DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE
Foto de Capa: PixaBay Editor/Diagramador: Andre Peres
Larissa Sarete Melo Aletéia Henklain Ferruzi Leitícia Neto Ruiz
DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE 1ª EDIÇÃO
Centro Universitário Ritter dos Reis (Uniritter) Rua Orfanotrófio, 555 Alto-Teresópolis 90840-440 - Porto Alegre - RS Tel.: (51)3210-8440 uniritter.edu.br MELO, Larissa Sarate; FERRUZZI, Aletéia Henklain. Depressão na Terceira Idade. Psicologado. Edição 05/2013. Disponível em < https://psicologado.com.br/psicopatologia/ transtornos-psiquicos/depressao-na-terceira-idade >. Acesso em 19 Nov 2019. 1.Depressão 2.Terceira idade 3. Tratamento. Ruiz, Letícia Neto.Depressão na Terceira Idade/ Letícia Neto Ruiz. – Bebedouro: Fafibe, 2009 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)Faculdades Integradas Fafibe, Bebedouro, 2009. 1.Psicologia. 2.Depressão. 3.Terceira Idade. 14X21 cm ;120 p. ISBN 985-85-666-6666-6
Sumário Depressão na Terceira Idade Parte I 1. Introdução........................ ......9 2. Terceira Idade................... ....12 3. Depressão........................ ....18 4. Depressão em Idosos......... ....22 5. Sintomas da Depressão...... ....27 6. O Luto e a Depressão......... ....33 7. Tratamento....................... ....36 8. Materiais e Métodos........... ....44 9. Resultados e Discussões..........46 10. Considerações Finais........ ....49
Depressão na Terceira Idade Parte II 1. Introdução........................ ....58 2. O Que é Depressão............ ....64 3. A ImportÂncia das Atividades Destinadas aos Idosos............ ....71 4. Fatores Desencadeantes Sintomas e Tratamentos......... ....80 5. O Exame Diagnóstico no Idoso Depressivo..................84 6. O Tratamento.................... ....87 7. A Psicoterapia da Depressão na Terceira Idade... ....90 8. A Familía do Doente Depressivo................ ..100 9. Considerações Finais............110
PARTE I DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE
Apresentação O presente artigo tem como objetivo evidenciar quais são os principais fatores que desencadeiam a depressão na terceira idade. O delineamento metodológico do estudo foi a pesquisa bibliográfica, que mostrou que a depressão na terceira idade é um caso que merece bastante atenção, pois, embora todo ser humano em qualquer fase de sua vida possa experimentar sintomas depressivos, nos idosos a probabilidade de padecer desta doença é ainda maior (ZIMERMAN, 2000). Desta forma, podemos considerar que os idosos merecem atenção e cuidado e que embora em qualquer fase da vida a depressão seja uma doença preocupante na terceira idade os cuidados devem ser maiores.
Depressão na Terceita Idade Parte I
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO
A depressão na terceira idade é um tema que merece atenção e um estudo aprofundado a respeito, pois este é um grupo que necessita de cuidados e ajuda de terceiros. O processo de envelhecimento embora difícil para muitos, é algo que acontece naturalmente, trazendo junto consigo algumas mudanças. De acordo com MENDES (2005) et al., a Organização Mundial de Saúde – OMS define o indivíduo como idoso á partir dos 65 anos nos países desenvolvidos e dos 60 anos nos países subdesenvolvidos.
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Indtrodução
Segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2003, no Brasil, em 2020, os idosos chegarão a 25 milhões de pessoas, numa população de 219,1 milhões representando 11,4% da população. Segundo STELLA (2003) et al., junto com o aumento da população idosa, vêm o aumento também de doenças crônico-degenerativas, dentre elas aquelas que comprometem o funcionamento do sistema nervoso central, como as enfermidades neuropsiquiátricas, particularmente a depressão. De acordo com Oliveira et al. (2006 apud LAWTON, 2001) para se ter uma boa qualidade de vida no envelhecer é necessário o desenvolvimento de pesquisas que enfatizem dever cumprido e gosta de dividir sua não aspectos físicos e sociais, mas
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Depressão na Terceita Idade Parte I
principalmente aqueles relacionado a saúde emocional. Desta forma este estudo tem como objetivo identificar e evidenciar, por meio da pesquisa bibliográfica, quais são os principais fatores que desencadeiam a depressão na terceira idade e a melhor forma de tratamento.
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Terceira Idade
CAPÍTULO 2 TERCEIRA IDADE
O envelhecimento é um processo natural e dá-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais. É uma fase em que após uma análise, normalmente o indivíduo idoso conclui que alcançou muitos objetivos, mas também sofreu muitas perdas, das quais se destaca a saúde com um dos aspectos mais afetados. (MENDES et al., 2005) A teoria do desenvolvimento psicossocial desenvolvida por Erik Erikson propõe uma concepção de desenvolvimento em oito estágios psicossociais, perspectivados por sua vez em oito idades que decorrem desde
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o nascimento até a morte. O último estágio chamado de Integridade X Desesperança, ocorre na velhice e segundo Erikson, se o envelhecimento ocorre com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos haverá integridade e ganhos, do contrário, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança(RABELLO; PASSOS 2007). A velhice é o último período da evolução da vida. É natural, indiscutível e inevitável. Implica um conjunto de mudanças biológicas, fisiológicas, psicológicas, sociais, econômicas e políticas que compõem o cotidiano das pessoas que vivem nessa fase em que os idosos avaliam como foi sua vida, bem como suas perdas e ganhos. (BEZERRA et al, 2010).
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Terceira Idade
Neste momento da vida o indivíduo começa a rever a sua vida, fazendo uma reflexão de tudo o que fez ou deixou de fazer. Pensa nas suas realizações e seus significados. Cada um vivencia essa fase de forma diferente. Uns podem entrar em desespero, pois pode surgir um sentimento que o tempo acabou, que a morte esta se aproximando. Essas pessoas vivem numa tristeza por sua velhice. Por outro lado, existem pessoas que encaram isso da maneira positiva, experimentando a sensação de dever cumprido e gosta de dividir sua experiência e sabedoria com outras pessoas. (RABELLO; PASSOS 2007). Segundo Morris; Maisto (2004), em um processo que se inicia na metade da idade adulta e continua na terceira idade, a aparência física e o funcionamento de todos os órgãos passam por várias alterações. O
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cabelo fica mais fino e muda de cor, a pele enruga, os ossos se tornam mais frágeis, os músculos perdem as forças e as juntas ficam enrijecidas ou desgastadas, a circulação se torna mais lenta, a pressão sangüínea se eleva e, pelo fato de os pulmões terem menos oxigênio, o idoso tem menos energia. Dificuldade para dormir e continuar dormindo se tornam mais comuns, e o tempo de reação fica mais lento. Visão, audição e olfato ficam menos apurados. No início, a maioria das pessoas não percebe essas mudanças, uma vez que elas ocorrem de maneira gradual, mas chega o momento em que as alterações provocadas pela degeneração se tornam inegáveis. O ambiente familiar pode determinar as características e o comportamento do idoso. Na família onde se
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Terceira Idade
predomina uma atmosfera saudável e harmoniosa entre as pessoas, todos possuem funções, papéis, lugares e posições e as diferenças de cada um são respeitadas e levadas em consideração e isso ajuda para o bem estar do idoso. Em famílias onde há desarmonia, o relacionamento é carregado de frustrações, com indivíduos deprimidos e agressivos. O idoso torna-se isolado socialmente e com medo de cometer erros e ser punidos. (MENDES et al., 2005). Segundo Kübler-Ross (2004, apud MORRIS; MAISTO) ás vezes, os parentes não são capazes de oferecer muito apoio aos idosos à medida que esses envelhecem, seja por viverem muito distantes, por serem incapazes de lidar com a dor de ver outra pessoa querida envelhecer/morrer ou pelo medo que eles próprios têm.
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Por isso, é importante a família ter paciência com os idosos e conhecimento sobre as doenças que atingem a terceira idade, bem como a depressão.
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Depressão
CAPÍTULO 3 DEPRESSÃO
A depressão tem alto impacto na vida do paciente e de seus familiares, com significativo comprometimento nos aspectos sociais, ocupacionais e em outras áreas de funcionamento. (POWELL, et al 2008). Conforme o Catálogo Internacional de doenças, 10ª edição, CID-10 (OMS, 1999) que apresenta a classificação nosológica de episódios depressivos em F32, o número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave e em ambos os graus, o paciente apresenta
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um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos somáticos, por exemplo, perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão,
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Depressão
lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2009, só no Brasil existem cerca de 13 milhões de depressivos e que em todo o mundo existem cerca de 340 milhões. Por conta da doença 850 mil suicídios são cometidos anualmente em todo o mundo. Atualmente, a depressão é apontada como a quinta maior questão de saúde pública pela OMS, sendo que até 2020 deverá estar em segundo lugar. Existem estudos que abordam aspectos psicológicos, ambientais e bioquímicos que tentam explicar o número significativo de casos de depressão. Mas ainda não existe um consenso sobre o que realmente causa a depressão. O depressivo não aceita que o mundo e as pessoas a
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Depressão na Terceita Idade Parte I
sua volta não sejam como ele quer e por não conseguir mudá-los, adoece. (DEUS, 2011). Mckenzie (1999) comenta que o meio em que o indivíduo vive também é um fator importante no risco de se desenvolver uma depressão. A depressão é uma doença complexa, principalmente pela dificuldade do doente em entender e aceitar a enfermidade. Diante dessa complexidade, a melhor forma de não adoecer é a prevenção. (DEUS, 2011).
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Depressão em Idosos
CAPÍTULO 4 DEPRESSÃO EM IDOSOS
Todo ser humano em qualquer fase de sua vida pode experimentar sintomas depressivos. Nos idosos a probabilidade de padecer desta doença é ainda maior, pois apresentam inúmeras limitações e perdas, tendo como conseqüências sentimentos de autodepreciação (ZIMERMAN, 2000). Segundo Oliveira (2006), é importante destacar a respeito da depressão, que ela tem sido considerada como um dos transtornos que mais afetam o idoso. Os fatores etiológicos da depressão no idoso podem ser divididos em
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Depressão na Terceita Idade Parte I
biológicos e psicossociais. O primeiro refere-se à perda neuronal e diminuição de neurotransmissores; o genético; a doença física e as medicações. Já os fatores psicossociais caracterizam-se pela diminuição de renda, as modificações no papel social, o luto/ perdas e a doença física incapacitante e ou/dolorosa. Frequentemente são atribuídos os acontecimentos estressantes e negativos, como por exemplo, a morte de uma pessoa querida ou doenças e efeitos colaterais de medicações, as principais causas da depressão na velhice. Doenças e efeitos colaterais também podem causar ou exacerbar a depressão. (HAMILTON, 2002). Segundo Morris; Maisto (2004), a incidência de depressão aumenta significativamente após a morte de um cônjuge, tornando desafio mais difícil que as pessoas enfrentam na
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Depressão em Idosos
terceira idade. Para Mckenzie (1999), este é um dos dez acontecimentos mais estressantes na vida que podem levar a depressão. As particularidades da depressão do idoso são queixas somáticas como, dores crônicas, distúrbios do sono e apetite. Dentre os sintomas psicológicos, o mais freqüente é a anedonia, que é a perda da capacidade de sentir prazer e déficits cognitivos, particularmente de memória. A depressão em idosos é um importante fator para piora da qualidade de vida destes indivíduos, especialmente para os que permanecem não diagnosticados e sem tratamento (MICHELAN, 2011). Motti, (s/d) comenta que a depressão desencadeia ou mesmo agrava as doenças preexistentes. Segundo, Stella et al (2003), em idosos deprimidos o risco de suicídio é duas
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Depressão na Terceita Idade Parte I
vezes maior do que os não deprimidos. Diante de toda essa complexidade. Embora as limitações causadas pela idade, as quais podem prejudicar a independência e autonomia do idoso para desenvolver determinadas atividades, é preciso estimular este idoso a organizar seu tempo fazendo projetos de vida com criatividade, energia e iniciativa, isto é, dando significados a vida para que não caia no vazio. (PENNA; SANTO 2006, apud LIMA 2000). Segundo Lobo (s/d), nos idosos, a depressão pode estar associada a algum problema físico, doença ou incapacitação, o que dificulta o seu diagnóstico menos e faz com que alguns médicos afirmem que a depressão é menos comum na terceira idade. Por isso é importante que tanto familiares quanto médicos estejam atentos à depressão nos idosos, que apresentam
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Depressão em Idosos
entre os principais sintomas a falta de disposição e tristeza, entre outros sintomas físicos e psicológicos.
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Depressão na Terceita Idade Parte I
CAPÍTULO 5 SINTOMAS DA DEPRESSÃO
Alem do humor triste, a depressão apresenta inúmeros sintomas cognitivos, comportamentais, físicos e emocionais. (GREENBERGER; PADESKY, 1999). Mckenzie (1999), descreve alguns sintomas psicológicos e físicos mais freqüentes em pessoas depressivas, descrevendo os psicológicos em: Baixo-astral, definido como um sentimento persistente de tristeza, ao longo do dia, embora ainda es vazio, perda e apreensão, acompanhado de uma tendência a chorar
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Sintomas da Depressão
mais freqüentemente por qualquer aborrecimento ou até mesmo sem se ter um motivo. Na depressão grave ou moderada, muitas vezes é mais acentuado pela manhã, melhorando um pouco ao longo do dia, embora ainda esteja presente, o que é chamado de variação diurna. Nos casos menos graves pode ser pior a noite do que pela manhã, podendo o depressivo passar bem o dia. Ansiedade, pode tornar-se o maior sintoma da depressão. Nas pessoas deprimidas, essa sensação pode durar meses. Algumas pessoas acordam de manhã num estado de grande ansiedade, porque temem o decorrer do dia. Embotamento Emocional, este é um dos mais cruciais sintomas da depressão. As pessoas gravemente deprimidas, freqüentemente sentem-se
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Depressão na Terceita Idade Parte I
como se tivessem perdido seus sentimentos, não conseguindo nem chorar. Sentem-se às vezes distante e indiferente em relação às pessoas mais próximas. Pensamento depressivo, a pessoa depressiva enxerga o mundo sempre por um lado negativo. Sente muita culpa por tudo, esquece-se das coisas boas que já fizeram, relembrando e intensificando as coisas más. Estes tipos de pensamentos negativos destroem a pessoa aos poucos, deixando-a mais deprimida ou ansiosa, formando-se um círculo vicioso. Concentração e problemas de memória, a pessoa sente dificuldade em se concentrar, se consome por preocupações e pensamentos depressivos tornando-se difícil pensar em qualquer outra coisa. Os problemas com a concentração podem levar á indecisão e falta de atenção, deixando a pessoa confusa e desorganizada.
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Sintomas da Depressão
Delírios e alucinações, a pessoa deprimida tem um pensamento distorcido que se perde da realidade. Os delírios ou convicção falsa, considerada inabalável pela pessoa que o tem, podem ocorrer na depressão grave, refletindo e reforçando o humor depressivo. Ideação suicida: muitas pessoas deprimidas pensam no suicídio, mesmo que seja um pensamento passageiro. Quando a pessoa se encontra num estágio profundo de depressão, o passado lhe parece horrível e cheios de erros, o presente terrível e temem o futuro chega à conclusão de que não vela a pena continuar vivendo, que todos ficariam melhores sem ela, e sendo assim, devem tirar suas próprias vidas. A pessoa deprimida pode apresentar também alguns sintomas físicos como problemas de sono, lentidão
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Depressão na Terceita Idade Parte I
mental e física, perda de apetite. Algumas pessoas no lugar dos sintomas comuns a depressão desenvolvem sintomas físicos reversos como dormirem demais, ter um apetite maior e ganhar peso. Uma pessoa deprimida tem alterações em cinco aspectos de sua vida, que devem ser avaliados antes de um diagnóstico, são os pensamentos, estados de humor, comportamentos, reações físicas e ambiente. Estas cinco áreas estão interligadas e cada aspecto diferente da vida de uma pessoa influencia todos os outros. (GEENNBERGER; PADESKY, 1999). Segundo Beck et al (1997) os pacientes depressivos apresentam sintomas afetivos, como tristeza, e alguns experimentam períodos oscilantes de melancolia, enquanto outros são incapacitados pela severidade do afeto, além de raiva, distração, humor
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Sintomas da Depressão
deprimido, disforia, crises de choro, sentimentos de culpa, vergonha, ansiedade. Sintomas motivacionais como perda de motivação positiva e aumento de desejos de evitação, aumento de dependência. Sintomas cognitivos como a indecisão, visão dos problemas como avassaladores, autocrítica, pensamento absolutista (tudo-ou-nada), dificuldades de concentração e memória. Sintomas comportamentais como passividade, evitação e inércia, déficits em habilidades sociais e sintomas fisiológicos como distúrbio do sono e distúrbios do apetite e sexuais.
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Depressão na Terceita Idade Parte I
CAPÍTULO 6 O LUTO E A DEPRESSÃO
Carreteiro (2003) afirma que não existe luto sem depressão, porém, esse estado de depressão pode agravar-se em certas pessoas. Um sinal deste agravamento pode ser quando a comida e a bebida são recusadas, assim como quando pensamentos de suicídio aparecem. Noites insones podem continuar por muito tempo e tornar-se um problema sério. Se a depressão continua por muito tempo, fugindo à norma da fisiologia do luto normal, pode haver necessidade de tratamento médico à base de
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O Luto e a Depressão
antidepressivos e psicoterapia por algum tempo. (BALLONE, 2010). Segundo Bowlby (2004), existem quatro fases do luto, que são a fase de entorpecimento, que geralmente dura de algumas horas a uma semana e pode ser interrompida por explosões de aflição e ou raiva extremamente intensas. A reação imediata a notícia da morte de um cônjuge, pode variar muito. Mas, no geral, todos sentem-se chocados e não querem aceitar a notícia. A fase de anseio e busca da figura perdida, que duram meses e por vezes anos. Alguns dias após a perda a viúva (o), começa a compreender a realidade e isso leva a crises de desanimo intenso com grande inquietação, insônia entre outros sintomas. A fase de desorganização e desespero, para que o luto tenha um resultado favorável, é necessário que
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Depressão na Terceita Idade Parte I
a pessoa enlutada suporte essas oscilações de emoção. Sendo necessário superar velhos padrões de pensamento, sentimento e ação para poder modelar outros novos. E por último a fase de reorganização, onde a viúva (o) reorganiza sua vida de acordo com sua nova realidade. Pode ser que tenha que fazer coisas que antes não fazia, como, cozinhar, limpar casa, pode-se avaliar a hipótese de um novo casamento, embora a maioria rejeite essa idéia. O luto é uma coisa natural, mas que varia de pessoa para pessoa, e se não for trabalhado, pode converter-se em depressão. Capitão; Santos (2009) afirmam que quando o processo de luto se complica, temos um sofrer depressivo, que necessita de cuidados médicos, psicológicos e apoio social.
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Tratamento
CAPÍTULO 7 TRATAMENTO
A depressão quase sempre pode ser curada. Algumas abordagens terapêuticas que se mostram eficazes na redução da depressão são: a reestruturação cognitiva, a medicação, a melhora das relações interpessoais e o planejamento de atividades. (GREENBERGER; PADESKY 1997). Na década de 60 do século passado, Albert Ellis e Aaron Beck chegaram à importante conclusão de que a depressão resulta de hábitos de pensamentos extremamente enraizados. (POWELL et al. 2008).
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Depressão na Terceita Idade Parte I
A pessoa depressiva apresenta uma tríade cognitiva de pensamentos negativos. O primeiro componente da tríade gira em torno da visão negativa que o paciente tem de si mesmo e nos comportamos, o que escolhemos. Ele se vê como defeituoso e inadequado acreditando que devido aos seus supostos defeitos ele é indesejável e sem valor. O segundo componente da tríade cognitiva consiste na tendência da pessoa deprimida interpretar suas experiências atuais de forma negativa. Ele vê o mundo de forma negativa, fazendo exigências exorbitantes sobre ele e apresentando-lhes obstáculos insuperáveis para tingir suas metas. O terceiro componente da tríade cognitiva consiste em uma visão negativa em relação ao futuro. Quando a pessoa deprimida faz projeções a
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Tratamento
longo prazo, ela antecipa que seu sofrimento ou dificuldades atuais continuarão. (BECK et al. 1997). Os pensamentos ajudam a definir os estados de humor que experimentamos e influenciam o modo como nos comportamos, o que escolhemos fazer e não fazer e a qualidade de nosso desempenho. Os pensamentos e as crenças afetam nossas respostas biológicas. Enquanto as mudanças no pensamento são, na maioria das vezes fundamentais, muitos problemas também exigem mudanças no comportamento, no funcionamento físico e no meio. Segundo Powell et al. (2008), Beck, observou que humor e comportamentos negativos eram usualmente resultados de pensamentos e crenças distorcidas. A Terapia Cognitivo-Comportamental da depressão é um processo
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Depressão na Terceita Idade Parte I
de tratamento que ajuda os pacientes a modificarem crenças e comportamentos que produzem certos estados de humor. As estratégias terapêuticas da abordagem cognitivo-comportamental da depressão envolvem trabalhar três fases, a primeira é o foco nos pensamentos automático, a segunda fase é o foco no estilo da pessoa relacionar-se com os outros e a terceira e última fase foca na mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação problema. (POWELL et al. 2008). Pode-se dizer que no que diz respeito a segunda fase das estratégias terapêuticas citadas por Powell et al. (2008), Greenberger; Padesky (1999), discorre da importância da melhora de relacionamentos íntimos. Pois isso pode ajudar o indivíduo a obter apoio enquanto se recupera da depressão.
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Tratamento
Como o alívio dos sintomas é o objetivo inicial do tratamento, o comportamento é importante nesta abordagem. Uma das bases teóricas dos procedimentos do tratamento para a depressão na Terapia Cognitiva vem da teoria de Lewinsohn que afirma que os pacientes sentem depressão porque estão experimentando redução no reforço geral do mundo externo – decorrente da redução do reforço positivo e/ou excesso de experiências aversivas. A depressão é conceituada nesse modelo como um círculo vicioso de retraimento gradual do paciente ante as atividades positivas e a perda do reforçamento. Assim, o terapeuta precisa trabalhar de modo incisivo para aumentar o envolvimento do paciente deprimido em atividades de reforço e interações sociais.
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Depressão na Terceita Idade Parte I
As sessões iniciais são também dirigidas à definição dos problemas dos pacientes, elaborando-se a conceituação cognitiva ou formulação do caso. (POWELL et al. 2008). Segundo Greenberger; Padesky (1999), as pessoas deprimidas tendem a notar e a lembrar os aspectos positivos ou neutros, interpretando suas vidas com uma tendência negativa. Por isso, o objetivo central da terapia cognitiva para a depressão é ensinar às pessoas a como testar os pensamentos negativos através da revisão de todas as informações em suas vidas, tanto as positivas, neutras, e as negativas. Esse processo é chamado de reestruturação cognitiva. As sessões finais são destinadas à avaliação dos ganhos na terapia e à prevenção de recaída. A melhora do paciente pode ser fornecida como recurso para o enfrentamento de novas
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Tratamento
situações que incluam perdas e adaptações a novas situações-problema. (POWELL et al. 2008). Normalmente a terapia prioriza o atendimento em curto-prazo, com um número de sessões variando de 6 a 20. Porém, existem pacientes que necessitam de um número maior de sessões para o tratamento com terapia cognitiva. (POWELL et al. 2008). Quando o indivíduo apresenta uma depressão intensa ou duradoura, com sintomas fisiológicos, pode ser que seja indicado o uso de medicação, para isso, é necessário que procure um médico psiquiatra. Aproximadamente a cada três pessoas deprimidas, duas podem ser ajudadas, por medicação antidepressiva. (GREENBERGER; PADESKY, 1999). Uma pessoa depressiva tem a produção cerebral de serotonina e/ou noradrenalina, substâncias químicas
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Depressão na Terceita Idade Parte I
naturais do cérebro que afetam o pensamento e o humor, encontram-se diminuídas. As medicações antidepressivas ajudam a aumentar os níveis dessas substâncias, restabelecendo ao cérebro um estado mais saudável, não deprimido, de equilíbrio da serotonina e noradrenalina. (GREENBERGER; PADESKY, 1999).
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Materiais e Métodos
CAPÍTULO 8 MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, que conforme Baruffi (2004) a pesquisa bibliográfica busca explicações a partir de referências teóricas publicadas anteriormente. Este tipo de pesquisa permite que o pesquisador entre em contato com o que já foi publicado sobre o assunto e exige dele uma atitude mais crítica diante dos documentos, artigos e demais documentos, na perspectiva de melhor selecionar o que deve compor seu referencial teórico. Os materiais utilizados foram disponibilizados pela biblioteca do Centro
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Depressão na Terceita Idade Parte I
Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN, vias eletrônicas e aquisição de livros próprios. Entre os materiais utilizados haviam publicações impressas e digitais de artigos científicos, livros, periódicos, e resenhas.
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Resultados e Discussões
CAPÍTULO 9 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em 2009, só no Brasil existem cerca de 13 milhões de depressivos. O que indica a importância das pessoas entenderem esta doença e terem conhecimento das causas e sintomas. Os resultados apresentados neste estudo indicam que a depressão tem sido considerada com um dos transtornos que mais afetam os idosos (OLIVEIRA 2006). Zimerman (2000), afirma que neste grupo a probabilidade de sofrer de depressão é maior, pois
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Depressão na Terceita Idade Parte I
apresentam inúmeras limitações e perdas. Embora existam estudos que tentam explicar o número significativo de casos de depressão, ainda não existe um consenso sobre o que realmente causa a depressão (DEUS, 2011). Porém, alguns estudiosos descrevem acerca de prováveis causas da depressão. Para Lobo (s/d), nos idosos, a depressão pode estar associada a algum problema físico, doença ou incapacitação. O ambiente onde o indivíduo está inserido também é um fator importante que pode desencadear uma depressão (Mckenzie, 1999). Morris; Maisto (2004), defendem que a incidência da depressão aumenta significativamente após a morte de um dos cônjuges. Na maioria das vezes a depressão pode ser curada, sendo que várias são as formas de tratamento, uma delas que têm se mostrado eficaz
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Resultados e Discussões
é a Terapia Cognitiva da Depressão, vários autores como Greenberger; Padesky (1999), Petroff (s/d) e Kley (2010), explicam sobre este tratamento. O objetivo é a reestruturação cognitiva, visto que Beck acreditava que a depressão é um transtorno de pensamento e não emocional (PETROFF, s/d; KLEY, 2010).
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Depressão na Terceita Idade Parte I
CAPÍTULO 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente revisão de literatura aponta que, a depressão é um dos transtornos que mais afetam o idoso, sendo preocupante em qualquer momento da vida, mas apresenta na terceira idade, maiores riscos, pois o idoso com depressão tem uma piora significativa na qualidade de vida, o que aumenta o risco de um suicídio. Segundo Mckenzie (1999), antes dos 65 anos de idade, a depressão acomete mais mulheres, porém a partir desta idade ambos os sexos são afetados igualmente.
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Considerações Finais
Várias são as causas da depressão na terceira idade, entre elas o luto, as mudanças que ocorrem nessa fase, físicas e sociais podem desencadear a doença. É muito importante para o idoso que ele esteja inserido em um ambiente saudável. É fundamental que o idoso com depressão tenha cuidados de familiares e pessoas próximas, o que muitas vezes não acontece, pois vida é algo que merece atenção e essas pessoas não sabem como lidar com o doente ou então até mesmo para evitar a dor que sentem ao ver o sofrimento de uma pessoa querida. Essa falta de apoio dos familiares prejudica ainda mais o idoso depressivo, visto que este já tende a se isolar e apresentar rebaixamento de humor. Quando as pessoas com as quais ele convive, aparenta não se preocupar, o idoso tende a se isolar mais.
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Depressão na Terceita Idade Parte I
A depressão é uma doença complexa e seu diagnóstico tardio dificulta ainda mais o tratamento. Por isso, é importante que as pessoas que convivem com este idoso estejam atento aos sintomas, pois dificilmente o idoso depressivo irá procurar um tratamento por conta própria. A depressão pode ser tratada e quase sempre têm cura, por isso a importância de se conhecerem os sintomas, pois quanto mais cedo se procurar ajuda mais rápido e eficaz é o tratamento. Aaron Beck na década de 60 postulou o modelo de Terapia Cognitiva da depressão, segundo Beck, a depressão não é um transtorno emocional, mas sim, um transtorno de pensamento (PETROFF, s/d). No modelo de Beck, o tratamento tem como objetivo a reestruturação cognitiva, que se entende como
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Considerações Finais
a retomada ZIMERMAN, de flexibilidade G. I. Velhice:cognitiaspectos biopsicossociais. Porto Alegre: va, obtida através da substituição de Artes Médicas, 2000. esquemas disfuncionais por outros mais funcionais e a resolução de problemas, que consiste no desenvolvimento da habilidade de lidar de forma prática com as dificuldades e desafios do dia-a-dia (KLEY, 2010). Por fim, cabe ressaltar que a depressão em qualquer momento da vida é algo que merece atenção e cuidados, mas que nos idosos precisa além do desempenho da pessoa doente, interesses e cuidados de todos que estão envolvidos com esta pessoa.
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PARTE II DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE
APRESENTAÇÃO O presente estudo teve como objetivo esclarecer o que é a depressão na terceira idade, bem como os processos decorrentes dessa temática através de revisão bibliográfica. Dessa forma pretende-se contribuir, à partir dessa pesquisa, com a ampliação dos conhecimentos científicos que retratam a realidade do idoso depressivo, visando o incentivo a novas reflexões que possibilitem um melhor atendimento ao idoso. Reconhecida como um problema prioritário de saúde pública, a depressão é um mal que atinge 15% da população brasileira. Na terceira idade, é uma doença pouco diagnosticada, mas muito frequente.
Depressão na Terceita Idade Parte II
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Desde os tempos remotos, a depressão aparece presente em alguns eventos. Rei Saul, do Antigo Testamento descreveu passar por uma síndrome depressiva. Também há o registro do suicídio de Ajax, ocorrido na Ilíada de Homero. Em 1854, Jules Falret descreveu um quadro de alterações periódicas de humor, onde o paciente tinha alterações de depressão e mania, o qual denominou folie circulaire. (KAPLAN, 2003) Antigamente a média de vida de uma pessoa era até os 49 anos. Aos 55 anos ela já era considerada idosa, tinha cabelos alvos, rugas e um
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semblante cansado, ou seja, os idosos de antigamente são hoje os homens de meia-idade. Um bom exemplo é Dom Pedro II, aparentemente velho, de barbas longas faleceu aos 66 anos de idade. Quando ele morreu, havia entrado recentemente na idade senil. (MONTEIRO et. al., 2002) Com o envelhecimento, a expectativa de doença mental eleva-se de 34% aos 61 anos para 67% aos 81, tornando-se um dos fatores mais preocupantes quanto à repercussão em saúde pública, e dentre essas doenças mentais está a depressão. (MONTEIRO et. al., 2002) É extremamente difícil lidar com a situação de um ente querido depressivo, pois os idosos relutam em admitir sintomas psicológicos, expressando essa depressão através de queixas somáticas e inespecíficas, mostrando frequentemente uma comorbidade
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médica, deteriorização mental e física que pode mascarar a queixa de sintomas depressivos. Segundo Monteiro (2002), essa dificuldade que os idosos tem em mostrar abertamente os sintomas depressivos e pedir ajuda se deve ao fato de que quem sofre de depressão é estigmatizado. Também há o agravante de que procuram com maior frequência o clínico geral (que nem sempre diagnosticam a depressão) ao invés do geriatra ou psiquiatra. As escolas organicistas – hoje denominadas biologistas- tentaram explicar o surgimento da depressão a partir de insuficiências ou intoxicações orgânicas. Já outras correntes tentaram ver a depressão como um distúrbio que ia além do orgânico. Geralmente utiliza-se a palavra depressão para descrever os sentimentos; sempre que uma pessoa se sente
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desanimada ela diz que está depressiva. Esta interpretação da doença como uma alteração de espírito gerou vários problemas na Idade Média, onde pessoas com transtornos depressivos delirantes e maníacos foram rotuladas de endemoniadas. Durante todo o século XIX persistiram as idéias organicistas de tratar as doenças mentais como qualquer outra doença. No início do século XX a teoria do inconsciente proposta por Sigmund Freud acabou concebendo individualizado e dinâmico. A depressão maior é diagnosticada entre 3 a 5% na comunidade, e cerca de 15% apresenta alguns sintomas depressivos. Nas instituições onde moram os idosos, esse número pode chegar a 30%. A depressão é uma doença que ocorre desde a infância até a terceira idade; o fato é que no indivíduo senil ela é mais prejudicial. (BLAZER, 2003)
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Este trabalho visa mostrar como é a depressão na terceira idade. Pretende-se, assim contribuir, a partir dessa pesquisa para ampliar as fontes científicas que retratam a realidade do idoso depressivo, visando expor novos conhecimentos e incentivando a novas reflexões. Por esse motivo é importante o estudo desse mal que atinge tantos idosos, aprofundando, através de pesquisa, o tema proposto. Será abordada então, nessa pesquisa, a questão da depressão na terceira idade e seus conflitos pessoais. Para a realização desse trabalho, será utilizada a pesquisa bibliográfica. No primeiro capítulo será abordado o que é a depressão, desde o seu surgimento até os dias atuais, enfatizando a depressão na terceira idade. No segundo, serão mostradas algumas formas de prevenção à doença; no terceiro capítulo serão
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mostrados os tratamentos mais utilizados e a participação da família na depressão do idoso.
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CAPÍTULO 2 O QUE É DEPRESSÃO
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira define a depressão como sendo “... abaixamento de nível, resultante de pressão ou de peso; baixa de terreno ou ainda, abatimento moral ou físico, letargia”. (CLARO, 2002). O mesmo autor define depressão como sendo um estado de espírito melancólico, desesperança ou tristeza profunda. A duração e intensidade desse mal dependem da personalidade do indivíduo que a tem, tal como os fatores desencadeantes e a situação atual de vida do paciente. A depressão é caracterizada através de sinais
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(que é o que pode ser visto), e por meio de sintomas (o que é sentido pela pessoa).(GUARIENTE, 2006) Destacam-se diferentes tipos de depressão mais presentes nos idosos, como: Depressão-atípica: presente em pacientes que apresentam ganho de peso e letargia extrema. Apesar de ir a médicos, os pacientes acreditam que nenhum deles consegue descobrir a causa de seus problemas; Depressão-psicótica: associa-se à marcada paranoia, delírios congruentes com o humor, alucinações auditivas e visuais. É necessário fazer um tratamento rápido, pelo risco de suicídio; Depressão-somatização: conhecida como depressão mascarada, caracteriza-se por queixas de dor não justificada fisicamente, plenitude, perda da libido, anorexia, insônia;
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Distimia ou depressão menor: depressão crônica de humor que tem início de forma astuciosa, permanecendo pelo mínimo de 2 anos, onde o indivíduo dificilmente está contente, sente-se cansado e deprimido sem nenhum motivo aparente na maior parte do tempo. O indivíduo com distimia sempre está à busca de algo que não existe, necessitando que lhe mostrem que está fantasiando; Transtorno afetivo bipolar: Em algumas ocasiões há elevação de humor e aumento de energia, e em outras há rebaixamento de humor e diminuição de energia. A duração do transtorno dura entre duas semanas e 4 meses; Transtorno depressivo causado por outras doenças: pode ocorrer devido a condições médicas como hiper ou hipotireoidismo, tuberculose, câncer, AIDS entre outras;
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O Que é Depressão
Transtorno depressivo induzido por substância: depressões que vem de uso de substâncias químicas como sedativos e anticoncepcionais orais até álcool e cocaína. A depressão também pode se dar por algum evento que tenha ocorrido, como o luto, que pode ocorrer quando há morte de algum ente querido, ou objeto estimado; ou através de um estado depressivo passageiro, que ocorre quando o indivíduo é frustrado por causa de um objetivo não alcançado, por exemplo. (ZIMERMAN, 2005) As síndromes depressivas são atualmente reconhecidas como um problema prioritário de saúde pública. Do ponto de vista psicopatológico, os quadros depressivos tem como elemento central o humor triste. Entretanto, elas se caracterizam por uma multiplicidade de sintomas afetivos (melancolia, choro fácil e
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frequente), instintivos e neurovegetativos (como fadiga, desanimo e desesperança), relativos à autovalorização (sentimento de baixa autoestima), à vontade e psicomotricidade (como tendência a passar o dia todo na cama e lentificação motora). (DALGALLARONDO, 2000). Enquanto evento psiquiátrico, a depressão é algo muito mais sério do que um simples desânimo; é uma doença que exige tratamento. A depressão na população idosa é muito frequente, mas pouco diagnosticada. O profissional que dá o primeiro atendimento ao idoso deve ficar alerta e informado para poder diagnosticar pequenos – porém significativos – sinais que denunciem o início da depressão. (JUNIOR, 2006) A depressão está entre as principais doenças mentais que atingem os indivíduos senis. Quase sempre
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a depressão no idoso está por trás de outras doenças próprias da idade, como mal de Parkinson, Diabetes, Alzheimer ou uso de medicamentos antihipertensivos, entre outros. (RODRIGUES, 2005) Através de estudos realizados com idosos estima-se que em países industrializados um em cada dez idosos sofre de depressão. São desconhecidos ainda os motivos que levam as mulheres a ter mais depressão que os homens; não se sabe se a diferença é devida a questões sociais, diferenças psicológicas ou ambas. (MAZO; LOPES; BENEDETTI, 2004). A depressão é recorrente; pessoas que já apresentaram quadro depressivo no passado têm 50% de chance de repeti-lo. Se já ocorreram dois episódios depressivos, a probabilidade de recidiva chega a 90%; e se o número de episódios tiver sido três,
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a chance de se repetir novamente ultrapassa os 90%. (VARELLA, 2007). Existe uma visão negativista do que é o envelhecimento, o que pode atrapalhar a adaptação social e o bem-estar da sociedade em relação à terceira idade. O idoso que se sente confuso, incapaz para continuar a desenvolver suas atividades cotidianas e com grande nível de ansiedade vem a acarretar uma condição depressiva. (RODRIGUES, 2005)
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A Importância das Atividades Destinadas aos Idosos
CAPÍTULO 3 A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES DESTINADAS AOS IDOSOS
O indivíduo depressivo perde o interesse por atividades que antes costumava desenvolver com prazer, sendo tomado por um constante sentimento de tristeza. As coisas boas que realizam lhe parecem distantes e as coisas ruins parecem-lhe mais preceptorias. (GUARIENTE, 2006) É de extrema importância que o idoso se envolva em algum tipo de atividade artística, como teatro, pintura ou música, assim como terapias de grupo e ginástica na prevenção e
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no combate à depressão, enfim, são várias as formas de ajudar o idoso na compreensão da senescência. (MONTEIRO et. al., 2002) Aplicar a arte como meio auxiliar na prevenção e cura da depressão, produz efeitos muito positivos, auxiliando os idosos no encontro consigo mesmo, dando-lhes ânimo e coragem para reiniciar uma nova etapa da vida e reintegrar-se na sociedade. A Musicoterapia Musicoterapia é um processo que promove a comunicação e a expressão, tendo a finalidade de atender às necessidades mentais, físicas e emocionais do ser humano. (MONTEIRO et. al., 2002) A autora afirma que música pode ser utilizada como elemento terapêutico, pois é uma linguagem estruturada. É através da música que o idoso lembra-se do passado, revivendo assim
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A Importância das Atividades Destinadas aos Idosos
momentos significativos e promovendo sua saúde. O trabalho realizado na musicoterapia é o de cantar, tocar um instrumento, dançar e ouvir música, onde só o musicoterapeuta deve ter a obrigação de conhecer música, cantar e tocar algum instrumento. (BRUSCIA, 2000) Monteiro et. al. (2002) faz uma ressalva sobre a escolha do instrumento musical oferecido ao idoso: deve ser de pequeno porte, como chocalho ou clava, o que possibilita sica, onde só o musicoterapeuta deve o idoso a sentir-se mais seguro enquanto manipula o instrumento. O setting terapêutico também é muito importante para o contexto do processo de tratamento; deve conter sala de atendimento, gravadores, CDs, fitas e claro, os instrumentos, que podem ser dos mais primitivos até os eletrônicos, como teclados e sintetizadores.
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A Dança O Centro de Estudos do Projeto Idosos em Movimento Mantendo a Autonomia (CEPrIMMA), localizado na cidade do Rio de Janeiro e Niterói, oferece atividades físicas aos idosos,deve o idoso a sentir-se mais seguro enquanto manipula o instrumento. prevenindo assim o aparecimento de sintomas depressivos. A dança tornou-se, assim, um instrumento fundamental para a promoção da saúde e manutenção da autonomia. (MONTEIRO et. al, 2002) Os idosos apropriam-se do saber didático-pedagógico, conscientizando-se de como é importante saber enfrentar as mudanças trazidas pelo processo do envelhecimento, tal como conseguir enxergar os benefícios decorrentes de ter uma vida saudável e preventiva através da dança. (MONTEIRO et. al., 2002)
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A Importância das Atividades Destinadas aos Idosos
A atividade física Muitos idosos depressivos acabam ficando deitados na cama por mais tempo que o habitual. Com isso, deixam de praticar algum tipo de atividade física, o que acaba contribuindo para um maior comprometimento físico, como por exemplo, sentir cansaço ao andar muito e acumular secreções nas vias respiratórias, facilitando assim o desenvolvimento de uma pneumonia. (STELLA et. al., 2002) A atividade física é de enorme importância na vida do ser humano, especialmente na vida do idoso, pois atua prevenindo doenças que acabam surgindo nessa idade da vida. O deve o idoso a sentir-se mais seguro enquanto pratica a atividade. indivíduo que exerce algum tipo de atividade acaba ocupando a mente e retardando o envelhecimento. (MAZO; LOPES; BENEDETTI, 2004)
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Inspirado em um parque de Madrid, na Espanha, e em alguns parques de Pequim, China, onde a maioria deles possui aparelhos próprios para a terceira idade, alguns parques no Brasil foram projetados para visar à terceira idade. (CARDOSO, 2009) O primeiro a ser equipado em 10 de outubro de 2008 foi o Parque Água Branca, situado na zona oeste de São Paulo. O parque, chamado de “A Praça do Idoso”, conta com 21 aparelhos feitos de madeira tratada de eucalipto, especialmente projetados para garantir flexibilidade muscular no idoso. (O Estado de São Paulo, 11/out./2008. Praça do Idoso é inaugurada em São Paulo, p. C14) Já o Parque Zilda Natel, situado em Perdizes (zona oeste de São Paulo), conta com 10 aparelhos diferenciados, que simulam movimentos de cavalgada, barco a remo, esqui,
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surfe e caminhada. A frequência dos idosos é assídua, pois além de estarem se exercitando, acabam se divertindo com os aparelhos que lhes proporcionam sentir como se estivessem mesmo praticando algum esporte radical. (CARDOSO, 2009) A utilização desses parques colabora para a prevenção e cura da depressão e outras doenças psicossomáticas, o relacionamento familiar, mostrando feitos de madeira tratada de eucalipto, facilitando o convívio diário com pessoas que não são de seu círculo de amizades, realizando assim uma interação ao meio social. Segundo Stella (2002), além de servir para a prevenção, a atividade física também é muito utilizada no tratamento da depressão, com a vantagem de não ter efeitos colaterais (apresentados no uso de substância
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farmacológico) e promover bem-estar físico e mental ao idoso. Benefícios da saúde com a atividade física: Melhora na mobilidade do idoso; Aumento da densidade óssea; Aumento de força muscular; Aumento da resistência dos ligamentos; Diminuição da ocorrência de doença das artérias coronárias; Melhora da respiração; Melhora no humor, devido à liberação da endorfina, que causa bem-estar e relaxamento. A Faculdade direcionada à terceira idade: Em São Paulo (Santo André, Ribeirão Pires, Diadema e São Caetano) já existem dez intuições com cursos voltados para o público da terceira idade, onde os idosos estudam sobre Psicologia, Filosofia e Saúde, centrados na qualidade de vida do idoso. As instituições não obrigam os alunos a fazer prova nem oferece
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A Importância das Atividades Destinadas aos Idosos
diplomas. No final de cada semestre é realizada uma pesquisa de avaliação do curso onde os próprios alunos avaliam se melhoraram sua auto-estima e o relacionamento familiar, mostrando diminuição da ansiedade e depressão. O objetivo principal é poder oferecer uma forma de o idoso trabalhar seu próprio emocional, prevenindo assim uma depressão. (BORBA, 2006)
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CAPÍTULO 4 FATORES DESENCADEANTES SINTOMAS E TRATAMENTO
A depressão pode ser desencadeada por fatores psicológicos, orgânicos e sociais. A intensidade dos conflitos psíquicos e a durabilidades destes é o crônicas também levam o idoso a ficar que determina a real gravidade de depressão. (GUARIENTE, 2006) Fatores sociais: a depressão é desencadeada devido a situações traumáticas que o idoso vivencia, como a morte de um ente querido, a
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Fatores Desencadeantes Sintomas e Tratamento
síndrome do ninho vazio ou a falta de convívio social, por exemplo. Fatores orgânicos: é causada por causa do uso de alguns medicamentos, ou ainda, devido a alterações hormonais. A presença de doenças crônicas também levam o idoso a ficar depressivo. O idoso demonstra apatia, lentidão ou agitação motora. Fatores psicológicos: evidenciados pelo choro persistente, negativismo, desesperança, aqui o indivíduo perde a vontade de fazer o que mais gosta. Os sintomas depressivos são inúmeros, e para se chegar a tal diagnóstico é necessário haver um grupo de sintomas centrais como apatia (indiferença afetiva), sentimento de tédio, humor deprimido, sentimento de pesar ou fracasso, alterações do sono e do apetite, dificuldade de concentração, perda de energia,
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lentificação das atividades físicas e mentais e anedônia (diminuição ou perda do interesse pela vida). (BALLONE, 2006) A depressão também é diagnosticada através de escalas de avaliação. Os testes mais utilizados são o HAMILTON e o Inventário BECK. (BLAZER, 2003) Os sintomas depressivos são divididos em duas classes: somáticos e psicológicos. Os sintomas somáticos ocorrem com maior frequência, apesar de serem mais inespecíficos, ou seja, mais difíceis de distinguir. Já os sintomas psicológicos- mais fáceis de achar – são divididos em sintomas disfóricos – ou de humor – e sintomas de motivação. (GUARIENTE, 2006) Segundo o autor os sintomas disfóricos ocorrem com maior prevalência e tem maior relação com o diagnóstico depressivo. Os sintomas de motivação, apesar de também prevalentes
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Fatores Desencadeantes Sintomas e Tratamento
nem sempre se encaixam no quadro depressivo, devido aos critérios padronizados atuais. Já os sintomas corporais mais corriqueiros são arritmia cardíaca, dificuldades para ingerir alimentos, dor de cabeça intensa. São comuns períodos de melhora e piora criando a falsa impressão ao paciente de que ele está melhorando sozinho, o que faz com que muitos parem de tomar o remédio. (CLARO, 2002)
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CAPÍTULO 5 O EXAME DIAGNÓSTICO NO IDOSO DEPRESSIVO
É importante diferenciar no paciente idoso os quadros depressivos que surgiram precocemente ou não. A chamada depressão de início tardio se caracteriza pelo surgimento de particularidades biológicas, como alterações no cérebro. (BLAZER, 2003) Segundo o autor, os idosos não associam que a depressão pode ter relação com episódios do passado; por isso muitos ficam nervosos quando os clínicos buscam informações passadas. Por muitas vezes a depressão não tem sido diagnosticada e tratada
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O Exame Diagnóstico no Idoso Depressivo
corretamente. Os sintomas da depressão geralmente são confundidos com doenças clínicas gerais que o indivíduo senil apresenta, ou ainda, como uma consequência normal e aceitável do processo do envelhecimento. (MONTEIRO et. al., 2002) Para se chegar ao diagnóstico de depressão nos idosos é necessário realizar basicamente uma anamnese com o paciente e com os cuidadores, já que o idoso depressivo perde frequentemente o sentido do tempo. Sendo assim, a ajuda dos familiares e pessoas próximas vai auxiliar muito na obtenção da informação necessária para fazer um diagnóstico correto e preciso. (BLAZER, 2003) O autor afirma que deve ser feito também um histórico familiar detalhado a fim de evidenciar sintomas depressivos em parentes de primeiro grau. Após essa primeira etapa são
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realizados exames clínico, laboratorial e psiquiátrico, além de uma avaliação dos efeitos colaterais de medicamentos utilizados pelos idosos. A maioria dos psiquiatras não costuma fazer exames físicos, mas é de extrema importância realizá-los, pois os sintomas físicos estão sempre acompanhados dos sintomas depressivos.
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O Tratamento
CAPÍTULO 6 O TRATAMENTO
O tratamento para a depressão no idoso deve ser realizado através de uma intervenção especializada, e sua intenção é diminuir o sofrimento psíquico, assim como melhorar o estado geral do paciente, além de abrandar o risco de suicídio, que é pequeno, mas existe. (BLAZER, 2003) Blazer (2003) afirma que à priori é necessário verificar se a depressão já existe há algum tempo, e o que a está agravando. Deve-se também verificar se o idoso está tomando alguma medicação que esteja causando sintomas
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depressivos, ou se existe a possibilidade do paciente ser portador de alguma doença que esteja relacionada com a depressão. Deve-se analisar se existem fatores desencadeantes no aspecto de natureza psicológica e psicossocial presentes no idoso, como por exemplo, uma intervenção especializada, e sua intenção é diminuir o sofrimento psíquico, o abandono por parte da família ou luto, o que pode causar isolamento social, e posteriormente, a depressão. O tratamento antidepressivo passa por três fases: Aguda: início do tratamento, quando o terapeuta alivia os sintomas imediatos; Continuação: o terapeuta evita que o paciente tenha uma recaída; Preventiva ou Manutenção: dura até 6 meses após o término do
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O Tratamento
tratamento, o terapeuta visa prevenir a recorrĂŞncia de novas fases depressivas (serve apenas para indivĂduos que tiveram mais de 3 episĂłdios recorrentes).
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CAPÍTULO 7 A PSICOTERAPIA DA DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE
A psicoterapia é uma forma de tratamento realizado com métodos e propósitos psicológicos, primordial no tratamento do idoso depressivo, sendo importantíssima para programar com sucesso o conjunto de terapias prescritas para o idoso deprimido. (ZIMERMAN, 2005) Freud (2003 apud BLAZER) acreditava que a terapia psicanalítica não deveria ser utilizada em idosos (que na sua concepção era um adulto com mais de 40 anos), alegando que a quantidade de material
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A Psicoterapia da Depressão na Terceira Idade
acumulado da meia-idade até a idade avançada prolongaria o tratamento de forma interminável. O tratamento para a depressão que afeta os jovens e os adultos – a chamada depressão maior – é semelhante ao destinado ao idoso. O terapeuta deve estar à disposição do paciente entre as sessões, atendendo-o fora de hora sempre que necessário. É de suma importância que o terapeuta explique ao paciente que será de sigilo absoluto tudo que for dito entre eles. Manter a privacidade do paciente idoso é primordial, mesmo que a família insista em saber o que se passa. (BLAZER, 2003). Os tipos de psicoterapias e tratamentos destinados aos idosos depressivos Psicoterapia dinâmica: Nessa intervenção o terapeuta deve primeiramente tentar manter a autoestima do paciente, procurando resolver
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primeiramente as perdas do idoso e o estresse ligado ao envelhecimento. (BLAZER, 2003) Psicoterapia de Apoio: A psicoterapia de apoio pode ser facilmente confundida como sendo meramente um “apoio”, onde o terapeuta distribui conselhos e consola o paciente. O terapeuta intervém na vida do paciente, focando os problemas atuais que o idoso está passando, e suas possíveis soluções; encorajando-o a desempenhar um papel ativo na resolução destes problemas. Os problemas antigos não são mexidos. Esse tipo de terapia é considerado mais leve, pois deve ser flexível em termos de compromisso. (ZIMERMAN, 2005) Psicoterapia Breve: Na Psicoterapia Breve não há compromissos em manter o tratamento em longo prazo, como o próprio nome já sugere. As sessões são complementadas com
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A Psicoterapia da Depressão na Terceira Idade
aplicação de testes com a finalidade de o terapeuta conhecer melhor o problema apresentado pelo paciente. Após o final de cada sessão o terapeuta dá uma feedback ao paciente, como por exemplo “Não deixe sua filha implicar com você”. É a psicoterapia mais indicada para os idosos, pois ajuda o indivíduo a se reorganizar emocionalmente, minimizando seu sofrimento. Como o próprio nome sugere, é breve, pois a duração é de 6 meses, tendo cada sessão a duração de 20 minutos. (BLAZER, 2003) Terapia Cognitiva: A Terapia Cognitiva surgiu a partir da teoria de Beck (criada por Aaron Beck entre as décadas de 50 e 60), e da contribuição cognitiva à depressão (Beck et. al., 1979, Apud BLAZER, 2003). Nesse tipo de abordagem o terapeuta fica atento para o sistema de crenças do paciente e das distorções que
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ele faz de si mesmo e das coisas em sua volta, tentando fazer com que ele reerga sua auto-estima e a confiança em si mesmo. (ZIMERMAN, 2005) Terapia Interpessoal: O terapeuta faz uma intervenção focada na formação dos sintomas da depressão, deixando para segundo plano os aspectos da personalidade do paciente. (BLAZER, 2003) Biblioterapia: É um tratamento realizado através da leitura, onde o idoso depressivo gradualmente passa a entender suas emoções e a externalizar seus problemas sua volta, tentando fazer com que ele. O objetivo desse tipo de terapia é clarificar as dificuldades individuais, ajudando o paciente a conversar sobre suas dificuldades, favorecendo assim um bem-estar ao perceber que seu problema já foi vivido por outras pessoas. (ORSINI, 1982)
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Terapia Comportamental: Blazer (2003) define a Terapia Comportamental como uma técnica de curta duração, onde o idoso concorda em ser o agente da mudança, incentivado a enfrentar temores gradativamente, tendo controle sobre seu ambiente. Frederick Skinner entre 1950 e 1960 difundiu sua concepção de que o paciente deve ser incentivado a enfrentar seus temores. (ZIMERMAN, 2005) Terapia em Grupo: A terapia de grupo aplicada em idosos deprimidos ajuda-os no desenvolvimento pessoal, encorajando as mudanças de atitude. Essa troca de experiências entre os idosos ajuda-os a compartilhar informações, o que resulta em um fator muito positivo, que é a percepção que eles passam a ter de que não são os únicos a ter depressão, e que juntos podem superar as adversidades. (Linden, 1953 apud BLAZER, 2003)
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Terapia Eletroconvulsiva: Existe ainda o fato de o paciente correr o risco de cometer suicídio. Em casos catatônicos onde ele não tolere os medicamentos, uma saída rápida o eficaz é fazer uso de Eletroconvulsoterapia (TEC), vista como uma opção certeira e segura no combate à depressão. A TEC foi introduzida no ano de 1938 pelo médico Ladislas Joseph Von Meduna e é hoje um método frequentemente utilizado no combate da depressão grave. (ZIMERMAN, 2005) O melhor horário para a TEC ser ministrada é pela manhã; o paciente deve estar em jejum desde a meia noite, mas pode comer tranquilamente após a sessão. O paciente deve esvaziar a bexiga e retirar as próteses antes do procedimento. Meia hora antes de iniciar o tratamento, o idoso toma uma dose de um agente anticolinérgico que tem como finalidade não
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aumentar os problemas de memória. (BLAZER, 2003) O mesmo autor relata que após ser anestesiado, o paciente recebe choques de pequena voltagem na região das têmporas. Esse método ainda hoje é visto como um tipo de tortura dificuldades, favorecendo assim um por vários profissionais da área da saúde, apesar de trazer resultados satisfatórios. O tratamento só pode ser realizado por pessoas habilitadas, como psiquiatras e psicólogos. Acupuntura: Segundo Blazer (2003) a acupuntura é uma técnica medicinal chinesa que consiste na aplicação de agulhas em várias partes do corpo, com a finalidade de restaurar a energia vital afetada pela doença. Existem outras formas de se aplicar a acupuntura: Eletro-acupuntura: pequenas correntes elétricas são acopladas às
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agulhas; Aurículo acupuntura: agulhas ou sementes são colocadas na orelha; Laser acupuntura: um laser terapêutico é aplicado nos pontos escolhidos. O Tratamento Psicofarmacológico: Além da psicoterapia, pode ser feito também o tratamento psicofarmacológico, quando o sofrimento psíquico do paciente idoso é bastante significativo. Em alguns casos é feito a combinação de ambos, o que acarreta um resultado mais favorável. (BLAZER, 2003) O tratamento através de medicamentos antidepressivos é realizado somente por via oral, e depende do perfil de tolerância do idoso ao antidepressivo. Geralmente são escolhidos os ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina), dispostos na indústria farmacêutica com os nomes
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A Psicoterapia da Depressão na Terceira Idade
Citalopram, Sertralina e Fluoxetina. (FORLENZA, 2000) O autor afirma que é importante ficar atento ao efeito colateral que esse antidepressivo pode causar especialmente se for ministrado junto a outras drogas; o que geralmente acontece devido à presença de várias comorbidades que atingem o idoso. Nesses casos, o problema maior é o efeito de o remédio ser cortado, causando assim efeitos adversos.
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CAPÍTULO 8 A FAMÍLIA DO DOENTE DEPRESSIVO
A depressão é uma doença que não atinge só o idoso depressivo; toda a família acaba envolvida, causando sofrimento em todos os entes queridos. A família acaba sendo um tipo de “vítima oculta” da depressão, pois o conflito que a doença causa em suas vidas acaba sendo esquecido. (MONTEIRO et. al, 2002) Por muitas vezes os familiares mostram-se intolerantes com o idoso que não demonstre estar mentalmente bem. Falta de memória, desânimo ou insatisfação por parte do paciente
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A Familia do Doente Depressivo
faz com que a maioria dos familiares se afaste e, não sabendo lidar com tal situação, acabe contratando uma pessoa especializada para que cuide do idoso depressivo, ou pior, acabe mandando- o para uma casa de repouso, onde se espera que ele tenha atenção redobrada. O idoso depressivo também pode mostrar-se sem paciência com familiares, sentindo raiva e mágoa por não ser compreendido. (BLAZER, 2003) Para Blazzer (2003) o surgimento da depressão no idoso acaba causando uma reviravolta na família. O familiar então passa a exercer um papel diante da família, papel esse que antes não era dele. Muitos familiares tendem a ajudar a família, dandolhes suporte e apresentando-lhes soluções para lidar com a nova realidade. Infelizmente, nem todos conseguem esse feito. Muitos familiares assumem papéis que
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perpetuem os sintomas depressivos no idoso. Esses papéis são classificados em: Administrador: É o típico familiar que assume toda a família durante o período de crise do idoso, sendo na maioria das vezes o filho atenção redobrada. O idoso depressi mais velho. Por ser calmo e frio, não consegue proporcionar apoio emocional ao doente. Frequentemente vive distante dos parentes que estão mais envolvidos com os cuidados do paciente; Escapista: Geralmente nas famílias em que há um idoso depressivo há um familiar escapista, que é o filho (a) que mora longe e não dá apoio ao paciente. Costuma ser acusado pelos demais familiares de não se preocupar com a saúde do idoso, e se recusa a voltar para a família quando esta enfrenta o problema;
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A Familia do Doente Depressivo
Facilitador: Este tipo de familiar (geralmente o filho mais jovem) resiste à obediência médica e coloca muitos obstáculos em relação a uma intervenção terapêutica no idoso. Acredita (inconscientemente ou não) que a família está bem com o idoso doente, facilitando assim a não cura da doença; Cuidador: É aquele que necessita cuidar dos doentes. Recusando-se até a sair de casa para ter um momento de lazer, fica a maior parte do tempo com o idoso. Quando o idoso morre, esse familiar entra em prolongado luto, sentindo um enorme vazio; Paciente: O paciente idoso é identificado como aquele que precipitou a crise familiar e acarretou um grande gasto físico dos outros familiares; Vítima: É o familiar que percebe a doença do idoso como sendo um
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ataque direto a si mesmo, criticando o médico por não ver significativa melhora. Este é o papel do (a) cônjuge. O suporte da família é extremamente importante para que a depressão seja controlada diariamente. Geralmente o familiar acredita que a depressão vai ser curada de um dia para o outro, ou que o paciente não esteja querendo cooperar com o tratamento. É preciso ter muita paciência e convicção de que o paciente irá progredir por conta própria. Insistir para que o idoso reaja e reveja seus comportamentos decorrentes não o ajuda em nada; pelo contrário, só o faz se sentir pior. (CLARO, 2002) O idoso depressivo deve ser tratado com muita cautela; por já ser uma pessoa de idade, tende a se sentir um fardo na família. A família deve tratá-lo como de costume, com carinho e respeito, mas sempre deixando claro
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que existe algo errado com ele, e que deve ser tratado. (BLAZER, 2003) Cabe ao clínico perceber como a família trata o idoso, estipulando normas básicas para facilitar a convivência e a melhora do paciente. Delegar pequenos “serviços” ao paciente, como olhar os netos pequenos enquanto os pais vão ao mercado, preparar um doce gostoso, pedir sua opinião sobre determinado assunto ajudará o idoso a se sentir útil novamente, facilitando assim que ele aceite receber também um tipo de ajuda - mesmo que indireta - dos filhos. (BLAZER, 2003)
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O Risco de Suicídio - como proceder? Segundo Blazer (2003), o paciente idoso só deve ser hospitalizado quando houver o risco de cometer suicídio ou homicídio, se faz uso de substância grave ou ainda se este não colaborar com o tratamento, seja na terapia ou deixando de tomar o remédio, acompanhado de desequilíbrio emocional. A família deve sempre estar atenta ao risco de suicídio. Caso perceba frases muito melancólicas do tipo “se eu morresse seria bem melhor para toda a família” ou “minha vida não tem mais sentido” o familiar deve imediatamente procurar algum tipo de ajuda médica; assim como remover materiais que representem perigo ao paciente (como álcool, armas, facas e medicamentos). (BLAZER, 2003) O familiar também ajuda fazendo perguntas claras e objetivas que
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expressem preocupação, firmando o quanto sua vida é valiosa e o quanto ele é importante para todos que o rodeiam. (CLARO, 2002) Caso ocorra o suicídio, a família pode sofrer de grande culpa por ter sido alertada sobre essa possibilidade e não ter feito “nada”. Muitos parentes passam a sentir raiva do clínico, culpando-o por não ter impedido tal ato. Como aprender a lidar com a depressão? É muito difícil para a família entender que o patriarca ou a matriarca da família esteja com depressão. O primeiro passo para lidar com essa doença - e posteriormente ajudar o paciente depressivo - é conhecendo a doença de perto, entendendo suas causas e efeitos. (CLARO, 2002) É importante que a família procure diversas fontes de informação, como visitas à médicos e psicólogos,
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até pesquisa na internet para saber como proceder diante dessa doença, que é comum mas muito assustadora. A família deve se lembrar sempre de que não há outra saída para o idoso depressivo além do tratamento; sem ele a depressão não passa. Além da família, o idoso também precisa ser informado do que está acontecendo com ele. Esconder do paciente sua enfermidade só pode piorar ainda mais sua situação. Mesmo que o paciente tente manipular a família dizendo que não tem condições de fazer mais nada, nem de tomar decisões , ele não deve ser excluído dos problemas familiares. Deixá-lo por dentro do assunto pode fazer com que se sinta útil ainda. (BLAZER, 2003) Como ajudar o idoso depressivo? Delegando pequenos afazeres, o paciente irá se sentir útil; Elogiando algo que ele tenha feito; Agradecendo
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uma ajuda; Ressaltando o quanto ele é importante na família; Ajudando o paciente a sentir-se ocupado durante o dia; Explicando que a depressão é uma doença como outra qualquer, mas que precisa ser tratada.
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CAPÍTULO 9 CONSIDERAÇOES FINAIS
O objetivo desse trabalho foi realizar um estudo abrangente, realizado através de pesquisa bibliográfica sobre a Depressão no idoso. Concluiu-se que é de suma importância que o idoso faça uma atividade, não só voltado para o tratamento depressivo, mas principalmente para a prevenção da doença. Dentre essas atividades pode-se citar a dança, a musicoterapia e a atividade física. A atividade física tem vários benefícios, como melhora da respiração, aumento da força muscular e aumento do círculo de amizades.
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Considerações Finais
Dentre os tratamentos destinados ao indivíduo senil no combate à depressão estão as psicoterapias, o tratamento psicofarmacológico e a Terapia Eletroconvulsiva. O apoio familiar é crucial na reabilitação do idoso depressivo. A família deve sempre se mostrar presente, seja levando o idoso para realizar o tratamento, telefonando todos os dias, ou simplesmente visitando-o diariamente, mesmo que seja por poucos minutos. O idoso deve se sentir querido e útil; por isso existe a necessidade da família lhe passar “algumas tarefas” do dia a dia. Espera-se que com esse estudo possa contribuir para a compreensão deste mal que atinge os idosos, e que é pouco diagnosticado, mas que cresce a cada dia que passa.
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