicho de mercado. Enxergando esse gancho, empresários friburguenses se unem para obter melhores condições na aquisição de insumos e criarem novas estratégias de marketing com a finalidade de consolidar suas marcas. Voltadas para um público sofisticado e seleto, as cervejas artesanais são produzidas a partir de i n g r e d i e n t e s d e a l t o p a d r ã o, despertando a curiosidade e surpreendendo o paladar dos mais exigentes apreciadores e apreciadoras dessa paixão nacional. Isso mesmo, as mulheres estão cada vez mais adeptas a essa nova tendência. Como contam os cervejeiros Gustavo Ranzato e Cosme
Dutra, produtores das cervejas Ranz Bier e Barão Bier, respectivamente, em um papo muito descontraído com a Fribook. Curta a matéria sem moderação, que traz também uma receita exclusiva, elaborada especialmente para você, leitor. FRIBOOK - Há alguns mitos relacionados à cerveja, como o de que quanto mais amarga mais forte. Fale um pouco sobre esse e outros mitos. COSME - São características completamente independentes. Já fiz uma Tripel, que é uma cerveja bem forte, que chegou a 9,8% de teor alcoólico final com fermentação de sessenta dias e coloquei 80 IBU (sigla de International Bittering Units ou Unidade Internacional de Amargor). Só para se ter uma comparação, uma pilsen comum tem de 8 a 15 IBU com
teor alcoólico em torno de 5%. Quando você prova a cerveja, nota-se que é forte, mas não tem tanto amargor. GUSTAVO - O que acontece é que da mesma forma que colocamos açúcar no café para quebrar o amargor, utilizamos o lúpulo para quebrar o doce da cerveja. Toda cerveja é doce. O amargor esconde o doce e vice-versa. Os dois estão ali, a questão é o quanto se percebe de cada um. Esse equilíbrio é importante. A minha Tripel tem 25 IBU, que é alto, mas o nível de açúcar residual dela é muito maior. Então você acaba não sentindo o amargor. COSME - Há quem confunda cerveja forte com cerveja amarga. Não tem nada a ver. GUSTAVO - Outro mito é que quanto mais escura mais forte. Nada disso é verdade. Controlamos todos esses fatores independentemente.
COSME - Dizem também que as mulheres preferem as cervejas leves. Temos notado que aqui no Estado do Rio elas estão se tornando mais adeptas às cervejas mais fortes. E além desses mitos, existe o mito da água. É muito comum dizer que a água da região favorece a qualidade da cerveja. Isso não é verdade. Hoje é muito fácil se equilibrar a água, ajustar o ph, o teor de sais, etc. Mas o custo de se obter uma água “perfeita” é alto. Então, quanto menos mexer na água, para a grande indústria, melhor. Temos uma grande vantagem por estar na serra, a nossa água não precisa ser corrigida. Mas a qualidade do produto final é a mesma. GUSTAVO - Isso ainda é um grande gancho comercial, mas na verdade não há alteração na qualidade da cerveja. FRIBOOK - Contem-nos um pouco sobre a história da cerveja. GUSTAVO - Os primeiros relatos oficiais datam de 5.400 anos antes de Cristo, oriundos da região da Suméria. Arqueólogos encontraram também, resíduos de cerveja em todas as pirâmides do Egito. Os faraós eram enterrados com seus pertences e a cerveja era oferecida aos deuses. Era sinal de riqueza e prosperidade. Só que era muito diferente de nossas cervejas hoje. Eram bem escuras, meio azedas, com cheiro forte, não se usava o lúpulo, tinham baixo teor alcoólico e levavam, ainda, adição de mel, tâmaras, além do fato de serem produzidas a partir do pão de cevada. A coisa era bem empírica, cada vez saía um sabor diferente. Havia também a parte ritualística. Não havia o fermento nessa época. Simplesmente colocavam os ingredientes e ficavam rezando para que os deuses criassem a cerveja. Depois de Cristo, houve um fato interessante em relação à Igreja Católica e à cerveja. A Igreja Católica tinha o monopólio da produção e venda do "gruit", uma mistura de ervas aromáticas que obrigatoriamente tinha de ser comprado para "temperar" a cerveja. O Duque da Baviera, em 1516, promulgou a Lei de Pureza da Baviera, onde proibia o uso do Gruit e do trigo, entre outros, e somente água, malte de cevada e lúpulo poderiam ser usados para a fabricação da cerveja. A proibição do uso de trigo sempre foi associado à escassez do mesmo para a produção de pão. Mais tarde a lei se
estendeu a toda a antiga Germânia. Assim foi fundada a Hofbräuhaus que, em alemão, significa “cervejaria da corte”. A cerveja ficou restrita à nobreza até 1828, ano que a cervejaria foi aberta ao público. A cerveja HB existe até hoje. Mais tarde surge o protestantismo na Alemanha, gerando um dos golpes contra igreja católica e é quando os alemães começam a criar suas cervejas para “fugir” das restrições da Igreja. COSME - Existe uma cerveja que passa por um processo curioso. Ela fica “ouvindo” música clássica e Canto Gregoriano durante todo o processo de maturação. Não há nada que prove cientificamente a influência deste método na qualidade da cerveja. Mas como também não há nada que prove o contrário... (risos) FRIBOOK - Qual a diferença entre bebida fermentada e a destilada? GUSTAVO - Toda bebida destilada também foi fermentada. O uísque, por exemplo, também é produzido através do malte de cevada. Se destilarmos a cerveja, teremos um tipo de uísque. É claro que o malte é um pouco diferente. Te m t a m b é m a q u e s t ã o d o envelhecimento, mas o princípio é o mesmo. Na destilação, aquecemos um líquido - como é o caso do alambique de cachaça - e através dos vapores, começamos a fracionar substâncias mais voláteis e outras menos. Esse vapor condensado é que forma o produto destilado. COSME - O álcool etílico evapora a 78,1°C, já o metanol evapora a 64,5°C. Quando vamos a um alambique, por exemplo, costumam dizer que ali tem a cabeça, o corpo e a calda do processo. Se referindo aos álcoois mais voláteis, como o metanol, que é extremamente venenoso. Logo após, há alguns tipos de álcoois e em dado momento, se obtêm o álcool etílico, que é o que realmente interessa na produção da cachaça nesse caso. Dessa forma, descartam-se os primeiros destilados até que se obtenha o produto desejado. GUSTAVO - O álcool etílico sofre o mesmo processo que o petróleo em uma refinaria, de onde sai a gasolina, o diesel, o gás, etc. Trabalham com c o l u n a s d e p r e s s ã o. E n t ã o, dependendo do andar, sai um
subproduto diferente e os vão separando para seus determinados fins. Isso é uma vantagem nos destilados, pois você separa o que te interessa e descarta o que não interessa. Na cerveja e no vinho isso não acontece. Se fermentar de forma errada, perde-se toda a produção. FRIBOOK - Hoje, através dessa parceria entre a Barão Beer e a Ranz, vocês produzem quantos rótulos? COSME - Eu tenho quatro rótulos com a Barão, que são: a Blond Ale, a Pale Ale, a Red Ale e a Weiss. Tenho possibilidade de criar mais rótulos, como já fiz a Tripel ou a Chocolate com Pimenta, mas minha adega é pequena e acho que isso deve ser uma característica da cerveja artesanal. Além disso, a fermentação é um processo relativamente demorado. Gira em torno de dez a doze dias e depois passa por um período de quinze a vintes dias de maturação para, aí sim, ser engarrafada. GUSTAVO - Tenho um pouco mais de rótulos e já fiz algumas edições limitadas, para eventos específicos, como é o caso da Lumiar Fantasy. Uma vez por ano produzo uma cerveja para o evento. Hoje, tenho a Cara-Pálida que é a Pale Ale, a Tripel que chamo de Amnésia, a Weiss, a Red Ale, a MariaFumaça, que leva malte defumado. Algumas faço com mais frequência que outras. A Porter chamo agora de NegaMaluca que leva um pouco de chocolate. A Capineira, que leva capimlimão. A Sabores da Horta, que faço para o restaurante vegetariano Trilhas do Araçari, é muito apreciada. Claro que não produzo todas ao mesmo tempo por uma limitação de espaço. Minha capacidade é de quatro ou cinco variedades de cada vez. FRIBOOK - Como vocês analisam hoje o mercado de cerveja artesanal? GUSTAVO - Hoje, o mercado é bem mais receptivo. Há cinco ou dez anos atrás era bem diferente. O público busca essas tendências artesanais e está aberto a conhecer novos produtos. Isso de forma geral, não só na cerveja. O poder aquisitivo do povo tem subido um pouco, o que permite esse aumento no setor, já que o custo de produção da cerveja artesanal é um pouco mais elevado do que o das cervejas de
produção industrial. O processo é mais demorado, a matéria-prima, pelo fato de comprarmos em menor quantidade, é muito mais cara. Então, não temos como disputar com os grandes e nem é o que pretendemos. Estamos segmentando para outro nicho de mercado. FRIBOOK - Temos ouvido que Friburgo tem potencial para se tornar um grande pólo cervejeiro. O que vocês pensam a esse respeito? GUSTAVO - Não só Friburgo, como toda a região serrana do Estado do Rio. Os governos do Estado e dos municípios da região serrana estão se unindo para promover um evento agora em abril que será divulgado para todo o Brasil em parceria com o Convention Bureau, com a Serra Verde Imperial, com as secretarias de turismo desses municípios que produzem c e r ve j a a r t e s a n a l : Pe t r ó p o l i s, Teresópolis, Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Guapimirim. E a ideia é se lançar esse evento como um modelo turístico. Esses municípios têm juntos, não só uma grande variedade de rótulos, mas também, um significativo
volume de produção. COSME - Suíços e alemães foram os primeiros colonizadores da nossa cidade, povos com uma cultura cervejeira de berço. A cidade perdeu isso ao longo do tempo, mas acredito estarmos resgatando essa importante parte da nossa cultura. FRIBOOK - A cerveja artesanal costuma ter outros ingredientes acrescentados à sua composição e sua produção. Falem um pouco sobre esse conceito. GUSTAVO - A Alemanha vende a ideia da cerveja pura, clara. Não vemos dessa forma. Há cervejas belgas, por exemplo, que levam casca de laranja ou até um pouco de açúcar e que são muito boas. Depende do porque se está acrescentando tal ingrediente. Nosso intuito é criar novos sabores, novas sensações sem necessariamente b a r a t e a r o c u s t o d a c e r ve j a . Pretendemos consolidar nossas marcas no mercado, mas não almejamos concorrer com as grandes marcas. COSME - Muito pelo contrário, muitas
vezes, o ingrediente encarece o custo, como o mel, por exemplo. Mantemos o processo artesanal. Somos contra a utilização de produtos que barateiam ou aceleram o processo de produção, como há no mercado. Nossas cervejas levam até trinta dias para ficarem prontas. Então, existem alguns aditivos químicos que fazem com que se ganhe dez, quinze dias nesse processo, praticamente dobrando a produção. Isso pode ser ótimo para a empresa, financeiramente falando, mas nós, particularmente, achamos que isso tira um pouco da característica artesanal da cerveja. GUSTAVO - Ela fica até mais bonita, mais clara, mas há inúmeras modificações na qualidade do produto, como perda do aroma, do sabor e propriedades naturais. Além do fato de que todo conservante tem alto teor de sódio, que é altamente prejudicial à saúde. Fribook publica, nessa edição, uma receita elaborada pelo Mestre Cosme exclusivamente para nossos leitores. Chame os amigos para degustar uma cerveja feita por você. André Lima
Parceiros, acima de tudo: Cosme, da Barão Bier (à esquerda) e Gustavo, da Ranz Bier (à direita), brindam à convivência harmoniosa que sempre fez parte do mundo dos cervejeiros.
10 CERVEJAS ARTESANAIS
Faça sua própria cerveja INGREDIENTES 5 kg de malte pilsen 1 kg de malte pilsen levado o forno por 120 minutos a 180ºC 50 g de lúpulo Saaz para amargor 30 g de lúpulo Saaz para aroma 1 pacote de fermento S-33
MATERIAL NECESSARIO
´ 35 garrafas 35 litros de água, 35 tampinhas, 2 Panelas Caldeirão (de 42 e de 32 litros) Panela Caldeirão de 32 litros com fundo falso ou bazooca Fogão Industrial de uma boca Termômetro (Faixa -10 ºC a 110ºC) com proteção Proveta plástica 250 ml Densímetro de vidro (faixa 1000 - 1100) Chiller 9.3 metros aço inoxiádvel Moinho Pá Cervejeira pequena Balança de precisão Balde plástico fermentador 30 litros Airlock sem rolha plástico Tubo enchimento 3/8'' plástico Máquina para tampar PRIMEIRO PASSO Leve a parte do malte que irá ao forno por 120 minutos. Após este tempo moa todo o malte. Aqueça 18 litros de aguá até 60ºC e adicione os grãos moídos. Ligue o fogo e deixe chegar a 67ºC e mantenha nesta temperatura por uma hora. Após este tempo, aumente o fogo até 78ºC. Em seguida, desligue o fogo e passe para panela de filtragem.
SEGUNDO PASSO Na panela onde se iniciou o processo, aqueça o restante da água até a temperatura de 72 graus. Faça a filtragem usando a panela com o fundo falso ou a bazooca e filtre lentamente até que o líquido fique límpido e sem turbidez. Transfira o líquido límpido para a terceira panela. Assim que o malte começar a aparecer, acrescente a água aquecida lentamente e faça a recirculação para maior aproveitamento dos açúcares. Após esta filtragem coloque para ferver.
TERCEIRO PASSO Assim que levantar fervura, acrescente o lúpulo de amargor e ferva por 55 minutos intensamente. Após estes 55 minutos, acrescente o lúpulo aromático restante por mais 5 minutos e desligue o fogo.
QUARTO PASSO Resfrie o líquido utilizando o chiller de imersão até a temperatura de 20°C. Para adiantar o processo, circule água gelada imergindo a panela em bacia com gelo. O importante é resfriar o líquido! Após este processo, coloque este líquido dentro do balde fermentador e acrescente o fermento. Feche o recipiente, deixando o airlock cheio de água. Deixe este balde em um local fresco protegido da luz solar. Certifique-se de que neste local não ultrapasse os 20°C de temperatura. Após 8 dias você pode transferir sua cerveja para um outro balde fermentador e colocá-lo em uma geladeira por mais 20 dias, preferencialmente a uma temperatura próxima a 0ºC (impreterivelmente abaixo de 10°).
QUINTO PASSO Acrescente o equivalente a 7g de açúcar por litro de cerveja em uma panela com um pouco de água (aproximadamente 400ml) e ferva. Acrescente em sua cerveja e engarrafe. Após 10 dias, saboreie com seus amigos e muita moderação, sua cerveja feita em casa!
IMPORTANTE Certifique-se de utilizar equipamentos limpos e em um ambiente limpo. Não utilize cloro para limpeza do material, pois pode contaminar sua cerveja.
Aprecie com moderação. Se for dirigir, não beba.
Aberto de 2ª a Domingo
Pratos Executivos! Disk Picanha: (22) 2523-6120
Aberto de Terça a Domingo a partir das 11:30 Av. Itália, 6 | Centro | Nova Friburgo | RJ
Valores válidos somente para almoço de Terça a Sábado
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*Com espeto de até R$ 5,80
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Almoço Executivo* - R$ 12,90
Comida Japonesa - R$ 0,99 Preço por peça, somente para combinados
Espetão Picanha ou Misto + Guarnição R$ 49,90
Executivo c/ Picanha - R$ 16,90
Rua Pastor Meyer, 22 - Centro Terça a Sábado de 12h às 15h Acesse: www.showrasquinhogrill.com.br
A primeira e única casa especializada em espetinhos da cidade e região. Um ambiente descontraído e chopp bem gelado. Ideal para seu happy-hour... Chame seus amigos e venha saborear aquela cervejinha super gelada curtindo os jogos do seu time de coração! Rodízio de Espetinhos com Fritas liberadas!
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Caribe Especial
Parte II
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RIVIERA MAYA, NO MÉXICO: UM DESTINO IN
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esta edição continuamos o nosso Especial Caribe com uma dica de destino ainda pouco explorado pelos brasileiros: a Riviera Maya. Este balneário mexicano é uma área turística banhada pelo Mar do Caribe, localizado no estado de Quintana Roo, próximo a Cancun e Cozumel. Geograficamente, estende-se ao longo do litoral por 130 km, desde a localidade de Puerto Morelos ao norte, até à localidade de Punta Allen, no sul. A Riviera Maya, ao lado de Cancun, são os destinos turísticos mais importantes do México e um dos mais importantes em escala mundial.
Para passear por lá com a família e usufruir de uma infraestrutura completa a Fribook indica o resort mais completo da região, que oferece o sistema all inclusive para seus hóspedes: O Maya Beach Resort, pertencente ao grupo espanhol Barceló. O complexo do resort é formado por cinco hotéis rodeados por um exuberante parque natural de 500 mil m². Os hotéis são interligados e possuem algumas áreas comuns, como restaurantes, bares e áreas esportivas, em que os hóspedes de todos os hotéis do resort podem circular. Para os visitantes que gostam de praticar esportes, há uma série de boas
opções para não ficarem parados. O resort dispõe de sete campos de tênis iluminados, um ginásio, um campo de minigolfe de 18 buracos, vôlei de praia, pingue-pongue, hidroginástica, polo aquático e tiro com arco. Na praia, em frente ao hotel, é possível praticar esportes aquáticos como vela, mergulho, windsurf, caiaque e jet ski. Para os fanáticos por golfe, em Puerto Aventuras e Praia de Carmen, muito próximos ao hotel, os visitantes encontrarão ainda campos de golfe de 18 e 9 buracos.
alimentação dos pequenos. Os buffets do local contam com um balcão da estatura das crianças, onde elas poderão encontrar os seus quitutes favoritos, como minihambúrgueres, legumes baby, batata-frita, nuggets de frango, palitos de queijo, palitos de peixe, espaguete, pão francês, minifruta, cupcakes, iogurte, sobremesas e sorvete. Já para os adultos, o resort surpreende pelo alto nível e pela quantidade de opções de bares e restaurantes temáticos, de gastronomia especializada. O destaque é a culinária
local – mexicana - muito bem representada nos dois buffets principais, que são excelentes opções para o póspraia. Para jantares românticos, à noite, a melhor pedida é escolher um dos restaurantes especializados, a la carte, como o francês Le Brasserie, e fazer uma reserva para garantir uma noite muito especial. E o melhor: sem desembolsar um centavo, pois já está tudo incluído no pacote! Para reservas e mais informações sobre o Barceló Maya Beach Resort acesse www.barcelo.com. Divulgação
Os pequenos também terão férias inesquecíveis: o resort dispõe de atividades exclusivas para as crianças Divulgação
NESQUECÍVEL As crianças também terão suas férias inesquecíveis na Riviera Maya: o resort dispõe de muitas atividades exclusivas para elas através do Barcy Club, um serviço do resort que atende crianças de 4 a 12 anos, com equipe de monitores especializada no cuidado infantil. Programação divertida, atividades nas piscinas com tobogãs, oficinas de arte, trabalhos manuais, aulas de dança, atividades esportivas na praia e até um SPA só para eles, batizado de Kids SPA, em que elas podem brincar e fazer pequenos serviços de beleza como corte de cabelo, penteado e manicure infantil com produtos especiais para crianças. O resort também se preocupa com a
Maya Beach Resort fica em em um litoral com águas cristalinas e paisagem paradisíaca ESPECIAL CARIBE
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Depilação a Laser
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Fotodepilação por Dra. Solange Freitas Dermatologista
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s pelos sempre foram grandes inimigos das mulheres. Atualmente também os homens o desprezam. Os métodos de retirada dos pelos vêm se aperfeiçoando com o tempo desde a simples depilação com lâmina de barbear até a tecnologia super avançada do laser. O laser de Diodo foi o grande vencedor do desafio que é a retirada do pelo. Criado na Universidade de Harvard por cientistas americanos, o laser de Diodo consegue atingir as células germinativas que estão situadas profundamente na raiz do pelo, destruindo essas células ou, no mínimo, enfraquecendo-as, levando a depilação definitiva de em torno de 70% dos pelos. Esse equipamento tem aprovação pelo FDA (Food and Drug Administration) americano desde o ano 2.000 e também pela ANVISA do Brasil. O operador do aparelho é sempre um profissional médico que sabe programar a máquina para cada tipo de pele e de pelo, havendo o mínimo de efeito colateral, trazendo segurança para o paciente, bem como garantia de resultados. Na Fotodepilação utiliza-se um equipamento de Luz Intensa Pulsada para atingir o bulbo piloso. Método mais recente e intensamente difundido, a Fotodepilação tem como atrativo a promessa de ser menos agressiva e mais barata que a Depilação a Laser. Ocorre um enfraquecimento do pelo, havendo satisfação das pessoas que veem os pelos desaparecerem em 6 a 8 sessões. Porém, é necessário repetir o procedimento 1 ano após, porque há retorno dos pelos. Ao contrário dos equipamentos a laser de Diodo, o aparelho de fotodepilação é operado por profissional não médico. No último boletim da Sociedade Brasileira de Dermatologia houve um alerta mostrando como é cada vez maior o número de pacientes que procuram por consultórios dermatológicos com queixas de queimaduras pós tratamento de depilação com Fotodepilação e também com aparecimento de pelos nas áreas ao redor das regiões tratadas, onde não havia pelos, chamada de hipertricose paradoxal. O procedimento de Fotodepilação não é tão eficaz quanto o laser. O laser é mais específico e atua diretamente no folículo do pelo, promovendo sua remoção com mais eficácia, por isso requer menos aplicações e oferece menor risco de queimaduras.
Direção Médica: Dra. Solange Gonçalves Freitas
Proteção Real Para os Candidatos Os diretores da Auto Escola Dinâmica, em visita à Central de Monitoramento do DETRAN-RJ, constataram que, sem dúvida, essa ferramenta é um avanço sem precedentes na fiscalização dos exames práticos de direção. O Centro, que opera no segundo andar do DETRAN-RJ, possui diversos observadores, separados por representantes da coordenadoria de educação, examinador, psicólogo, CFCs (Centros de Formação de Condutores), entre outros. Seu propósito visa a observação da postura e da conversação de examinadores, instrutores e candidatos à habilitação. Um dos observadores se comunica através de um telefone celular diretamente com o presidente da banca examinadora, caso perceba alguma conduta inadequada, denunciando o ocorrido. Com esse procedimento, nossos candidatos estão realmente protegidos de possíveis fraudes e erros cometidos pelos examinadores do Detran. Estamos de olho...
Mineira ou Paulista? por Chef Brás
Chef
á pouco tempo, li uma matéria que me despertou para uma questão que é, no mínimo, bem intrigante. Chefs e estudiosos da área culinária resolveram questionar a autoria de alguns pratos tradicionais da cozinha mineira, reivindicando sua origem a São Paulo.
H
na verdade, fazem parte do cerne da culinária paulista como a couve, a farinha de milho, a linguiça e até o tutu. Esses pratos, na verdade, são a mistura de costumes indígenas e portugueses que assim, no lombo de mulas e cavalos, foram tomando os deliciosos contornos que conhecemos hoje.
Quem sou eu pra entrar nessa briga, mas acho válido que se levante a bandeira. Afinal, não vemos restaurantes de comidas típicas paulistas, embora alguns pratos, como o virado e o cuscuz, por exemplo, sejam clássicos e reconhecidos como tal.
Sem querer entrar no mérito da questão, mas não conseguindo negar o quão instigante ela me parece, deixo aqui umas perguntas e também uma receita para estimular os seus sentidos e também sua curiosidade. Quanto às perguntas, por que será então que São Paulo não ficou com esse crédito? O que aconteceu com a identidade de sua culinária? Será que tem a ver com o grande fluxo de imigrantes no final do séc. XIX que, trazendo seus costumes, acabaram por "camuflar" a comida local? Ou será que o paulista precisa se redescobrir e se sentir menos cosmopolita? Façam com que essas questões sejam boas de se desvendar e, para isso, acredite que o melhor caminho é provando algumas dessas delícias. Aqui vai a receita de um clássico, mas que a partir de agora poderá ter sua origem questionável... ou não!
A comida paulista vem da culinária tropeira e, como se sabe, quem povoou as Minas Gerais no séc. XVIII foram os tropeiros que passavam por São Paulo. Naquela época, o caminho do ouro, que levava as riquezas retiradas de Minas direto para o porto de Paraty, onde embarcavam para os cofres dos nossos colonizadores, era o eixo de maior movimento no país. Então, caros amigos leitores, não se espantem com o que vou agora lhes dizer, mas o feijão tropeiro, a costelinha de porco com canjica e a galinhada são também tradicionais da culinária de São Paulo. Ainda temos alguns elementos tidos como mineiros que,
Feijão Tropeiro Ingredientes:
Modo de preparo:
600g de feijão vermelho, 250g de bacon picado, 250g de linguiça calabresa picada,½ cebola picada, 2 dentes de alho picados,5 ovos,150g de farinha de milho, Couve picada Cheiro verde, Óleo, Sal.
Cozinhe o feijão, tomando cuidado para não ficar mole demais. Coe para eliminar o caldo. Coloque uma panela em fogo alto e frite o bacon e a linguiça. Reserve. Frite os ovos e deixe em pedaços grandes como se fosse ovo mexido. Reserve. Em uma panela maior coloque o bacon, a linguiça,
o alho, a cebola, os ovos, o feijão e o sal a gosto. Mexa bem. Adicione a farinha de milho e a couve picada. Finalize com o cheiro verde picado e sirva com arroz branco e um bom carré suíno. Bom apetite!
CHEF BRÁS
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Claudio Nucci
Locca Faria
Ele é cofundador do Boca Livre, um dos mais expressivos grupos vocais da nossa MPB e parceiro de gente como Zé Renato, Juca Filho, Paulinho Tapajós e Mauro Assumpção. Compositor de clássicos como “Toada”, “Sapato Velho” e “Quero-Quero”, o também produtor e empresário Claudio Nucci relembra sua infância, fala de seu ingresso na vida profissional e dos planos para o futuro em um papo regado a muita música, cultura e bom humor.
O início: David Tygel, Claudio Nucci, Mauricio Maestro e Zé Renato (Boca Livre)
E
le chegou ao nosso escritório para a entrevista com um sorriso brilhante e uma simpatia sincera e cativante. Claudio Nucci é desses artistas que rapidamente nos deixa à vontade para fazer qualquer tipo de pergunta, sobre qualquer assunto. Em um papo aberto e muito descontraído, falamos sobre sua carreira, seus planos, filhos, sobre o futuro da música e muito mais. FRIBOOK - Como começou sua carreira como músico e quais foram suas principais influências? CLAUDIO - Venho de uma vivência do interior. Nasci em Jundiaí e passei a maior parte da minha infância em Campinas, no interior de São Paulo. Fui criado numa família de músicos, não profissionais. Meu pai tocava violão e minha mãe era quem cantava... meus avós maternos tocavam violino em dueto e moravam numa fazenda. Meu avô paterno era poeta e cantava valsas, enquanto meu tio foi quem me ensinou a tocar violão. Foi assim que tive meu contato com música, na família e através das rádios, que tocavam todo tipo de música: italiana, inglesa, brasileira moderna e do interior. Nessa época estavam rolando os festivais na TV Record com os novos compositores: Chico Buarque, Edu Lobo, Caetano, Gil... Comecei a tocar violão aos 10 anos e, motivado pelos festivais, aos 12 já compunha e participava de alguns deles. Desde essa época, entre os 12 e 15 anos, já maquinava meu ingresso na música profissional, projetando e trabalhando para isso. Além dessas influências citadas, eu ouvia rock em casa, como Rolling Stones e Beatles. Na escola, onde havia uma “casinha” com instrumentos de fanfarra de um lado e do outro, bateria, guitarra e baixo. A própria escola proporcionava aos alunos e ministrava aulas extracurriculares de conjunto, além das aulas de música. Isso foi muito importante. Conheci uns colegas lá e, tocando juntos, começamos a nos apresentar em uns pequenos eventos, até eu vir para o Rio, onde estavam os grandes compositores: Paulinho da Viola, Tom Jobim, Milton Nascimento... Lobão era meu colega de sala. Estudava na carteira ao lado. E esse novo universo acabou me inserindo na música profissional. FRIBOOK - Quando foi que lançou o primeiro produto desse início profissional?
CLAUDIO - Em 1977, o Quarteto em Cy, fez uma gravação de Sapato Velho, minha primeira música a ser gravada, o que deu “gás” bem legal, pois comecei a compor mais e conhecer novos parceiros. Até que veio o primeiro produto propriamente dito como Boca Livre, com o Zé Renato, o Mauricio Maestro e o David Tygel. Participamos do disco do Vital Lima, que o Herminio Bello de Carvalho produziu e começamos a nos experimentar no estúdio, sentindo a sonoridade. Foi quando o Edu Lobo nos chamou e abriu um espaço dentro do seu show para mostrarmos nosso trabalho e ainda nos levou ao Projeto Pixinguinha. Ele foi um cara muito importante nessa história, pois proporcionou esse “teste” de repertório. Então, procuramos as gravadoras, mas elas ainda tinham um pensamento muito conservador e não podiam fazer nada com o nosso produto.
“Comecei a tocar violão aos 10 anos e, motivado pelos festivais, aos 12 já compunha e participava de alguns deles” Por essa falta opção, nos restou o cenário independente. Procuramos alguns artistas que estavam produzindo dessa forma, como Danilo Caymmi, Joyce, Antonio Adolfo, que lançou o “Feito em Casa”, primeiro disco independente que saiu historicamente. Com isso, fomos aprendendo o “caminho das pedras” e o disco teve uma aceitação muito boa, superando nossas expectativas. Além disso, as rádios e os veículos de comunicação eram dirigidos por competentes diretores de programação, que tinham a sensibilidade de colocar o bom gosto musical à mesa. A partir daí, aconteceu um fenômeno interessante. Começamos a vender discos e fazer shows, dando esse start profissional na carreira. FRIBOOK - As décadas de 70 e 80 foram muito marcantes na cultura musical brasileira. Nomes como Milton Nascimento, Chico Buarque, Gilberto Gil semearam o cenário musical de uma geração. Como vê a música brasileira hoje e o que viu de transformação cultural nos últimos tempos?
CLAUDIO - Vejo essa evolução não dissociada do fenômeno econômico. Acho que as políticas econômicas mandam muito nas políticas culturais. Se pegarmos as décadas de 60 e 70, existia uma lei federal que isentava de impostos os g astos obtidos em produções fonográficas, quando se utilizando músicos brasileiros. As gravadoras brasileiras tinham sempre um departamento de arregimentação em seus estúdios e por conta dessa política, investiam pesado em discos feitos com orquestras enormes de cordas, sopros, metais, que eram arregimentadas em quase todas as produções da época. Esse fenômeno político-cultural acabou fundindo a música popular com a música erudita, criando um produto muito bem elaborado por conta desses arranjadores que escreviam maravilhosamente bem e também por essas leis de incentivo econômico-cultural, combinados com o poder aquisitivo da população, que tinha cultura suficiente para consumir esse produto e condições de comprar esses discos... basicamente as classes A e B. Eram composições muito melódicas, muito harmônicas, além de coincidir com a “época das metáforas”. Com a ditadura, a censura não permitia dizer plenamente o que se pensava. Isso acabou incentivando o surgimento das músicas de protesto, como as de Geraldo Vandré e as belíssimas composições de Chico Buarque e Edu Lobo, que tocavam transversalmente os assuntos, confrontando o sistema. Com a abertura do sistema democrático, todo esse trabalho caiu num vazio e colocou por terra essa estética de consumo fonográfico no país. É quando surge o rock, que vem de uma classe oprimida da Inglaterra, dos movimentos punk, underground, com muito ritmo, pouca melodia e pouca harmonia, usando a distorção para traduzir o som do mundo, dos motores, das fábricas e ao mesmo t e m p o e s s a o p r e s s ã o, a f a l t a d e oportunidade... Era uma música mais monotônica com campo tonal fixo, três ou quatro acordes. E o feeling era esse... textos mais claros, mais agressivos, solos de guitarra. Acabamos importando isso tudo que já nos anos 70 aparecia com os Mutantes, Rita Lee, A Bolha, O Terço, que viviam numa onda meio lisérgica para traduzir o que pensavam, pois o dia-a-dia cru ali era muito duro. No início dos anos 80, nasce o rock mais elaborado, ao mesmo tempo em que se afundou essa era
Acervo Pess
próprias e tão diferentes, mas que sofrem com a destinação de mercado.
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FRIBOOK - Essa lei de incentivo cultural que comentou ainda existe? CLAUDIO - Não. Essa lei foi extinta no início da década de 80, que é quando surgem os teclados. A pluraridade de timbres nas gravações começou a ser executada pelos sintetizadores. A contratação de músicos, orquestras, ficou muito cara.
Claudio Nucci nasceu em Jundiaí (SP) e passou a maior parte de sua infância em Campinas
lisérgica e psicodélica e, junto com ele, vem a era da cocaína. Temos que observar também quais eram os hábitos do mundo nessa época, do inglês, do new wave. É quando nascem bandas como o Kid Abelha com canções românticas, que remetem inclusive à Jovem Guarda, e Paralamas com “Vital e sua moto”, Lulu Santos, Lobão e Ritchie, remanescentes do Vímana, Eduardo Dusek... até que chega Renato Russo e resolve falar de outras questões, com uma tendência meio t r a s h mu s i c a l m e n t e, m a s q u e a s gravadoras veem nisso um nicho de mercado. Paralelo a isso, surge a Música “Pra pular” Brasileira, que é a música de balanço, a música carnavalesca, que vem desde os anos 70 com Luiz Caldas e que continua até hoje com Gaby Amarantos, com os ritmos do Calypso ou o axé anteriormente, que hoje é sertanejo universitário. E a gente vê toda a indústria fonog ráfica e seus veículos se aproveitando disso, amplificando essas tendências coletivas para gerar seu faturamento. A partir daí, a produção se desenvolveu em progressão geométrica, enquanto a mídia não foi capaz de entender essa pluraridade musical e investir na segmentação do mercado. Ao mesmo tempo a cultura de massa aumentou significativamente e começou a haver a ascensão econômica das classes C e D, que é onde se investe hoje. Isso serve para as novelas, com trilhas para esse público. O que se conclui disso tudo é que o Brasil, musicalmente, continua prolífico. Basta visitar o Soundcloud ou o Myspace para ver a quantidade de boa música e bons músicos que temos. Com raízes
FRIBOOK - A internet trouxe infinitas possibilidades de conhecimento. Por outro lado, dificultou o controle sobre a distribuição de arquivos de música e vídeo. De que forma os detentores de direitos autorais podem se adaptar a esse novo conceito?
“(...) Antes de compor qualquer música, a gente nunca sabe exatamente o que vai acontecer com cada uma! Se alguém soubesse a ‘receita do sucesso, da aceitação popular ou do acesso ao inconsciente coletivo’, estaria rico hoje!” CLAUDIO - Com o advento da mídia digital sendo pulverizada nas redes, o mercado fonográfico de venda de mídia despencou, os estúdios caíram em desuso, as gravadoras foram se reduzindo a departamentos cada vez menores e hoje, a indústria de conteúdo é que está tentando se adaptar a essa realidade. Através de direitos autorais, sincronização em comerciais... o que vemos hoje de comercias cuja trilhas sonoras são de músicas antigas que foram sucesso! Isso tudo faz parte de um movimento que as editoras, que são de grupos corporativos detentores de conteúdo, estão fazendo junto às agências de propaganda para poder gerar retorno para esse conteúdo. Por outro lado a internet é muito importante nesse processo. Assisti a uma entrevista do Gilberto Gil onde ele diz que o disco é um contato com um público “desmaiado” (risos), porque sabemos que ele está ali, mas não o vemos, enquanto no
show ao vivo, o artista acaba tendo um contato mais direto com público. Acho que a internet trouxe a única alternativa para o artista, que é o resgate do ao vivo, onde ele não pode ser replicado, não pode ser clonado. FRIBOOK - Seu novo trabalho cita Noel Rosa e Nelson Cavaquinho. O que o levou a homenagear esses grandes nomes? CLAUDIO - Eu tenho um amigo, diretor de teatro, de shows e também empresário em Rio das Ostras (RJ), que é muito ligado na cultura musical brasileira. Ele conhece muita gente ligada ao samba e quis fazer uma homenagem ao centenário de Nelson Cavaquinho e a Noel Rosa, por ter umas músicas mais conhecidas e por ser contemporâneo do Nelson. Então me convidou para fazer um show em sua casa, chamada Casa da Praia. Fiz esse show e na plateia tinha um casal, o Paulinho Nolasco e a Rita, donos de uma escola em Macaé para crianças e adolescentes especiais e que fazem um trabalho excepcional, inserindo a música como um dos elementos importantes em sua formação. Tanto fizeram, que criaram um selo musical que começou a apoiar a produção de discos da galera de Macaé, através de parcerias com grandes empresas sediadas na região, inclusive a Petrobrás. O Paulinho, então, me propõe que fizesse um disco cantando quatro canções minhas, quatro canções do Noel e quatro do Nelson. Com isso, compus algumas canções homenageando esses compositores e gravei o disco aqui na minha produtora com, produção do Luiz Fernando Gonçalves e do Giovanni Bizzotto. FRIBOOK - Canções como “QueroQuero”, “Sapato Velho”, “Acontecência” e “Toada” são hinos popularizados e que influenciaram na formação cultural de toda uma geração. O que sente por ter participado de forma tão marcante na música brasileira? CLAUDIO - Me sinto um privilegiado. É uma sorte, de certa for ma, ter composto essas obras, porque antes de compor qualquer música, a gente nunca sabe exatamente o que vai acontecer com cada uma! Se alguém soubesse qual “a receita do sucesso, ou da aceitação popular, ou do acesso ao inconsciente coletivo”, estaria milionário hoje! FRIBOOK - Seu filho, Vicente Nucci,
está ingressando na carreira musical autoral. Quais são as possibilidades dele e de que forma você pode orientá-lo como pai e como músico? CLAUDIO – Como pai, eu tenho uma ligação muito especial com cada um dos meus filhos, sem exceção nenhuma e estou sempre disposto não só a ajudar e orientar, mas também a ouvir e aprender com eles. A orientação que eu posso dar ao Vicente, a quem já admiro como músico, compositor e arranjador, é a de sempre perseverar numa atividade tão prazerosa quanto difícil, aliás como todas as atividades que uma pessoa goste de fazer. Tem que se esforçar sempre pra melhorar cada vez mais. FRIBOOK - Você tem uma produtora e um estúdio de gravação. O que tem chamado mais a sua atenção na nova cara da musica brasileira? Nesse sentido, que trabalhos tem realizado? CLAUDIO – A “DoisPor2 Produções Musicais” é uma ideia que surgiu já faz um t e m p o, m a s q u e s ó f o i p o s s í ve l
recentemente, com a adesão do músico, compositor e produtor musical Giovanni Bizzoto, esse friburguense talentosíssimo e que assim como eu, também tinha essa vontade de produzir boa música com qualidade aqui em Nova Friburgo. Ele então se tornou meu sócio nessa empreitada. Produzimos o CD de um grupo vocal mineiro, o “Cantus Quatro”, t a m b é m o C D “ M i n a s Re a l ” d o compositor carioca que virou parceiro de artistas mineiros, o Felipe Cerquize e meu mais novo trabalho, “Noel, Nelson & Nucci”, em homenagem a Noel Rosa e N e l s o n C a v a q u i n h o, q u e t e m a participação do Marcelo Bernardes, grande soprista que também tem casa aqui na região de Lumiar, da cantora e parceira Dri Gonçalves, com quem tenho me apresentado ultimamente em shows e do Rafael Lorga, participante do grupo “Pietá”, lá do Rio e que toca percussão. FRIBOOK - Há quanto tempo vive em Nova Friburgo e o que fez escolhê-la como sua morada? CLAUDIO – Chegamos em São Pedro
da Serra em 2003 e, desde então, não saímos de Friburgo. Precisa dizer mais? O que eu acrescentaria é que , ao mesmo tempo que tem uma qualidade de vida e de meio ambiente maior e um custo mais baixo do que as grandes cidades que estão muito inchadas, oferece uma estrutura de serviços para se funcionar bem e, na minha atividade é ótimo: Estou a três horas, no máximo, dos aeroportos e da agitação (a boa agitação) do Rio. FRIBOOK - Você compôs verdadeiros clássicos do cancioneiro brasileiro. Inclusive, em parceria com grandes nomes e amigos. Fale um pouco sobre essas parcerias e o que podemos esperar para o futuro. CLAUDIO – Uma das coisas mais espetaculares de se compor canções é a tal da parceria! Uma coisa mágica, onde pessoas que nem sempre nasceram na mesma época têm a oportunidade única de se encontrarem numa canção atemporal. Falo isso, porque meu primeiro grande parceiro, que é o Luiz Fernando Gonçalves, é de uma geração
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Acervo Pessoal
Acer vo Pessoa
A bem-sucedida parceria com Dri Gonçalves
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Regina Lo Bian
O músico em seu estúdio, Nova Friburgo - RJ Nucci e seu Takamine
“um pouco menos nova” que a minha – risos.... – e portanto foi com essa primeira experiência e exemplo que eu aprendi a ser parceiro depois, de Zé Renato, de Juca Filho, Mu Carvalho, Paulinho Tapajós, Xico Chaves, Luís Carlos Sá, Cacaso, Danilo Caymmi, Paulo Cesar Pinheiro, Joyce, Murilo Antunes e de fazer músicas com Mauro Assumpção, Abel Silva, Monique Hecker, Aldir Blanc, Ana Terra e tantos outros. Pra citar um exemplo de
futuro possível, com um desses parceiros, o Zé Renato, tenho feito uma série de shows e esperamos fazer alguma coisa boa brevemente, para ser lançada! FRIBOOK - Claudio, a Fribook se sente honrada por poder dividir sua história, que é um importante pedaço da história da Música Popular Brasileira, com nossos leitores. Fique à vontade para fazer as considerações que quiser.
CLAUDIO – Eu fico feliz em poder , da mesma forma, fazer parte da história da FriBook, essa revista que já me chamou a atenção desde o primeiro número e que nasceu para ficar, com a sua marca de criatividade, qualidade e renovação impregnando os olhos atentos dessa cidade. Vida longa aos nossos trabalhos!
Acervo Pessoal
Parceiros de “Toada”: Zé Renato, Juca Filho e Claudio Nucci
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Atração retorna com elenco, cenário e roteiro novos
Marcia Alves | GNT
SaiaJusta
Barbara Gancia, Astrid Fontenelle, Monica Martelli e Maria Ribeiro
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a semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o GNT presenteia o público feminino – e satisfaz a curiosidade do público masculino - com um novo “Saia Justa”. Presente na grade do canal desde 2002, o programa ganha, este ano, novas apresentadoras, roteiristas e cenário. O foco principal permanece o mesmo: temas da atualidade, comportamento e relações pessoais, discutidos por quatro mulheres, cada uma trazendo diferentes histórias, olhares e opiniões. No famoso sofá, o time conta com Astrid Fontenelle, a jornalista Barbara Gancia e as atrizes Maria Ribeiro e Mônica Martelli. Com trajetórias e perfis distintos, as quatro apresentadoras prometem manter a essência do programa com discussões divertidas e inteligentes. Considerada uma das maiores comunicadoras do Brasil, Astrid Fontenelle tem características já conhecidas pelo público, que darão ao programa o tom de sabedoria e leveza.
“A s q u a t r o e s t ã o m o s t r a n d o t e r irreverência, inteligência com humor, e deboche”, avisa. “Acho que está tendo uma sintonia entre as quatro. Cada uma vem de um mundo diferente, tem um histórico de vida diferente. E isso vai ser notado claramente pelo público”, completa Mônica Martelli, que tem o humor como marca registrada. Maria Ribeiro, que assiste ao programa desde sua estreia, conta como está sendo entrar para o time. “É um programa que tem uma história muito bonita, de várias pessoas interessantíssimas. Nunca imaginei fazer, mas, ao mesmo tempo, acho que tem a ver comigo”. Já a jornalista Barbara Gancia, apontada como a mais sarcástica entre as quatro, diz que o maior desafio de todas será conseguir conciliar a hora de falar. “Maria Ribeiro é a mais controlada, mas todas nós falamos muito”, brinca. No novo formato, o cenário projetado por Daniela Thomas e Felipe
Tassara - ganha a possibilidade de ter uma plateia, permitindo que a atração receba convidados. “O ‘Saia Justa’ costuma provocar reações em quem está assistindo em casa. É muito comum as pessoas sentirem vontade de expor suas opiniões. Por isso, decidimos criar uma plateia para que as pessoas possam participar e interagir com as apresentadoras”, explica Daniela Mignani, diretora do GNT. A atração continua sob a direção de Nilton Travesso, e o roteiro passa a ser assinado por Nina Lemos e Fred Coelho, que chegam à equipe para planejar novos quadros. Considerada um dos carroschefes do canal e há 11 anos em exibição, a atração contou com a participação de 12 mu l h e r e s e q u a t r o h o m e n s, q u e colaboraram com suas ideias e opiniões e fizeram o sucesso do programa. O “Saia Justa” vai ao ar toda quarta-feira, às 21h30, no GNT.
Conheça as novas “saias” do programa Jorge Bispo | GNT
Astrid Fontenelle “Não me acho a última bolacha do pacote. E não sou! Só sei que sei fazer televisão” Astrid Fontenelle é jornalista e apresentadora de TV. Já passou pela Rede Globo - produziu o “Festival dos Festivais”, onde apresentou o primeiro “Hollywood Rock” -, foi repórter na TV Gazeta e na Revista Imprensa e teve também passagens pela TV Manchete, MTV Brasil e TV Bandeirantes. Em 2007, estreou no GNT à frente da primeira temporada do primeiro programa ao vivo do GNT, o “Happy Hour” e, em 2011, voltou ao campo de reportagem com o programa "Chegadas e partidas", um reality show que se passa no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Jorge Bispo | GNT
Monica Martelli “Eu não tenho vergonha e medo de falar alguma coisa que estou pensando, que possa servir para aquele assunto” Mônica Martelli é atriz e autora de um dos maiores sucessos do teatro brasileiro: Os Homens são de Marte...e é pra lá que eu vou". Iniciou sua carreira no teatro trabalhando com diretores como Marcio Vianna e Hamilton Vaz Pereira. Na televisão iniciou com Chico Anysio no programa Chico Total. Ao longo desses anos fez várias peças de teatro e participações na televisão. Estrelou o seriado " Dilemas de Irene" no GNT . No cinema, fez O Gatão de Meia Idade, e Trair e coçar é só começar. Protagoniza Alucinados, com estreia prevista para 2013, fez uma participação no filme Minha mãe é uma peça e se prepara para rodar em 2013 o filme do seu espetáculo Os Homens são de Marte ...e é pra lá que eu vou! Em 2014. Jorge Bispo | GNT
Maria Ribeiro “Sou muito brava, meio furiosa com alguns assuntos. Tenho opinião sobre tudo, e gosto de provocar. Mas adoro que me convençam que estou errada” Formada em jornalismo pela PUC-Rio. Dirigiu o documentário "Domingos", sobre Domingos Oliveira, e o curta "Vinte e Cinco". Fez seis novelas, sendo duas na TV Globo e quatro na Record, além da série "Oscar Freire, 279", no Multishow. Escreve desde 2009 crônicas para a revista Tpm. Atuou em 15 peças de teatro, sendo dirigida por nomes como Fauzi Arap, Domingos Oliveira, Paulo Betti, Marcelo Rubens Paiva e Hamilton Vaz Pereira. No cinema, contabiliza 11 filmes, com destaque para "Tropa de Elite" 1 e 2. Atualmente está em processo de montagem de seu documentário sobre a última turnê da banda carioca Los Hermanos. Jorge Bispo | GNT
Barbara Gancia “Eu sou mais rústica, sou uma pessoa mais primária” Barbara Gancia, 55, é colunista da Folha de S. Paulo e da Bandnews FM. Começou no jornalismo em 1984 e já trabalhou para "O Estado de S. Paulo", "O Pasquim, Edição SP", "Vogue", “Revista RG”, "Around", "Status" e "Elle". Sua área é o comportamento humano e seu temperamento oscila entre o polêmico e o super explosivo. É filha do ex-piloto Piero Gancia, primeiro campeão brasileiro de automobilismo (em 1966), e de Lulla Gancia, uma das poucas mulheres a correr de automóvel nos anos 60.
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maquiagem é o primeiro passo para qualquer look. Para esta e d i ç ã o, e s t i v e m o s c o m a maquiadora Bárbara Erthal que nos deu dicas indispensáveis que podem ser usadas no dia a dia. Escolha sua maquiagem preferida e mãos a obra. Tônico: Como a oleosidade da pele dificulta a fixação da maquiagem, o ideal é começar passando em todo o rosto um tônico facial. De preferência aos produtos sem álcool.
Rímel: o rímel é indispensável em qualquer maquiagem. Alongam os cílios e ressaltam qualquer olhar. Utilize o curvex após o rímel para modelar os cílios.
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Baton: O segredo para o batom durar mais é colocar um pouco de base e pó nos lábios antes de passá-lo. Se desejar um efeito mais molhado ou se os lábios estiverem ressecados, passe um gloss depois do baton. Para um efeito de lábios mais carnudos, faça primeiramente o contorno dos lábios com um lápis labial, de pois passe o baton da mesma tonalidade e em seguinda aplique o gloss apenas no centro dos lábios.
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ESTAÇÃO MURY: SABOR, REQUINTE E MUITO BOM GOSTO
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os áureos tempos do início do século 20, o glamour do som dos trens a vapor ecoava pelas montanhas de nosso vale. Dentre tantas famílias que povoavam a região, hoje denominada Mury, a família Murith teve suma relevância na história deste belo distrito. Nessa época, os agricultores de Lumiar e região produziam verduras e legumes e comercializavam grande parte de sua produção em Niterói e São Gonçalo. No entanto, tinham que levar seus produtos até a estação de trem no centro da cidade, o que demandava en o r m e sa cri fí ci o e d esp esa a o s agricultores. Luiz Mury, comerciante local, possivelmente descendente dos c o l o n o s s u í ç o s M u r i t h , ve n d o a dificuldade dos agricultores da região, solicitou a Leopoldina Railway que construísse uma estação na localidade, doando inclusive o terreno para tal fim. Foi atendido, criando-se a estação “Plataforma Luiz Mury” em frente ao seu comércio, mas que ficou conhecida pela população como “Parada do Mury”, localizada na atual Av. Hamburgo. O ponto também virou referência para os
viajantes que ali faziam suas compras antes de chegar ao centro de Friburgo. Atualmente, está sendo construído um posto de saúde no lugar da antiga estação. Conhecido por sua gastronomia gour met, o bairro é dotado de restaurantes de alto padrão e requinte. Nesse cenário, nasce o mais novo espaço gastronômico da região, o Estação Mury. Construído sobre o antigo Country Clube Mury e a 200m da antiga estação de trem citada anteriormente. “O espaço ainda preserva o grande salão onde outrora ilustres personalidades se divertiam em festas inesquecíveis”, comenta Renato Polo, Gerente do Estação Mury e Galpão Gourmet. Uma culinária variada e ao mesmo tempo sofisticada atende a todos os gostos. Passando desde a gastronomia italiana como pizzas, massas, crepes, serve também deliciosos pratos de peixes como salmão e truta, carnes diversas, além da singular culinária japonesa. O restaurante conta com uma bela adega de vinhos c l i m a t i z a d a , u m a m b i e n t e mu i t o aconchegante, amplo estacionamento e um atendimento que fideliza até os consumidores mais exigentes. Vale a pena conhecer esse novo conceito!
com a colaboração de
Janaina Botelho Ivan Dias
Ivan Dias
Adega climatizada
Cozinha aberta: os clientes podem observar o preparo dos pratos
Acervo Pessoal
Na Próxima Edição
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Tânia Alves
la interepretou personagens inesquecíveis em clássicos como “Morte e Vida Severina”, “Mandacaru” e “Lampião e Maria Bonita”. Não por acaso, seu Spa, localizado na Estrada Friburgo-Teresópolis tem o nome da personagem interpretada por ela na minissérie de Aguinaldo Silva e Doc Comparato: “Maria Bonita”. Aproveitando o gancho do aniversário de Nova Friburgo, nossa capa na sexta edição será uma personalidade apaixonada pela cidade. Em entrevista exclusiva à Fribook, a atriz, cantora, empresária e mãe, Tânia Alves esbanja talento e beleza. Fala de suas personagens na TV e no cinema, dos planos para o futuro e relembra o melhor de sua carreira. E para comemorar os 195 anos de Nova Friburgo, a próxima edição traz também uma matéria especial que resgata a história desse lugar de belas paisagens e povo acolhedor. Gente guerreira que sonha, supera seus limites e as imposições que a vida traz. Gente que se fortalece, almeja sucesso e que traduz o melhor dessa história. Não perca! Essa é a sua Fribook, sempre conectando você ao que realmente interessa.