DESIGN DE MODA
MERCADO DE TRABALHO COORDENADORA DE MODA O que faz - é a pessoa que planeja e compra (para lojas sem confecção própria) as coleções de moda, orienta compradores e vendedores e dirige o trabalho do estilista. Área de atuação - em confecções ou tecelagens ou em grandes magazines e hipermercados. Formação básica - curso superior de Moda com habilitação em coordenação de Moda. “É o coordenador o responsável pela imagem final da peça que vai ser exposta na loja”.
ESTILISTA DE MODA O que faz - pesquisa, analisa e estuda as tendências da Moda (cor, tecido, padronagem) para criar figurinos. É o estilista quem define as linhas e os estilos para as coleções que desenvolve, adaptando as idéias às necessidades do mercado. Área de atuação - além de roupas em geral, ele pode atuar junto a confecções e tecelagens criando tanto roupas de cama, mesa e banho quanto roupas infantis ou íntimas. Formação básica - Curso Superior de Moda com habilitação em Estilismo e/ou curso Superior de Desenho de Moda.
MODELISTA O que faz - É responsável pelo desenvolvimento do molde, baseado nos desenhos do estilista ou do desenhista de moda. Deve ter bom conhecimento de tecidos (tramas e texturas) para trabalhar o material de forma estética e econômica. Área de atuação - Trabalha em confecções ou ateliê de costura. Formação básica - Curso de Modelagem Industrial e Têxtil.
DESENHISTA DE MODA O que faz - Auxilia o estilista nos desenhos de moda ou desenvolve desenhos próprios. Área de atuação - Junto à confecções e ateliê de costura ou como free lancer para revistas. Formação básica - Desenho de Moda, Curso de Introdução ao Desenho de Moda e suas aplicações, Curso do Desenho à Ilustração de Moda.
CONFECCIONISTA O que faz - O confeccionista precisa ter uma boa noção de cada uma das etapas de confecção: desenho, corte e modelagem das peças, distribuição e vendas, para que possa orientar e supervisionar o trabalho da confecção. Área de atuação - Pode atuar em área de moda masculina, feminina, infantil e cama, mesa e banho. Formação básica - Geralmente, o confeccionista possui alguma formação na área administrativa, mas alguns cursos de apoio podem ser muito úteis; Administração para Indústria de Moda, Estilismo e Design, Organização de Empresas de Confecção, Tecnologia de Confecção, Técnicas de Produtividade.
DESIGNER DE ESTAMPARIA O que faz - elabora cartelas de cores, define padrões e estampas e supervisiona toda a produção. Área de atuação - Em tecelagens e confecções. Formação básica - Curso de Estamparia de Tecido e Padronagem e Desenho Têxtil de Estamparia.
FIGURINISTA O que faz - O figurinista compõe figurinos para teatro, cinema e televisão, sejam eles de caracterização (produção de época, shows) ou não. É o responsável por toda a imagem dos atores, apresentadores e jornalistas. Área de atuação - Todas as produções para cinema, teatro e televisão e até mesmo, peças publicitárias. Formação básica - Embora não exista curso superior ou de apoio com essa habilitação, cursos como o de História da Moda, Produção de Moda, Estilismo e Design, Moda e Cor, Pesquisa e Criação de Moda ajudam.
PROFESSOR DE MODA O que faz - Orienta o aluno para atuar em diversas áreas da moda. Área de atuação - faculdades e escolas preparatórias. Formação básica - Não há curso. Em geral, profissionais da área são chamados para lecionar.
EDITOR DE MODA O que faz - É responsável pela definição das matérias de moda, supervisão do trabalho dos produtores e seleção final do material (roupas, acessórios) para as fotos. Para isso, o editor deve estar sempre em dia com tudo o que acontece na moda nacional e internacional. É responsável também, pelo texto das matérias e a seleção das fotos. Área de atuação - Revistas especializadas, jornais e catálogos de moda. Formação básica - é preciso ser jornalista e começar como produtor para conhecer a área.
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MERCADO DE TRABALHO PRODUTOR DE MODA O que faz - São repórteres das fotos, coletam material e informações de produção junto à confecções e lojas e participam da escolha final. Recrutam manequins, cabeleireiros e maquiadores e marcam estúdios e locação para fotos ou filmagens. Área de atuação - Revistas especializadas, jornais, agências de publicidade, cinema, teatro e TV. Formação básica - Curso de Produção de Moda. ILUSTRADOR DE MODA O que faz - Aproxima-se mais das artes plásticas do que da moda, precisa ter um controle absoluto das técnicas de desenho, pintura e arte final, além de estar entrosado com o meio editorial da moda. Área de atuação - Revistas especializadas, catálogos de moda, jornais. Formação básica- Curso de Desenho de Moda, Ilustração, Desenho Artístico e Técnicas de pintura. MODISTA O que faz - Atendem clientes particulares desde a criação até o acabamento e complemento do traje. Área de atuação - Atuam em ateliê próprio. Formação básica - É preciso saber modelagem, corte e costura, bom senso com relação à moda.
O CÉREBRO HUMANO Estudos Científicos revelam que o cérebro humano é dividido em duas partes iguais: O hemisfério esquerdo e o hemisfério direito. Tais estudos provaram que as tarefas exercidas por um indivíduo são divididas entre estes dois hemisférios, quer dizer, cada parte do cérebro cuida de determinadas atividades, sendo que o hemisfério esquerdo está mais relacionado às questões Racionais, é o lado analítico e objetivo; já o hemisfério Direito é o lado intuitivo, criador e perceptivo, mais relacionado às questões espaciais. Como o desenho é uma questão puramente espacial, o ideal seria a utilização do lado Direito do cérebro para desenhar. Acontece que o lado esquerdo por ser Racional, sempre interfere no processo de desenhar, mas como não se adapta ao desenho, acaba bloqueando o lado direito e o desenho acaba sendo deformado. Ligação Cruzada A ligação do sistema nervoso ao cérebro é feita de forma cruzada. Isto quer dizer que a mão direita é controlada pelo lado esquerdo do cérebro e vice-versa. Este fato poderia gerar a dúvida de que o indivíduo que desenha com a mão esquerda teria mais facilidade para desenhar. Na realidade isso não ocorre porque o desenho é mais um problema visual, e uma pessoa que desenhe bem, pode desenhar tanto com a mão direita quanto com a esquerda ou aprender a desenhar com o lápis na boca ou com os pés, tudo é questão de treinamento, porque é uma pessoa que aprendeu a ver. Desenhe pelo Hemisfério Direito Para desenhar na modalidade direita não se pode pensar na figura como um rosto ou cadeira, mas como forma e espaço. Ao invés de pensar na figura com um nariz, boca, etc., pergunte a si mesmo: onde começa esta curva? Qual é o ângulo em relação à borda do papel? Qual é o comprimento desta linha em relação à outra? Que profundidade tem esta entrância? São perguntas especiais relacionadas e comparativas. Observe que não damos nomes a nada, para evitar a interferência do hemisfério esquerdo.
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EXPLORE SUA CRIATIVIDADE O ser humano é dotado de um potencial criativo, mas no decorrer do tempo, esta criatividade vai sendo bloqueada ou canalizada para outras atividades devido ao sistema educacional, que não dá muitas oportunidades de criação. Tentaremos proporcionar-lhes meios para liberar esse potencial inventivo, através da observação de detalhes que até então nunca dera importância. Com isso poderá tornar sua vida mais rica e em harmonia com a natureza. ESQUEMAS DE CONSTRUÇÃO O esquema de construção tem grande importância no aprendizado do desenho, uma vez que ele determina a proporção do objeto em relação a altura e largura, e posiciona o objeto no espaço a ser desenhado. O ARRANJO DOS MOTIVOS Evite Fileiras No quadro A, a disposição dos objetos em fileiras sobre a linha ao nível do olho torna a composição monótona. No quadro B, eles são trazidos para a frente, interrompendo essa linha e dando mais unidade à composição. A sobreposição de duas formas contrastantes também acrescenta interesse e imprime tridimensionalidade à composição. Varie a escala O desenho C enquadra-se nas regras da composição, mas a equivalência de tamanho dos objetos e sua colocação em planos próximos subtraem o interesse. A figura D apresenta uma solução melhor: elevou-se a linha do nível do olho e um dos objetos aparece em escala reduzida, conduzindo o olhar mais para o fundo do quadro De unidade ao Tema Se o tema for uma coleção de objetos, eles devem estar bem relacionados entre si. Além disso, os espaços do fundo devem complementar adequadamente o conjunto. Em E, nada disso ocorre e os objetos parecem “perdidos dentro do quadro”.Em F, os objetos estão bem relacionados, o que lhes dá maior projeção. As linhas Corretas Um quadro fica mais interessante quando seu tema pode ser abordado visualmente de diversas maneiras. O desenho G, além de bons contrastes de textura e padrões, apresenta uma linha de nível de olho curva, de canto ao fundo dá a impressão de que o tema pode ser visto tanto de cima como de ambos os lados. COMPOSIÇÃO A composição é um dos fatores mais importantes do desenho, ou seja é impossível fazer um bom desenho sem levar em conta a distribuição dos elementos, o equilíbrio e o ritmo entre os objetos ou formas e estes com o espaço onde serão colocados, o movimento e a distribuição de valores, tudo isso subordinado a um centro de interesse principal. Esta combinação poderá ser formal e estudada, ou então casual. Manifestar-se de maneira evidente ou disfarçada através das cores e tons. No entanto a composição contribui em grande parte para o mérito de qualquer trabalho. Para que uma composição seja adequada, devem ser estudados os seguintes itens: - Equilíbrio: é a correta distribuição dos elementos visando equilíbrio de seus pesos óticos no espaço; - Variedade: diversificação das formas, tons, cores e disposição dos elementos; - Unidade: é a união de todos os elementos de modo que não se apresentem dispersos nem amontoados, mas em equilíbrio entre si e o espaço negativo; A UNIDADE E A VARIEDADE ESTÃO LIGADOS POIS NÃO ADIANTA HAVER VARIEDADE SE NÃO HOUVER UNIDADE DO CONJUNTO E VICE-VERSA.
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FORMAS Y: Vestido Afusolado: Valoriza as costas com decote em triângulo, pode ser na frente e atrás. A saia tem uma forma funil e muito feminina, muitos estilistas adotam tubinhos para noite. Triângulo: É uma linha primaveril. Tem costas largas e mangas morcego/kimono. É usada para vestidos, paletós curtos e compridos, pulovers. Losângo: Gola alta, mangas amplas, apertadas nos punhos, afunilando quando desce. Pode ser usada de vários tipos: mantos blusas, vestidos. Semi-círculo: É sempre novidade quando lançada. É de grande amplitude que se mexe em todo corpo. A roda é de moda para saias, paletós, mantôs, pelerines. Valoriza malharia e lãs. Ovo: É uma moda feita sem pontas. É todo de forma arredondada, mais afunilada no fundo e adaptada nas coleções para mantôs, blusões, saias e peles. T: Baseada nas mangas Kimono e nas quadradas. Corte reto e limo, esquadrada, cortes reduzidos, sem recortes. Linha clean, sem gola e revel. H: Linha americana para macacão, salopete, sem mangas. Ânfora: Reta, embutida, quadril arredondado, vaga tendência dos anos 50. Tubinhos provocantes, que marcam o corpo. Quadrada: Linha de grande sucesso muito usada no robe, mantô, paletós. De corte sem gola. Trapézio: Com um lado largo para cima: paletó, pulôver, cardigã. Com um lado largo para baixo: trapézio típico. Valoriza a caída utilizando-se tecidos pesados.
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ELEMENTOS DO DESIGN PARA CRIAÇÃO DE MODA Criar é uma questão de misturar elementos conhecidos de uma maneira nova e estimulante para gerar combinações e produtos diferentes. Os principais elementos da criação de moda são silhueta, linha e textura, e as formas como esses elementos podemser usados chama-se “princípios”, são repetição, ritmo, gradação , radiação, contraste, harmonia, equilíbrio, proporção e sensação corporal. O uso dessas variantes causa uma reação - às vezes explícita, às vezes subliminar - em quem veste e em quem vê. Entender e controlar essa reação é essencial para criar moda. Os motivos para um modelo funcionar ou não, nem sempre são claros. Em certos casos a reação pode ser até de aversão ou choque, mas o elemento “choque” pode ser também positivo em termos de moda. A capacidade de articular e analisar o que está acontecendo com a roupa permite correções, ampliações e desenvolvimento da criação. Embora uma boa parte das criações mais estimulantes ocorra por um feliz acidente, é uma grande vantagem ser capaz de refletir sobre o efeito de seu trabalho, explicar o que é intencional e dimensionar a distância que lhe falta para chegar ao resultado desejado. O conhecimento dos elementos e princípios do design também vai ajudá-lo a avaliar os pontos fortes de outros estilistas e perceber as tendências e transformações do mercado. Os princípios da criação de moda são ensinados, discutidos em uma avaliação ou empregados de forma consciente. Não obstante, são uma parte importante do conjunto de ferramentas estéticas e o meio pelo qual os estilistas podem sutilmente ajustar o foco e os efeitos de um modelo. Saber onde encontrá-los e como modificá-los ajuda a observar as criações com objetividade. Geralmente esses princípios são a chave para entender porque um modelo deu certo ou não.
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SILHUETA Roupas são tridimensionais e embora possamos pensar no contorno geral e na forma da roupa como sua silhueta, isso muda quando a roupa é vista em 360 graus - ao mover, curvar e revelar seu volume (nos Estados Unidos os estilistas chegam a chamar as silhuetas de “CORPOS”). A silhueta é quase sempre o primeiro impacto causado por uma roupa, como se vista a distância e antes que os detalhes possam ser distinguidos. Uma coleção não deve ter muitas variações na silhueta, pois isso costuma diluir o impacto total e enfraquecer a mensagem. Acentuar o corpo feminino com uma linha de cintura divide a silhueta em uma forma superior e outra inferior, que precisam se equilibrar visual e proporcionalmente para um efeito harmonioso. O volume está intimamente ligado a silhueta. Amplitude e o volume (ou a ausência destes) em um modelo são visíveis na silhueta. As roupas também podem ter características de peso ou leveza em função do uso de tecidos pesados, acolchoados ou diáfanos. A viabilidade de tais estilos está relacionada com a forma feminina idealizada no momento. Em certas épocas da história as roupas ganharam características de silhueta salientes. Durante o século XV as mulheres casadas usavam vestidos com cintura alta e uma grande quantidade de tecido franzido sob o busto para aumentar o tamanho do estômago e criar a ilusão de gravidez e fertilidade. Os vestidos com saiotes e anquinhas da década de 20 eram tão largos que era difícil para a mulher passar pelas portas ou por outras mulheres nas ruas. Em 1947, sob os efeitos da Segunda Guerra Mundial, Christian Dior chocou o mundo com o seu “New Look”, numa coleção que reintroduziu a cintura remarcada e a saia ampla na moda feminina após a austeridade e racionamento de tecidos da época da Guerra. A partir da década de 1920, as pernas femininas foram sendo cada vez mais expostas pela moda: a bainha subiu a altura da virilha nos anos 60 e criou a necessidade de se inventar a meia-calça e todo novo gênero de mercado. A visibilidade das pernas e adoção das calças pelas mulheres aumentaram o rico potencial da silhueta feminina.
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LINHA Temos diferentes reações emocionais e psicológicas frente a variedade de linhas usadas na criação de moda. Uma linha pode ser dura ou suave implicando rigidez ou flexibilidade. Ela pode se mover em várias direções, levando o observador a olhar para frente, para cima, para baixo ou ao redor do corpo; pode enfatizar ou disfarçar outros traços; pode criar a ilusão de amplidão ou estreiteza. Na moda, os usos mais comuns das linhas são as junções das peças dos moldes e os ajustamentos. Costuras verticais criam um efeito alongado e elegante, porque dirigem o olhar de cima para baixo do corpo. Linhas horizontais costumam ter menor extensão e chamam a atenção para a largura do corpo; podem fazer a figura parecer mais baixa e larga. No corte em viés as linhas de costura correm na diagonal ao redor do corpo, proporcionando uma qualidade dinâmica e esvoaçante ao tecido. As linhas curvas conferem certa amplitude e feminilidade à roupa e são muito usadas para diminuir cintura e chamar a atenção para o busto e os quadris. Equilibrar os efeitos das linhas do modelo é uma das suas primeiras tarefas ao esboçar e desenhar suas idéias de roupas.
TEXTURAS O tecido ou os materiais com que a roupa é feita podem fazer o sucesso ou o fracasso de um estilo que parecia bom no papel. É o elemento ao mesmo tempo visual e sensual de um modelo. De fato, muitos estilistas escolhem o tecido antes de fazer o desenho do modelo. Eles preferem se inspirar na textura e no manuseio do material e depois procurar algo que tenha o caimento perfeito para o seu desenho. Um estilista precisa ter experiência sobre o comportamento dos tecidos. O tecido é escolhido pela sua compatibilidade com a estação, linhas e silhuetas desejadas, preço para o mercado-alvo e cor. A cor quase sempre pode ser ajustada em um estágio posterior do processo de criação do mostruário, mudando-se as especificações de tingimento, mas a textura e as propriedades do tecido permanecem constantes.
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REPETIÇÃO É o uso de elementos de estilo, detalhes ou acabamentos mais de uma vez em uma mesma roupa. Uma característica pode ser repetida de modo regular ou irregular. Esse efeito múltiplo pode ser usado para unificar um modelo. Algumas formas de repetição como a distância uniforme entre os botões, são características tão comuns que não as percebemos até nos depararmos com uma versão irregular. O corpo humano é simétrico, de modo que algumas repetições são inevitáveis ao espelharmos um lado com o outro. A repetição pode ser uma parte da estrutura da roupa, como as pregas ou os panejamentos de uma saia ou características do próprio tecido, como as listras, as estampas ou aplicações de fitas e galões. De tempos em tempos, roupas assimétricas tais como blusas com uma só manga ou saias com a barra mais comprida de um lado vem à tona como uma reação a lei natural. Quebrar o padrão tem efeito de chocar e atrair olhares.
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GRADAÇÃO É um tipo mais complexo de repetição, em que as características das roupas são trabalhadas em tamanhos ou distâncias cada vez maiores ou menores. Um vestido de festa, por exemplo, pode ter uma grande quantidade de lantejoula na barra que vai diminuindo de baixo para cima. O franzido total no centro de uma pala pode ir diminuindo em direção as laterais. O olhar acompanha os diversos graus de mudanças no modelo, de modo que a gradação pode ser usada como um meio de chamar ou desviar a atenção das partes do corpo. RADIAÇÃO É o uso de linhas que se abrem em forma de leque a partir de um eixo central. Uma saia plissada rodada é um bom exemplo, mas a radiação pode ser trabalhada de forma mais sutil em roupas drapeadas.
CONTRASTE Esse é um dos mais úteis princípios de criação, fazendo com que o olhar reavalie a importância de uma área focal em relação a outra. Alivia a monotonia do efeito “peça única”, por exemplo, quando um vestido é usado com um cinto contrastante. As cores chamam a atenção para si e para as características e detalhes que emolduram. A utilização de características contrastantes requer muito cuidado, pois elas se tornam o ponto focal. Contrastes de texturas aumentam o efeito de cada tecido - por exemplo um paletó de tweed usado com uma blusa de seda. Os contrastes não precisam ser extremos; chamados de “contrate sutil” os efeitos causados por um terno usado com saltos ou sapatos baixos. HARMONIA Não é exatamente o oposto de contraste, mas implica mais similaridade do que diferença: cores que não brigam entre si, tecidos que se mesclam. Tecidos macios e formas arredondadas prestam-se melhor aos modelos harmoniosos do que cortes retos e roupas vincadas. A moda italiana é famosa por seu uso harmonioso é fácil de usar e combinar e, geralmente, não precisa das recomendações do vendedor para ser comprada.
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DESIGN DE MODA EQUILÍBRIO O corpo é simétrico e em torno de um eixo vertical e a tendência de nosso cérebro e nosso olhar é requerer que essa simetria se mantenha. Nesse sentido buscamos por equilíbrio nas roupas. O equilíbrio vertical é o nosso desejo de ver características espelhadas nos lados esquerdo e direito: lapelas que se encaixam, bolsos alinhados e do mesmo tamanho, distâncias iguais entre os botões. O equilíbrio horizontal é prejudicado quando dizemos que um conjunto é pesado na parte de cima, se toda a ênfase está no pescoço, ou embaixo, se uma saia é muito ampla ou cheia de babados. o foco de um modelo assimétrico geralmente requer um detalhe menor em outra parte da roupa para fazer eco e criar equilíbrio. Não olhamos as roupas só na frente e nas costas, mas também de outros pontos de vista. Todos os aspécto devem cumprir o princípio de equilíbrio ou nos dizer sobre sua falta de respeito à ordem, como na moda pós moderna.
PROPORÇÃO Tanto já foi escrito sobre proporção nos campos de arte, arquitetura e design que até parece pretencioso aplicar o conceito na moda como uma regra ou ferramenta para atingir os efeitos desejados. Contudo, os mesmos princípios são aplicados e têm o poder sutil de fazer com que o modelo seja um sucesso ou um fracasso. Proporção é a forma como relacionamos visualmente todas as partes individuais de um todo. Isso quando medimos - não necessariamente com uma fita métrica, mas com os olhos. Como estilista, você precisa tomar decisões relativas ao tipo de corpo para o qual está criando: quais aspectos valorizar e quais disfarçar, o quanto de pele mostrar, o que o seu mercado alvo vai desejar. Você escolhe uma musa e ilustra as suas criações nesse corpo, desenhando as poses e atitude que melhor expressam seu estilo. Ainda assim, é imperativo ter consciência de que o mercado de moda não existe apenas para uns poucos perfeitos e para os aficionados da moda. Homens e mulheres de todas as idades e com todos os tipos de corpo querem usar roupas da moda. Para desenhar e comercializar roupas nas quantidades exigidas para manter uma empresa em dia com seus compromissos financeiros, você precisa ter a noção exata das dimensões, medidas e necessidades das pessoas “ reais”. “ Em boa parte do tempo você não está criando para o “ povo da moda”, mas para o público em geral que tem algum dinheiro para gastar. As pessoas tem simetrias no corpo, de modo que não é bom fazer aqueles drapeados do tipo um ombro só, pois elas não vão usar. Você não pode escolher seu cliente: é ele que escolhe você.” Suzanne Clements, Estilista. A escolha do tecido faz uma enorme diferença. A roupa desenhada pode ficar muito diferente no corpo dependendo do tecido. Um tecido de uma só cor pode servir de fundo para pespontos e costuras atraentes e dar ilusão de uma silhueta mais esguia: um tecido estampado pode “achatar” a silhueta. Os estilistas usam esses truques para simplificar a confecção e manter as proporções e a unidade estática de uma coleção, ao mesmo tempo que favorecem os corpos de um grande número de clientes.
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PROJEÇÃO DE LUZ Padrões de Sombra Os diagramas de bules de café abaixo mostram de que maneira a posição da fonte de luz altera os padrões de luz e sombra. O bule A recebe iluminação frontal, que faz com que as áreas sombreadas sejam dispersadas para o lado, criando um efeito achatado, bidimensional, sem muito volume. Os bules B e C recebem iluminação de cima e de dos lados direito e esquerdo respectivamente, o que enfatiza seu volume. Os bules D e E recebem o mesmo tipo de iluminação, mas a fonte de luz está situada num ponto mais alto que em B e C; consequentemente, as sombras projetadas são mais curtas.O bule F é iluminado por trás, o que cria um efeito mais achatado.
CONSTRUÇÃO DO “DÉHANCHÉ” (MOVIMENTAÇÃO DO QUADRIL) Uma vez que a figura de base funciona como um boneco articulado, trabalharemos com sistema de giro em torno das articulações para obter os grandes movimentos do corpo. Exemplo: o “Déhanché” 1. Girar a bacia no ponto A. 2. Retraçar a perna de apoio do ponto B levando-se em conta a linha de equilíbrio. 3. Retraçar a linha do solo. 4. Retraçar, a partir do ponto principal C, a segunda perna que serve para conservar o equilíbrio. 5. Redirecionar o pé a partir do ponto de rotação - tornozelo D. 6. 7. Retraçar as novas linhas dos quadris: uma estendida, a outra quebrada. 8. Podemos acentuar o “Déhanché” e o movimento do busto por um movimento da cabeça no mesmo sentido, respeitando assim o equilíbrio do corpo.
CORPO FEMININO EM MOVIMENTO O desenho da figura humana não é fácil. Entretanto, a sua construção pode ser simplificada, usando o método de figuras em bloco. Esse método se utiliza da relação das partes do corpo com figuras geométricas. Esse tipo de esquema também se vale de linhas de eixo, que ajudam a marcar no esboço a posição do corpo. Assim, sem esquecer as proporções corretas, o desenho sairá com maior facilidade.
OLHO IMPORTANTE: Quando a pessoa está de frente, o espaço entre os olhos é de um olho Homem: em geral, os olhos masculinos têm sobrancelhas longas e grossas com pestanas curtas. Em geral, os olhos têm sempre a mesma construção. Mas, deve-se estar atento às diferenças que existem ao se desenhar outras posições e até mesmo as variações entre os olhos masculinos e femininos. Mulher: sobrancelhas mais finas e curvas, pestanas compridas e desenhadas em conjunto.
DESENHO DE MÃOS A proporção da mão é igual a uma altura do rosto (até a testa). Quando dividimos a mão em duas partes iguais, o volume da palma (metacarpo) é igual ao volume ocupado pelos dedos. - Mãos Femininas são delgadas, com as pontas dos dedos mais finas e movimentos delicados. - Mãos Masculinas são mais largas, com as pontas dos dedos arredondados e movimentos mais características de homem. - Mãos infantis são gordinhas (principalmente nos mais novos), com dedinhos curtos e redondinhos.
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TECIDOS E SUAS MATÉRIA-PRIMAS 1. Lã – A lã nada mais é do que pêlos que cobrem a pele de ovelhas e cabras. Foram as mulheres da pré-história que, pela primeira vez, os transformaram em fios. Elas colocavam tufos de pêlos nas mãos e esfregavam uma na outra, desembaraçando e afinando, até obterem um fio de lã. Conheça as lãs feitas com o pêlo de carneiros e cabras de raça: 1.1 – Mohair: tecido de lã feito dos pêlos das cabras mohair (angorá), que vivem na Turquia. São longos e brilhantes, têm aparência fofa, textura macia e penugem em sua superfície; ótimo de usar. 1.2 – Cashemere: leve, mas quente, é feito a mão com fibras extraídas dos pêlos de carneiros e cabras do Vale de Caxemira, na Ásia. 1.3 – Merino: tecido fino produzido originalmente com a lã retirada das ovelhas criadas na região de Merino, Espanha.
Curiosidades: - lã bouclê: fio crespo que, ao ser tecido, resulta numa superfície encaracolada e irregular, parecendo coco ralado. - woolmark: quando você encontrar esse nome na etiqueta de um tecido de lã, saiba que ele é 100% puro. Sinal de controle de qualidade, foi introduzido no Brasil há dez anos. Deixando marcas Algumas padronagens foram tão utilizadas que todos acham que é um tipo de lã. Eis alguns exemplos: Tartan – um xadrez que vem da Escócia. Só as famílias nobres usavam o tartan, em cores diferentes como se fosse uma espécie de brasão. A partir do século XIX, as pessoas de classe média e baixa passaram a usá-lo também. Pied-de-poule – traduzindo: pé-de-galinha. É um xadrez miudinho, que aparece nas tramas de tecidos (principalmente na lã) em preto e branco, e marrom-e-marfim. Nascida na Inglaterra durante a Revolução Industrial, a padronagem era, de início, usada apenas nas roupas masculinas; depois da II Guerra Mundial, acabou conquistando o guarda-roupa feminino. Espinha-de-peixe – é o desenho com uma série de “vezinhos” em ziguezague, dando a aparência de uma espinha de peixe, mesmo. Também conhecida como chevron . Risca-de-giz – imagine um giz branco riscando verticalmente um quadro negro. É assim o desenho desse tecido, em que listras finas cortam o preto, o marrom ou o marinho. Pied-de-coq – agora são as pegadas do galo que deixam marcas... A diferença dessa estampa é o tamanho: ela é maior do que a do pied-de-poule. Príncipe de Gales – um xadrez pequeno e irregular, geralmente em preto e branco, ele foi popularizado pelo príncipe de Gales no final do século passado. 2. SEDA – Os chineses começaram a cultivar o bicho-da-seda no século IX a.C. Hoje, veja só quantos tecidos ele gerou: 2.1 – Organza: feita com fio de seda, raiom ou náilon, a organza é um tecido fino, de trama simples, armado e encorpado, transparente e levemente acetinado. 2.2 – Brocado: tecido com desenhos em relevo que são feitos também com fios de seda, só que metalizados. Hoje esses fios são substituídos pelo lurex. 2.3 – Crepe-da-China: tecido superfino, de seda pura, com textura enrrugada. É comum chamar de crepe qualquer tipo de tecido que tenha essa aparência, obtida com calor e pressão na hora da tecelagem. 2.4 – Musseline: esse tecido de seda foi fabricado pela primeira vez na cidade de Mosul, no atual Iraque. É fino, leve e transparente. 2.5 – Veludo: vem do latim vellus que significa pêlos em tufos. O tecido de veludo pode ser liso (brilhante e mole como o veludoalemão), cordoado (cotelê) ou bordado. 2.6 – Tafetá: é um tipo de tecido fino, mas que se arma com facilidade; é brilhante e geralmente irisado (quando bate a luz, ele reflete as cores do arco-íris). 2.7 – Shantung: ele tem uma aparência rugosa por causa da diferença na grossura dos fios usados para tecê-lo. É pesado e encorpado e tem esse nome por causa de sua origem – foi feito pela primeira vez em Shantung, na China. 2.8 – Cetim: no início era um tecido de seda brilhante, produzido na região de Zaitum, na China. Atualmente o cetim pode ser de raiom ou de fibras sintéticas.
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TECIDOS E SUAS MATÉRIAS PRIMAS 2.9 – Tule: é uma espécie de renda com buraquinhos hexagonais. Ele nasceu na França, na cidade de Toul. No início, era inteiro de seda. Hoje, o mais comum mesmo é o de náilon. 2.10 – Chiffon: tecido fino, leve e transparente. Apesar da aparência frágil, às vezes enrrugada, é forte e resistente. Ele é feito de seda ou fibras sintéticas. 3. LINHO – Originário do Egito, vem do talo de uma planta chamada “Linun usitatissimun”. Foi usado para embalsamar várias múmias. Seus descendentes são os tecidos puros de aspecto rústico, como o linhão, ou fininhos como a cambraia. Quando é 100% linho é chamado de Puro Linho. Se tem 85% de linho e 15% de outras fibras (naturais ou sintéticas) é só Linho, mas quando tem 50% de linho e 50% de fibras diferentes, é considerado Linho misto. 4. ALGODÃO – Minúsculas fibras que medem de 2 a 5 cm, encontradas rodeando a semente negra do algodoeiro, originam os fios de algodão. Quando essa semente está madura ela é descascada; as fibras são limpas, misturadas e colocadas em máquinas para a confecção do nosso tecido. Nessa etapa, o algodão pode ser trabalhado de diferentes maneiras, ganhando formas e nomes diferentes. 4.1- Piquê: tecido que tem o avesso liso e o direito trabalhado com pequenos losangos em relevo. 4.2- Tricoline: é uma espécie de popeline (leia abaixo), mais sedosa e leve, com a trama bem fechada. 4.3- Popeline: o nome vem da fábrica Papalina, em Avignon, França, antiga sede do papado. No início, o tecido era mistura de seda e lã, que confeccionava o traje dos padres. 4.4- Fustão: tecido de fio grosso, com o avesso liso e o direito em relevo, na forma de listras. 4.5- Malha: o nome nasceu de uma técnica de tecelagem baseado num fio entrelaçado que resulta num tecido contínuo. Nas últimas décadas a família das malhas cresceu muito e hoje existem a meia-malha; o moletom de vários tipos; as malhas de algodão...Ela é sempre flexível, confortável e macia. 4.6- Chita: era produzida na cidade de Shetah, na Índia, e ficou famosa por ser um tecido rústico – era usada até para forrar colchões. 4.7- Flanela: criada no século XVI, na Inglaterra, é levemente aveludada em um dos lados. 4.8- Denim: é um tecido feito com fios de algodão grossos e resistentes, nas cores branca e azul. Quando outras cores se misturam ao branco, em vez do azul, chama-se denim color. 4.9- Brim: de início era um linho rústico e leve, utilizado como canevas, tela de pintura em francês. Depois, tornou-se a atual sarja de algodão de fios brancos e azuis. 4.10- Chambray: tecido vindo de Cambrai, na França. Hoje é feito com fios de algodão tinto e branco, resultando num azul clarinho, tipo delavê. 4.11- Jeans: confeccionado com a mesma sarja de algodão do denim e do brim. 4.12- Organdi: é um tecido feito com fios de algodão fininhos que são engomados. Curiosidade: Na época da II Guerra Mundial, o Japão não conseguia importar algodão dos Estados Unidos e acabou se vendo obrigado a desenvolver em laboratório uma fibra semelhante para substituí-lo. Resultado: polinósica, uma fibra artificial derivada da nitroceluloseque, além de ser muito parecida com o algodão, tem a vantagem de fazer tecidos que não amarrotam e que têm secagem rápida. 5. SINTÉTICOS – Durante séculos as fibras de origem animal e vegetal deram forma aos tecidos. Mas, ainda no cenário da II Guerra Mundial, pesquisas científicas descobriram que era possível criar em laboratório fibras de tecidos artificiais. 5.1- Vinil: tecido plastificado através de uma resina chamada poliuretano. O vinil vem quase substituindo o couro na maioria das roupas desta temporada. 5.2- Paetê: tecido de fio sintético ou não, bordado com lantejoulas. Geralmente de metal e em diferentes tamanhos, hoje existem lantejoulas de plástico ou outro material sintético. 5.3- Náilon: é a fibra sintética mais antiga e a mais comum. Obtida pela união de uma matéria-prima extraída do carvão e do petróleo. Seu fio é tão fino que chega a ser transparente.
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TECIDOS E SUAS MATÉRIAS PRIMAS 5.5- Plástico: ele é moldado através de pressão e calor, e entrou para o mundo da moda com o nome de PVC. Chegou a ser utilizado na década de 30 como capas de chuva impermeáveis. Hoje, o plástico faz todo o tipo de peça, inclusive bolsas e sapatos. 5.6- Lamê: tecido fabricado, geralmente, com o fio metalizado de náilon ou poliéster. 5.7- Lurex: nome comercial da fibra metalizada produzida pela Bow Badische Co. São fios em forma de fitinhas, que têm brilho e maciez. Foi muito popular na década de 70, na onda das discotecas. 5.8- Raiom-viscose: faz tecidos com aparência seca e meio gelada. Por isso, é muito usado na confecção de roupas para o verão. A viscose pura origina a javanesa, uma seda 100% artificial. 5.9- Poliéster: também vem da união de produtos retirados do petróleo e carvão. É resistente, não enruga, tem bom franzimento e retém o calor. 5.10- Acrílico: descoberto na Alemanha em 1948. Por ser isolante, é muito empregado na fabricação de artigos de malha e imitações de pele. Tem fama de ser o melhor substituto da lã, por sua semelhança e leveza. 5.11- Raiom: fibra artificial muito importante, já que passou a substituir a seda. Existem dois tipos de raiom: acetato e viscose. Suas características são semelhantes por derivarem do mesmo produto, a celulose. Curiosidade: As matérias-primas sintéticas deram asas à imaginação dos cientistas: a tecnologia foi tanta que essas fibras se tornaram minúsculas, finíssimas, e ganharam o nome de microfibra. Ela é setenta vezes mais fina do que um fio de cabelo e o resultado são tecidos leves, duráveis, macios e que permitem que o suor evapore.
Principais Fibras Têxteis - Fibras Naturais Origem
Procedência
Nome
Símbolo
Vegetal . (Celulósica) .............. .............. .............. .............. .............. .............. Animal .. (Proteicas) .............. .............. .............. .............. Mineral .
Caule Rami
Linho CR Juta Cânhamo Sisal Caroá Coco Algodão Lã (carneiro) Mohair Cashemere Angorá Pelo de coelho Seda Amianto
CL
Folha Fruto Semente Carneiro Cabra Angorá Cabra Cashmere Coelho Angorá Coelho Bomyjx Mori Rocha
CJ CH CS CN CK CO WO WM WK WA WE S A
Principais Fibras Têxteis - Fibras Químicas Origem .
Procedência
Nome
Símbolo
Artificiais Vegetal.. .............. .............. Sintéticas .............. .............. .............. .............. ..............
Celulose regenerada (pasta de madeira ou linters de algodão) Esteres de celulose (pasta de madeira ou linters de algodão) Ácido tereftálico (PTA) ou dimetilterefatalato (DMT) Sal de nylon ou Caprolactama Acrilonitrila Poliuretana Propileno
Viscose Cupro Acetato Triocetato Poliéster
CV CC CA CT PES
Poliamida Poliacrílicas Elastana Prolipopileno
PA PAC PUE PP
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ILUSTRAÇÃO DE CAIMENTOS
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ILUSTRAÇÃO DE CAIMENTOS
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DESENHO TÉCNICO DEFINIÇÃO Desenho exigido nas empresas. É o desenho planificado de cada uma das peças da coleção, que deve ter clareza de interpretação e causar impacto visual. O setor de criação passa o desenho técnico para o setor de modelagem, através de uma ficha, chamada ficha técnica. Esta, tem como objetivo orientar a modelista, dentro da confecção, no feitio da peça piloto e da produção. É importante que as peças idealizadas pelo estilista sejam corretamente executadas.
FICHA TÉCNICA A ficha técnica deve ser trabalhada dependendo das necessidades de cada empresa, isto é, deve conter informações necessárias para cada uma destas realidades. Traz informações sobre acabamentos diferenciados, barragens, aviamentos bordados, estampas, tecidos, costuras, tamanhos, cores, etc. Quanto aos aviamentos, elaborar cartelas com amostras de botões, zíper, elásticos, fitas, etc e cartelas com amostras de pontos de costura.
MÁQUINAS DE COSTURA # Interlock - costura reta + overlock (corta e zig zag) # Overlock - corta e zig zag # Galoneira - barra das peças - prega galão - faz trançador (2 e 3 costuras) # Picueta - tipo crochet - acabamento # Reta - costura reta (1,2,3 costuras) # Fechadeira - costura rebatida por dentro e por fora # Elástico # Caseadeira # Botoneira # Travete - acabamento comum usado em jeans # Retilínea - ponto tricô para malharia # Bordadeira
COLEÇÃO:
REF:
PILOTO:
DATA:
COMPOSIÇÃO: JAQUETA ASAS I
FRENTE
MEDIDAS:
OBS:
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EXEMPLO DE UMA FICHA TÉCNICA Composição:
REF:
COLEÇÃO:
Jaqueta Asas I DATA:
PILOTO:
Frente
Medidas:
Obs:
COLEÇÃO: Outono-Inverno
REF: 03
Composição: Calça Guerra
PILOTO:
Eliana Trujillo e Damiana
Brim - 100% Algodão Jeans - 100% Algodão Elástico - 100% Elastano Madeira - Compensado 6mm
DATA: 10/09/05
Frente Fivela de Madeira
Elástico fino
Passantes Cinto
Alça
Medidas:
Costas
Bolso 1
Bolso 1 Bolso 2
Pingente de madeira
Zíper Bolso
Cintura baixa - 93 cm Cintura Alta - 87 cm Quadril - 105 cm Gancho - 77 cm Coxa - 55 cm Comp. Calça - 118 cm Joelho - 39 cm
Bolso 2
Obs:
Jeans
Calça Forrada, com recote cintura baixa e passantes com cintura mais alta (Jeans). Elástico Passantes grandes formando o cós. Elástico fino entre os passantes. Alças presas ao bolso e a calça com fivelas reguláveis de madeira.
Amassado
Elásticos no joelho. Bolsos irregulares em camadas: Bolso1 - Estofado (azul claro) bolso2 - Brim (cinza claro) 3ª camada- Jeans 2 Pingente de madeira no bolso. Forro - Malha Panda
Brim
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Jeans
Estofado
Malha Panda
Amassado em Brim.
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EXEMPLO DE UMA FICHA TÉCNICA Composição:
COLEÇÃO: Outono-Inverno
REF: 02
PILOTO: Eliana Trujillo e Damiana
DATA: 10/09/05
Colete Ombreira
Frente
Brim - 100% Algodão Forro - Estampado Madeira - compensado 6mm E.V.A
Base de madeira revestido de maquete (Brim)
Medidas:
Costas Abertura com botões de madeira
Ombro (Tudo) - 23 cm Ombro - 15 cm Colarinho - 42 cm Alt. Colete - 70 cm Cintura baixa - 93 cm
50 cm
Obs: Ombreira com base de madeira, revestida de maquete têxtil em Brim (Bege.) Abertura traseira com botões de madeira. Forro estampado. 10 cm
10 cm
Brim
Frente
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Forro
Maquete
Costas
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TEORIA A luz é constituída de ondas eletromagnéticas. A luz branca se compõe de oscilações eletromagnéticas de diferentes comprimentos de onda, perceptíveis, pelo olho, como cores distintas. Na luz branca estão contidas todas as cores visíveis, portanto a cor é sempre uma parte apenas da luz branca. Mediante a refração da luz branca em um prisma de cristal se produz o espectro. O espectro é a separação das radiações contidas na luz; sua ordem é sistemática, segundo o comprimento de onda.
GRÁFICO Passagem da luz branca através de um prisma, sua decomposição e projeção sobre uma tela branca.
COR ü Propriedade da matéria de refletir ou absorver diferentemete a luz. ü Diferente composição espectral de emissões ü As oscilações eletromagnéticas visíveis que chegam ao olho, ou seja, o estímulo cromático ü A sensação cromática produzida no cérebro tintas e materiais corantes. ü Parte da luz branca
CARACTERÍSTICAS: Matiz: é a característica que define e distingue uma cor. Ex.: vermelho, verde, azul. Tom: refere-se à maior ou menor quantidade de luz presente na cor, cada vez que se adiciona preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas gradações são chamadas escalas tonais. Para se obterem escalas tonais mais claras, acrescenta-se branco. Intensidade: brilho da cor. Um matiz de intensidade alta ou forte é vívido e saturado, enquanto o de intensidade baixa ou fraca caracteriza cores apagadas ou pastel. Cores Primárias São as que não podem ser obtidas a partir de outras: vermelho, amarelo, azul. Cores Secundárias São aquelas obtidas pela mistura de duas cores primárias. Cores Complementares São as que se encontram em oposição no disco de cores. Note que uma cor primária é sempre complementada por uma cor secundária. Cores Terciárias São as obtidas pela mistura de uma primária com uma ou mais cores secundárias. Cores Quentes e Frias Temperatura designa a capacidade que têm as cores de parecer quentes ou frias. As cores que transmitem sensação de calor são as quentes: amarelos, laranjas e vermelhos. As cores que transmitem sensação de tranquilidade são as frias: azuis, verdes e violetas. Cores Análogas São as que aparecem lado a lado no disco. Há nelas uma mesma cor básica. Cores Neutras Ao misturar duas ou mais cores do disco cromático, sem que se caracterize uma das opções acima, obtém-se uma série de cores neutras. Em geral pensa-se nos cinzas e marrons, porém incluem se também as cores sujas: amarelo acinzentados, violetas amarronzados, azuis cinzentos etc. Cores Pastéis Cores esmaecidas por mistura de branco.
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Monocromia Uso de uma cor sรณ, em vรกrios tons. Policromia Uso de vรกrias cores de diferentes tons e matizes.
CORES/ HARMONIAS E CONTRASTES
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