Parque Jacuba, Hortolândia-SP | TFG 2020 PUC CAMPINAS

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PA R Q U E J A C U B A HORTOLÂNDIA-SP A N D R É R AY M U N D O LO P E S 1


PA R Q U E J A C U B A Projeto Estratégico de Ar ticulação e Consolidação

do

Plano ID - Identidade e Desenvolvimento para o município de Hortolândia 2

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ID

3


AGRADECIMENTOS

Trabalho Final de Graduação Campinas, 14 de dezembro de 2020

André Raymundo Lopes Orientado por: Profa. Dra. Monica Manso Moreno Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Ciênicas Exatas, Ambientais e de Tecnologia

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 4

Agradeço, primeiramente, a minha família. Meus pais, José e Silvia e minha irmã, Elisa, por terem me dado todo o apoio necessário para que eu chegasse até aqui. Obrigado por serem minha base e me ensinarem a alcançar o que eu quiser. Obrigado por me amarem em qualquer circunstância e por terem me ensinado preciosos valores. Agradeço a minha vó, Maria Ruth, por ser minha amiga e por sempre me apoiar em tudo. Obrigado por ser essa mulher incrível e por ter me ensinado o que é carinho, amor e bondade. Agradeço a todo o restante da minha família, especialmente a meus tios Marli e Orivaldo, por sempre terem dado o maior suporte em tudo e por serem sempre muito carinhosos. E a meus tios Silvana e Marcelo pelas inspirações artísticas a cada conversa e a cada trabalho novo desse casal de artistas que eu tive a oportunidade de olhar de perto. Agradeço a Sarah, minha melhor amiga e fiel companheira, por ser luz num dia turbulento, por querer sempre me ajudar em tudo e por me acompanhar nas madrugadas de trabalho. Obrigado por ser quem você é e obrigado por me dar a certeza de que sempre estará aqui para me apoiar. Agradeço ao meu eterno professor e fiel amigo, João Eduardo Scanavini, pelas conversas, reflexões e risadas. Obrigado por me incentivar, através de um entusiasmo sobrenatural, a seguir em frente. Agradeço ao Alexandre Galhego, por ter me dado a oportunidade de trabalhar com essa área incrível que é o paisagismo. Obrigado pela paciência, confiança e ensinamentos. Agradeço aos meus companheiros de equipe, Amanda, Giovana F., Giovanna D., Luisa, Isabelle, Fernando e Marcela, que eu mal conhecia antes desse ano de trabalho. Só fico me perguntando por que eu não havia falado com essas pessoas incríveis em quatro anos de faculdade. Obrigado pelo astral leve e descontraído durante os trabalhos e obrigado pelo incentivo que cada um deu para a conclusão desse projeto. Agradeço aos meus demais amigos e colegas que fiz durante os anos de faculdade, sem os quais não seria possível concluir essa etapa. Obrigado por terem

deixado tudo mais leve, especialmente meus amigos que sempre estiveram juntos nos trabalhos, Pedro, Bruna, Lucas e Luiza. Agradeço aos outros professores de segunda-feira, José Luiz Grieco e Cláudio Manetti, pelo esforço e preocupação de nos tornar arquitetos urbanistas, sempre com reflexões fundamentais para o desenvolvimento do projeto. Obrigado por serem excelentes professores. Agradeço também aos demais professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas, especialmente Ana Paula Farah, por estar sempre disposta a ajudar, Wilson Ribeiro dos Santos Júnior (Caracol), pela grandiosa orientação dada a minha iniciação científica e Leandro Schenk, pela ajuda nas etapas finais desse trabalho. Agradeço ao Reinaldo Ricarte, dono da Papelaria dos Reis, pelo suporte que sempre deu a nós alunos ao fornecer os melhores materiais para a realização de maquetes, esculturas, desenhos. Sua energia e amizade com os alunos é admirável. Por fim, agradeço a minha orientadora Monica Manso Moreno pela paciência, pelas palavras e por nos mostrar o caminho para uma boa arquitetura. A cada semana, seu entusiasmo e incentivo me movia a pesquisar, questionar e desenhar. Obrigado pela atenção, pelo carinho e por me deixar orgulhoso de tê-la como orientadora desse trabalho final de graduação.

OBRIGADO!

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Sumário INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................09

4. ELEMENTOS CONSTRUÍDOS E SEUS CONCEITOS.............................................................................................59

1. CONTEXTUALIZAÇÃO NO PLANO ID..................................................................................................................10

Mirante Marquise 5. ESPACIALIDADES..............................................................................................................................................69 Horta, Praça Administrativa, Praça Pavilhão e Área alagável Lagoa, Píer e Prainha Praça das Colinas

Inserção Urbana e a Reconfiguração do Sistema de Áreas Públicas O Subsetor 01 2. PLANO GERAL DO PARQUE JACUBA.................................................................................................................17 As 5 diretrizes gerais Mapa geral do Parque Jacuba Os 3 setores do Parque Jacuba Fluxograma 3. NÚCLEO FOCAL DO PARQUE JACUBA...............................................................................................................29

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................................87

Conclusões e etapas de implantação do projeto

Condições existentes Centro de memória, Ferrovia e Ribeirão Jacuba Implantação Setor 02 Implantação aproximada do Setor 02 Infraestrutura Verde Vegetação Vegetação Ornamental Recomposição da Mata Ciliar Seções Cortes 6

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INTRODUÇÃO Este trabalho é referente à conclusão de um dos projetos estratégicos de articulação e consolidação do Plano ID (Identidade e Desenvolvimento) para o município de Hortolândia. O Plano foi desenvolvido no primeiro semestre de 2020, em equipe, formada por Amanda Macarini, André Lopes, Fernando Bianchi, Giovana Ferreira, Giovanna Degasperi, Isabelle Oliveira, Luisa Borelli e Marcela Boghossian, para a sustentação do trabalho final de graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas. O projeto tem como objetivo abordar a importãncia dos espaços livres como elementos de conexão e urbanidade no tecido urbano, além de serem imprescindíveis na conservação dos corpos d’água que cortam a malha urbana e

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Autor da foto: Fernando Bianchi

são, muitas vezes, menosprezados pelo poder público, que canalizam os córregos, rios e ribeirões para dar lugar a avenidas e loteamentos, causando, na verdade, problemas de infraestrutura e drenagem das águas. Um plano estruturador de integração do sistema de espaços livres é capaz de ressignificar a relação da cidade com os corpos d’água, assumindo sua condição inerente à paisagem, além de sua importância histórica. Ao ressignificar um ribeirão, muda também a relação entre homem e paisagem urbana. Dito isso, o presente trabalho também visa procurar entender como um parque urbano pode ser potencializador da identidade de uma cidade que carece disso e cuja paisagem é tão homogênea e sem referências.

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PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE 10

1.

CONTEXTUALIZAÇÃO NO PLANO ID

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Inserção Urbana e a Reconfiguração do Sistema de Áreas Públicas

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Campinas

DIRETRIZES

Reconfiguração do Sistema de Áreas Públicas Legenda:

1

2. Hortolândia inserida na RMC

O projeto se localiza na cidade de Hortolândia, que se encontra na RMC (Região Metropolitana de Campinas), criada em 2000 e composta por 20 municípios. Em população, atualmente é a segunda maior região metropolitana do Estado de São Paulo, com mais de 3,1 milhões de habitantes. O município de Hortolândia, portanto, está inserido nessa dinâmica territorial e possui uma localização estratégica por estar entre eixos viários importantes, como a Rodovia Anhanguera, Rodovia Dom Pedro I, SP-101 (Rodovia Campinas-Monte Mor) e Rodovia dos Bandeirantes. Esses eixos são fundamentais na interligação dos diversos municípios do estado entre si e com a capital, São Paulo. Identifica-se, ainda, na escala do município, importantes eixos viários: Avenida Santana, Avenida Olívio Franceschini, Avenida Thereza Ana Cecon Breda e Avenida da Emancipação, com destaque para as três primeiras, que compõem parte do Corredor Noroeste, que se configura como um importante vetor de expansão da cidade e conecta, através do transporte público, as cidades de Campinas, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Americana e Santa Bárbara d’Oeste. Em meio a essa dinãmica, Hortolândia se encontra em uma condição de intensa conurbação com Sumaré, 12

3. Recorte de estudo inserido em Hortolândia

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Monte Mor e Campinas, além de estar totalmente subordinada às forças e dinâmicas da metrópole. O resultado é uma paisagem homogênea, sem referências urbanas e, portanto, sem identidade. Dessa forma, o Plano ID, de reestruturação urbana do município de Hortolândia, feito em grupo, propõe-se a configurar uma unidade territorial municipal que seja lida e identificada com mais clareza, fortalecendo uma identidade local dos habitantes com a própria cidade. Portanto, o Plano atua levando em conta duas frentes: Identidade e Desenvolvimento, pois também considera de extrema importância a área de expansão configurada pelo Corredor Noroeste e definiu a região noroeste do município como o recorte de estudo, estabelecendo três diretrizes gerais para o projeto urbano: reestruturação viária, reconfiguração do sistema de áreas públicas e a urbanização. O projeto estruturador do Parque Jacuba está atrelado à segunda diretriz, revelada no mapa ao lado, que inclui novos parques e áreas de reflorestamento, fazendo uma conexão com os parques já existentes, com o objetivo de dar qualidade aos espaços públicos de convívio na cidade, além de ter papel fundamental na preservação da paisagem natural.

4 Av.

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Áreas de reflorestamento

Parques e praças existentes

Novos parques

Eixos Verdes Estruturadores

Barreira vegetal

Recuperação ambiental

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2

Terminal Metropolitano

Terminal Pinheiros

Parada Emancipação

Referências 1 - Prefeitura Municipal 2 - Centro de Memória de Hortolândia 3 - SESI

3

4 - Dibase

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1. RMC inserida no Estado de São Paulo

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Av. Sa

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6

5 - Instituto Federal

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6 - Instituto Adventista

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750

1500 m

Fonte: elaborado pela equipe

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O Subsetor 01 Além das três diretrizes principais, o Plano ID também definiu dois subsetores dentro da grande área de intervenção que é a região Noroeste de Hortolândia. Sendo assim, o Parque Jacuba se localiza no Subsetor 01 (correspondente ao centro histórico e áreas adjacentes), ao longo do principal ribeirão da cidade, o Ribeirão Jacuba e possui relação com os demais projetos estruturadores presentes nesse subsetor: CRAM, Circuito Central, Midiateca, Centro DIA e Habitação Social. A ferrovia paulista, que acompanha o leito do corpo d’água, faz o parque ser interessante por estar no entremeio desses dois elementos.

O projeto do Parque Jacuba se faz necessário por ser o principal instrumento de conexão entre as duas margens do ribeirão. Dessa forma, o principal objetivo do projeto é dar condições de urbanidade nesse eixo verde, redesenhando o circuito pela área central e os demais equipamentos propostos, atraindo a população para o Ribeirão Jacuba e ressignificando sua relação com a cidade, entendendo seu papel histórico para o município de Hortolândia.

2

1

Divisão dos Subsetores

Av.

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SUBSETOR 1

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Centro Hitório e Adjacentes Proposta de Equipamentos

Cec

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Parque Jacuba

Equipamentos de uso misto

Legenda:

CRAM

Habitação de Int. Soc.

2

R. Luís C. de Camargo

Quadra Chave Centro Dia

Terminal

Midiateca

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Novos eixos viários

Ciclovia proposta

Áreas de Reflorestamento

Pq. e Praças Existentes

Novos Parques

Eixo Verde Estruturador

Barreira Vegetal

Recuperação Ambiental

APP

Reestruturação Central

Referências 1 - Prefeitura Municipal

1

Av.

Reestruturação viária

3

14

2 - Centro de Memória

Av.

3 - SESI

Olív

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500

1000 m

Fonte: elaborado pela equipe

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PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE 16

2.

PLANO GERAL DO PARQUE JACUBA

17


PARQUE JACUBA VISTA AÉREA

18

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As 5 diretrizes gerais Para estruturar o projeto do Parque Jacuba, 5 diretrizes foram determinadas para nortear as decisões de projeto. Dessa forma, o desenho do parque levará em conta essas diretrizes:

1. Conexão e Mobilidade: Compõem essa diretriz elementos como ciclovia, transposições, percurso peatonal

2. Paisagismo: O paisagismo no projeto cumpre um papel de proteção ao Ribeirão, além de um papel sensorial e contemplativo.

3. Espaços de convivência: Compõem essa diretriz praças, jardins, espaços de recreação, descanso e esporte.

4. Revitalização das áreas adjacentes à ferrovia: Atualmente bastante degradadas e precárias, o objetivo é dar um novo desenho a essas áreas.

5. Ressignificação do Ribeirão: Aumentar o cuidado com suas margens e ressignificar a relação dos usuários com a água.

Ícones feitos por Freepik de www.flaticon.com 20

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Mapa Geral do Parque Jacuba Ferrovia Av. T h

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Vias estruturais

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Ciclovia existente

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Terminal metropolitano ETE

Parque Jacuba

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Vias propostas

CIRCUITO CENTRAL

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CENTRO DIA

Ciclovia proposta Eixo principal do parque

MIDIATECA Av. Anhanguera

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Parques existentes

HABITAÇÃO SOCIAL

CRAM

Av. Olí

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Recuperação de mata ciliar Maciços arbóreos existentes

esc

hini PQ. REMANSO DAS ÁGUAS

Remoção de habitações e galpões Áreas de projeto paisagístico Proteção ambiental e produção agrícola

0

250

500

1000m

Arborização de proteção Transposições Mirantes

A partir da definição das 5 diretrizes do projeto, o plano geral de implantação do Parque Jacuba foi proposto de forma que abrangesse as preocupações ambientais e urbanas dessa grande área. A leitura da implantação permite entender a dimensão do Parque e como ele se configura como o maior espaço livre na área central de Hortolândia e sua relação com o entorno (as vias estruturais, o terminal metropolitano e os demais projetos estruturadores), bem como a presença marcante do ribeirão e da ferrovia. Na implantação, vale destacar a importância das vias propostas pelo Plano ID, principalmente a ligação com Viracopos e a extensão da Av. Thereza Ana Cecon, que faz ligação com o projeto da Habitação Social. É possível identificar também a proposta do eixo principal do parque, que interliga os setores e, junto dele, um eixo de ciclovia, que faz a ligação do parque com a malha cicloviária proposta pelo Plano ID. A implantação também revela toda a extensão da APP (Área de Preservação Permanente), que será destinada à recuperação da vegetação de mata ciliar. Além disso, foram pontuados os maciços arbóreos mais relevantes já existentes, que serão mantidos no projeto. Foram levantadas também as áreas em que será necessária a remoção de habitações e galpões existentes, por ocuparem faixas da APP ou por se

localizarem em áreas de risco devido à proximidade com a ferrovia. A partir disso, foram selecionadas as áreas que serão destinadas ao projeto paisagístico, ou seja, áreas em que os usos e também a vegetação deverão seguir projeto específico. Além disso, uma grande área a oeste é destinada à proteção ambiental e produção agrícola e, do outro lado da margem do Ribeirão Jacuba, outra área é destinada à arborização de proteção contra o odor da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto). Com as áreas de projeto paisagístico definidas, foram dispostas as transposições, que farão a conexão de uma margem a outra do ribeirão e de um lado a outro da ferrovia, conectando todo o parque através de uma trama, possuindo caráter peatonal. Foram dispostos, também, os mirantes, servindo de marcos visuais e referências situacionais, estruturando também as transposições do ribeirão e, em alguns locais, da ferrovia. Esse território é caracterizado por ser uma região de remanso, ou seja, o vale do ribeirão não possui grande declividade, facilitando seu transbordamento. Por conta disso, ao longo do parque são propostas algumas lagoas de retenção, sempre nos eixos dos córregos que desaguam no Ribeirão Jacuba, a fim de retardar a velocidade do fluxo de água para evitar o transbordamento do ribeirão e, consequentemente, as enchentes na cidade.

Lagoas propostas 22

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Os 3 setores do Parque Jacuba A partir da implantação do plano geral do Parque Jacuba, ficou clara a divisão do projeto em 3 setores: O setor 01 é a porção oeste, mais atrelado à Zona Rural da cidade vizinha, Sumaré. Portanto, tem uma maior preocupação de Recuperação Ambiental e Produção Agrícola. Na vista aérea, percebe-se que essa é uma área com uma malha urbana pouco consolidada, mas com a presença marcante do eixo de expansão marcado pela Av. Thereza Ana Cecon. Atualmente, a porção oeste desse território é uma área em que a vegetação de mata ciliar está parcialmente conservada. Usos propostos nas áreas de projeto paisagístico: trilhas ecológicas, viveiro da cidade, áreas de descanso e áreas esportivas O setor 02 é caracterizado por ser o núcleo e o foco do projeto, já que tem um papel estruturador de integração com os equipamentos propostos na área central. Nesse setor se encontra o Centro de Memória de Hortolândia, antiga Estação Jacuba, em que o trem fazia parada, se configurando como um importante equipamento para o Parque. Na vista aérea, é possível perceber como essa é uma área com uma urbanização mais consolidada, caracterizando a área central do município. Por conta disso, a vegetação de mata ciliar nessa porção está bem comprometida. Usos propostos nas áreas de projeto paisagístico: pavilhão multiuso, horta comunitária, áreas recreativas, áreas esportivas e áreas de descanso

1. Setor 01 Setor 01

2. Setor 02 Setor 02

O Setor 03 é a porção leste e possui um caráter de ligação com o projeto de Habitação Social e com o Parque Remanso das Águas, já existente. Na vista aérea, é possível perceber uma malha urbana consolidada, mas com a presença de alguns espaços vazios sem loteamento. A vegetação de mata ciliar nessa porção também se encontra bastante comprometida atualmente. Usos propostos nas áreas de projeto paisagístico: praças escalonadas, áreas recreativas, áreas esportivas, áreas de descanso

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3. Setor 03

Setor 03

Fotos aéreas tiradas do Google Earth

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Fluxograma O fluxograma apresenta a estrutura do Parque, que será constituído por um eixo principal, representado pelo traço retilíneo, conectando os três setores, sendo o Setor 02 o núcleo. Entendendo esse projeto como um projeto de Arquitetura da Paisagem, alguns elementos serão fundamentais para marcar a paisagem, não apenas do parque, mas também da cidade, que atualmente carece de refe-

rências, marcos visuais e marcos situacionais. Dessa forma, no setor 02 é proposto um pavilhão multifuncional, que possibilita abrigar eventos, apresentações e manifestações, funcionando como um ponto nodal do projeto. E ao longo do parque, são propostos alguns mirantes, funcionando como marcos da paisagem e também como estruturação de transposições (ora do Ribeirão, ora da ferrovia).

Mirantes

Pavilhão multiuso - ponto nodal

SETOR 01

SETOR 02

SETOR 03

Eixo principal

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PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE 28

3.

NÚCLEO FOCAL DO PARQUE JACUBA

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Condições existentes Av. Th

Ferrovia

Av. Santana

Av. Anhanguera

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Vias estruturais

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Ciclovia existente Acessos existentes

04 Av. Amélia Basso Brêda

01

Pontos de ônibus existentes Vias propostas Ciclovia proposta

CENTRO DE MEMÓRIA

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Acessos propostos

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Ribeirã

CRAM

0

30

100

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O projeto tem como foco o setor 02 do parque, que é o setor central, o núcleo. O mapa de acessos revela as condições existentes desse território: os 3 principais viários desse recorte (Av. Santana, Av. Anhanguera e Av. Thereza Ana Cecon) e os pontos de ônibus existentes atualmente, além dos acessos que atualmente são usados pelos pedestres e que estão em situações precárias. A presença do Centro de Memória de Hortolândia também é relevante, já que esse equipamento será mantido por ser um importante referencial histórico para a cidade. Além das condições existentes, o mapa também evidencia algumas propostas iniciais: eixos viários, as ciclovias e os acessos propostos que influenciarão nas deci-

sões de projeto e que terão papel fundamental de mobilidade na área central. Além disso, é possível observar as áreas de remoção de habitações e galpões que se localizam em áreas inapropriadas, principalmente a área do entorno do Centro de Memória, que vai se configurar, no projeto, como o principal espaço de vivência do parque e, por isso, a necessidade de remoção. As fotos revelam a precariedade dos acessos utilizados atualmente pela população. Muitos locais possuem caminhos informais feitos pelos próprios pedestres. Percebe-se que esse já é um território utilizado pelos moradores, que se veem sem alternativa para cruzar de uma margem a outra do Ribeirão por falta de um projeto adequado.

Jacuba Remoção de habitações e galpões 02 Acesso 01 Fonte: Google Earth

Acesso 02 Fonte: Google Earth

Acesso 03 Fonte: Google Earth

Acesso 04 Fonte: Google Earth

400m

31


As perspectivas aéreas do setor 02 revelam o atual comprometimento das margens do Ribeirão Jacuba nessa área. Na vista 01 é possível perceber a presença irregular de moradias onde deveria ser Área de Preservação Permanente (APP). Percebe-se, ainda, a falta da vegetação de mata ciliar na outra margem do Ribeirão. A vista 02 revela como se encontra atualmente a área que será o núcleo do projeto. Dessa forma, a remoção de habitações nessa porção se justifica não apenas pela irregularidade de estarem ocupando as margens do Ribeirão Jacuba,

03 01

02

Remoção de habitações e galpões

Vista 01 32

Centro de memória

Vista 02

mas também pela importância dessa área para o projeto. É notável, também, a dificuldade de acesso ao Centro de Memória, que se encontra isolado atualmente, sem um acesso seguro e acessível aos moradores. Na vista 03, é possível observar outras áreas de remoção de moradias. Uma se encontra próxima à linha férrea e outra se encontra às margens do córrego afluente do Ribeirão Jacuba. No projeto, essas áreas serão praças importantes como estruturadoras do parque, dando condições de urbanidade a esse território.

Remoção de habitações

Vista 03

Fotos aéreas tiradas do Google Earth 33


Centro de Memória, Ferrovia e Ribeirão Jacuba O Parque Jacuba se localiza em uma região histórica para o município de Hortolândia, onde a cidade começou a se desenvolver. No final do século XVIII e início do século XIX, a região era considerada apenas um vilarejo, o Vilarejo Jacuba. Era um ponto de parada dos tropeiros, colonos e escravos, que costumavam preparar uma bebida feita com água, cachaça, farinha e adoçada com mel e açúcar. Tal bebida recebeu o nome de Jacuba, originando o nome do vilarejo. Até 1917, o trem passava pelo vilarejo, mas sem fazer parada. No entanto, foi construída a Estação Jacuba, o que impulsionou o surgimento dos primeiros loteamentos, como por exemplo o Parque Ortolândia. Atualmente, a antiga Estação Jacuba abriga o Centro de Memória de Hortolândia, um pequeno museu com um acervo de fotos, documentos e escritos históricos da cidade, que se localiza justamente no núcleo focal do Parque Jacuba, que é, portanto, o coração do município. Outro elemento fundamental para a cidade é o Ribeirão Jacuba, que possui um grande potencial, porém pouco explorado. O ribeirão é o principal afluente do Ribeirão Quilombo, que por sua vez é um dos afluentes do Rio Piracicaba, integrante da Bacia do Piracicaba/Capivari/Jundiaí. O Jacuba possui uma grande van-

tagem: sua nascente se localiza no próprio município de Hortolândia. Entretanto, o que se observa é o descaso e falta de preparo do poder público, pois em 2002 foi autorizada a canalização do ribeirão e em 2011 as obras foram iniciadas.Tal ação foi feita para tentar resolver a questão dos alagamentos e enchentes provocadas por fortes chuvas. O que se percebe nesse território é que as águas das grandes chuvas percorrem os córregos e desaguam no Ribeirão Jacuba, o qual desagua no Ribeirão Quilombo, que, por sua vez, não possui vazão suficiente e traz a água de volta, alagando a região central de Hortolândia. Portanto, é uma região conhecida por Remanso Campineiro (nome que, inclusive, está presente em um dos principais bairros centrais da cidade, o Loteamento Remanso Campineiro), em que alguns trechos do Ribeirão Quilombo e Jacuba não possuem corrente suficiente e alagam (caracterizando o remanso), resultando em uma planície com potencial de cultivo (caracterizando um campineiro). Fica claro, dessa forma, como o poder público desconhece a região e seus potenciais, já que canalizar um corpo d’água que possui essas características geográficas na verdade só piora a situação das enchentes, pois muda o curso natural do ribeirão.

Centro de Memória

Ferrovia

Ribeirão Jacuba 34

Autor das fotos: Fernando Bianchi 35


Implantação Setor 02

1

1. Praça de ingresso

11 1

2. Praça Centro de Memória 1

3. Horta Comunitária e Jardim Contemplativo 4. Praça Administrativa

12

1

20

5. Praça Pavilhão 6. Lagoa

1

12

7. Píer 8. Prainha

1 19

1 19

1

3

18 4 20

8 5 17

20

10

9

18

7 6

20 9

10. Parque Renato Dobelin existente

1

1

20

13. Praça das Colinas

16

18 19

11. Playground 12. Quadras existentes

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20

20

1

13

8

2

9. Passeio elevado

18

16

16

15

18

14. Praça Galeria 15. Uso comercial proposto

9

16. Mirante 9

17. Área alagável e platô gramado 18. Estacionamento

21

14

19. Bicicletário 20. Transposição 21. CRAM

0

36

250

500m

O projeto do Parque Jacuba foi pensado a partir de todo levantamento feito anteriormente e sempre levando em conta as 5 principais diretrizes do projeto: conexão e mobilidade, paisagismo, espaços de convivência, revitalização das áreas adjacentes à ferrovia e ressignificação do Ribeirão Jacuba. Por ser um projeto de parque público, esse trabalho carrega também um plano de cidade, em que o espaço livre é o protagonista na paisagem. Por conta disso, a relação parque e cidade deve ser enfatizada. Para isso, são propostas as praças de ingresso, que são praças intermediárias entre a rua e o parque, como uma extensão da calçada das ruas do entorno imediato do Parque Jacuba, abrigando estacionamentos para veículos particulares e bicicletários. O núcleo do parque é constituído pelas 4 praças centrais: Praça Centro de Memória, Horta Comunitária e Jardim Contemplativo, Praça Administrativa e Praça Pavilhão. Com pisos predominantemente impermeáveis, essas praças podem acolher múltiplas atividades. A Praça Centro de Memória é a praça histórica, que abriga a antiga Estação Jacuba. A Horta Comunitária e Jardim Contemplativo é onde se encontra uma vegetação mais ornamental e uma horta para a comunidade, podendo ser utilizada pelos moradores do entorno, por eventuais eventos gastronômicos ou pelos transeuntes que passam por ali. A Praça Administrativa acolhe o uso administrativo do parque, em que os usuários podem obter informações sobre o parque, aluguel de materiais, etc. Por último, a Praça Pavilhão é uma praça que possibilita que sejam feitas apresentações, manifestações e reuniões. Essas duas últimas praças estão sob uma marquise que permite um percurso acolhedor ao usuário. Ao sul da Praça Pavilhão, uma área alagável e um platô gramado aproxima os usuários

de uma vegetação de recomposição da mata ciliar, como um museu a céu aberto dessas espécies nativas de proteção ao Ribeirão. O eixo principal do parque interliga todos esses espaços, chegando na lagoa e conformando um píer contemplativo. Nas margens da lagoa, um espaço de prainha é proposto para aproximar os usuários da água. A leste da lagoa, seguindo o desenho da prainha, se encontra a Praça das Colinas, uma praça recreativa com elevações artificiais no terreno, onde se encontra também um dos mirantes. O eixo principal se estende até a via proposta a leste, que conecta a margem sul e a margem norte do Ribeirão Jacuba e transpõe a ferrovia em nível, como ocorre na Av. Santana. Entretanto, o eixo principal se eleva através de um passeio elevado e se conecta com o setor 03 do parque. A porção do parque entre a Av. Amélia Basso Brêda e a Av. Thereza Ana Cecon possui grande importância por fazer essa conexão entre o Parque Jacuba e esse importante eixo viário que é a Av. Thereza Ana Cecon. Essa área abriga usos recreativos e esportivos, por conta das quadras já existentes. No setor 02, ao contrário de como ocorre nos outros setores, os mirantes são estruturadores das transposições da ferrovia, partindo sempre das praças de ingresso. Têm papel fundamental, portanto, na mobilidade do projeto: estruturam o percurso entre as praças de ingresso e o parque. Já as transposições do Ribeirão Jacuba fazem a conexão do Parque Jacuba com o Parque Renato Dobelin existente e com o projeto do CRAM. A leste do CRAM, uma Praça Galeria, com uso comercial, faz a ligação direta entre o parque e o projeto do Circuito Central, possuindo grande importância para o percurso peatonal. 37


1

19

B

C 1

1

19

18

Implantação Aproximada Setor 02

18

1. Praça de ingresso 2. Praça Centro de Memória 3. Horta Comunitária e Jardim Contemplativo 4. Praça Administrativa

A 15 16

8

13

16

5. Praça Pavilhão

2 3

18

8

7

6. Lagoa

6

7. Píer

9

1

5 4

C 17

8. Prainha 9. Passeio elevado 10. Parque Renato Dobelin existente 11. Playground 12. Quadras existentes

B

nhas se localizam na cota 560,50. A Praça das Colinas também está na cota 560,50 e os mirantes possuem altura suficiente para transpor a ferrovia, conectando com as praças de ingresso. Nessa escala, é possível entender melhor o espaço da Praça Administrativa e Praça Pavilhão, que estão sob a marquise metálica. A Praça Administrativa é composta por um grande balcão administrativo e uma área de estar, enquanto a Praça Pavilhão abriga um palco para apresentações, junto com uma área mais reservada para camarim e apoio e uma arquibancada que se estrutura na própria elevação artificial do terreno.

13. Praça das Colinas

10 21 A

A implantação aproximada da área central do Setor 02, entre a Av. Santana e Av. Anhanguera, revela com mais precisão a topografia desse território através das cotas de nível. Portanto, o parque foi pensado para que a maioria de seus espaços se encontrem na cota 560,50, que é a cota intermediária entre o nível de acesso ao parque pela Av. Santana (que se encontra na cota 561,00) e o nível 560,00, que está próximo à calha do Ribeirão. A Praça Centro de Memória fica em uma cota mais elevada, na 562,00, sendo que um plano inclinado dá acesso a ela, através do eixo principal. O píer também se eleva e se encontra na cota 561,50, enquanto as prai-

14

14. Praça Galeria 15. Uso comercial proposto 16. Mirante 17. Área alagável e platô gramado 18. Estacionamento 19. Bicicletário 20. Transposição 21. CRAM

0

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100

200m

39


Infraestrutura verde A condição atual desse território faz com que seja necessária a elaborção de um sistema integrado que evite o transbordamento do Riberião Jacuba. Para isso, o Parque Jacuba conta com um sistema de infraestrutura verde, que é composto pelas lagoas de retenção, as áreas alagáveis e as biovaletas, que estão

1. Lagoas de retenção

40

presentes nas principais vias que circundam o parque (Av. Amélia Basso Brêda, Av. Santana e Av. Thereza Ana Cecon). Esse sistema busca usufruir dos próprios elementos naturais para resolver as problemáticas referentes à drenagem urbana.

A lagoa de retenção é um reservatório que fica permanentemente preenchido com água, podendo ser utilizado para fins recreativos. No Parque Jacuba, as lagoas distribuídas nos três setores estão sempre no final do curso dos córregos afluentes ao Ribeirão Jacuba. Dessa forma, os córregos são os contribuintes dessas lagoas. Atualmente, em um determinado período de chuva, esses cursos d’água desaguam no Ribei-

rão em um fluxo veloz. Por conta do vale ser uma região de remanso, o Ribeirão Jacuba transborda, causando enchentes. Com as lagoas distribuídas ao longo do parque, o fluxo de água se retarda, já que só após exceder o volume da lagoa é que a água é despejada no Ribeirão. Além disso, essas lagoas, por serem de retenção, armazenam parte do volume da chuva, podendo ser usado para a própria irrigação do parque.

2. Áreas alagáveis

As áreas alagáveis possuem função parecida com a das lagoas. Observando as condições existentes na área de projeto do Parque Jacuba, percebe-se a presença de áreas alagadas naturais, por ser esse território uma área de remanso. A proposta das áreas alagáveis artificiais tem o objetivo de também reter a água da chuva, evitando que ela desague diretamen-

te no Ribeirão Jacuba e, assim, retardando seu fluxo. Assim como as lagoas, ficam permanentemente preenchidas com água, resultando em um espaço lúdico para os usuários. Essa água armazenada pode também ser usada para a irrigação do parque, mas grande parte é infiltrada no solo.

3. Biovaletas

A biovaleta é uma estrutura que tem conexão com o sistema de drenagem, ao mesmo tempo que também retarda a velocidade da água pela presença da vegetação e de compostos orgânicos. No Parque Jacuba, as biovaletas estão atreladas às principais vias do entorno, retardando o fluxo da água da

chuva nessas ruas que são muito impermeáveis, contribuindo com o sistema de infraestrutura verde. Na seção da página ao lado, é possível entender como esse elemento funciona, exemplificando com a Av. Amélia Basso Brêda.

Biovaleta com conexão ao sistema de drenagem Ciclovia

0

2

4m

Praça de ingresso

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Vegetação

Vegetação Ornamental

A vegetação ornamental do parque foi pensada a partir do uso de espécies nativas, juntamente com uma pesquisa de espécies apropriadas para arborização urbana. Espécies como pau-ferro, sibipiruna, oiti e tipuana foram usadas, no projeto, para proteção, sendo dispostas ao longo da ferrovia, e sombreamento, sendo colocadas em áreas como as prainhas e praça das colinas, por possuírem copas largas. As espécies frutíferas (cambuci, pitangueira e jabuticabeira) foram colocadas em pontos estratégicos, como na horta comunitária, praça das colinas e em algumas praças de ingresso. Tais espécies têm o objetivo de aguçar o caráter sensorial do parque, além de atrair a fauna. A vegetação, em parques urbanos, pode também possuir o papel de ser marco visual e referência para os usuários. Para isso, algumas espécies com floração mais marcante foram distribuídas para que cumprissem esse papel fundamental: mulungu, jacarandá e manacá da serra. Tais espécies foram colocadas na horta comunitária, enfatizando seu caráter contemplativo, nas praças de ingresso, com o objetivo de fazer uma marcação visual a essas praças estruturadoras do projeto, e em alguns locais do eixo principal, a fim de agregar um caráter contemplativo também no percurso do parque.

42

Também no eixo principal foram dispostas palmeiras nativas (jerivá) justamente na área que se encontra a Praça Centro de Memória. As palmeiras possuem o papel de guiar o olhar do observador, destacando a perspectiva do eixo principal, ao mesmo tempo que não barra o visual para o Centro de Memória de Hortolândia. Com relação ao piso, o predominante no parque é o cimentício, utilizado em todo o eixo principal e nas praças, por ser um piso confortável para o caminhar dos usuários. Na Horta Comunitária e Jardim Contemplativo, é utilizado também um piso cimentício, porém pigmentado com cor amarelada, que se estende por um eixo secundário que corta o eixo principal, levando o usuário até um passeio elevado ao sul da lagoa, estruturando uma transposição ao Parque Renato Dobelín. O piso pigmentado causa um contraste e marca uma delimitação de duas importantes praças: Praça Administrativa e Praça Pavilhão. Já o piso drenante é usado nas prainhas, por ser um local molhado, em que a água pode cuidadosamente invadir e ser drenada ao solo, para que não haja uma impermeabilização de uma área tão próxima do curso d’água.

43


Vegetação

Recomposição da Mata Ciliar

O plano de recomposição da mata ciliar do Parque Jacuba segue o padrão já utilizado e conhecido, utilizando espécies vegetais próprias indicadas para o reflorestamento de grandes áreas. Tais espécies dividem-se em dois grupos: grupo de preenchimento e grupo de diversidade. As espécies do grupo de preenchimento possuem rápido crescimento, sombreando rapidamente a área, o que favorece o desenvolvimento dos indivíduos vegetais do grupo de diversidade. Constituem o grupo de preenchimento as chamadas espécies pioneiras e secundárias iniciais. Já o grupo de diversidade é composto por espécies secundárias tardias e climácicas, que, favorecidas pelo sombreamento das espécies do ou-

tro grupo, se desenvolvem em fase inicial, com crescimento um pouco mais lento que as anteriores. Entretanto, com o passar do tempo, as secundárias tardias e climácicas se tornam as mais altas e atingem condição dominante. Os dois grupos devem ser dispostos no terreno de maneira alternada, em linhas: uma linha do grupo de preenchimento e outra linha do grupo de diversidade. Assim, as mudas são plantadas lado a lado, acompanhando a curva de nível, conforme o diagrama. De acordo com o modelo normalmente empregado, a densidade de plantio deve ser da ordem de 1.666 mudas por hectare, com um espaçamento de 3 metros entre as linhas de plantio e 2 metros entre as plantas.

espécies pioneiras e secundárias iniciais maduras espécies secundárias tardias e climácicas em crescimento

1. primeira etapa

espécies secundárias tardias e climácicas maduras

espécies pioneiras e secundárias iniciais

2. segunda etapa 44

45


A seção da ferrovia revela sua relação com o Parque. Para proteger as praças do parque e, sobretudo, os usuários, é feita uma movimentação do terreno, que pode ser usado também como espaço de permanência.

Ferrovia

Elevação artificial do terreno

Praça do parque

SEÇÃO FERROVIA

0 46

5

10m 47


Ciclovia

2,50

6,00

SEÇÃO EIXO PRINCIPAL 0 48

2

4m 49


Guarda corpo metálico Piso em concreto Vigas metálicas Guarda corpo metálico

5,10

Piso em concreto

Pilar de concreto

Vigas metálicas 2,30

SEÇÃO PASSEIO ELEVADO 0 50

2

3,80

Pilar de concreto

SEÇÃO PASSARELA DO MIRANTE 4m

0

2

4m 51


Uso comercial proposto

Ferrovia

Horta Comunitária e Jardim Contemplativo

Marquise com arquibancada

Pavilhão

Área alagável

Ribeirão Jacuba

Parque Renato Dobelín

CORTE AA 0 52

25

50m 53


Córrego contribuinte da lagoa

Ferrovia

Barragem

Píer

Lagoa

Barragem

Transposição

Ribeirão Jacuba

Parque Renato Dobelín

CORTE BB 0 54

25

50m 55


Mirante

Praça de ingresso

Ferrovia

Praça das Colinas

Eixo principal

Ribeirão Jacuba

Parque Renato Dobelín

CORTE CC 0 56

25

50m 57


PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE 58

4.

ELEMENTOS CONSTRUÍDOS E SEUS CONCEITOS Os elementos construídos do Parque Jacuba foram concebidos a partir de dois conceitos: percurso e referência. Percurso no sentido do caminhar e percorrer o espaço e referência no sentido da referência visual e marco na paisagem.

59


Mirante Diagrama padrão de implantação do mirante no Parque Jacuba

Mirante

Av. Amélia Basso Brêda

A lógica do percurso se dá através da passarela que liga a praça de ingresso ao mirante. Já a lógica da referência se dá através do próprio mirante, como marco visual e situacional.

1. percurso 60

Praça de ingresso

Estacionamento

Ferrovia

Eixo principal

Bicicletário

2. referência 61


1. volumetria

4. mirante como marco da paisagem

2. patamares, estrutura metálica e circulação vertical

3. fechamentos com brises de madeira

PLANTA DO MIRANTE

O mirante foi pensado a partir de uma volumetria que possibilitasse que ele fosse um elemento marcante no parque. A partir disso, foram pensados em 5 patamares, com uma estrutura metálica e a circulação vertical (composta por escadas e um elevador). Brises de madeira fazem o fechamento em algumas faces, constituindo o mirante como marco da paisagem. 0

62

5

10m 63


Quem sobe, observa e é observado. Quem vê de longe, percebe a sutileza de um elemento que marca e anuncia o Parque Jacuba. Os mirantes são capazes de dar uma relação visual do vale com a cidade e proporcionam uma possibilidade histórica de Hortolândia se compreender como uma unidade urbana ambiental: é um museu de aprendizado do que a cidade deveria ser.

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65


Marquise

Cobertura translúcida

Na marquise, a lógica do percurso se dá através da própria área coberta que essa estrutura proporciona. Já a referência se da através de um elemento de cor amarelada que possibilita que os usuários tenham uma visão clara da marquise de outras partes do parque. Quem observa a marquise de longe, percebe a espacialidade de uma linha. A marquise acolhe a movimentação, a manifestação cultural e a expressão e proporciona uma pulsação de identidade e curiosidade.

Terças metálicas

A perspectiva explodida revela a materialidade da marquise, pensada a partir da estrutura metálica e uma cobertura translúcida. Para barrar a intensa insolação, placas metálicas vazadas fazem o sombreamento do espaço, enquanto em alguns locais outras placas são dispostas nas laterais como um fechamento para criar diferentes sensações ao longo do percurso. A chapa metálica amarelada faz a fixação desses painéis vazados.

Vigas metálicas

Chapa metálica

Placa metálica vazada

Pilar metálico

1. percurso 66

2. referência 67


PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE 68

5.

ESPACIALIDADES O projeto do Parque Jacuba concebe diversas espacialidades, que promoverão a interação entre os usuários e também entre usuários e elementos naturais, a paisagem existente. Procurou-se explorar, nos espaços do parque, diferentes sensações e impressões ao longo do percurso do pedestre.

69


HORTA PRAÇA ADMINISTRATIVA PRAÇA PAVILHÃO ÁREA ALAGÁVEL

70

71


Ferrovia

Horta comunitária e jardim contemplativo Piso cimentício pigmentado

Eixo principal Piso cimentício

Praça Administrativa Piso cimentício

Zoom - Horta e Praça Administrativa 72

73


Eixo principal Piso cimentício Gramado livre Piso cimentício pigmentado

Arquibancada

Praça Pavilhão

Área alagável

Ribeirão Jacuba

Zoom - Área alagável 74

75


Parque Renato Dobelin Ribeirão Jacuba

Transposições

Área alagável

Praça Pavilhão Arquibancada Piso cimentício pigmentado

Eixo principal Piso cimentício

Zoom - Praça Pavilhão 76

77


LAGOA PÍER PRAINHA

78

79


Ferrovia

Prainha com piso drenante

Eixo principal

Lagoa

Passeio elevado

Zoom - Prainha 80

81


PRAÇA DAS COLINAS

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Ferrovia

Mirante

Praça das Colinas

Eixo principal Piso cimentício

Zoom - Praça das Colinas 84

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PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE 86

6.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

87


Conclusões e etapas de implantação do projeto O projeto do Parque Jacuba se apresentou como um desafio desde o início. O desenvolvimento de um parque público necessita de um olhar em outra escala daquela comumemente usada em um projeto de arquitetura de um edifício. Por conta disso, o projeto desenvolvido nesse trabalho teve que partir da escala urbana, retomando o Plano ID, para que fosse compreendido como um equipamento estruturador dos espaços livres do município como um todo. A partir disso, a escala foi diminuindo até o desenho dos espaços e arquiteturas do parque, levando em conta as necessidades da cidade. A conversa com os demais projetos estruturadores do plano também foi fundamental ao desenvolvimento do trabalho, enfatizando a necessidade de um plano conciso com projetos interligados, constituindo um circuito de equipamentos públicos em uma cidade carente de identidade. Por conta disso, o projeto do Parque Jacuba se constitui também como

88

um plano de cidade. Mais do que isso, como uma visão de cidade, que seja respeitosa com seus corpos d’água, tenha espaços públicos de convívio de qualidade, atue de forma sustentável e responsável nos projetos de infraestrutura urbana e que, mais importante, possua uma identidade própria. Dito tudo isso, como conclusão desse trabalho é feita uma proposta de etapas de implantação do Parque Jacuba, a partir de uma investigação de como se coloca em prática esse projeto na cidade. Ou seja, como esse parque público é oferecido para a população. As etapas seguem uma lógica de hierarquia de necessidades, em que é levada em conta a urgência de ações para a cidade de Hortolândia. Na página ao lado, os esquemas mostram a sucessão dessas etapas. Vale destacar que as etapas estão sendo consideradas depois de uma etapa fundamental: a reestruturação viária proposta pelo Plano ID, com a ampliação da malha cicloviária e a abertura de novas vias.

ETAPA 01: Remoção das habitações e galpões propostos nessa área. Após isso, construção do sistema de infraestrutura verde (lagoa, áreas alagáveis e biovaletas) e início da recomposição da mata ciliar

ETAPA 02: Núcleo (Praça Pavilhão, Praça Administrativa, Horta e Jardim Contemplativo, Praça das Colinas, Prainhas, Praça Centro de Memória) e eixo principal

ETAPA 03: Parque x Cidade (Praças de ingresso e mirantes)

ETAPA 04: Percursos secundários (transposições e percursos da área norte do parque, entre Av. Amélia Basso Brêda e Av. Thereza Ana Cecon) 89


PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PAR QUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE JACUBA PARQUE 90

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