Moda parte 4

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UNDERWEAR MASCULINO VISUAL MASCULINO A partir da metade deste século, a roupa íntima masculina - underwear - teve mudanças significativas, passando a ficar mais ajustadas e mais curta. A publicidade iniciou a exploração do lado erótico masculino, uma vez que o feminino já era há muito tempo trabalhado. Mesmo que a roupa íntima masculina represente mais que do que cobrir as zonas erógenas, para alguns esse aspecto que assume um lado importante como objeto de fetichismo. Hoje, essa busca não está necessariamente isolada no underwear, mas em qualquer peça do vestuário. Grande parte dos criadores de roupa íntima masculina tem sua preocupação voltada para o sex-appeal de seus produtos que, quando jogados no mercado pela propaganda como “Objetos de Sedução, virilidade e conquistas”, nem sempre são confortáveis e/ ou adequados. m O básico se torna objeto de sedução e conquistas

MODA PRAIA A HISTÓRIA DO BIQUINI Os banhos de mar faziam parte do receituário terapêutico, principalmente contra a depressão; as piscinas eram tanques próprios para a cultura de peixes (“piscis” em latin) e além do mais, exibir - se sumariamente e molhado era considerado muito indecoroso. Portanto, até o final do século XIX, não havia preocupação com as roupas de banho. Nesse mesmo final oitocentista surge o hábito da prática esportiva entre os privilegiados financeiramente e um dos primeiros esportes foi a equitação. Vieram outros, tais como o jogo de peteca, arco e flecha, tênis e também a ida à praia. Porém, esse “ir à praia” até então era passear pela areia, descansar e apreciar o mar num mirante e vestido(a) de branco sem esquecer da sombrinha, pois bronzear a pele não era bem visto, implicando a condição de trabalhar a céu aberto que, involuntariamente, acabava torrando a pele. O tempo passou até que as pessoas resolveram molhar os pés e quem sabe os joelhos. Sendo assim, as roupas precisavam ser mais práticas e as damas do final do século XIX e início do século XX portavam o traje de banho em tricô de lã (mais elástico que o tecido plano e em lã para a proteção maior) composto de um calção até os joelhos, uma túnica, uma capa quase longa amarrada aos ombros, cabelos presos ou toucas, meias de lã e sapatos. Com o século XX chegou na Grande Guerra posteriormente chamada de I Guerra Mundial (1914 - 1918). A mulher se emancipou e na década seguinte os trajes de banho já tinham outra aparência, mais curtos e, então, com as coxas à mostra. A Cia, Jantsen nos Estados Unidos fabricou em 1920 a primeira peça de malha elástica canelada. A ornamentação era geométrica, influência da Art Decó e Jean Patou criava trajes excepcionalmente belos. Chanel nessa década começou a incentivar o bronzeamento de pele como status para a mulher que agora trabalha e tem direito a lazer de final de semana no litoral. Design de Moda

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A grande ruptura nas roupas de banho se deu mesmo com o novo paradigma na moda no período pós II Guerra Mundial, em 1946, quando um criador de moda francês chamado Louis Réard lançou o “duas peças” na piscina Molitor em Paris, denominando o de “Bikini”, em 18 de julho do mesmo ano, devido aos testes atômicos realizados no Atol de Bikini, no Pacífico. Tremenda foi a ousadia que somente uma dançarina de cabaret teve a coragem de exibí - lo publicamente. Mas será que o biquini foi invenção dos anos 40 do século XX? Com essas características e para a função de banho de mar e/ou piscina sim; todavia no período de apogeu de Roma Antiga, séculos III e IV da era Cristã, se tem registro de duas peças em mosaicos de ginastas na Sicília composto por uma tanga (um tapa sexo, tipo uma calcinha) e o “strophium” (uma banda de tecido enrolada nos seios), para a prática dos exercícios. Vale a pena lembrar que o “bi” de biquini não se refere a “dois, duas” como se imagina por ser duas pelas, e sim por ser o nome que a moda se apropriou do Atol de Bikini. Contudo, a nomenclatura nos anos 60 de “monoquini” para uma peça inteiriça e que deixava o seio à mostra, lançado em 1964 por Rudi Gernreich, é mais uma invenção de nomenclatura estilística do que variação etmológica.

Fio Dental Brasileiro

Mosaico de uma Vila na Sicília. III e IV séculos d.C.

Os anos 60 trouxeram a emancipação feminina e até essa época o biquini continuava timidamente usado. De fato predominavam nas praias e piscinas em tecidos com helanca. No Brasil, o presidente Jânio Quadros proibiu nas praias, mas essa proibição só ajudou a difundi-lo e como diz a música “na areia tem mais peixe que no mar”.

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A partir daí o biquini só se popularizou. Coube especialmente à Inês Mynssen a fabricação e difusão do biquini no Brasil. De algodão, tanto a calcinha quanto o sutiã (agora sem enchimentos), o biquini tornou se o uniforme das praias nacionais. Coube também à Inês a invenção do modelo “cortininha”, de grande aceitação, pois os triângulos que cobriam os seios eram reguláveis adaptando-se muito bem à silhueta de cada usuária. Os anos 70 trouxeram o elastano em substituição ao algodão, difundindo também a ginástica e a prática do “cooper”. Em 1974, a atriz Rose di Primo desfilou nas praias cariocas a “tanga”, ou seja, uma calcinha que não tinha dado certo e que foi cortada nas laterais, acrescidas de cordões para serem amarrados nas laterais, deixando os ossinhos da bacia acentuados e revelando a virilha. Sucesso total no Brasil e no mundo. Os anos 80 trazem o culto ao corpo e para os biquinis o Brasil lança o “Fio Dental” deixando praticamente o bumbum à mostra. Outros modelos surgem como o “asa delta”, o “enroladinho”, etc. Os anos 90 reintroduziram o maiô como traje de banho, mas este não consegue desbancar o biquini, tão assimilado como roupa de banho e identidade de moda brasileira. Estampados, coloridos, de crochet, de tecido laminado, com aplicações de novos acabamentos, de tecido de altíssima tecnologia têxtil, misturas de calcinha e sutiã de modelos distintos, e muito mais, em corpos esculturalmente trabalhados, o mínimo de tecido continua sendo o máximo da moda brasileira.

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SAPATOS A HISTÓRIA EM PAÇOS LARGOS Historicamente falando, as primeiras evidências da elaboração de calçados são destacadas de dez mil anos a.C. As sandálias, feitas de fibras vegetais entrelaçadas, são os primeiros registros de calçados. No apogeu da cultura egípcia, as mesmas eram confeccionadas de papiro, também entrelaçado. Na Grécia Antiga, era comum as pessoas andarem descalças, porém as mais ricas usavam sandálias, às vezes até mesmo folheadas a ouro. As imperatrizes romanas calçavam sandálias com solas de ouro e as tiras cravejadas de pedras raras. Em Bizâncio, com toda sua glória, luxo e esplendor, a nobreza usava sapatos incrustados de pedras preciosas e bordados com fios de metal também precioso. A Baixa Idade Média já traz uma peculiaridade curiosa. Os menos favorecidos usam suas sandálias bem simples de madeira e os religiosos, especialmente os franciscanos, usam sandálias como sinal de despojamento e desprezo à materialidade mundana: a nobreza da Borgonha francesa evidencia o prestígio social também nos calçados através dos bicos de suas “poulaines”. Há necessidade inclusive de fios metálicos para sustentá-los em tão grande tamanho. Regras são estabelecidas para determinar o tamanho do bico dos sapatos que são denunciados de status: duques, príncipes e a alta aristocracia podem ter de bico duas vezes e meia o tamanho do pé; os cavaleiros, uma vez e meia; os ricos, uma vez e os homens comuns, somente a metade do tamanho do pé em bico. Polaine Medieval 1420

No Renascimento, os sapatos ganham bico quadrado, chamados de “bico de pato” e muitas vezes de couro talhado, obedecendo ao mesmo gosto de talhar o tecido das roupas. Os “chapins” são também muito difundido nesse período, especialmente entre as mulheres de Veneza. Verdadeiras plataformas de altura normalmente superior a 10 cm, funcionam como protetores para os sapatos e os pés contra as imundices das ruas. Também funcionam como uma espécie de distintivo social, evitando ações pecaminosas como a dança e até mesmo a fuga das mulheres. No Barroco, Luís XIV, o Rei Sol, cria um salto para seu sapato, que é até hoje chamado de salto tacão para ganhar estatura. Esse salto vira moda no reinado seguinte recebendo o nome de Luís XV. Originalmente, Luís XV (apesar de ter sido criado por Luís XIV) foi um salto masculino e até hoje é nome de um salto feminino. Mas, foi também na corte de Luís XIV que se estabeleceu o famoso “talon rouge”, ou seja, o salto vermelho que somente os nobres podem usá-lo.

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A REVOLUÇÃO NOS PÉS O século XIX já chega trazendo uma praticidade maior com seus sapatinhos mais baixos e funcionais dos períodos Império e Romântico. A era Vitoriana e a “Belle Epoque” vão privilegiar as botinas, pois mostrar as canelas é ato indecoroso. De couro ou de tecido bordado, normalmente têm saltos médios com cadarços entrelaçados frontalmente ou abotoadas, caso seja de abertura lateral. O século XX introduz inúmeras novidades nos calçados. Os primeiros registros de tênis para a prática esportiva datam de 1919 com a marca “All Star”. As sandálias voltam à moda na década de 1920, além dos sapatos de material laminado. No período da década de 1940, as calçados femininos ganham ar pesado e aspectos masculinizados com a II Guerra Mundial. Também nesse período Carmem Miranda é reconhecida internacionalmente com suas sandálias-plataforma. na mesma década, o italiano Salvatore Ferragamo é o grande nome na criação de sapatos. Os anos 50 já trazem para a moda de calçados o nome do francês Roger Viver que inclusive teve privilégio de ser o único criador a co-assinar com Cristian Dior, com o famoso scarpin gândola, com salto vírgula, em 1959.

James Dean faz sucesso no cinema com o tênis.

Os anos 60 trazem a democratização para a moda por extensão para os pés. os jovens comandam o mercado em suas botas de materiais alternativos e aspectos modernos. Os hippies que revolucionam a cultura jovem desde o final dos anos continuam a comandar a moda dos anos 70.

O unissex explode e a bota é o grande sucesso da década, juntamente com as plataformas do movimento “glam”. Os anos 80 são sérios e os aspectos de sofisticação ganham o cenário. Década de contradições na qual aparecem os sapatos de couro x tênis, coturnos x sapatos finos, masculino x feminino etc., a última década do século XX já traz uma pluralidade muito acentuada. Da Inglaterra vem Patrick Cox com suas inovações em cores, formas e materiais. Conforto agora é a palavra-chave para a moda e, especialmente, para os pés. A idéia de futuro associada ao fim do século e do milênio apresenta aspectos de movimento, dinamismo e principalmente conforto para os pés em tênis com formas aerodinâmicas e materiais resistentes e leves. O que vale mesmo é a individualização seja através de releitura de época passadas, seja pela invocação de formas e materiais ou seja, até mesmo pela customização também dos calçados, como sugeriu a marca de sandálias Havaianas no SP Fashion Week de Junho / Julho de 2001, que permitiu às pessoas interferirem com pinturas bem pessoais. SE HOJE NÃO EXISTEM MAIS PRÍNCIPES ENCANTADOS, BADALADAS DE RELÓGIOS, CINDERELAS E SAPATINHOS DE CRISTAL; TEMOS O CONFORTO, A PRATICIDADE, PLURALIDADE DE OPÇÕES E INÚMERAS OUTRAS POSSIBILIDADES PARA CALÇAREM OS 52 OSSOS QUE COMPÕEM OS NOSSOS PÉS.

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O LADO FASHION DO CINEMA VOCÊ SABIA QUE : Joan Crawford foi a grande culpada pelas ombreiras nas roupas femininas? ( ( Clark Gable quase quebrou a indústria de underwear, nos anos 30, porque revelou em Aconteceu Naquela Noite que não usava camiseta por baixo da camiseta? ( Os confeccionistas americanos são gratos a John Travolta por ter provocado a febre do terno de polyester com Os Embalos de Sábado à Noite?

As roupas que aparecem em tela grande podem decidir o que será usado nas ruas. Desde o tempo do cinema a vapor, figurinos são uma atração a mais pra o público, que faz fila e enche as salas de exibição para ver seus ídolos. Por exemplo, a vamp do cinema mudo Theda Bara eletrizava as platéias dos anos 10 com trajes sumaríssimos em épicos como Cleópatra: saias transparentes e bustiê de metal que deixava os seios quase à mostra. Theda Bara em Cleópatra

Mas foi com a implantação do star system que a máquina da moda de Hollywood se pôs em ação e os astros e estrelas passaram a ter profissionais responssáveis pelos seus modelitos. Surgem assim os primeiros figurinistas que durante as décadas de 20 e 30 foram responsáveis pela construção dos maiores mitos cinematográficos. A primeira diva a se beneficiar com esses profissionais da imagem foi Glória Swanson. Conhecida por suas extravagâncias dentro e fora das telas, miss Swanson teve boa parte do orçamento de Macho e Fêmea 1919, de Cecil B. de Mille, empregado na confecção de seus trajes suntuosos. Travis Banton foi praticamente o rei dos figurinistas hollywoodianos durante os anos de ouro dos grandes estúdios. A pesar do fraco que tinha por bebidas e farras - chegava a desaparecer por três dias - seu apurado senso fashion fez história. São deles, por exemplo, os lendários modelos usados por Marlene Dietrich no clássico O expresso de Shangai. Apenas um deles, um vestido rebordado com strass, custou US$ 8mil aos cofres da Paramount. Na equipe de Banton trabalhava uma jovem muito feia, porém estilosa, que iria escrever seu nome na histõria do cinema em letras tão brilhantes quanto às estrelas: Edith Head. De 1923 até morrer em 1981, ela faturou oito Oscar foi indicada 37 vezes. Era capaz de ser chique e contemporânea como em Janela Indiscreta, de Hitchcock, até biblicamente cafona como em Sansão e Dalila. Plunkett, um obcecado por trajes de época, desenhou o figurino de ...E O Vento Levou e chegou a uma constatação curiosa: quase todos os vestidos descritos no Best Seller de Margareth Mitchell são verdes. Na galeria dos figurinistas stars, temos também Adrian, que ao receber ordens para esconder os ombros de nadadora de Joan Crawford fez exatamente o contrário. Colocou a atriz com ombreiras imensas e foi copiado por todas as mulheres do mundo.

Desenho de Adrian | Para o filme Madame Satã

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É esse elenco - Banton, Adrian, Head, Plunkett e Orry Kelly - o responsável pelo vestuário hollywoodiano dos anos 40. Aquela silhueta dura e assimétrica, fotografada principalmente em preto-e-branco, dos anos da 2ª Guerra. A explosão do technicolor e o advento do new look de Cristian Dior fazem dos anos 50 uma época particularmente interessante nos figurinos do cinema. Enquanto Edith Head explorava a cor para delinear a psicologia dos personagens, Helen Rose criava uma imagem tão sofisticada de mulher que Grace Kelly a escolheu para desenhar seu vestido de noiva, quando se casou com o Príncipe Reinier de Mônaco. E O JOVEM FRANCÊS HUBERT GIVENCHY PRATICAMENTE INVENTOU A IMAGEM FEMININA MAIS CHIQUE DA TELA : AUDREY HEPBURN. OK, mas nem só em Hollywood vive o cinema. E no departamento europeu ninguém foi maior do que Piero Tosi, o mestre italiano colaborador de Luchino Viscont. Afinal, basta uma olhada na seqüência do baile de O Leopardo para saber do que ele era capaz. Não é à toa que sua discípula, a também italiana Milena Canconero, faturou dois Oscar: um pela visão da moda na corte francesa dos Luíses, em Barry Lindon, e outro pelo estilo campestre de luxo de Entre Dois Amores. Em anos mais recentes, o cuidado com os figurinos nem sempre é digno de nota mas não podemos nos esquecer da meticulosidade histórica da inglesa Sandy Powell - que não dá entrevistas e nem se deixa fotografar - , capaz de cobrir 400 anos de vida de Lord / Lady Orlando. Quer mais? Então preste atenção mais uma vez nas roupas usadas pelo trio Robert De Niro, Joe Pesci e Sharon Stone em Cassino, vestidos pela expert em moda Rita Ryack.

AGORA RESPONDA: VOCÊ IRIA GOSTAR DOS FILMES ACIMA CITADOS SE OS ATORES ESTIVESSEM SÓ DE JEANS E CAMISETA?

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BABADOS E ROCOCÓS Por trás dos trajes suntuosos da realeza de O Outro Lado da Nobreza (Restoration, de Michael Hoffman), há o nome de James Acheson, vencedor do oscar da categoria neste ano. O figurinista já havia mostrado seu interesse por trabalhos de época com o ótimo guarda-roupa de Ligações Perigosas ( de Stephen Frears), pelo qual em 1989 racebeu seu segundo Oscar na categoria - o primeiro foi no ano anterior pelo trabalho em O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci. Várias vezes colaborador de Bernardo Bertolucci e de Terry Gillian, James Acheson começou sua carreira no teatro. Ficou seis anos na BBC e depois se dedicou a produção de filmes publicitários. Com Terry Gillian (cujo Os 12 Macacos também concorreu ao Oscar de figurino este ano) trabalhou em Bandidos do Tempo, O Sentido da Vida e Brazil - O filme; com Bertolucci, além de O Último Imperador, em O Céu que nos Protege e O Pequeno Buda. Eclético é responsável ainda pelas roupas de Highlander, O Guerreiro Imortal, de Russell Mulcahy, e de Frankenstein de Mary Shelley, de Kenneth Branagh. Para contar a história da ascensão e queda de Robert Marivel (Robert Downey Jr.) Na Corte do Rei Carlos II (Sam Neill), Acheson não mediu esforços e sua reconstituição dos trajes usados no século 18 é novamente surpreendente. Meticuloso, Acheson caprichou principalmente no figurino de Carlos II, rei famoso por usar basicamente roupas de cores escuras - e que por isso era chamado de Black Boy -, mas que ao se exilar na cortew do primo Luís XIV descobre as cores mais cosmopólitas da Europa.

FILMES DE ÉPOCA 9 CLEÓPATRA - EGITO 9 BENHUR - ROMA 9 ESPARTACUS - ROMA 9 ROBIN HOOH - IDADE MÉDIA 9 JOANA D´ARC - XII 9 ROMEU E JULIETA - XIV 9 RAINHA ELIZABETH - XVI 9 A LETRA ESCARLATE - XVII 9 A TESTEMUNHA - XVII 9 LIGAÇÕES PERIGOSAS - XVIII 9 AMADEUS - XVIII 9 ...E O VENTO LEVOU - XIX 9 DRÁCULA DE BRAMSTORN - FINAL DO SÉCULO XIX 9 CHARLES CHAPLIN - 1920 9 OS INTOCÁVEIS - 1930 9 GILDA - 1940 9 CASABLANCA - 1940 9 BONEQUINHA DE LUXO - 1950 9 JUVENTUDE TRANSVIADA - 1950 9 BARBARELLA - 1960 9 THE DOORS - 1970 9 ASES INDOMÁVEIS - 1980 Design de Moda

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U U O BOTÃO E SUA EVOLUÇÃO U O botão é um meio de fechar ou segurar principalmente tecidos, mas também pode servir como enfeite. Na pré-história conforme provam achados feitos na Idade da Pedra Recente, provavelmente não tinha sua função específica. Na Idade da Pedra Antiga é raramente encontrado, mas na época das migrações européias, já aparece com mais freqüência. Na idade média européia, o botão aparece pela primeira vez no século 13 e a partir dos séculos 14 e 18 aparece temporariamente como atributo preferido da moda. O feitor de botões surge na primeira estatística profissional alemã de Nuremberg, na chamada lista dos mestres profissionais, no ano de 1363 “como ferreiro de botões”. A cidade montanhosa de Ludenscheid (Soligen) tem igualmente uma tradição na fabricação de botões. Quando no início do século 19 a moda se afastava da simples meneira de prender a roupa por meio de lacinhos, etc. A fabricação de botões tomou grande impulso e esta cidade se tornou centro de uma grande zona industrial do ramo de botões. Em 1959 a tradição e a nostalgia motivaram a criação do museu de Ludenscheid. Nada menos que 80.000 botões diversos podem ser apreciados, entre eles exemplares que contam a história completa de famílias, por meio de escudos, brasões ou insignias. Otto Von Bismac, por exemplo, também outras famílias nobres, entre eles, dinastias de príncipes e condes, zelavam com todas as minúsculas, pela apresentação de seu status perante a sociedade. Sá interessavam os próprios “botões da família”. A variedade das séries de botões era uma espécie de sinal que marcava a ascensão na escala da nobreza e neste caso, todos os botões tinham que ser atualizados e não só os personais. Os empregados até o último lacaio, obtinham então mais uma ponta na sua coroa de nobreza. Os técnicos do ramo de botões chamavam isto de “heraldica de botões”. Desde os simples utensílios de fechar de antigamente, desenvolveram-se com o tempo pequenas obras de arte, e a técnica acompanhou o desenvolvimento por conseguinte. Da simples fundição em areia, chegou-se a moderna técnica de estampagem e o botão como artigo de moda por si só fez o resto. Para os fabricantes isto sempre era motivo de satisfação. Adivinhar qualquer tendência da moda e acompanhá-la representava certa dificuldade. Já o século passado houve fracassos, prejuízos e diminuição de negócios. O comércio de botões atingiu seu clímax antes da Primeira Guerra Mundial. Nesta época, carregavam-se navios inteiros com botões que iam para a China. O Zar da Rússia, mandou dotar todo seu exército com botões de Ludenscheid. Botões made in Germany, dominavam o mercado mundial. Mas aí apareceram no mercado, os “diversos” de várias procedências que tomavam conta também deste setor. Uma novidade, era no seu tempo o chamado botão dos solteirões. Este botão patenteado, constava de duas partes, que eram presas por meio de um cabinho que se introduzia no tecido e que segurava as duas partes, evitando assim o trabalho de costureiras pelo avesso aos solteirões., daí o nome. Este botão do solteirão, está em uso até hoje. O museu de botões de Ludenscheid, mantém também uma seção de ordens honorárias e distintivos de dignidade, como linha adicional de fabricantes de botões. U

TEMA DE VESTIBULAR A INDUSTRIALIZAÇÃO DA MODA A EVOLUÇÃO DA MODA PARTINDO, COM O TEMPO, DO MANUAL E PRATICAMENTE EXCLUSIVO, PARA O INDUSTRIAL E PRODUZIDO EM SÉRIE. O trabalho, em qualquer área de atuação, é uma ação humana com capacidade transformadora em função das próprias necessidades do homem e de acordo com o contexto de uma determinada época. O trabalho em si é uma forma de libertação, auto, superação e dignidade da condição humana que, conta a sua própria história, evoluindo com o tempo, do manual e praticamente exclusivo. para o industrial e produzido em série. No que dis respeito ao hábito de cobrir o corpo, o ser humano também sempre encontrou soluções que lhe satisfizeram, fossem elas técnicas ou estéticas, vigentes dentro de uma determinada sociedade. Numa visão histórica de produção, pode-se começar mesmo na pré-história, quando o homem inventou o Tear. Desnecessário dizer que tremendamente rudimentar e primitivo comparado com qualquer outro através dos tempos, todavia, necessário para que fosse dado um primeiro passo. Na Idade Média, sem que se possa ainda usar o termo “industrialização”, o homem produziu têxteis de forma manual e se limitava a comercializá-los para elaboração também manual das roupas. Até o século XVIII, essa era a forma de produção: manual. Ainda no século XVIII, exatamente em 1767, é que foi permitido às mulheres trabalharem integralmente na elaboração de uma toilette feminina, cabendo as masculinas ainda aos alfaiates. Design de Moda

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É lógico que para a elaboração de roupas, foi necessário o emprego de alguns recursos. A agulha, por exemplo, surgiu ainda na pré-história. A tesoura, por sua vez, apareceu por volta de 700a.C. na Grécia. A agulha de aço surgiu na Alemanha já no século XIV; a máquina de tricotar na Inglaterra no século XVI; a prensa de cobre para a estamparia na França, no século XVIII e também na França um cavalheiro chamado Joseph-Marie Jacquard no final do mesmo século XVIII inventou uma máquina que, posteriormente, foi aperfeiçoada para simplificar a fabricação de tecidos com padronagens ornamentais. A máquina e o tecido por ele elaborado receberam o seu próprio nome: Jacquard. A máquina de costura, que tem sua própria história e importância, vai de fato revolucionar o processo de industrialização das roupas. Em 1790, Thomas Saint patenteia uma máquina de costura própria para elaboração de trabalhos em couro. Em 1814, o australiano Joseph Maderspeger cria a primeira máquina de costura com duas agulhas com orifício na ponta e usada para confecção de chapéus. Em 1818, John Adams Dodge e John Knowles, projetaram e construíram a primeira máquina de costura nos estados Unidos, que não foi patenteada. Só em 1830, na França, surgiu a primeira patente de máquina de costura, com o alfaiate Barthélemy Thimonnier que, em 1841, teve toda a sua oficina destruída por seus funcionários. Na seqüência, aperfeiçoou seu invento e conseguiu duas novas patentes de máquina de costura, contudo, essas não foram reconhecidas nem no Reino Unido nem nos estados Unidos. Mas, a história atribuiu mesmo a invenção da máquina de costura ao norte-americano Elias Howe que em 1846 patenteou sua máquina. No que diz respeito à disputa comercial, o primeiro a incomodar Howe foi Isaac Merrit Singer, que obteve sua patente em 1851. Apresentou seu evento em Paris na Exposição Universal na década de 50 do século XIX e encantou a todos, especialmente o governo francês, que adquiriu para produção de uniformes para os soldados franceses. Foi também a Cia. Singer, em 1889, que adaptou um motor elétrico às máquinas de costura. Duas outras grandes invenções vieram da França e muito contribuíram para a industrialização do vestuário. A fita métrica (1847) e o busto-manequim (1849), ambos inventados por Alexis Lavigne, que em 1841 fundou também em Paris a escola para costureiras “Guerre-Lavigne”, a mais antiga escola para o setor vestuário ainda em plena atividade. Em 1974, essa mesma escola mudou para ESMOD. Essa não foi a primeira , mas a segunda digamos “escola de moda” do mundo, um vez que o Duque de La Rochefoucauld fundou em 1780, também na França, uma escola para alfaiates e sapateiros. Com as máquinas de costura, vão surgir as primeiras confecções de roupas em série, que produziram uniformes e roupas de trabalho. Ainda no século XIX, outros fatores contribuíram para a produção industrial do vestuário e sua divulgação: o surgimento da primeira loja de departamentos em 1824 na França com o nome de “La Belle Jardinière” com Pierre Parissot; a comercialização de modelos prontos (só que um único tamanho) a partir de 1850 na França com Madame Roger; e com o próprio Worth que, que em 1868, também na França, apresentou modelos confeccionados em diversos tamanhos. A França dominava o cenário da moda e também o da industrialização. Já no século XX, em 1907, o industrial têxtil francês Marcel Boussac abriu a primeira tecelagem com o caráter de produção industrial.

A modernidade das roupas masculinas em 1926. Verdadeiramente almofadinhas

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Obviamente que as duas grande guerras do século XX (1914 - 1918 e 1939 - 1945), influenciaram no desenvolvimento da própria industrialização do vestuário. Terminada a II Guerra Mundial, a partir dos anos 50, a Europa de fato dá um grande passo no aperfeiçoamento industrial do vestuário. Não só a França, mas também a Itália e a Inglaterra, mas logo logo vão bater de frente com os Estados Unidos. Depois da II Guerra Mundial a alta costura retomou sua posição de prestígio, todavia, os norte-americanos já produziam maravilhosamente bem roupas de qualidade, estilo e em série. Era a invenção do “redy-to-wear”, que os franceses vão assimilar e transformar no “prêt-à-porter”. Foi uma espécie de democratização da moda que muito contribuiu para o desenvolvimento da indústria do vestuário. Porém, foi mesmo a partir dos anos 60 que o prêt-à-porter vai ser verdadeiramente difundido e incorporado pelo consumo de massa. A imprensa teve um grande papel nessa difusão da roupa em série e, a revista ELLE, criada por Hélène Lazareff no pós II Guerrra Mundial, fez a primeira reportagem sobre o prêt-à-porter em 1952, intitulada “Você Gostaria de Encontrar Vestidos Prontos Para Vestir?”. No mesmo ano, a Vogue Francesa lançou uma edição sobre o mesmo assunto com a seguinte frase: “Tudo Pronto Para Usar”. É lógico que o avanço tecnológico das indústrias têxtil e de confecção contribuíram também consideravelmente para esse desenvolvimento. Em meados dos anos 70 foi criada a “Première Vision”, ainda hoje a principal feira de lançamentos têxteis do mundo, acontecendo duas vezes por ano em Paris. ¨

INDUSTRIALIZAÇÃO DA MODA APÓS 1950 A abertura da Casa Dior nos EUA em 1948, com o prêt-à-porter de luxo e, em 1949, com os primeiros contatos para a industrialização de meias e gravatas com o nome Dior; o surgimento na França, em 1953, da marca CHLOÉ, a definição das épocas de lançamento do prêt-à-porter em Paris (fevereiro e agosto), em 1955, a criação do 1° Salão de Moda Feminina em Porte de Versailles, em 1963; a criação da primeira consultoria em estilo para a indústria em 1965 com Françoise Vincent-Ricard com o surgimento do Bureau de Style “Promostyl”;os novos criadores de moda, a partir do final dos anos 60 e início dos anos 70, Chamados de “estilistas” e não mais de “costureiros”, valorizando e popularizando a moda por intermédio da influência de rua. Nos anos 80 e 90 do século XX, com toda a dinâmica da globalização, horizontes se abriram para o oriente com os denominados “Tigres Asiáticos”, não só com seus criadores de moda mas, especialmente, com suas avançadíssimas tecnologias têxteis de última geração vindas especialmente do Japão, Coréia e da China, democratizando a moda nos quatro cantos do mundo com seus produtos de qualidade, em grande quantidade e a preços muito mais acessíveis. Sem falar na informática associada à moda, que facilita em técnica e produção e, por extensão, à comercialização de grande volumes de têxteis e confeccionados. É o homem afinal que continua se adaptando, se reinventando e trabalhando em função das circunstâncias que o atingem.

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GLOSSÁRIO

A ACETATO Fibra artificial celulósica. Em 1869, na Alemanha, foi criado um tecido composto por essa fibra. Em 1920, foi elaborada uma fibra de acetato comercialmente viável. O acetato, desde então, tem sido utilizado para fazer lingeries, blusas, vestidos e artigos que requerem tecidos leves e sedosos. ACRÍLICA Fibra artificial sintética. Foi lançada comercialmente pela primeira vez em 1947, mas somente após a década de 50 passou a ser produzida em grande volume. Esta fibra produz um tecido forte e quente, de bom caimento. É frequentemente utilizada como substituta da lã e normalmente usada para a confecção de suéteres, cardigans e pulôveres. ACTIVE WEAR Roupa cômoda, que não atrapalha os movimentos, usada nas mais variadas atividades, inclusive esportivas. ADAMASCADO Originalmente era um rico tecido de seda, que chegou ao Ocidente de Damasco, na Síria, onde era produzido. Os padrões eram parte da tecelagem e produzidos pelos fios coloridos. Foi tecido para vestidos no Renascimento e mesmo no século XIX. No século XX, foi mais usado em estofamentos. ALAMAR Galão feito de fio metálico que serve para abotoar a frente de um vestuário. ALGODÃO Fibra vegetal celulósica. Sua cor natural atinge vários tons de bege. No século V (a.c.) já era utilizada pelos gregos. ALINHAVO Pontos largos, não definitivos, feitos para coser uma peça de roupa. ALPACA Lã do animal do mesmo nome, semelhante à lhama, mas de menor estatura, membro da família do camelo, nativo das regiões montanhosas dos Andes da América do Sul. Em 1836, foi introduzida a roupa de alpaca, que era uma combinação de alpaca e seda, sendo muito utilizada para fazer roupas simples e para forrar casacos. A partir do final do século XIX, a alpaca foi misturada ao algodão. Desde a segunda metade do século XX, a palavra alpaca refere-se a um tecido crepe-rayon com uma textura fina, resistente, rígida e metálica. ALTA-COSTURA Moda cara feita com exclusividade para cada modelo. A Alta-costura ou "Haute-Coutûre" é a costura dos grandes estilistas, dos grandes ateliês do mundo inteiro. ANARRUGA Tecido com efeito ondulado de superfície enrugada, feito com processo de estamparia ou crepe-seda em listras, pois, xadrezes e vários desenhos. ANGORÁ Lã ou tecido derivado de cabras ou coelhos angorás. ANQUINHAS Antiga armação de arame utilizada para armar as saias das mulheres na altura dos quadris. A moda começou na Espanha no início do século XVI, e, de lá expandiu-se por toda a Europa. ANORAK Parte do traje esquimó. É um blusãoechado, que chega à altura dos quadris, dotado de um capuz que se ajusta ao rosto por meio de um cordão. Originalmente de pele, era usado, no inverno, com o pêlo voltado para dentro. Entrou em moda como traje esportivo (esportes de inverno, alpinismo) ou agasalho informal, passando a ser feito de nylon, forrado com material sintético mais ou menos espesso, para garantir o máximo de agasalho com o mínimo de peso. ANTÍLOPE couro obtido do animal do mesmo nome. Normalmente utilizado para roupas, sapatos, cintos e outros acessórios. Design de Moda

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ARABESCO Ornato de origem árabe com entrelaçamento de linhas, ramagens, etc. ART DÉCOR Desenhos geométricos ou retilíneos muito comuns em suéteres. Sua inspiração vem dos Ballets Russos, Bauhaus, Cubismo, índios americanos e um pouco de Art Noveau. ART NOVEAU Forma de arte decorativa que atingiu toda a Europa durante a década de 90 do século XIX. Levou esse nome por causa da L'art Nouveau, uma loja aberta em Paris, em 1895 por Segfried Bing. Embora a Art Noveau fosse principalmente expressada na arquitetura, decoração de interiores e desenhos de mobílias, ela também encontrou o seu caminho no desenho de jóias e tecidos. Foi distinguida por sua graciosidade, linhas e pinceladas alongadas terminando em arabescos e motivos florais ou de folhagens. ASA DELTA Modelo de biquíni, cuja a calcinha é cavada na frente na forma de uma asa delta e as laterais chegam quase até a cintura. ASSIMÉTRICA (Assimetria) que não tem simetria, isto é, não apresenta igualdade, relação ou correspondência de partes situadas em lados opostos. ASTRACÃ Lã firmemente encrespada da pele dos carneiros da Rússia, muito usada para golas e chapéus. Foi popular até o final do século XIX, usada como adorno nos colarinhos e bainhas de casacos e dentro de chapéus. No século XX, este nome é dado tanto para a própria pele quanto para o tecido pesado com pelos espessos e cacheados que imitam a pele do carneiro persa. AVANT GARDE Termo francês que significa estilo vanguarda (à frente) da moda.

B BIZANTINO Refere-se ao período de dominação de Bizâncio e ao luxo exagerado de que tomamos conhecimento através de mosaicos e pinturas da época, em que podem ser vistos suntuosos tecidos de ouro e prata, jóias de imensa riqueza, pendentes de pérolas, etc. BARBARELLA Personagem de história em quadrinhos de Jean Claude Forest. Publicada em Paris, em 1962, conta as aventuras de uma mulher extremamente liberada, em um ambiente cósmico. No cinema, Barbarella foi interpretada por Jane Fonda, com direção de Roger Vadim, em 1968. Suas roupas - quando as usa - são particularmente chamativas: calças muito justas, blusas transparentes e/ou decotadas. BARRA "COULISSÉE" Bainha de casaco, vestido ou blusão, ajustável por meio de cordão ou elástico que corre por dentro da bainha. BARRA ITALIANA Bainha dupla, dobrada sobre si mesma. Moda lançada nos anos 30, pelo então Príncipe de Galles, que, ao atravessar um gramado úmido, levantou a bainha da calça para impedir que se molhasse. BASQUE Do substantivo francês "basque"- parte recortada que fica abaixo da cintura em casacos/tailleurs. BATIK Processo de tingimento originário da Ilha de Java, no qual áreas do tecido são recobertas com parafina de forma que apenas as áreas descobertas aceitam o tingimento. A cera é posteriormente dissolvida em água quente. O processo pode ser repetido quantas vezes for necessário dependendo do número de cores que se deseja aplicar. BLACK-DENIM Brim negro. É o mesmo JEANS porém com fio negro. BLACK-TIE Traje formal para ocasiões especiais noturnas. Design de Moda

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BLAZER Casaco curto, reto, unissex, geralmente abotoado ou com um zíper como fechamento. Compõe um costume, tanto como complemento de saia quanto de calça (masculina ou feminina). Pode ainda ser usado com short. BLOOMER Shorts, bermuda ou calça bufante com elástico nas pernas. O nome vem de Amélia Jenks Bloomer, reformadora feminista norte-americana que usou uma calça ampla e franzida, pela primeira vez em 1850. BLUE-JEANS Jeans tingido com índigo (azul). BOÁ (BOIS) É aquela écharpe longa e feminina, feita de peles ou de penas, características da Belle Epoque. BODY-SUIT Roupa colante, geralmente em "stretch", ajustada no corpo, sublinhando-lhe o contorno. Forma abreviada: body. BOLERO Pequena jaqueta aberta, chegando no máximo até a cintura. De origem espanhola. No início do século XX usavam-se boleros com blusas finas de fartos jabots rendados. BOMBER Jaqueta de lã, comprimento até a cintura, ampla, de mangas ajustadas franzidas ou elásticos no pulso. Inspiradas nas jaquetas dos pilotos da R.A.F. da Inglaterra, durante a segunda guerra mundial. BOTTOM Parte inferior de qualquer traje: saias, calças, bermudas, etc. BOUCLÉ Fio crespo que, ao ser tecido, resulta numa superfície encaracolada, irregular. BOULE Balloné. Silhueta ou linha em que, nas roupas, há um contraste entre uma parte justa e outra franzida e cheia, dando um efeito de balão ou bolha. BRIM Tecido forte e sarjado, geralmente de algodão. BROCADO Refinado tecido de seda com desenhos em relevo, realçados por fios dourados ou prateados. BUREAU DE STYLE Escritório de criação e organização das tendências de moda. A palavra "bureau" também é usada em moda, para um caderno com desenhos das tendências de moda. BUSTIÊ Peça do vestuário externo que cobre o busto, espécie de top sem mangas, ajustado no busto.

C CACHE-COUER Do verbo francês "cacher" - esconder; e do substantivo francês "couer" - coração. Diz-se de um top com transpasse frontal geralmente usado como agasalho para dormir e pelas bailarinas clássicas. CALÇA BAG Calça justa na cintura, que se alarga nos quadris e nas pernas, para afunilar-se novamente nos tornozelos. CALÇA BOCA DE SINO Calça que esteve muito em moda nos anos 60 e 70, é justa nos quadris e nas coxas alargando-se em forma de cone a partir dos joelhos. CALÇA CARPINTEIRO Calça, normalmente de jeans, com muitos bolsos. CALÇA CORSÁRIO Calça de comprimento nas canelas como a dos piratas do Caribe. Design de Moda

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CALÇA CULOTE OU CALÇA DE MONTARIA Calça larga nos quadris que se ajusta a partir dos joelhos, originalmente de comprimento nas canelas. CALÇA FUSEAU Calça bem justa nas pernas em tecidos com certa elasticidade e geralmente apresenta, costurada na barra, uma alça que se segura na sola do pé. CALÇA KIMONO Calça larga que permite todos os movimentos da perna. CALÇA LEGGING Calça justa nas pernas em tecidos finos de malharia plana e, normalmente com elástico na cintura. CALÇA PANTALONA Calça com pernas folgadas e bocas amplas. CALÇA PESCADOR Calça de comprimento nas canelas e com barras viradas. CALÇA PIJAMA Calça ampla de corte reto com um coulissé na cintura. CALÇA SAROUEL Calça usada pelos marroquinos, com amplo panejamento no cavalo. CALEÇON Cueca, roupa íntima masculina. Define atualmente, as peças de lingerie femininas inspiradas nesse item do guardaroupa do homem. CARDIGAN Sweater ou casaco tricotado, geralmente de lã, sem gola, com ou sem mangas, cujo nome deriva do Conde de Cardigan, que usava na Guerra da Criméia, no século passado, uma peça desse tipo. CHANGEANT Do verbo francês "changer"- mudar. Diz-se dos tecidos que mudam de cor: furtacor. CHEMISIER Vestidos inspirados nas camisas masculinas. Apresenta gola colarinho e tem abotoamento frontal. CHESTERFIELD Casaco de lã com abotoamento simples ou duplo, assim chamado devido ao Conde de Chesterfield, personagem da política inglesa do século XIX, sendo sua principal característica a gola de veludo. CHEVRON Espinho-de-peixe. Tecido todo formado por "V"s contínuos. CHINTZ (ACABAMENTO EM) Do hindu "chint", que quer dizer "tecido estampado". É um tecido de algodão com um acabamento lustroso obtido pelo uso da goma. CIRÊ Tecido submetido a um processo em que se aplica cera, sob calor e pressão, resultando num acabamento macio e lustroso. "CLEAN" Palavra inglesa que significa limpo. Em moda seria "despojado". Moda "limpa", simples. Ausência do supérfluo. Um mínimo de adornos e enfeites. O nome deriva do movimento jovem que se auto denominou Clean e Hiper-clean. CLOCHARD Calças soltas, sem vinco, acima do tornozelo, muito frouxas e largas na cintura, onde são ajustadas por um cinto. Clochard é o mendigo parisiense. O estilo clochard implica sobreposição de peças em uso por volta de 1982, assim como variedade de materiais: veludo, couro, algodão e lã. As roupas de circo usadas pelos palhaços, em tecidos de estofamento, também inspiram esse look. Design de Moda

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COLLANT Roupa em malha de fio elastano, bem justa, que parece colada. COMBINAISON (COMBINAÇÃO) A palavra não se aplica apenas para combinação, peça de lingerie. Define também vestidos ou blusas inspiradas no corte dessa peça, ou seja, com o busto acentuado por corte, pences e alças finas. CONTEMPORÂNEO Atual. Que decorre atualmente. Que está acontecendo. CORDONNÉ Do verbo francês "cordonner"- torcer no cordão. Diz-se dos tecidos ou das fibras entrelaçadas entre si. CORSELET Corpete que marca a cintura, geralmente atado à frente, dotado de alças na parte superior. (Veja Corset) CORSET Colete, espartilho, modelador de si-lhueta usado desde os séculos XIV e XV por homens e mulheres. Em desuso a partir do estilista Paul Poiret, cedeu lugar aos collets, modeladores em materiais mais leves, como o algodão e o látex. COSTUME Conjunto de duas peças - paletó e calças ou paletó e saia (tailleur) - confeccionadas no mesmo tecido. COTELÉ Tecido com estrias em relevo. COTURNO Calçado de sola alta usado pelos antigos atores trágicos. COULISSÉ Franzido obtido passando-se um cordão por uma bainha. Usado no cós de saias do tipo "cigana" ou na parte inferior de blusões e casacos, ajustando-se nos quadris. O termo francês refere-se à maneira de franzir cortinas. "COUNTRY" "Campestre, rural, caipira". Estilo que foi revivido pela música caipira norte-americana e pelos seus cultores, a partir dos anos 70. Implica uma volta às raizes rurais da sociedade americana moderna, incluindo roupas estilizadas, como a de cow-boy e a de mulher pioneira. "COUTURE" Costura. O termo se refere, geralmente, à "haute-coûtere" - "alta costura", isto é, à costura elaborada pelos grandes estilistas e costureiros, dos grandes ateliês do mundo inteiro. CREPE Tecido fino, normalmente transparente, feito com fio torcido de seda, algodão, poliester ou lã. Tem aspecto granulado e um toque seco e áspero. O tecido adquire esta aparência devido ao tingimento e ao acabamento onde o encolhimento dos fios revela o aspecto crepe. CREPE DA CHINA Crepe de seda, de textura muito fina e transparente. CRETONE Tecido resistente de algodão em armação - tela. CRINOLINA - Tecido de crina de cavalo; - Saiote de baixo bufante, muito usado durante o século XIX. Posteriormente passou a ser sustentado por barbatanas de baleia e de metal. CROQUI Em moda, o termo designa o esboço de uma figura ou vestimenta de moda.

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D DANDYISMO Do substantivo inglês "dandy" - um homem excessiva e ostensivamente refinado na maneira de vestir. Diz-se da ação, processo, condição, crença, etc., da moda em seguir a maneira de vestir do "dandy". DARK Escuro, sombrio. É assim chamado o movimento que pôs em moda as cores escuras-marron, negro - como reflexo de estados de alma. Lançado por estilistas ingleses e japoneses já na segunda metade dos anos 80. DEBRUM Tira de tecido, geralmente enviesada, com que se remata a orla de uma peça. DEGAGÊ Amplo decote que deixa à mostra, colo e ombros. DÉGRADÉ A gradação de uma cor em vários tons DEJA-VU Já visto. Que não é novidade. DÉLAVÉ Brim índigo blue que devido a lavagem com certos agentes químicos, torna-se desbotado uniformemente. DENIM Denim é o nome que se dá a técnica de colocar fios de uma cor na urdidura e de outra na trama (o "Blue" Denim usa fios azuis na trama e brancos na urdidura). No Denim "Color", os fios azuis são substituídos por fios de outras cores: vermelhos, amarelos, etc... DÉSABILLÉ Traje caseiro; roupão. DEVORÉ Padrão obtido no veludo, através da aplicação de uma pasta química que destrói a parte aveludada do tecido, reduzindo-o à tela. Em geral, o devoré compõe o fundo e a parte aveludada, o desenho. DOUBLE-FACE Dupla face. Tecido que não tem avesso, isto é, pode ser usado tanto de um lado quanto do outro. DRAPÉ DRAPEADO. Movimento frouxo do tecido em um traje. Geralmente o tecido é usado enviesado e tomado pelos extremos, a fim de que a parte central caia em curvas frouxas.

E ÉCHARPE Faixa de tecido, com ou sem franjas nos extremos, que se enrola em torno do pescoço ou se coloca sobre os ombros. ENTRETELA Pano geralmente engomado que se coloca entre o forro e o tecido, numa parte da peça do vestuário para lhe dar consistência (firmeza). ENVELOPE Silhueta ou linha em que as roupas têm as características da saia-envelope, cuja parte dianteira é dupla, cruzando e abotoando nas laterais do cós. ESCARPIN Do italiano Scarpino. Sapatos muito leves, de entrada baixa e todo fechado. ESPARTILHO Antigo colete com barbatanas, usado pelas mulheres, comprimindo a cintura para proporcionar elegância ao corpo. ESTILISMO Processo de desenhar e criar moda. Design de Moda

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ESTILISTA Profissional que desenha e cria figurinos a um estilo próprio ESTILO Maneira própria e pessoal. ESTOLA - Tipo de xale comprido, em geral retangular, usado pelas mulheres como adorno ou agasalho. É feito normalmente de pele de animais como vison, lontra, marta e outros. - Fita larga usada sobre a aba dos sacerdotes. EVASÉ Designa o corte de saias e calças que se abrem na parte inferior, podendo ser enviezado ou não. ETNIA ASTECA É a influência exercida na moda atual pelos desenhos e técnicas de tecelagem dos primitivos habitantes do México e, de uma forma geral, dos da América pré-Colombiana.

F FASHION MODA. O que se usa no campo do vestuário, dos adornos, decoração de casas. O "design" de objetos do cotidiano moderno, quer sejam do vestuário ou não. FECHO-ÉCLAIR Zípper. FELPA OU FELPO Pelo saliente de um tecido. FELPUDO Diz-se do tecido com felpa de toque macio. FELTRO Espécie de estofo produzida pela mistura de fibras animais sobre pressão e calor. Tem aspecto de lã dura e encorpada. FENDA Abertura estreita em peças do vestuário. FESTONNÉ Bordado em ponto cheio, caseado na parte externa para ornar ou dar acabamento à orla de um tecido, funcionando como bainha. FICHU - Do substantivo francês, bico, ponta de um tecido, lenço triangular, às vezes quadrangular, mas dobrado em forma triangular, usado em torno dos ombros ou da gola imitando esse lenço. - Gola grande com decote amplo nos ombros. FILÓ Tule. Tecido transparente de seda, algodão ou nylon com trama em forma de rede em furos redondos ou hexagonais. É muito utilizado em véus, vestidos habillé, saiotes de ballet, cortinados ou como base para rendas. FLOCAGEM Método de ornamentação no qual o tecido é estampado com uma substância adesiva sobre a qual se aplicam partículas minúsculas de fibras têxteis por processo com jato de ar, pulverização ou atração eletroestática. FOLK É uma irreverente mistura de tons e estampas com nítida inspiração no folclore de algum lugar do mundo. Forma abreviada de folcklore. FRAQUE Traje masculino para ocasiões noturnas formais, justo no tronco, curto na frante e com abas longas atrás até a altura da canela. FURTA-COR "Changeant" - termo que descreve o tecido cuja cor se altera, dependendo da luz projetada.

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FUSTÃO Tecido, geralmente de aldogão, com tramas em relevo. O fustão cordonné apresenta cordões justapostos em relevo e o fustão piqué é todo composto por pequenas elevações em forma de casa de abelha.

G GABARDINA OU GABARDINE Tecido sarjado em algodão, lã ou outras fibras em trama fechada. Quando pré-encolhido e impermeabilizado serve para a confecção de capas de chuva e sobretudos. GALÃO Tira de tecido bordado ou cadarço entrançado, usado para debruar ou enfeitar. GALOCHA Espécie de bota de borracha usada antigamente sobre sapatos comuns em dia de chuva. GAZE Tecido leve e transparente em linho, seda ou lã, produzido por batidas irregulares no tear. Originário de Gaze na Palestina. GLAMOUR Encanto pessoal. GODÉ Corte que se abre em forma de corola, amplo, com o tecido enviesado. GOLA CLAUDINE Gola Redonda. Gola Escolar. É o colarinho redondo, rebatido, usado nos uniformes escolares e rematadas sob a gola com uma gravata, às vezes mera fita de gorgorão em laço. Gola assentada. GOLA CUT-AWAY Palavra composta inglesa que significa aberto. Refere-se ao tipo de colarinho de pontas abertas. GOLA "FICHU" Fichu é o lenço triangular, às vezes quadrangular, mas dobrado em forma triangular, usado nos trajes folclóricos pelas camponesas. Passa sobre os ombros, amarra à frente, ou enfiam-se as pontas no cós da saia ou do avental. Esteve em moda nos trajes do século XVIII, como remate do decote, geralmente muito grande, e era frouxamente drapeado em torno dele, tanto para valorizar o busto como até para torná-lo menos evidente. GOLA ITALIANA Gola de camisa inteiriça, modelada sem "pé de gola", com revel interno. GOLA ROULÉ Gola enrolada. É a gola alta, em peças de malharia, que se enrola ou dobra em torno do pescoço. Gola Olímpica. GOLA "TURTLE" Gola alta. Usada não enrolada ou dobrada, apenas amassada em torno do pescoço.Costuma ser larga e alta, perdendo-se a cabeça entre suas dobras: daí o nome Gola Tartaruga. GOLA XALE Gola de casaco ou vestido, rebatida sobre os ombros em linha contínua, como um xale ou manta, ajustando-se à frente. Esteve em moda nos anos 30 e voltou, em 1950, com dimensões bastante exageradas. GORGORÃO Tecido encorpado de seda, lã ou algodão, com nervuras salientes transversais. GRELOTS Guizo. Nome dado a trabalhos em fios, pompons, usados especialmente em tapeçaria, como arremate de cortinas e estofados. Borlas, franjas. GRIFFE (Garra - unha de animal). Marca. Assinatura ou chancela. GUIPURE Renda. Design de Moda

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H HABILLÉ Formal. Diz-se do vestido particularmente elegante, que não seja esportivo ou informal. É uma das classificações que estilistas dão às várias modalidades de trajes que desenham , para diferenciá-las umas das outras: esportivo, casual, habillé.... HAUTE COUTURE Alta costura. É a costura dos grandes ateliês dos famosos estilistas, a roupa é feita à mão e o avesso é perfeito nos arremates.

I ILHÓS Aro de metal, plástico ou outro material que serve de reforço para o orifício por onde se enfia uma fita ou um bordado. ÍNDIGO Tintura extraída da folha do indigueiro (planta de onde é extraída a substância que tinge de azul profundo os tecidos, mais frequentemente o jeans). É a mais antiga e a mais natural tintura. INDUMENTÁRIA - Arte ou história do vestuário. - Traje, indumento, vestuário, conjunto de vestes de um determinado povo ou época. IRIDESCENTE Furta-cor, com reflexos como os do arco-íris. Diz-se de pérolas, lantejoulas, madrepérolas e nacarados, em geral. É um brilho "filtrado" , doce, mais sugerido que real.

J JABOT Peitilho ou ornamento de renda ou tecido fino costurado no decote de blusas, formando babados sobre o peito. JACQUARD Pronuncia-se "jacar". Joseph Marie Jacquard (1752-1834) desenvolveu um complemento para os teares mecânicos, com o qual se podiam obter combinações de cores, usando fios tintos, em padrões pré-concebidos, com cartões perfurados. Seu nome foi dado ao processo. JAPONA Casaco amplo mais esportivo que o jaquetão. JAQUETA Casaco curto incialmente de comprimento na cintura, usado só por homens. Atualmente encontramos jaquetas esportivas um pouco maiores e para ambos os sexos. JAQUETÃO Paletó com transpasse na frente com 4 ou 6 botões. JARDINEIRA Saia, calça, shorts, bermuda, etc., com alças que passam sobre os ombros; salopete. JÉRSEI Macio tecido de malha usado pela primeira vez na ilha de Jersey na Inglaterra, nos fins do século XIX, para roupas esportivas. A atriz Lillie Langtry, Jersey Lillie, popularizou seu uso nos anos 20, quando esteve em grande moda.Tem sido feito de lã, algodão, fibras sintéticas e seda. Usa-se o nome, nos países de língua inglesa, para identificar peças de malha de lã, para agasalho. JEANS Tecido resistente de algodão, normalmente tingido com índigo. A palavra originou-se do termo "geonese" que em inglês significa genovês. Na metade do século XIX, Levi Strauss criou a calça Jeans em índigo, que inicialmente foi usada pelos garimpeiros da Califórnia. JOGGING Conjunto de malha - calça e blusão - usado na prática de esportes. Design de Moda

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JUMPER - Blusão, espécie de avental. - Blusa ou colete em tricô, sem abotoamento. - Macacão ou vestido estilo jardineira. JUTA Fibra natural vegetal.

K KILT Saiote plissado, tipo de saia escocesa. KIMONO Túnica alongada usada no Japão. Vestimenta sem costuras unindo mangas e cavas. KITON Espécie de túnica, geralmente em linha, usada na Antiga Grécia. Tinha suas barras desenhadas em zig-zag, floreadas ou listradas. KITSCH Palavra de origem alemã que servia para designar materiais de mal-gosto. Com moderação, produz um efeito engraçado na moda.

L LAISE Tecido bordado de algodão. LAMÊ "Laminado", segundo a origem do termo. Hoje designa um tecido feito com fios metálicos ou que imitam metálicos, cintilantes, em ouro, prata ou cores. Usado em roupas teatrais ou formais, de luxo. LANTEJOULA Paetê. Palhetinha circular utilizada para bordar e ornar vestidos habillé, fantasias, etc. LAPELA - Parte da gola que se dobra para fora em ambos os lados. - Parte frontal de um blazer ou casaco, voltada para fora. LASTEX - Fio elástico. - Tecido franzido costurado com fio elástico. LEGGING Palavra inglesa derivada de "leg" que significa "perna". Refere-se a um tipo de calça, geralmente de malha, mais ou menos ajustada às pernas, para a prática de exercícios. LÉZARD Pele de lagarto empregada na confecção de bolsas, sapatos, cintos, etc. "LIBERTY" É o nome dado à arte conhecida na França como Art Noveau e na Alemanha como Jugendstil, em voga no início do século XX e inspirada na arte oriental - China e Japão, principalmente. Na estamparia, esse termo é designado para o floral miúdo, característico da loja "Liberty" de Londres. LINGERIE - Tecido sedoso e brilhante. - Peças do underwer feminino dia ou noite. LINHA - Fio de algodão, seda, lã, etc. - Segmento de moda. - Forma ou silhueta. Design de Moda

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LINHA "A" Silhueta ou linha criada por Christian Dior, em 1955. O nome deriva da forma em "A" do traje composto por blusa, saia, fartamente pregueada, e casaco, de ombros estreitos e largo na base. LINHA 'AMPULHETA" Roupas com cintura marcada e saias amplas. LINHA "CIGANA" Saias muito amplas e blusas com decote canoa, escorregando sobre o ombro. LINHA "TRAPÉZIO" Silhueta em forma de trapézio onde os ombros são estreitos e o corte é evasé. Foi lançada por Yves Saint Laurent. LINHA "TUBO" Silhueta reta e estreita. LINHA "X" Silhueta em forma de X onde os ombros são destacados, a cintura marcada e saias amplas. LUREX Fio com aspecto metálico. LYCRA Elastano. Tecido muito utilizado em artigos de moda praia, underwer e sportwear.

M MACRAMÉ Aplicação feita com o entrelaçamento de fios e nós. Usada também em decoração de interiores e alamares militares, a técnica de origem mesopotâmica entrou na Europa através dos árabes. MADRAS Xadrez, normalmente grande e multicolorido, batizado a partir da região de Madras, na Índia, um dos primeiros centros têxteis do mundo. MALHA CANELADA Tecido de malha com estrias verticais que proporcionam maior elasticidade horizontalmente. MANTEAU Sobretudo. Casaco forrado, confeccionado geralmente em lã, usado no inverno sobre a roupa. Foi introduzido no Brasil em 1911. MANTO O termo descreve qualquer forma de capa sem mangas. Foi usado pela primeira vez durante o século XV. MAQUINETADO Diz-se dos tecidos trabalhados, produzindo efeito de alto relevo. MARTINGALE Presilha ou tira em tecido presa nas costas ou na lateral, com botão ou costurada (capa de chuva, blazer, etc.). "MATELASSÊ" Estofado. Quando duas camadas de tecido, forradas por uma camada de pasta de algodão ou de fibra sintética, são costuradas em desenhos mais ou menos fantasistas ou mesmo geométricos, para fins de confecção de agasalhos e adornos como lapelas, punhos e golas de trajes de casa, o resultado final é chamado Matelassé. MEDIEVAL Período histórico que vai da queda do Império Romano à Renascença (1400 aproximadamente). As cruzadas, o Rei Artur, Carlos Magno e suas damas são as figuras históricas, representativas da época. MÉLANGE Palavra francesa que significa mistura. Refere-se a fios tintos com várias cores. MERINÓ Tecido leve feito de uma lã muito fina, de ovelha originária do norte da África. MESCLA Tecido de cores variadas, ou em que os fios da trama e da urdidura são de cores diferentes. Design de Moda

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MIÇANGAS Pequenas contas variadas de vidro para ornamento de roupa. MICROFIBRA Qualquer fibra sintética cujos capilares utilizados para a obtenção do filamento são mais finos do que a seda natural. O tecido em que se empregaa microfibra é leve e macio ao toque. MICROVICHY "Toile de Vicky" é o nome dado aos xadreses, na França. No caso, os microvichy são os tecidos em que o xadrez é miúdo, muito pequeno, imperceptível à distância. MINIMALISMO A Minimal Arte surgiu em oposição a Pop Art na busca do essencial, do básico e do simples. Na moda, o objetivo do minimalismo é o mesmo; valoriza a simplicidade com elegância e certo requinte. MOHAIR Tecido feito do pelo longo e brilhante das cabras angorá, misturado a fibras de algodão, seda ou lã para se obter uma mistura muito macia e fofa. Muito usada para casacos, suéteres e jaquetas desde 1950. MOIRÉ - Do verbo francês "moirer" - ordear. Diz-se do reflexo da ondulação ou do espelhamento dado a um tecido liso. - Espécie de tafetá, semelhante ao chamalote. MORIM Tecido fino e geralmente branco de algodão de qualidade inferior. MOULINÉ Do verbo francês "mouliner" - processar a seda reunindo e retorcendo juntos vários fios crus. Diz-se do fio retorcido produzido com dois fios de cores diferentes. MUSSELINE Tecido de seda, algodão, etc., leve e transparente originário de Mossul, no Iraque. MUST Algo absolutamente necessário. O máximo, o auge da estação.

N NACARADO Que tem o brilho do nácar, da madrepérola, iridescente, de brilho perolado. NAPA Espécie de pelica natural ou sintética, fina e macia, utilizada na confecção de roupas e acessórios. "NEW AGE" Nova Era. Novos Tempos. O período atual, em que o homem menos materialista, volta-se para a busca do aperfeiçoamento espiritual, cultuando a natureza, a ecologia, a preservação do planeta. NEOCLÁSSICO Estilo em voga no início do século XIX, que foi uma retomada fantasista dos estilos artísticos do classicismo grego e romano. Em moda, foi um gosto especialmente acentuado pelos vestidos do tipo das túnicas gregas, com a cintura alta - Império - mangas curtas, sandálias, cabelos levantados e presos por fitas passadas sobre a testa. Moda passageira devido às dificuldades decorrentes do clima europeu, que não permitia o uso de tecidos tão finos, de algodão, principalmente. NERVURA Pequena e fina prega. É passada uma costura sobre a dobre estreita do tecido formando uma listra em relevo. NESGA Pedaço triangular de tecido.

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O OP-ART Optical-Art. Arte óptica, caracterizada por um geometrismo que embaralha ou engana a vista. ORGANDI Tecido leve e transparente, que devido a um processo de engomar, torna-se rígido. ORGANZA Tecido transparente, mais maleável e brilhante que o organdi. OTTOMAN É um tecido de seda ou algodão cordoado (ex.: gorgorão, cotelê) originalmente produzido na Turquia pelos membros da família ottomane, com fios de seda ou de lã. OUTERWEAR Do adjetivo inglês outer - exterior - de fora e do substantivo inglês "wear" - uso de roupas, vestuário de moda. Expressão que indica o emprego de roupas mais pesadas, como jaquetas, sobretudos, trajes esportivos e rústicos. OXFORD BAGS Calças inglesas masculinas da década de 1920, com enormes botões sobressalentes.

P PAETÊ OU PAILLETTE Lantejoula. PALA - Parte de tecido costurada numa roupa. - Parte do sapato onde se coloca a fivela. - Parte da polaina que cobre o pé. - Capa, manto ou poncho comprido e leve de pontas franjadas usada pelas matronas romanas. PALAZZO PIJAMA Roupa para noite semelhante a um pijama, usada nos anos 60. PALETÓ Casaco de corte reto, com bolsos e de comprimento até os quadris, usado sobre a camisa ou sobre o colete. PANIER Expressão do substantivo francês panier - cesta. Diz-se dos tecidos cujos ligamentos lembram o entrelaçado dos cestos de vime. Anquinha. PANTACOURT Palavra anglo francesa usada também para designar Knicker (calça na altura dos joelhos) menos áustero e mais livre. Pantalona curta. PANTALONA O nome foi usado em vários momentos da história da indumentária para modelos vários de calças, tanto masculinas como femininas. Modernamente, o nome foi atribuído às largas calças dos Palazzo Pijamas dos anos 60, e é com esse sentido que aparece mais ou menos frequentemente em ciclos diferentes da moda. PANTOGRAFIA Sistema que, através da miniaturização dos moldes, auxilia a programação de operações racionais e econômicas de corte para a indústria de confecção. PANTS Calças. PAREÔ Tipo de quadrado de pano usado amarrado nos quadris por homens e mulheres do Tahiti. PARKA Casaco semelhante ao anorak, com capuz, geralmente mais largo, mais solto e mais compridos. Jaquetões usados em regiões frias por alpinistas com modelagem ampla, cobrindo os quadris, forrados com pele e levam ajustes na barra ou na cintura, por cordões. Design de Moda

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PASSAMANARIA OU PASSAMANES Passement. Nome dado para todas as espécies de cordão nos séculos XVI e XVII. Mais tarde a palavra mudou para passementerie (passamanaria) e descrevia todos os tipos de ornamentação ondulada. PATCHWORK Retalhos. Trabalhos como os da colchas de retalhos, em uso em certas comunidades. Resultado da justaposição de pequenos pedaços coloridos, costurados em padrão mais ou menos ornamental. PÉ DE GOLA Tira de tecido costurada na base do decote, sobre a qual se costura a parte superior da gola. PEIGNOIR Robe de chambre. Roupão de senhora para uso caseiro. PELERINE Capa longa ou curta, em geral godê, com fenda para os braços. PELICA Couro fino e macio cujo lado avesso é acamurçado, muito utilizado para a confecção de luvas, calçados, etc. PELÚCIA Tecido normalmente sintético, com felpa macia de um lado. PENÇA OU PENCE Costura numa parte da roupa para que esta fique mais ajustada, dissimulando muitas vezes, as anormalidades do corpo. PERFECTO Blusão de couro no estilo motoqueiro que representava uma postura de rebeldia e contestação por parte dos jovens. PESPONTO Costura feita à máquina, junto a um recorte para prender ou enfeitar. PIED-DE-COQ Padrão axadrezado, cujo desenho imita um pé-de-galo, obtido pelo uso de fios tintos, quase sempre em tons de marron e branco, usado especialmente em tecidos de lã. No Pied-de-Coq o xadrez é mais largo que no Pied-de-Poule. PIED-DE-POULE Padrão axadrezado, cujo desenho imita um pé-de-galinha, obtido pelo uso de fios tintos, quase sempre em tons marron e branco, usado especialmente em tecidos de lã. No Pied-de-Poule o xadrez é menor que no Pied-de-Coq. PIQUÊ Tecido de algodão, geralmente em padrão "favo de mel" usado especialmente para peitilhos de camisas de smoking, colarinhos e punhos, bem como para vestidos e blusas. PLUSH Tecido de malha de aspecto aveludado, brilhante e macio. POIS Estampa de bolinhas POLAINA Revestimento para aquecer o tornozelo e o peito do pé, normalmente feito de lã. POLIAMIDA Fibra sitética. Tem a mesma composição do nylon. POLIÉSTER Designação geral dada a determinada fibra sintética, cujo nome científico é PES. Cada empresa dá um nome comercial ao poliéster. PONTO AJOURS Espécie de ponto aberto de bordado utilizado para acabamentos, bainhas ou em substituição a costuras. POP-ART Movimento artístico dos anos 60, em que se utilizam colagens e montagens fotográficas, adotando recursos expressivos do cinema e da televisão. Forma abreviada de Popular Art, "Arte Popular". Design de Moda

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POPELINE Tecido de algodão largamente utilizado em confecção. "PRÈS-DU-CORPS" "Perto do corpo". Justo. Ajustado. Diz-se de estilo de roupas justas, marcando as formas do corpo e também dos tecidos que se ajustam ao corpo como os Stretchs-elásticos. PRÊT-À-PORTER "Pronto para usar"; produzido em série. Roupa Prêt-à-porter é aquela que se compra pronta. O contrário de uma peça exclusiva (única) feita pela alta costura. A expressão foi lançada em 1948 por Jean Claude Weill. Para que o "Prêt-àporter" fosse mais bem aceito pelas mulheres, tão acostumadas ao "sob-medidas", foi preciso uma promoção que lançasse a imagem de uma nova mulher: ativa, participante e sedutora. PRÍNCIPE-DE-GALES Tipo de xadrez normalmente composto por cinco linhas verticais e cinco horizontais. PSICODELISMO Termo usado para definir um exagerado colorido, tanto em pintura como em estamparia de tecidos. Desenhos com figuras indefinidas mas de cores muito vivas. PULL, PULLOVER OU PULÔVER Suéter de malha de lã com ou sem mangas, que se veste pela abertura da gola, pois não possui abotoamento. PUNHO - Tira de tecido costurada na extremidade da manga, cercando o pulso. - Malha de algodão canelada.

R RAGLAN SLEEVE Manga Raglan. Metodo de costura de manga, planejada pelo Lord Raglan durante a guerra da Criméia. A costura vai do ante-braço até o pescoço. RAMI Fibra natural vegetal celulósica. RAPPORT Do substantivo francês "rapport" - relação. Diz-se do coeficiente de relação entre motivos de padronagem e de estamparia corrida. RAYON Viscose. Fibra artificial de celulose regenerada. REBITE Pequena peça circular de metal, utilizada para reforçar uma costura. Muito utilizada nos bolsos de calças jeans. REDINGOTE Do inglês "Riding Coat" - casaco de montaria, masculino, passou a ser usado também por mulheres, a partir do século XIX. É um casaco longo, talhado em "quartos" , evasado, de mangas compridas e largas, gola rebatida, com ou sem lapelas definidas. As vezes, com um talho na parte inferior das costas, para justificar o nome. Atualmente ainda é um casaco, abotoado na frente, com a saia evasada, gola ampla e lapelas, as vezes com vivos de veludo. REGATA Camiseta sem mangas, de alça inteiriça. RETRÔ Moda saudosista, em que aparecem alguns toques antiquados na roupa moderna. Forma abreviada de "retrógrado", ou ainda de "retrospectiva". REVEL OU REVERS Parte de tecido sob a gola formando uma segunda gola de reforço. REVIVAL Ressurreição. Retomada. Revisão. Voltar a encarar um momento, uma ciência, arte ou moda já ultrapassada. Design de Moda

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RISCA-DE-GIZ Padronagem de tecido com listras finas brancas. ROBE-DE-CHAMBRE Roupão, Peignoir. ROSETA - Rodinha de crochê. - Laço de fita usado na botoeira como distintivo honorífico. RUFO - Babado de renda enrugada ou plissada, usada como adorno, particularmente em volta do p4escoço, colocado embaixo das golas franzidas do fim do século XVI. Atualmente a palavra designa também tira de qualquer fazenda franzida dos lados utilizada sobreposta à vestimenta como enfeite. - Franzido.

S SAFÁRI Estilo de roupa semelhante ao dos caçadores em expedição na África. As características são quase sem,pre golas esporte, bolsos com tampas e botões, pespontos, cintos, passantes, cores terrosas. SAHARIÈNNE Estilo de roupa semelhante ao safári. Nome dado, no mundo da moda, aos conjuntos que, no Brasil dos anos 60/70, se chamaram "safári", influenciados pelas roupas dos caçadores e guias dos safáris de caça ou de fotografia na África. SAIA "BOULE" Bola. É a saia muito franzida na cintura e na parte inferior, onde é ajustada por uma banda mais ou menos large e "entravée", onde se prende a parte inferior. Se o tecido é suficientemente armado - tafetá, por exemplo - o efeito é de "bola" ou de formato esférico. SAIA FOURREAU Saia tubo. Saia justa. SAIA TULIPA O corte dessa saia faz com que fique ajustada à cintura, se abra em volume maior à altura dos quadris, para se ajustar mais ou menos - à altura dos joelhos, com o efeito final de um cálice de flor. SALOPETTE Jardineira. Macacão ou calça com peitilho, preso por suspensórios que passam sobre os ombros e se prendem ao cós, atrás. SARJADO Adjetivo derivado do substantivo "sarja". Diz-se dos tecidos com ligamento entrelaçado de sarja em seda, lã, algodão e mesclas. (trama em diagonal). SARONG Tipo de saia usada pelos malaios e pelos havaianos, transpassada e drapeada. SAROUEL Tipo de calça usada pelos marroquinos, com amplo panejamento no cavalo. SHANTUNG Tecido de aspecto de seda, originariamente produzido na província de Shantung, China, com superfície irregular, um pouco rústica. Em francês, este tecido é também denominado "bourrete". SHORT-DOLL Traje feminino de formir, que se compõe de blusa curta e shorts. SILK-SCREEM Processo de estamparia.

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"SIXTIES" Os anos 60. A moda, na época, inspirava-se no fato de o homem ter atingido a Lua. A moda de "Pierre Cardin", "Courrèges" , da "Mulher Espacial". As influências hippies dos anos 60, que são nostalgicamente reformadas hoje. SMOKING Terno preto sóbrio com camisa branca e gravata borboleta. Apresenta normalmente, lapela em cetim de seda. É usado à noite em ocasiões formais. SOBRETUDO Casaco usado sobre a roupa como proteção contra o frio ou chuva. SOCK Meia. SOUTACHE Cordão industrialmente feito, muito estreito, de seda, algodão ou material sintético, usado para bordados e motivos de adorno em roupas femininas e infantis, embora possa haver adornos, como alamares, feitos de soutache, em roupas masculinas. Usa-se ainda para remates em peças de roupas de mesa e banho. SPENCER Jaqueta curta. Um tipo de bolero com mangas; chega normalmente à cintura, abotoado à frente ou fechado com zíper. Foi usado nos fins do século XVIII e ciclicamente revivido com algumas alterações. SPORTWEAR Traje esportivo, em inglês. Todas as peças usadas em atividades esportivas ou que se poderiam usar nessas atividades. Peças descontraídas, confortáveis. STONE Lavagem à pedra, a que é submetido o jeans, que adquire aspecto de usado, ficando o tecido descorado, desfiado e rústico (stone-washed). STRETCH Extensível. Que se pode estirar ou estender. Designação comum a todos os tecidos elásticos. SUEDE Camurça fina para confecção de luvas e cintos. SUEDINE Tecido de malha de algodão, de aspecto flanelado. SUÉTER OU SWEATER Agasalho fechado de malha de lã usado sobre outra blusa. Tem normalmente decote "V". SUNGA Calção masculino para banho de mar ou piscina. SURF-COLLEGE Estilo usado pelos adolescentes que usam skate. Descompromissado e cômodo. Mira. Meta. Target de uma empresa seria o mercado a ser atingido por um determinado produto. SURFWEAR Roupa para a prática de surf. Muito justa e feita de tecidos de fibra sintética. SURREALISMO Escola artística que teve como seus expoentes máximos Salvador Dali e René Magritte, além de outros, em que o artista passa a considerar o irreal tão verdadeiro como o real e o irracional, o fantástico e o maravilhoso como a única linguagem artística universal do homem.

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T TACTEL Fio de nylon cuja texturização envolve o processo de taslanização. No Brasil, designa os tecidos em cuja composição entram o nylon e outras fibras (naturais, artificiais ou sintéticas). TAFETÁ Tecido brilhante de seda, levemente encorpado. O tafetá pode ser liso, chamalote ou changeant (furta-cor). TAILLEUR (Termo francês que significa "alfaiate"). Diz-se da roupa -casacos e paletós femininos - cortados por alfaiates masculinos para a obtenção de uma forma mais rigidamente exata, como nos trajes para homens. Por extensão, passou a ser o nome de todo o conjunto de saia e casaco feminino. TALAGARÇA Tecido próprio para bordar. TARTAN Padrão dos tecidos de lã originários da Escócia, em que o colorido identifica cada clã. TECIDOS CALANDRADOS Tecidos que, depois de prontos, são passados pela Calandra, a fim de torná-los mais macios e acetinar-lhes a superfície. O processo pode ser usado para se obter o ondulado do tafetá moiré. TECIDOS ESPATULADOS Tecidos submetidos ao processo de espatulagem. Trata-se de um processo químico final (fase de acabamento), que tem por objetivo produzir um efeito adicional no tecido, como dublagem, toque (maciez) e repelência (manchas oleosas e aquosas). TELA - Aquilo que se teceu, tecido, pano. - Tecido barato de algodão. TERNO Traje masculino composto de paletó, calça e as vezes colete. Normalmente estas três peças são confeccionadas com o mesmo tipo de tecido e na mesma cor. TEXTURA Contextura, trama, aspecto do tecido. TIE-DYE Dos verbos ingleses "to tie" - amarrar e "to dye" - tingir. Diz-se do processo de estamparia no qual se amarra pequenas áreas do tecido e se mergulha em tinta, obtendoum efeito de tingimento irregular. TOGA - A mais importante vestimenta para os cidadãos romanos. Variou através dos séculos, tanto em tamanho como na maneira de franzí-la mas, era basicamente um pedaço de tecido de lã elaboradamente drapeado em volta do corpo. Diferentes faixas coloridas enfeitavam a toga para denotar algum cargo governamental especial ou posição de respeito. - Beca, vestuário de magistrado. TON-SUR-TON Tom sobre tom. Uso de uma cor em vários tons. Ex. azul claro, azul turquesa e azul marinho. TRAINNING Agasalho de ginástica composto de blusão e calça em tecido de malha e com punho de malha nas barras das calças, do blusão e das mangas. TRAMA Fios de um tecido dispostos no sentido da largura.

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TRANSPASSE, TRASPASSE OU TRESPASSE Sobreposição de duas partes de uma peça do vestuário para fechá-la. TRAPÉZIO Silhueta ou linha em que as roupas, de estreitas (no ombro, por exemplo), passam a largas na base. Criada por Yves Saint Laurent, em 1958, cuja peça mais importante foi um vestido largo, trapezoidal, na altura dos joelhos. TRENCH Casaco no estilo militar com ombreiras de pala dupla nos ombros. É usado como agasalho ou capa de chuva. TRENCH-COAT Casaco para chuva ou neve, confeccionado em tecido leve e impermeável, podendo ser usado inclusive no verão. Usado pelo exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, passou a peça civil a partir de 1945. TREND Palavra inglesa que significa "tendência". T-SHIRT Camiseta. Camiseta em T - alusão à forma como era cortada. como um T. Até os anos 40, fazia parte da roupa íntima masculina. TULE - Tecido fino, originariamente feito de seda - e a partir do século XX, de nylon , hexagonalmente perfurado e usado como remate de vestidos, trajes de noiva, véus, etc. Nome derivado de "Toul", cidade da França em que começou a ser feito o tule, no século XVIII. - Filó. TÚNICA Antigo vestuário longo, de corte reto e ajustado ao corpo; dalmática. TWEED É um tecido rústico de lã, de vários padrões e cores, que apresenta pequenas bolinhas coloridas em relevo. Tem sido usado desde os fins do século XIX para casacos, agasalhos vários e ternos masculinos. O nome deriva de River Tweed, um centro cooperativista de tecelões escoceses. TWIN-SET Conjunto de duas peças. Diz-se atualmente de uma blusa e um casaco de material ou padronagem igual.

U UNDERWEAR Expressão derivada do adjetivo inglês "under" - embaixo, por baixo; e do verbo inglês "wear" - usar, vestir, trajar. Diz-se das roupas íntimas ou roupas de baixo. URDIDURA OU URDUME Conjunto de fios dispostos no tear, em sentido longitudinal, e por entre os quais passam os fios da trama.

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V VANGUARDA Dianteira, frente. Diz-se da moda cujas propostas são inéditas, fugindo do tradicional. VAQUETA Couro fino e macio, utilizado para forros. VELUDO Tecido de seda, algodão ou lã, com um lado felpudo e macio por ser coberto de pelos cerrados e curtos. VELUDO COTELÊ Veludo com estrias em relevo. VESTES 7/8 Vestidos, casacos, e ocasionalmente pantalonas, de comprimento pouco acima do tornozelo, faltando 1/8 para que sejam realmente longos. VICHY Xadrez de toalha de mesa. VIDRILHO Pequena miçanga de vidro ou material semelhante aplicado em tecidos como contas. VIÉS Tira estreita de tecido, cortada diagonalmente. VINCO Marca deixada por uma dobra, feita em certas peças do vestuário. VISAGIÈRE Abertura de um capuz por onde passa o rosto. VISCOSE Fibra artificial, usada geralmente em combinação com algodão ou lã. VISON Pele de marta. VISTA Parte de tecido que margeia uma costura. VIVO Debrum estreito, colocado em torno de peças aplicadas sobre outras. VOGA Uso atual, moda.

X XALE Cobertura usada pelas mulheres, nos ombros e no tronco, para agasalhar ou como adorno.

Y YUPPIES Jovens profissionais urbanos, de alto poder aquisitivo, concentrados maciçamente no mundo financeiro em geral, e, em wall street em particular. ¨

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