Presto Revista Fribook Número 6

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Ano I - Edição nº 6 - Maio/Junho 2013

www.revistafribook.com.br

MODA Maximalismo é a tendência da temporada. Confira em duas matérias especiais Pág. 08 e Pág. 32

SOLIDARIEDADE Casa dos Pobres S. Vicente de Paulo completa 80 anos Pág. 23

Parabéns

NOVA FRIBURGO

Distribuição gratuita. Venda proibida.

No aniversário da cidade conheça um pouco da sua história Pág. 26

Arte, cultura, saúde e beleza: dicas imperdíveis de

TÂNIA ALVES


Direção Médica: Dra. Solange Gonçalves Freitas


Nova Friburgo 195 Anos

Quando, em 1818, D. João VI autorizou a vinda de cerca de 100 famílias suíças para nossa região, com certeza imaginou que seria apenas o início da colonização de mais um pequeno pedaço de um país novo, de pouco mais de 300 anos, um Brasil de outrora que crescia belo, forte e cheio de esperança. Nesse pequeno vale cercado de belas montanhas e paisagens exuberantes nascia, então, a Nova Friburgo, nome que faz referência à região de onde vieram as primeiras famílias que aqui chegaram, oriundas do Cantão de Friburgo, Suíça. Mas o que talvez D. João VI não tenha imaginado ou previsto naquela época, é o quanto o povo que aqui se instalou cresceria em organização, em perseverança e, principalmente, em resiliência. A capacidade de se adaptar às adversidades, tornar isso tudo um marco no desenvolvimento da cidade e fazer crescer a sensibilidade do “olhar pra frente”, de enxergar um futuro melhor e, principalmente, de arregaçar as mangas e trabalhar muito para isso. Conhecidas vocações regionais como turismo, indústria de moda íntima, flores de corte, olericultura (área da horticultura que abrange a exploração de hortaliças), indústria de vestuário e metalúrgica, hoje, abrem espaço para uma Cultura forte e coesa, com artistas friburguenses que estão vencendo barreiras, “descendo a serra” para colher os frutos em escala nacional. Gente como Aimée Ubacker, Cacá Ottoni, Gabriel Bastos, Bernardo Dugin, Davi Lucas, Reginaldo Faria, Giovanni Bizzotto, Sergio Knust, Benito di Paula, Jorginho Abicalil, Julio Salusse, Marquinhos e Rafael Galhardo, Lygia Pape, Guignard e tantos outros friburguenses que, seja com seu talento ou o legado deixado, ajudam a engrandecer o nome da cidade. E que aos poucos estão conseguindo resgatar em cada um de nós um orgulho imenso ao dizer: “Sou Friburguense!”. Um amor irrefutável, indiscutível, intenso... talvez pela proximidade de Deus. Como sabiamente disse o jovem ator Bernardo Dugin, recentemente em seu Facebook, referindo-se aos 846 metros que separam Nova Friburgo da altura do mar: “Olho pra cima e a sensação é de que estou mais perto do céu e, consequentemente, mais perto de mim.” Sábias palavras, brilhantemente retratadas na foto do também friburguense Osmar de Castro... Parabéns, Nova Friburgo... parabéns cidadão friburguense!

Índice Anderson França 5 Atelier de Brinquedos 7 Misturar é o Máximo 8 Jack The Killer 11 3 Teresas 13 Tânia Alves 18 Casa dos Pobres 80 anos 23 Especial Nova Friburgo 26 Giovanni Bizzotto 28 Mais é o Máximo 32

EXPEDIENTE Direção de Arte e Diagramação: André Lima Direção Comercial: Daniel Viana (22) 2523-8387 | (22) 8167-1415 | (22) 8817-9193 | contato@revistafribook.com.br

Não é permitida a reprodução parcial ou total de textos ou matérias publicadas, exceto quando autorizada por PRESTO - Comunicação e Resultado ou seus representantes legais.

Jornalista Responsável: Bárbara Lima Os artigos não assinados foram produzidos pela equipe de jornalismo da revista. Os artigos assinados por colaboradores não refletem necessariamente a opinião da revista e seus editores.

Colaboradores: Rafael Bom, Brás, Flavia Zambrotti, Pablo Machado, Rodrigo Chermont, Renato Mattos, Marcello Pinguim, Carol Loureiro, Alexandre Cola e Chopperia Mais 1, Randerson Muzi, Mix Models Agency, Eduardo Bittencourt, Janaina Botelho, Adriano José, Valquiria Castro, Duda Emmerick, Osmar de Castro, Alex Vieira.

Os preços dos produtos relacionados na revista são de inteira responsabilidade das lojas.

Fotos da capa (Tânia Alves): Acervo Pessoal | Cão Sentado: Osmar de Castro

Tiragem: 5.000 exemplares. Distribuição gratuita.


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ANDERSON FRANÇA PREPARANDO

OS

MELHORES!

Durante os preparativos para a luta do dia 6 de julho, Fribook conversou com o mestre diretamente de Newark, Nova Jersey

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nderson França está trabalhando pesado com dois grandes nomes do UFC: o friburguense Edson Barboza Jr, o Juninho, e o americano Frankie Edgar. Está otimista e promete trazer ainda mais títulos para Nova Friburgo. Confira no “bate bola” exclusivo. FRIBOOK - Quais suas expectativas para a próxima luta do Edson Barboza? Como está sendo esse preparo para a luta contra o canadense John Makdessi, um lutador com o estilo parecido com o dele, que também possui um importante cartel de vitórias? ANDERSON - Minha expectativa é a melhor possível. Temos os melhores treinadores hoje, o Ricardo Almeida (Cachorrão) e o Marc (treinador de boxe) e alguns dos melhores atletas: Edson, Frankie, Marlon Moraes, Eddie Alvarez, Akira e outros. E seu manager, Alex Davis (um dos principais empresários do mundo na atualidade), que vem fazendo um excelente trabalho. Já iniciamos os treinamentos. John Makdessi é um lutador muito perigoso, temos que tomar cuidado mas acredito demais no Junior e com certeza sairá com a vitória.

Frankie virou minha família, um cara maravilhoso, humilde, que quer sempre ajudar, muito inteligente, aprende muito rápido. Virei seu fã. Ele voltará mais forte do que imaginam, voltará a brigar pelo cinturão. F R I B O O K - Fa l e u m p o u c o d o Mountain Fight, competição de Muay Thai recentemente realizada em Nova Friburgo, que você, de forma pioneira, trouxe para a nossa cidade. ANDERSON - O Mountain Fight foi m a r a v i l h o s o, s u p e r o u a s m i n h a s expectativas. Essa foi a segunda edição. Na primeira tivemos o Junior fazendo a luta principal e o Marlon Moraes fazendo o CoMain Event. Estou muito orgulhoso dos meus alunos, mostraram uma gar ra impressionante, conseguimos 100% de aproveitamento. Então foi perfeito. Para fechar com “chave de ouro”, tivemos uma das melhores lutas que vi esse ano de Muay Thai profissional. Mauricio Macedo

(campeão brasileiro) que vinha de knockdown no primeiro round, se recuperou ganhando o segundo e o terceiro, levando a luta para um round extra. Sendo o round decisivo, Mauricio partiu para cima, aplicando dois knockdown, sagrando-se campeão do Mountain Fight e assim conquistando o cinturão do seu adversário Diogo Pimenta (tetra campeao brasileiro, campeão do K1). Gostaria de agradecer ao Paulo Praga (marinha), a toda equipe médica e aos patrocinadores: Fermoplast, Frisoldas, Rei da Empada, Relojoaria e Perfumaria Real, Analulu, CCM, Estilo Livre, Free Combat, Nova Tv, Tv Zoom e a Fribook pelo apoio que tenho recebido. Espero assim conseguir revelar novos valores. Um abraço a todos. Amo a nossa cidade.

Bruno Dias (Clickpositivo)

FRIBOOK - No mesmo dia lutarão Anderson Silva (contra o americano Chris Weidman, no evento principal) e Frankie Edgar (novamente contra um brasileiro, Charles Oliveira). Com tantos brasileiros no card e você com dois importantes lutadores na disputa , como tem conseguido conciliar o tempo para treinar esses dois grandes nomes do UFC e como vê esse crescimento constante dos lutadores brasileiros na competição? ANDERSON - Na verdade treinar o Junior e o Frankie não está sendo difícil. Fazem parte da mesma equipe, o que facilitou bastante. Um ajuda o outro. Tenho meu horário para treinar cada um. O Edson já acompanho há vários anos e o conheço muito bem. Está evoluindo muito rápido, será campeão um dia... podem esperar. O

O Mestre Anderson França concentrado junto ao lutador Rafael Silva, antes de uma das lutas no Mountain Fight Championship

ANDERSON FRANÇA

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ATELIER DE BRINQUEDOS T I R E S E U D E S E N H O D O PA P E L !

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ocê cosegue imaginar um brinquedo feito a partir de um desenho infantil? Pois é exatamente isso que o Atelier de Brinquedos faz: transforma aquele desenho cheio de imaginação da criança em um boneco real, seguindo rigorosamente os detalhes do autor mirim. A ideia surgiu com uma reportagem sobre crianças que desenhavam seus brinquedos no Canadá. O sucesso por lá foi tanto que o Atelier de Brinquedos decidiu trazer a ideia para o Brasil. O resultado? Bonecos irresistíveis feitos com base nos desenhos mais divertidos que os pequenos fazem.

O “Cachorro Colorido” ganha vida nas mãos dos artesãos do Atelier de Brinquedos

“O Vampiro”, desenhado por Antonio Lima, 5 anos

É super simples: basta enviar uma foto do desenho escolhido por email acompanhado de informações como sexo e idade da criança. Em até duas semanas você recebe um orçamento personalizado com sugestões de materiais para confecção do brinquedo. Após aprovação do orçamento, você recebe o boneco em casa! Mais informações em www.atelierdebrinquedos.com.br contato@atelierdebrinquedos.com.br

“Guerreiro de Espada”, arte de Felipe Ribeiro, 8 anos

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Em tempos em que o Maximalismo se consagra como a tendência da vez, é difícil ficar de fora do clash de estampas e das boas misturas que uma apurada dose de faro fashion pode render. Na temporada do “mais é demais” o que vale é a ousadia na hora de escolher o look, ao unir numa mesma composição diferentes texturas, padronagens e estampas. Para quem deseja começar, a dica principal na hora de coordená-las é seguir a mesma paleta de cores. Vale abusar do P&B no look inteiro e deixar o destaque para complementos em cores vibrantes, como nos sapatos, por exemplo. Além dos acessórios em tamanho maxi, prefixo que acrescenta não só no quesito gramatical, mas que confere atitude às peças mais básicas. Se a pedida for tudo junto e misturado, melhor ainda! Texturas como paetês, plumas e pele mostram harmonia em um único visual. Se a ideia é sair de vez do óbvio, nada como uma overdose de propostas em contraste. Ouse ao combinar floral, camuflado e animal print. De um jeito harmônico e audacioso, em dia com as tendências, vale misturar e inovar tendo como base o próprio estilo. Tudo elevado ao máximo, assim como a temporada pede!

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Carlos Mafort

Vale quanto pesa... Jack T he Killer relembra o melhor do metal pesado dos anos 70 e 80 Jack The Killer: Zé Renato Daudt, Max Klein e Eloísio Michalski

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urioso ver como a vanguarda roqueira segue atemporal ainda hoje e promove essas interseções culturais entre tantas faixas etárias, possibilitando que pais e filhos, avôs e netos, tios e sobrinhos possam ouvir e curtir suas preferências musicais, interagindo de igual para igual. A influência de bandas como Queen, Van Halen, Deep Purple, Kiss e outras pérolas do rock atravessa gerações. Hoje, mais do que nunca, é comum presenciar várias gerações reunidas em um bom show de rock. Crianças (sim, crianças de 8, 9 anos já estão sintonizadas no mundo da música) que outrora se interessavam por piqueniques e passeios ao zoológico hoje querem saber a programação do próximo Rock In Rio ou se seus pais conseguirão uma folga no trabalho para uma viagem a São Paulo, para o próximo show do AC/DC. Nessa sinergia, surge o trio Jack The Killer, com o bom e velho Rock ‘n’ Roll, receita infalível que agrada a jovens de todas as idades. A banda é o resultado de muitos meses de ensaio e busca pela melhor sonoridade e técnica entre três apreciadores de estilos diferentes que desembocam na mesma paixão juvenil: o Heavy Metal. “Killer”, como é apelidado, traz na bagagem toda a experiência e influência do rock anos 70 de Max Klein, comandando as guitarras e vocais, acompanhado do não menos experiente e técnico Zé Renato Daudt nas baquetas e a fúria juvenil de Eloísio Michalski no baixo, dando liga ao Power trio com seu som pesado e presença de palco! Jack The Killer é presença indispensável em todos os eventos onde o bom e velho Heavy Metal seja bem vindo. Quer conhecer mais do som do trio? Acesse a página da banda no Facebook (www.facebook.com/bandajackthekiller) e curta clássicos como “The Ripper”, do Judas Priest, entre outros.

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Nova série de ficção retrata as dores e delícias do universo feminino contemporâneo

Jorge Bispo | GNT

As três Teresas da série: Teresinha (Claudia Mello) Teresa (Denise Fraga) e Tetê (Manoela Aliperti)

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rês mulheres, três gerações e um nome em comum: Teresa. A nova série de ficção do GNT, produzida pela BossaNovaFilms, retrata os conflitos e dilemas vividos por mãe, filha e neta a partir do momento em que passam a dividir o mesmo teto. Em uma casa modesta no bairro Bom Retiro, em São Paulo, Denise Fraga, Claudia Mello e Manoela Aliperti protagonizam um enredo que fala sobre a relação entre três gerações: adolescente, quarentona e sessentona, mostrando a maneira como cada uma enxerga a vida e os efeitos que suas atitudes provocam umas nas outras. Dirigida por Luiz Villaça, a comédia dramática conta com 13 episódios exibidos toda quarta-feira, às 22h30, no GNT. Primeira série de ficção da BossaNovaFilms, produzida por Denise Gomes e Edu Tibiriçá, “3 Teresas” pretende mostrar situações cotidianas muito peculiares, o que pode provocar no público uma identificação imediata. “A gente tem um panorama de assuntos do cotidiano, que acaba sendo uma crônica do que é a vida nas suas várias idades, nas suas várias etapas. É uma série que tem uma condição enorme de encantar porque fala da vida de uma forma

muito bem humorada, delicada, ao mesmo tempo muito emocional”, diz Villaça. “É uma comédia, mas não é óbvia. A série é complexa em muitos momentos. Ela é divertida, mas te obrigada a refletir”, completa Denise Gomes. A convivência entre as três, que vai permear toda a trama, tem início quando Teresa (Denise Fraga) resolve voltar para a casa da mãe, Teresinha (Claudia Mello), acompanhada de sua filha Tetê (Manoela Aliperti), após o fim do casamento de 16 anos com Ringo (Enrique Diaz). Teresa é uma vitrinista, que vive um momento de busca pela independência. “A separação aos 40 faz Teresa buscar o que fazer para ser feliz. Então ela se comporta mostrando esse desespero, uma contradição entre a felicidade que ela tenta demonstrar, mas que não é real naquele momento”, avalia Denise Fraga. Com a chegada da filha e da neta, Teresinha sente sua privacidade invadida e decide lutar bravamente para manter seu espaço. “Teresinha é a senhora dona da verdade, não mede seu comportamento e as consequências dele. É uma mulher mais debochada com a vida, mais descolada,

questionadora dos outros e de si mesma”, aponta Claudia Mello. Além de ter que lidar com a nova rotina, ela guarda em segredo as dívidas que sua casa acumula - o que muito a perturba. Já a jovem Tetê fica muito insatisfeita com a mudança e bate de frente com a mãe discordando de suas atitudes impulsivas. Em contrapartida, passa a ter mais proximidade com a avó neste novo lar. Esperta, sarcástica e afiada, ela ainda tem que lidar com os sentimentos por Lucas, seu quase namorado. “Além de ser uma adolescente como todas as outras, Tetê tem uma coisa única que a diferencia das demais. Ela é inteligente além da sua idade, sábia, irônica, confiante e determinada”, avisa Manoela Aliperti. Juntas, Teresa, Teresinha e Tetê vão driblar os obstáculos e seus próprios conflitos apoiando e enlouquecendo umas às outras. A série repleta de humor, sentimentos e deliciosos conflitos vai ao ar nas quartasfeiras de maio, junho e julho às 22h30, no GNT. Mais informações, fotos e vídeos em gnt.com.br/3teresas.

3 TERESAS

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Nova área para os exames de alta Situada no distrito de Conquista em Nova Friburgo desde o final de 2012, a nova área destinada a exames práticos de alta (ônibus, carretas, caminhões...) já está em pleno funcionamento. Essa novidade traz de volta a comodidade para os candidatos à habilitação de toda região serrana, que não necessitam mais descer a serra para realizar seus exames dessas categorias. Obtenha mais informações na secretaria da Autoescola Dinâmica.




Saudades...

com a colaboração de

Randerson Muzi Tsuney Okasaki

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ossa Coluna de Esportes procura, sempre que possível, falar de títulos conquistados por esportistas de nossa cidade, de notícias do Friburguense ou de boas novas no mundo esportivo. Interrompemos, infelizmente, todas as pautas que estavam em andamento (que vocês terão nas próximas edições de Fribook) para, em tom de pesar e respeito à família, prestarmos uma homenagem a um amigo e grande profissional que acaba de nos deixar. Marcus Vinicius, o Marquinhos Galhardo, menino habilidoso que já se destacava na época da Escolinha do Fajardo, no Nova Friburgo Country Clube e que, tempos depois, nos deu tanta alegria com o Friburguense na campanha da série B carioca em 2011 e na Série D nacional em 2012, nos deixou no último dia 23 de abril, em meio a muita saudade. Marquinhos

estava defendendo o Tombense, time da primeira divisão do futebol mineiro. Nova Friburgo perde não só um esportista, mas um exemplo de pessoa. Jogador habilidoso, exímio cobrador de falta, não fugia da responsabilidade dentro e fora de campo. Mesmo com sua pouca idade, era ídolo nas categorias de base do clube e nos campos de várzea de nossa cidade. Aliás, humildade sempre foi uma de suas mais marcantes características. Não fazia distinção entre o menino de rua ou o m a i s b e m s u c e d i d o. E m o c i o n a d o, Randerson Muzi, nosso correspondente esportivo, lembra a primeira entrevista que realizou. Foi justamente com Marquinhos Galhardo. Relembra os risos, sua admiração pelos companheiros de clube e, claro, sua marca registrada nas entrevistas: rasgar elogios ao seu irmão mais novo, Rafael Galhardo, lateral-direito que já passou pelo

Tsuney Okasaki

Esporte friburguense perde um de seus maiores nomes: Marquinhos Galhardo

Com Ziquinha e Jean Guerra (BR1 Sports), Marquinhos Galhardo excursionou com o time do Friburguense e voltou invicto do Japão

Flamengo e hoje defende as cores do Santos. A Revista Fribook, toda a sua equipe e seus colaboradores deixam aqui sua mensagem de carinho e respeito à toda a família e amigos de Marquinhos Galhardo e compartilha trecho da nota oficial do clube que defendera anos antes, o Friburguense Atlético Clube: “(...) um jovem de muito caráter, talento e querido por todos. Muita força à família e amigos, que Deus os conforte. Marquinhos fará parte da família tricolor eternamente e a imagem que guardaremos para sempre é esta: a alegria e o sorriso de um Friburguense de fato.”


Locca Faria

Acervo Pessoal

TâniaAlves

“Maria Bonita foi um divisor de águas na minha carreira de atriz ”





CONSÓRCIO É UMA ÓTIMA OPÇÃO DE INVESTIMENTO PARA O CONSUMIDOR QUE NÃO TEM PRESSA EM USUFRUIR DO BEM

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onsórcio é o sistema de compra onde o cliente adquire um produto mas não o leva de imediato. Ele passa a possuir uma cota e a fazer parte de um grupo. Nesse sistema pode-se comprar de casas e carros a festas de casamento. O consumidor compra uma cota de serviço em um determinado valor que ele entende que seja razoável para aquele serviço que ele vai utilizar. Todos os meses o preço do produto é dividido pelo numero de participantes e é feito um sorteio. O contemplado leva o bem e continua pagando. Também é possível adiantar algumas prestações e fazer uma oferta maior. É o chamado lance. Quem oferecer mais também leva. Uma das vantagens do consórcio é que o cotista não paga juros, como os embutidos em um financiamento. Na mensalidade ele paga apenas as taxas de administração e de seguro. Consumidores e investidores acham consórcio um ótimo negócio. O custo é bem mais baixo se comparado a outros meios de financiamento, que não são subsidiados. É como uma poupança disciplinar. Após a contemplação, o consorciado tem a liberdade de escolher a data em que deseja retirar o bem, ficando o crédito aplicado em fundo de mercado com bons rendimentos. Para evitar surpresas e desconfortos, antes de assinar o contrato com a administradora do consórcio, o ideal é fazer uma boa pesquisa sobre a empresa a ser contratada. Fica a dica. Bons negócios! PRESTO | FRIBOOK

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Casa Pobres dos

Com a ajuda de voluntários, a Casa dos Pobres oferece alimentação...

A caridade é um dom de Deus absolutamente gratuito, irrompe na nossa vida, na nossa própria alma, como sinal da presença Dele em nós e das suas expectativas a nosso respeito.

S. Vicente de Paulo

80 Anos

e tratamentos de saúde a idosos e deficientes físicos em Nova Friburgo

Instituição que atende idosos e deficientes completa 80 anos em maio

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envelhecimento populacional é uma conquista da humanidade, mas apresenta desafios a serem enfrentados pela sociedade e os formuladores de políticas públicas. Espera-se, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), que até 2025 o Brasil seja a 6ª população mais idosa do mundo. Longevidade, porém, não é sinônimo de envelhecimento saudável. Com o aumento da expectativa de vida, a proporção de anos de vida com desvantagens socioeconômicas, com doenças crônico-degenerativas e incapacidades também aumenta. A escassez de alternativas para as famílias manterem seus idosos em casa e a questão da ausência de referência familiar tem impulsionado a demanda por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). A análise dessa demanda revela que a velhice aliada a limitações funcionais e financeiras é um quadro delicado. As moradias são precárias, os familiares necessitam trabalhar, mas

não tem com quem deixar o idoso, e não conseguem atender a suas n e c e s s i d a d e s d e a l i m e n t a ç ã o, medicamentos e demais cuidados. Os encarg os sociais, financeiros e subjetivos são insustentáveis. Quando inevitável, para que se tor ne uma alter nativa que proporcione dignidade e qualidade de vida, a Casa dos Pobres São Vicente de Paulo encontra-se num processo de romper com a imagem histórica de segregação e se tornar uma saída, uma opção na vida dos idosos e pessoas com deficiências físicas. Ao longo destes 80 anos voltados para o atendimento dos idosos mais pobres, dos deficientes abandonados e esquecidos, as Irmãs, Filhas da Caridade não abdicaram, nem por um instante, do seu carisma maior, sua missão: atender aos mais necessitados. Aqueles que ficaram à margem da sociedade ou esquecidos por ela. Ao acolher as pessoas com deficiência, a Casa dos Pobres São Vicente de Paulo não pode ser vista

como um lugar de discriminação e controle. Na verdade, a Instituição representa a viabilização de se potencializar as aptidões e capacidades individuais, além de garantir que não sofram qualquer tipo de privação ou necessidade específica. A Instituição busca suprir suas necessidades básicas de alimentação, alojamento e saúde. E, para além do atendimento das necessidades básicas, busca inseri-los em oficinas de arte e escola, objetivando o desenvolvimento de potencialidades e valorização dos saberes e sentimentos individuais. E, para tanto, há a presença de uma equipe t é c n i c a c o m p o s t a p o r m é d i c o, fisioterapeuta, psicóloga, assistente social e outros que buscam, no dia-adia, dar todo o suporte profissional para a habilitação, visando um grau maior de independência e, para aqueles que apresentam um quadro de deficiência severa, profunda, o respeito e a dignidade inerentes a todo ser humano. Seja um doador e ajude a perpetuar esse trabalho tão relevante. Ligue para (22) 2522-1338 e saiba como colaborar.


MIC 2013

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Os Resultados da

BR 1 Sports leva craques brasileiros ao torneio de categorias de base mais importante da Europa. Evento revelou nomes como Messi e Neymar, entre outros.

QUALIDADE DE VIDA

NR FORMATURAS Tsuney Okasaki e Jean Guerra na sede do Roda JC, atual campeão holandês

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ntre os dias 26 e 31 de Marco de 2013 aconteceu na Espanha a MIC 2013 (Mediterranean International Cup), o maior torneio de categorias de base do mundo. Entre os participantes estavam times e seleções tradicionais, tais como: Barcelona, Real Madrid, Borussia, Espanyol, Seleção Brasileira, Aspire, dentre outras. A BR1 Sports, empresa Friburguense, esteve presente no evento representada pela equipe do Salvador FC, terceira força do futebol baiano nas categorias de base. O time levou à MIC 2013 três categorias, sub 13, sub 15 e sub 19. Os resultados foram bastante expressivos. Na categoria Sub 13 conquistou um terceiro lugar, na sub 15 terminou entre os oito melhores times da competição e na Sub 19 conquistou o quinto lugar. A categoria Sub 19, que teve a participação de atletas da BR1 Sports, foi muito disputada e o time de Salvador terminou invicto, perdendo apenas nas cobranças de pênaltis nas quartas de final.

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O time de Salvador aproveitou o período na Europa e fez uma série de amistosos após o torneio na Espanha. Jogou na Alemanha, Holanda e Bélgica e conquistou vitórias importantes. No último amistoso na Holanda, venceu o atual campeão holandês (Roda JC) por 3 a 2. Jean Guerra e Tsuney Okasaki, sócios da BR1 Sports, estão negociando a transferência de alguns atletas para a Europa na próxima janela de transferência que se inicia em Julho. Um de seus atletas, Yan Moraes já tem como certa a transferência para o futebol espanhol no fim do ano. A BR1 Sports inicia a partir de agora os preparativos para o torneio de julho que será disputado na Dinamarca e envolverá times tradicionais da Europa e Brasil. Como parte do processo de preparação para o torneio, a BR1 Sports iniciou, desde abril de 2013, o processo seletivo de atletas que poderão participar do torneio. É uma boa dica para os atletas de Friburgo que necessitam de oportunidades para mostrar o seu talento!

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195 anos de história... ou seriam 193? Confira na instigante história da

E

m comemoração ao aniversário de Nova Friburgo, Fribook resgata fatos curiosos relacionados à colonização da cidade. Relembre (ou descubra!) um pouco da nossa história. Nova Friburgo é uma cidade que surgiu da iniciativa do empreendedor Gachet em oferecer à Coroa Portuguesa, recém instalada no Brasil, colonos suíços para promover o povoamento da nação. Era ainda incipiente a política de incentivo à imigração ao Brasil. Vários motivos teriam levado D. João VI a aceitar a proposta de Gachet: a pressão britânica pelo fim da escravidão, o desprezo pela mão de obra do matuto nacional, o b r a n q u e a m e n t o d a p o p u l a ç ã o, a necessidade de produção de alimentos para a Corte e o exemplo da América do Norte que abria suas portas à imigração. Surge então Nova Friburgo. Fundada oficialmente em janeiro de 1820, tirando de Cantagalo as terras e de um cantão da

Suíça, Fribourg, o nome. Era uma alternativa aos latifúndios e à escravidão. E foi constituída uma colônia de homens livres; livres, mas no cativeiro do Núcleo Colonial que os obrigava a cultivar em glebas determinadas e a possuir um “passaporte” para se deslocarem. A Coroa Portuguesa, desejosa de correr atrás do tempo perdido, introduz o branco na sociedade de cara negra, já que a emigração de portugueses fora muito inferior a dos africanos, sendo estimada a entrada de três milhões e meio de escravos até a abolição do tráfico. O sangue branco iria dar uma nova feição ao Brasil, fenômeno que se denominou de “branqueamento da população”. Os suíços eram notoriamente conhecidos como bons militares pelo seu caráter disciplinado. Historicamente sempre serviram como milicianos em guerras pela Europa. Devido a esse fato, provavelmente D. João VI tenha se

encantado com a proposta de Gachet em trazer colonos suíços, já que poderia u t i l i z á - l o s c o m o f o r ç a m i l i t a r. Poderíamos, inclusive, supor que a mentalidade atrasada e medieval da Coroa Portuguesa imaginava-se dando feudos aos colonos suíços em troca da fidelidade de cavalaria, fornecendo-lhe militares. O que seria um paradoxo pois, na prática, transformaram os suíços em servos, já que foram obrigados a trabalhar em dias da semana nas obras públicas da vila, sob pena de pesadas multas. Outra questão nessa transição, era como fazendeiros da recém-criada Cantagalo receberiam os colonos suíços. A região já era habitada por sesmeiros, beneficiários de sesmarias (latifúndios) que desde os últimos 25 anos do século XVIII, vinham recebendo propriedades da Coroa Portuguesa. Por um lado, o estabelecimento do núcleo colonial dos suíços os beneficiou, pois transformou a região dos que tinham propriedades

Foto pág. 26: Década de 40 do século XX. Vista aérea do Colégio Ribeiro de Almeida, hoje IENF - Instituto de Educação de Nova Friburgo, projetado pelo arquiteto Heitor de Mello e que foi inaugurado em 21 de abril de 1933.


diferente nesse momento. Mas eis que o idealizador do núcleo colonial, D. João VI, por circunstâncias alheias à sua vontade, tem que deixar o Brasil um ano depois de instalada a colônia de suíços. Nesse primeiro momento, os suíços se encontraram órfãos, mas D. Pedro I dá continuidade à obra do pai e encontra em José Bonifácio, ferrenho crítico dos latifúndios improdutivos e da escravidão, um aliado. Libertando os suíços do cativeiro das terras inférteis no perímetro colonial, D. Pedro I deu-lhes terras em Macaé de Cima, mais férteis à agricultura. Soltos os grilhões, a debandada foi geral e os colonos suíços se dirigem igualmente para as terras mais produtivas de Cantagalo, o que torna essa região, na realidade, a verdadeira tributária do título de “suíça brasileira”. Já brotava em Cantagalo os primeiros ramos de café com indício de riqueza que o ouro verde proporcionaria à região. A morada do “Mão de Luva” logo se transformaria na magna Cantagalo, berço dos barões do café fluminense.

urgo

a cidade

por Janaína Botelho fotografias do acervo de Osmar de Castro

próximas a Nova Friburgo, em vila. Esse status somente era concedido a regiões bem desenvolvidas que justificassem economicamente se transformarem em vila, o que, na época, não era o caso dessa região. Por outro lado, a política de assentamento de colonos não era bem vista pelos fazendeiros, por representar uma ameaça ao trabalho escravo. Em Nova Friburgo não deve ter sido diferente. D. João VI não desejaria se indispor com a classe proprietária e mormente com o negócio do tráfico de escravos. Afinal, reza a lenda que foi de um traficante de escravos que ele recebeu a bela residência na Quinta da Boa Vista para se instalar. Por esse motivo, talvez o seu isolamento na serra tivesse o intuito de não atrair a crítica e a ira dessa classe proprietária, mas não tão distante da Corte de forma que o progresso da colônia pudesse ser acompanhado pela Coroa. Era vontade de D. João VI que o Núcleo Colonial dos suíços fosse autossuficiente e tivesse um médico, um

http://acervonovafriburgo.blogspot.com.br

clérigo, um boticário, um veterinário, marceneiros, carpinteiros e oleiros para que não necessitassem recorrer às zonas fora do perímetro da colônia. Não se sabe ao certo o porquê de tal isolamento. A experiência do trabalho livre talvez incomodasse a classe dominante de senhores de escravos. Esse isolamento na região serrana, onde estavam cercados por cadeias de montanhas, parecia preocupar mais pela salubridade do clima para os suíços do que pela fertilidade da terra. E por que assentar os colonos em terras tão inférteis? Por que comprar quatro sesmarias quando as terras devolutas (abandonadas) propagavam na região? Ora, quem não tem um parente ou amigo nessas horas para indicar um bom negócio? Monsenhor Miranda tinha o seu colega eclesiástico e assim o fez, comprando-lhe as terras. O espírito privado sobre o público sempre prevaleceu na história do Brasil e não seria

Mas Nova Friburgo triunfa. Suas freguesias, com terras mais férteis, prosperam. Lugar de passagem das tropas de mulas que transportavam o café, os tropeiros beneficiam o seu comércio que ali pernoitavam. Mas o que daria à vila Nova Friburgo verdadeira prosperidade seria o seu clima salubre, indicado pelos médicos especialistas como um remédio natural para a cura da tuberculose, a peste branca, que tanto ceifou vidas no século XIX. E Nova Friburgo vira um lugar de peregrinação daqueles que buscavam a cura dos pulmões. Não foram poucos os ricos proprietários que em busca da cura da tuberculose terminam por se instalar definitivamente na vila. Isso lhe traz desenvolvimento e prestígio político. E sua instigante história continua, matizada por outros imigrantes como os alemães, italianos e árabes, que se somando ao sangue português e africano, construíram uma história que hoje faz 193 anos (segundo site oficial da Prefeitura da Cidade, 195 anos desde a autorização cedida por D. João VI aos colonos suíços para a colonização dessa área, em 1818. Ainda segundo o site, somente em 3 de janeiro de 1820, considerando o progresso da colônia, o governo concedia a Nova Friburgo predicamento de “Vila”). Parabéns à nossa querida Nova Friburgo!

Foto pág. 27: extinto “Theatro Leal” na Rua General Câmara, atual Rua Augusto Spinelli, que em 29 de janeiro de 1915, o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos fez a sua estreia mundial.

NOVA FRIBURGO

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GIOVANNI BIZZOTTO

M ú s i c o , c o m p o s i t o r, p r o d u t o r e a r r a n j a d o r, o s u b s e c r e t á r i o d e c u l t u r a d e Nova Friburgo conversou com a Fribook

FRIBOOK - Você esteve ao lado de Marina Lima em algumas composições que ganharam o público nacional e internacional. Fale-nos um pouco de como se deu essa relação. GIOVANNI - Em 1993 eu dava aula no Centro Musical Antônio Adolfo, no Rio. E a Marina foi lá interessada em ter aula de violão. Não que ela precisasse, ela já tocava violão muito bem. Achei isso muito interessante. Ela já era famosa, bem sucedida, mas queria se aprimorar. O Antônio me conhecia bem e, sabendo que eu tinha uma linha mais pop, me indicou para suas aulas. Tive que montar um método todo diferenciado para ela, evidentemente, e comecei a criar alguns exercícios. Passados uns dois meses, passei uma sequência harmônica de dezesseis acordes para que ela treinasse harmonia. Ela olhou para mim e disse: “Você vai me dar isso? Isso é bonito demais”. Disse que era apenas um exercício e que ela ficasse à vontade para criar o que quisesse. Daí, nasceu “O Chamado”, que faz parte do disco homônimo e que foi um

álbum de grande sucesso, inclusive foi exportado para vários países. O mesmo aconteceu em outra música também desse disco, “It's not enough”. Ela inverteu a sequência do exercício e criou outra música. Esse é um disco muito bom, acessível e que toca até hoje. Dois discos depois, ela lançou “Abrigo”. Todo feito com músicas que não eram de sua autoria, onde ela se “abrigava” como intérprete na obra de outros compositores. Eram “pilhas” de fitas cassete chegando com músicas para ela. Ouvi várias com ela, algumas muito boas e outras muito ruins. No meio delas estava uma do Moska, ainda Paulinho Moska , “Admito que Perdi”, que ela acabou gravando e fez uma ótima releitura. Fez também uma versão linda de “Samba do Avião” do Tom Jobim com uma cara muito diferente e muito legal. Nessa ocasião, eu havia composto uma música e achava que tinha tudo a ver com ela, chamada “Liberou Geral”. Mixei o áudio regulando a altura do microfone entre o violão e minha voz, gravei e fiquei com a fita cassete para mostrar a ela. Mas fiquei naquela “mostro, não mostro”. Um dia resolvi mostrar. Ela olhou para mim e disse: “Agora? Eu já fechei o disco. Por que não trouxe antes?”. Fiquei mal. Mas ela me ligava dizendo que a música era muito boa e ficava me indagando o porquê de não ter mostrado antes. Chegou a falar que uma vez mostrou a música para ninguém menos que João Bosco e que ele disse para ela gravar, mas insistia em dizer que não tinha mais jeito... que já tinha fechado o disco e tal. Um dia ela me liga e diz: “Tenho uma notícia boa para te dar. Vou gravar 'Liberou Geral' e tem mais... quero que você cante e toque comigo”. Achei que fosse brincadeira dela... Comecei a gritar no telefone de euforia. Enfim, a música foi para o disco, ficou muito legal e fez muito sucesso. Muito bom... (risos) FRIBOOK - Você a acompanhou no palco como violonista em algumas turnês. Como foi essa experiência? GIOVANNI - Eu dividia o palco com grandes músicos: Gustavo Corsi, William

Magalhães, entre outros e foi muito interessante. Com isso, a nossa relação acabou mudando. Eu era professor dela, parceiro e de repente passei a ser seu músico. O tratamento começou a ficar diferente e tinha que ser. Ela era muito exigente e eu repartia o espaço com outros músicos nos palcos. Ela me tratava muito bem, mas de forma equivalente aos outros músicos. Perdemos um pouco a intimidade, mas continuamos amigos. FRIBOOK - Além da Marina, você participou de um projeto ligado à Rita Lee. Como foi esse trabalho? GIOVANNI - Esse projeto nasceu do produtor Guti Carvalho, que havia feito um disco chamado “Elas Cantam Caetano”, gravado por cantoras com alguma relevância na cena carioca naquele momento. E que deu muito certo. Daí, ele resolveu produzir o “Eles Cantam Rita Lee”. Foi uma produção muito legal também. Tinha o Toni Platão, o Felipe Abreu, irmão da Fernanda Abreu que tinha uma voz muito legal e cantava muito bem também. Fui convidado para gravar uma música dela. Recebi o set list, mas escolhi uma música que não estava nele, “Lança Perfume”. E fiz uma versão bem diferente, com uma onda meio percussiva no violão, que já é o meu jeito de tocar. Ele curtiu muito e gravamos no disco. FRIBOOK - Você produziu e dirigiu um espetáculo da Claudette Soares, com participação de grandes nomes da música nacional. Como foi enfrentar esse desafio? GIOVANNI - Tive uma banda de sons autorais, chamada “Sindicato do Golpe”, que inclusive o Serginho Knust, friburguense, na época guitarrista do Yahoo, chegou a tocar. Eu tinha um grande amigo que fazia tudo pela banda, adorava a gente e ia produzir uma homenagem à Claudette no Mistura Fina, no Rio. Ele me pediu, ou melhor, intimou a produzir o espetáculo. Não aceitei a princípio, mas acabei cedendo.


Foi uma experiência incrível. Era uma constelação de pessoas: Fabio Junior, Fafá de Belém, Roberto Menescal, Lucinha Lins, Elymar Santos, Jorge Benjor, Paulinho da Viola, entre outros. Não sabia o que ia enfrentar mas, como sempre, me preparei fazendo o dever de casa. Quando os caras cheg avam, já estava tudo ensaiado, arranjado, com o som passado... eu já tinha acordado com a Claudette que faríamos o que o convidado quisesse, deixando-os bem à vontade. Apesar de ter muita gente, de diferentes estilos, foi muito tranquilo. Depois do evento, passei nove meses mixando. Eu e o técnico. Deu muito trabalho. O disco se chama “Como É Grande O Meu Amor Por Vocês” , foi lançado pela Som Livre e foi meu diploma de arranjador e produtor (risos).

não iriam usá-la no disco. Veja que a música se chamava “De Sá”, assim como o disco. E não inseriram a música mesmo. Isso foi realmente impressionante. Ainda não entendo porquê não gravaram a música. Uma pena...

“Sandra de salvadora da pátria de sacrifício, de sacanagem Sandra de saco cheio da máfia Sandra de saudade, de sacana de salva-vidas, de sarrafo” Trecho da música “De Sá” Acervo Pessoal

Acervo Pessoal

Com Sandra, recém batizada “de Sá”

Com Claudette Soares e Fafá de Belém

FRIBOOK - Você teve uma passagem com a Sandra de Sá também. Conte um pouco dessa história. GIOVANNI - O diretor da Warner Chappel na época (editora onde minhas canções estão editadas), Antônio Amorim, havia me pedido uma canção para a Sandra de Sá, que tinha acabado de modificar seu nome - de Sandra Sá para Sandra de Sá. Eu, coincidentemente, tinha feito uma música para ela chamada “De Sá”, onde todos os versos começavam com “De Sá”, mas que ainda estava incompleta. Terminei a música, gravamos e o produtor do disco, Guto Graça Mello, pegou a fita e a levou embora. Um dia, estava em casa e toca o telefone. Atendi e era a Sandra. Fiquei abismado! Ela disse que tinha adorado a música e me perguntou se eu era apenas um fã ou se eu acompanhava a vida dela assiduamente. “Como é que você fez essa letra?” - ela perguntou. Ela estava radiante, porque todos os versos batiam com a vida dela. Ela ia lendo a letra e contando a relação com sua vida. Até hoje, não sei como isso aconteceu... Depois disso, passei a dar aula de violão para ela. Um dia ela chegou dizendo que tinha uma notícia ruim para me dar. Os caras acharam a música muito pop e

FRIBOOK - Você tem uma produtora em parceria com o, também, cantor e compositor Claudio Nucci. Que trabalhos surgiram dessa parceria e o que podemos esperar para o futuro? GIOVANNI - O Claudio vem de uma formação diferente da minha. Ele possui uma forma única de compor e uma enorme quantidade e qualidade de parceiros. Por isso, acho que o que acontece em nossas produções, é que há uma interseção que traz um resultado muito legal. A gente se entende muito bem. Produzimos um disco com cinco músicas do Felipe Cerquize, chamado “Minas Real”. O Claudio gravou algumas faixas de violão e fiquei impressionado com a qualidade. Era uma melhor que outra. Com solos, inclusive com sons de guitarra. Muito bom! E ele é impressionante... Foi ele quem fez o projeto do estúdio. Baixou o programa de criação, estudou aquilo, montou o projeto e fez um trabalho sensacional. Fizemos uma produção de um grupo vocal chamado “Cantus Quatro” que ficou muito boa. Foram quatro meses de mixagem, mas obtivemos um resultado muito legal. Produzimos também um trabalho do Claudio chamado Noel, Nelson & Nucci. Uma homenagem a Noel Rosa, Nelson Cavaquinho e canções que compôs especialmente para esse disco. Aliás, o Claudio dispensa comentários. FRIBOOK - Atualmente há diversas possibilidades de se obter sustento e

qualidade de vida através da música. Como vê esse mercado hoje? GIOVANNI - Converso muito sobre isso c o m m e u f i l h o. E x i s t e m d i ve r s a s possibilidades de ser bem sucedido na música. Ou em algo que derive dela. Basta focar um objetivo e principalmente, conhecer o seu talento. Observar a facilidade que se tem para exercer determinada atividade. E a sua vocação, ou seja, ter a paciência necessária para se dedicar ao exercício diário para um aperfeiçoamento do que se faz. Além disso, há a questão de se ter sucesso em sua profissão que ficou muito mitificado em nossa cultura. Sucesso não é ficar rico e famoso e sim, ser feliz com o que você faz. Tem muito engenheiro vendendo sanduíche, médico abrindo loja de conveniência. Vi muitos amigos terminarem a faculdade, entregarem o canudo para o pai e seguirem outro caminho, onde foram muito mais felizes. Muitas vezes, o sonho da faculdade de medicina, de direito, de engenharia, é do pai e não dele. E é legal isso, porque o Christian, meu filho mais velho, está com 26 anos e é músico formando na Unirio. Participou como pianista da montagem brasileira da peça americana “Alô Dolly!” do Miguel Falabella e da Marília Pêra e está inserido no meio musical, tocando com vários músicos, de vários estilos. E minha filha, Fernanda, com 16, apesar de ter muita musicalidade e de tocar teclado bem, quer se formar em química. Nada a ver com música... (risos) FRIBOOK - Você hoje faz parte da Secretaria de Cultura de nossa cidade como subsecretário. Como está sendo esse momento e o que espera daqui para frente? GIOVANNI - Fui convidado pelo prefeito Rogério Cabral para exercer essa honrosa função, ao qual sempre serei grato. Ao mesmo tempo, gostaria de destacar a enorme surpresa positiva que está sendo trabalhar com o secretário Roberto Wermelinger. Pessoa extremamente capaz e sensível às coisas da cultura. Fiquei muito tempo fora, quase 20 anos. Quando eu estava aqui, havia um trabalho das bandas locais todo autoral e uma efervescência cultural muito grande. É o que estou tentando trazer de volta, a autoralidade. Quando retornei para Friburgo, me assustei. Não havia mais isso. Eu achava que esse movimento tivesse progredido. Essa transformação ocorreu, não por culpa das pessoas, mas por falta de espaço. O cover era o melhor que elas podiam fazer dentro do espaço que havia. Senti a falta de alguém


olhando para isso como um todo, em uma interlocução efetiva com o poder público. Não se pode haver uma ação social dissociada do poder público. Além disso, temos muito o que fazer. Hoje, por exemplo, precisamos recuperar os equipamentos da Cultura no Pró-memória, na Biblioteca, no Teatro Municipal, na Praça das Colônias, na Oficina Escola... todos estão com problema. Haverá também uma Conferência de Cultura no meio do ano, que será um momento de debate aberto com a sociedade do meio artístico e cultural, onde as pessoas vão se expressar na perspectiva de construir um Plano Municipal de Cultura. Um documento muito importante que vai ser tocado pelo Secretário de Cultura, pela Prefeitura, em quatro eixos concernentes à cultura. Em cada eixo se extraem os tópicos e, na plenária final, esses eixos vão definir o Plano Municipal de Cultura. Essa vai ser a terceira conferência. Além dessas ações, temos visto também outras que estão acontecendo em outros municípios do Estado do Rio e que podem ser aplicadas aqui em Friburgo. Há também parcerias com a iniciativa privada que já estão acontecendo. Estou muito animado e espero poder ver evolução cultural na cidade e na região. Acho que podemos esperar muita coisa legal ainda para esse ano.

Alguns dos trabalhos realizados por Giovanni Bizzotto: “Noel, Nelson & Nucci”, do seu parceiro e sócio Claudio Nucci em sua produtora Dois por 2, “O Chamado”, de Marina Lima, como compositor e “Como É Grande O Meu Amor Por Vocês”, de Claudette Soares, como Diretor Musical

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Na Próxima Edição

Tico Santa Cruz

P

A próxima edição, uma publicação comemorativa, festeja 1 ano de sucesso da Revista Fribook. Nesses 12 meses, leitores se tornaram verdadeiros fãs, parceiros e entrevistados se tornaram verdadeiros amigos e os amigos de sempre estão cada vez mais próximos da revista, seja com colaborações, sugestões ou simplesmente comentando a revista nas rodas de conversa do dia-a-dia. A todos vocês, o nosso muito obrigado! Perceber que a revista, de alguma maneira, está ajudando o cidadão friburguense a resgatar o sentimento de orgulho e admiração por nossa terra nos motiva a cada dia, tornando esse, um prazeroso trabalho. Portanto, espere sempre mais de Fribook. Mais matérias relevantes, mais cidadania, mais informação e, principalmente, mais boas novas. Assim esperamos que sejam os próximos 12 meses. Até lá...

Acervo Pessoal

repare-se... a próxima edição de Fribook está muito, muito pesada! Tico Santa Cruz (Detonautas) esteve em Nova Friburgo e conversou com a galera da Fribook. Após a participação mais que especial no Show em comemoração dos 5 anos da banda friburguense Os Bartira, na Chopperia Mais 1, Tico abriu o jogo! Falou sobre o início de carreira, sobre Rock Brasil, sobre as novas composições do Detonautas (que já estão sendo lançadas na web), suas expectativas sobre o futuro, Rock In Rio e muito mais!

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