Ebook a escala da excelência

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E-book

Escala da ExcelĂŞncia

Andrea Fiuza


Sumário O Conceito de Excelência .......................................................................................................... 4 Referenciais Humanos ............................................................................................................... 6 Pensando a excelência na sua existência ..................................................................... 7 Comportamentos funcionais .................................................................................................. 9 Pessoas são regidas por suas emoções ........................................................................... 10 Competências ................................................................................................................................ 15 A Neura da Performance ......................................................................................................... 16 Foco no essencial ......................................................................................................................... 19 Como você se sente? .................................................................................................................. 22

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O Conceito de Excelência

Excelência é uma palavra muito empregada nas últimas décadas, principalmente relacionada ao mundo profissional e especialmente o corporativo. Faz parte das declarações de missão e visão de diversas empresas e permeia o imaginário subjetivo das pessoas ambiciosas. Podemos abordar essa simples palavra de diversos modos, mas quero me ater a raiz etimológica, simplesmente porque acredito que as coisas são o que são e continuarão sendo quando a perfumaria se evaporar. A palavra excelência, segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, vem do latim excellentĭae, que significa "grandeza, elevação, excelência, superioridade", de excellĕre, que quer dizer "elevar, erguer, levantar ao alto, elevar-se acima de, ser superior, sobrepujar". Até aqui temos uma compreensão simplista do que hoje entendemos por excelência, que poderia ser sintetizado em “fazer o seu melhor para superar a todos os demais”, que exprime uma abordagem voltada para o exterior, o seu esforço pessoal para conquistar o mundo. Gosto de abrir conceitos para expandir as possiblidades, e pesquisando as origens arcaicas para a palavra excelência encontro a palavra grega aretê, que expressa o conceito grego de excelência, ligado à noção de cumprimento do propósito ou da função a que o indivíduo se destina. Perfeição ou virtude de uma pessoa. A aretê é identificada com aquilo que permite uma pessoa viver bem ou de modo bem-sucedido. Segundo Sócrates, a virtude é fazer aquilo que a que cada um se destina. Aquilo que no plano objetivo é a realização da própria essência e no plano subjetivo coincide com a própria felicidade. De acordo com Aristóteles, as várias virtudes consistem em saber como alcançar um meio-termo entre vícios opostos do excesso do defeito. Ainda no sentido grego, a virtude coincide

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com a realização da própria essência, e, portanto, a noção se estende a todos os seres vivos. O pensamento grego também abriu caminho para o ideal cristão segundo o qual o desenvolvimento pleno do aretê nos seres humanos consiste numa vida autossuficiente feita de contemplação e sabedoria. E a partir dessas duas visões complementares podemos editar nossa síntese do que é a excelência definindo como “fazer o seu melhor para tornar-se ótimo em suas funções e moralmente ético a fim de elevar-se e inspirar a todos os demais”, isso é um propósito mais desejável, principalmente para as pessoas que anseiam deixar um legado e ter seu lugar na história. E você é desse tipo de pessoas?

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Referenciais Humanos

Bom, já que conhecemos o significado de excelência podemos começar a falar da escala de excelência, que presume que haja uma graduação. Mas o que é a graduação para você? Vejamos, se você veio de uma escola que a média para passar era cinco (5), seus referencias de estar bem é estar acima de cinco. Já se a média no seu colégio era 7, você se baliza nesse número para começar a se sentir confortável. Aqui cabe um adendo, pois média é apenas uma forma de falar, uma licença poética, por assim dizer, já que no campo da matemática e estatística, a mediana de 10 pontos sempre será 5. Enfim, que quero dizer com referenciais humanos tem a ver com a cosmovisão que você adotou, ou seja, a forma como foi educado a perceber o mundo. Desta forma são derivadas as suas avaliações e interpretações objetivas e subjetivas sobre o que acontece ao seu redor, inclusive naquilo que você tem participação direta ou indireta. Uma cosmovisão é uma "estrutura interpretativa", uma espécie de par de lentes por meio das quais vemos todas as coisas. A cosmovisão se refere a qualquer conjunto de ideias, crenças ou valores que forneçam uma estrutura ou mapa para ajudar você a compreender Deus, o mundo, e seu relacionamento com Deus e com o mundo. Especificamente, uma cosmovisão contém uma determinada perspectiva relacionada com pelo menos cada uma das seguintes dez disciplinas: Teologia, Filosofia, Ética, Biologia, Psicologia, Sociologia, Direito, Política, Economia e História. Pessoas diferentes podem ter cosmovisões comuns ou diversas. E dessas cosmovisões é que surgem os conflitos na face da Terra. Se um cristão (essa é uma cosmovisão) for observar um fenômeno e um islamista (essa é outra cosmovisão) partilhar deste mesmo objeto de estudo, ambos terão impressões diferentes e interpretarão os fatos de modo diferentes. Não estou entrando no mérito do que é ambos estão observando, mas da

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interpretação que farão. E isso não tem nada de anormal ou de fóbico, é simplesmente uma constatação experimental. Essas mesmas observações poderiam ser feitas num diálogo entre marxistas (cosmovisão, também) e conservadores (outra cosmovisão). São as lentes que permitem que vejamos o mundo, não como ele é, mas como acreditamos que seja baseado no conjunto de valores aderido. Quando percebemos os referenciais que um ser humano possui, isso não ajuda a justificar seus atos e posições, mas a compreender porque ele faz o que faz. E essa compreensão é libertadora da tendência inexorável de usarmo-nos como padrão de comparação e julgamento. Todos fazermos isso na vida, até que um dia iluminados na sabedoria, percebemos que isso causa mais problemas e prisões que sensação de superioridade, ou seja, nada de excelência em compararmos a nos mesmos em termos de referenciais. Não é uma ideia inteligente. Um exemplo disso temos nas famílias os famosos conflitos de gerações, onde pais e filhos ficam lutando em uns contra os outros e ao invés de manifestarem todo amor que possuem criam muros e feridas cobrando que o outro concorde. Mas o que isso tem a ver com a escala de excelência? Excelência é um aspecto de cosmovisão. E como ela é criada, depende diretamente da cosmovisão que você possui. Você já parou e pensou sobre isso?

Pensando a excelência na sua existência Como “fazer o meu melhor para tornar-me ótimo em minhas funções e moralmente ético a fim de elevar-me e inspirar a todos os demais”? A mudança dos pronomes foi proposital para conduzir uma introjeção do conceito e uma reflexão sobre você, a excelência e a sua vida. E essa provocação é cabível porque o tema é importante no mundo corporativo e profissional, mas não é foco em todas as cosmovisões. De fato, não somos educados para a excelência, pelo contrário, a forma que o brasileiro é educado, baseado em pedagogias construtivistas, pouco prepara o indivíduo para o aperfeiçoamento, isso é validado ao analisar a quantidade de especialistas que temos no pais. A maioria é generalista, e a grande massa de trabalhadores, além de generalistas é pouco qualificada, coisa que colabora para os fenômenos de apagões de mão-de-obra, e dificuldade de contratações por falta de qualificação específica.

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Vale salientar que não é bom ou ruim ter muitos especialistas ou muitos generalistas, apenas um dado estatístico, que comparado com países mais desenvolvidos ainda estamos muito aquém. Mas reforço, isso não é bom nem ruim. Até porque o fato do brasileiro ser mais generalista, é uma oportunidade de desenvolvimento em qualquer atividade a que se pretenda o exercício contínuo levando a excelência. Ruim é ter uma educação que não leva a sério formar pensadores com raciocínio e ceticismo crítico, simplesmente porque se a educação fosse melhor e as pessoas se tornarem mais céticas e críticas seriam mais difíceis de ser conduzidas como gado e as estruturas de poder no país seriam outras. Mas isso é minha opinião, da qual tenho ciência que em alguns países muito mais desenvolvidos que o Brasil, também enfrentam grandes problemas sociais e econômicos. De fato, não creio que a educação formal e profissional seja a solução, mas a educação ética, verdadeira e amorosa seria muito mais efetiva para solucionar os problemas do mundo. Mas isso é a minha conclusão, evidentemente baseada na minha cosmovisão. O ponto aqui é bem simples, em algum momento você já começou a considerar entre seus pensamentos ou objetivos a excelência? “Pode ser que a vida dificulte as coisas para você alcançar o seu sonho. Mas nada e nem ninguém é capaz de te impedir de alcançar a excelência, a não ser você mesmo.” Andrea Fiuza

Pense agora mesmo. Pense que a excelência começa quando você sai da média, ou seja, supera a mediocridade e começa a se esforçar para ser ótimo. Pense que a excelência começa quando você não se contenta com as gambiarras, com o “de qualquer jeito”, com o “assim tá bão”. A excelência começa mais alto que isso, começa em fazer bem feito, depois fazer melhor, depois fazer ótimo e quando chegar lá, continuar se aperfeiçoando. Pensou? Em que você pode ser excelente?

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Comportamentos funcionais

A excelência implica em desenvolver comportamentos mais funcionais e eliminar comportamentos disfuncionais, ou simplesmente eliminar os obstáculos para o aperfeiçoamento. Um comportamento disfuncional para qualquer um que deseje buscar a excelência é a distração. Qualquer pessoa que tenha um nível de distração muito alto não consegue se tornar excelente. A excelência exige concentração para se aperfeiçoar, portanto, a distração é disfuncional e precisa ser eliminada. Falando assim parece fácil, mas o mundo em que vivemos foi projetado para termos diversas oportunidades de distração simultâneas, logo, a distração representa o primeiro obstáculo a ser superado em rumo a excelência. E se você já jogou um game na vida, e eu tenho certeza que sim, deve saber que superar obstáculos é questão de persistência, aprendizado do que funciona e do que não funciona e repetição das estratégias que funcionam até que o obstáculo seja finalmente vencido e o caminho para a próxima fase seja possível. Essa seleção do que ajuda e do que atrapalha seria facílima se as emoções humanas não estivessem no meio do processo de tomada de decisão.

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Pessoas são regidas por suas emoções As emoções são componentes da natureza humana, mas não qualquer componente, são os principais componentes. Em observações holísticas sobre o ser humano, podemos constatar, sem sombras de dúvida (e caso as tenha, observe pessoas com seriedade e ceticismo científico e comprove pelas suas próprias observações), 1) O que chamamos de vida humana tem uma interface física, manifesta no corpo, e uma interface psíquica, que comanda o corpo e interage num nível mais sutil afetando e sendo afetada pelo meio ambiente; 2) Não são os acontecimentos em si, que mais afetam as pessoas, mas as reações emocionais que elas tem frente aos acontecimentos; 3) Quanto maior o autoconhecimento e o controle emocional mais fácil e levemente as pessoas enfrentam as dificuldades da vida; 3) A morte tem a ver com a desconexão do componente psíquico do componente físico, que fica oco e inútil quando este ente se vai. Partindo destas observações podemos arguir que entre o psíquico e o físico existe uma conexão que é emocional e que chamamos de mente. A mente é um conceito difícil de explicar, pois não é sinônimo de cérebro, orgânico e biológico, mas é ela que comanda o cérebro. Danos no cérebro podem afetar a mente levando ao estado de coma, ou não, há pessoas com traumas severos que vivem “quase” normalmente, falando, se movendo, causando espanto nas outras pessoas. Fato é que a ciência médica não sabe dizer onde está a mente, nem se ela está dentro do cérebro ou não, mas que ela que comanda o cérebro. É como se o corpo fosse um veículo físico e o motorista um ser quântico que opera esse veículo através de um painel de controle chamado cérebro. Enquanto o motorista está no veículo ele funciona, entretanto quando este vai-se embora, o corpo apodrece e retorna a terra. Mas vamos nos ater a vida e como as emoções regem os seres humanos.

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Chamemos esse canal emocional de corpo emocional, para facilitar a explanação. Então, temos um corpo físico e um corpo emocional, onde o corpo emocional comanda as reações do corpo físico. Parte dessas reações são automáticas, como os sistemas orgânicos de respiração, digestão e excreção, você não precisa pensar para que eles funcionem, pois eles estão controlados pelos sistemas parassimpáticos nas sessões automáticas da mente, são comandos inconscientes. Já o que fica no campo da consciência é o que permite a interação da vida como a conhecemos, as relações interpessoais, os aprendizados, uma infinidade de coisas que fazemos diariamente ao longo de toda vida que ocupa cerca de 2% da capacidade da mente. É isso mesmo que você leu, os cientistas chegaram a conclusões em estudos científicos que estamos conscientes de apenas 2% do que acontece durante a vida, os 98% são automatizados pela mente. Nem percebemos quando está funcionando normalmente, só notamos quando acontece alguma disfunção. E nesses imensos 2% da mente, estão alocadas a memória, a razão cognitiva (no néocortex) e as emoções (no sistema límbico) e os instintos (no paléoencefalo ou reptileano).

A Teoria do cérebro trino foi elaborada em 1970 pelo neurocientista Paul MacLean, apresentada em 1990 no seu livro “The Triune Brain in evolution: Role in paleocerebral functions”, discute o fato de que nós, humanos/primatas, temos o cérebro dividido em três unidades funcionais diferentes, supracitadas. Os estudos do Dr. MacLean deram base para o desenvolvimento da neurociência que traz novas propostas muito interessantes relacionadas ao comportamento humano, principalmente no que diz respeito a tomada de decisões.

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Você já notou no próprio comportamento que em alguns casos (para não dizer sempre...) você analisa e planeja uma decisão ou ação de uma determinada forma lógica e racional, mas na hora de fazer acontecer as emoções tomam o controle e você faz tudo diferente do que havia planejado? Por que será que isso acontece desse jeito? Bom, o cérebro funciona com processos bio-eletro-químicos, você funciona em resposta a uma determinada sequência de hormônios injetados no seu sangue. Adivinha onde fica o principal controlador de hormônios do cérebro, também conhecido como glândula pineal.... Acertou quem disse Sistema Límbico. Pois é lá mesmo, e essa parte do cérebro é muito sensível as interações biológicas, ambientais e energéticas. Por exemplo, instintivamente os seres humanos se afastam de carcaças em decomposição pois sentem repulsa, que é uma reação emocional disparada por percepção de odores pútridos (olfato), que dão vontade se afastar e sente-se contrações musculares e as vezes arrepios que vem junto com ânsias (contrações involuntárias do diafragma que revolvem o estomago) que servem para expelir os gases da putrefação e te tirar do ambiente nocivo o mais rápido possível. Isso tudo sem falar das sensações de perigo e medo, e outras reações específicas que ocorrem com pessoas mais sensíveis energeticamente. A sua mente é inteligente e tem a função de manter você vivo, para isso ela precisa te afastar de situações onde você esteja sujeito a riscos de morrer, seja por ação violenta ou por efeito tóxico. E você nem precisa pensar muito para agir de forma instintiva fugindo da dor e do perigo. Essas reações físicas aparecem também em situações onde a mente entende alguma ameaça, mesmo que não seja real, apenas fantasias neuróticas. E a síndrome do pânico, que parece estar se espalhando epidemicamente é um exemplo disso. Agora pense comigo, se a mente é capaz de fazer tudo isso para te livrar do mal, o que ela poderia fazer para te levar para o bem? Essa é uma excelente pergunta. Uma pergunta poderosa, pois muda o foco para o que é realmente importante no que tange a escala da excelência. A programação da sua mente consciente pode determinar os resultados da sua vida, em todos os aspectos.

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Conflitos entre razão e emoção Programar a mente para resultados de sucesso é necessário para eliminar os obstáculos, ou seja, os comportamentos disfuncionais e adquirir comportamentos funcionais que colaborem para alcançar a excelência. No campo da razão, quanto mais tempo de treinamento, de aperfeiçoamento a pessoa tiver em qualquer função que exerça, melhor será seu desempenho, desenvolvido pela repetição sistemática e o repetir até adquirir prática. A excelência começa depois da prática instalada, quando a pessoa começa a raciocinar como poderia fazer com mais capricho, mais bem feito, mais rápido, mais econômico, mais eficientemente. É o tornar-se ótimo no que faz. Já no campo da emoção, há a motivação para a excelência, os porquês que conduzem a persistência em aperfeiçoar-se, bem como os sabotadores que drenam a motivação e embaçam as lentes. E isso pode vir de um simples comentário que entra pelos ouvidos e vai atravancar todos os processos de excelência a que a pessoa vinha se dedicando.

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Condicionamentos Pela repetição de determinados comportamentos instala-se um condicionamento. No século passado o Dr. Pavlov comprovou isso em seus experimentos, primeiro com cães, depois com pessoas, e psicólogos criaram a psicologia comportamental chamada Behaviorismo, estudando principalmente como funcionam os mecanismos de programação e desprogramação de condicionamentos em seres humanos. Podemos instalar condicionamentos por opção de queremos ser de uma determinada forma ou por desejarmos ser aceitos a um grupo que tem o condicionamento. Veja nesse link uma experiência muito interessante sobre conformidade social: https://www.youtube.com/watch?v=luVeT1NjqbE

Os condicionamentos são os programas que instalamos para otimizar os comportamentos objetivando maior eficiência ou aceitação social. Na busca pela excelência, condicionamentos funcionais são ótimos meios para adquirir competências e melhora-las até se tornar ótimos na função.

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Competências As competências são conjuntos de saberes bem dosados com atitudes adequadas para resolução de questões desafiadoras. Resultam de ensinoaprendizagem. Podem ser adquiridas num processo que geralmente segue a seguinte ordem: 1. 2. 3. 4.

Inconsciência da ignorância – “Não sei que existe. ” Consciência da ignorância – “Agora sei que não sei fazer. ” Consciência da aprendizagem – “Sei que estou aprendendo. ” Inconsciência do saber – “Aprendi e incorporei, nem preciso pensar para executar. ”

Adquirir e desenvolver competências é uma das coisas que todas as pessoas precisam aprender para se tornarem melhores, pessoas de bem, cidadãos e profissionais. Essas competências levam ao autoconhecimento. Quanto mais se aprende, maior a consciência do tamanho da própria ignorância. Toda a competência adquirida pode ser melhorada até chegar ao nível de excelência. Mas nem toda competência precisa chegar lá. Tudo depende de seus objetivos pessoais nisso. Por exemplo, suponha que você aprendeu a fritar ovo. Se você gosta de preparar seu próprio ovo frito pode se esforçar para repetir e repetir até ficar excelente na preparação de ovos fritos. Vai agregar qualidade e valor nessa competência. Mas e se isso não fizer a menor diferença na sua vida e apenas saber como preparar ovo frito sem sujar todo o fogão e sem se queimar com óleo já satisfaça suas aspirações culinárias. Você poderá se contentar em estar na média, entre as pessoas competentes em fritar ovos de um jeito normal e caseiro. E ser feliz assim. Os resultados são suficientemente bons para suas expectativas. Ok, essa é a sua escala nessa competência. Está tudo bem.

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A Neura da Performance Principalmente no ambiente profissional existe uma exigência de performance, uma neurose social, que tem feito um séquito de profissionais repetirem mantras de produtividade, imitarem os hábitos das pessoas altamente produtivas, frequentarem MBAs, treinamentos, seminários, vivências de alto impacto e toda a sorte de literatura de autoajuda, porque se você não se ajudar, ninguém o fará. E ao final do ano passar pelas avaliações de performance 360° que podem custar o seu emprego. Essa pressão toda tem criado pessoas mais eficientes? É claro que sim. Essa pressão toda tem criado pessoas mais angustiadas e ansiosas? É claro que sim.

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A pressão da performance a todo custo tem custado muito caro, em saúde física e emocional, em relacionamentos familiares, em qualidade de vida. E não há garantia que pessoas dessa forma afetadas performem de forma crescente a longo prazo. É preciso entender que excelência é um conceito subjetivo. E, portanto, a escala de excelência é diferente na avaliação de uma e outra pessoa. Pode acontecer que você esteja se achando excelente em alguma função enquanto um outro observador pode estar te avaliando medíocre. E os comentários deste podem afetar o seu desempenho? Claro. Para melhor ou para pior, depende da sua programação mental.

Para você estruturar um programa mental mais eficaz de modo a não se perturbar com comentários e avaliações exteriores é fundamental que você tenha muito, mais muito claro seu histórico de evolução e entenda que resultados não são bons ou ruins, são resultados apenas. Estratégias são mais importantes que resultados e a correção das estratégias até que encontre uma que seja eficaz é seu grande desafio e trabalho árduo. Criar e aperfeiçoar suas estratégias e ter clareza na forma de medir seus resultados permitirá refletir de forma positiva sobre sua evolução de performance, sem que esse tópico perturbe sua mente insistentemente. Reforçando, quando sua sequência de resultados for positiva, suas estratégias estão funcionando, precisam ser otimizadas em alguns aspectos e reforçadas em outros. Quando sua sequência de resultados ora é positiva, ora é negativa, suas estratégias estão oscilando, precisam ser revisadas e readequadas aos cenários atuais ou substituídas por novas. Caso

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elas não estejam dando certo, precisam ser avaliadas e ponderadas e substituídas, se for o caso. E de tempos em tempos é prudente e altamente indicado que se pare para analisar históricos e ponderar sobre seus planos e objetivos e suas conquistas. Quanto mais cedo os ajustes forem feitos, mais rapidamente as estratégias voltarão a surtir efeitos positivos.

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Foco no essencial

Voltamos a questão “fazer o meu melhor para tornar-me ótimo em minhas funções e moralmente ético a fim de elevar-me e inspirar a todos os demais”? A parte mais importante na escala da excelência está no trabalho que você realiza em si mesmo, e creia que seus resultados são vistos na sua prática e proceder diários. A sua história, a sua jornada será inspiração para outras pessoas que se espelharão em você e seguirão seus passos em suas próprias jornadas para buscar crescimento na escala da excelência. Então, o que é essencial para a sua jornada na escala de excelência?

“Ser ou não ser, eis a questão. ” William Shakespeare

Ser é algo que deveria ser fácil e natural, mas leva tempo e muito trabalho para se construir. Você já deve ter ouvido aquela máxima: Seja a mudança que você quer ver no mundo. É uma bela frase, mas que indica um árduo trabalho em si mesmo. Para que você se torne um ser, precisa aprender a ser. E o que você é?

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Sou a maldade em crise Tendo que reconhecer As fraquezas de um lado Que nem todo mundo vê Fiz em mim uma faxina e Encontrei no meu umbigo O meu próprio inimigo Que adoece na rotina Eu quero me curar de mim Quero me curar de mim Quero me curar de mim (refrão) O ser humano é esquisito Armadilha de si mesmo Fala de amor bonito E aponta o erro alheio Vim ao mundo em um só corpo Esse de um metro e sessenta Devo a ele estar atenta Não posso mudar o outro Eu quero me curar de mim Quero me curar de mim Quero me curar de mim (refrão) Vou pequena e pianinho Fazer minhas orações Eu me rendo da vaidade Que destrói as relações Pra me encher do que importa Preciso me esvaziar Minhas feras encarar Me reconhecer hipócrita Sou má, sou mentirosa Vaidosa e invejosa Sou mesquinha, grão de areia Boba e preconceituosa Sou carente, amostrada Dou sorrisos, sou corrupta Malandra, fofoqueira Moralista, interesseira E dói, dói, dói me expor assim Dói, dói, dói, despir-se assim Mas se eu não tiver coragem Pra enfrentar os meus defeitos De que forma, de que jeito Eu vou me curar de mim? Se é que essa cura há de existir Não sei. só sei que a busco em mim Só sei que a busco Me curar de mim – Flaira Ferro assista em https://www.youtube.com/watch?v=82Fqn9BAxQ8

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Cada ser humano vivente é um completo selvagem vestido de civilizado, mas basta uma fechada no transito, ou uma pisada no pé para o selvagem aparecer. E essa selvageria é como uma doença que apodrece os ossos. Quanto mais selvageria mais fracos e solitários nos tornamos. A cura acontece em amor, por meio do amor, com a injeção do amor, que é a mais poderosa força do universo. O amor é o princípio da ética e da moral, e a verdadeira motivação de mudança de vida, de comportamento. O amor não é só um sentimento, é um caminho excelente, um caminho de elevação, e como todo caminho elevado é uma rampa que começa leve e vai ficando mais íngreme, mais difícil quanto mais alto. É uma escalada que cobra de nós o desapego de muitas cargas desnecessárias que tornam a existência mais pesada. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; 1 Coríntios 13:4-8

O mais poderoso nisso é que sendo um sentimento e um comportamento, o amor pode ser ensinado, praticado, vivenciado e sentido, atuando sobre a mente como uma disciplina e introjetado como uma emoção, que comandará o corpo emocional produzindo o conjunto de hormônios necessários para a manutenção do corpo físico e a atuação social de modo saudável e sustentável. O amor é um exercício, assim como na hipertrofia, começa-se com cargas pequenas para acostumar os músculos flácidos com o treinamento e conforme vão respondendo e crescendo, as cargas vão aumentando. Um corpo físico “sarado” na academia é talhado em muito esforço e suor, com disciplina de comportamento. De modo semelhante, um corpo emocional “sarado” em amor é talhado com muito esforço e lágrimas, com disciplina de comportamento. Em ambos os casos, a aparência do corpo se torna excelente, fora do comum e poderosa, mas as pessoas saradas em amor, são mais excelentes e raras (como aqueles que alcançaram o cume do Everest e voltaram para contar).

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Como você se sente?

Respire e reflita agora, como é que está se sentindo. Quais crenças foram reforçadas, quais foram confrontadas. Se estiver incomodado, até mesmo perturbado essas palavras penetraram em você. Se não, tudo bem. Como você se sente agora é o modo como sua mente está reagindo a este estímulo e como o seu corpo emocional está se adaptando a essas reações. Cada ser humano é uma obra em construção, sua mente consciente pode interferir um pouco e ajudar a construir beleza e virtude, a construir qualidades e funcionalidades suavizando reações, otimizando comportamentos a fim de torna-lo ótimo na realização de suas funções e isso será excelente em você e para você. E de bônus, inspirará outras pessoas a persistirem nas próprias jornadas pela excelência.

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Emotional Trainer

Quando você quer resultados na construção de um corpo físico sarado, você procura um personal trainer e uma academia para preparar um treinamento adequado, não é? E quando você quer resultados na construção de um corpo emocional sarado? Semelhantemente você pode procurar um profissional especializado, um Emotional Trainer, que vai preparar um protocolo de treinamento adequado para a lapidação do seu corpo emocional. O Emotional Training é um processo de treinamento que também é terapêutico pois lida com emoções humanas em suas múltiplas facetas, bem como, com o desenvolvimento das inteligências múltiplas, no equilíbrio e na harmonização do ser com sua essência e seus objetivos de vida. Para aqueles que desejam mudanças, se curar de si mesmo, aprender a introjetar amor e trilhar um caminho de excelência é uma escolha importante a ser tomada. Treine a sua mente, treine o seu corpo emocional e cure-se de si mesmo. Mais informações em www.emotionaltrainer.com.br

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